Imagem de Por que perucas eram tão usadas no século XVIII? no megacurioso

Os nobres costumavam gastar toneladas de dinheiro na compra e confecção das perucas, uma tendência que começou no Egito Antigo

<head></head><body>Como muitas porções da História começaram no <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121334-6-mitos-sobre-o-egito-antigo-que-voce-provavelmente-acredita.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Egito Antigo</a>, o hábito de usar perucas não poderia ter começado em um lugar diferente. Foi por volta de 2700 a.C., que os egípcios colocaram na cabeça pela primeira vez uma peruca confeccionada com cabelo humano e lã de ovelha.A princípio, o uso não tinha em nada a ver com a estética, era apenas um acessório que servia para proteção do couro cabeludo do sol escaldante do deserto. No entanto, não demorou muito para que a elite egípcia adquirisse a peruca como artigo de moda. O acessório foi introduzido na cultura antiga dos gregos e romanos com a mesma finalidade estética, visto que mudar alguma parte do corpo foi considerado exótico.As <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112643-perucas-escondiam-segredos-de-nobres-no-seculo-18.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">perucas</a> foram introduzidas no Ocidente por volta de 1600, quando o rei <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121950-como-a-cirurgia-de-hemorroidas-de-luis-xiv-mudou-a-medicina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Luís XIV</a> começou a perder o cabelo, aos 17 anos. O mesmo aconteceu com seu primo, o rei Carlos II da Inglaterra e, em ambos os casos, acredita-se que tenha sido devido à <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120198-como-a-sifilis-fez-a-europa-culpar-a-america-pela-doenca-no-seculo-xvi.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sífilis</a>. De qualquer forma, foi Luís o responsável por iniciar a mais forte tendência que as perucas já encontraram na História.<h2>A moda revolucionária</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/26/26155048404447.jpg" alt="(Fonte: Bellatory/Reprodução)">(Fonte: Bellatory/Reprodução)Se até quando operou uma fístula anal e teve que perambular por <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115239-palacio-de-versalhes-curiosidades-sobre-a-bizarra-vida-da-nobreza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Versalhes</a> e Paris com a bunda enfaixada, Luís lançou tendência, não seria nada diferente com as perucas, ainda mais por coincidir com um momento em que os europeus estavam sendo cada vez mais afetados pela queda de cabelo devido à <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121490-4-metodos-de-cura-insanos-usados-para-deter-a-peste-bubonica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peste</a> e a sífilis, que aumentava em escalas sem precedentes.Além disso, o século XVII foi marcado pela supervalorização do cabelo que para o homem, por exemplo, significava boa educação, cuidado e posses. Ou seja, uma cabeça esburacada ou mesmo careca não só evidenciava um quadro de doença e desleixo, quanto diminuía o status de uma pessoa.Após Luís contratar 48 fabricantes de perucas para montar a sua, a moda floresceu e se espalhou rapidamente entre os cortesãos, alcançando a classe mercantil. Elas chegaram a custar 25 xelins, o equivalente a uma semana inteira de trabalho de um londrino plebeu. A nobreza chegava a gastar até 800 xelins por mês na confecção de perucas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/26/26155146218450.jpg" alt="(Fonte: Two Nerdy History Girls/Reprodução)">(Fonte: Two Nerdy History Girls/Reprodução)Mas nem todos usaram perucas naquele tempo. A maioria dos retratos, tanto de governadores coloniais britânicos quanto figuras políticas da Revolução Americana, como<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121841-william-thorton-tentou-ressuscitar-o-presidente-george-washington.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;George Washington</a>, que apresentam homens reunidos em salas com cabelos brancos e volumosos, não são pelo uso de perucas.Em vez disso, eles adotaram o hábito, também muito famoso e considerado um sinal de sofisticação, de empoar os cabelos com talco. Durante a prática, que surgiu em 1500, com Marguerite de Navarre, esposa de Henrique II de Navarra, o cabelo era geralmente pulverizado com amido ou pó perfumado após ser empapado com uma loção capilar chamada pomatum, que ajudava o talco a grudar.<h2>Saindo de moda</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/26/26155344343451.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Mesmo após a morte de Luís e Carlos, as perucas resistiram, mostrando que havia ganhado mais espaço na sociedade do que as pessoas poderiam imaginar, sobretudo, com a avalanche de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121650-piolhos-de-2-mil-anos-revelaram-como-a-humanidade-evoluiu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">piolhos</a> que tomou conta da época. As perucas reduziram o problema porque evitavam que os insetos alcançassem o couro cabeludo para se fixar. Embora eles fossem parar no cabelo artificial, despiolhar uma peruca consistia apenas em enviá-la para o peruqueiro, que a fervia e removia as lêndeas mortas que permaneceram grudadas.No final do século XVIII, porém, a tendência já estava no fim. Os franceses se desfizeram das perucas durante a Revolução, e os britânicos, assim que o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, William Pitt, passou a cobrar um imposto sobre elas, em 1795.</body>

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Por que perucas eram tão usadas no século XVIII?

Imagem de Joe Camel: a mais controversa campanha de cigarros da História no megacurioso

O personagem da campanha chegou a ser tão popular quanto o Mickey, mas isso aconteceu entre as crianças e adolescentes, causando uma revolução no país

