A queixa de muitos portugueses, que defendem um purismo linguístico, pode ocultar razões xenófobas por trás das queixas. 

<p>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120448-o-portugues-brasileiro-em-portugal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">queixa é recorrente em Portugal</a>: no início do ano, uma postagem feita no X por uma página portuguesa com conteúdos anti-imigração denunciou que um sinal de trânsito na cidade Sintra continha uma proibição escrita em português brasileiro. Segundo os autores, o termo "trem", que é chamado de "comboio" em Portugal,&nbsp;<strong>“assassina a língua de Camões, que é o português europeu”</strong>.</p><p>Na verdade, o sinal nada tem de brasileiro, uma vez que <strong>a palavra “trem”, em Portugal, se refere também às carruagens puxadas por cavalos</strong>, que passeiam com turistas por Sintra. Contudo, é importante notar que existe um movimento contra o uso de vocabulários tipicamente brasileiros no país luso.</p><p>Essa onda de rejeição, movida por portugueses ditos "puristas" se dirige principalmente a conteúdos produzidos por youtubers e tiktokers brasileiros nas redes sociais. O incômodo fica claro em notícias e manchetes de jornais portugueses, <strong>denunciando um assédio cultural às crianças e jovens, ou "miúdos e putos", como se diz em Portugal.</strong>&nbsp;</p><h2>Por que termos brasileiros incomodam os portugueses?&nbsp;</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/04/04205359608032.jpg" alt="O sinal da discórdia usa a palavra "><figcaption>O sinal da discórdia usa a palavra "trens". (Fonte: X/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A população de Portugal está dividida: alguns acham que a imprensa exagera e que, no fundo, <strong>há uma xenofobia disfarçada de preocupação com um possível "apagamento" da cultura do país</strong>. Mas para outros, é como se a popularidade de termos brasileiros "emporcalhasse a língua europeia”, avalia a linguista brasileira Jana Behling, doutorando na Universidade de Coimbra, em entrevista à <i>BBC</i>.</p><p>Falando também à emissora, o linguista português Fernando Venâncio, que estuda há décadas a questão, diz que <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124821-pindorama-como-era-a-vida-no-brasil-antes-dos-europeus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">essa indignação contra o aumento de traços importados d'além-mar</a> nas terras de Camões não é novidade. <strong>“Desde finais dos anos 1970 e princípios dos anos 1980, houve uma aquisição de brasileirismos gigantesca”,</strong> afirma o ensaísta.&nbsp;</p><p>Autor do livro <i>O Português à Descoberta do Brasileiro</i>, ele explica que isso ocorreu na época devido ao sucesso das novelas brasileiras em Portugal, e que o fenômeno atinge agora jovens que <strong>"veem cada vez mais youtubers brasileiros, às vezes, por muitas horas"</strong>.&nbsp;</p><h2>Existe um português correto?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/04/04223429823005.jpg" alt="X (Fonte: Getty Images)."><figcaption>Implantação do português no Brasil foi "compulsória". (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Professoras ouvidas pela <i>BBC</i> afirmaram que os pais de seus alunos têm reações diferentes. Enquanto alguns, mais tradicionais, <strong>corrigem seus filhos quando os ouvem dizer “palavras mais à brasileira”,</strong> outros são mais flexíveis e não se importam.</p><p>Para o linguista Xoán Lagares, professor da Universidade Federal Fluminense, essas diferenças apontadas em Portugal como erros ou deturpação do português <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123677-portugal-anuncia-planos-de-devolver-tesouros-as-suas-ex-colonias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">não passam de preconceito em relação ao português do Brasil</a>. Especialista em história social e cultural das línguas, <strong>ele reforça a ideia de que não existe uma versão mais correta da língua.</strong></p><p>A professora de Linguística da Universidade de Coimbra, Graça Rio-Torto, vê todas essas construções e palavras brasileiras aprendidas pelos jovens de Portugal como um aprendizado positivo. “Essas palavras novas enriquecem o léxico dessas crianças e não há mal nenhum nisso”, conclui.</p>

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Por que jovens estão falando "brasileiro" em Portugal, de acordo com alguns pais e professores?

Descubra os países com as maiores populações de cães e como esses animais são valorizados em diferentes culturas ao redor do mundo.

