Imagem de Planta carnívora gigante descoberta nas Filipinas se alimenta até de ratos no megacurioso

Nova espécie de planta carnívora gigante é descoberta nas Filipinas

As plantas carn&iacute;voras possuem esse nome por se alimentarem de pequenos animais, principalmente insetos e aracn&iacute;deos. Esse n&atilde;o &eacute; o caso da Nepenthes Attenboroughii, que inclui at&eacute; ratos em sua &ldquo;dieta&rdquo;.
A nova esp&eacute;cie foi descoberta no topo do Monte Victoria, nas Filipinas. O local &eacute; remoto e bastante isolado, sendo que os primeiros registros da planta foram feitos no ano 2000 quando um grupo de mission&aacute;rios crist&atilde;os &ldquo;trope&ccedil;ou&rdquo; na esp&eacute;cie e contou sua hist&oacute;ria em um jornal local.
Agora, 15 anos depois, o <a href="http://onlinelibrary.wiley.com/journal/10.1111/(ISSN)1095-8339" target="_blank">Botanical Journal of the Linnean Society</a> finalmente catalogou a planta carn&iacute;vora, que est&aacute; sendo considerada a segunda maior do g&ecirc;nero em todo o mundo. Ela pode ultrapassar um metro de altura e possui o formato de um jarro.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/09/09/09183924358508.jpg" />Nova esp&eacute;cie de planta carn&iacute;vora gigante pode ultrapassar um metro de altura
&ldquo;&Eacute; not&aacute;vel que uma planta t&atilde;o grande tenha ficado tanto tempo despercebida&rdquo;, declarou o pesquisador <a href="http://www.redfernnaturalhistory.com/about/meet-stewart-mcpherson/" target="_blank">Stewart McPherson</a>, respons&aacute;vel por catalogar a nova esp&eacute;cie. Ele ressalta que apenas as maiores plantas carn&iacute;voras, como a rec&eacute;m-descoberta, s&atilde;o capazes de se alimentar de outros animais al&eacute;m dos insetos.
Elas possuem um l&iacute;quido repleto de enzimas e &aacute;cidos que matam as presas que se aventuram a cheirar o seu n&eacute;ctar mais de pertinho. O que voc&ecirc; faria se tamb&eacute;m &ldquo;trope&ccedil;asse&rdquo; em uma plantinha como essa?

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Planta carnívora gigante descoberta nas Filipinas se alimenta até de ratos

Imagem de Nova teoria tenta explicar a curiosa fixação que os homens têm por seios no megacurioso

Pesquisador alega que a atração masculina pelas mamas é resultado da própria evolução humana

Tecnicamente falando, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/corpo-humano" target="_blank">mamas s&atilde;o basicamente</a> compostas pelo tecido adiposo &mdash; ou gordura &mdash;, pelo tecido conectivo (principalmente a elastina e o col&aacute;geno) e gl&acirc;ndulas mam&aacute;rias, e sua principal fun&ccedil;&atilde;o &eacute; a de produzir leite e alimentar os beb&ecirc;s durante os primeiros meses de vida.
Entretanto, apesar de n&atilde;o haver nada de mais sobre esse par de bolsas de gordura que ficam equilibradas sobre a musculatura peitoral das mulheres, os homens heterossexuais&nbsp;t&ecirc;m uma verdadeira fixa&ccedil;&atilde;o pelas mamas &mdash; e faz tempo que a Ci&ecirc;ncia tenta encontrar uma explica&ccedil;&atilde;o para essa <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/56639-mito-ou-verdade-olhar-para-seios-femininos-faz-bem-a-saude-masculina.htm" target="_blank">curiosa atra&ccedil;&atilde;o</a>. Pois de acordo com Natalie Wolchover, do portal <a href="http://www.livescience.com/23500-why-men-love-breasts.html" target="_blank">Live Science</a>, um neurocientista acredita ter descoberto o motivo de a rapaziada sentir tanta afei&ccedil;&atilde;o por peitos.
<h2>A culpa &eacute; da evolu&ccedil;&atilde;o</h2>
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Segundo Natalie, Larry Young, um professor de psiquiatria da Universidade Emory, nos EUA, acredita que a fixa&ccedil;&atilde;o masculina por seios &eacute; resultado da pr&oacute;pria evolu&ccedil;&atilde;o humana. Para ele, esse processo equipou os nossos c&eacute;rebros com um circuito neural que foi se desenvolvendo para fortalecer os la&ccedil;os entre m&atilde;e e filho durante a amamenta&ccedil;&atilde;o, e esse mesmo mecanismo entra em a&ccedil;&atilde;o para fortalecer os la&ccedil;os dos casais tamb&eacute;m.
Conforme ele explicou, durante a amamenta&ccedil;&atilde;o, os mamilos das mulheres s&atilde;o estimulados, provocando a libera&ccedil;&atilde;o de <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/54514-conheca-tudo-sobre-a-oxitocina-o-hormonio-do-amor.htm" target="_blank">oxitocina</a> &mdash; um neurotransmissor tamb&eacute;m conhecido como &ldquo;horm&ocirc;nio do amor&rdquo;. A presen&ccedil;a dessa subst&acirc;ncia ajuda as m&atilde;es a focar sua aten&ccedil;&atilde;o e afeto em seus filhos, mas, como voc&ecirc; sabe, a manipula&ccedil;&atilde;o dos mamilos femininos n&atilde;o acontece unicamente na hora de alimentar os beb&ecirc;s.
De acordo com Natalie, v&aacute;rios estudos apontaram que a estimula&ccedil;&atilde;o dos mamilos por parte dos parceiros n&atilde;o s&oacute; favorece a excita&ccedil;&atilde;o sexual da maioria das mulheres, como ativa as mesmas regi&otilde;es cerebrais que a manipula&ccedil;&atilde;o da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121288-6-fatos-interessantes-sobre-a-vagina.htm" target="_blank">vagina</a> e do <a href="http://www.megacurioso.com.br/busca?q=clit%C3%B3ris" target="_blank">clit&oacute;ris</a> desperta. Assim, quando o companheiro &ldquo;brinca&rdquo; com os mamilos femininos, a atividade provoca a libera&ccedil;&atilde;o de oxitocina &mdash; s&oacute; que, nesse contexto, a mulher foca sua aten&ccedil;&atilde;o no seu companheiro.
<h2>La&ccedil;os</h2>
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Segundo a teoria de Young, a evolu&ccedil;&atilde;o humana &ldquo;fez&rdquo; com que os homens sentissem atra&ccedil;&atilde;o pelas mamas, j&aacute; que a estimula&ccedil;&atilde;o dos mamilos pode torn&aacute;-los mais desej&aacute;veis para suas parceiras ao ativar o circuito que leva as mulheres a criar la&ccedil;os afetivos. Al&eacute;m disso, ele tamb&eacute;m explicou os poss&iacute;veis motivos de esse comportamento n&atilde;o ter se desenvolvido em outros mam&iacute;feros que amamentam suas crias.
De acordo com Larry, ao contr&aacute;rio dos 97% dos mam&iacute;feros do Reino Animal, os humanos s&atilde;o &mdash; mais ou menos! &mdash; criaturas mon&oacute;gamas. Ademais, o fato de sermos uma esp&eacute;cie que adota a postura ereta e que, de modo geral, faz sexo face a face com os parceiros, propicia um acesso mais f&aacute;cil aos seios durante o &ldquo;rala e rola&rdquo;.
Por outro lado, em outros mam&iacute;feros, o processo de reprodu&ccedil;&atilde;o n&atilde;o permite que os parceiros tenham a mesma facilidade de acesso e, portanto, os machos n&atilde;o desenvolveram a fixa&ccedil;&atilde;o pelas mamas que os homens t&ecirc;m. E voc&ecirc;, caro leitor, concorda com a teoria apresentada pelo neurocientista?

