Imagem de Jovens "sem religião" são maioria em SP e Rio no megacurioso

Novas pesquisas indicam que número de jovens desconectados de instituições religiosas já é maior que evangélicos e católicos em metrópoles brasileiras

<head></head><body>Segundo as primeiras pesquisas Datafolha do ciclo eleitoral de 2022, existem milhares de brasileiros autodenominados "sem religião" espalhados por aí. Inclusive, esse número já teria superado a quantidade de católicos e <a href="https://www.megacurioso.com.br/religiao/70378-segundo-pastor-evangelico-pokemon-influencia-os-adolescentes-a-serem-gays.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">evangélicos</a> entre a população de 16 a 24 anos no Rio e em São Paulo.Em 2010, o Censo mostrava que os sem religião ocupavam 8% da população brasileira — cerca de 15 milhões de pessoas. De acordo com os números do estudo, essa parcela da população atingiu a marca de 14% em 2022 e de 25% no âmbito nacional entre jovens de 16 a 24 anos. Ou seja, um a cada quatro brasileiros se sentem desconectados de instituições religiosas.<h2>Números crescentes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/10/10151614923318.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Em 1960, as primeiras enquetes mostravam que somente 0,5% dos brasileiros se consideravam sem religião naquela época. O número subiu para 1,6% em 1980, 4,8% em 1991 e 7,3% em 2000. A marca de 14% em 2022 chamou a atenção dos pesquisadores, que ainda não conseguem dizer exatamente o que aconteceu com a religiosidade nacional na última década por conta do adiamento do Censo populacional de 2020 devido à pandemia.As pesquisas do Datafolha voltadas para São Paulo e Rio de Janeiro mostram que o número de pessoas sem religião é ainda mais expressivo entre os jovens. Em SP, os jovens entre 16 a 24 anos que se encaixam nessa categoria chegaram aos 30%, enquanto evangélicos foram 27%, católicos 24% e outras religiões 19%No Rio, os números são parecidos. Jovens sem religião representaram 34% dos entrevistados, número acima dos 32% de evangélicos, 17% de católicos e 17% de demais religiões. É preciso ressaltar que o termo "sem religião" não necessariamente está ligado ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/105389-13-paises-onde-ser-ateu-e-motivo-para-pena-de-morte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ateísmo</a> ou ser agnóstico, uma vez que também qualifica pessoas com uma crença e que não seguem uma instituição religiosa.<h2>Tendência internacional</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/10/10151618735319.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Se cada vez mais jovens parecem estar desconectados com o mundo religioso no Brasil, essa é uma tendência que também vem acontecendo em outros países ao redor do mundo. Uma pesquisa feita pela LifeWay Research nos Estados Unidos mostrou que um grande número de jovens adultos que frequentavam cultos protestantes no ensino médio estão abandonando a <a href="https://www.megacurioso.com.br/religiao/96982-10-gigantescos-templos-religiosos-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">igreja</a>.&nbsp;O estudo revela que dois terços dos entrevistados entre 18 e 22 anos pararam de ir à igreja regularmente por pelo menos um ano. Entre os motivos apontados por esse grupo, os mais recorrentes foram de que a igreja "não é para mim" ou de que "não é para mim neste momento".A pesquisa listou 55 motivos para uma pessoa deixar de frequentar a igreja, e os 66% dos entrevistados que fizeram parte desse grupo tiveram que escolher sete ou oito razões entre elas. As quatro principais categorias foram:<ul><li>Mudanças na vida: 96% dos entrevistados afirmou que entrar na faculdade e responsabilidades no trabalho os impediram de frequentar a igreja;</li><li>Motivos relacionados à igreja: 32% disseram que os membros da igreja parecem hipócritas e 29% disseram não se sentir conectados com os outros religiosos;</li><li>Posicionamento político e social: 70% citaram crenças religiosas, éticas ou políticas para desistir. Entre eles, 25% discordavam das decisões da igreja a respeito de questões políticas e sociais, enquanto 22% afirmaram comparecer apenas para agradar outra pessoa.</li><li>Lideranças jovens: 63% disseram que as decisões tomadas pelas lideranças jovens de uma igreja contribuíram para a decisão de não ir. Destes, 23% afirmaram nunca ter se conectado com essas pessoas e 20% comentaram ter achado os membros hipócritas.&nbsp;</li></ul></body>

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Jovens 'sem religião' são maioria em SP e Rio

Imagem de Professor explica porque jovens não desenvolvem "espírito crítico" no megacurioso

Para o professor da universidade de Barcelona, jovens não têm bagagem cultural adequada para desenvolverem o verdadeiro espírito crítico

