Região, que os especialistas acreditavam estar morta, revelou-se um local muito ativo geologicamente e composto por vida. 

Diretamente das profundezas do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128830-qual-e-a-origem-das-palavras-artico-e-antartico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Oceano Ártico</a>, uma descoberta surpreendente agitou a comunidade científica: um campo de fontes hidrotermais foi encontrado na Cordilheira Knipovich, uma cadeia montanhosa submarina anteriormente considerada geologicamente adormecida.&nbsp;Localizado ao largo da costa de Svalbard, Noruega, e a uma profundidade de mais de 3.000 metros, o Campo Jøtul, como foi batizado, revelou uma paisagem subaquática cheia de vida e atividade geológica intensa, desafiando as expectativas sobre onde a vida pode prosperar.<h2 style="text-align:justify;">Oásis de calor</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/10/10125212706180.jpg" alt="MARUM-QUEST colhe amostras no fundo do oceano. (Fonte: MARUM, Universidade de Bremen/ Divulgação)"><figcaption>MARUM-QUEST colhe amostras no fundo do oceano. (Fonte: MARUM, Universidade de Bremen / Divulgação)</figcaption></figure></figure>Os campos hidrotermais, como o Jøtul, são verdadeiros <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120088-botsuana-como-um-lider-criou-um-oasis-de-prosperidade-na-africa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">oásis</a> nas profundezas escuras e frias do oceano. Nessas áreas, a atividade vulcânica faz com que o calor escape por meio de rachaduras no fundo do mar, criando um ambiente rico em minerais e perfeito para uma vida única que depende da quimiossíntese, um processo que aproveita reações químicas para obter energia, em vez da luz solar.&nbsp;No caso do Campo Jøtul, o calor e os minerais são liberados por meio de chaminés conhecidas como "black smokers" ("fumantes negros", em tradução livre), que expelem fluidos aquecidos pelo magma.A expedição que levou à descoberta do Campo Jøtul foi realizada em 2022, quando cientistas avistaram sinais de atividade hidrotermal na região e decidiram investigar mais a fundo com um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127106-como-e-explorar-um-vulcao-submarino-ativo-em-um-submersivel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">veículo submersível</a> operado remotamente, o MARUM-QUEST.&nbsp;Descendo mais de 3 quilômetros até o fundo do mar, o submersível captou imagens e coletou amostras, revelando uma extensa área com fontes hidrotermais ativas e extintas. Uma das estruturas mais impressionantes encontradas foi a abertura Yggdrasil, nomeada em homenagem à árvore cósmica da mitologia nórdica, simbolizando a interconexão entre os diferentes reinos.<h2 style="text-align:justify;">Riqueza de informações</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/10/10125406202182.jpg" alt="O local é rico em minerais. (Fonte: MARUM, Universidade de Bremen/ Divulgação)"><figcaption>O local é rico em minerais. (Fonte: MARUM, Universidade de Bremen / Divulgação)</figcaption></figure></figure>A importância dessa descoberta vai além da simples curiosidade científica. Os campos hidrotermais desempenham um papel crucial nos ciclos geoquímicos da Terra e na sustentação de ecossistemas diversos. Eles também oferecem insights sobre a química dos oceanos e como os elementos são distribuídos pelas águas.&nbsp;O Campo Jøtul, por exemplo, apresenta altas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127653-grande-vazamento-de-metano-no-mar-baltico-intriga-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">concentrações de metano</a>, um gás que, ao ser transformado em CO2, contribui para a acidificação dos oceanos e, possivelmente, para o efeito estufa quando atinge a atmosfera.Além do seu impacto nos estudos climáticos, a descoberta do Campo Jøtul ajuda a preencher lacunas no mapa hidrotermal do Ártico. Ele estabelece uma conexão crucial entre os sistemas hidrotermais ativos conhecidos na região, como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/lokiceratops-o-gigante-prehistorico-com-um-capacete-colossal" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Castelo de Loki</a> e o campo Aurora, expandindo nossa compreensão sobre a distribuição das comunidades faunísticas que dependem da quimiossíntese.&nbsp;Esses ecossistemas, que florescem na completa ausência de luz solar, são formados por organismos adaptados a condições extremas, oferecendo um vislumbre de como a vida pode existir em outros planetas ou luas com ambientes similares.<h2 style="text-align:justify;">Mais tecnologia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/10/10125501283183.jpg" alt="Fontes hidrotermais geram grande riqueza para o fundo do mar. (Fonte: MARUM, Universidade de Bremen/ Divulgação)"><figcaption>Fontes hidrotermais geram grande riqueza para o fundo do mar. (Fonte: MARUM, Universidade de Bremen / Divulgação)</figcaption></figure></figure>A descoberta do Campo Jøtul só foi possível graças aos avanços na tecnologia de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128918-expedicao-no-fundo-do-mar-descobre-mais-de-100-novas-especies.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">exploração subaquática</a>. Veículos operados remotamente e autônomos, equipados com câmeras de alta definição e sensores sofisticados, permitem que os cientistas explorem regiões anteriormente inacessíveis, coletando dados em tempo real e amostras para análise imediata.&nbsp;Esses progressos tecnológicos estão revolucionando a ciência marinha, proporcionando novas oportunidades para entender as profundezas do oceano.No próximo verão, uma nova expedição liderada pelo Professor Gerhard Bohrmann, da Universidade de Bremen, está programada para continuar a exploração do Campo Jøtul.&nbsp;Os pesquisadores esperam mapear áreas desconhecidas e comparar suas descobertas com outros campos hidrotermais no Ártico, aprofundando nosso conhecimento sobre esses <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127314-ecossistema-desconhecido-e-descoberto-sob-o-fundo-do-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fascinantes ecossistemas submarinos</a>.&nbsp;Certamente, o Campo Jøtul continuará sendo um ponto focal para futuras pesquisas, ajudando a desvendar os segredos escondidos nas profundezas do nosso planeta.