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Nova teoria tenta explicar a curiosa fixação que os homens têm por seios

Imagem de Cientistas conseguiram mapear todo o genoma de um polvo no megacurioso

Time de pesquisadores do Japão e dos Estados Unidos identificou os mais de 33 mil genes do polvo-da-Califórnia, que possui mais do que a quantidade de genes que existe no código genético dos humanos

Na edi&ccedil;&atilde;o desta semana da conceituada revista cient&iacute;fica Nature, pesquisadores do Jap&atilde;o e Estados Unidos publicaram um artigo conjunto em que revelam que foram capazes de mapear todo o c&oacute;digo gen&eacute;tico do polvo-da-Calif&oacute;rnia (Octopus bimaculoides).
O molusco foi o alvo do estudo por ser considerado o invertebrado mais inteligente conhecido, e os cientistas queriam descobrir o que faz desses animais criaturas t&atilde;o diferentes. Eles s&atilde;o capazes de aprender algumas habilidades simples apenas atrav&eacute;s da observa&ccedil;&atilde;o, como abrir uma tampa rosqueada, por exemplo. No entanto, o seu c&eacute;rebro est&aacute; organizado de forma completamente diferente da dos vertebrados.
O genoma do polvo &eacute; o maior entre os invertebrados j&aacute; sequenciados, como moscas, carac&oacute;is e ostras. Ele possui 33 mil genes (contra 27 mil dos seres humanos), sendo que aproximadamente 3,5 mil deles n&atilde;o foram encontrados em nenhum outro animal. Isso fez com que alguns tabloides sensacionalistas ao redor do mundo clamassem que os polvos poderiam ser formas de vida alien&iacute;genas, quando, na verdade, eles apenas sofreram um processo evolutivo diferente.
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<h2>"Polvos das cavernas"</h2>
O que aconteceu, de acordo com os pesquisadores, foi uma organiza&ccedil;&atilde;o diferente nos polvos em rela&ccedil;&atilde;o a outros invertebrados ao longo de seu processo evolutivo. Assim, eles tiveram uma grande expans&atilde;o dos genes respons&aacute;veis pelo desenvolvimento de suas c&eacute;lulas nervosas. At&eacute; ent&atilde;o, os cientistas acreditavam que isso era algo associado apenas &agrave; duplica&ccedil;&atilde;o do genoma, como aconteceu com alguns vertebrados, entre eles o ser humano.
Gra&ccedil;as a essas c&eacute;lulas nervosas, os polvos possuem cerca de 500 milh&otilde;es de neur&ocirc;nios &ndash; seis vezes mais que um rato &ndash; distribu&iacute;dos por seus tent&aacute;culos, o que permite a esses animais contrair sua musculatura para formar &ldquo;cotovelos&rdquo; ou &ldquo;ombros&rdquo;, dependendo de sua necessidade. Eles tamb&eacute;m s&atilde;o capazes de decorar suas tocas com restos de suas presas, de forma semelhante ao que os ancestrais do homem moderno faziam quando viviam em cavernas.
Al&eacute;m disso, as ventosas espalhadas ao longo de seus tent&aacute;culos podem n&atilde;o s&oacute; segurar e manipular um objeto, como tamb&eacute;m serviriam para sentir o gosto dele. Isso acontece gra&ccedil;as &agrave;s protocaderinas, genes que regulam o desenvolvimento e a intera&ccedil;&atilde;o entre os neur&ocirc;nios. O polvo-da-Calif&oacute;rnia possui 168 desses genes, o que &eacute; mais do que o dobro da m&eacute;dia dos mam&iacute;feros.

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Cientistas conseguiram mapear todo o genoma de um polvo

Imagem de Veja as fases embrionárias de 15 animais no megacurioso

Conheça as diferentes formas de evolução dos animais durante a gestação

<h2>1. Imagem mostra metade da gesta&ccedil;&atilde;o de um elefante, que no total dura 22 meses.</h2>
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<h2>2. O futuro rei da selva.</h2>
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<h2>3. Um pequeno golfinho com seis meses de gesta&ccedil;&atilde;o.</h2>
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<h2>4. Um filhotinho de cachorro ainda unido &agrave; m&atilde;e.&nbsp;</h2>
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<h2>5. Por meio de um ultrassom, &eacute; poss&iacute;vel ver atrav&eacute;s da casca do ovo que protege esse pequeno pinguim.</h2>
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<h2>6. Mesmo no &uacute;tero, os tubar&otilde;es j&aacute; apresentam dentes afiados e podem at&eacute; matar seus irm&atilde;os.</h2>
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<h2>7. Dentro de um m&ecirc;s, este guepardo vir&aacute; ao mundo!</h2>
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<h2>8. A posi&ccedil;&atilde;o e o formato n&atilde;o enganam! O ultrassom pertence a uma cobra.&nbsp;</h2>
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<h2>9. Uma exce&ccedil;&atilde;o nesta lista! Aqui est&aacute; um pequeno gamb&aacute; que, diferente da maioria das esp&eacute;cies, nasce quando ainda &eacute; um feto e se desenvolve na bolsa de sua m&atilde;e.&nbsp;</h2>
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<h2>10. O mesmo acontece com os cangurus.</h2>
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<h2>11.&nbsp;Estes irm&atilde;os ursos-polares j&aacute; passaram por mais da metade da gesta&ccedil;&atilde;o e j&aacute; t&ecirc;m sua pele de isolamento e pequenas garras.</h2>
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<h2>12. Duas fases da gesta&ccedil;&atilde;o de um morcego.</h2>
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<h2>13. Fase precoce do desenvolvimento de uma toupeira.&nbsp;</h2>
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<h2>14. Acredite, &eacute; um cavalo!</h2>
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<h2>15.&nbsp;Este pequeno serzinho rosa &eacute; um rato!</h2>
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Veja as fases embrionárias de 15 animais