<head></head><body>Uma das cenas cotidianas mais clichês que podem existir é ver uma pessoa mais velha falando mal das novas gerações. Contudo, pela primeira vez, podemos ver como se comportam jovens que já nasceram conectados, muitos usando smartphones nos primeiros anos de vida.Esses jovens têm comportamentos bem diferentes dos seus pais. Por exemplo: uma pesquisa desenvolvida pela Pew Research Center mostrou que apenas 30% dos jovens da geração Z (nascidos a partir de 1997) haviam consumido álcool. Entre aqueles que eram jovens em 1991, esse percentual era de 54%. Mais conectados, os jovens preferem ficar em casa a sair com seus amigos.Ao mesmo tempo, estudos publicados pelo Instituto Nacional de Saúde da França mostraram que, pela primeira vez, os jovens pontuavam menos que seus pais em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118090-nota-de-qi-define-inteligencia-veja-as-pessoas-mais-inteligentes-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">testes de Q.I</a>.Esses dados ilustram os questionamentos feitos por vários pesquisadores ao redor do mundo sobre a capacidade crítica das novas gerações. Em um artigo publicado no site de notícias acadêmicas The Conversation, Francisco Esteban Bara, professor associado do Departamento de Teoria e História da Educação da Faculdade de Educação da Universidade de Barcelona, aponta algumas razões para que as gerações mais novas não tenham desenvolvido capacidade crítica, mesmo recebendo mais educação.<h2>1. Falta de contato com os clássicos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/10/10143330630283.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)O autor argumenta que os clássicos da literatura e cinema não são clássicos à toa. O fato deles trazerem questões complexas e atemporais é fundamental para trazer ao jovem a capacidade de refletir sobre assuntos que não só afetem o hoje, mas que já eram relevantes no passado.Para resolver esse problema, o professor sugere que os estudantes universitários tivessem disciplinas relacionadas à arte, história e outros temas relacionados à humanidade em seus cursos.<h2>2. Muita opinião e pouco conhecimento</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/10/10143333349284.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Em seu texto, Bara argumenta que é preciso respeitar as opiniões do aluno, contudo, também é necessário que haja respeito por quem tem mais conhecimento. Dar a uma opinião desqualificada a mesma importância de uma opinião alicerçada em conhecimento não seria o adequado. O estudante deveria entender e valorizar o trajeto educacional necessário para poder formar uma opinião sólida sobre qualquer assunto.<h2>3. Estética inadequada</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/10/10143336365285.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)O autor argumenta que o espírito crítico se apresenta com uma estética própria, longe do ódio, da arrogância, inveja e do fervor. Ele deve ser humilde, educado. Se pararmos para refletir sobre essa opinião de Bara, podemos concluir que não é isso que <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119698-e-fora-do-story-voce-esta-bem-o-perigo-da-aparencia-nas-redes-sociais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vemos nas redes sociais</a>, por exemplo.Embora exista a difusão de opiniões, elas parecem mais atender à vaidade de quem fala do que ensinar e refletir sobre algo, mas essa é apenas uma das possíveis interpretações do texto.De acordo com o artigo desse professor, estamos muito longe de formar &nbsp;jovens com espíritos críticos, ainda que esses jovens fiquem tantos anos em uma sala de aula, tendo acesso ao conhecimento. &nbsp;Para ilustrar o que é “espírito crítico”, o autor usa o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121465-6-filosofias-da-grecia-antiga-que-voce-precisa-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filósofo grego Sócrates</a> como exemplo. &nbsp;</body>

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Professor explica porque jovens não desenvolvem 'espírito crítico'

Imagem de 5 dicas científicas para fazer um gato gostar de você no megacurioso

Está fazendo de tudo para conquistar o coração do seu animal de estimação? Saiba qual a melhor forma de conquistar o afeto de um gato

<head></head><body>Se você é do tipo de pessoa que nunca entendeu os gatos muito bem e sempre achou mais fácil fazer amizade com um cachorro, é bem provável que você esteja tentando usar o mesmo peso para duas medidas diferentes. Afinal, eles não são a mesma criatura e manifestam afeto de formas completamente distintas.Então, se você estiver pensando em ter um gato de estimação ou simplesmente quer se dar melhor com o bichano da sua família, é preciso saber como lidar com os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110153-acredite-ou-nao-este-gato-fofinho-e-o-felino-mais-mortal-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">felinos</a>. Veja só cinco dicas cientificamente comprovadas para fazer um gato gostar de você rapidamente!<h2>1. Deixe ele dar o primeiro passo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/03/03184749542576.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Nós estamos acostumados a ser um tanto quanto invasivos quando falamos de animais de estimação e essa não é exatamente uma estratégia interessante para se fazer com um gato. Afinal, eles são animais bem territorialistas e independentes, tendo uma necessidade constante de sentir que estão no poder.Por tanto, deixe ele tomar a iniciativa sobre vocês dois. As interações entre vocês serão muito mais positivas se for o gato quem iniciá-las. Além disso, se você bancar um pouco de durão, é bem provável que ele se sinta mais desafiado a chamar sua atenção.<h2>2. Contato leve</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/03/03184917137577.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Quando estão interagindo entre si, os felinos possuem o hábito de se cumprimentar utilizando a ponta de seus focinhos. Uma estratégia interessante para o seu primeiro contato é reproduzir esse ato utilizando a ponta do seu dedo. Isto quer dizer não tentar logo fazer carinho na barriga dele, mas dar um tempo para que ele se acostume com seu cheiro.Você verá que, ao estender um dedo ou as costas das mãos, é provável que seu animal de estimação tente se esfregar nessa parte do seu corpo. Esse é um sinal de que a sua saudação foi recebida de bom grado.<h2>3. Caricia nas áreas certas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/03/03185114874579.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Se você quer extrair uma reação positiva do seu gato, é comum entre os felinos preferir ser acariciado na região da testa ou nas bochechas. Normalmente, seu animal manifestará positividade ao ronronar, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119103-por-que-os-gatos-gostam-de-amassar-paozinho-com-as-patas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">amassar pãozinho</a> com as patas e piscar lentamente para você.Por outro lado, a região da cauda costuma ser um verdadeiro não e tentar interagir demais com essa parte do corpo pode gerar algumas reações agressivas. Dito isso, cada gato é diferente e é importante analisar como eles respondem a cada tipo de carinho.<h2>4. Hora da brincadeira</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/03/03185157453581.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Muitas pessoas pensam que só porque os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117211-21-fotos-dos-gatos-mais-fofos-ja-vistos-para-alegrar-o-fim-de-ano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gatos</a>, de modo geral, não amam sair pela rua usando uma coleira, isso significa que eles não gostam de interagir com os seres humanos — um dos maiores mitos de todos os tempos. Os bichanos também ficam entediados e precisam da nossa atenção no dia a dia para gastar energia.Como esses animais são verdadeiros predadores furtivos, eles vão adorar ter por perto um ratinho de borracha ou algum outro tipo de brinquedo que gere movimentação. Isso fará com que eles saiam correndo pela casa como se estivessem caçando uma presa na floresta.<h2>5. Mantenha seu gato em casa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/03/03185423907583.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Se você quer estabelecer um vínculo afetivo com seu gato, é importante deixá-lo dentro de casa na maior parte do dia — com um máximo de uma hora de acesso supervisionado a um pequeno jardim por dia. Estudos mostram que gatos caseiros tendem a estar mais "conectados" com seus donos.Um grande motivo para isso é porque gatos que ficam em casa costumam gastar mais energia durante o dia, no mesmo horário em que os seus seres humanos também estão sendo ativos. Logo, ambos poderão ter uma noite mais tranquila e relaxada.&nbsp;</body>

