Imagem de Cientistas descobrem a liga metálica mais resistente do planeta no megacurioso

A incrível liga é mais forte que o grafeno e se torna ainda mais resistente a baixíssimas temperaturas

<head></head><body>Cientistas descobriram uma "nova" liga metálica de cromo, cobalto e níquel extremamente forte, mais resistente até que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/68379-grafeno-uma-nova-arma-contra-o-cancer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">grafeno</a> — uma das formas cristalinas do carbono com maior durabilidade já vista.Pesquisadores revelaram a descoberta em um novo estudo publicado no jornal Science no começo deste mês, no dia 1º de dezembro. O texto explica que embora já soubessem que a liga era bem forte, somente agora ficou claro o quão poderosa é a junção dos três elementos.<h2>A liga metálica mais forte do planeta</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/28/28115443077142.jpg" alt="Imagem capturada em microscópio mostra deformação da liga a -253&nbsp;°C. (Fonte: Robert Ritchie/Berkeley Lab)">Imagem capturada em microscópio mostra deformação da liga a -253&nbsp;°C. (Fonte: Robert Ritchie/Berkeley Lab)O time foi pego de surpresa ao descobrir que a liga de cromo, cobalto e níquel era&nbsp;resistente até mesmo em&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123625-6-animais-capazes-de-resistir-ao-frio-extremo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">temperaturas extremamente baixas</a>, nas quais outros materiais normalmente começariam a quebrar. Para a surpresa dos pesquisadores, a liga ficou ainda&nbsp;mais forte e muito mais resistente conforme a temperatura foi caindo.Robert Ritchie, um dos coautores do estudo e professor de engenharia na Universidade da California em Berkeley, explicou que enquanto o grafeno tem dureza de 4 megapascals e as ligas de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/43225-voce-sabia-que-o-aluminio-ja-chegou-a-valer-mais-do-que-o-ouro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alumínio</a> usadas em aviões tenham 35 megapascalas por metro, este&nbsp;"novo" material tem "dureza de 450 a 500 megapascals por metro."Com nível de dureza tão alto, a liga metálica de cromo, cobalto e níquel é a tida agora como a mais forte do planeta e tem potencial de ser aplicada em diversas áreas diferentes, incluindo criação de estruturas resistentes para explorar o espaço, por exemplo. O "único" porém é que o níquel e o cobalto, dois dos três elementos usados nesta liga, são extremamente caros — o que por agora limita bastante a sua produção em massa.<h2>Super liga resistente</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/29/29172703948155.png" alt="Modelo atômico de uma liga de alta entropia. (Fonte: Wikimedia Commons)">Modelo atômico de uma liga de alta entropia. (Fonte: Wikimedia Commons)A junção de cromo, cobalto e níquel gera o que é conhecido como uma liga de alta entropia, como explica o site&nbsp;Live Science. Ela é extremamente flexível e maleável, podendo ser torcida sob grande pressão e ainda assim resistir e não partir. Diferente da maioria das ligas metálicas, que são compostas em sua maior parte por um elemento e pequenas doses dos demais, esta super resistente liga de alta entropia é uma mistura homogênea de níquel, cromo e cobalto.Sua composição possibilita alta maleabilidade, além de que seus átomos surpreendentemente podem se deslocar quando sob pressão, o que dentre outras características incríveis permite ao material sofrer deformações que o impedem de quebrar. Em comparação, "o grafeno é muito forte, mas não tem tolerância a danos," explica Dong Liu, física na Universidade de Bristol, na Inglaterra. Segundo ela, o grafeno "é frágil e quebra como uma caneca que você joga no chão e se parte em vários pedaços".De acordo com a física, apesar de forte, o grafeno só é resistente em escalas nanométricas. Já a liga de cromo, cobalto e níquel foi testada em laboratório em tamanhos de objetos do nosso cotidiano, como "um pacote de cigarros." Liu acredita que a descoberta deve ajudar bastante no futuro, com o material podendo ser aplicado em diversos campos que requerem elementos duradouros. A liga poderia ser usada em objetos lançados para o espaço ou até mesmo aqui na Terra, sendo usada para armazenar substâncias como hidrogênio, por exemplo.</body>

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Cientistas descobrem a liga metálica mais resistente do planeta

Imagem de Por que ser monotarefa é melhor do que ser multitarefa? no megacurioso

Segundo estudos, focar em uma única atividade ao mesmo tempo te torna mais produtivo e é melhor para nossos cérebros

