Imagem de Cientistas 'despertam' vírus congelado de 48 mil anos no megacurioso

Outros 12 vírus — todos do permafrost siberiano — também foram ativados no mesmo estudo

<head></head><body>Um estudo conduzido por cientistas franceses, russos e alemães reviveu um vírus que passou cerca de 48.500 anos no permafrost — região no Ártico coberta permanentemente por gelo —, mas ainda mostrava sinais de ser infeccioso. E ele não foi o único organismo encontrado e revivido.Ao todo, foram isolados 13 vírus de sete amostras antigas de permafrost da Sibéria. Elas haviam sido retiradas do fundo de um lago, da pele de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111015-ressuscitaram-partes-das-celulas-de-um-filhote-de-mamute-de-28-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mamute</a> e dos intestinos de um lobo siberiano. E isso deve soar o alarme de que mais vírus pré-históricos podem surgir à medida que a Terra esquenta.<h2>Despertando um vírus</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/12/12054508969002.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)Em algum momento entre o final de novembro e o começo de dezembro de 2019, um morador de Wuhan foi contaminado pelo coronavírus responsável pela covid-19. Embora não seja possível identificar qual foi o paciente zero, sabe-se que o vírus <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/114435-fim-do-comercio-de-animais-silvestres-pode-evitar-a-proxima-pandemia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">veio de algum animal silvestre da região</a>.Ao longo de toda a história humana, as mais variadas doenças chegaram às pessoas por diferentes meios. Embora o contato com animais seja uma dos mais comuns, às vezes, basta que um microrganismo que vive em um ambiente isolado consiga infectar uma pessoa para dar início a uma nova crise sanitária.Os pesquisadores que conduziram o estudo com os vírus presos no permafrost acreditam que esse trabalho é uma forte evidência de que organismos como esses não são tão raros quanto se pensava anteriormente. Além disso, eles também alertaram que esses vírus podem representar uma ameaça à saúde pública, pois as mudanças climáticas aquecem a Terra e derretem as regiões congeladas do planeta, como a Sibéria.“Um quarto do hemisfério norte é sustentado por solo permanentemente congelado, conhecido como permafrost”, escreveram os pesquisadores em seu estudo. “Devido ao aquecimento global, o degelo irreversível do permafrost está liberando matéria orgânica congelada por até um milhão de anos, incluindo vírus que permaneceram inativos desde os tempos pré-históricos”.<h2>Boas e más notícias</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/12/12150149867291.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Uma das consequências que a recente pandemia evidenciou é que nós temos a capacidade para desenvolver tratamentos eficazes para combater patógenos como os vírus. Com a comunidade científica de diferentes países trabalhando junta, foi possível entender melhor o coronavírus e descobrir as maneiras mais eficazes de enfrentá-lo.Além disso, combater infecções bacterianas, mesmo que de bactérias antigas, tende a ser uma situação ainda mais tranquila, uma vez que uma epidemia causada por esse tipo de patógeno pode ser rapidamente controlada pelos antibióticos modernos à nossa disposição.No entanto, vírus antigos podem representar um desafio perigoso para a humanidade. Ao contrário das bactérias, que podem ser tratadas com uma ampla gama de antibióticos, os vírus normalmente precisam de um tratamento mais especializado, e que pode levar tempo para se desenvolver.Mas isso não significa que todos os vírus — <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122171-microrganismo-volta-a-vida-apos-24-mil-anos-congelado-na-siberia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ou outros microrganismos</a> — que o permafrost libere representem uma ameaça perigosa. Isso porque uma série de incógnitas ainda permanecem, incluindo a capacidade dos vírus de sobreviver.“Mas o risco tende a aumentar no contexto do aquecimento global, quando o degelo do permafrost continuará acelerando e mais pessoas estarão povoando o Ártico na sequência de empreendimentos industriais”, concluem os pesquisadores.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:34.274Z

Cientistas 'despertam' vírus congelado de 48 mil anos

Imagem de Cérebro fossilizado mais antigo do mundo é encontrado na China no megacurioso

Descoberta pode ajudar a compreender como aconteceram o surgimento e a evolução dos artrópodes

