Conheça o inverno de Marte, com neve e temperaturas de 123?°C negativos

29/12/2022 às 12:002 min de leitura

Assim como alguns países na Terra, determinadas regiões de Marte sofrem com um inverno rigoroso, cujas temperaturas podem chegar a -123?°C no período mais frio do ano. Registros feitos por instrumentos instalados em sondas da NASA mostram como a paisagem por lá fica diferente nessa época.

De acordo com relatório divulgado no último dia 22 pela agência espacial americana, as temperaturas mais baixas ocorrem nos polos do Planeta Vermelho. E os registros negativos nos termômetros são acompanhados de neve, poeira e geada, mas não é fácil observar esses fenômenos à distância.

(Fonte: NASA/Divulgação)(Fonte: NASA/Divulgação)

Por causa das condições climáticas, as câmeras das espaçonaves na órbita do nosso vizinho não conseguem captar as imagens da neve marciana caindo, o que só acontece à noite e com o céu totalmente coberto por nuvens. Além disso, as missões presentes na superfície do planeta não funcionam no frio extremo.

Mas um instrumento da sonda Mars Reconnaissance Orbiter, que detecta a luz em comprimentos de onda imperceptíveis ao olho humano, conseguiu ver através das nuvens e registrar a queda da neve. Outra ferramenta usada foi a sonda Phoenix, que se aproximou do polo norte de Marte para detectar os flocos de gelo caindo com um dispositivo a laser.

As duas formas de neve marciana

(Fonte: NASA/Divulgação)(Fonte: NASA/Divulgação)

Segundo a NASA, há dois tipos de neve em Marte: gelo de água e formado a partir de dióxido de carbono (gelo seco). Devido ao frio extremo e ao ar rarefeito, a água congelada vira gás (sublimação) antes de tocar o solo, enquanto a “neve de gelo seco” chega à superfície.

O estudo liderado por cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da agência revelou ainda que as moléculas de dióxido de carbono congeladas se ligam em quatro lados, ganhando a forma de cubo, diferente dos flocos de neve da Terra com seus seis lados. Além disso, eles são menores que a espessura de um fio de cabelo humano.

Devido ao tamanho minúsculo, a neve marciana não se acumula em grandes quantidades, chegando a apenas alguns metros acima do chão. Por conta disso, os participantes das futuras missões tripuladas a Marte terão dificuldades na busca por um lugar para esquiar.

Eles terão que “entrar em uma cratera ou penhasco, onde a neve poderia se acumular em uma superfície inclinada”, brincou o cientista do JPL, Sylvain Piqueux.

Espetáculo no fim do inverno

(Fonte: Universidade do Arizona/Divulgação)(Fonte: Universidade do Arizona/Divulgação)

Ao fim do inverno marciano, com duração muito maior que a do nosso, aparecem as imagens mais espetaculares da estação, quando a neve começa a descongelar. Segundo a NASA, o gelo derretido assume “formas bizarras e belas”, como aranhas, queijo suíço, ovos fritos e manchas de dálmatas.

Esse descongelamento também é responsável pela erupção dos gêiseres, enviando poeira para a superfície, fenômeno que ajuda no acompanhamento da direção dos ventos marcianos.

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