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5 dicas científicas para fazer um gato gostar de você

Imagem de Vício em ópio também assolou as sociedades ancestrais no megacurioso

De 'planta da alegria' à epidemia contemporânea, a trajetória da papoula atravessou as sociedades antigas causando problemas

<head></head><body>Mesmo que as referências ao uso de <a href="https://www.megacurioso.com.br/drogas/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">drogas</a> na história da humanidade sejam escassos, eles existem e mostram que as sociedades antigas também enfrentaram problemas relacionados ao uso abusivo dessas substâncias, em especial o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120505-sanguessugas-cocaina-e-opio-os-medicamentos-do-velho-oeste-americano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ópio</a>.Se registros de consumo são raros, não se pode dizer o mesmo sobre o comércio internacional de drogas. Arqueólogos já encontraram dados que comprovam que as rotas de distribuição de narcóticos, como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/plantas-e-frutas/37356-7-usos-industriais-para-o-canhamo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cânhamo</a>, já estavam ativas no ano 1000 a.C.<h2>Da papoula ao ópio: uma história milenar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/02/02103835080125.jpg" alt="&quot;A New Vice: Opium Dens in France&quot;, ilustração do Le Petit Journal. (Fonte: Wikemedia Commons)">"A New Vice: Opium Dens in France", ilustração do Le Petit Journal. (Fonte: Wikemedia Commons)Os primeiros relatos sobre a papoula datam da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121007-6-segredos-incriveis-descobertos-na-escrita-cuneiforme.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mesopotâmia</a>, no distante ano de 3400 a.C. Já seu uso como narcótico foi mapeado por arqueólogos por volta de 1600 a.C. Pequenos frascos no formato de cápsulas foram encontrados naquela região.Através de um artigo na revista Science, no ano de 2018, mostrou-se que pesquisadores conseguiram confirmar que elas eram utilizadas com ópio, mas também com outras substâncias psicoativas. Até nas tumbas egípcias já se encontraram resíduos de drogas alucinógenas.Quando a tumba do faraó Tutancâmon foi aberta em 1922, os arqueólogos viram que o corpo do rei estava encoberto de flores de nenúfar azul, uma planta que era comumente pintada nos sarcófagos. Quando era embebida em vinho, esta planta produzia um sedativo que causava uma ligeira euforia.<h2>Relação com a droga seria mencionada em poema épico</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/02/02104320783131.jpg" alt="(Fonte: Harry Burton/Wikimedia Commons)">(Fonte: Harry Burton/Wikimedia Commons)A proximidade dos egípcios com as drogas não foi considerada exatamente uma surpresa, uma vez que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/drogas-e-novos-medicamentos/45553-conheca-a-historia-de-como-a-morfina-foi-inventada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">papoula</a> era bastante cultivada no Egito. O extrato da planta foi chamado de "Opium Thebiacum", em homenagem à cidade de Waset (conhecida pelos gregos como <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/74090-7-cidades-arqueologicas-que-voce-pode-visitar-se-quiser.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tebas</a>).Tratando-se dos gregos, há inclusive sugestões de que o ópio teria sido citado na Odisseia&nbsp;de Homero. Em certo trecho do clássico poema épico, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121607-o-famoso-cavalo-de-troia-realmente-existiu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Helena de Troia</a> dopa um vinho com uma droga.No trecho, lê-se que a droga "tirou lembranças poderosas" e que os que consumiram a bebida&nbsp;"não puderam derramar uma lágrima mesmo com a morte de um de seus pais". Segundo os pesquisadores, haveria, aqui, menção implícita a uma substância capaz de alterar a consciência, possivelmente o ópio.Não por acaso, as divindades gregas <a href="https://www.megacurioso.com.br/neurociencia/20549-como-a-hipnose-age-sobre-o-nosso-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hipnos</a> (deus do sono) e Tânatos (deus da morte) foram muitas vezes representados com buquês e coroas de flores cheias de papoulas. Tudo isto traz pistas que os povos ancestrais também conheciam estas substâncias e seus poderes.<h2>A preocupação com substâncias alucinógenas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/01/01230643768109.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Há também registros de médicos e pensadores de civilizações antigas já revelando preocupação com questões como overdose. O escritor grego Dioscórides deixou escritos sobre o cultivo do ópio, mas também alertou sobre os riscos do uso exagerado do narcótico.De fato, há dados que mostram que muitos romanos compravam a droga com razões bem específicas. Os historiadores contam que muitos idosos doentes optavam pelo suicídio, e usavam o entorpecente para dar uma "mãozinha". Ainda que ele fosse tido como um sonífero comum, já se sabia que uma dose elevada levaria a uma morte rápida e indolor.Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109442-13-fatos-fascinantes-e-malucos-sobre-os-antigos-romanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">romanos</a> também criaram uma espécie de vinho feito à base do tóxico e produziram uma bebida a partir das folhas de papoula. Além disso, a droga era vendida em mercados romanos. Na cidade de Roma, por exemplo, havia varejistas que a comercializavam a poucos passos da Via Sacra.Consta-se que a cidade de Cápua tinha uma área conhecida ocupada por comerciantes de substâncias alucinógenas. O termo "seplasia", que se referia a todo tipo de droga capaz de alterar a mente - envolvendo aqui até perfumes e cremes -, surgiu a partir disso. A palavra se tornou tão comum que chegou a aparecer em um escrito do filósofo romano Cícero.</body>

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Vício em ópio também assolou as sociedades ancestrais

Imagem de 6 motivos para o Jalapão ser seu próximo destino turístico no megacurioso

Região situada a leste no Tocantins, o Jalapão abrange muitos municípios e é Parque Estadual desde 2001