Imagem de De onde surgiram algumas das características genéticas comuns nos europeus? no megacurioso

Pesquisa recente traça o mapa da distribuição genética que ajudou a “construir” os europeus atuais e seus descentes

Existe um consenso de que os nossos ancestrais mais antigos surgiram na &Aacute;frica &mdash; possivelmente <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/69395-ancestral-mais-antigo-do-homem-e-encontrado-na-etiopia.htm" target="_blank">h&aacute; 2,8 milh&otilde;es de anos</a> &mdash; e que os humanos modernos <a href="https://www.megacurioso.com.br/arqueologia/44991-pegada-humana-mais-antiga-ja-encontrada-pode-ter-mais-de-36-mil-anos.htm" target="_blank">come&ccedil;aram a se espalhar</a> pela a Europa e algumas regi&otilde;es da &Aacute;sia <a href="https://www.megacurioso.com.br/evolucao/40008-8-fatos-que-voce-ainda-nao-sabia-sobre-a-evolucao-humana.htm" target="_blank">h&aacute; cerca de 40 mil anos</a>. A grande maioria tinha olhos castanhos e pele morena, e praticamente todos eram intolerantes &agrave; lactose. Em outras palavras, ainda n&atilde;o havia muita variedade gen&eacute;tica entre esses povos.
Entretanto, apesar disso, quando deixaram a &Aacute;frica, alguns desses humanos modernos j&aacute; traziam algumas muta&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas &mdash; que foram sendo disseminadas pelas popula&ccedil;&otilde;es que se estabeleceram na Europa e &Aacute;sia. E essa dissemina&ccedil;&atilde;o toda acabou dando origem a v&aacute;rias caracter&iacute;sticas comuns nos europeus atuais e seus descendentes, como &eacute; o caso da pele e os olhos claros, bem como da toler&acirc;ncia &agrave; lactose. Mas, como exatamente tudo isso aconteceu?
<h2>Evolu&ccedil;&atilde;o ininterrupta</h2>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/06/18/18191711883549.jpg" />
Quando pensamos a respeito da evolu&ccedil;&atilde;o humana, &eacute; importante lembrar que ela continuou acontecendo ao longo dos mil&ecirc;nios &mdash; e continua at&eacute; hoje! Sendo assim, muitas culturas que surgiram ao longo da hist&oacute;ria da civiliza&ccedil;&atilde;o humana tamb&eacute;m foram sofrendo muta&ccedil;&otilde;es, e contribu&iacute;ram com sua variedade gen&eacute;tica ajudando a &ldquo;construir&rdquo; os humanos atuais.
Segundo Daniel Zadik do portal <a href="https://theconversation.com/ancient-dna-reveals-how-europeans-developed-light-skin-and-lactose-tolerance-43078" target="_blank">The Conversation</a>, existe um padr&atilde;o de culturas que surgiram, evolu&iacute;ram e se tornaram dominantes ao longo da Hist&oacute;ria, como foi o caso dos antigos povos gregos, romanos e bizantinos, por exemplo. Mas, evidentemente, antes deles, muitas outras culturas passaram pela Terra e, conforme revelou um <a href="http://www.nature.com/nature/journal/v522/n7555/full/nature14507.html" target="_blank">estudo</a> recente, n&atilde;o &eacute; nada f&aacute;cil determinar quais caracter&iacute;sticas gen&eacute;ticas presentes na popula&ccedil;&atilde;o atual vieram de quem.
<h2>Distribui&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica</h2>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/06/18/18191325666541.jpg" />Representa&ccedil;&atilde;o de povos da Idade do Bronze
Segundo Daniel, a Idade do Bronze &mdash; per&iacute;odo que teve in&iacute;cio por volta do ano 3 mil a.C. &mdash; foi palco de muitos avan&ccedil;os. Na &eacute;poca, cada vez que algu&eacute;m inventava algo novo, essa tecnologia permitia que uma maior parcela da popula&ccedil;&atilde;o se beneficiasse e, por sua vez, que essa cultura acabasse dominando outra. Isso acabou influenciando o &ldquo;mapa&rdquo; das varia&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas, resultando em uma popula&ccedil;&atilde;o geneticamente mais uniforme ao final da Idade do Bronze.
Uma das culturas que foram particularmente importantes nesse processo &mdash; de disseminar novas tecnologias e varia&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas &mdash; durante a Idade do Bronze foi a Yamnaya. Oriunda das estepes do que hoje corresponde &agrave; R&uacute;ssia e a Ucr&acirc;nia, essa cultura desenvolveu tecnologias como a roda e o uso de cavalos e, conforme foi migrando pela Europa, introduziu essas novidades aos povos europeus do neol&iacute;tico que j&aacute; estavam desenvolvendo a agricultura.
<h2>Influ&ecirc;ncias</h2>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/06/18/18191415259542.jpg" />Representa&ccedil;&atilde;o de povos do neol&iacute;tico
Curiosamente, de acordo com Daniel, quando os pesquisadores compararam o material gen&eacute;tico de v&aacute;rias culturas europeias da Idade do Bronze com o dos povos Yamnaya e dos &ldquo;fazendeiros&rdquo; do neol&iacute;tico, os resultados revelaram que a maioria dos f&oacute;sseis trazia uma verdadeira salada gen&eacute;tica com ingredientes de todas essas culturas.
Entretanto, as propor&ccedil;&otilde;es eram vari&aacute;veis, e as culturas do norte da Europa eram as que traziam mais tra&ccedil;os dos Yamnaya em seu genoma. As an&aacute;lises tamb&eacute;m revelaram que os povos que habitaram a parte central da &Aacute;sia eram geneticamente muito semelhantes aos Yamnaya, indicando que, na regi&atilde;o, provavelmente ocorreu pouca miscigena&ccedil;&atilde;o com outras culturas.
Mas, como &eacute; que caracter&iacute;sticas que praticamente n&atilde;o existiam nos nossos ancestrais que vieram da &Aacute;frica &mdash; como a pele clara e a toler&acirc;ncia &agrave; lactose &mdash; se tornaram t&atilde;o prevalentes? Para saber, os pesquisadores voltaram ainda mais ao passado.
<h2>Retorno &agrave;s origens</h2>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/06/18/18191451482543.jpg" />Representa&ccedil;&atilde;o de povos do mesol&iacute;tico
Segundo explicamos em um artigo aqui do <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/evolucao" target="_blank">Mega Curioso</a>, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/evolucao/70081-cientistas-identificam-mutacao-que-deu-origem-ao-surgimento-dos-olhos-azuis.htm" target="_blank">primeiro indiv&iacute;duo com olhos azuis</a> da Hist&oacute;ria nasceu na regi&atilde;o do Mar Morto entre 7 e 10 mil anos atr&aacute;s. Ele era portador de uma muta&ccedil;&atilde;o e foi o &uacute;nico respons&aacute;vel por passar esse acidente gen&eacute;tico adiante.
No entanto, de acordo com Daniel, nenhum dos f&oacute;sseis dos Yamnaya que foram avaliados trazia essa muta&ccedil;&atilde;o, portanto, os pesquisadores conclu&iacute;ram que ela deve ter sido disseminada ao resto da popula&ccedil;&atilde;o pelos humanos modernos que chegaram &agrave; Europa e se espalharam pelo continente durante o mesol&iacute;tico.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/06/18/18191533759544.jpg" />
Por outro lado, o estudo apontou que as muta&ccedil;&otilde;es respons&aacute;veis pela cor da pele clara eram bem raras entre os povos do mesol&iacute;tico, embora estivessem presentes na maioria dos povos que ocupavam a Europa e as estepes da &Aacute;sia durante a Idade do Bronze. Nesse caso, como esses territ&oacute;rios receberam um grande fluxo de pessoas vindas da regi&atilde;o que corresponde ao Oriente M&eacute;dio nessa &eacute;poca, &eacute; poss&iacute;vel que essa varia&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica tenha vindo com elas.
E as muta&ccedil;&otilde;es provavelmente prevaleceram por conta da sele&ccedil;&atilde;o natural, e segundo os pesquisadores, essas varia&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas permitiam que a vitamina D fosse produzida em quantidades suficientes, apesar de os territ&oacute;rios localizados mais ao norte terem menos incid&ecirc;ncia de luz solar.
<h2>Fim da intoler&acirc;ncia</h2>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/06/18/18191650152547.jpg" />
Com respeito &agrave; toler&acirc;ncia &agrave; lactose, em uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/evolucao/69918-veja-como-o-queijo-mudou-o-rumo-da-historia-da-civilizacao-ocidental.htm" target="_blank">mat&eacute;ria anterior</a> revelamos que ela possivelmente surgiu na regi&atilde;o do Crescente F&eacute;rtil por volta do ano 5.500 a.C., e gra&ccedil;as ao consumo do queijo. O curioso, &eacute; que a muta&ccedil;&atilde;o que permitia que os nossos ancestrais pudessem consumir leite sem morrer de dor de barriga s&oacute; foi encontrada em 10% dos f&oacute;sseis da Idade do Bronze.
Entretanto, a maioria dos f&oacute;sseis que apresentavam a muta&ccedil;&atilde;o eram os da cultura Yamnaya , sugerindo que essa varia&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica se espalhou pela Europa a partir das estepes asi&aacute;ticas gra&ccedil;as a esses povos. O mais interessante desse estudo &eacute; que ele permitiu que os pesquisadores pudessem tra&ccedil;ar um perfil muito mais detalhado a respeito dos humanos da Idade do Bronze.
Assim, de acordo com o estudo, esses povos j&aacute; apresentavam a mesma pele clara e cor de olhos que os europeus atuais e seus descendentes e, apesar de ainda n&atilde;o poderem consumir o leite e seus derivados tranquilamente, j&aacute; estavam come&ccedil;ando a desenvolver a toler&acirc;ncia a esses alimentos.