medium_diretamente-das-profundezas-fontes-hidrotermais-sao-descobertas-no-artico-thumb.png

small_diretamente-das-profundezas-fontes-hidrotermais-sao-descobertas-no-artico-thumb.png

thumbnail_diretamente-das-profundezas-fontes-hidrotermais-sao-descobertas-no-artico-thumb.png

diretamente-das-profundezas-fontes-hidrotermais-sao-descobertas-no-artico-thumb.png

Diretamente das profundezas: fontes hidrotermais são descobertas no Ártico

Situada nas profundezas do Golfo do México, essa área é conhecida por ter alta salinidade e toxidade. Qualquer criatura que se aventure nessas águas enfrenta um destino trágico.

No fundo do Golfo do México, a 1 km de profundidade, encontra-se a "banheira de hidromassagem do desespero", uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124079-piscina-mais-profunda-do-mundo-tem-cidade-submersa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">piscina</a> mortal de água salgada, metano e sulfeto de hidrogênio. Descoberta em 2015, é&nbsp;um ambiente extremamente tóxico, habitado apenas por algumas bactérias e animais adaptados.A expedição que encontrou essa anomalia do mar estava estudando infiltrações frias — locais onde hidrocarbonetos (compostos orgânicos constituídos de carbono e hidrogênio) escapam do fundo do mar. Esses hidrocarbonetos, presentes na composição de combustíveis como o petróleo e o gás natural, são liberados por meio de deslocamentos de antigas placas de sal enterradas.&nbsp;Quando a equipe avistou a "banheira", eles notaram rapidamente os efeitos letais da sua composição perigosa: caranguejos "conservados" e outras criaturas sem vida compunham a paisagem da área, vítimas das condições altamente hostis.<h2 style="text-align:justify;">Perigo extremo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/20/20134617624142.png" alt="Caranguejo "><figcaption>Caranguejo "conservado" dentro da banheira mortal. (Fonte: Ocean Exploration Trust, Nautilus Live / Divulgação)</figcaption></figure></figure>A água neste lago é notavelmente mais salgada do que a água do mar ao seu redor e possui uma densidade tão elevada que permanece separada da água circundante. Esta característica singular cria um ambiente extremamente desafiador para a vida marinha. Além disso, o lago abriga concentrações significativas de metano e sulfeto de hidrogênio, o que o torna altamente tóxico para a maioria das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127916-resolvido-o-enigma-de-criaturas-marinhas-mortas-ha-390-milhoes-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">criaturas marinhas</a>.No entanto, mesmo em meio a essa hostilidade, algumas criaturas encontraram uma maneira de prosperar nas bordas do lago. Entre elas estão os mexilhões, que estabeleceram uma simbiose com bactérias capazes de utilizar os gases dissolvidos para produzir energia. Além de sobreviverem, os mexilhões desempenham um papel crucial na manutenção da estrutura das paredes da piscina.As bordas deste lago peculiar são adornadas com depósitos minerais coloridos, que variam em tons de vermelho, amarelo e branco. Esses depósitos adicionam uma pitoresca e intrigante dimensão ao ambiente já fascinante deste local incomum no fundo do Golfo do México.