<p>Os cães desempenham um papel significativo em todo o mundo, seja como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119451-como-os-caes-se-tornaram-os-melhores-amigos-das-pessoas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">companheiros leais</a> em nossos lares ou como símbolos culturais que refletem a diversidade de nossas sociedades. Segundo o <i>World Population Review</i>, cerca de 30% das famílias em todo o mundo possuem um cão, o que representa uma população total estimada entre 700 milhões e 1 bilhão de animais. Veja, a seguir, os dez países com as maiores populações de cães.</p><h2>10. Espanha</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/02/02222944444000.jpg" alt="O mastim espanhol é muito popular na Espanha. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Mastim espanhol. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A Espanha tem uma população canina estimada em cerca de 9,3 milhões, com o mastim espanhol sendo uma das <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/conheca-10-racas-de-caes-que-quase-nao-latem" rel="noopener noreferrer" target="_blank">raças</a> mais populares. Os espanhóis valorizam seus cachorros como membros da família, contribuindo para uma cultura de amor e respeito pelos animais.</p><h2>9. Argentina</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/02/02223128022001.jpg" alt="Dogo argentino. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Dogo argentino. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Na Argentina, com cerca de 10 milhões de cães, o dogo argentino é o cão nacional, conhecido por sua força e caráter protetor. Muitos argentinos adotam cães abandonados como animais de estimação, contribuindo para a diversidade canina do país.</p><h2>8. Índia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/02/02223513163003.jpg" alt="A Índia tem uma grande população de cães de rua. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Cães de rua na Índia. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Os cachorros desempenham um papel sagrado na cultura indiana, e o país abriga uma população de cerca de 10,2 milhões de cães de estimação, além da grande população de animais abandonados na rua.</p><h2>7. Alemanha</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/02/02223716423004.jpg" alt="Muitos locais são pet friendly na Alemanha. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Muitos locais são pet friendly na Alemanha. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Lar de cerca de 10,3 milhões de cães, a Alemanha é conhecida por sua aceitação de animais de estimação. Muitos espaços públicos no país permitem a presença de cães, refletindo a importância desses animais na cultura germânica.</p><h2>6. Reino Unido</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/02/02223851917005.jpg" alt="Cão passeando com a família. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Cachorro passeando com a família. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Com cerca de 12 milhões de cães, o Reino Unido tem uma longa tradição de amor pelos animais de estimação. Os cães britânicos desfrutam de uma vida média de 14 anos, compartilhando lares e corações com seus donos.</p><h2>5. Rússia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/02/02224144570006.jpg" alt="Cachorro na Praça Vermelha de Moscou. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Cachorro na Praça Vermelha de Moscou. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A Rússia tem uma população de cães de aproximadamente 17,5 milhões. Os cães russos são selecionados por sua proteção e resiliência ao frio, e alguns se tornaram famosos por suas habilidades urbanas, como andar de metrô.</p><h2>4. Japão</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/02/02224407868007.jpg" alt="Os japoneses têm muita afinidade com seus cães. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Os japoneses têm muita afinidade com seus cães. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Com uma população canina de 20 milhões, o Japão é conhecido por sua profunda apreciação pelos animais de estimação. Os cães frequentemente compartilham refeições com seus donos e são bem-vindos em cafés <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/104372-mulher-faz-check-in-com-cavalo-em-hotel-para-testar-politica-de-pets.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pet-friendly</a>.</p><h2>3. China</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/02/02224655434008.jpg" alt="Chow chow. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Chow chow. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Apesar da regra de um cão por família em muitas cidades chinesas, o país abriga uma população canina de mais de 54 milhões. Raças populares incluem o pequinês, chow chow, shar pei e mastim tibetano.</p><h2>2. Brasil</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/02/02224902126009.jpg" alt="Fila brasileiro. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Fila brasileiro. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>No Brasil, os cães são os animais de estimação mais populares, com cerca de 55 milhões de cães chamando o país de lar. O fila brasileiro, também conhecido como mastim brasileiro, é considerado o cão nacional.</p><h2>1. Estados Unidos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/02/02225042465010.jpg" alt="Estados Unidos é o país com a maior população de cães no mundo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Estados Unidos é o país com a maior população de cães no mundo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Os Estados Unidos lideram o mundo em posse de cães, com uma impressionante população canina de 90 milhões. Lá, os cães são considerados membros da família, e o labrador retriever é a raça mais popular, com mais de 98 mil animais registrados no American Kennel Club.</p>

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Quais são os 10 países com mais cães no mundo?

Segundo cientistas chineses, pouco mais de uma hora no computador é capaz de triplicar os riscos de disfunção erétil.

<p>"Isso nunca aconteceu comigo… ". A pessoa que diz isso ao não conseguir <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/71422-afinal-como-o-penis-consegue-ficar-ereto-e-rigido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">manter uma ereção</a> em um encontro íntimo provavelmente está mentindo. Esse é um problema bastante comum entre pessoas de todas as idades — inclusive, estima-se que um terço dos brasileiros tenha disfunção erétil. Mesmo assim, é importante entender suas causas e como as evitar.</p><p>Vários estudos já relacionaram a disfunção erétil à idade, condições de saúde e uso de certos medicamentos. Também existem os fatores psicológicos, como estresse e culpa. Mas uma das causas mais importantes — e evitáveis — da disfunção erétil é o estilo de vida.</p><p>Uma pesquisa recente, divulgada pela publicação científica <i>Andrology</i>, deixou isso bastante claro: eles descobriram que passar muito tempo no computador, em atividades de lazer, está relacionado à dificuldade de manter ereções — más notícias para o público gamer.</p><h2>Uma hora de computador pode triplicar a disfunção erétil</h2><figure class="image"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/04/09/09160936010031.jpg" alt="GettyImages-618210072.jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/04/09/09160936010030.jpg 234w,https://mega.ibxk.com.br/2024/04/09/09160936041032.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/04/09/09160936056033.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/04/09/09160936065034.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Uma hora de computador pode triplicar a disfunção erétil. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure><p>De acordo com o artigo publicado pela <i>Andrology</i>, o "estudo apresenta evidência substancial de uma associação causal positiva entre o uso de computador e o risco de disfunção erétil". Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram uma base de dados genéticos de mais de 220 mil pessoas. Nessa base, há informações sobre os genes relacionados a diversas condições, como sedentarismo e disfunção erétil. Então, eles utilizaram uma técnica chamada randomização <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122512-os-200-anos-de-mendel-o-pai-da-genetica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mendeliana</a> para cruzar os dados e encontrar a correlação.&nbsp;</p><p>Os cientistas buscaram informações sobre várias atividades de lazer sedentárias, como assistir TV ou dirigir para passar o tempo, além do computador. Porém, os dados mais impressionantes realmente estão relacionados com essa atividade: 72 minutos no computador (1,2 hora) podem aumentar a chance de disfunção erétil em 3,57 vezes. É mole?</p><p>Analisando os registros, também foi possível concluir que os participantes que usavam muito o computador tinham índices menores do hormônio folículo-estimulante (FSH na sigla em inglês). Esse hormônio contribui para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121096-6-fatos-sobre-esperma-e-espermatozoides-que-voce-nao-conhecia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">produção de esperma&nbsp;</a>e já foi ligado, em estudos anteriores, às disfunções sexuais, como dificuldade com ereções e menor libido.</p><h2>Outras atividades não causam o mesmo efeito</h2><figure class="image"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/04/09/09161026477035.jpg" alt="GettyImages-1352603244.jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/04/09/09161026540036.jpg 245w,https://mega.ibxk.com.br/2024/04/09/09161026602038.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/04/09/09161026556037.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/04/09/09161026649039.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Outras atividades sedentárias não causam o mesmo efeito. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure><p>Mas o mais curioso é que as outras atividades de lazer sedentárias analisadas no estudo, como assistir TV, não geraram o mesmo resultado. Então, o responsável por esse problema não é só o sedentarismo — há outras questões específicas ligadas ao computador.&nbsp;</p><p>Contudo, o estudo não explicitou como essa relação de causa e efeito acontece. Afinal, por que o computador tem todo esse poder sobre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119930-voce-sabia-que-o-clitoris-e-bem-parecido-com-um-penis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desempenho sexual</a>? E mesmo que tenha ficado claro que não é só uma questão de sedentarismo, a pesquisa conclui que praticar atividades físicas pode, sim, ajudar a resolver os problemas com a disfunção erétil.</p><p>Bom... Você não esperava que dias inteiros de jogatina fizessem bem para o corpo, certo?</p><p>O professor de andrologia Allan Pacey, da Universidade de Manchester, afirmou ao jornal <i>The Independent</i> que "os homens que estão preocupados com sua função erétil talvez devam sair do computador e se tornarem mais ativos".</p>