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De onde surgiram algumas das características genéticas comuns nos europeus?

Imagem de Pesquisadores desenvolvem embriões de galinha com pés de dinossauro no megacurioso

Aves foram criadas para ajudar pesquisadores a entender evolução das aves

Uma das teorias mais aceitas sobre a evolu&ccedil;&atilde;o das aves &eacute; a de que elas s&atilde;o descendentes dos dinossauros. E de acordo com o portal <a href="http://www.sciencedaily.com/releases/2015/05/150522174534.htm" target="_blank">Science Daily</a>, um <a href="http://www.nature.com/srep/2015/150514/srep09840/full/srep09840.html" target="_blank">experimento liderado</a> pelo brasileiro Jo&atilde;o Botelho na Universidade do Chile &mdash; no qual os cientistas conseguiram realizar uma esp&eacute;cie de &ldquo;processo de evolu&ccedil;&atilde;o reversa&rdquo; em laborat&oacute;rio &mdash; refor&ccedil;a ainda mais o corpo de evid&ecirc;ncias que apoia esse princ&iacute;pio.
Segundo a publica&ccedil;&atilde;o, a maioria das aves modernas conta com uma esp&eacute;cie de ded&atilde;o opositor que permite que elas se agarrem para ficar empoleiradas ou para ca&ccedil;ar suas presas enquanto voam. No entanto em dinossauros como o tiranossauro e o alossauro, essas estruturas, al&eacute;m de serem pequenas demais para tocar o solo, n&atilde;o eram opositoras como as dos p&aacute;ssaros modernos &mdash; sendo mais parecidas com os presunhos de c&atilde;es e gatos.
<h2>Ded&otilde;es opositores</h2>
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Para descobrir como os &ldquo;ded&otilde;es&rdquo; surgiram, os cientistas observaram o desenvolvimento das patas em embri&otilde;es de galinhas e codornas enquanto elas ainda se encontravam nos ovos. Eles descobriram que esses membros come&ccedil;am a surgir nos p&aacute;ssaros da mesma forma como ocorria com os dinossauros, mas que nas aves a sua base &mdash; o metatarso &mdash; come&ccedil;a a se torcer em determinada etapa do desenvolvimento, fazendo com que os dedos se tornem opositores.
Al&eacute;m disso, os cientistas tamb&eacute;m perceberam que, comparado aos demais &ldquo;dedos&rdquo;, a express&atilde;o dos genes que determinam a matura&ccedil;&atilde;o da cartilagem do ded&atilde;o opositor das aves ocorre muito mais tarde no processo de desenvolvimento dos embri&otilde;es.
Dessa forma, os ded&otilde;es acabam retendo muitas c&eacute;lulas-tronco que se dividem rapidamente por um per&iacute;odo mais longo de tempo. E essa cartilagem imatura, por sua vez, al&eacute;m de ser altamente male&aacute;vel e pl&aacute;stica, &eacute; facilmente transformada pela atividade muscular.
<h2>Evolu&ccedil;&atilde;o reversa</h2>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/06/01/01171049047235.jpg" />
Os pesquisadores perceberam que a &ldquo;tor&ccedil;&atilde;o&rdquo; dos ded&otilde;es coincide com a etapa na qual os embri&otilde;es come&ccedil;am a se mover no interior dos ovos &mdash; e que &eacute; o movimento muscular dos animais que faz com que o metatarso gire e se dobre de forma que o dedo adote a posi&ccedil;&atilde;o opositora.
Ent&atilde;o, os cientistas utilizaram medicamentos para paralisar a musculatura e evitar que os bichinhos mexessem. Como resultado, os pesquisadores interferiram no processo de desenvolvimento dos embri&otilde;es, fazendo com que em vez de os dedos se tornarem opositores, eles crescessem parecidos com os das patas dos dinossauros.
Mais que isso, o processo inverso permite que os pesquisadores entendam um pouco melhor as transforma&ccedil;&otilde;es morfol&oacute;gicas sofridas pelas aves conforme elas foram evoluindo a partir de seus ancestrais &mdash; os dinossauros &mdash; ao longo do tempo.