<head></head><body>Principalmente no mundo moderno, ter que realizar muitas tarefas ao mesmo tempo acaba se tornando uma realidade que nem todo mundo está verdadeiramente adaptado. Afinal, pode não ser tão simples assim responder a família no grupo de WhatsApp, assistir uma reportagem na televisão e tudo isso enquanto escreve um e-mail para alguém no trabalho.Esses esforços conjuntos são chamados de multitarefa, algo que sempre foi visto pelas pessoas como um exemplo de alta produtividade e foco excepcional. No entanto, estudos recentes têm demonstrado que tentar realizar múltiplas coisas ao mesmo tempo não é exatamente saudável para nossos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123714-cerebro-fossilizado-mais-antigo-do-mundo-e-encontrado-na-china.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebros</a>. A moda, então, é ser monotarefa. Entenda!<h2>O que é ser monotarefa?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/27/27185325379261.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Tornar-se monotarefa é algo bastante simples: basta focar em uma única coisa de cada vez. Porém, isso pode ser mais difícil para algumas pessoas do que parece. A abordagem monotarefa encoraja sua mente a realizar atividades curtas e concretas, que se tornarão o único ponto de foco da sua mente por esse período.Segundo pesquisadores, esse jeito de lidar com a vida faria com que essas pessoas atingissem um nível de trabalho mais "profundo" do que aquelas que tentam levar suas responsabilidades do dia a dia na multitarefa — fazendo muita coisa ao mesmo tempo, mas sem realmente focar 100% em nada.Ao aumentar seu nível de foco em uma única atividade, uma pessoa seria capaz de se afastar de todas as distrações por um curto prazo, o que ajudaria a aumentar sua <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123260-quanto-tempo-de-ferias-realmente-precisamos-de-acordo-com-a-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">produtividade</a> e concentração generalizada.&nbsp;<h2>Os malefícios da multitarefa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/27/27185327470262.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)De acordo com um estudo do Instituto de Psiquiatria da Universidade de Londres, enviar e-mails ou navegar nas redes sociais enquanto se realiza outra tarefa diminui o Quociente de Inteligência (<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123825-e-possivel-ter-um-qi-abaixo-de-50.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">QI</a>) de maneira mais significativa do que perder uma noite de sono, fumar maconha ou passar muito tempo na frente da TV.Além disso, a chamada multitarefa "crônica", quando não conseguimos se concentrar em uma única atividade de forma alguma, pode diminuir a densidade de massa cinzenta em algumas partes do cérebro. O mais problemático, no entanto, acontece em relação à produtividade.Ao realizarmos muitas coisas simultaneamente, também estamos realizando uma constante "troca de tarefas", o que implica em um tempo de adaptação da cabeça para raciocinar onde se meteu. De acordo com a American Psychological Association (APA), a troca de tarefas ao longo do tempo pode diminuir a produtividade em até 40%.Embora esse processo possa durar apenas algumas frações de segundos, qualquer mero tempo funciona como se você estivesse mudando as marchas de um carro. A multitarefa pode parecer eficiente na superfície, mas, na verdade, pode levar mais tempo no final e envolver mais erros. Portanto, o ideal é que você escolha um momento do seu dia para estar completamente focado na sua maior responsabilidade, sem distrações e pronto para ser a melhor versão produtiva que você já teve de si.&nbsp;</body>

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Por que ser monotarefa é melhor do que ser multitarefa?

Imagem de 6 fatos sobre OVNIs e aliens que agitaram o mundo em 2022 no megacurioso

Os relatórios do Pentágono e o novo protocolo para contato com ETs foram alguns dos destaques

<head></head><body>O ano de 2022 foi bastante agitado no campo da ufologia. Tivemos, por exemplo, novidades na procura por vida em outros planetas e vários relatos de avistamentos de objetos voadores não identificados (OVNIs), <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/253922-pilotos-revelam-ter-visto-ovnis-ceu-porto-alegre-veja-video.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como no céu de Porto Alegre</a>.Algo que também chamou a atenção foi a divulgação de relatórios ultrassecretos do governo dos Estados Unidos. Pela primeira vez, as autoridades americanas revelaram detalhes oficiais de como investigam o fenômeno há décadas.O que mais se destacou nesta área? Reunimos aqui seis&nbsp;fatos sobre aliens e OVNIs que chamaram a atenção em 2022.<h2>1. Protocolo para contato atualizado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/30/30135634865146.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Como a humanidade deveria lidar com uma possível “ligação” feita por seres de outro planeta? Cientistas do projeto Busca por Inteligência Extraterrestre (SETI) desenvolveram um novo protocolo de contato alienígena com orientações para tal momento.A versão atualizada apresenta os procedimentos para responder aos ETs&nbsp;e ajuda a identificar sinais inteligentes no espaço e decifrá-los. O modelo anterior indicava procurar o conselho da Organização das Nações Unidas (ONU).<h2>2. O primeiro contato esteve perto...ou não</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/30/30135636656147.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Durante algumas horas, o novo protocolo quase foi colocado em prática. É que o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208892-china-abre-observatorio-fast-cientistas-mundo-inteiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">telescópio FAST da China</a> captou um sinal enigmático, em junho, deixando os pesquisadores eufóricos, acreditando-se tratar do primeiro contato alienígena.Mas a empolgação durou pouco, após cientistas do SETI decifrarem o sinal, explicando que a captação originou-se de uma interferência baseada na Terra.<h2>3. Detecção de naves alienígenas por laser</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/30/30135638769148.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Uma nova maneira de detectar possíveis naves de ETs viajando pelo espaço foi proposta por físicos americanos. No sistema, o Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory (LIGO), um dos maiores lasers do mundo, é usado para rastrear ondulações no espaço-tempo deixadas pelos veículos.O mecanismo seria mais eficiente do que outros modelos atuais. No entanto, as ondulações detectáveis pelo laser teriam que ser produzidas por discos voadores de tamanho colossal, com medidas similares às do planeta Júpiter.<h2>4. Novas soluções para o paradoxo de Fermi</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/30/30135640813149.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Duas novas soluções para o paradoxo de Fermi, que trata da discrepância entre a possibilidade de existir vida fora da Terra e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ovnis/24220-paradoxo-de-fermi-por-que-nao-encontraremos-os-ets-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">falta de contato destes seres</a>, foram propostas em 2022. Uma delas, anunciada em maio, sugere que tais civilizações tenham entrado em colapso.A segunda, revelada em dezembro, especula que ETs com conhecimentos avançados estejam interessados apenas em tecnologia sofisticada e não em "conversar". Diante da falta desses recursos por aqui, eles não teriam se interessado em manter contato.<h2>5. Mudanças climáticas em Marte</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/30/30135642483150.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Um estudo sobre o clima de Marte, publicado em outubro, aponta que o Planeta Vermelho teve uma atmosfera semelhante à da Terra e abrigou micróbios primitivos que consumiam hidrogênio para produzir metano. Porém, o hidrogênio era essencial para manter temperaturas essenciais à vida marciana.Ao consumi-lo, os micro-organismos acabaram com a nuvem de gases que mantinha o clima ideal para a vida em Marte, impedindo a evolução da vida complexa, segundo a pesquisa.<h2>6. Relatórios do Pentágono</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/30/30135644251151.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Por fim, destacamos os <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/238778-pentagono-realiza-audiencia-ovnis-1-vez-50-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">relatórios sobre OVNIs do Pentágono</a>, revelados em maio. Os documentos foram acompanhados de vídeos como o de um jato militar perseguindo um estranho objeto voador.Muitos dos eventos investigados não tiveram explicação, mas alguns provavelmente envolvem protótipos de drones de segurança, veículos hipersônicos de teste e até lixo transportado pelo ar, conforme os oficiais americanos. Eles passaram a tratar os avistamentos como fenômenos aéreos não identificados (UAPs).</body>