<head></head><body>No Brasil, desde 2014, uma resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) determinou como prática abusiva o uso de publicidade direcionada ao público infantil, mas em países como Estados Unidos, a prática é considerada legal.A AAP Publications estima que os jovens e crianças são expostos a mais de 40 mil anúncios por ano apenas na televisão, sendo que estão cada vez mais expostos na internet.&nbsp;Um estudo ressalta que a exposição infantil à publicidade tem sido associada ao consumo de alimentos menos saudáveis, aumento do materialismo, aumento do conflito familiar, imagem negativa corporal, uso de tabaco e álcool.<h2>Contornando um problema com outro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/24/24132125362316.jpg" alt="(Fonte: Stuff Nobody Cares About/Reprodução)">(Fonte: Stuff Nobody Cares About/Reprodução)Como já diria o artigo de Mireya Navarro para o The New York Times: “Onde havia fumaça, havia uma estrela”, e foi assim que os EUA, especificamente a indústria de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119950-as-doentias-regras-contratuais-de-hollywood-em-1930.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hollywood</a>, ajudou a glamorizar ainda mais o hábito de fumar no século passado.Nas telas, o cigarro ajudava a moldar um personagem, adicionava atmosfera, despertava o apelo sexual e ficava muito bom na câmera. Alguns atores esbanjavam o uso da fumaça para ficar bom em seus close-ups.Já para a economia, era melhor ainda, principalmente após a Primeira e Segunda Guerra Mundial, com números que atingiram mais de 50% de todas as vendas de tabaco em 1941. O consumo de cigarros per capita aumentou de 54 por ano em 1900, para 4.345 em 1963.As pessoas foram endossadas a fumar até por tendenciosas <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120332-cigarros-ja-foram-permitidos-como-medicacao-no-seculo-xx.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">campanhas de venda de cigarros</a> apoiadas por declarações de médicos, até que os números de câncer de pulmão, que dispararam exponencialmente, passaram a ser associados com estudos científicos provando serem frutos do tabagismo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/24/24132329815320.jpg" alt="(Fonte: NBC News/Reprodução)">(Fonte: NBC News/Reprodução)Entre 1980 e 1990, muitos governos estaduais e locais começaram a proibir o fumo em locais de trabalho, restaurantes, aviões e outros ambientes fechados, aumentando até os impostos sob o tabaco na esperança de reduzir sua incidência na população americana. Limitou também campanhas e promoções do produto para desencorajar o uso por adolescentes, instaurando programas de saúde para o combate ao tabagismo.Isso tudo só foi possível após o Congresso banir comerciais de cigarros das televisões e rádios americanas, fazendo os níveis de tabagismo caírem significativamente em 1971. Com todas essas restrições, a indústria do tabaco, para tentar recuperar seu público e continuar gerando toneladas de dólares para a economia, investiu na mudança de a percepção do público sobre o hábito de fumar, fazendo do tabagismo uma "prática social", não um vício.<h2>O desastre publicitário</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/26/26155611938456.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Com todo esse caos permeando a indústria de cigarros e a sociedade americana, em 1988, a empresa R. J. Reynolds Tobacco Company decidiu apostar em algo diferente para o aniversário de 75º do cigarro Camel.Apesar de um slogan muito expositivo ("75 anos e ainda fumando!"), eles alegaram que visavam afastar os fumantes da Camel das concorrentes e também da ideia de que o hábito fazia tão mal assim. Para tanto, eles utilizaram o desenho de um camelo antropomorfizado, projetado em 1974 pelo artista britânico Nicholas Price, baseado na figura do camelo da Camel (conhecido como Old Joe), porém mais novo e com um visual descolado que inspirava a década de 1980.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/26/26155741345459.jpg" alt="(Fonte: CSTS/Reprodução)">(Fonte: CSTS/Reprodução)Dessa maneira, a Reynolds imaginava que, usando um personagem "mais suave" para associar ao cigarro, ajudaria a dar uma imagem melhor para o tabaco, contudo, o tiro saiu pela culatra, e a jogada de marketing criou um desastre sem precedentes.&nbsp;Alegaram que as campanhas publicitárias da Camel transmitiam uma realidade alterada sobre a vida adulta, com mulheres, bebidas alcoólicas e esbórnia; atingindo mais o público infantil, por se tratar de um desenho, e jovem pelo estilo de vida.Uma tempestade de debates entre comunidades acadêmicas, políticos e a mídia repercutiu pelos EUA questionando as intenções da Reynolds. Será que o desenho Joe Camel visava, subliminarmente, atingir as crianças e jovens na tentativa de prepará-los para se tornarem futuros fumantes?<h2>Estragos definitivos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/26/26160119550462.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Para Roy Burry, vice-presidente sênior da Kidder, Peabody &amp; Company, o fumante acima de 21 anos era o mais valorizado pela indústria, visto que continuaria fumando por muito mais tempo do que um fumante mais velho, que acabava morrendo ou parava de fumar.O estudo do Dr. Joseph R. DiFranza para a Universidade de Massachusetts, indicou que as campanhas publicitárias que apresentavam fumar como algo prazeroso, popular e atraente, facilmente poderiam convencer os jovens de que eles também gostariam do hábito.Ainda assim, a Reynolds seguiu afirmando que Joe Camel foi apenas uma tática de mercado padrão destinada a persuadir fumantes adultos a mudarem para a Camel de marcas como Marlboro. E deu certo, porque a marca se tornou uma das mais populares do país.Isso, por um lado, foi bom para os números da empresa, mas também serviu para colocá-la no epicentro do pior escândalo: crianças se tornaram tão familiares com Joe Camel quanto com o Mickey.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/26/26160334488465.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Quatro anos após a primeira campanha, o Journal of the American Medical Association concluiu um estudo indicando que o personagem da marca de cigarros era tão conhecido e popular entre as crianças quanto o Mickey, mesmo sem publicidade passando na televisão. Das 229 pré-escolas onde o estudo foi elaborado, quase 30% das crianças de 3 anos, e mais de 90% daquelas com 6 anos, relacionaram corretamente Joe Camel a um cigarro.A pesquisa da Universidade da Califórnia revelou que, entre 5.040 jovens da cidade, 22% das meninas e 25% dos meninos escolheram Camel para fumar. Um artigo do The New York Times mostrou que desde o início da campanha, em 1988, o Camel se tornou a escolha de um quarto a um terço dos fumantes com menos de 18 anos, sendo que antes da campanha, menos de 1% dos menores fumavam a marca. Além disso, nas pesquisas, os jovens se mostraram mais familiarizados com o logotipo da Camel do que os adultos no país.Apesar de toda a discussão, a marca só começou a sair de cena em 1950, por não vender cigarros com filtro, não conseguindo competir com as demais empresas. Eles até tentaram fazer campanhas tão apelativas quanto a de Joe Camel, porém não tiveram sucesso, mas, de qualquer forma, o estrago já havia sido feito — e os lucros colhidos por um longo tempo.</body>

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Joe Camel: a mais controversa campanha de cigarros da História

Imagem de Lixo rejeitado em bases militares soviéticas revela coisas incríveis  no megacurioso

Pertences e itens esquecidos em antigas bases de armas nucleares na Polônia fornecem pistas chocantes sobre comunidades isoladas