<head></head><body>Um pequeno invertebrado marinho encontrado na China, pode contribuir para que pesquisadores compreendam melhor como foi a evolução dos artrópodes. Isso porque, depois de uma revisão de uma animal já conhecido, pesquisadores da Universidade do Arizona, em parceria com cientistas do King's College London, encontraram o que pode ser <a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/100944-pesquisadores-encontraram-o-primeiro-cerebro-fossilizado-de-um-dinossauro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o cérebro fossilizado mais antigo do mundo</a>.&nbsp;O animal, conhecido como Cardiodictyon catenulum, foi descoberto em 1984 na província chinesa de Yunnan. Ele viveu há cerca de 525 milhões de anos, durante o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116778-estranho-especime-do-cambriano-pode-ser-o-elo-perdido-dos-artropodes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">período Cambriano</a> (542 milhões a 488 milhões de anos atrás), e possivelmente é o ancestral que deu origem aos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120803-artropode-do-tamanho-de-um-carro-habitou-a-terra-ha-milhoes-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">artrópodes</a> — um grupo que inclui insetos, aracnídeos e crustáceos.Porém, quando o fóssil do animal foi descoberto, o entendimento comum era que os cérebros não fossilizavam. Segundo o neurocientista evolutivo do King's College London e coautor do estudo, Frank Hirth, a equipe que encontrou e catalogou o fóssil nem cogitou tentar encontrar alguma parte do cérebro.Isso fez com que fossem necessários quase 40 anos para os cientistas percebessem que poderia haver esse material no C. catenulum. O que levou a uma nova análise foram algumas investigações recentes de fósseis semelhantes e datados da mesma época.Por se tratar de um fóssil com cerca de 1,5 cm de comprimento, não foi possível realizar a radiografia da amostra, como costuma ser feito. Em vez disso, o estudo utilizou uma técnica de contraste, feita a partir de imagens digitalizadas de alta resolução. "Até onde sabemos, este é o cérebro fossilizado mais antigo que conhecemos, até agora", disse o neurobiólogo da Universidade do Arizona em Tucson e autor principal do estudo, Nicholas Strausfeld.<h2>Compreendendo a evolução dos artrópodes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/07/07000346634006.jpg" alt="O corpo fossilizado (canto superior esquerdo) e o cérebro fossilizado (canto superior direito) do bicho parecido com um verme. A cor magenta indica a presença de tecido neural preservado. (Fonte: Nicholas Strausfeld/Universidade do Arizona)">O corpo fossilizado (canto superior esquerdo) e o cérebro fossilizado (canto superior direito) do bicho parecido com um verme. A cor magenta indica a presença de tecido neural preservado. (Fonte: Nicholas Strausfeld/Universidade do Arizona)Por mais surpreendente que tenha sido encontrar o cérebro antigo, os pesquisadores ficaram mais surpresos com a forma e a estrutura do crânio da criatura. Os artrópodes modernos possuem o corpo segmentado. Está é, inclusive, uma das características utilizada para a definição do grupo.Porém, o C. catenulum é especial, pois sua cabeça e o seu cérebro não são segmentados — o que significa que não são divididos em várias partes. Apenas o restante do corpo possui essa característica. Isso derrubou mais de um século de compreensão sobre a origem dos artrópodes. A maioria dos fósseis de outros ancestrais desses animais também exibe cabeças e cérebros segmentados.Os autores do estudo acreditam que isso pode indicar que os cérebros e cabeças segmentados e vistos nos artrópodes modernos, podem ter evoluído separadamente do resto do sistema nervoso, que provavelmente se tornou segmentado primeiro. Mesmo assim, como o cérebro fossilizado do C. catenulum compartilha algumas características-chave com os cérebros de artrópodes modernos, eles acreditam que a estrutura básica do órgão não teve mudanças drásticas nos últimos meio bilhão de anos.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:33.884Z

Cérebro fossilizado mais antigo do mundo é encontrado na China

Imagem de Espécie de 'dinossauro anão' é desenterrada na Transilvânia no megacurioso

Apelidado de 'transilvanossauro', criatura tinha cerca de 1,95 metro de comprimento e vivia entre crocodilos e tartarugas pré-históricos

<head></head><body>Embora a Transilvânia seja conhecida como a terra do Drácula, tudo indica que essa também era a terra dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/33852-dinossauro-de-245-milhoes-de-anos-e-descoberto-em-museu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauros</a>. Recentemente, um grupo de pesquisadores identificou um conjunto de ossos que seriam de uma espécie de "dinossauro anão", o qual teria vagado por aquela região em tempos pré-históricos.A criatura foi apelidada de Transylvanosaurus platycephalus, ou transilvanossauro, em um estudo publicado no Journal of Vertebrate Paleontology. &nbsp;Segundo os pesquisadores, a espécie recém-descoberta era um membro da família herbívora Rhabdodontidae, que viveu em nosso mundo há 70 milhões de anos — durante o período Cretáceo Superior.&nbsp;<h2>Origem em ilhas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/30/30183012024671.jpg" alt="(Fonte: Pedro Nicolau/Ilustração)">(Fonte: Pedro Nicolau/Ilustração)Com base nos fragmentos de ossos encontrados pelos pesquisadores, foi possível estimar que o transilvanossauro media cerca de 1,95 metro de comprimento, caminhava sobre duas pernas e tinha uma cauda incrivelmente poderosa. Além disso, esses animais tinham cabeças chatas e largas.O período Cretáceo Superior aconteceu logo depois que a Pangeia se dividiu em vários continentes, e o que hoje é a Europa um dia já foi uma série de ilhas tropicais semelhantes às atuais Ilhas Galápagos. A região da Romênia onde foram encontrados os ossos do "dinossauro anão" era, naquela época, um arquipélago tropical.A descoberta dessa espécie de dinossauro fornece mais informações para o que era conhecido como "regra de ilha", uma teoria que sugere que grandes espécies de animais evoluídos em ilhas são notavelmente menores do que suas contrapartes crescidas no continente. A razão por trás dessa teoria ainda é desconhecida, mas pesquisadores acreditam que esteja diretamente relacionado com a quantidade de recursos limitados para esses animais se desenvolverem.<h2>Juntando pedaços</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/30/30182904070669.jpg" alt="(Fonte: Felix Augustin/Peter Nickolaus/Dylan Bastiaans)">(Fonte: Felix Augustin/Peter Nickolaus/Dylan Bastiaans)Ao longo das pesquisas, a equipe de estudos não conseguiu identificar qualquer fragmento de osso com mais de 12 centímetros, mas conseguiu determinar uma quantidade surpreendente de informações sobre essa criatura pré-histórica &nbsp;— incluindo os contornos do seu cérebro.Como próximo passo, o plano seria comparar essas proporções do cérebro e dos olhos do transilvanossauro com outras espécies relacionadas, o que forneceria mais informações sobre quais sentidos eram importantes para a sobrevivência desses animais. Para a sorte dos especialistas, os ossos foram preservados pelo sedimento de um leito de rio pré-histórico por dezenas de milhões de anos, permanecendo em ótimas condições.Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121297-maior-fossil-de-pterossauro-desde-o-jurassico-e-encontrado-na-escocia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fósseis</a> foram localizados na Bacia de Hateg, região que provou ser uma das mais importantes para a descoberta de vertebrados do Cretáceo Superior na Europa. Até agora, dez espécies diferentes de dinossauros foram identificadas naquela área. Na visão dos pesquisadores, o transilvanossauro teria vivido ao lado de outros dinossauros anões, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121785-5-fatos-sobre-o-crocodilo-do-nilo-o-maior-predador-africano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crocodilos</a>, tartarugas e pterossauros voadores.&nbsp;Ao que as descobertas recentes indicam, as ilhas que compunham a Europa moderna tinham uma população de espécies mais diversificada do que comumente se pensava no passado. Portanto, tais dados são extremamente relevantes para tentarmos desvendar mais informações sobre o passado da Terra e de como a vida selvagem se comportava na natureza.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:33.133Z