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6 fatos sobre OVNIs e aliens que agitaram o mundo em 2022

Imagem de Vulcano: quando astrônomos acreditavam em um 'planeta fantasma' no megacurioso

Devido a um erro, por 40 anos a ciência acreditou existir um planeta entre Mercúrio e o Sol

<head></head><body>Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno são os planetas que compõe o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119161-6-grandes-segredos-do-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sistema Solar</a>. Todos sabem disso – ou pelo menos deveriam –, mas nem sempre foi assim. Antes de Galileu, Kepler e Copérnico, por exemplo, os seres humanos não tinham nem certeza do que eram aquelas formas grandes e brilhosas no céu. Depois, passaram a acreditar que os planetas que eles conheciam giravam ao redor da Terra.&nbsp;Embora muito mal identificados, os primeiros planetas vistos por humanos foram Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno; observados desde a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115145-pre-historia-morte-impulsionou-revolucao-artistica-no-neolitico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pré-história</a> e considerados fundamentais para inúmeras civilizações humanas. Alguns dizem que temos 7 dias por semana por causa desses cinco planetas, o Sol e a Lua. Ao longo da Antiguidade, eles foram essencialmente confundidos com estrelas, sendo os babilônicos os primeiros a identificá-los como objetos notáveis no céu a olho nu.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/30/30083512897003.jpg" alt="(Fonte: NASA/JPL/Reprodução)">(Fonte: NASA/JPL/Reprodução)Demorou até o século XVIII para que os três últimos planetas pudessem ser descobertos, o que significa que ninguém estava ciente de que eles existiam. <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112020-a-pergunta-que-persiste-plutao-e-planeta-ou-nao-e.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Plutão</a> foi o último deles, descoberto na década de 1930, mas rebaixado à categoria de planeta anão em 2006, saindo da configuração original e causando uma grande confusão na cabeça das pessoas.Poucos sabem, porém, que essa não foi a primeira vez que as pessoas precisaram lidar com a perda de um planeta. No século XIX, nós ganhamos e perdemos um planeta que nunca tivemos. O nome dele era Vulcano.&nbsp;<h2>A missão de Verrier</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/30/30083614709004.jpg" alt="Urbain Le Verrier. (Fonte: Wikimedia Commmons)">Urbain Le Verrier. (Fonte: Wikimedia Commmons)Foi em meados de 1840 que o então jovem matemático Urbain Le Verrier recebeu do chefe do Observatório de Paris a missão de desenhar um modelo da órbita do planeta Mercúrio, tendo como base a teoria física newtoniana, que mostra como a força da gravidade influencia todas as coisas do mundo.&nbsp;Ao longo de cinco anos, Verrier se empenhou em construir um modelo meticuloso, tendo a responsabilidade de entregar o projeto quando Mercúrio passasse pelo Sol – o que aconteceu três anos depois. Para o desânimo do matemático, seu modelo se comportou da maneira que não era esperada quando o momento de teste chegou, basicamente jogando 8 anos de trabalho no lixo.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/30/30083713155005.jpg" alt="(Fonte: Library of Congress/Reprodução)">(Fonte: Library of Congress/Reprodução)Ainda assim, Verrier não desistiu. Ele começou a confecção de um novo modelo no início de 1850, considerado tão rigoroso em detalhes que se tornou a "prova" de que algo estava interferindo na órbita de Mercúrio. Quando o planeta passou pelo Sol naquela década, ele variou em 43 segundos do arco do modelo de Verrier, sendo assim, a comunidade astronômica concordou que havia outro planeta entre Mercúrio e o Sol.O motivo pelo qual ninguém considerou que Verrier poderia estar apenas equivocado de novo, dessa vez em uma margem muito pequena, estava pautado com base em discrepâncias semelhantes encontradas na órbita de Urano quando o matemático descobriu Netuno, em meados de 1846.&nbsp;<h2>O engano de 40 anos&nbsp;</h2><span class="img-fc" data-fonte="Pictorial Press Ltd/Alamy Stock Photo" data-fonte-url="https://www.alamy.com/urbain-le-verrier-1811-1877-french-mathematician-explaining-his-discovery-of-neptune-to-french-king-louis-phillipe-in-1846-image225277042.html?imageid=8687FFCA-CC88-49F6-B452-ADA3FA55BAC0&amp;p=13044&amp;pn=1&amp;searchId=f1c86646d6c9fd1bff35bf68ba847a91&amp;searchtype=0"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/30/30083804805006.jpg" alt="(Fonte: Pictorial Press Ltd/Alamy Stock Photo)">(Fonte: Pictorial Press Ltd/Alamy Stock Photo)A essa altura, os astrônomos teriam aceitado qualquer tipo de sugestão feita por Verrier, portanto, no momento em que ele apresentou suas suspeitas de um planeta fantasma, ele recebeu supostas evidências de um astrônomo amador detalhando um pequeno ponto preto transitando pelo Sol.&nbsp;Após um longo debate, Verrier concluiu que este deveria ser um novo planeta. Em 1860, o matemático anunciou isso para a imprensa e nomeou o planeta de Vulcano, em homenagem ao deus romano do fogo, filho de Juno e Júpiter.&nbsp;Mas não demorou para que sua descoberta fosse contestada. O primeiro a fazer isso foi um astrônomo francês, que não acreditava que Vulcano havia passado pelo Sol, então Verrier publicou o caminho teórico e a órbita do novo planeta, certo de que solucionaria todas as dúvidas. Porém, ele recebeu uma enxurrada de relatórios, em sua maioria de astrônomos amadores, alegando existir erros em seus cálculos.&nbsp;<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Detelina Petkova/Shutterstock&nbsp;" data-fonte-url="https://www.iflscience.com/planet-vulcan-the-forgotten-ninth-planet-of-the-19th-century-killed-off-by-einstein-60080"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/30/30125741155130.jpg" alt="(Fonte: Detelina Petkova/Shutterstock)">(Fonte: Detelina Petkova/Shutterstock)Nos 40 anos seguintes, esses especialistas procuraram Vulcano em sua pequena órbita ao redor do Sol, mas não encontraram nada. Em 1908, um eclipse solar total falhou em comprovar qualquer planeta intra-Mercurial através de capturas fotográficas, o que significou um durou golpe às alegações de Verrier sobre a existência de Vulcano.&nbsp;Contudo, a comprovação de que este planeta nunca existiu surgiu apenas em 1915, com a teoria da relatividade de Einstein, que mudou a maneira como pensamos sobre a gravidade e resolveu as pequenas discrepâncias na órbita de Mercúrio.</body>