Durante os &uacute;ltimos anos da&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121911-5-ideias-equivocadas-que-temos-sobre-a-guerra-fria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Fria</a>, soldados da antiga Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica se instalaram em zonas remotas da Pol&ocirc;nia, onde foram enviados com suas fam&iacute;lias para preservarem um segredo perigoso por baixo das &aacute;reas silvestres. Por muito tempo, as bases militares de Podborsko, Templewo e Brzeznica Kolonia abrigaram dezenas de pessoas e transmitiram a ilus&atilde;o de uma vida pac&iacute;fica na regi&atilde;o, mas sem revelar que hospedavam ogivas nucleares muito mais poderosas que as de Hiroshima e Nagasaki.
Exclu&iacute;das dos livros de hist&oacute;ria, as bases militares foram constru&iacute;das durante a d&eacute;cada de 1960, como uma t&aacute;tica da&nbsp;Uni&atilde;o das Rep&uacute;blicas Socialistas Sovi&eacute;ticas&nbsp;(URSS) para atuar rapidamente contra a Organiza&ccedil;&atilde;o do Tratado do Atl&acirc;ntico Norte (<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121272-otan-o-que-e-a-organizacao-e-como-ela-opera.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">OTAN</a>), caso a alian&ccedil;a intergovernamental decidisse atac&aacute;-la. E embora a Pol&ocirc;nia estivesse pagando para construir os locais de armazenamento, seu povo n&atilde;o tinha ideia de que o pa&iacute;s abrigava centenas de ogivas controladas pela Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/16/16222921422615.jpg" alt="(Fonte: BBC / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: BBC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Estima-se que mais de 140 soldados moraram nas instala&ccedil;&otilde;es, controlados e armados sob controle da rep&uacute;blica do leste europeu. Com o tempo, mais cidad&atilde;os foram chegando &agrave;s bases e estabeleceram sua nova moradia, levando um estilo de vida cotidiano e repleto de coisas ef&ecirc;meras, como se o cen&aacute;rio n&atilde;o passasse de uma pacata, receptiva e desenvolvida cidade interiorana. Por&eacute;m, essa t&aacute;tica seria apenas a ap&oacute;lice de seguro dos generais.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/16/16223038250616.jpg" alt="(Fonte: BBC / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: BBC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
D&eacute;cadas depois, Grzegorz Kiarszys, arque&oacute;logo da Universidade de Estetino, na Pol&ocirc;nia, utilizou fotos a&eacute;reas, varredura a laser, pesquisas de campo, imagens de sat&eacute;lite desclassificadas e documentos da&nbsp;Ag&ecirc;ncia Central de Intelig&ecirc;ncia&nbsp;(<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121057-a-incrivel-historia-da-arma-de-ataque-cardiaco-criada-pela-cia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">CIA</a>) para descobrir a hist&oacute;ria do "projeto supersecreto". Intitulada "V&iacute;stula", a iniciativa acabou contando muito mais do que se propunha e revelou facetas que n&atilde;o apareciam em nenhum registro oficial, incluindo evid&ecirc;ncias de que mulheres e crian&ccedil;as moravam l&aacute;.
<h2>A descoberta, o abandono e o passado</h2>
Os documentos sobre o programa desapareceram completamente depois que foram entregues &agrave; URSS no final de 1969, e apenas em 1991, com a retirada da na&ccedil;&atilde;o, o povo polon&ecirc;s soube que seu pa&iacute;s havia abrigado incont&aacute;veis armas nucleares. &ldquo;Foi um choque&rdquo;, disse Kiarszys. "Foi-nos garantido pelos governos sovi&eacute;tico e polon&ecirc;s que nunca houve uma arma nuclear no territ&oacute;rio da Pol&ocirc;nia. A ideia em si era maluca. Mas era assim que os generais sovi&eacute;ticos acreditavam que a guerra na Europa iria acontecer".
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/16/16223148140617.jpg" alt="(Fonte: BBC / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: BBC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ap&oacute;s o abandono das bases, as regi&otilde;es tornaram-se aterros hist&oacute;ricos. O lixo &eacute; "completamente diferente" do que seria encontrado em dep&oacute;sitos tradicionais e revela sapatos de marca do Ocidente, pe&ccedil;as de Lego, velhos peda&ccedil;os de uniforme em decomposi&ccedil;&atilde;o, embalagens de doces, patos de borracha e telefones de brinquedo. Para a arqueologia, o fen&ocirc;meno ficou conhecido como mais um caso de garbologia (estudo que permite identificar padr&otilde;es de vida a partir da an&aacute;lise de itens descartados).
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/16/16223251437618.jpg" alt="(Fonte: BBC / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: BBC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Para Kiarszys, compreender o passado de quem vivia nas antigas bases &eacute; descobrir coisas que n&atilde;o foram registradas em documentos oficiais. Esses fragmentos escondidos poderiam desenvolver a hist&oacute;ria da Guerra Fria e colaborar com o estudo sobre conflitos modernos, realizando paralelos com eventos que h&aacute; muito tempo foram arquivados. &Agrave; medida que a Guerra Fria recua na mem&oacute;ria, seus restos f&iacute;sicos desaparecem lentamente.

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Lixo rejeitado em bases militares soviéticas revela coisas incríveis 

Imagem de Posse de armas: um problema que destrói a sociedade nos EUA no megacurioso

Como você acha que a posse de armas reduz a criminalidade e deixa as pessoas mais seguras?