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Estudo relaciona disfunção erétil com uso prolongado de computador

Se você extravasa a dor por xingamentos, gritos e outras reações animalescas, saiba que isso que realmente ajuda, segundo a ciência.

<p>Você é do tipo de pessoa que solta um palavrão bem cabeludo quando bate o dedinho na quina? Os gritos e xingamentos surgem naturalmente na sua garganta quando você sente alguma dor inesperada? Naturalmente, você não é a única pessoa que reage desta forma, mas o que talvez surpreenda é saber que essas reações realmente ajudam na hora da dor.</p><p>A teoria de que palavrões e gestos obscenos diminuem a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121466-como-nosso-cerebro-influencia-na-percepcao-da-dor-que-sentimos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">percepção de dor</a> foi comprovada por uma pesquisa da Kalamazoo College, em Michigan, Estados Unidos. Os resultados foram publicados na revista científica <i>Psychological Report</i> em abril de 2024.&nbsp;</p><h2>Os efeitos positivos das reações negativas</h2><figure class="image"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/04/05/05182121703476.jpg" alt="GettyImages-157610982 (1).jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/04/05/05182121734477.jpg 208w,https://mega.ibxk.com.br/2024/04/05/05182121828480.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/04/05/05182121750478.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/04/05/05182121781479.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Quais são os efeitos positivos e negativos de xingar? (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure><p>Para entender os efeitos positivos dessas reações negativas à dor, os pesquisadores fizeram uma experiência com 111 estudantes da faculdade. Eles investigaram o tipo das reações (verbal ou gestual) e o valor delas (neutra ou obscena).&nbsp;</p><p>Para estimular a dor, eles usaram uma técnica comum nesse tipo de experiência: o pressor frio, que consiste em colocar a mão em um balde de água muito gelada.&nbsp;</p><p>Na modalidade verbal do estudo, os participantes deveriam dizer o palavrão "fuck" em inglês a cada segundo, toda vez que uma luz vermelha se acendesse. Já o grupo de controle (neutro) deveria apenas falar "flat", que significa plano ou liso e está bem longe de ser um xingamento.&nbsp;</p><p>Na modalidade gestual, os estudantes deveriam mostrar o dedo do meio (obsceno) ou apenas levantar o dedo indicador (grupo neutro), a cada vez que a luz piscasse. Enquanto isso, a mão deveria permanecer no balde de água gelada, pelo máximo de tempo possível.</p><p>Depois de registrar por quanto tempo as pessoas aguentavam a dor, os cientistas perguntaram sobre a percepção de dor dos participantes, medida em uma escala de 1 a 12. Além disso, eles aplicaram um questionário de completar palavras para medir os sentimentos de agressividade.</p><p>E qual foi o resultado disso tudo? Simples: as pessoas que cometiam atos obscenos, seja falar palavrões ou mostrar o dedo do meio, responderam melhor à dor. Isso comprovava a hipótese dos cientistas e seguia a linha de outros estudos anteriores sobre o assunto. A grande questão que permaneceu depois disso foi porque isso acontece.&nbsp;</p><ul><li><strong>Leia também:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123831-por-que-palavroes-sao-considerados-ofensivos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Por que palavrões são considerados ofensivos?</strong></a></li></ul><h2>Por que os atos obscenos melhoram a percepção de dor?</h2><figure class="image"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/04/05/05182238945482.jpg" alt="GettyImages-485614744.jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/04/05/05182238945481.jpg 234w,https://mega.ibxk.com.br/2024/04/05/05182238976484.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/04/05/05182238976483.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/04/05/05182238976485.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Xingar realmente ajuda a aliviar a dor. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure><p>A verdade é que o estudo da Kalamazoo College não chegou a uma resposta definitiva para a relação entre percepção de dor e atos obscenos. Mas os cientistas têm algumas hipóteses.</p><p>A primeira é que isso tem a ver com a relação entre atos obscenos e agressividade. Afinal, a dor pode nos deixar mais frustrados, bravos e agressivos. Agir com agressividade — xingando e mostrando o dedo do meio — pode reduzir essa sensação negativa. Dessa maneira, nós nos tornamos mais capazes de aguentar a dor.&nbsp;</p><p>Outra explicação envolve a desinibição: é bom poder se expressar livremente, sem controlar suas reações — logo, esse "descontrole" regularia a sensação de dor. Além disso, xingar ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118665-por-que-mostrar-o-dedo-do-meio-e-considerado-um-insulto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mostrar o dedo do meio</a> pode funcionar como uma distração, tirando o foco do sofrimento.&nbsp;</p><p>Mas os cientistas também não descartam a hipótese de que os participantes simplesmente tenham achado divertido gritar "fuck" ou mostrar o dedo do meio em um ambiente formal da universidade. E essa suposta diversão seria a responsável por diminuir a percepção de dor.</p><p>Então, mais estudos são necessários para entender exatamente porque os atos obscenos influenciam nossa percepção de dor. Mas é um fato que isso acontece — e nós podemos comprovar isso na prática, na próxima vez que batermos o dedinho na quina.&nbsp;</p><p>&nbsp;</p>

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Xingar e gritar realmente pode diminuir a percepção de dor

Está em dúvida se as crianças podem brincar na terra e se isso realmente fortalece o sistema imunológico? Veja o que a ciência já descobriu.