Espécie de 'dinossauro anão' é desenterrada na Transilvânia

Imagem de T-Rex pode ter sido 70% maior do que sabemos, diz estudo no megacurioso

Novas pesquisas indicam que os Tiranossauros Rex podem ter pesado até 15 toneladas, o que seria maior que dois elefantes africanos juntos

<head></head><body>Se o assunto é <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122890-mais-de-um-asteroide-pode-ter-levado-a-morte-dos-dinossauros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauros</a>, inegavelmente o Tiranossauro Rex é um dos mais famosos e talvez o primeiro que surge em nossas mentes. Embora essa criatura colossal tenha vivido muito antes de nossa existência nesse planeta, novas descobertas seguem surgindo para desafiar nossa concepção sobre esses animais pré-históricos.Para se ter ideia, uma pesquisa feita pelo Museu Canadense da Natureza, em Ottawa, sugere que nós subestimamos o tamanho dessa espécie desde que ela foi descoberta em 1902. De acordo com o artigo, eles podem ter sido quase 70% maiores do que se pensava anteriormente. Entenda o caso!<h2>Criaturas colossais</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/22/22115954474198.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Segundo o estudo apresentado pela Society of Vertebrate Paleontology, estima-se que o maior espécie de T. Rex já registrado até hoje, o qual ganhou o apelido de "Scotty", pesava um pouco menos de 9 toneladas quando estava vivo. No entanto, os autores da pesquisa passaram a afirmar que outros indivíduos da espécie poderiam ter pesado até 15 toneladas.Para métodos de comparação, isso significaria que um único <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123258-por-que-o-tiranossauro-rex-tinha-bracos-tao-curtos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">T. Rex</a> poderia ser mais pesado que dois elefantes africanos juntos. Em entrevista para o Live Science, o coautor do estudo, Jordan Mallon, disse que sua equipe chegou a tal conclusão examinando os registros fósseis existentes atualmente, gerando uma estimativa de que cerca de 2,5 bilhões dessas criaturas já vagaram pela Terra no passado.Desse número total, os cientistas ressaltam que apenas 32 fósseis adultos já foram descobertos, o que significa que o conhecimento científico que temos sobre esses colossos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122952-dragoes-pre-historicos-foram-os-primeiros-repteis-planadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pré-históricos</a> é baseado em informações extremamente limitadas. Sendo assim, seria bem provável que os exemplares descobertos até então fossem um tanto quanto menores a média dos que viviam no passado.<h2>Modelo de existência da espécie</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/22/22004734786006.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Para a análise profunda dos dados, a equipe de estudo acabou criando dois modelos de estudo para avaliar os T. Rex: um que desconsidera qualquer tipo de dimorfismo e outro com disparidades brutais entre os indivíduos. Isso nada mais é do que considerar as possíveis variações de tamanho entre os sexos.Em um universo onde o dimorfismo fosse uma realidade entre essas criaturas, os pesquisadores acreditam que nós podemos estar falando sobre animais que pesavam até mesmo 24 toneladas em seu estado mais absurdo. Esse modelo foi refutado, no entanto, porque registros de indivíduos maiores já deveriam ter sido descobertos pela paleontologia moderna.Sendo assim, um método mais conservador foi adotado. Os pesquisadores ressaltaram, porém, que tudo isso não passa de especulação e que há muito para ser estudado ainda. Em suas redes sociais, Mallon afirmou que ele e sua equipe ainda estão trabalhando em alguns detalhes técnicos para apresentar um manuscrito final, mas que existe uma forte percepção de que o modelo de T. Rex com até 15 toneladas é completamente "mecanicamente viável". Dessa forma, só nos resta esperar por novas atualizações no futuro!</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:32.025Z

T-Rex pode ter sido 70% maior do que sabemos, diz estudo

Imagem de Fóssil de 'monstro marinho' destruído por bomba nazista é encontrado no megacurioso

Destruído em 1941, primeiro fóssil completo do ictiossauro estava completamente marcado e bem preservado em moldes desconhecidos