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Pesquisadores desenvolvem embriões de galinha com pés de dinossauro

Imagem de Espinhos no pênis de insetos podem ser motivo de afastamento entre espécies no megacurioso

Experimento de cientista japonês colocou exemplares de duas espécies de carunchos em mesmo ambiente e observou de que forma uma eliminou a outra

No mundo animal, mais especificamente quando falamos a respeito dos insetos, h&aacute; sempre coisas que parecem t&atilde;o diferentes do que estamos acostumados que normalmente &eacute; at&eacute; dif&iacute;cil de assimilar.
Por exemplo, muitas esp&eacute;cies de insetos possuem espinhos nos p&ecirc;nis dos machos &ndash; e sim, existem casos em que a f&ecirc;mea possui um &ldquo;bilau&rdquo; &ndash;, que causam danos aos &oacute;rg&atilde;os sexuais de suas parceiras. Eles desenvolveram essa caracter&iacute;stica na tentativa de impedir que ela cruze novamente devido ao trauma e cuide com mais empenho dos ovos fertilizados.
No entanto, normalmente a evolu&ccedil;&atilde;o &eacute; justa com os dois lados da hist&oacute;ria, o que quer dizer que as f&ecirc;meas dessas esp&eacute;cies desenvolveram as suas pr&oacute;prias defesas contra as caracter&iacute;sticas f&iacute;sicas de seus pares. Exemplos s&atilde;o uma vagina falsa secund&aacute;ria, bolsas internas de coleta de s&ecirc;men ou o desenvolvimento de tecido conjuntivo extra no interior da cavidade vaginal para amortecer o impacto causado pelo p&ecirc;nis do parceiro.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/05/23/23105108820106.jpg" />Callosobruchus Maculatus, caruncho de feij&atilde;o-frade
<h2>Tudo junto e misturado</h2>
E se coloc&aacute;ssemos em um ambiente controlado duas esp&eacute;cies semelhantes de insetos, mas com &oacute;rg&atilde;os sexuais ligeiramente diferentes, como essas caracter&iacute;sticas se relacionariam? Essa foi exatamente a pergunta formulada pelo cientista Daisuke Kyogoku, da Universidade de Kyoto, no Jap&atilde;o.
Como exerc&iacute;cio cient&iacute;fico, ele juntou exemplares de ambos os sexos de duas subesp&eacute;cies de carunchos, aqueles bichinhos que costumam perfurar gr&atilde;os como o feij&atilde;o. Uma delas &eacute; a Callosobruchus maculatus, que infesta cultivos de feij&atilde;o-frade na &Aacute;frica, enquanto a outra, Callosobruchus chinensis, ataca planta&ccedil;&otilde;es de feij&atilde;o azuki na &Aacute;sia.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/05/23/23105746560112.jpg" />Callosobruchus Chinensis, caruncho de feij&atilde;o azuki
A escolha foi motivada pelo fato de os carunchos cruzarem com indiv&iacute;duos de qualquer subesp&eacute;cie entre eles. Ao contr&aacute;rio do dito popular, quem levou a melhor nesse caso foram os insetos asi&aacute;ticos, que mataram todos os esp&eacute;cimes femininos africanos por causa dos espinhos em seus p&ecirc;nis serem maiores do que os dos rivais.
Portanto, as defesas evolutivas que a f&ecirc;mea do caruncho de feij&atilde;o-frade desenvolveu para se proteger do macho n&atilde;o s&atilde;o adequadas contra investidas de outras subesp&eacute;cies.&nbsp;O cientista concluiu ent&atilde;o que os &oacute;rg&atilde;os reprodutores podem influenciar diretamente na coexist&ecirc;ncia ou afastamento de esp&eacute;cies ao longo do processo evolutivo.
E caso voc&ecirc; esteja se perguntando, a foto que abre esta mat&eacute;ria &eacute; uma amplia&ccedil;&atilde;o do p&ecirc;nis do&nbsp;Callosobruchus maculatus, o caruncho de feij&atilde;o-frade.&nbsp;

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Espinhos no pênis de insetos podem ser motivo de afastamento entre espécies

Imagem de Cientistas identificam mutação que deu origem ao surgimento dos olhos azuis no megacurioso

Mapeamento genético revela que indivíduos com olhos azuis são todos decentes de um único ancestral comum