<head></head><body>Com área equivalente ao estado de Sergipe, o Jalapão é uma região localizada no estado do Tocantins, Norte brasileiro. Foi transformada em parque por força da Lei Estadual n.º 1.203/01, o que garantiu que recebesse recursos públicos para sua preservação.É cortada por rios, riachos, ribeirões e possui uma das faunas mais ricas de nosso território. Sua baixa densidade populacional (0,8 habitante por quilômetro quadrado) é fundamental para a preservação de sua riqueza natural. Conheça mais.<h2>1. Suas piscinas naturais aquecidas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/30/30224708959062.jpg" alt="(Fonte: Cléber Demori/Wikimedia Commons)">(Fonte: Cléber Demori/Wikimedia Commons)Conhecidas como fervedouros, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106523-8-piscinas-naturais-para-visitar-ao-menos-uma-vez-antes-de-morrer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">piscinas naturais</a> do Jalapão são famosas pelas águas quentes e transparentes. Elas são formadas a partir da nascente de um rio subterrâneo, e estão entre as melhores e mais procuradas atrações da região.Essas piscinas contêm gases na água, que impedem que as pessoas afundem. Isso ocorre por conta da pressão exercida pela presença dos gases, fenômeno chamado de ressurgência. Deste modo, mesmo que você não saiba nadar, não afundará.<h2>2. Uma região de águas cristalinas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/30/30224843539064.jpg" alt="(Fonte: Felipe Vannoni/Wikimedia Commons)">(Fonte: Felipe Vannoni/Wikimedia Commons)A região é abundante em água, e uma das razões para sua beleza é como rios, <a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/37006-conheca-algumas-das-cachoeiras-mais-belas-do-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cachoeiras</a> e fervedouros são cristalinos, sendo possível ver o fundo de alguns deles. As imagens são dignas das melhores pinturas.Como há grande concentração de carbonato de cálcio na água, qualquer substância sólida que caia na água acaba calcificada e, posteriormente, afunda. Desta forma, o efeito de água clara e limpa se mantém.<h2>3. A trilha da Serra do Espírito Santo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/30/30225113979065.jpg" alt="(Fonte: Rodrigo Fernandes/Wikimedia Commons)">(Fonte: Rodrigo Fernandes/Wikimedia Commons)Fazer a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106371-13-trilhas-incriveis-que-fazem-o-mundo-real-parecer-um-conto-de-fadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">trilha</a> da Serra do Espírito Santo pode não ser para todos, já que o grau de dificuldade é considerado médio-alto. Entretanto, apesar da subida íngreme em parte do percurso de 8 quilômetros, a vista da região vale o esforço.A união das dunas, da terra, dos paredões, da vegetação e do céu dá contornos inesquecíveis ao passeio. Poucas vistas são tão belas no Jalapão quanto o nascer e o pôr do sol no topo da Serra. Agora, se for se aventurar, planeje com muito cuidado.<h2>4. As dunas do Jalapão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/30/30222311130057.jpg" alt="(Fonte: Rubens Vianna Filho/Wikimedia Commons)">(Fonte: Rubens Vianna Filho/Wikimedia Commons)Talvez por se falar pouco, parte das pessoas não saiba que o Brasil é um país que possui lindas <a href="https://www.megacurioso.com.br/geologia/46890-como-e-que-as-dunas-se-formam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dunas</a>. E nem precisa ir até Natal, onde as mais conhecidas estão, porque uma mais próxima e acessível fica no Parque Estadual do Jalapão.Com cerca de 40 metros de altura e formada por uma fina areia, produto de uma longa erosão de rochas, as dunas da região estão localizadas próximas à Serra do Espírito Santo. Um lago percorre o caminho que divide a vegetação e a faixa de areia. É espetacular.<h2>5. As incríveis aventuras da Cachoeira da Velha</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/30/30222540020058.jpg" alt="(Fonte: Gabriel Castaldini/Wikimedia Commons)">(Fonte: Gabriel Castaldini/Wikimedia Commons)A água que percorre o parque forma, em alguns locais, estonteantes quedas d'água. Uma delas, conhecida pelo nome de Cachoeira da Velha, abriga atrações como <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/105017-ferias-7-lugares-para-praticar-esportes-radicais-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rafting</a> nas corredeiras, além de caminhos para uma pequena trilha.São duas quedas com 20 metros de altura, aproximadamente, localizadas a pouco mais de 100 quilômetros de Mateiros, um dos municípios que abriga o parque estadual.<h2>6. Os paredões rochosos que já foram mar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/30/30221851817056.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Admirar os paredões que compõem o cenário do Jalapão fica muito mais interessante quando se sabe que ali, há milhões de anos, tudo estava coberto de mar.Cientistas afirmam que mudanças climáticas e atmosféricas foram responsáveis por fazer com que a água do mar fosse retrocedendo aos poucos. Essa ação abriu espaço para que outros fatores interferissem na paisagem, como o vento, o sol, o homem e outros organismos.</body>

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6 motivos para o Jalapão ser seu próximo destino turístico

Imagem de Será que aos 18 anos o nosso cérebro já é “adulto”?  no megacurioso

Será que aos 18 anos já tomamos decisões com a mesma maturidade de um adulto? Será que o nosso cérebro aos 18 tem o mesmo raciocínio de um cérebro de 20?