<head></head><body>Um estudo publicado recentemente na Royal Society Open Science revelou que cientistas encontraram moldes do primeiro fóssil completo do extinto <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122338-ictiossauro-o-reptil-marinho-do-tamanho-de-uma-baleia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ictiossauro</a>, destruído em 11 de maio de 1941 após uma bomba <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122274-maes-recebiam-condecoracao-por-gerarem-filhos-para-o-nazismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nazista</a> atingir o Royal College of Surgeons em Londres, Inglaterra. Embora tenham considerado perdido o fóssil, pesquisadores identificaram vestígios em Harvard, Estados Unidos, e em Berlim, Alemanha, e reagiram com alívio às condições de preservação das peças.Curiosamente, os dois moldes do "monstro marinho" eram desconhecidos pela comunidade acadêmica e estavam em ótimas condições quando foram registrados, especialmente se comparado ao estado de preservação do fóssil original. Na década de 1940, o artefato desapareceu permanentemente dos anais históricos ao lado de milhares de espécimes mantidos em coleção, mas arqueólogos conseguiram resgatar a essência da criatura após explorarem as imediações de antigos museus.“Descobrimos dois moldes de gesso do espécime, embora não existam registros de moldes feitos”, explicaram Dean Lomax, paleontólogo da Universidade de Manchester, e Judy Massare da Universidade Estadual de Nova York, autores principais do projeto. “Significativamente, estes verificam a precisão do desenho publicado do espécime e esclarecem a morfologia de alguns dos ossos.”<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/11/11095801832061.jpeg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Segundo eles, o primeiro molde surgiu durante uma expedição realizada em 2016 no Museu Peabody, Estados Unidos, onde havia a intenção de identificar uma possível existência de ictiossauros esquecidos. Após coletar a peça, Lomax percebeu haver resgatado uma cópia do fóssil, originalmente descoberto por volta de 1818 pela icônica exploradora <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118309-mary-anning-a-cacadora-de-fosseis-esquecida-pela-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mary Anning</a> e patenteado pelo Royal College of Surgeons no ano seguinte.<h2>O artefato de Berlim</h2>Como se não bastasse o achado histórico, o pesquisador encontrou um segundo molde em 2019, enquanto explorava os arquivos do Museu de História Natural em Berlim, Alemanha. Com as pesquisas realizadas anteriormente, foi fácil identificar que a peça se tratava exatamente de outra cópia do ictiossauro, porém em um estado de preservação muito melhor, se comparado ao de seu "primo distante".“Considerando que o original foi destruído durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122424-7-principais-e-datas-acontecimentos-da-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>”, observaram Lomax e Massare em seu estudo, “é um tanto irônico que o elenco em melhores condições esteja no Museu de Berlim”.A ilustração comparativa abaixo mostra que o fêmur do ictiossauro parece “mais fino” e “mais simétrico” no desenho do que no molde de Berlim. Além disso, a existência de quatro ou cinco pequenos ossos na barbatana frontal esquerda nunca foi observada em outros indivíduos estudados. E vale lembrar que essa imagem pode aumentar em breve, pois aparentemente uma terceira cópia foi encontrada em Bonn, Alemanha.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/11/11095704849058.jpeg" alt="(Fonte: Royal Society Open Science / Reprodução)">(Fonte: Royal Society Open Science / Reprodução)Agora, os idealizadores do projeto acreditam que as pesquisas possam encorajar arquivistas de museus a dar uma nova olhada sobre o que realmente há em suas coleções. Há muito o que ser observado e compartilhado entre os vestígios da história da vida na Terra.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:31.152Z

Fóssil de 'monstro marinho' destruído por bomba nazista é encontrado

Imagem de Por que o Tiranossauro Rex tinha braços tão curtos? no megacurioso

Descubra o motivo de o famoso T. Rex, um dos dinossauros carnívoros mais conhecidos do mundo, ter bracinhos tão pequeninos