<h2 style="text-align:justify;">Formação geológica&nbsp;</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/20/20133942608136.png" alt="Borda do lago cheia de mexilhões. (Fonte: Ocean Exploration Trust, Nautilus Live/ Divulgação) "><figcaption>Borda do lago cheia de mexilhões. (Fonte: Ocean Exploration Trust, Nautilus Live / Divulgação)</figcaption></figure></figure>Os cientistas explicam que a origem desse <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124470-a-africa-esta-se-partindo-em-duas-por-que.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fenômeno geológico</a> remonta a um período de milhões de anos atrás, durante o qual o Golfo do México era um corpo d'água raso. A evaporação gradual da água deixou para trás vastas camadas de sal, as quais, ao longo do tempo, foram sendo recobertas por sedimentos depositados nas profundezas marinhas.À medida que esses sedimentos se acumulavam, as pressões sobre as camadas de sal aumentavam, levando ao deslocamento e à fragmentação das placas de sal subterrâneas.&nbsp;Esse processo tumultuoso resultou na formação de fissuras e fraturas através das quais o sal, o petróleo e o gás natural escapam continuamente até os dias de hoje. Esse complexo mecanismo geológico não apenas fascina os cientistas, mas também desempenha um papel fundamental na compreensão da evolução do ambiente submarino do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128130-derramamento-de-oleo-no-golfo-do-mexico-chega-a-mais-de-4-milhoes-de-litros-e-preocupa-especialistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Golfo do México</a>.<h2 style="text-align:justify;">Do fundo do mar ao espaço</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/20/20142756505162.jpg" alt="Vista de cima da piscina de salmoura, que tem 30 metros de circunferência. (Fonte: OET/NautilusLive, Los Angeles Times / Divulgação) "><figcaption>Vista de cima da piscina de salmoura, que tem 30 metros de circunferência. (Fonte: OET / NautilusLive, Los Angeles Times / Divulgação)</figcaption></figure></figure>Além de sua letalidade, a piscina de salmoura oferece uma oportunidade única para os cientistas estudarem a vida em condições extremas, semelhantes às que poderiam existir em outros <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126907-quantos-anos-tem-os-planetas-do-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">planetas</a>. Esses ambientes são modelos naturais para compreender como a vida pode existir em locais aparentemente inóspitos.&nbsp;Em missões de pesquisa, veículos operados remotamente têm sido utilizados para explorar e medir as condições dessa piscina. Durante essas expedições, sensores têm sido colocados na salmoura para registrar sua salinidade, temperatura e profundidade, revelando a complexidade e a extensão dessa formação subaquática.Em suma, a banheira de hidromassagem do desespero é uma maravilha natural, tanto fascinante quanto mortal. Seu estudo não apenas nos ajuda a entender mais sobre os extremos do nosso próprio planeta, mas também a imaginar os tipos de ambientes que podem existir em mundos distantes, ampliando os horizontes da ciência e da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111634-linguagem-e-imaginacao-do-ser-humano-foram-desenvolvidas-so-ha-70-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">imaginação humana</a>.

large_cam1_20150509201506.jpg

medium_cam1_20150509201506.jpg

small_cam1_20150509201506.jpg

thumbnail_cam1_20150509201506.jpg

cam1_20150509201506.jpg

A piscina mortal no Golfo do México que dissolve tudo que cai nela

Pesquisadores acreditam que mares de etano e metano estão moldando o litoral de Titã aos poucos.