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Vulcano: quando astrônomos acreditavam em um 'planeta fantasma'

Imagem de Conheça o inverno de Marte, com neve e temperaturas de 123?°C negativos no megacurioso

Os flocos de neve marcianos apresentam formato cúbico e são mais finos que um fio de cabelo

<head></head><body>Assim como alguns países na Terra, determinadas regiões de Marte sofrem com um inverno rigoroso, cujas temperaturas podem chegar a -123?°C no período mais frio do ano. Registros feitos por instrumentos instalados em sondas da NASA mostram como a paisagem por lá fica diferente nessa época.De acordo com relatório divulgado no último dia 22 pela agência espacial americana, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120151-como-e-o-clima-nos-outros-planetas-do-nosso-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">temperaturas mais baixas</a> ocorrem nos polos do Planeta Vermelho. E os registros negativos nos termômetros são acompanhados de neve, poeira e geada, mas não é fácil observar esses fenômenos à distância.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/27/27183949377242.jpg" alt="(Fonte: NASA/Divulgação)">(Fonte: NASA/Divulgação)Por causa das condições climáticas, as câmeras das espaçonaves na órbita do nosso vizinho não conseguem captar as imagens da neve marciana caindo, o que só acontece à noite e com o céu totalmente coberto por nuvens. Além disso, as missões presentes na superfície do planeta não funcionam no frio extremo.Mas um instrumento da sonda Mars Reconnaissance Orbiter, que detecta a luz em comprimentos de onda imperceptíveis ao olho humano, conseguiu ver através das nuvens e registrar a queda da neve. Outra ferramenta usada foi a sonda Phoenix, que se aproximou do polo norte de Marte para detectar os flocos de gelo caindo com um dispositivo a laser.<h2>As duas formas de neve marciana</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/27/27184016378243.jpg" alt="(Fonte: NASA/Divulgação)">(Fonte: NASA/Divulgação)Segundo a NASA, há dois tipos de neve em Marte: gelo de água e formado a partir de dióxido de carbono (gelo seco). Devido ao frio extremo e ao ar rarefeito, a água congelada vira gás (sublimação) antes de tocar o solo, enquanto a “<a href="https://www.megacurioso.com.br/marte/29860-cientistas-da-nasa-descobrem-que-em-marte-neva-gelo-seco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neve de gelo seco</a>” chega à superfície.O estudo liderado por cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da agência revelou ainda que as moléculas de dióxido de carbono congeladas se ligam em quatro lados, ganhando a forma de cubo, diferente dos flocos de neve da Terra com seus seis lados. Além disso, eles são menores que a espessura de um fio de cabelo humano.Devido ao tamanho minúsculo, a neve marciana não se acumula em grandes quantidades, chegando a apenas alguns metros acima do chão. Por conta disso, os participantes das futuras <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123771-como-astronautas-podem-hibernar-para-viajar-ate-marte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">missões tripuladas a Marte</a> terão dificuldades na busca por um lugar para esquiar.Eles terão que “entrar em uma cratera ou penhasco, onde a neve poderia se acumular em uma superfície inclinada”, brincou o cientista do JPL, Sylvain Piqueux.<h2>Espetáculo no fim do inverno</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/27/27184048535245.jpg" alt="(Fonte: Universidade do Arizona/Divulgação)">(Fonte: Universidade do Arizona/Divulgação)Ao fim do inverno marciano, com duração muito maior que a do nosso, aparecem as imagens mais espetaculares da estação, quando a neve começa a descongelar. Segundo a NASA, o gelo derretido assume “formas bizarras e belas”, como aranhas, queijo suíço, ovos fritos e manchas de dálmatas.Esse descongelamento também é responsável pela erupção dos gêiseres, enviando poeira para a superfície, fenômeno que ajuda no acompanhamento da direção dos ventos marcianos.</body>

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Conheça o inverno de Marte, com neve e temperaturas de 123?°C negativos

Imagem de Como conservar um champanhe aberto sem rolha? no megacurioso

Saiba qual a melhor forma de não arruinar suas festas de fim de ano caso acabe perdendo a rolha do champanhe