Quando se fala em dinossauros, logo v&ecirc;m &agrave; mente algumas das esp&eacute;cies mais conhecidas como o Velociraptor, o Triceratops e o Diplodoco. Mas se tem uma criatura que n&atilde;o deixa o imagin&aacute;rio popular desde o lan&ccedil;amento de uma certa produ&ccedil;&atilde;o de holywood bastante popular, este ser &eacute; o famoso <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121470-tiranossauro-rex-mais-caro-ja-vendido-ja-tem-local-para-ser-exibido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tiranossauro Rex</a>.
Praticamente o garoto propaganda da saga <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122050-6-fatos-sobre-dinossauros-que-jurassic-park-te-ensinou-errado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jurassic Park</a>, o T. Rex tem um visual fascinante e, ao mesmo tempo, peculiar: enquanto ostenta uma assombrosa cabe&ccedil;a com assustadora mordedura, al&eacute;m de poderosas pernas, o bich&atilde;o tem bracinhos caricatamente curtos. Mas por que os bra&ccedil;os do tiranossauro s&atilde;o t&atilde;o pequenos?
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122050-6-fatos-sobre-dinossauros-que-jurassic-park-te-ensinou-errado.htm" target="_blank">6 fatos sobre dinossauros que Jurassic Park te ensinou errado</a>
<h2>O poss&iacute;vel motivo dos bra&ccedil;os curtos</h2>
<span data-fonte="(Fonte: Dean Mouhtaropoulos/Getty Images)" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/mechanical-display-tyrannosaurus-rex-a-genus-of-foto-jornalistica" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/18/dean-mouhtaropoulos-getty-18175929154535.jpg" alt="Dean Mouhtaropoulos/Getty" />(Fonte: Dean Mouhtaropoulos/Getty Images)
Estudiosos acreditam em algumas hip&oacute;teses que podem ser o motivo de o feroz predador do per&iacute;odo cret&aacute;ceo ter membros dianteiros t&atilde;o pequeninos. Durante muito tempo, uma das explica&ccedil;&otilde;es mais aceit&aacute;veis foi a de que os bra&ccedil;os do T. Rex foram diminuindo ao longo do tempo, como parte da evolu&ccedil;&atilde;o da esp&eacute;cie, sendo esta uma caracter&iacute;stica comum &agrave; subordem dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121470-tiranossauro-rex-mais-caro-ja-vendido-ja-tem-local-para-ser-exibido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauros</a> b&iacute;pedes conhecidos como ter&oacute;podes.
Tamb&eacute;m h&aacute; os que sugerem que n&atilde;o foram necessariamente os bra&ccedil;os dos predadores que diminu&iacute;ram. Segundo John Hutchinson, bi&oacute;logo da universidade Royal Veterinary College de Londres e estudioso de biomec&acirc;nicas no movimento de grandes animais terrestres, na realidade, "os bra&ccedil;os n&atilde;o ficaram menores, as pernas &eacute; que ficaram maiores".
Isto se daria por conta da necessidade de capturar e devorar presas, sendo preciso ter cabe&ccedil;a e pernas maiores e mais fortes. Mais recentemente, por&eacute;m, uma nova hip&oacute;tese para os bracinhos do T. Rex foi levantada.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/18/warpaintcobra-getty-images-18180020932536.jpg" alt="Warpaintcobra/Getty Images" />(Fonte: Warpaintcobra/Getty Images)
Um estudo publicado no peri&oacute;dico Acta Paleontologica Polonica em 2021 sugere que, com membros superiores menores, as chances de ser mordido ou at&eacute; ter esta parte do corpo devorada por um companheiro era bem menor. Dessa forma, ao se alimentar da presa ao lado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121109-os-6-maiores-dinossauros-encontrados-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">outros dinossauros</a>, a chance de ter o bra&ccedil;o devorado sem querer era muito reduzida se este membro fosse menorzinho.
Embora a sugest&atilde;o at&eacute; fa&ccedil;a sentido, at&eacute; agora n&atilde;o h&aacute; uma explica&ccedil;&atilde;o final para os bra&ccedil;os curtinhos do T. Rex. Talvez apenas uma das hip&oacute;teses esteja correta ou, quem sabe, o corpo desses predadores evoluiu assim por somat&oacute;ria dessas possibilidades. "&Eacute; uma hist&oacute;ria legal, mas acho que, no fim das contas, n&oacute;s realmente n&atilde;o sabemos", concluiu Hutchinson.

thumb-image-2024-02-29T14:06:28.259Z

Por que o Tiranossauro Rex tinha braços tão curtos?

Imagem de Asteroide da cratera Vredefort foi maior que o da extinção dos dinossauros no megacurioso

Impacto catastrófico no atual território de Joanesburgo, na África do Sul, foi maior do que o que matou os dinossauros, segundo pesquisa