<head></head><body>Por volta das 11h30 da última terça-feira, 24 de maio, um jovem de 18 anos, chamado Salvador Ramos, vestido um colete à prova de balas e armado com um rifle, entrou na <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/102404-7-coisas-que-mudaram-nas-escolas-dos-eua-depois-do-massacre-de-columbine.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escola</a> Robb Elementary School, em Uvalde (Texas, EUA), e abriu fogo. Ele assassinou 19 crianças e dois professores.Segundo o senador do Texas, Roland Gutierrez, em entrevista à CNN, o atirador comprou legalmente dois rifles em uma loja de armas local assim que completou 18 anos. As armas foram adquiridas em duas datas, em 17 e 20 de março de 2022. Ele também estava em posse de 375 cartuchos de munição. Ramos morreu durante uma troca de tiros com a polícia.Às 11h19 de 20 de abril de 1999, os estudantes da Columbine High School (Colorado, EUA) foram surpreendidos por Eric Harris e Dylan Klebold, em posse de 5 tipos de armas de fogo diferentes, responsáveis por causar a morte de 12 alunos.&nbsp;Em 14 de dezembro de 2012, o mesmo aconteceu quando Adam Lanza atravessou os portões da Sandy Hook Elementary School (Connecticut, EUA) com um rifle e 2 pistolas, assassinando 26 pessoas, entre estudantes e professores.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/26/26160555191467.jpg" alt="(Fonte: O Tempo/Reprodução)">(Fonte: O Tempo/Reprodução)Cenas como a que aconteceu recentemente no Texas, existem na cronologia dos EUA desde 2 de novembro de 1853, quando o estudante Matthew Ward matou em sala de aula o professor de seu irmão; contudo, se tornaram mais populares, violentas e sangrentas a partir da segunda metade do século XX.Os dados da Everytown Research &amp; Policy, mostraram que, desde 2009, houve 274 tiroteios em massa nos EUA, resultando em 1.536 pessoas baleadas e mortas, dos quais 11% aconteceram em escolas. O Small Arms Survey relata que os americanos possuem 393 milhões de armas, dos quais 44% podem ser encontradas em lares, como mostra a pesquisa de 2020 do Instituto Gallup. E o relatório de 2017 do Pew Research Center mostrou que quase metade dos americanos conhece alguém que já foi baleado.<h2>O começo de tudo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/26/26161000456469.jpg" alt="(Fonte: Fallout Wiki/Reprodução)">(Fonte: Fallout Wiki/Reprodução)Para entender como os EUA chegaram a esses números, e acabou consumido pela cultura da arma, é necessário voltar para o fim da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119209-caso-dred-scott-a-decisao-que-impulsionou-a-guerra-civil-americana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Civil</a>, quando os fabricantes de armas convenceram lojas de produtos a venderem revólveres, endereçando aos pais anúncios em jornais alegando que um rifle ajudaria "meninos de verdade" a desenvolverem uma "masculinidade mais consistente".A indústria expandiu o negócio vertiginosamente, e o fim da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120203-e-se-a-escravidao-nao-tivesse-existido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escravidão&nbsp;</a>e todo o período de perseguição pública e institucional aos negros, ajudou na formação de grupos armados, muitos dos quais buscavam "se proteger" dos negros libertos, outros para coagi-los — assim se formou as raízes do discurso de que armas precisam ser cedidas a populares como proteção.Em 15 de dezembro de 1791, a ratificação da Segunda Emenda Constitucional dos Estados Unidos, protegeu o direito de um cidadão manter e portar armas para autodefesa. No início de 1900, 43 estados limitavam ou proibiam armas em locais públicos, mas a Lei Federal de Controle de Armas de 1968, promulgada após os assassinatos dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121916-por-que-a-roupa-ensanguentada-de-jackie-kennedy-nunca-mais-foi-vista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Kennedy</a> e de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120958-como-henry-d-thoreau-influenciou-martin-luther-king-jr.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Martin Luther King Jr</a>., surgiu com o intuito de apenas “supervisionar” melhor o porte, sem querer bani-lo.<h2>Fechando os olhos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/26/26161437097476.jpg" alt="(Fonte: Online Essay Help/Reprodução)">(Fonte: Online Essay Help/Reprodução)A influência das guerras, conflitos, instabilidades sociais e culturais enfrentados pelos americanos na metade do século XX, aumentou o argumento de venda e posse de armas pelo governo, ainda que em 1999, a maioria dos proprietários tenha dito manterem armas para caça e tiro ao alvo, e apenas 26% para uso pessoal. A Pesquisa Nacional de Armas de Fogo de 2015, indicou que 63% dos entrevistados citaram autodefesa como o principal motivo para ter uma arma.Toda a ênfase da sociedade em autodefesa só serviu para dizimar as restrições ao porte de armas e aumentar os índices de criminalidade nas ruas, em escolas e nos lares. Chicago e Nova York, duas cidades que possuem as leis mais rigorosas em controle de armas, sofrem com os índices de crimes mais violentos. Em 2020, o aumento de 50% nas taxas de tiroteios e assassinatos em Chicago fez dela a "cidade mais assassina do país"; enquanto Nova York alcançou estatísticas de 41% em homicídios e 95% em tiroteios.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/26/26161256128474.jpg" alt="(Fonte: Gallup News/Reprodução)">(Fonte: Gallup News/Reprodução)Para os defensores de armas que sustam a fala de que só é necessário leis ainda mais rigorosas no ato de compra para diminuir a criminalidade, o estudo do governo de Barack Obama, feito em 2016 pelo Bureau of Justice Statistic, examinou como os presos obtiveram armas de fogo para usarem durante os crimes, e os resultados apontaram — nada surpreendentemente — que apenas 10,1% deles conseguiram por uma fonte de varejo. A maioria adquiriu por vendas clandestinas ou ilegais, emprestou, trocou ou alugou com familiares que compraram legalmente, ou roubou de suas vítimas.Os viciados, aqueles com antecedentes criminais ou alguém com problemas de saúde mental conseguirão adquirir uma arma legalmente. A verificação de antecedentes é burlada na maioria dos casos, bem como os formulários de vício e saúde mental podem ser alterados, ainda que seja um crime federal.<h2>Negando o óbvio</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/26/26161543629478.jpg" alt="(Fonte: The Journal/Reprodução)">(Fonte: The Journal/Reprodução)Por outro lado, a pesquisa elaborada ao longo de 12 anos na Califórnia pela Universidade de Stanford, mostrou que entre 2012 e 2016, adultos no estado que não possuíam arma, mas moravam com alguém que tinha, eram duas vezes mais propensos a morrer em crimes domiciliares do que seus vizinhos desarmados.Entre as 866 vítimas de homicídio em suas casas durante o período estudado, os coabitantes de proprietários de armas de fogo eram sete vezes mais propensos de serem mortos por alguém que os amava do que os adultos de lares sem armas.A meta-análise de 2014 da Annals of Internal Medicine, endossou esse estudo discutindo que o acesso a uma arma triplica o risco de suicídio e dobra o de homicídio. Uma mulher que vive com um parceiro abusivo, aumenta o risco em cinco vezes de ser assassinada por seu parceiro, vítima de uma arma de fogo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/26/26161632035483.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Em meio a esse cenário caótico, em artigo para a Scientic American, em 2017, a jornalista Melinda Wenner refletiu como a arma é um agente modulador em toda a situação. A posse de arma, de fato, propicia crimes, principalmente diante da noção sem sentido de que mais armas leva a menos crimes.“Quando todos os estudos apontam na mesma direção, podemos nos sentir confiantes de que a flecha aponta para a verdade — que é, neste caso, que as armas não inibem o crime e a violência, mas pioram”, escreve ela.E para aqueles que persistem na ideia popular que estampa adesivos com frases do tipo "armas não matam pessoas, pessoas matam pessoas", Wenner concorda, mas sob uma reflexão: quem está no caminho entre uma pessoa e a vontade de matar?</body>

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Posse de armas: um problema que destrói a sociedade nos EUA

Imagem de Como a bandeira de arco-íris virou símbolo da comunidade LGBTQIA+? no megacurioso