A quest&atilde;o da maturidade tem sido muito debatida em diversas nuances, uma delas se prende se os jovens entre os 16 e os 18 anos de idade s&atilde;o dotados de uma capacidade plenamente desenvolvida para atuar e decidir em campos muito diferentes da sua vida p&uacute;blica e privada. N&atilde;o devemos esquecer que&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121412-crise-de-ansiedade-x-crise-de-panico-como-diferencia-las.htm" target="_blank" title="Crise de Ansiedade x Crise de P&acirc;nico: como diferenci&aacute;-las?">o Brasil &eacute; o pa&iacute;s mais ansioso do mundo</a> e um dos que mais utiliza as redes sociais e a internet, o que j&aacute; comprovei em estudos que pode comprometer o desenvolvimento intelectual e cognitivo. Ou seja, estaria o jovem hoje mais imaturo? Qual deveria ser, ent&atilde;o, a&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120648-maioridade-penal-brasil-permitia-prisao-aos-9-anos.htm" target="_blank" title="Maioridade penal: Brasil permitia pris&atilde;o aos 9 anos">maioridade</a> atualmente com base na neuroci&ecirc;ncia?
A raz&atilde;o da ansiedade excessiva do brasileiro est&aacute; relacionada com fatores como viol&ecirc;ncia, diferen&ccedil;a social e elementos culturais que interferem no comportamento, inclusive, na tomada de decis&atilde;o e avalia&ccedil;&atilde;o das consequ&ecirc;ncias futuras. Como cientista, e aliado apenas &agrave; raz&atilde;o, sei que os jovens n&atilde;o est&atilde;o nessa fase t&atilde;o precoce da sua vida dotados das mesmas capacidades racionais e l&oacute;gicas. Aqui, mais do que uma opini&atilde;o pessoal de cada um devemos levar em considera&ccedil;&atilde;o a capacidade de racioc&iacute;nio, de l&oacute;gica, de conhecimento e desenvolvimento que cada idade nos traz.
<h2>Quanto mais jovem...</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/03/a-03175004691545.jpg" alt="a" />Fonte: Shutterstock
Evidentemente n&atilde;o devemos esquecer que quanto mais jovens, mais influenciados somos. &Eacute; mais f&aacute;cil convencer um jovem de 16 anos do que um jovem adulto de 20 que muitas vezes j&aacute; tem mais experi&ecirc;ncia de vida &mdash; inclusive em meios acad&eacute;micos, laborais, entre outros. Quanto maior o conhecimento e a experi&ecirc;ncia, mais ponderada ser&aacute; a tomada de decis&atilde;o e a an&aacute;lise das situa&ccedil;&otilde;es que lhe surgem e precisam ser resolvidas. Quanto menor a idade, maior a ingenuidade e as decis&otilde;es s&atilde;o, como se costuma dizer, tomadas com o cora&ccedil;&atilde;o e n&atilde;o com a cabe&ccedil;a.
Os jovens s&atilde;o, como sabemos, muito mais impulsivos. O <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119232-cuide-da-saude-do-cerebro-para-ter-uma-vida-sustentavel-e-mais-feliz.htm" target="_blank" title="Cuide da sa&uacute;de do c&eacute;rebro para ter uma vida sustent&aacute;vel e mais feliz">lobo frontal</a>, mais especificamente o c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal, s&oacute; termina de se desenvolver at&eacute; os 30 anos de idade, a depender do indiv&iacute;duo. Com 20 anos, ele j&aacute; &eacute; bastante desenvolvido. Esta regi&atilde;o est&aacute; relacionada &agrave; l&oacute;gica, tomada de decis&otilde;es, controle emocional, aten&ccedil;&atilde;o, racionalidade, entre outras fun&ccedil;&otilde;es ligadas &agrave; intelig&ecirc;ncia global e precursora. Chamo isso de controle das intelig&ecirc;ncias.
O c&eacute;rebro de jovens com 16 anos de idade ainda &eacute; imaturo e excessivamente emocional. O sistema l&iacute;mbico trabalha melhor nas mensagens negativas, o que &eacute; natural para a sobreviv&ecirc;ncia, mas revela uma ira maior e como n&atilde;o existe um controle emocional t&atilde;o definido, possuem o que chamo de "pensamento abstrato de imortalidade".
<h2>Capacidade de decis&atilde;o</h2>
O ato de decidir, de tomar posi&ccedil;&atilde;o, de fazer escolhas, sejam elas em que campo for, entre os mais jovens n&atilde;o seria tanto um ato de coragem ou de mudan&ccedil;a, mas sim um risco com menor padr&atilde;o nas consequ&ecirc;ncias, j&aacute; que n&atilde;o t&ecirc;m um controle emocional desenvolvido, n&atilde;o refletem sobre as consequ&ecirc;ncias com tantas op&ccedil;&otilde;es. A cogni&ccedil;&atilde;o com base na experi&ecirc;ncia ainda est&aacute; desenvolvendo-se e ela &eacute; crucial para que tenha um maior mapa de op&ccedil;&otilde;es para melhores escolhas. Por isso, os idosos s&atilde;o sempre mais s&aacute;bios e todos seremos idosos um dia. Faz bem saber disso.
Diferentes estudos mostram que, aos 16 anos, o racioc&iacute;nio l&oacute;gico ou a argumenta&ccedil;&atilde;o funcionam de maneira semelhante &agrave; de um adulto; no entanto, devemos ter precau&ccedil;&otilde;es, sen&atilde;o isso seria o mesmo que assumir que&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121698-como-e-o-cerebro-de-uma-pessoa-de-alto-qi.htm" target="_blank" title="Como &eacute; o c&eacute;rebro de uma pessoa de alto QI?">pessoas de alto QI</a> s&atilde;o mais capacitadas em todos os aspectos, mesmo faltando o fator experi&ecirc;ncia. H&aacute;, sim, c&eacute;rebros jovens mais desenvolvidos que outros na regi&atilde;o frontal, mas estatisticamente s&atilde;o uma minoria. As idades que aqui tratamos est&atilde;o ligadas &agrave; fase onde se d&aacute; o in&iacute;cio da busca pela independ&ecirc;ncia j&aacute; premeditando os 18 anos, que &eacute; a etapa radical quando saem de casa e iniciam a universidade na maioria dos pa&iacute;ses mais desenvolvidos. Esta &eacute; a fase da "rebeldia", onde querem bater de frente para mostrar que s&atilde;o maduros e independentes, logo, isso interfere na racionalidade.
<h2>Imaturidade crescente</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/03/a-03175201927546.jpg" alt="a" />Fonte: Shutterstock
Para finalizar, os jovens hoje est&atilde;o muito mais imaturos, como comprovei em 2018 que o uso excessivo de internet diminui o QI. Tamb&eacute;m h&aacute; um estudo na Noruega em andamento desde 1970 que comprova a diminui&ccedil;&atilde;o do QI, que est&aacute; relacionada ao desenvolvimento da regi&atilde;o do c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal. A cultura virtual criou, de forma sem&acirc;ntica, a ideia do abstrato onde vivem sempre no que chamo "mundo da fantasia". A percep&ccedil;&atilde;o distorcida da realidade tem rela&ccedil;&atilde;o com essa cultura virtual e distorce tamb&eacute;m a capacidade l&oacute;gica e racional. A maturidade tem rela&ccedil;&atilde;o com a consci&ecirc;ncia, com a percep&ccedil;&atilde;o, com a l&oacute;gica e a capacidade criativa. A experi&ecirc;ncia desenvolve a maturidade assim como o desenvolvimento do lobo frontal.
Concluindo, se me &eacute; permitida uma opini&atilde;o pessoal, apenas com embasamento cient&iacute;fico, para mim a idade ideal para assinalar a maioridade seriam os 20 anos &mdash; idade ideal para um c&eacute;rebro que come&ccedil;a a fazer sentido e a pensar com clareza, um c&eacute;rebro que embora ainda ceda muitas vezes &agrave;s quest&otilde;es emocionais, tem a no&ccedil;&atilde;o dessa dicotomia.
***
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias; doutor e mestre em Ci&ecirc;ncias da Sa&uacute;de nas &aacute;reas de Psicologia e Neuroci&ecirc;ncias; mestre em Psicologia; mestre em Psican&aacute;lise com forma&ccedil;&otilde;es em neuropsicologia, licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em antropologia, p&oacute;s-graduado em Programa&ccedil;&atilde;o Neurolingu&iacute;stica, Neuroci&ecirc;ncia Aplicada &agrave; Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenol&oacute;gica, MBA, autorrealiza&ccedil;&atilde;o, prop&oacute;sito e sentido, fil&oacute;sofo, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o em Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; membro ativo da Redilat &mdash; La Red de Investigadores Latinoamericanos; chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, professor e investigador cientista na Universidad Santander de M&eacute;xico, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neuroci&ecirc;ncias e da Society for Neuroscience &mdash; maior sociedade de neuroci&ecirc;ncias do mundo, nos Estados Unidos. Membro da FENS, Federa&ccedil;&atilde;o Europeia de Neuroci&ecirc;ncias; membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associa&ccedil;&atilde;o e sociedades de pessoas de alto QI, esta &uacute;ltima TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e intelig&ecirc;ncia com mais de 100 estudos publicados.