Um novo estudo, desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Rochester, em Nova Iorque, indica que o impacto da <a href="https://www.megacurioso.com.br/geologia/98910-descubra-quais-sao-7-das-maiores-crateras-de-impacto-que-existem-na-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cratera Vredefort</a> foi muito maior do que se pensava. Estimativas apontam que o asteroide respons&aacute;vel pela rachadura em Joanesburgo, na &Aacute;frica do Sul, teve consequ&ecirc;ncias devastadoras e era significativamente maior do que o objeto espacial atribu&iacute;do &agrave; <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117910-como-os-dinossauros-foram-extintos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extin&ccedil;&atilde;o dos dinossauros</a>, h&aacute; 66 milh&otilde;es de anos.
O projeto, publicado no <a href="https://agupubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1029/2022JE007186" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Journal of Geophysical Research</a>, fornece uma compreens&atilde;o mais precisa do impacto e colabora com estudos capazes de simular eventos de choque tanto na Terra quanto em outros planetas. Liderada por Natalie Allen, doutoranda na Universidade Johns Hopkins, a pesquisa confirma que os n&uacute;meros anteriormente estimados para a dimens&atilde;o do asteroide &mdash; 15 quil&ocirc;metros de di&acirc;metro, 15 km/s de velocidade e uma colis&atilde;o com cerca de 172 quil&ocirc;metros de di&acirc;metro de abertura &mdash; n&atilde;o s&atilde;o verdadeiros.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/28/28091734390143.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images)
Atualmente, ap&oacute;s quase dois bilh&otilde;es de anos, a cratera Vredefort sofreu com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118778-arco-de-darwin-nas-ilhas-galapagos-desmorona-por-causa-da-erosao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">eros&otilde;es</a> e prop&otilde;e uma extens&atilde;o ampliada tanto por meio da queda do objeto espacial quanto por fatores naturais de desgaste. Apesar disso, evid&ecirc;ncias geol&oacute;gicas e medi&ccedil;&otilde;es mostram que o di&acirc;metro original da estrutura era, na verdade, de 250 e 280 quil&ocirc;metros. Esse fen&ocirc;meno foi ocasionado por uma rocha astron&ocirc;mica de at&eacute; 25 quil&ocirc;metros de di&acirc;metro que estava a 20 km/s de velocidade &mdash; especifica&ccedil;&otilde;es maiores que a do asteroide que matou os dinossauros.
&ldquo;Ao contr&aacute;rio do impacto de Chicxulub, o impacto de Vredefort n&atilde;o deixou registro de extin&ccedil;&atilde;o em massa ou inc&ecirc;ndios florestais, uma vez que havia apenas formas de vida unicelulares e nenhuma &aacute;rvore existia h&aacute; dois bilh&otilde;es de anos&rdquo;, disse Miki Nakajima, professora assistente e colaboradora do projeto, &agrave; Futurity. &ldquo;No entanto, o impacto teria afetado o clima global potencialmente mais do que o impacto de Chicxulub.&rdquo;
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121143-extincao-do-cretaceo-como-foi-o-evento-que-exterminou-os-dinossauros.htm" target="_blank">Extin&ccedil;&atilde;o do Cret&aacute;ceo: como foi o evento que exterminou os dinossauros?</a>
<h2>Os resultados destrutivos de Vredefort</h2>
Mesmo sem ter eliminado resqu&iacute;cios de vida, o asteroide de Vredefort pode ter causado s&eacute;rios danos ao planeta. Os especialistas apontam que o impacto energ&eacute;tico da queda prejudicou o equil&iacute;brio natural, aquecendo estufas, gerando <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120175-incendios-zumbis-o-fenomeno-que-esta-destruindo-as-florestas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inc&ecirc;ndios florestais</a> em larga escala, chuvas &aacute;cidas, destruindo a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117823-o-que-e-o-ozonio-e-qual-sua-importancia-para-a-terra.htm#:~:text=As%20maiores%20quantias%20de%20oz&ocirc;nio,32%20km%20acima%20do%20solo." rel="noopener noreferrer" target="_blank">camada de oz&ocirc;nio</a> e impulsionando o evento de extin&ccedil;&atilde;o dos dinossauros (Cret&aacute;ceo-Paleogeno). Essa teoria &eacute; refor&ccedil;ada pelo espalhamento de poeira e aeross&oacute;is p&oacute;s-colis&atilde;o &mdash; materiais que teriam bloqueado a luz solar e resfriado os continentes.
&ldquo;Isso poderia ter um efeito devastador sobre os organismos fotossint&eacute;ticos. Depois que a poeira e os aeross&oacute;is se assentaram &mdash; o que poderia levar de horas a uma d&eacute;cada &mdash; gases de efeito estufa emitidos pelo impacto, como o di&oacute;xido de carbono, teriam aumentado a temperatura global potencialmente em v&aacute;rios graus por um longo per&iacute;odo&rdquo;, esclarece Nakajima.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/28/28092028210148.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images)
As simula&ccedil;&otilde;es tamb&eacute;m permitiram estudar detalhes sobre o material ejetado pelo impacto e a dist&acirc;ncia que ele alcan&ccedil;ou. Aparentemente, esse movimento de materiais do subsolo teria corrido por 2.000 a 2.500 quil&ocirc;metros para al&eacute;m da cratera na &Aacute;frica do Sul &mdash; n&atilde;o t&atilde;o distante quanto se imaginava, j&aacute; que pesquisas anteriores determinaram efeitos observados at&eacute; a atual Rep&uacute;blica da Car&eacute;lia, na R&uacute;ssia, que est&aacute; quase 10 mil quil&ocirc;metros de dist&acirc;ncia.
&ldquo;&Eacute; incrivelmente dif&iacute;cil restringir a localiza&ccedil;&atilde;o de massas de terra h&aacute; muito tempo&rdquo;, conclui Allen. &ldquo;As melhores simula&ccedil;&otilde;es atuais mapearam cerca de um bilh&atilde;o de anos, e as incertezas aumentam quanto mais voc&ecirc; retrocede. Evid&ecirc;ncias esclarecedoras, como esse mapeamento da camada ejetada, podem permitir que os pesquisadores testem seus modelos e ajudem a completar a vis&atilde;o do passado.&rdquo;