<head></head><body>As festas de final de ano são sempre ótimas para aproveitar um bom tempo com amigos e familiares. No entanto, um grande erro que as pessoas cometem durante o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120707-6-tradicoes-de-ano-novo-completamente-inusitadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ano-Novo</a> é acabar desperdiçando um bom champanhe depois de ter estourado a rolha e servido a garrafa à meia-noite — deixando ela meio vazia e aberta o restante da noite.Isso acaba com todo o gás do líquido e arruína todo o sabor para o restante das comemorações. Portanto, para evitar perder dinheiro e preservar a qualidade do champanhe, vale qualquer coisa. Então, o que podemos fazer para conservá-lo depois que a rolha foi embora? Saiba quais são as principais dicas!<h2>Mantendo o gás do champanhe</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/28/28184756818285.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Todas as bolhas criadas ao se abrir um champanhe acontecem devido ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119455-por-que-bater-na-garrafa-de-cerveja-faz-ela-espumar-e-derramar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dióxido de carbono&nbsp;</a>presente na composição do líquido. A partir do momento que a rolha é estourada, o gás acaba escapando gradualmente para a atmosfera e a bebida perde seu fator de efervescência.Sendo assim, um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122205-o-que-acontece-quando-voce-estoura-um-champanhe-segundo-a-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">champanhe</a> aberto nunca será tão borbulhante quanto na noite em que você o abriu, mas armazená-lo na geladeira é uma forma bastante útil de prolongar sua vida útil. De acordo com a Scientific American, o dióxido de carbono presente nessa bebida é mais solúvel em temperaturas baixas.Isso quer dizer que os gases dissolvidos no espumante têm menos probabilidade de escapar quando o líquido está frio. Você pode optar por cobrir a abertura da garrafa com uma rolha sofisticada de rosquear, minimizando o contato da bebida com o ar. Mas caso você não tenha uma à disposição, somente a refrigeração já ajudará a preservar as bolhas do seu champanhe por dias, mesmo se ele estiver totalmente exposto.<h2>Mitos e fatos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/28/28184758832286.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Existe uma crença espalhada por aí que colocar uma colher no gargalo da garrafa salva seu espumante de estragar, visto que a prata presente nesse objeto possuiria algum "efeito mágico" nas bolhas do champanhe, as impedindo de escapar. Esse é um mito tão difundido por aí que o programa de televisão Mythbusters já testou essa teoria no passado.No entanto, todos os experimentos mostraram que a adição de uma colher a uma garrafa aberta de champanhe não afeta em nada sua longevidade. Logicamente, a maneira mais prática de garantir que a sua bebida permanecerá com o sabor inicial de começo ao fim é consumi-la completamente na noite em que for abri-la. &nbsp;&nbsp;Antes mesmo das festividades começarem, o ideal é que essa bebida seja armazenada em temperaturas próximas aos 7?°C, onde ficarão geladas o suficiente para apresentarem o melhor nível de sabor e também passarão longe de congelar. Colocar uma garrafa de champanhe no freezer é vista como um grande erro por especialistas, uma vez que pode mexer com a qualidade do líquido lá dentro. Tendo todas essas dicas em mente, você já sabe qual é o melhor caminho para ter uma noite incrível perto das pessoas que ama!</body>

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Como conservar um champanhe aberto sem rolha?

Imagem de Por que médicos do século XX removiam partes saudáveis de corpos humanos? no megacurioso

Durante muito tempo, era normal que cirurgiões removessem dentes ou cortassem o cólon de uma pessoa sem qualquer necessidade

Apesar de a medicina moderna ter evolu&iacute;do consideravelmente em quest&otilde;es tecnol&oacute;gicas, fazendo com que os seres humanos aumentassem suas expectativas de vida, nem sempre tudo foi assim. Durante a maior parte da hist&oacute;ria, procedimentos cir&uacute;rgicos eram extremamente sangrentos, dolorosos e perigosos.
Sem o benef&iacute;cio de contar com antiss&eacute;pticos e <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123627-como-as-pessoas-aliviavam-dores-antes-dos-anestesicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">anestesias</a>, os m&eacute;dicos precisavam correr contra o tempo para tomar as melhores decis&otilde;es &mdash; o que era bastante arriscado. No in&iacute;cio do s&eacute;culo XX, no entanto, a maioria dos avan&ccedil;os cient&iacute;ficos come&ccedil;aram a surgir e a medicina foi tomada por uma pr&aacute;tica temerosa: tomados por novas ideias, m&eacute;dicos passaram a remover &oacute;rg&atilde;os humanos perfeitamente saud&aacute;veis em uma busca incessante para livrar a humanidade de doen&ccedil;as. Entenda!
<h2>Remo&ccedil;&atilde;o preventiva de &oacute;rg&atilde;os</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/27/27160834189141.jpg" alt="Ilya Metchnikoff. (Fonte: Wikimedia Commons)" />Ilya Metchnikoff. (Fonte: Wikimedia Commons)
A chamada excis&atilde;o preventiva de &oacute;rg&atilde;os perfeitamente saud&aacute;veis surgiu como uma t&eacute;cnica para tentar livrar as pessoas de ficarem constipadas. Em 1914, o bi&oacute;logo russo Ilya Metchnikoff, ganhador do Pr&ecirc;mio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1908 por seu trabalho pioneiro em imunologia, desenvolveu uma teoria da doen&ccedil;a cr&ocirc;nica que chamou de "autointoxica&ccedil;&atilde;o".
Essa teoria dizia que o c&oacute;lon, a parte do intestino grosso que conecta o intestino delgado ao reto, estagnava e apodrecia. Na vis&atilde;o de Metchikoff, inclusive, o apodrecimento dessa parte do corpo tamb&eacute;m era respons&aacute;vel por causar &uacute;lceras, c&acirc;ncer de bexiga, hipertens&atilde;o, artrite reumat&oacute;ide e at&eacute; dist&uacute;rbios psiqui&aacute;tricos.
Com base nisso, o m&eacute;dico William Arbuthnot Lane, do Reino Unido, teve a ideia de come&ccedil;ar a praticar um tipo de procedimento que lhe tornaria infame dentro da comunidade m&eacute;dica: a colectomia radical, na qual o c&oacute;lon &eacute; extirpado e a extremidade do intestino delgado ligada diretamente ao reto. Da d&eacute;cada de 1910 at&eacute; a de 1930, milhares de brit&acirc;nicos e americanos tiveram seus dois pontos perfeitamente saud&aacute;veis cortados como medida preventiva.
<h2>Fase de experimenta&ccedil;&otilde;es</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/27/27155945314138.jpg" alt="Ilustra&ccedil;&atilde;o de uma boca com dentes faltando, retirados de um livro de Henry Cotton, de 1921. (Fonte: Princeton University Press/Wikimedia Commons)" />Ilustra&ccedil;&atilde;o de uma boca com dentes faltando de um livro de Henry Cotton, de 1921. (Fonte: Princeton University Press/Wikimedia Commons)
As colectomias tornaram-se t&atilde;o populares que o procedimento passou a ser prescrito regularmente para doen&ccedil;as menores como dor de garganta ou &uacute;lcera estomacal. Por&eacute;m, os resultados nunca foram verdadeiramente satisfat&oacute;rios. A maioria dos pacientes de Lane n&atilde;o tiveram nenhum benef&iacute;cio com a pr&aacute;tica, o que fez com que o m&eacute;dico abandonasse sua cren&ccedil;a nesse tipo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123622-cirurgioes-transplantam-nariz-que-cresceu-em-braco-de-mulher.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cirurgia</a> radical.
Contudo, ele n&atilde;o foi o &uacute;nico ao longo dos anos com esse tipo de interven&ccedil;&atilde;o cir&uacute;rgica em mente. Em 1907, por exemplo, Henry Andrews Cotton, superintendente do New Jersey State Lunatic Asylum (EUA), soube de uma nova teoria que falava sobre como infec&ccedil;&otilde;es ocultas poderiam corroer a mente humana e aumentar os riscos de problemas psiqui&aacute;tricos.&nbsp;
Portanto, para Cotton, bastava eliminar o local da infec&ccedil;&atilde;o e a doen&ccedil;a mental seria curada. Ele estava t&atilde;o obcecado com esse pensamento que chegou a arrancar os dentes de seus pr&oacute;prios filhos como forma de precau&ccedil;&atilde;o. Al&eacute;m disso, muitos de seus pacientes perderam test&iacute;culos, ov&aacute;rios, ba&ccedil;os, est&ocirc;magos, ves&iacute;culas biliares, colo do &uacute;tero e, claro, c&oacute;lon.
Apesar de as evid&ecirc;ncias de sucesso nunca terem sido claras e os resultados serem duvidosos, esse tipo de procedimento era considerado progressista naquela &eacute;poca e abriu precedentes para algumas cirurgias modernas. Foi por meio desses "testes" que descobrimos alguns locais de infec&ccedil;&atilde;o cr&ocirc;nica no <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120546-quantos-ossos-o-corpo-humano-tem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">corpo humano</a> e, por isso, realizamos cirurgias de extra&ccedil;&atilde;o de am&iacute;gdalas e ap&ecirc;ndice at&eacute; hoje.