A famosa bandeira do arco-íris remete à luta e ao orgulho da comunidade LGBTQIA+

<head></head><body>Quando passamos por um lugar e vemos uma bandeira com as cores do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121058-por-que-alguns-arco-iris-se-formam-mesmo-sem-chuva.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">arco-íris</a>, logo identificamos: trata-se de um lugar que apoia a comunidade <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118767-o-que-significa-cada-letra-da-sigla-lgbtqia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">LGBTQIA+</a>. Mas como esse símbolo foi criado?A história é bem interessante. Em 1978, um designer, ativista e artista drag chamado Gilbert Baker foi contratado pelo político <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117568-10-atores-e-as-pessoas-reais-que-inspiraram-papeis-em-filmes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Harvey Milk</a>, outro famoso ativista da comunidade, para criar uma bandeira para ser exibida na parada do orgulho anual de São Francisco.Baker assumiu o desafio - mais tarde, declararia que as "<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120426-voce-conhece-todas-as-bandeiras-que-o-brasil-ja-teve.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bandeiras</a> servem para proclamar o poder". Para fazer o projeto, ele se inspirou nas linhas existentes na bandeira dos Estados Unidos e buscou referências no movimento da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121489-andy-warhol-um-dos-grandes-artistas-do-movimento-pop-art.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pop art</a>, em vigor nesta época.<h2>A construção de um novo símbolo LGBTQIA+</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/21/21095125800004.jpg" alt="(Fonte: NBC News)">(Fonte: NBC News)Assim, Gilbert Baker chegou na ideia de uma bandeira com seis cores, cada uma simbolizando algum valor. De cima para baixo, as cores representam: sexo e vitalidade (vermelho); cura (laranja); luz do sol (amarelo); natureza (verde); harmonia (azul índigo) e espírito (violeta).Uma curiosidade é que, antes da bandeira, já havia outro símbolo da comunidade LGBTQIA+ circulando entre os grupos. Era um <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121639-como-essas-4-cores-marcaram-a-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">triângulo rosa</a>, que havia sido adotado por conta de sua importância histórica: os nazistas identificavam os homens homossexuais nos campos de concentração a partir desse triângulo. Mas Baker e Milk consideravam haver a necessidade de um novo símbolo.Alguns estudiosos também acham que a bandeira do arco-íris remete também à atriz <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121661-a-tragica-vida-da-estrela-judy-garland.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Judy Garland</a>, que é um ícone importante dentro desta comunidade. Isto porque a comunidade gay frequentemente se referia aos homossexuais como os "amigos de Dorothy", fazendo referência ao papel de Judy no clássico filme <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120378-o-magico-de-oz-a-misteriosa-mensagem-escondida-no-casaco-do-mago.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O Mágico de Oz</a>. Neste sentido, a bandeira se ligaria à música Somewhere over the rainbow, tema do filme.<h2>Outras bandeiras da comunidade LGBTQIA+</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/21/21095303895005.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)A comunidade, que se autodenominava LGBT (o que envolvia lésbicas, gays, bissexuais e transgênero) foi se complexificando ao longo do tempo. Novas formas de expressão da sexualidade foram se manifestando - chegando na sigla LGBTQIA+, mais inclusiva, que se refere a lésbicas, gays, bissexuais, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121632-quais-sao-os-maiores-equivocos-sobre-pessoas-trans-e-nao-binarias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">transgênero</a>, queer, <a href="https://www.megacurioso.com.br/sexo/75294-entenda-os-polemicos-procedimentos-realizados-em-pessoas-intersexuais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">intersexual</a> e <a href="https://www.megacurioso.com.br/sexo/67291-assexuais-pessoas-sem-interesse-por-sexo-sao-mais-comuns-do-que-voce-pensa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">assexual</a>. O "mais" ao final abre a inclusão para outras identidades de gênero.Por conta disso, outras bandeiras também foram criadas. Há uma bandeira do orgulho bissexual, desenhada por Michael Page em 1998. Ela tem três cores: o rosa representa a atração pelo mesmo sexo; o azul representa a atração do sexo oposto; por fim, o roxo representa a atração por ambos.Já em 1999, uma mulher transgênero chamada Monica Helms criou a bandeira do orgulho transgênero. Ela tem cinco linhas, mas três cores. O rosa claro e o azul representam as cores que são culturalmente associadas a meninas e meninos. No meio delas, aparece uma linha em branco, representando os gêneros em transição, neutros ou indefinidos e a intersexualidade. "O padrão é tal que não importa de que maneira você segure a bandeira, ela está sempre certa, significando que encontramos a correção em nossas vidas", explicou Monica.</body>

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Como a bandeira de arco-íris virou símbolo da comunidade LGBTQIA+?

Imagem de 6 artes marciais das quais você provavelmente nunca ouviu falar no megacurioso

Conheça mais sobre algumas das formas de luta mais bizarras e curiosas já criadas por seres humanos na história da humanidade

Seja voc&ecirc; f&atilde; de artes marciais ou n&atilde;o, voc&ecirc; provavelmente conhece algum estilo de luta de alguma forma. Talvez voc&ecirc; tenha entrado para uma aula de jud&ocirc; ainda no ensino fundamental, decidiu participar de uma academia de jiu-jitsu, apaixonou-se pelo boxe ou simplesmente conhece a nossa tradicional capoeira.
Tamb&eacute;m vale ressaltar que a expans&atilde;o de brasileiros campe&otilde;es no Ultimate Fighter Championship (<a href="https://www.megacurioso.com.br/esportes/24285-thor-x-chapolin-colorado-confira-os-cartazes-do-ufc-da-ficcao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">UFC</a>), como Anderson Silva, Charles do Bronx e Jos&eacute; Aldo, colaborou para que mais pessoas conhecessem sobre o universo das lutas. E s&atilde;o diversos estilos para os mais variados gostos. Pensando nisso, n&oacute;s criamos uma lista com seis artes marciais bizarras e curiosas ao redor do mundo que voc&ecirc; provavelmente nunca ouviu falar. Olha s&oacute;!
<h2>1. Bakom</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/25/25152910072312.jpg" alt="a" />(Fonte: Shutterstock)
O bakom, ou vac&oacute;n, &eacute; uma arte marcial originada nas favelas do Peru e ensinada para que seus usu&aacute;rios aprendam rapidamente como desativar ou matar seu oponente. Seus praticantes tamb&eacute;m podem us&aacute;-la para t&eacute;cnicas consideradas "menos honrosas", como esconder uma arma de fogo de seus advers&aacute;rios.
Ela foi fundada em 1980 pelo &nbsp;ex-fuzileiro naval e ex-condenado, Roberto Puch Bezada, incorporando elementos do <a href="https://www.megacurioso.com.br/humor/42352-novo-golpe-do-jiu-jitsu-vai-nocautear-qualquer-campeao-video-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">jiu-jitsu</a> e das lutas de rua como o Vale Tudo. Algumas t&eacute;cnicas do bakom incluem chaves de bra&ccedil;o para quebrar ossos, estrangulamento e golpes de precis&atilde;o em &oacute;rg&atilde;os vitais.
<h2>2. Dambe</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/23/23155524640503.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Baseado nas antigas tradi&ccedil;&otilde;es de boxe do Egito, o Dambe &eacute; arte mort&iacute;fera desenvolvida pelo povo Hausa da &Aacute;frica Ocidental. Seus usu&aacute;rios s&atilde;o tradicionalmente a&ccedil;ougueiros que se movem de aldeia em aldeia realizando cerim&ocirc;nias de combate e enfrentando qualquer desafiante.&nbsp;
Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/100481-como-os-lutadores-perdem-e-recuperam-tanto-peso-em-pouco-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lutadores</a> desse estilo t&ecirc;m como forte seus punhos dominantes, que s&atilde;o enrolados em um peda&ccedil;o de pano coberto por um cord&atilde;o bem atado, enquanto a perna favorita do lutador &eacute; enrolada em uma corrente grossa.&nbsp;
<h2>3. Okichitaw</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/23/23155634953505.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Fundado e desenvolvido pelo lutador canadense George J. Lepine, este estilo de luta foi baseado nas t&eacute;cnicas tradicionais de luta e armamento dos Plains-Cree &mdash; um grupo ind&iacute;gena do Canad&aacute; &mdash;, somado jud&ocirc; e taekwondo. Al&eacute;m do combate corpo a corpo, os lutadores podem escolher entre um porrete de guerra e uma faca como armas.
Mesmo assim, a arte marcial se baseia muito mais mec&acirc;nica corporal e na for&ccedil;a aplicada. Seus lutadores s&atilde;o ensinados a us&aacute;-la como defesa em primeiro lugar, tendo respeito e autocontrole.
<h2>4. Kalari Payattu</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/23/23155803547509.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
O Kalari Payattu &eacute; conhecido como o sistema de luta mais antigo existente e predecessor de algumas das artes marciais mais populares do mundo. Reza a lenda que teria sido criada por uma reencarna&ccedil;&atilde;o do deus hindu Vishnu, que tamb&eacute;m &eacute; descrito como o &ldquo;preservador do universo&rdquo;.
O foco do estilo de luta &eacute; atingir os pontos vitais de um advers&aacute;rio &agrave; modo de paralis&aacute;-lo ou mat&aacute;-lo. Os mestres dessa arte tamb&eacute;m se tornam estudiosos da medicina Siddha, ensinamentos passados por religi&otilde;es e cultura indianas.
<h2>5. Silat</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/23/23160220111511.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Desenvolvido por tribos de ca&ccedil;adores de cabe&ccedil;as na Mal&aacute;sia, Cingapura e Filipinas, o Silat &eacute; uma palavra usada para definir centenas de estilos diferentes de combate. Segundo a lenda, uma mulher criou o sistema de combate baseado na observa&ccedil;&atilde;o de animais selvagens &mdash;assim como acontece em muitas outras artes marciais asi&aacute;ticas.
No modo atual, a arte marcial &eacute; ensinada principalmente para o combate contra armas brancas e ainda &eacute; aplicada por grupos militares em todo o arquip&eacute;lago malaio e terras vizinhas.
<h2>6. Abir</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/25/a-25153008306318.jpg" alt="a" />(Fonte: Shutterstock)
Abir &eacute; uma das artes marciais mais raras ao redor do mundo e provavelmente a arte marcial mais antiga de Israel. Seus primeiros registros datam para o s&eacute;culo XVIII a.C. A palavra "Abir" significa literalmente "cavalheiro", o que faz com que muitas pessoas a interpretem como algo suave.
At&eacute; por esse motivo, &eacute; uma arte marcial que usa muito mais t&eacute;cnica do que for&ccedil;a bruta &mdash; mas se mostrando eficiente da mesma forma. Como a arte abra&ccedil;a a cultura hebraica b&iacute;blica, as aulas incluem muita ora&ccedil;&atilde;o e todos os alunos devem usar turbantes.&nbsp;