thumb-image-2024-02-29T14:06:26.564Z

Asteroide da cratera Vredefort foi maior que o da extinção dos dinossauros

Imagem de Pássaro-elefante, a ave gigante que habitou Madagascar no megacurioso

Ave gigante foi extinta a cerca de mil anos, principalmente devido à ação humana

<head></head><body>Há pouco mais de mil anos, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/104827-insolito-voce-ja-ouviu-falar-da-floresta-de-rochas-de-madagascar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ilha de Madagascar</a> era habitada pela maior ave que já se tem notícia. Conhecido como pássaro-elefante, este animal tinha um tamanho que poderia ser comparado ao de alguns dinossauros e seus ovos pesavam até 10 kg.Apesar de todo esse tamanho, o pássaro-elefante não resistiu à presença humana. Embora ainda seja inconclusivo o que causou a extinção da espécie, a caça e as mudanças no habitat natural certamente tiveram um papel decisivo nisso.<h2>Um verdadeiro gigante</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/21100440474032.jpg" alt="Esqueleto e ovo de um pássaro-elefante.">Esqueleto e ovo de um pássaro-elefante.Por muito tempo, <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117209-10-lendas-urbanas-que-podem-ser-explicadas-por-animais-reais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o pássaro-elefante foi considerado um mito</a>, mesmo no meio científico. Os primeiros fósseis foram encontrados no século XVII pelo comandante colonial francês, Étienne de Flacourt. Porém, a espécie só foi descrita no século XIX, pelo zoólogo francês Isidore Geoffroy Saint-Hilaire.Esses animais possuíam bicos cônicos, pernas curtas e finas e corpo robusto. Visualmente, o pássaro-elefante parecia um avestruz — embora muito maior —, porém, eles estavam mais próximos do kiwi, um pequeno pássaro da Nova Zelândia.E assim como acontece com o avestruz, e com o próprio kiwi, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121366-conheca-6-aves-que-nao-conseguem-voar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o pássaro-elefante não voava</a>. E mesmo com grandes garras nas patas, sua dieta era possivelmente baseada em frutas. Não há registros que indiquem que essa ave era particularmente agressiva com seres humanos e por conta do seu tamanho, provavelmente não tinham predadores naturais.E o quão grande eles eram? Os maiores fósseis já encontrados indicam que essas aves podiam chegar aos três metros de altura e pesar até uma tonelada quando adultos. Seus ovos também eram grandes, com cerca de 30 centímetros de altura e quase 10 centímetros de largura. Como comparação, isso equivale a 150 vezes o volume de um ovo de galinha.<h2>A extinção do pássaro-elefante</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/21100131040020.jpg" alt="Ovo de um pássaro-elefante.">Ovo de um pássaro-elefante.E como uma criatura tão grande como essa foi extinta? A principal causa foi, possivelmente, a ação humana. Por milhares de anos, nossos antepassados dividiram pacificamente terreno com o pássaro-elefante em Madagascar. Porém, há cerca de mil anos, os humanos começaram a caçar essa ave por sua carne.Outro fator que contribuiu com a extinção foram os ovos desses animais. Como eles eram realmente grandes e resistentes, tribos locais os utilizavam como tigelas. Isso fazia com que as mães fossem os principais alvos dos caçadores, diminuindo o crescimento populacional em pouco tempo. Esse tipo de evento de extinção é chamada de “hipótese blitzkrieg” por alguns cientistas.Além disso, a crescente mudança climática que estava ocorrendo na mesma época causou uma mudança brusca na vegetação que mantinha as aves vivas. A perda do território, somado à caça, é frequentemente visto como um fator decisivo para a extinção de espécies. Os animais são forçados a migrar e passam a competir por recursos com outras espécies, mais adaptadas à região.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:25.502Z

Pássaro-elefante, a ave gigante que habitou Madagascar

Imagem de Coração fossilizado 3D de peixe pré-histórico tem 380 milhões de anos no megacurioso

O fóssil foi descoberto em uma cadeia de recifes na Austrália a ajuda a entender o processo evolutivo das espécies

<head></head><body>Paleontólogos australianos anunciaram ter encontrado o coração mais antigo que se tem registro, supostamente datado de 380 milhões de anos atrás. Porém, o que mais impressiona é o seu estado de conservação: o <a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fóssil</a> está preservado em três dimensões e ainda foi achado juntamente com outros órgãos de tecidos moles, como fígado, estômago e intestino.O órgão teria pertencido a um peixe placodermo, uma classe já extinta. O animal seria caracterizado por mandíbulas bem proeminentes e placas dérmicas articuladas que recobrem todo o corpo. A descoberta foi publicada na revista Science, e é considerado o único coração tridimensionalmente mineralizado.<h2>A importância do achado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/19/19104024865088.jpg" alt="Esse coração em três dimensões ajuda a entender o processo evolutivo.">Esse coração em três dimensões ajuda a entender o processo evolutivo.Na paleontologia, ramo da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ciência</a> que estudo a vida do passado, a descoberta de tecidos moles (como pele, músculo e outros órgãos internos) é rara quando comparada à de tecidos duros (como ossos, dentes e conchas). Isso acontece porque a composição dos tecidos moles faz com que eles se decomponham antes da fossilização. Ainda mais raro é a descoberta de estruturas preservadas em três dimensões.“Como paleontóloga que estuda os fósseis há mais de 20 anos, eu fiquei realmente surpresa ao encontrar um coração em três dimensões e perfeitamente preservado de um ancestral de 380 milhões de anos”, diz Kate Trinajstic, professora da Curtin University e uma das responsáveis pelo estudo.De acordo com a cientista, essa descoberta pode ajudar a entender melhor como funcionou o processo evolutivo, indicando que ele não aconteceu como muitos acreditam. “A evolução muitas vezes é pensada como uma série de pequenos passos, mas esses fósseis mais antigos sugerem que houve um salto maior entre os vertebrados sem mandíbula e os com mandíbula. Esses peixes literalmente têm o coração na boca e sob as guelras – assim como os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122980-tubarao-epaulette-aprendeu-a-andar-antes-de-nadar-revela-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tubarões de hoje</a>”.<h2>Mais descobertas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/19/19104252996091.jpg" alt="Modelo 3D do coração descoberto e bem preservado.">Modelo 3D do coração descoberto e bem preservado.Os pesquisadores encontraram esse fóssil na chamada formação Gogo, na região de Kimberley, no oeste da Austrália. Trata-se de um recife que foi capaz de preservar de forma incrível a fauna e flora do final do período Devoniano (que está compreendido entre há 416 milhões e 359 milhões de anos, aproximadamente).Com base nesse achado, os paleontólogos conseguiram criar um modelo em 3D do peixe, incluindo a mandíbula e o coração composto de duas câmaras. A professora Trinajstic disse que a descoberta abre uma janela única de possibilidades para entender ainda mais o funcionamento do órgão e como ele evoluiu ao longo do tempo.E garante que mais descobertas podem ser feitas a partir da análise de outras partes dos tecidos moles que foram descobertos.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:25.021Z