Conforme comentamos em uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/genetica/42166-pesquisadores-encontram-genes-de-olhos-azuis-em-homens-do-mesolitico.htm" target="_blank">mat&eacute;ria anterior</a> aqui do <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/evolucao" target="_blank">Mega Curioso</a>, um estudo apontou que indiv&iacute;duos com genes compat&iacute;veis com olhos azuis j&aacute; perambulavam pela Terra na Idade da Pedra, ou seja, durante o mesol&iacute;tico.
Essa conclus&atilde;o foi apresentada por uma equipe de pesquisadores que avaliou o dente de um esqueleto humano com 7 mil anos descoberto na <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/42163-proxima-parada-espanha-conheca-um-pouco-mais-sobre-a-terra-do-flamenco.htm" target="_blank">Espanha</a>, e o objetivo dos cientistas era o de entender o impacto evolutivo dos primeiros humanos que passaram de um sistema ca&ccedil;ador-coletor para uma sociedade com agricultura. Mas, sabendo que originalmente, quando a ra&ccedil;a humana surgiu no planeta, todos possu&iacute;am apenas olhos castanhos, como &eacute; que a cor azul surgiu?
<h2>Mutante</h2>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/04/30/30180056926672.jpg" />
Segundo Jeanna Bryner do site <a href="http://www.livescience.com/9578-common-ancestor-blue-eyes.html" target="_blank">Live Science</a>, um estudo realizado por pesquisadores do Departamento de Medicina Celular e Molecular da Universidade de Copenhagen, revelou que os olhos azuis apareceram gra&ccedil;as a um &uacute;nico indiv&iacute;duo que nasceu em algum local da regi&atilde;o do Mar Negro entre 7 e 10 mil anos atr&aacute;s com uma muta&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica. E esse humano &uacute;nico foi o respons&aacute;vel por disseminar a novidade para uma parcela da humanidade.
De acordo com Hans Eiberg, o pesquisador que liderou o estudo, essa muta&ccedil;&atilde;o afetou o gene OCA2, presente no genoma humano e um dos respons&aacute;veis pela produ&ccedil;&atilde;o de melanina &mdash; o pigmento que d&aacute; cor &agrave; nossa pele, cabelos e olhos. Pois segundo o geneticista, esse &ldquo;acidente&rdquo; gen&eacute;tico acabou limitando a a&ccedil;&atilde;o do OCA2, que passou a produzir uma menor quantidade de melanina apenas na &iacute;ris, impedindo, dessa forma, que os olhos castanhos fossem produzidos.
Conforme explicou Anna LeMind do portal <a href="http://themindunleashed.org/2015/02/blue-eyed-people-originated-single-ancestor-thousands-years-ago.html" target="_blank">The Mind Unleashed</a> em outro artigo, a aus&ecirc;ncia completa de melanina, como voc&ecirc; sabe, provoca o surgimento de caracter&iacute;sticas albinas em humanos. No entanto, no caso dos olhos azuis, a muta&ccedil;&atilde;o identificada n&atilde;o bloqueia a produ&ccedil;&atilde;o desse pigmento, apenas limita a quantidade presente na &iacute;ris.
<h2>Segmento espec&iacute;fico</h2>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/04/30/30180132229674.jpg" />
Para chegar a esse resultado, Eiberg e sua equipe viajaram por diversas partes do mundo &mdash; incluindo a Jord&acirc;nia, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/44601-proxima-parada-turquia-conheca-um-pouco-sobre-a-terra-dos-sultoes.htm" target="_blank">Turquia</a> e a pr&oacute;pria Dinamarca &mdash; para estudar o DNA mitocondrial (material gen&eacute;tico transmitido apenas pelas m&atilde;es e que sofre n&atilde;o recombina&ccedil;&otilde;es) de indiv&iacute;duos com olhos azuis. Mais precisamente, os pesquisadores deram especial aten&ccedil;&atilde;o &agrave; muta&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica associada com a redu&ccedil;&atilde;o na produ&ccedil;&atilde;o de melanina.
Segundo Eiberg, ao longo de v&aacute;rias gera&ccedil;&otilde;es, segmentos do material gen&eacute;tico transmitido pelos nossos ancestrais acabam sendo misturados, resultando em indiv&iacute;duos com genomas compostos por diversas sequ&ecirc;ncias. No entanto, alguns desses segmentos &mdash; os chamados hapl&oacute;tipos &mdash; n&atilde;o sofrem recombina&ccedil;&atilde;o, e depois de uma an&aacute;lise exaustiva, a equipe identificou qual &eacute; a sequ&ecirc;ncia exata que d&aacute; origem aos olhos azuis.
<h2>Ancestral comum</h2>
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Os pesquisadores explicaram que dos 800 indiv&iacute;duos que participaram do mapeamento gen&eacute;tico, apenas um n&atilde;o apresentava exatamente as mesmas altera&ccedil;&otilde;es associadas com a muta&ccedil;&atilde;o respons&aacute;vel pela produ&ccedil;&atilde;o de olhos azuis. Mas, curiosamente, essa pessoa tinha olhos azuis com uma &uacute;nica manchinha castanha.
Segundo disseram, a partir do levantamento realizado, eles conclu&iacute;ram que todas as pessoas de olhos azuis descendem de um mesmo ancestral comum, de quem herdaram precisamente a mesma muta&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica. E quando os primeiros humanos come&ccedil;aram a migrar para a Europa h&aacute; mil&ecirc;nios, eles carregaram essa caracter&iacute;stica em seus genomas &mdash; e isso talvez explique a maior concentra&ccedil;&atilde;o de pessoas com olhos azuis nesse continente.

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Cientistas identificam mutação que deu origem ao surgimento dos olhos azuis

Imagem de Veja como o queijo mudou o rumo da história da civilização ocidental no megacurioso