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6 artes marciais das quais você provavelmente nunca ouviu falar

Imagem de O julgamento de 1965 que legalizou o controle de natalidade no megacurioso

Durante parte do século XX, era ilegal nos Estados Unidos difundir informações sobre natalidade. Um julgamento em 1965 trouxe de volta esse direito aos americanos

<head></head><body>Quando as pessoas precisam de informações sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/112920-controle-de-natalidade-masculina-sera-possivel-atraves-de-injecao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">controle de natalidade</a>, elas podem buscar em vários lugares: com os médicos, os amigos, os professores e na <a href="https://www.megacurioso.com.br/internet/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">internet</a>. Mas saiba que alguém que vivesse nos Estados Unidos no fim do século XIX teria bastante dificuldade em encontrar este apoio.Isto porque, em 1873, o Congresso americano aprovou a chamada Lei para a Supressão do Comércio e Circulação de Literatura Obscena e Artigos de Uso Imoral, apelidada de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117066-lysol-o-desinfetante-que-ja-foi-usado-como-metodo-contraceptivo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lei Comstock&nbsp;</a>em homenagem ao seu proponente, o político Anthony Comstock.Basicamente, esta lei criminalizou o acesso a vários itens ligados à <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120139-voce-sabe-o-que-e-sexualidade-positiva.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sexualidade humana</a>, como contraceptivos, brinquedos sexuais, abortivos e qualquer publicação que pudesse ser considerada obscena, incluindo cartas pessoais.Por conta desta lei federal, os médicos não poderiam tratar nem recomendar métodos de controle de natalidade para os seus pacientes. O serviço postal americano foi proibido de enviar qualquer item que pudesse ser configurado como um artigo proibido.<h2>O efeito rebote</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Getty Images&nbsp;" data-fonte-url="https://www.smithsonianmag.com/smithsonian-institution/the-revolutionary-1965-supreme-court-decision-that-declared-sex-was-a-private-affair-180980089/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/22/22100014837000.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)A proibição e a censura de algo dentro de uma sociedade tende a gerar, é claro, o efeito contrário: o desejo pelo que foi considerado ilegal e sua circulação de forma clandestina. Nos Estados Unidos do século XX, não foi diferente. Alguns museus americanos contêm itens que evidenciam que alguns médicos ajudavam seus pacientes a acessar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120193-banho-de-testiculo-o-novo-metodo-contraceptivo-masculino.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">contraceptivos</a>.Na década de 1960, havia uma forte circulação secreta de contraceptivos e abortivos que chegavam a mulheres casadas e solteiras. Havia uma rede de médicos que fornecia informações às pacientes, com o risco de irem parar na prisão. Em muitos estados, inclusive, a polícia estadual fazia vista grossa a essa questão.O estado de Connecticut era o mais rígido quanto às leis locais. Os cidadãos pegos com contraceptivos poderiam pegar até 60 dias de prisão. No entanto, o efeito rebote era forte: Connecticut era o estado com uma das taxas de natalidade mais baixas do país.<h2>A oposição à Lei Comstock</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/22/22100647401006.jpg" alt="(Fonte: Connecticut History)">(Fonte: Connecticut History)Em 1961, ativistas da ONG Planned Parenthood (que fornece informações de saúde reprodutiva para americanos) recrutaram Estelle Griswold e C. Lee Buxton para tomarem frente contra esta lei. Ela, uma ativista "respeitável" pois era casada e católica; ele, um <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/39393-conheca-a-polemica-historia-por-tras-do-surgimento-da-ginecologia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ginecologista</a> que lecionava no curso de Medicina em Yale.Suas primeiras tentativas de enfrentar a lei foram fracassadas. Um dos argumentos usados no processo era de que, por causa da lei, Buxton era impedido de praticar a medicina. Como contrapartida à recusa de derrubar a lei, Estelle Griswold abriu uma agência da Planned Parenthood em New Haven, sua cidade natal. Logo ela foi denunciada por distribuir material imoral.Griswold e Buxton voltaram aos tribunais e, ao longo dos quatro anos seguintes, o caso foi ganhando repercussão em todo o país. Em 7 de junho de 1965, os Estados Unidos aguardavam com ansiedade o resultado de um julgamento que ficou conhecido como Griswold vs Connecticut.E a decisão foi surpreendente para muita gente. O juiz William O. Douglas englobou o caso na questão do "direito à privacidade" assegurado pela Constituição. O trabalho de anos de Estelle Griswold e C. Lee Buxton garantiu que mulheres e homens americanos tivessem direito às informações de contracepção, podendo decidir se querem ter uma família e qual será o tamanho dela.</body>

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O julgamento de 1965 que legalizou o controle de natalidade

Imagem de 3 personalidades históricas que tentaram se tornar imortais no megacurioso

De tomar sangue de criança a ouro líquido, essas pessoas não tiveram pudor quando o assunto era viver eternamente