thumb-image-2024-02-29T14:06:10.019Z

Será que aos 18 anos o nosso cérebro já é “adulto”? 

Imagem de De onde vem a expressão "bode expiatório"? no megacurioso

Muitos não sabem, mas esse é um termo associado a hábitos religiosos antigos

<head></head><body>Diz aí, você já foi o bode expiatório de alguém? Essa expressão é bastante conhecida entre o público brasileiro, mas um dado curioso é que provavelmente muitos não fazem ideia de onde e como esse termo surgiu.<h2>Afinal, o que é ser bode expiatório?</h2>Em linhas gerais, dizemos que alguém é bode expiatório quando é acusado de algo que não fez e acaba sendo punido por isso. Em linhas gerais, muitas pessoas consideradas desavisadas acabam recebendo essa nomenclatura.E acredite: a origem desse termo vai um pouco além da ideia que muitos utilizam hoje em dia, e para entender essa questão precisamos voltar alguns séculos para relembrar antigas tradições do <a href="https://www.megacurioso.com.br/fotografia/69962-15-rituais-fascinantes-que-os-judeus-ortodoxos-praticam-em-israel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mundo judaico</a>.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/29/29133121789204.jfif" alt="Mesmo em suas origens, ser bode expiatório era algo extremamente ruim. (Fonte: William Holman Hunt/Reprodução)">Mesmo em suas origens, ser bode expiatório era algo extremamente ruim. (Fonte: William Holman Hunt/Reprodução)Na Bíblia, o livro de Levítico traz dados referentes ao que era chamado Dia da Expiração. Nessa data, os hebreus faziam vários rituais para purificar sua nação e, entre os seus elementos mais importantes, utilizavam dois bodes. Entretanto, apenas um realmente era sacrificado para que seu sangue fosse usado com o de um touro para marcar as paredes do templo.Dessa forma, era realizado um sorteio para descobrir qual dos bodes seria o abatido e qual se transformaria em "expiatório", que carregaria todos os pecados da comunidade. Em uma cerimônia em que um sacerdote colocava as mãos na cabeça do animal, ele passaria a carregar as falhas das pessoas daquela área e seria abandonado no deserto à sua própria sorte onde, em algum momento, acabaria morrendo.Com isso, ele se tornaria o expiatório sem ter culpa de nada — tal como é convencionalmente feito em tempos modernos quando atribuímos a culpa a um inocente, mas (na maior parte dos casos) sem ocasionar uma morte propriamente dita.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:09.998Z

De onde vem a expressão 'bode expiatório'?