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Por que médicos do século XX removiam partes saudáveis de corpos humanos?

Imagem de Qual era o som que os dinossauros emitiam? no megacurioso

Pesquisadores apontam que talvez eles não soassem da forma como imaginamos

Em Jurassic Park&nbsp;(1993), dirigido por Steven Spielberg, o Tiranossauro Rex emite um som aterrorizante com sua boca bem aberta e todos os dentes &agrave; mostra. Pesquisas recentes apontam, no entanto, a possibilidade de que o som produzido por um T-rex estivesse mais pr&oacute;ximo do arrulhar de uma pomba do que do "rugido" assustador que imaginamos.
<h2>Aves primitivas s&atilde;o a chave do mist&eacute;rio</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/26/26181048624183.jpg" alt="O T-rex provavelmente n&atilde;o abria a boca para produzir sons. (Fonte: Shutterstock)" />O T-rex provavelmente n&atilde;o abria a boca para produzir sons. (Fonte: Shutterstock)
A paleont&oacute;loga da Universidade do Texas, Julia Clarke, realizou um exame detalhado do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123747-fossil-de-dinossauro-e-achado-por-acaso-em-rodovia-paulista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">f&oacute;ssil de uma ave primitiva</a>, que viveu entre 66 a 68 milh&otilde;es de anos atr&aacute;s, e coexistia com dinossauros n&atilde;o avi&aacute;rios. No f&oacute;ssil, foram identificados an&eacute;is mineralizados de uma siringe, o &oacute;rg&atilde;o reprodutor de sons presente em p&aacute;ssaros da &eacute;poca.
Segundo Clarke, dinossauros avi&aacute;rios evolu&iacute;ram de esp&eacute;cies ter&oacute;podes h&aacute; cerca de 165 a 150 milh&otilde;es de anos, e o nome <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123258-por-que-o-tiranossauro-rex-tinha-bracos-tao-curtos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mais famoso entre os ter&oacute;podes &eacute; justamente o Tyrannosaurus rex</a>. Dessa forma, se a ave que possu&iacute;a siringe evoluiu de esp&eacute;cies ter&oacute;podes, por que f&oacute;sseis desse tipo n&atilde;o apresentam tal &oacute;rg&atilde;o?
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123258-por-que-o-tiranossauro-rex-tinha-bracos-tao-curtos.htm" target="_blank" rel="sponsored">Por que o Tiranossauro Rex tinha bra&ccedil;os t&atilde;o curtos?</a>
Buscando essa resposta, Clarke passou a estudar os p&aacute;ssaros modernos para compreender como eles produzem sons. E foi a partir desses estudos que a pesquisadora chegou a conclus&atilde;o de que provavelmente os dinossauros n&atilde;o rugiam, mas sim arrulhavam como as pombas.
Conforme a cientista, muitos p&aacute;ssaros modernos produzem sons por meio de uma vocaliza&ccedil;&atilde;o com a boca fechada que ignora a siringe. Assim, a pesquisadora aponta que os erros ao retratar os sons do T-rex est&atilde;o em apresent&aacute;-lo berrando com a boca bem aberta e, especialmente, fazendo isso antes de atacar presas, j&aacute; que, em geral, os predadores n&atilde;o avisam que est&atilde;o por perto. No caso dos dinossauros, isso provavelmente tamb&eacute;m n&atilde;o seria feito com a boca aberta.
<h2>Som de outro mundo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/26/26181051764184.jpg" alt="A crista dos halossauros os fazia produzir sons aterrorizantes. (Fonte: Shutterstock)" />A crista dos halossauros os fazia produzir sons aterrorizantes. (Fonte: Shutterstock)
Enquanto o T-rex possivelmente n&atilde;o era t&atilde;o barulhento como imagin&aacute;vamos, outras <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122502-5-criaturas-bizarras-que-viviam-junto-dos-dinossauros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esp&eacute;cies causavam terror</a> com seus sons. Esse &eacute; o caso do hadrossauro chamado Parasaurolophus tubicen.&nbsp;
Esse dinossauro possu&iacute;a uma crista de quase 1 metro de comprimento, que se projetava para tr&aacute;s da cabe&ccedil;a, e tr&ecirc;s pares de tubos ocos que iam do nariz at&eacute; o fim da crista. Essa estrutura, segundo paleont&oacute;logos do Museu de Hist&oacute;ria Natural do Novo M&eacute;xico, formava uma c&acirc;mara de resson&acirc;ncia enorme. Esse &oacute;rg&atilde;o fazia com que o P. tubicen produzisse grunhidos semelhantes ao do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123110-5-fatos-sobre-o-casuar-a-ave-mais-perigosa-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Casuar</a>, uma ave australiana que produz sons profundos nas selvas onde vive.
Em pesquisas simulando como o ar se comportaria na crista de um desses animais, os sons foram o que eles consideraram &ldquo;de outro mundo&rdquo;. Estridentes ou n&atilde;o, o certo &eacute; que as selvas do nosso planeta n&atilde;o eram um local muito tranquilo h&aacute; milh&otilde;es de anos.