Pesquisadores do Instituto de Tecnologia do Massachussetts (MIT) podem ter encontrado uma nova e peculiar característica da maior lua de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125573-5-grandes-curiosidades-sobre-saturno-e-seus-aneis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Saturno</a>. De acordo com um novo estudo publicado em um periódico científico, o satélite natural pode ter a formação de ondas que quebram em seus polos.Titã conta com lagos e mares de hidrocarbonetos, mais especificamente de metano e etano, que são algumas das substâncias mais comuns em sua atmosfera. O que não se sabia até agora é que esses segmentos líquidos formam ondas que batem na superfície sólida e, com o tempo, geram marcas nesse solo.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114027-cientistas-sugerem-missao-a-lua-habitavel-em-saturno.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cientistas sugerem missão à lua habitável em Saturno</a></li></ul>A característica lembra bastante o fenômeno observado na Terra. "Podemos dizer, baseados em nossos resultados, que se os litorais dos mares de Titã passaram por uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118778-arco-de-darwin-nas-ilhas-galapagos-desmorona-por-causa-da-erosao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">erosão do solo</a>, ondas foram as culpadas mais prováveis", diz o geólogo Tayor Perron, um dos responsáveis pelo estudo.<h2>Como uma onda no mar</h2>Os pesquisadores começaram a observar Titã a partir de imagens capturadas pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/103957-despedida-sonda-espacial-cassini-vai-morrer-na-proxima-sexta-feira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sonda espacial Cassini</a>. Ela deixou de operar em 2017, mas deixou mais de 12 anos de imagens e dados a respeito de Saturno e seus satélites naturais.&nbsp;A partir desse material, o grupo começou a traçar modelos teóricos que ainda exigem maior comprovação, mas são cada vez mais prováveis.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/23/23154759647000.jpg" alt="A Ligeia Mare (à esquerda), de Titã, e o lago Fort Peck, nos Estados Unidos. (Fonte da imagem: Science Advances)"><figcaption>A Ligeia Mare (à esquerda), de Titã, e o lago Fort Peck, nos Estados Unidos. (Fonte: Science Advances)</figcaption></figure></figure>Os modelos hipotéticos criados pelos pesquisadores envolvem uma comparação com a atividade de ondas na Terra e as marcas irregulares feitas em costas. Essa estrutura foi aplicada nos mares de Titã, encontrando resultados muito similares.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112317-compostos-essenciais-para-a-vida-sao-detectados-em-lua-de-saturno.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Compostos essenciais para a vida são detectados em lua de Saturno</a></li></ul>Como as imagens são estáticas e escassas, ainda é incerto que erosão do solo alterou as margens dos lagos e mares de Titã ou se elas foram formadas por ventos. Porém, as simulações mostram que é alta a probabilidade de que elas aconteceram dessa forma, com altura e angulação similar ao que vemos em nosso planeta.A assimetria com alguma regularidade — ou seja, a identificação de um padrão onde as ondas provavelmente bateram com mais frequência — seria a prova de que o fenômeno realmente acontece por lá. A pesquisa não determina quanto tempo levou para que a costa dos mares de Titã fosse moldada pelas ondas.&nbsp;<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/23/23163631909000.jpg" alt="Ligeia Mare, o segundo maior lago de Titã, tem 420 quilômetros de extensão. (Fonte da imagem: NASA/JPL-Caltech)"><figcaption>Ligeia Mare, o segundo maior lago de Titã, tem 420 quilômetros de extensão. (Fonte: NASA/JPL-Caltech)</figcaption></figure></figure>Descobrir se Titã teve mesmo lagos moldados por erosão pode ajudar não apenas a entender melhor a estrutura dessa lua, mas também o fenômeno em nosso planeta. Pesquisas anteriores já apontavam que <a href="https://www.megacurioso.com.br/saturno/44805-oceano-de-tita-lua-de-saturno-pode-ser-tao-salgado-quanto-o-mar-morto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ela tem lagos extremamente salgados</a> e de baixas temperaturas.A NASA planeja lançar uma missão para Saturno chamada Dragonfly até 2028 para estudar melhor Titã e, talvez, responder a mais essa dúvida.

large_Ligeia_Mare_in_false_color_(PIA17031).jpg

medium_Ligeia_Mare_in_false_color_(PIA17031).jpg

small_Ligeia_Mare_in_false_color_(PIA17031).jpg

thumbnail_Ligeia_Mare_in_false_color_(PIA17031).jpg

Ligeia_Mare_in_false_color_(PIA17031).jpg

Maior lua de Saturno pode ter erosões causadas por ondas igual na Terra

Espalhados por diferentes países nos cinco continentes, vários vulcões seguem muito ativos, causando um misto de medo e admiração.