<head></head><body>“Para uma mente bem estruturada, a morte é apenas a próxima grande aventura”, disse Alvo Dumbledore em Harry Potter e a Pedra Filosofal. E, ainda que o pensamento ecoe em nos dois lados da linha do tempo, contudo, há centenas de anos que as pessoas tentam se manter vivas de alguma forma, porque acham que a morte e o fim de tudo e não há aventura nenhuma nisso, ou porque suas mentes não estão estruturadas o suficiente.Pode parecer até que a ideia de se tornar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121641-quando-alcancaremos-a-imortalidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">imortal</a> foi cunhada, pela primeira vez, com base em algum contexto fictício. Mas enquanto a ciência sempre quis analisar o mistério infinito que é a morte, tentando adivinhar o que há por trás do fechar dos olhos, muitas pessoas investiram tempo, toneladas de dinheiro em medicina e ciência para tentar se manter imortal.No entanto, até hoje, nada conseguiu driblar o último estágio da vida na Terra. O mais perto que o homem conseguiu chegar foi na preservação do corpo físico através da <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/118387-james-bedford-o-primeiro-homem-a-ser-criopreservado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">criogenia</a>, mas não de seu estado de consciência.&nbsp;Aqui estão 3 personalidades históricas que tentaram se tornar imortais:<h2>1. Papa Inocêncio VIII (1432–1492)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/24/24130418143298.jpg" alt="(Fonte: Research Gate/Reprodução)">(Fonte: Research Gate/Reprodução)No século XV, o papa Inocêncio VIII ficou famoso por se relacionar com mulheres casadas que deram à luz 16 filhos dele, além de ter iniciado a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121957-6-formas-que-eram-usadas-para-identificar-uma-bruxa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">caça às bruxas</a>, dando poder à Inquisição para prender, torturar e punir praticantes ou suspeitos de feitiçaria.No entanto, foi o feito de quando estava próximo da morte, que o eternizou de uma maneira tão doentia quanto suas ações pregressas. Bem como outros papas daquela época, Inocêncio era obcecado por sua riqueza e poder, o que fez a ideia da morte o perturbar, principalmente quando sua saúde começou a declinar.Após sofrer um derrame quase fatal, ele decidiu que se tornaria imortal bebendo o sangue daqueles que tinham vitalidade, ou seja, dos mais jovens. Ele convocou três meninos de 10 anos e transferiu o sangue do corpo deles para o próprio, dando origem à <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119055-como-eram-feitas-as-primeiras-transfusoes-de-sangue.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">primeira transfusão de sangue</a>, que matou as crianças no processo.Mas em 25 de julho de 1492, o mesmo aconteceu a Inocêncio VIII, que só angariou para seu nome infâmia, destruição, morte e derramamento de sangue inocente.<h2>2. Qin Shihuang (259 a.C.–210 a.C.)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/24/24130527690300.jpg" alt="(Fonte: Asia Cultural Travel/Reprodução)">(Fonte: Asia Cultural Travel/Reprodução)Mal o imperador chinês <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/102283-voce-sabe-quem-foi-o-primeiro-imperador-da-china.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Qin Shihuang</a> havia nascido, em 259 a.C., ele já temia o dia em que morreria, tanto que começou a construção de sua tumba ainda aos 13 anos, tudo para garantir que fosse bem cuidado quando seu momento chegasse.Na vida adulta, o seu medo aumentou significativamente, sobretudo por Shihuang ter se tornado uma importante figura histórica, responsável por unificar a China com sucesso pela primeira. Foi então que ele decidiu encontrar uma maneira para se tornar imortal.Como muitas pessoas, Shihuang achava que isso seria através de algum elixir, portanto, ordenou que os governantes regionais encontrassem a mistura para ele. Incapaz de tê-la, um dos cientistas do imperador preparou uma mistura que acreditava que poderia funcionar.A poção era feita, ironicamente, de pura morte, visto que carregava uma alta concentração de cinábrio, a principal fonte de mercúrio, um dos elementos químicos mais tóxicos do mundo desde os primórdios da civilização humana.Como resultado, aos 50 anos, Qin Shihuang morreu, vitimado pelo seu próprio elixir da vida eterna.<h2>3. Diana de Poitiers (1500–1566)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/24/24130632362305.jpg" alt="(Fonte: Domaine Chaumont/Reprodução)">(Fonte: Domaine Chaumont/Reprodução)Diane de Poitiers não foi qualquer nome na História. Nascida em 9 de janeiro de 1500, na França, ela foi a amante tão favorita do rei Henrique II, que praticamente roubou o posto de rainha de Catarina de Médici.&nbsp;Sua mente ambiciosa contribuiu para que ela chegasse onde desejou, arrastando a atenção de multidões e deixando poetas e cientistas encantados por ela. Foi assim que Poitiers conseguiu ter acesso às práticas médicas mais avançadas da época, inclusive aquelas que prometiam prolongar a vida — a qual ela não estava disposta a abrir mão tão cedo —, sendo apresentada ao consumo de ouro potável.Naquela época, beber o minério era o equivalente a tomar pílulas de cálcio atualmente, e a obsessão de Poitiers pelo líquido ao longo de sua vida foi o agente causador de sua morte, em abril de 1566, aos 66 anos. Uma investigação póstuma revelou que a mulher tinha quantidades mortais de ouro até em seu couro cabeludo.</body>

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3 personalidades históricas que tentaram se tornar imortais

Imagem de Quando os humanos domesticaram os cavalos? no megacurioso

Pesquisas recentes encontraram evidências de quando e como esses animais passaram de selvagens para domesticados