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Qual era o som que os dinossauros emitiam?

Imagem de 6 mitos e equívocos comuns sobre o Universo no megacurioso

Tamanho infinito, estrelas que não existem mais e viagem na velocidade da luz; confira alguns mitos que ainda são falados sobre o Universo

O Universo fascina a humanidade desde a nossa origem. Por mil&ecirc;nios, n&oacute;s olhamos para o c&eacute;u tentando entender o que existia para al&eacute;m das estrelas, ou se era poss&iacute;vel chegar at&eacute; elas. Mas tanto fasc&iacute;nio tamb&eacute;m deu origem a algumas interpreta&ccedil;&otilde;es equivocadas. Abaixo, n&oacute;s listamos seis dos mitos mais comuns sobre o Universo.
<h2>1. Muitas das estrelas que vemos n&atilde;o existem mais</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/19/19113058866158.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
De noite, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123789-as-6-estrelas-mais-brilhantes-do-nosso-ceu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&eacute; poss&iacute;vel observar aproximadamente 6.000 estrelas</a>. Por&eacute;m, o que vemos hoje &eacute; um retrato do passado de cada uma delas. E muita gente interpreta isso como se aquilo que chega at&eacute; n&oacute;s fosse a luz de estrelas que j&aacute; n&atilde;o existem mais. E isso est&aacute; bem longe da realidade.
As estrelas que enxergamos a noite est&atilde;o a menos de 1.000 anos-luz de n&oacute;s. Embora pare&ccedil;a realmente grande, &eacute; uma dist&acirc;ncia muito curta quando se considera o tempo de vida de uma estrela. Portanto, &eacute; altamente improv&aacute;vel que qualquer estrela que vemos tenha morrido no tempo que leva para sua luz chegar at&eacute; n&oacute;s.
<h2>2. O Universo &eacute; infinito</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/19/19113223912159.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
O Universo &eacute; gigantesco, mas n&atilde;o infinito. Na verdade, ele &eacute; at&eacute; mensur&aacute;vel. Astr&ocirc;nomos calculam que suas bordas externas est&atilde;o a 47 bilh&otilde;es de anos-luz de dist&acirc;ncia de n&oacute;s em todas as dire&ccedil;&otilde;es. E de uma ponta a outra (ou seja, o seu di&acirc;metro) ele tem cerca de 94 bilh&otilde;es de anos-luz.
<h2>3. Buracos negros s&atilde;o como v&aacute;cuos gigantes que sugam tudo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/19/19112817351154.jpg" alt="Gargantua, o buraco negro criado para o filme Interestelar&nbsp;(2014). (Fonte: Paramount Pictures/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Gargantua, o buraco negro criado para o filme Interestelar&nbsp;(2014). (Fonte: Paramount Pictures/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Os buracos negros ocorrem quando estrelas massivas ficam sem combust&iacute;vel e come&ccedil;am a morrer e entrar em colapso. Durante esse processo, a estrela se torna cada vez mais densa, fazendo com que sua gravidade comece a atrair tudo ao seu redor, inclusive a luz. Por&eacute;m, essa gravidade n&atilde;o possui uma for&ccedil;a maior do que quando a estrela ainda estava viva.
O que acontece &eacute; que ela se concentra em um corpo menor e, portanto, muito mais denso. Por exemplo, se uma estrela com 10 vezes o tamanho do nosso sol morresse, entrasse em colapso e criasse um buraco negro, a gravidade desse buraco negro seria igual &agrave; massa de uma estrela com 10 vezes o tamanho do nosso sol.
<h2>4. Ser&aacute; poss&iacute;vel percorrer as gal&aacute;xias quando aperfei&ccedil;oarmos as viagens na velocidade da luz</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/26/26133919663095.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Essa daqui, infelizmente, morre na fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica. Isso porque Einstein j&aacute; provou h&aacute; d&eacute;cadas que &eacute; imposs&iacute;vel qualquer objeto com massa atingir a velocidade da luz (na verdade, &eacute; imposs&iacute;vel chegar perto dessa velocidade). Segundo a Teoria da Relatividade, qualquer objeto em movimento &eacute; afetado pela gravidade e se torna mais pesado.
Antes mesmo de atingir a velocidade da luz, o peso de qualquer objeto seria t&atilde;o grande que se aproximaria de infinito &mdash; e precisaria de energia infinita para se deslocar. Al&eacute;m de ser imposs&iacute;vel para uma pessoa suportar isso, seria imposs&iacute;vel conseguir energia suficiente para essa viagem.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121592-por-que-e-proibido-ultrapassar-a-velocidade-da-luz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que &eacute; 'proibido' ultrapassar a velocidade da luz?</a>
<h2>5. O Big Bang foi uma explos&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/26/26133922939096.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
O Big Bang costuma ser descrito como uma grande explos&atilde;o que deu origem ao Universo e tudo o que h&aacute; nele. Por&eacute;m, o que realmente aconteceu n&atilde;o foi uma explos&atilde;o &mdash; como uma bomba sendo detonada &mdash;, mas sim uma r&aacute;pida expans&atilde;o. E essa r&aacute;pida expans&atilde;o (mais r&aacute;pida que a velocidade da luz) foi do espa&ccedil;o, n&atilde;o dos objetos em nosso Universo.
Tudo ainda est&aacute; na mesma posi&ccedil;&atilde;o agora que estava h&aacute; 13,8 bilh&otilde;es de anos, mas &eacute; o espa&ccedil;o entre esses objetos que est&aacute; crescendo, porque como essa expans&atilde;o aconteceu com energia suficiente para <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121592-por-que-e-proibido-ultrapassar-a-velocidade-da-luz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ultrapassar a velocidade da luz, ela afeta o tempo e o espa&ccedil;o</a>.
<h2>6. Nosso sol &eacute; uma bola de fogo gigante</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/26/26133925054097.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
As estrelas, como o nosso sol, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123811-cecilia-payne-a-cientista-que-descobriu-a-composicao-do-sol.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">s&atilde;o formadas principalmente por &aacute;tomos de hidrog&ecirc;nio e h&eacute;lio</a>. Esses &aacute;tomos est&atilde;o o tempo todo se chocando no n&uacute;cleo das estrelas, e a fus&atilde;o desses dois elementos resulta em uma rea&ccedil;&atilde;o nuclear, que libera uma quantidade gigantesca de energia. Portanto, o sol n&atilde;o &eacute; uma bola de fogo, mas uma bola de bombas nucleares sendo acionadas o tempo todo.

