Espécie de 'dinossauro anão' é desenterrada na Transilvânia

01/12/2022 às 06:302 min de leitura

Embora a Transilvânia seja conhecida como a terra do Drácula, tudo indica que essa também era a terra dos dinossauros. Recentemente, um grupo de pesquisadores identificou um conjunto de ossos que seriam de uma espécie de "dinossauro anão", o qual teria vagado por aquela região em tempos pré-históricos.

A criatura foi apelidada de Transylvanosaurus platycephalus, ou transilvanossauro, em um estudo publicado no Journal of Vertebrate Paleontology.  Segundo os pesquisadores, a espécie recém-descoberta era um membro da família herbívora Rhabdodontidae, que viveu em nosso mundo há 70 milhões de anos — durante o período Cretáceo Superior. 

Origem em ilhas

(Fonte: Pedro Nicolau/Ilustração)(Fonte: Pedro Nicolau/Ilustração)

Com base nos fragmentos de ossos encontrados pelos pesquisadores, foi possível estimar que o transilvanossauro media cerca de 1,95 metro de comprimento, caminhava sobre duas pernas e tinha uma cauda incrivelmente poderosa. Além disso, esses animais tinham cabeças chatas e largas.

O período Cretáceo Superior aconteceu logo depois que a Pangeia se dividiu em vários continentes, e o que hoje é a Europa um dia já foi uma série de ilhas tropicais semelhantes às atuais Ilhas Galápagos. A região da Romênia onde foram encontrados os ossos do "dinossauro anão" era, naquela época, um arquipélago tropical.

A descoberta dessa espécie de dinossauro fornece mais informações para o que era conhecido como "regra de ilha", uma teoria que sugere que grandes espécies de animais evoluídos em ilhas são notavelmente menores do que suas contrapartes crescidas no continente. A razão por trás dessa teoria ainda é desconhecida, mas pesquisadores acreditam que esteja diretamente relacionado com a quantidade de recursos limitados para esses animais se desenvolverem.

Juntando pedaços

(Fonte: Felix Augustin/Peter Nickolaus/Dylan Bastiaans)(Fonte: Felix Augustin/Peter Nickolaus/Dylan Bastiaans)

Ao longo das pesquisas, a equipe de estudos não conseguiu identificar qualquer fragmento de osso com mais de 12 centímetros, mas conseguiu determinar uma quantidade surpreendente de informações sobre essa criatura pré-histórica  — incluindo os contornos do seu cérebro.

Como próximo passo, o plano seria comparar essas proporções do cérebro e dos olhos do transilvanossauro com outras espécies relacionadas, o que forneceria mais informações sobre quais sentidos eram importantes para a sobrevivência desses animais. Para a sorte dos especialistas, os ossos foram preservados pelo sedimento de um leito de rio pré-histórico por dezenas de milhões de anos, permanecendo em ótimas condições.

Os fósseis foram localizados na Bacia de Hateg, região que provou ser uma das mais importantes para a descoberta de vertebrados do Cretáceo Superior na Europa. Até agora, dez espécies diferentes de dinossauros foram identificadas naquela área. Na visão dos pesquisadores, o transilvanossauro teria vivido ao lado de outros dinossauros anões, crocodilos, tartarugas e pterossauros voadores. 

Ao que as descobertas recentes indicam, as ilhas que compunham a Europa moderna tinham uma população de espécies mais diversificada do que comumente se pensava no passado. Portanto, tais dados são extremamente relevantes para tentarmos desvendar mais informações sobre o passado da Terra e de como a vida selvagem se comportava na natureza.

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