<head></head><body>Cavalos são criaturas magníficas, robustas e que se aproximaram dos seres humanos com o passar dos anos. Afinal, se você considera gatos e cachorros grandes amigos do homem, os equinos também podem reivindicar esse rótulo. Graças a eles, conseguimos transportar mercadorias e pessoas no passado — tudo isso sem contar as inúmeras <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121486-as-4-piores-guerras-que-o-mundo-ja-enfrentou.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">guerras</a> que obrigamos nossos amigos a participar.Atualmente, os cavalos ainda têm um papel fundamental em categorias esportivas como o hipismo, como também são aliados do lazer e verdadeiros amores para se ter por perto. Mas de onde veio essa relação próxima entre humanos e cavalos? Essa é uma pergunta que só passou a ser sanada recentemente por pesquisadores. Entenda!<h2>Conexão entre espécies</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/25/25122637320193.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Segundo historiadores, os cavalos estão ligados à humanidade desde 2000 a.C., com certos grupos étnicos estabelecendo contato mais cedo do que outros. Atualmente, existem centenas de espécies de cavalos espalhados pelo mundo que, apesar de suas diferenças, são classificados como Equus caballus.Essas criaturas fazem parte da família moderna dos equídeos, a qual também inclui os burros, <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/61925-voce-sabe-para-que-servem-as-listras-das-zebras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">zebras</a> e os cavalos selvagens de Przewalski da Ásia Central (Equus ferus). Até recentemente, no entanto, o caminho até a domesticação dos cavalos era bastante turva para a humanidade e muitas perguntas permaneciam sem respostas.Por exemplo, onde e quando os humanos domesticaram os cavalos pela primeira vez? Essa é uma questão fundamental para entendermos mais sobre nossos antepassados e a maneira como o mundo guinou para outra direção. Em 2010, pesquisadores do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva usaram testes em DNA para obter esclarecimentos.<h2>Análise de DNA</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/25/25122639648194.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Ao rastrear o DNA de <a href="https://www.megacurioso.com.br/invencoes/42298-voce-sabe-por-que-a-potencia-dos-motores-e-medida-em-cavalos-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cavalos</a> selvagens, cientistas descobriram que diversos espécies compartilhavam genes no Estreito de Bering, que fica entre a Ásia e a América do Norte. Isso mostra que o manejo recente feito por pessoas desfez grande parte da diversidade nos genomas dos cavalos, ao mesmo tempo em que adicionava uma série de características específicas para as raças.O gênero Equus, como o conhecemos, provavelmente surgiu entre 4 milhões e 4,5 milhões de anos atrás no continente que se tornaria a América do Norte — muito antes da linhagem dos Homo. Há também indícios de que cavalos selvagens de Przewalski e os cavalos domésticos só foram se dividir em duas linhas em um período entre 35 mil e 50 mil anos atrás.Porém, muitas espécies foram extintas há 11 mil anos, Ponte Terrestre de Bering submergiu e os cavalos norte-americanos desapareceram por um tempo — seja por clima, caça ou ambos os fatores. Com isso, os primeiros registros arqueológicos reais de domesticação de cavalos só foi aparecer há 5.500 anos atrás. Em comparação, os cachorros foram domesticados há 15 mil anos, enquanto porcos, ovelhas e bovinos entre 8 e 11 mil anos atrás.<h2>Início da domesticação</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/25/25122642414195.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Com 264 genomas de cavalos antigos em mãos, os cientistas chegaram a conclusão de que a terra natal dos cavalos domésticos foi a Eurásia Ocidental ao norte dos mares Negro e Cáspio. Dados indicam que o interesse dos humanos por essas fantásticas criaturas era tanto que diversos grupos os domesticaram independentemente.Entretanto, apenas a domesticação na região de Volga-Don foi a que vigorou. Cavalos selvagens não eram bons para cavalgar e constantemente apresentavam problemas nas costas. Logo, o fortalecimento dessa parte do corpo do animal com o passar do tempo os tornou uma "ferramenta" útil para a humanidade.A alteração de um gene chamado ZFPM1 — que é importante na regulação do humor — também tornou os animais da região mais dóceis e mais fáceis de domar. Essas mudanças podem ter sido a chave para a domesticação de cavalos a longo prazo. Em sequência, mais grupos étnicos passaram a experimentar essas criaturas em suas estruturas sociais. E assim os nossos amigos equinos foram sendo moldados para conviver conosco.&nbsp;</body>

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Quando os humanos domesticaram os cavalos?

Imagem de Por que apenas 3% dos homens brasileiros se acham feios? no megacurioso

Pesquisa encomendada pela revista GQ Brasil revelou a impressionante auto-estima dos homens brasileiros. Entenda por que isso acontece

<head></head><body>Uma pesquisa feita no Brasil tem dado muito o que falar. Realizada pelo Instituto Ideia a pedido da revista GQ Brasil, o estudo O que pensa o&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121900-amputacao-de-penis-cresce-mais-de-1600-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">homem brasileiro</a>? revelou uma informação que parece espantosa para muitos: a de que apenas 3% dos homens se acham <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120347-ugly-laws-nos-eua-do-seculo-xix-ja-foi-proibido-ser-feio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">feios</a>.A pesquisa ouviu 663 homens maiores de idade em todas as regiões do país. Em relação à autoimagem destes homens, 47% disseram se achar bonitos, 44% declararam estar na "média", e 6% não souberam responder.Outro dado interessante levantado pela pesquisa diz respeito a que pessoa estes homens mais admiram. 7% deles responderam "eu mesmo" quanto confrontados com este questionamento.O estudo tem gerado muito debate nas redes sociais. Parte desta conversa tem surgido de mulheres que parecem estarrecidas com a constatação de que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/101533-ta-precisando-melhorar-a-autoestima-vem-ca-que-a-gente-ensina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">autoestima</a> masculina é imbatível. E por que será que isto acontece?<h2>A distância entre a autoestima de homens e mulheres</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/23/23191920268635.jpg" alt="(Fonte: Pexels)">(Fonte: Pexels)Boa parte do espanto se dá pela dificuldade de entender como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/30450-quer-ter-sucesso-entao-abandone-a-autoestima.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">autoconfiança</a> masculina se estabelece. Mas já há estudos que falam sobre isso. Um deles foi feito pela Universidade de Cornell, e mostrou que os homens tendem a superestimar as suas habilidades e desempenho, enquanto as mulheres fazem exatamente o contrário: elas se subestimam.A chamada "<a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/89198-sindrome-do-impostor-ela-pode-estar-te-impedindo-de-ter-sucesso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">síndrome do impostor</a>" (a crença, quase sempre falsa, de que somos pouco preparados para o trabalho que fazemos) parece ser muito mais comum entre as mulheres e mais rara entre os homens. Isso se evidencia, por exemplo, em certas pesquisas que já mostraram que eles, diferente delas, se candidatam a empregos mesmo sem terem as capacidades requisitadas pela vaga.É claro que esta lacuna entre as percepções que os dois gêneros fazem de si reflete séculos de um tratamento diferenciado aos homens em relação às mulheres, tidas socialmente como menos capazes para boa parte das atividades. No entanto, vale notar que o padrão não se repete - pelo menos não da mesma forma - em todas as culturas.<h2>Quem são os homens mais autoconfiantes?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/23/23192254877638.jpg" alt="(Fonte: Pexels)&nbsp;">(Fonte: Pexels)&nbsp;Há outro estudo, feito por pesquisadores da Universidade da California e divulgado no periódico Journal of Personality and Social Psychology, que trouxe dados mais profundos. A pesquisa durou oito anos e investigou quase um milhão de homens e mulheres em 48 países.De modo geral, o estudo constatou que, de fato, os homens confiam mais em si mesmos que as mulheres. O que difere, na verdade, é a amplitude desta diferença entre ambos.O psicólogo Wiebke Bleidorn, que participou desta pesquisa, declarou: "posso especular que, nas sociedades ocidentais, as mulheres são mais propensas a se compararem aos homens. Os homens tendem a ter cargos de status e salários mais altos, por exemplo, então a comparação é menos favorável para as mulheres".Já nos países asiáticos, o padrão é um pouco diferente: as pessoas costumam se comparar com outras pessoas do seu próprio gênero, o que tende a deixar a autoestima de homens e mulheres um pouco mais equilibrada.&nbsp;E faz todo sentido que a autoestima feminina tende a ser mais elevada à medida que elas não notam tanto as lacunas sociais que ainda separam homens e mulheres.</body>

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