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6 mitos e equívocos comuns sobre o Universo

Imagem de Henrietta Leavitt: a mulher que ampliou a capacidade de medição astronômica no megacurioso

Estudiosa de Harvard, Henrietta Swan Leavitt estabeleceu os padrões computacionais para os cálculos de distância extragalácticas

<head></head><body>"Computadora humana" de Harvard, Henrietta Swan Leavitt marcou a história da <a href="https://www.megacurioso.com.br/astronomia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">astronomia</a> moderna ao identificar cerca de 2.400 estrelas por meio de uma técnica autoral. Estudiosa das chamadas chapas fotográficas, ela utilizou esse método para ampliar a capacidade de medição da ciência durante os anos de 1907 e 1921, colaborando com as principais teses sobre a <a href="https://www.megacurioso.com.br/universo/98638-expansao-do-universo-e-8-mais-rapida-do-que-se-pensava-e-isso-nao-e-bom.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">expansão contínua do universo</a>.Leavitt nasceu em 4 de julho de 1868 e foi educada no Radcliffe College, instituição educacional afiliada de Harvard. Apesar de mostrar potencial para o estudo do cosmos, a promissora cientista foi empregada pelo Observatório Nacional apenas em 1907, quando Edward Charles Pickering assumiu a direção e estimulou a contratação em peso de dezenas de mulheres, em uma época onde poucas trabalhavam fora de suas casas.Nos primeiros anos de ofício, a astrônoma analisava chapas fotográficas e recebia menos do que um homem em sua mesma função. Porém, pouco tempo depois, ela foi deslocada para a equipe de observação das <a href="https://www.megacurioso.com.br/estrelas/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estrelas</a> e se tornou uma das principais responsáveis por estudar o brilho dos astros luminosos. Para isso, ela sobrepôs placas para entender como ocorriam as mudanças de luminosidade a partir das exposições dos materiais, e acabou registrando as chamadas “Variáveis Cefeidas”, batizadas em homenagem à constelação de Cefeu.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/16/16070818983000.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Dessa forma, Leavitt descobriu que, independente de onde estejam localizadas, algumas estrelas possuem brilho consistente e possibilitam uma medição mais precisa de sua distância até a Terra. Nas palavras de George Johnson, autor do livro Miss Leavitt's Stars&nbsp;(2005), a cientista "descobriu como medir o universo", mas acabou recebendo pouco crédito por esse feito e viu seu chefe de departamento, Pickering, assumir a responsabilidade como autor da descoberta.“Pouco se sabe sobre os sentimentos pessoais de Henrietta Leavitt sobre a maneira como ela foi ultrapassada”, escreveu a Associação Americana de Observadores de Estrelas Variáveis (AAVSO). "A personalidade dela era tímida e um tanto despretensiosa, e as mulheres daquela época, em um mundo mais justo, seriam respeitadas como iguais por seus pares do sexo masculino. Elas muitas vezes se resignavam a assumir um papel menor, e muitas vezes ficavam apenas silenciosamente gratas por receber qualquer tipo de função."<h2>O legado deixado por Henrietta Swan Leavitt</h2>Antes de Leavitt formular a tese definitiva sobre o grau de luminosidade e o período das estrelas, esse cálculo ocorria a partir de uma observação geométrica, analisando o deslocamento do corpo celeste e sua angulação em relação à Terra. Surpreendentemente, as observações da cientista ampliaram a capacidade de medição em quase 200 vezes, saindo de 100 mil anos-luz para 20 milhões de anos-luz de distância.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/16/16070955158001.jpg" alt="(Fonte: NASA/Reprodução)">(Fonte: NASA/Reprodução)Posteriormente, logo depois da morte de Leavitt em 1921, o lendário físico e astrônomo Edwin Hubble utilizou a tese da expansão contínua do universo para medir a distância da galáxia mais próxima da Terra: a Andrômeda (M31). O alcance de 2,5 milhões de anos-luz deixou claro que a galáxia estava muito além dos limites da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121120-5-misterios-incriveis-nao-desvendados-sobre-a-via-lactea.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Via Láctea</a> e comprovou a existência de outros sistemas gravitacionais.A técnica das “Variáveis Cefeidas” é aplicada até hoje pelo telescópio Hubble. Em relação ao legado de Leavitt, ela foi indicada pela Academia Sueca de Ciências para o Prêmio Nobel em 1924 — três anos após sua morte —, mas foi impedida de participar da cerimônia por "não existirem" concessões póstumas.</body>

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