Imagem de Fundo de Consciência recebe doações de quem roubou e se arrependeu no megacurioso

A poupança americana para reparar a moral dos 'infratores de bem' começou em 1811 e já chegou a receber doações de até US$ 155 mil

<head></head><body>Pensando um pouco com a mente do que pregava Aristóteles e o estoicismo, é dito que a propensão a sentir arrependimento pode até ser considerada um ato de virtude. E foi um pouco se apoiando nisso, tentando promover algum tipo de reparação moral com o Estado — talvez porque rezar um Pai-Nosso e cinco Ave-Marias não era o suficiente —, que em 1950 o governo dos Estados Unidos oficializou o que foi chamado Fundo de Consciência.Essa verdadeira crônica histórica da culpa americana começou em 1811, quando o gabinete do governo recebeu um envelope anônimo contendo uma nota de US$ 5, acompanhado de um pedido de desculpas da pessoa por fraudar o governo.&nbsp;Inspirado pelo gesto revolucionário, o Departamento do Tesouro do governo do presidente James Madison (1751-1836) criou uma espécie de poupança para aqueles que prejudicaram o Estado, ou qualquer pessoa, para fazer as pazes através de uma doação monetária.<h2>O preço da consciência &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;&nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/26/26182815200460.jpg" alt="(Fonte: Futility Closet/Reprodução)">(Fonte: Futility Closet/Reprodução)A oficialização do fundo na década de 1950 tocou no coração de muitos americanos que roubaram tanto na rua quanto a própria instituição do governo, como sonegadores de impostos e fraudadores.Uma matéria do The Baltimore Sun divulgou a carta endereçada ao Fundo de Consciência de um doador anônimo que dizia: “Há 8 anos eu peguei de uma estação ferroviária um item no valor de US$ 25, e isso está na minha consciência até hoje, portanto, estou enviando US$ 50 para limpar minha consciência”.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The New York Times&nbsp;" data-fonte-url="https://static01.nyt.com/images/2019/06/20/science/20wallet2/merlin_156729945_74696032-f5b2-45f5-9179-265d63dd6874-superJumbo.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/26/26182930591463.jpg" alt="(Fonte: The New York Times/Reprodução)">(Fonte: The New York Times/Reprodução)Assim como nesse caso, se tornou comum que a quantia roubada ou desviada seja maior, como uma espécie de juros moral pela prática ilícita. Isso aconteceu até mesmo em caso de dinheiro encontrado na rua.Assim como tudo o que um padre ouve na privacidade de seu confessionário, de banalidades a atos graves, as doações permanecem anônimas por parte dos doadores que, apesar de estarem se desculpando, ainda assim não querem ser responsabilizados pelos seus atos, tampouco expostos.<h2>Remissão dos pecados</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/26/26183214732466.jpg" alt="(Fonte: BBC/Reprodução)">(Fonte: BBC/Reprodução)Portanto, eles enviam o dinheiro através de terceiros, como advogados ou familiares, sempre em cheques bancários ou dinheiro em espécie. Mas Wilson Fadely, porta-voz do Internal Revenue Service, em entrevista ao&nbsp;Christian Science Monitor, disse que o fundo não busca mover uma ação legal contra os doadores, e que nunca houve um mandato para isso, ainda que o Departamento do Tesouro tenha o direito legal de processar os doadores. Por enquanto, o máximo que os arrependidos vão receber serão bilhetes com agradecimentos em nome do governo, caso incluam seus endereços nos envelopes. Mas quem arriscaria, não é?E se você está se perguntando o que o Departamento do Tesouro faz com esse dinheiro, quando o doador não sinaliza qual seu desejo, a quantia é colocada em uma conta para gastos em despesas gerais.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/26/26183252185467.jpg" alt="(Fonte: On The Road Now/Reprodução)">(Fonte: On The Road Now/Reprodução)Segundo o Business Insider, a maior quantia doada foi de US$ 155.502, em contraste com os nove centavos recebidos em 2017, figurando a mais baixa já doada ao Fundo de Consciência. Só em 2014, a poupança contabilizou US$ 1 milhão em doações, porém esse número começou a cair a partir de 2016, em que houve entrada de apenas US$ 23 mil.O jornalista Chris Weller correlacionou essa queda brusca em doações com os níveis historicamente baixos de confiança no governo, ainda que o próprio Departamento do Tesouro tenha evitado vincular as atitudes do Estado com as doações.</body>

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Fundo de Consciência recebe doações de quem roubou e se arrependeu

Imagem de A guerra dos VHS: quando as fitas quase foram proibidas nos EUA no megacurioso

Temendo que as pessoas gravassem programas e filmes, corrompendo direitos autorais e prejudicando os lucros, a Universal Studios moveu um processo contra a Sony

<head></head><body>Foi em meados de 1997 que chegaram às lojas dos Estados Unidos os primeiros aparelhos de DVD (Digital Versatile Disc), que prometiam mudar a indústria de filmes para assistir no conforto do lar. A Warner saiu na dianteira e lançou 30 títulos no novo formato, incluindo o famoso filme Twister, enquanto as demais produtoras relutaram, em sua maioria preocupadas que os padrões de proteção de direitos autorais recém-adotados para o DVD não fossem bons o suficiente.Mas não demorou muito para que o novo tipo de mídia se tornasse popular e fizesse sucesso entre os consumidores, vendendo só em 2002 mais de 80 milhões de aparelhos DVD nos EUA, tornando-se o dispositivo eletrônico de consumo mais rápido de todos os tempos.Em junho de 2003, quando o aluguel de DVDs nas locadoras de filmes ultrapassou pela primeira vez o de VHS (Video Home System), ficou marcada a derrocada do estilo que fez um sucesso estrondoso durante a década de 1980, tanto que quase chegou a ser proibido pela Suprema Corte dos EUA.<h2>O problema do sucesso</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/27/27175606184510.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Gravar programas ou filmes que passavam na grade da televisão era um hábito que fazia parte da cultura norte-americana do século passado, quando usar os gravadores de videocassete era a melhor maneira de não ficar preso à grade televisiva — fora a oportunidade de poder rever por várias vezes.E isso só foi possível com a invenção dos videocassetes, que chegaram nos EUA no Natal de 1975 sob o nome de Betamax, após serem lançados pela gigante Sony no Japão, mesmo sem saber se haveria mercado para gravadores de vídeo domésticos. Ele competiu com o formato VHS da JVC, que possuía um tempo de execução maior sobre o Betamax, além de ser mais barato.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/27/27175715919511.jpg" alt="(Fonte: The New York Times/Reprodução)">(Fonte: The New York Times/Reprodução)Enquanto começou uma guerra mercadológica entre as duas empresas para saber quais produtos seriam mais adotados pelos americanos, a indústria de Hollywood entrou em pânico sob à possibilidade de que os consumidores fossem capazes de gravar os filmes à vontade, corrompendo direitos autorais e prejudicando os lucros dos estúdios.Tentando fazer os produtos serem impedidos, a Universal City Studios moveu uma ação judicial contra a Sony Corporation of America.<h2>A guerra</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/27/27175816825512.jpg" alt="(Fonte: Reddit/Reprodução)">(Fonte: Reddit/Reprodução)A princípio, o caso foi levado ao Tribunal Distrital dos EUA, com a Universal alegando que a Sony era responsável pelas supostas violações de direitos autorais devido às fitas Betamax, que estariam sendo usadas para gravar programas e filmes dos estúdios. Isso foi chamado&nbsp;time-shifting, o ato de um telespectador gravar um programa para uso pessoal com a intenção de assisti-lo depois.O processo foi arquivado em 1976, porém reaberto e contestado até que chegasse na Suprema Corte, em 1983. Em janeiro do ano seguinte, o juiz decidiu que o time-shifting não violava as leis de direitos autorais, dando a causa ganha para a Sony.A decisão foi fundamental para o futuro da eletrônica de consumo no mundo, bem como o surgimento de novas mídias digitais de reprodução de vídeo.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:09.628Z