Coração fossilizado 3D de peixe pré-histórico tem 380 milhões de anos

Imagem de Mais de um asteroide pode ter levado à morte dos dinossauros no megacurioso

Pesquisadores encontraram uma cratera submersa que pode ter sido fruto de um segundo impacto

O que sabemos da cat&aacute;strofe que levou &agrave; extin&ccedil;&atilde;o de 75% das esp&eacute;cies terrestres, incluindo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122824-as-aves-do-terror-que-dominaram-a-terra-depois-dos-dinossauros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dinossauros</a>, &eacute; que um asteroide medindo 10 quil&ocirc;metros de largura atingiu a costa da pen&iacute;nsula de Yucat&aacute;n, no M&eacute;xico. A partir do impacto, se formaram gigantescos tsunamis e inc&ecirc;ndios florestais. Al&eacute;m disso, rochas mar&iacute;timas sofreram uma vaporiza&ccedil;&atilde;o que liberou gases t&oacute;xicos na atmosfera, levando o clima do planeta a oscila&ccedil;&otilde;es extremas.
Contudo, um estudo publicado na revista Science Advances&nbsp;aponta para a possibilidade de um segundo impacto ter ocorrido na costa da &Aacute;frica Ocidental. Segundo as estimativas do estudo, uma cratera rec&eacute;m descoberta, apelidada de Nadir em homenagem a um vulc&atilde;o vizinho, deve ter sido criada a partir do impacto de uma rocha espacial de pelo menos 400 metros de largura que atingiu o planeta na mesma &eacute;poca daquela que caiu sobre o M&eacute;xico.
<h2>Uma descoberta acidental</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06165013785865.jpg" alt="Dados incomuns levaram &agrave; descoberta da cratera. (Fonte: Shutterstock)" />Dados incomuns levaram &agrave; descoberta da cratera. (Fonte: Shutterstock)
O pesquisador Uisdean Nicholson, da Universidade Heriot-Watt, em Edimburgo, estava estudando dados s&iacute;smicos para compreender melhor como ocorreu a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122819-mapa-mostra-como-era-sua-cidade-ha-600-milhoes-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">separa&ccedil;&atilde;o entre a Am&eacute;rica do Sul e a &Aacute;frica</a> quando se deparou com dados incomuns.
As ondas s&iacute;smicas analisadas pelo pesquisador ricocheteavam em um determinado local, apontando que ali poderia haver algum tipo de depress&atilde;o nas camadas subterr&acirc;neas. Nicholson procurou outros cientistas para perguntar se eles achavam que isso poderia ser o ind&iacute;cio de uma cratera de impacto e todos concordaram que se tratava de uma.
<h2>O impacto</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06165017678866.jpg" alt="Asteroide varreu o mar por onde passsou. (Fonte: Shutterstock)" />Asteroide varreu o mar por onde passsou. (Fonte: Shutterstock)
Depois de analisar a forma e o tamanho da cratera rec&eacute;m descoberta, os cientistas conseguiram criar um modelo de como ocorreu o impacto. Segundo eles, a rocha espacial atingiu a superf&iacute;cie do mar a mais de 72 mil quil&ocirc;metros por hora.
A colis&atilde;o desencadeou 5 mil megatons de energia e vaporizou a &aacute;gua e as camadas do fundo do mar abaixo do local instantaneamente. Momentos depois, o fundo do mar teria subido com um formato de pico e desmoronado sobre si mesmo em seguida, formando a depress&atilde;o que os pesquisadores encontraram.
<h2>O impacto duplo e outros poss&iacute;veis impactos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/06/06165021318867.jpg" alt="Cientistas monitoram futuros impactos. (Fonte: Shutterstock)" />Cientistas monitoram futuros impactos. (Fonte: Shutterstock)
O impacto de Nadir pode n&atilde;o ter provocado sozinho a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121143-extincao-do-cretaceo-como-foi-o-evento-que-exterminou-os-dinossauros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">morte dos dinossauros</a>, mas adicionou problemas a uma situa&ccedil;&atilde;o que j&aacute; era ca&oacute;tica. Um dos cen&aacute;rios propostos pela pesquisa &eacute; o de que o par de asteroides tenha vindo no mesmo corpo celeste que se fraturou antes de colidir com o nosso planeta. Nadir pode ser menor, mas as consequ&ecirc;ncias regionais que causou acentuaram a devasta&ccedil;&atilde;o da Terra.
Estudar esse tipo de ocorr&ecirc;ncia pode nos ajudar a entender melhor poss&iacute;veis impactos futuros. Um deles &eacute; o do asteroide chamado Bennu, que possui mais ou menos o mesmo tamanho do que causou a cratera de Nadir e tem chances de 1 em 1.750 de colidir com a Terra nos pr&oacute;ximos 3 s&eacute;culos.

Dinossauros e Fósseis

Novidades