Descubra como esse versátil alimento influenciou o desenvolvimento humano 

Pizza, p&atilde;o de queijo, fondue, sandu&iacute;che, cheesecake, lasanha, nachos, cheeseburger... O queijo &eacute; um desses alimentos &ldquo;coringa&rdquo; que, al&eacute;m de ser delicioso puro, &eacute; capaz de transformar v&aacute;rias comidinhas em algo melhor. No entanto, apesar de o queijo ter se tornado parte integrante do nosso cotidiano, ele foi extremamente importante para o desenvolvimento da humanidade e mudou o rumo da hist&oacute;ria da civiliza&ccedil;&atilde;o ocidental.
Uma das anedotas mais conhecidas sobre o surgimento do queijo &eacute; a de que por volta do ano 7 mil a.C., um dos nossos ancestrais, perambulando em um dia c&aacute;lido pelo Crescente F&eacute;rtil &mdash; que atualmente corresponde a uma regi&atilde;o que inclui &aacute;reas do L&iacute;bano, Israel, Jord&acirc;nia, Iraque, Egito, S&iacute;ria, Turquia e Ir&atilde; &mdash;, descobriu que o leite que ele trazia em seu odre havia coalhado e voil&agrave;, assim nasceu o queijo! S&oacute; que n&atilde;o.
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Entretanto, hoje os cientistas sabem que os povos que ocupavam esse territ&oacute;rio h&aacute; cerca de 9 mil anos eram intolerantes &agrave; lactose. Sendo assim, um n&ocirc;made saberia que uma bela golada de leite resultaria em uma baita dor de barriga &mdash; algo que ningu&eacute;m quer enfrentar durante uma longa viagem a p&eacute;, n&atilde;o &eacute; mesmo? Portanto, &eacute; muito pouco prov&aacute;vel que os nossos ancestrais tivessem muito contato com o alimento nessa &eacute;poca.
<h2>Ent&atilde;o, quando &eacute; que o queijo surgiu afinal?</h2>
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De acordo com Paul Kindstedt &mdash; historiador da Universidade de Vermont, nos EUA, e especialista no estudo do queijo &mdash;, os humanos come&ccedil;aram a desenvolver a agricultura cerca de mil anos antes de os primeiros tra&ccedil;os de queijo aparecerem nos registros arqueol&oacute;gicos. Conforme disse, nossos ancestrais cultivavam gr&atilde;os que, por sua vez, come&ccedil;aram a atrair carneiros e cabras selvagens da regi&atilde;o at&eacute; seus agrupamentos.
Apesar de os adultos serem intolerantes &agrave; lactose, os beb&ecirc;s eram adaptados ao consumo do leite, e n&atilde;o demorou em os nossos ancestrais perceberem o potencial de usar o leite de ovelhas e cabras para complementar a alimenta&ccedil;&atilde;o dos pequenos. Assim deu-se in&iacute;cio &agrave; cria&ccedil;&atilde;o de pequenos rebanhos, embora o queijo s&oacute; tenha aparecido mesmo na nossa hist&oacute;ria h&aacute; cerca de 8,5 mil anos &mdash; fato que foi motivado por dois &ldquo;avan&ccedil;os&rdquo; importantes.
O primeiro foi o surgimento da agricultura que, apesar de provocar um verdadeiro desastre ambiental e quase resultar no colapso da humanidade &mdash; voc&ecirc; pode ler mais sobre esse tema <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/45541-sabia-que-o-surgimento-da-agricultura-quase-causou-o-colapso-da-humanidade.htm" target="_blank">aqui</a> &mdash;, levou os sobreviventes a se dedicar mais intensamente &agrave; cria&ccedil;&atilde;o de animais adaptados para viver em &aacute;reas que n&atilde;o serviam para o cultivo. O segundo avan&ccedil;o foi a inven&ccedil;&atilde;o da cer&acirc;mica, que deu origem a uma cole&ccedil;&atilde;o de potes, inclusive para armazenamento.
<h2>Nascimento</h2>
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Voc&ecirc; sabe o que acontece com o leite quando o esquecemos em temperatura ambiente por muito tempo, n&atilde;o &eacute; mesmo? Na &eacute;poca dos nossos ancestrais n&atilde;o existia refrigera&ccedil;&atilde;o e, de acordo com Kindstedt, todo leite deixado dando sopa na c&aacute;lida regi&atilde;o do Crescente F&eacute;rtil viraria queijo em poucas horas.
Acontece que durante a coagula&ccedil;&atilde;o do leite &mdash; resultado do calor e da a&ccedil;&atilde;o de bact&eacute;rias naturalmente presentes nele &mdash;, cerca de 80% da lactose acaba sendo eliminada com o soro. &nbsp;Pois um belo dia algu&eacute;m corajoso deve ter decidido provar o s&oacute;lido resultante desse processo, notando que ele n&atilde;o fazia tanto mal quanto o consumo do leite puro. E a&iacute; sim, aconteceu o nascimento do queijo! Mas, e o que isso tem a ver com a hist&oacute;ria da civiliza&ccedil;&atilde;o ocidental?
<h2>Import&acirc;ncia</h2>
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Segundo Kindstedt, an&aacute;lises gen&eacute;ticas revelaram que a toler&acirc;ncia &agrave; lactose s&oacute; foi desenvolvida em adultos por volta de 5.500 a.C., ou seja, cerca de mil anos ap&oacute;s o surgimento do queijo. Em termos evolutivos, esse &eacute; um per&iacute;odo de tempo incrivelmente curto, e a muta&ccedil;&atilde;o que permitiu que os humanos pudessem consumir alimentos derivados do leite sem morrer de dor de barriga foi motivada pela evidente vantagem nutricional que esses produtos ofereciam.
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O queijo permitiu que os nossos ancestrais introduzissem latic&iacute;nios em suas dietas, dando origem a toda uma nova gama de fontes de calorias e nutrientes. Assim, a cria&ccedil;&atilde;o de rebanhos acabou se estabelecendo definitivamente, propiciando a beb&ecirc;s e crian&ccedil;as pequenas uma maior exposi&ccedil;&atilde;o ao leite. E isso, com o tempo, foi resultando em muta&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas que possibilitavam que os pequenos tamb&eacute;m tolerassem a lactose na vida adulta.
Depois, conforme os nossos ancestrais foram migrando para a Europa, eles levaram essa providencial muta&ccedil;&atilde;o junto, que acabou sendo transmitida atrav&eacute;s de gera&ccedil;&otilde;es e gera&ccedil;&otilde;es a todos n&oacute;s. Ent&atilde;o, a pr&oacute;xima vez que voc&ecirc; estiver saboreando uma pizza, um cheeseburger ou petiscando aperitivos, lembre-se que, al&eacute;m de delicioso, o queijo teve um papel fundamental no desenvolvimento humano.
<h2>Curiosidades:</h2>
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<ul>
<li>Apesar de os nossos ancestrais terem migrado para a Europa na pr&eacute;-hist&oacute;ria, a incr&iacute;vel variedade de queijos que existem atualmente s&oacute; foi surgir durante a Idade M&eacute;dia;</li>
<li>Foi nessa &eacute;poca que queijos como o Su&iacute;&ccedil;o, Brie e Camembert come&ccedil;aram a aparecer;</li>
<li>Ali&aacute;s, originariamente, &ldquo;casquinha&rdquo; exterior do Camembert n&atilde;o era branca como as de hoje em dia, mas sim verde azulada ou verde acinzentada por conta da a&ccedil;&atilde;o dos micr&oacute;bios presentes nessa variedade de queijo;</li>
</ul>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/04/16/16112103964370.jpg" />
<ul>
<li>J&aacute; os queijos norte-americanos normalmente t&ecirc;m colora&ccedil;&atilde;o alaranjada porque, no passado, essa tonalidade era associada &agrave; ideia de qualidade;</li>
<li>E voltando ao assunto das &ldquo;casquinhas&rdquo;, muita gente tem d&uacute;vida se elas s&atilde;o comest&iacute;veis ou n&atilde;o. Pois se os queijos n&atilde;o estiverem cobertos com cera, tecidos ou outros materiais do tipo &mdash; e tiverem seus exteriores parecidos com o do Brie e o do Camembert, por exemplo &mdash;, elas podem ser consumidas sem problemas.</li>
</ul>

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Veja como o queijo mudou o rumo da história da civilização ocidental

Imagem de Confira algumas curiosidades sobre a possível origem do ânus no site Mega Curioso

Descubra o que a ciência já descobriu a respeito da evolução e surgimento desse órgão