A guerra dos VHS: quando as fitas quase foram proibidas nos EUA

Imagem de Banheiros de porcos: chineses antigos defecavam sobre chiqueiros no megacurioso

A prática milenar gerou fertilizantes e ajudou a eliminar doenças quando as civilizações ainda não sabiam o que fazer com os dejetos

<head></head><body>Ainda que os seres humanos tenham feito necessidades fisiológicas há milhões de anos, os banheiros demoraram para surgir como um espaço fixo e destinado apenas à eliminação de resíduos, o que só aconteceu quando os primeiros humanos começaram a viver juntos em grupos cada vez maiores, entendendo a necessidade de montar um sistema de descarte para isso.Os primórdios dos banheiros foram encontrados na civilização do Vale do Indo, a noroeste da Índia e do Paquistão, e datavam de 2800 a.C., mas não chegavam nem perto do que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121373-como-eram-os-habitos-de-higiene-durante-o-imperio-romano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Roma Antiga</a> fez, e pelo qual ficou conhecida por um dos lugares que inovaram em questão de logística nos tempos antigos.Mas o problema do homem na escala de evolução sempre foi o que fazer com o lixo que gera, ou, nesse caso, com as <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118313-homens-do-solo-os-catadores-de-fezes-publicos-do-seculo-xix.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fezes que produz&nbsp;</a>em grande escala diariamente. Ainda que os romanos do início da era cristã tenham se gabado pelas calhas e sistemas de aquedutos que inventaram para direcionar os resíduos que eliminavam, eles não faziam ideia do que fazer com o seu destino. O resulto foi uma Roma podre que fedia ainda mais durante o calor, impregnando o ar da cidade.<h2>Uma relação quase perfeita</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/26/26180749872451.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Foi pensando em como aprimorar esse sistema de eliminação e, consequentemente, evitar doenças e estabelecer um padrão higiênico, que a China Antiga de 200 a.C., durante a dinastia Han, chegou a uma brilhante solução: latrinas de porcos.Os chineses construíram um espaço onde seus banheiros externos conseguissem ficar em um nível elevado sobre um chiqueiro para que os porcos pudessem comer os dejetos com os outros alimentos que também recebiam, criando um sistema eficiente de compostagem que ajudava na eliminação dos dejetos, prevenção de doenças e redução de odores.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Atlas Obscura&nbsp;" data-fonte-url="https://img.atlasobscura.com/2AgBxBAHPjQpv_Fb08u1ZYGrTribmtJ6hiJOgAYj3QY/rt:fit/h:390/q:81/sm:1/scp:1/ar:1/aHR0cHM6Ly9hdGxh/cy1kZXYuczMuYW1h/em9uYXdzLmNvbS91/cGxvYWRzL3BsYWNl/X2ltYWdlcy9lMWEy/OWI2Mi0yMGY1LTQ3/MDAtODVmYS05NjYy/MWU5OTNjZGI4ZTcy/YjUyNzNhN2YwNzg5/MWFfUFhMXzIwMjAx/MDMxXzA0MzM1MTAz/My5qcGc.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/26/26181129278453.jpg" alt="(Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)">(Fonte: Atlas Obscura/Reprodução)Esses "banheiros de porcos", como ficaram conhecidos, prosperaram, principalmente, nas áreas rurais — onde ainda são numerosos —, funcionando como uma roda para o mercado da agricultura. A velocidade com que os porcos famintos e raivosos consumiam os resíduos humanos minimizaram o contato com moscas e roedores.E como o esterco do porco quase não tem odor, os agricultores o usaram como fertilizante para culturas ricas em nutrientes, como nitrogênio e potássio. O movimento dos animais no cocho fez quebrar o esterco, gerando um subproduto enriquecido pelos chineses com grãos.<h2>A tradição milenar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/04/26/26181444341455.jpg" alt="(Fonte: Cinderella Released/Reprodução)">(Fonte: Cinderella Released/Reprodução)O sistema foi tão eficiente e importante para a vida dos chineses antigos que miniaturas das latrinas para porcos feitas em argila costumavam ser enterradas com as pessoas, simbolizando seu impacto na vida cotidiana.Recentemente, arqueólogos encontraram estatuetas de porcos em túmulos da era neolítica, escavados na província chinesa de Shandong, mostrando o quão antiga é a herança dos chineses com os animais, e que as latrinas de porcos só serviram para estreitar ainda mais os laços e criar uma relação simbiótica quase perfeita.Muito embora pessoas ainda usem latrinas para porcos nas áreas rurais da China, os esforços para modernizar o saneamento estão substituindo a tradição milenar, como destacou Dai Wangyun, doutor em folclore, em uma matéria da Sixth Tone.</body>

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