<p>Mães e pais, principalmente os de primeira viagem, podem ser bastante cuidadosos. Afinal, ao mesmo tempo que a chegada de um filho rende inúmeras descobertas nos primeiros anos, a infância é justamente a fase que mais exige atenção.</p><p>E há uma dúvida bastante comum quando se trata de deixar as crianças livres brincando em algum espaço aberto:<strong>&nbsp;será que brincar na terra realmente pode fortalecer o </strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128139-quanto-precisamos-reforcar-o-nosso-sistema-imunologico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>sistema imunológico</strong></a><strong>? A resposta é sim</strong>,<strong>&nbsp;mas é preciso ter atenção a alguns detalhes</strong> para garantir que a diversão não renda mais do que roupas sujas eventualmente.</p><h2>Brincar em ambientes naturais fortalece o sistema imunológico</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/04/04010233051004.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>É importante que as crianças tenham contato com a natureza e brinquem em diferentes ambientes, mas nada dispensa a supervisão de um adulto. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Ao contrário do que o senso comum possa sugerir, brincar em um parque, praça, campo ou em outro espaço aberto pode ser benéfico para o sistema imunológico na infância. Isso considerando que o local seja seguro e esteja minimamente limpo. Afinal, por mais que os pequenos tenham contato com terra e estejam expostos a algumas partículas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128140-usar-sapatos-sujos-dentro-de-casa-e-muito-mais-perigoso-do-que-voce-pensa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sujeira</a>, esses ambientes não oferecem tantos riscos assim.</p><p>Um estudo publicado na <i>Science Advances&nbsp;</i>sugere que as atividades nesses espaços mais naturais fortalecem o sistema imunológico das crianças, que se desenvolve nos primeiros anos de vida. Tal efeito foi percebido em apenas um mês. Enquanto o organismo tem certo contato com partículas estranhas, mas que não representam grande perigo, o corpo aprende a identificar e a se proteger futuramente de vírus e bactérias quando realmente for necessário.</p><p>Como outra amostra disso, a vida no campo é associada a uma menor prevalência de alergias entre crianças. Curiosamente, o mesmo vale para quando há <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124162-caes-ajudam-criancas-pequenas-a-se-desenvolver-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cães</a> ou gatos em casa: em meio aos seus passeios, sabemos que os animais acabam transportando alguns micróbios para dentro do lar. Mas é justamente a presença deles que acaba beneficiando o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127759-quais-sao-as-partes-do-corpo-que-acumulam-mais-germes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">microbioma</a> dos pequenos, tornando-o mais saudável e resistente.</p><p>Segundo um estudo publicado em 2005 no <i>Psychological Reports</i>, <strong>gastar 18 minutos acariciando um pet é o bastante para fortalecer o sistema imunológico.</strong> Em outra pesquisa, divulgada na JAMA Network, no grupo de bebês estudados, o contato com o bichinho de estimação representou ainda uma menor probabilidade das crianças desenvolverem asma.</p><h2>Alguns cuidados devem ser mantidos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/04/04010347249006.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Segundo a ciência, está liberado para a criançada brincar na terra, desde que ninguém coloque nada na boca! (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Em se tratando do ato de brincar na terra, especificamente, por mais que ele ofereça esses benefícios citados, permitindo que bactérias inofensivas fiquem na pele, ainda é preciso supervisionar a criança. Isso principalmente se elas estão naquela fase de colocar tudo o que encontram na boca.</p><p>Esse cuidado é necessário para evitar que elas desenvolvam doenças que são tão temidas pelos pais. Afinal, além da sujeira visível, a falta de saneamento básico adequado pode oferecer um fator de risco para o contato com produtos químicos tóxicos, e também com parasitas — riscos que nem sempre são tão óbvios.</p><p>Assim como em ambientes poluídos, com lixo visível, a água contaminada e alimentos manipulados sem a devida <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121993-6-erros-comuns-de-limpeza-que-todos-cometem-sem-saber.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">higiene</a> também representam os mesmos perigos. Inclusive, devido ao desenvolvimento de algumas parasitoses, pode acontecer da criança apresentar deficiência de ferro — é assim que surge a estranha necessidade de comer terra.</p><p>Ou seja, a higiene continua sendo bem-vinda dentro de casa, mas na hora da brincadeira, é possível abrir algumas exceções e deixar os pequenos livres para se divertir.</p>

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Brincar na terra realmente fortalece o sistema imunológico das crianças?

Um dos comportamentos mais curiosos dos cachorros, os uivos podem ser motivados por diferentes razões.