O &acirc;nus n&atilde;o &eacute; uma daquelas &aacute;reas sobre as quais as pessoas falam com muita desenvoltura e, geralmente, s&oacute; vira assunto quando xingamos ou contamos piadas obscenas, por exemplo. Contudo, voc&ecirc; j&aacute; parou para pensar em como seria nossa vida sem ele? Imposs&iacute;vel, j&aacute; que, embora tenha se tornado injustamente infame, o &acirc;nus &eacute; uma das mais importantes partes do corpo &mdash; e n&atilde;o s&oacute; dos humanos, mas de muitas criaturas do Reino Animal.
De acordo com um interessante artigo de Matt Walker, da <a href="http://www.bbc.com/earth/story/20150313-the-origin-of-the-anus" target="_blank">BBC</a>, o &acirc;nus &eacute; uma estrutura essencial que n&atilde;o s&oacute; afeta o funcionamento do sistema digestivo como influencia a alimenta&ccedil;&atilde;o e o desenvolvimento de um organismo. Afinal, sua presen&ccedil;a permite que seus &ldquo;donos&rdquo; comam e cres&ccedil;am de forma mais eficiente e se diferenciem de criaturas mais simples e primitivas. Mas e, evolutivamente falando, como &eacute; que esse &oacute;rg&atilde;o surgiu?
Segundo Walker, a hist&oacute;ria sobre a origem do &acirc;nus est&aacute; profundamente interligada com a pr&oacute;pria hist&oacute;ria da evolu&ccedil;&atilde;o das esp&eacute;cies e a forma como os mais diversos animais se diferenciaram uns dos outros ao longo do tempo. Gra&ccedil;as aos &uacute;ltimos avan&ccedil;os cient&iacute;ficos, agora &eacute; poss&iacute;vel estudar como os genes afetam o desenvolvimento de uma variedade de seres vivos &mdash; incluindo as altera&ccedil;&otilde;es que levaram &agrave; forma&ccedil;&atilde;o dessa parte do corpo.
<h2>Diversos tipos e formatos</h2>
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Conforme explicou Matt, o surgimento do &acirc;nus est&aacute; relacionado com a evolu&ccedil;&atilde;o do sistema digestivo que, como voc&ecirc; sabe, &eacute; respons&aacute;vel pela digest&atilde;o de alimentos e absor&ccedil;&atilde;o dos nutrientes que sustentam o organismo e mant&ecirc;m seu desenvolvimento. Entretanto, algumas criaturas, como as esponjas (Porifera) e os animais da classe Cestoda &mdash; que incluem a t&ecirc;nia &mdash;, n&atilde;o possuem sistema digestivo e, portanto, n&atilde;o contam com &acirc;nus.
Em muitas esp&eacute;cies marinhas com corpo gelatinoso &mdash; como as &aacute;guas-vivas e as an&ecirc;monas-do-mar &mdash; e alguns vermes, o sistema digestivo se apresenta na forma de uma esp&eacute;cie de saco com uma pequena abertura que &eacute; usada para ingerir alimentos e expelir as fezes, ou seja, atuando como boca e &acirc;nus ao mesmo tempo.
Nos invertebrados s&eacute;sseis &mdash; como as hidras, por exemplo &mdash;, o sistema digestivo tem formato de &ldquo;U&rdquo;, com a boca e o &acirc;nus pr&oacute;ximos um do outro. Al&eacute;m disso, alguns poucos organismos, como &eacute; o caso de um animal microsc&oacute;pico chamado Limnognathia maerski, contam com um orif&iacute;cio que se forma ocasionalmente, e os pesquisadores acreditam que o bichinho defeca atrav&eacute;s dele.
Outro exemplo interessante &eacute; o dos organismos da esp&eacute;cie Thysanozoon nigropapillosum, que, na falta de um &acirc;nus ou abertura tempor&aacute;ria, possuem m&uacute;ltiplos orif&iacute;cios nas costas para a libera&ccedil;&atilde;o de fezes. E ainda existe o grupo dos animais que contam com uma abertura anal unida &agrave; abertura reprodutiva &mdash; ou seja, a cloaca &mdash; e os que contam com &acirc;nus semelhantes ao dos humanos.
<h2>Evolu&ccedil;&atilde;o</h2>
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Segundo Matt, criaturas rudimentares cujo sistema digestivo &eacute; semelhante a um saco &mdash; como descrevemos acima &mdash; t&ecirc;m a desvantagem de ter que esperar at&eacute; que a digest&atilde;o termine e as fezes sejam eliminadas antes de poder se alimentar novamente. No entanto, j&aacute; pensou se os humanos dependessem do mesmo sistema, ou seja, tivessem que esperar cerca de 8 horas at&eacute; que o caf&eacute; da manh&atilde; fosse completamente digerido e eliminado antes de poder almo&ccedil;ar?
Assim, em criaturas dos grandes grupos do Reino Animal, isto &eacute;, insetos, peixes, mam&iacute;feros, anf&iacute;bios e r&eacute;pteis, o sistema digestivo basicamente evoluiu de forma a contar com uma abertura pela qual os alimentos entram e outra pela qual as fezes saem. E esse &ldquo;layout&rdquo; permite que a ingest&atilde;o de alimentos e a digest&atilde;o de refei&ccedil;&otilde;es anteriores ocorram ao mesmo tempo &mdash; e torna clara a necessidade da presen&ccedil;a de um &acirc;nus. Afinal, o que entra tem que sair, n&atilde;o &eacute; mesmo?
<h2>Heran&ccedil;a gen&eacute;tica</h2>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/03/27/27183149185576.jpg" />
Seja por conta do formato, dimens&otilde;es do corpo, necessidades org&acirc;nicas, nutricionais etc., os animais foram desenvolvendo sistemas digestivos que se adequassem &agrave;s suas necessidades. Al&eacute;m disso, as fei&ccedil;&otilde;es de qualquer &oacute;rg&atilde;o, assim como as c&eacute;lulas especializadas que o comp&otilde;em, dependem de uma s&eacute;rie de genes que trazem as informa&ccedil;&otilde;es necess&aacute;rias para que ele seja criado.
Essa &ldquo;receitinha&rdquo; gen&eacute;tica vai sendo transmitida de uma gera&ccedil;&atilde;o a outra e, como muitos desses genes s&atilde;o os mesmos em muitas esp&eacute;cies de animais, isso significa que muitos deles contam com ancestrais comuns em seu passado &mdash; cujos corpos desenvolveram &acirc;nus em algum momento de sua hist&oacute;ria evolutiva.
<h2>Os machos foram os pioneiros?</h2>
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Segundo uma pesquisa recente, algumas evid&ecirc;ncias apontam que a evolu&ccedil;&atilde;o do &acirc;nus pode estar relacionada com uma abertura que alguns invertebrados usam para acasalar chamada gonop&oacute;ro. Essa hip&oacute;tese surgiu ap&oacute;s o estudo de um grupo de organismos &mdash; da classe Acoela &mdash; extremamente primitivos sob o ponto de vista evolutivo. Essas criaturas n&atilde;o t&ecirc;m sistema circulat&oacute;rio, nervoso, respirat&oacute;rio ou digestivo, e seus corpos n&atilde;o possuem cavidades.
Entretanto, esses organismos produzem esperma e liberam esse material pelos gonop&oacute;ros, e an&aacute;lises moleculares e gen&eacute;ticas sugerem que essas estruturas podem estar relacionadas com o desenvolvimento de outra abertura corporal. O mais interessante &eacute; que os cientistas encontraram uma conex&atilde;o evolutiva entre o surgimento do orif&iacute;cio anal e os gonop&oacute;ros dos machos, ou seja, o &acirc;nus pode ter se desenvolvido a partir de uma estrutura usada para o sexo.
Como voc&ecirc; deve ter percebido, apesar das teorias fascinantes, se sabe muito pouco sobre a evolu&ccedil;&atilde;o do &acirc;nus e a ci&ecirc;ncia ainda precisa determinar com exatid&atilde;o como ele surgiu nos animais. Afinal, o pobre orif&iacute;cio nunca foi levado muito a s&eacute;rio mesmo &mdash; sendo relegado a um segundo plano para dar lugar a pesquisas sobre a evolu&ccedil;&atilde;o de estruturas menos infames, como &eacute; o caso do sistema nervoso e circulat&oacute;rio, por exemplo.

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