<p>Considerados nossos melhores amigos no reino animal, o<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125552-as-6-racas-de-cachorro-mais-perigosas-do-mundo.htm">s cachorros possuem muitos comportamentos</a> que interpretamos facilmente. No entanto, alguns outros são tão complexos que fica difícil entender sua motivação.<strong> O uivo é um destes casos.</strong> Como no choro humano, uivar pode significar diferentes sensações do seu amigo.</p><p>De acordo com especialistas em comportamento canino, estar atento <strong>ao uivar de um cachorro é parte importante na gestão da saúde do animal</strong>, seja para o cuidado que pode ser feito em casa, seja para repassar informações a um médico veterinário. Conheça as principais razões que motivam os uivos caninos.</p><h2>1. Está nos genes!</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/23/23123742011018.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)"><figcaption>Os cães têm uma predisposição natural ao uivo. (Fonte: Anoir Chafik/Unsplash)</figcaption></figure></figure><p>Segundo especialistas, uma das principais razões para os cães uivarem <strong>é uma predisposição genética</strong>, em particular nas raças mais próximas dos lobos. Uivar age, então, como uma forma de comunicação entre os indivíduos da espécie, a exemplo dos cães de caça.&nbsp;</p><p>O uivo seria a estratégia do animal para marcar a localização de uma presa farejada, de modo que o caçador e outros cães da matilha possam encontrá-la. No caso de um cachorro do domesticado, o uivo seguiria o padrão genético de comunicação.</p><ul><li><strong>Saiba também: </strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127956-qual-e-a-diferenca-entre-cachorros-lobos-e-dingos.htm">Qual é a diferença entre cachorros, lobos e dingos?</a></li></ul><h2>2. Eles sentem sua falta</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/23/23122900920016.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)"><figcaption>Cães podem, sim, chorar de saudade. (Fonte: Rebecca Campbell/Unsplash)</figcaption></figure></figure><p>Sentir a ausência do dono (ou donos) é outro motivo para que cães uivem. Cachorros são chamados de animais sociais, isto é, interagem com a sua espécie, mas também com outras. Essa interação é fundamental para a saúde dos cachorros, que utilizam o uivo para <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/109900-sabia-que-a-tristeza-pode-te-fazer-bem.htm">expressar sua tristeza ou solidão</a>.</p><p>Em alguns casos mais graves, os cães podem passar horas uivando, desde o momento em que veem os humanos saírem pela porta. Para estes casos, existem treinamentos de dessensibilização dos momentos de partida, uma espécie de adestramento para alívio dos uivos.</p><h2>3. Não estão se sentindo bem</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/01/01164323921267.jpg" alt="Um uivo canino pode indicar a presença de dor. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Um uivo canino pode indicar algum tipo de dor. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Enquanto os humanos podem chorar ou gemer quando estão passando mal, os cachorros uivam para expressar sua dor. Esse tipo é bem característico, porque lembra muito um gemido.</p><p>Uma boa forma de identificar que o animal está com dores é acompanhar outros sinais, como inquietação, respiração ofegante, perda de apetite, letargia e lambidas excessivas. <strong>Este é um caso que deve, sempre, ser acompanhado por um veterinário</strong>.</p><h2>4. Sirenes</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/01/01164743853273.jpg" alt="Seu cachorro pode uivar para reagir a barulhos. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Seu cachorro pode uivar para reagir a barulhos. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Preste atenção quando uma ambulância, carro de polícia ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125452-5-taticas-que-os-bombeiros-usam-para-combater-incendios-florestais.htm">dos bombeiros </a>passar próximo a você e seu cachorro com a sirene ligada. Muito provavelmente, seu amigo peludo uivará. De acordo com especialistas em comportamento canino,<strong> isso acontece porque o som da sirene é acusticamente semelhante ao uivo de cães e lobos</strong>.</p><p>Por essa semelhança, eles uivam como resposta, para se comunicar. Não é caso de preocupação, mas pode exigir um pouco de paciência dos donos, já que o animal pode seguir uivando por um período longo após a passagem da sirene.</p><h2>5. Estão muito animados!</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/23/23122803063015.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)"><figcaption>É verdade: seu cãozinho pode uivar de tão feliz. (Fonte: Joe Caione/Unsplash)</figcaption></figure></figure><p>Enquanto podemos gritar quando animados, nossos amigos peludos uivam. A empolgação causada por diferentes motivos pode gerar uivos nos cães, principalmente em raças de caça, mas não apenas essas.</p><p>Encontrar outro cachorro ou vê-lo através do portão, a chegada dos donos ao lar, a possibilidade de um passeio ao ver a coleira ou até mesmo o som de um brinquedo (como uma bola) podem representar gatilhos para os cachorros, que pulam, lambem e, é claro, protagonizam um show de uivos. Tudo faz parte da comunicação deles.</p><h2>6. Precisam fazer suas necessidades</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/23/23130035782019.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)"><figcaption>Ao uivar, seu cão pode estar querendo fazer xixi. (Fonte: Karsten Winegeart/Unsplash)</figcaption></figure></figure><p>Outra das principais razões para o uivo do seu cãozinho é a necessidade dele ir ao banheiro, isto é, de fazer suas necessidades, especialmente os que são acostumados a fazer fora de casa.</p><p>Pode ser que, antes do uivo, ele tente te mandar mensagens de diferentes formas, como andando de um lado para o outro. Caso não surta efeito, o uivo pode surgir.<br><br><span class="ui-provider a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z ab ac ae af ag ah ai aj ak" dir="ltr">Ficou com alguma dúvida? Conte para gente em nossas redes sociais e aproveite para compartilhar a matéria com os seus amigos.</span></p>

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Conheça os 6 principais motivos pelos quais os cães uivam

Uma descoberta arqueológica na Itália lança luz sobre a antiga e comovente amizade entre os cães e os humanos.

<p>A relação entre humanos e cães é uma das mais antigas e profundas da história da humanidade. Uma recente descoberta arqueológica deu uma compreensão mais clara sobre a profundidade dessa amizade. Uma equipe, composta por arqueólogos da Universidade de Berna em colaboração com outras instituições, realizou escavações que revelaram uma descoberta notável em Verona, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/128106-alicudi-a-ilha-italiana-onde-mulheres-podem-voar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Itália</a>.</p><p>Durante as escavações, foram encontrados diversos túmulos, da Idade do Ferro. Em quatro deles, os arqueólogos descobriram restos totais ou parciais de cavalos, ou cães, junto aos restos mortais de humanos, proporcionando uma visão comovente do vínculo especial entre humanos e seus companheiros caninos ao longo dos séculos. Esse achado foi publicado na renomada revista <i>PLOS ONE</i>.</p><h2>Companheiros e protetores na antiguidade</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/24/24142237664053.png" alt="Túmulo encontrado contendo os restos mortais de um cão e um recém-nascido. (Fonte: PLOS ONE/Reprodução)"><figcaption>rânio de um cão (a) e túmulo encontrado contendo os restos mortais de um cão e um recém-nascido (b). (Fonte: PLOS ONE/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Ao longo da história, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128245-as-incriveis-vidas-de-6-caes-que-mudaram-o-rumo-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cães</a> têm sido valorizados por suas habilidades diversas, que vão desde a caça até a guarda e a companhia. Na antiguidade, esses animais desempenhavam papéis multifacetados, muitas vezes associados a divindades protetoras e à esfera familiar. A presença de cães em sepultamentos humanos pode indicar crenças sobre a vida após a morte e a importância da proteção espiritual e emocional na jornada além desta vida.</p><p>A descoberta dos túmulos em Verona é de particular importância devido às implicações que traz sobre a relação entre humanos e cães em cerca de 1000 a.C. A presença de um coenterro humano-animal levanta questões intrigantes sobre os papéis desempenhados pelos cães na sociedade da época. A proximidade dos restos mortais da criança e do cão sugere não apenas uma conexão funcional, mas também uma ligação emocional profunda entre ambos.</p><h2>Evidências da profunda amizade na arqueologia e na história</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/24/24142620988054.jpg" alt="Artefato contendo evidências caninas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Artefato contendo evidências caninas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Além do sepultamento em Verona, outras descobertas arqueológicas e registros históricos oferecem evidências da profunda amizade entre humanos e cães ao longo dos milênios. Sepultamentos duplos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/5-artefatos-da-antiguidade-envoltos-por-misterios-ate-hoje" rel="noopener noreferrer" target="_blank">artefatos</a> e relatos escritos demonstram que os cães eram considerados mais do que simples animais de trabalho; eles eram companheiros estimados e amados dentro das famílias.</p><p>Essas descobertas destacam a natureza duradoura e universal dessa relação especial, que transcende fronteiras geográficas e culturais. A presença contínua dos cães ao lado dos humanos ao longo da história é um testemunho de sua importância e valor dentro da experiência humana. A descoberta dos túmulos em Verona é uma janela para o passado que revela a profundidade da amizade entre humanos e cães ao longo dos milênios.</p><p>A relação especial entre cães e humanos vai além da utilidade prática dos animais, abrangendo aspectos emocionais, espirituais e até mesmo metafísicos. Os cães há muito se estabeleceram como os melhores amigos do homem, e sua presença ao lado de nós, humanos, é uma parte indelével da nossa história e experiência compartilhada.</p>

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Quando exatamente os cães se tornaram nossos melhores amigos?

Relatório aponta que existem pelo menos 362 milhões de cães e gatos abandonados em 20 países.

<p>Você sabia que 4 de abril é o Dia Mundial dos Animais de Rua? Essa data é importante, pois busca promover uma maior conscientização sobre os cuidados com os pets, independente da raça ou de qualquer outra característica. Isso considerando que, por motivos que variam, muitos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116436-casos-de-familia-conheca-o-gato-que-pensa-que-e-um-cachorro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cães e gatos</a> acabam abandonados e tendo uma vida repleta de privações e de riscos — um cenário cruel, que precisa ser combatido.</p><p>Tomando como ponto de partida a falta de uma visão mais realista sobre a situação dos animais sem lar ao redor do mundo, uma nova pesquisa, que faz parte do <i>State of Pet Homelessness&nbsp;Project</i>, fez um levantamento em 20 países. Tal esforço é útil não só para alertar sobre o tema, <strong>mas também para demonstrar o quanto ainda há muito a ser feito para oferecer melhores condições aos animais</strong>.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/02/02023509918002.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>No quesito empatia e carinho, os animais sempre têm muito a nos ensinar. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Números mostram parte da realidade dos animais abandonados</h2><p>Nesse trabalho, foram consideradas mais de 900 fontes, somadas ainda a 30.000 pesquisas e 200 entrevistas. <strong>Os dados levantados ao longo de 2022 e 2023 apontam que quase 45% dos cães e gatos que vivem nas ruas</strong> estão atualmente em abrigos à espera de adoção.</p><p>Em números, esses dados representam uma faceta cruel: são pelo menos 143 milhões de cães nas ruas, enquanto pelo menos 12 milhões estão em abrigo, dentre os 20 países analisados. <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125628-como-gatos-escolhem-uma-pessoa-favorita.htm">Já entre os gatos</a>, são 203 milhões nas ruas e 4 milhões deles em abrigos.</p><ul><li><strong>Saiba mais: </strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107801-gatos-ou-cachorros-pesquisa-indica-qual-especie-e-mais-inteligente.htm">Gatos ou cachorros, uma pesquisa indica qual espécie é mais inteligente</a></li></ul><p>Em se tratando da proporção de animais desabrigados, Indonésia, Índia e Grécia aparecem em destaque, com 76% e 69% dos cães e gatos abandonados nas ruas. Confira, a seguir, o ranking que indica os países que apresentam mais animais abandonados — dentre os 20 analisados.</p><h3>Países com mais animais abandonados</h3><ol style="list-style-type:decimal;"><li>China - 131 milhões (52% do total)</li><li>Índia - 69,3 milhões (69% do total)</li><li>Estados Unidos - 45 milhões (20% do total)</li><li>Brasil - 30,1 milhões (25% do total)</li><li>México - 28 milhões (32% do total)</li><li>Indonésia 15,9 milhões (76% do total)</li><li>Filipinas 13 milhões (41% do total)</li><li>Turquia - 6,13 milhões (48% do total)</li><li>Canadá - 4,18 milhões (21% do total)</li><li>África do Sul - 4,05 milhões (22% do total)</li><li>Grécia - 2,83 milhões (69% do total)</li><li>Tailândia - 2,38 milhões (17% do total)</li><li>Japão - 2,28 milhões (12% do total)</li><li>Alemanha - 2,06 milhões (7% do total)</li><li>França - 1,2 milhão (5% do total)</li><li>Reino Unido - 1,1 milhão (5% do total)</li><li>Polônia - 949 mil (8% do total)</li><li>Austrália - 328,3 mil (3% do total)</li><li>Nova Zelândia - 257 mil (12% do total)</li><li>Lituânia - 18,5 mil (5% do total)</li></ol><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/02/02023551670003.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Para evitar o risco do pet fugir ou se perder, é recomendável adotar cuidados adicionais, como deixá-lo identificado microchipado, facilitando a identificação. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Por que tantos animais são deixados para trás</h2><p>No Brasil, que aparece na quarta posição dentro do grupo estudado, são 177 mil cães em abrigos e 20 milhões nas ruas. Entre os gatos, o cenário não se mostra tão melhor, são 10 milhões de gatos nas ruas e 7,4 mil em abrigos. <strong>E os desafios se mostram bem complexos, considerando ainda que 1 a cada 5 donos de animais de estimação cogita deixar o animal </strong>para trás devido à impossibilidade do pet acompanhá-lo após a mudança.</p><p>Outro dado alarmante é que 15% dos entrevistados pensam que isso pode ocorrer dentro dos próximos 12 meses. No geral, motivos de saúde aparecem como o principal empecilho para os tutores, seguido pelos problemas relacionados à moradia do animal.</p><p>Da perspectiva do pet, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123585-6-praticas-que-machucam-emocionalmente-seu-gato.htm">não é apenas a perda da companhia da pessoa amada que os machuca</a>, pois os riscos de maus tratos, de contrair doenças, passar fome e de se ferirem em acidentes deixa muitos condenados à morte. Entre os animais que ficam sem lar, ainda há um número considerável que acaba nas ruas por ter se perdido acidentalmente.</p><p>Cerca de metade dos entrevistados afirmou <strong>que já perdeu um pet, e infelizmente quase 60% desse total nunca mais reencontrou o animalzinho</strong>. Além de extremamente dolorosa, essa perda ainda pode representar o aumento de animais desabrigados, uma vez que eles se reproduzem sem controle. Mais do que investir em meios de evitar isso, é necessário <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/245593-estudo-sugere-caes-choram-felicidade-encontrar-donos.htm">destacar que os animais também são dignos de carinho e respeito</a> e também devem receber todos os cuidados que necessitam.</p><p><span class="ui-provider a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z ab ac ae af ag ah ai aj ak" dir="ltr">Gostou do conteúdo? Então, fique por dentro de mais assuntos como esse aqui no Mega Curioso. Até a próxima!</span></p>

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Quais são os 20 países com mais animais de estimação abandonados?

Pesquisadores fizeram entrevistas com pessoas poliamorosas para entender melhor suas motivações para esse tipo de relacionamento.

<p>Os relacionamentos humanos têm explorado novas modalidades que, em outros momentos históricos, pareciam impensáveis. Uma delas é o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123133-6-tipos-de-relacoes-diferentes-da-monogamia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poliamor</a>, que envolve a prática de manter paralelamente vários relacionamentos românticos e/ou sexuais consentidos.&nbsp;</p><p>Agora, pesquisadores estão se debruçando sobre essas mudanças para tentar entender o que tem levado tanta gente a buscar ter vários pares ao mesmo tempo.</p><h2>As razões que levam as pessoas às relações poliamorosas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/19/19192852552009.jpg" alt="Cerca de 4% a 5% dos americanos estão em relações poliamorosas. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Cerca de 4% a 5% dos americanos estão em relações poliamorosas. (Fonte: GettyImages)</figcaption></figure></figure><p>O poliamor consensual está cada vez mais frequente em diferentes países. Estatísticas recentes mostram que de 4% a 5% dos americanos são poliamorosos, e 7% dos britânicos já tiveram uma relação desse tipo pelo menos uma vez em sua vida.</p><p>De acordo com um novo estudo, os indivíduos poliamorosos fogem do estereótipo de que seriam sujeitos com fobia de compromisso. Na verdade, eles têm um forte desejo de conexão com os outros e valorizam a autonomia. Ou seja, tudo muito diferente do que aqueles que julgam essas pessoas como amorais e promíscuas.</p><p>No estudo, os pesquisadores tentaram investigar a razão pela qual as pessoas escolhem essa forma de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120413-relacao-aberta-5-casais-famosos-que-nao-eram-monogamicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">não monogamia</a>. De acordo com o relatado pelos autores em seu artigo, “do ponto de vista do stress das minorias, os membros de uma população estigmatizada enfrentam frequentemente uma série de experiências negativas, como a discriminação e o assédio, cujos efeitos nocivos contribuem para disparidades na saúde física e mental”, aponta o texto.</p><p>A pesquisa foi realizada a partir de uma amostra composta por 63 participantes, todos com mais de 18 anos e moradores dos Estados Unidos, e que estavam ativos no fórum “r/poliamor” no Reddit.</p><h2>As nuances secretas das relações poliamorosas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/19/19195138488001.jpg" alt="Pessoas poliamorosas procuram explorar mais possibilidades de conexão. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Pessoas poliamorosas procuram explorar mais possibilidades de conexão. (Fonte: GettyImages)</figcaption></figure></figure><p>Os pesquisadores também coletaram diversas informações sobre os participantes, como dados demográficos sobre idade, sexo, orientação sexual, raça/etnia e renda familiar. Isso possibilitou que eles por fim identificassem quatro temas importantes para essas pessoas: alinhamento de valores, fatores de relacionamento, estímulos externos e <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120979-o-desejo-sexual-desaparece-na-terceira-idade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sexualidade</a>.</p><p>No primeiro ponto, elas descrevem que o poliamor é o que se adapta melhor aos seus valores no que diz respeito aos relacionamentos amorosos. Algumas pessoas apontaram que tinham essa consciência desde a adolescência, enquanto outras descobriram depois de adultas.</p><p>Já no quesito fatores de relacionamento, os participantes relataram ter uma aversão às normas sociais da monogamia, e encontraram na não monogamia consensual mais espaço para as suas necessidades.&nbsp;</p><p>O terceiro tema, estímulos externos, diz respeito ao que as pessoas disseram sentir por outros indivíduos fora do seu relacionamento primário. Elas passaram a cogitar o poliamor após ver representações positivas na mídia ou mesmo experiências bem sucedidas entre os amigos.</p><p>Por fim, o quarto tema, da sexualidade, aponta ao fato de que muitas pessoas se envolveram com o poliamor porque queriam explorar mais a própria sexualidade. Suas motivações sexuais foram um dos elementos cruciais para procurar vários parceiros ao invés de um só.</p><p>Segundo os pesquisadores, embora o estudo tenha a sua limitação, ele atingiu resultados que desafiam os estereótipos comuns que muita gente carrega do poliamor tendo como base avaliações morais.</p><p>"As presentes descobertas contrariam os estereótipos existentes de pessoas poliamorosas como 'fobias de compromisso' ou de relacionamentos poliamorosos como insustentáveis. Em vez disso, os participantes descreveram ter alcançado um crescimento pessoal e de relacionamento significativo por meio da busca pelo poliamor. Compreender as motivações de autonomia e relacionamento dos indivíduos envolvidos no poliamor tem a capacidade de contribuir para intervenções de psicologia positiva para combater os estigmas internalizados dos indivíduos envolvidos no poliamor", concluíram os autores.</p>

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Poliamor: novo estudo faz descobertas surpreendentes sobre o tema

A dançarina estadunidense Katherine Dunham denunciou a discriminação sofrida em um hotel brasileiro e ajudou a criar a primeira lei antirracista no país.

<p>Por incrível que pareça, uma dançarina dos Estados Unidos foi diretamente responsável pela criação da primeira lei <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/255108-o-ambiente-organizacional-tem-ver-antirracismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antirracismo</a> no Brasil. Precisou que a dançarina e coreógrafa Katherine Dunham sofresse discriminação racial no país para que alguma acontecesse pela primeira vez.</p><p>Confira esta história surpreendente e como o episódio acabou culminando numa lei.</p><h2>A denúncia de Katherine Dunham</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/18/18164737830312.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><figcaption>(Fonte: GettyImages)</figcaption></figure></figure><p>O ano era 1950. No dia 11 de julho, a dançarina americana Katherine Dunham fazia uma turnê no Brasil e iria fazer sua estreia no <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121078-os-7-principais-artistas-da-semana-de-arte-moderna-de-22.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Teatro Municipal de São Paulo</a>. Durante o intervalo entre o primeiro e o segundo intervalo de seu espetáculo, ela chamou os repórteres para fazer uma denúncia.</p><p>Ela declarou que, poucos dias antes, o gerente do hotel Esplanada, que era vizinho ao teatro, se recuso a hospedá-la por ser uma "mulher de cor". Tratava-se de um hotel cinco estrelas que havia feito uma discriminação racista contra uma das grandes artistas do mundo.</p><p>Além de dançarina, Dunham era <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120121-como-a-peste-bubonica-ajudou-a-civilizacao-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antropóloga</a> e ativista social nos Estados Unidos, com muito orgulho de suas raízes negras. Por isso, a denúncia de racismo se tornou uma bomba na imagem do país, que se considerava (equivocadamente) uma democracia racial plena, em que todos eram tratados da mesma forma.</p><p>Os jornais brasileiros tomaram o lado de Katherine. O jornal Correio Paulistano classificou o episódio de “revoltante incidente”. Já o Jornal de Notícias, de “odioso procedimento de discriminação”. Por fim, o importante sociólogo Gilberto Freyre, autor do livro <i>Casa Grande e Senzala</i>, declarou que o “ultraje à artista admirável” fazia o Brasil “amesquinhar-se em sub-nação”, conforme relata o site do Senado Federal.</p><p>Mas a vergonha nacional fez com que alguns políticos se mexessem.</p><h2>A lei Afonso Arinos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/18/18165017054315.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"><figcaption>(Fonte: GettyImages)</figcaption></figure></figure><p>A reação mais contundente ao episódio se deu pelas mãos do deputado federal <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124216-gloria-maria-6-fatos-incriveis-sobre-a-vida-da-jornalista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Afonso Arinos</a> (UDN-MG). Na segunda-feira seguinte ao caso, no dia 17 de julho, o parlamentar apresentou à Câmara dos Deputados um projeto de lei que visava classificar determinadas atitudes racistas como contravenção penal.</p><p>De acordo com essa lei, qualquer estabelecimento comercial e público (como hotéis, escolas, lojas e afins) estaria passível de pena se realizasse discriminação “por preconceito de raça ou de cor”. As punições poderiam envolver de multa a até um ano de prisão.</p><p>Nos meses seguintes, o projeto foi avançando sem grandes polêmicas, até ser aprovado na Câmara e no Senado foi por unanimidade. Em 3 de julho de 1951, quase um ano depois do caso envolvendo Katherine Dunham, a Lei Afonso Arinos recebeu a assinatura do presidente <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121169-getulio-vargas-a-vida-do-polemico-presidente-brasileiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Getúlio Vargas</a> e entrou em vigor.</p><p>A decisão é considerada até hoje um marco na luta contra o racismo, pois se tornou a primeira lei destinada a punir atos racistas. Vale lembrar que, mesmo que a escravidão tenha sido abolida em 1888, os negros seguiram vítimas de todo tipo de discriminação e ocupando as camadas sociais mais baixas, sem que a classe política tenha tido muita preocupação com isso.</p><p>Uma curiosidade: a primeira brasileira a acionar a lei foi a jornalista <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124216-gloria-maria-6-fatos-incriveis-sobre-a-vida-da-jornalista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Glória Maria</a>. Nos anos 1970, ela também foi impedida de entrar na porta da frente de um hotel, quando um gerente disse que "negro não entrava por lá". Ela então chamou a polícia e processou o gerente. &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;&nbsp;</p>

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