Recentemente, o Kilauea, um dos vulcões mais ativos no planeta, localizado no <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122037-5-fatos-curiosos-sobre-lili-uokalani-a-ultima-rainha-do-havai.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estado norte-americano do Havaí</a>, entrou em erupção novamente. Chamou a atenção que o fenômeno, de curta duração, ocorreu em uma área que não presenciava um evento do gênero desde dezembro de 1974. Mas o Kilauea não está sozinho em nosso planeta.Como ele, espalham-se pelo mundo outros <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119674-como-os-vulcoes-sao-formados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vulcões bastante ativos</a> que provocam um misto de medo e admiração. Apesar da preocupação pelos gases e cinzas vulcânicas expelidas, que podem causar doenças respiratórias, é inevitável se deslumbrar pelas imagens de demonstração de poder da natureza.<h2>1. Kilauea (Estados Unidos)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/06/06161350697234.jpg" alt="Nenhum outro vulcão no mundo é tão ativo quanto o Kilauea, no Havaí. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Nenhum outro vulcão no mundo é tão ativo quanto o Kilauea, no Havaí. (Fonte: Hawaii Volcanoes National Park/Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>Não há comparativos entre o Kilauea e demais vulcões na face da terra quando o assunto é atividade. Localizado no Havaí, ele é considerado por especialistas um vulcão jovem com aproximadamente 300 a 600 mil anos. Quando entra em erupção como agora, elas são do tipo efusivas, em que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128883-recorde-de-magma-mais-rapido-do-mundo-e-quebrado-por-vulcao-na-islandia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">magma é fluido</a>, a liberação de gases é fácil e o derramamento de lava é abundante.Ele é um dos cinco vulcões do tipo escudo do Havaí, aqueles que não possuem picos altos. No fim da década de 1990, o Kilauea foi definido pela comunidade científica como o mais ativo, o que o tornou um concorrido ponto turístico do arquipélago. Cerca de 2 milhões de turistas o visitam anualmente, o que levou à construção de hotéis próximo ao vulcão.<h2>2. Reykjanes (Islândia)&nbsp;</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/06/06152538559216.jpeg" alt="Reykjanes é um sistema vulcânico com extensos campos de lava. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Reykjanes é um sistema vulcânico com extensos campos de lava. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>Reykjanes dá nome à península e ao sistema vulcânico situado no sudoeste da Islândia. São cerca de 30 vulcões e 700 crateras, que destacam a região por sua atividade vulcânica sob a superfície, com extensos campos de lava onde pouca ou nenhuma vegetação existe.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128041-por-que-a-islandia-e-um-pais-tao-vulcanicamente-ativo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que a Islândia é um país tão vulcanicamente ativo?</a></li></ul>De acordo com geólogos, o sistema vulcânico de Reykjanes possui entre 5 e 6 quilômetros de largura. A lava na região foi datada como tendo entre 2150 e 3200 anos.<h2>3. Erta Ale (Etiópia)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/06/06153251977217.jpeg" alt="Localizado na região de Afar, no nordeste da Etiópia, o Erta Ale é um vulcão bastante ativo. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Localizado na região de Afar, no nordeste da Etiópia, o Erta Ale é um vulcão bastante ativo. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>O vulcão Erta Ale fica em uma região conhecida como "Portão do Inferno", em que a temperatura média anual chega a 34 graus. O local é muito visitado por turistas, que vão até a Depressão de Danakil pelas maravilhas geológicas que encontram. Entre eles, está o Erta Ale, com seus 600 metros que guardam o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124362-o-que-aconteceria-se-um-humano-caisse-em-um-mar-de-lava.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">maior lago de lava do mundo</a>.A tribo Afar habita a região e tem como parte de seus costumes as caravanas de camelos que levam sal através do deserto, trafegando pela paisagem vulcânica com fontes quentes sulfurosas, leitos de lava e depósitos de sais e minérios. O sistema do Erta Ale conta com três placas tectônicas que, ao se separarem uma da outra, fazem com que o magma suba à superfície. Ele é conhecido como "montanha fumegante" na língua Afar.<h2>4. Sabancaya (Peru)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/06/06155223625222.jpeg" alt="Peru conta com dois vulcões muito ativos, entre eles o Sabancaya. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Peru conta com dois vulcões muito ativos, entre eles o Sabancaya. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>No Peru, o Sabancaya teve sua <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/o-que-impede-mais-de-100-vulcoes-na-antartica-de-entrarem-em-erupcao" rel="noopener noreferrer" target="_blank">primeira erupção</a> registrada no ano de 1695. É considerado um estratovulcão, que são aqueles com perfil íngreme e uma cratera no cume. Ele está a 5967 metros de altitude e permaneceu 200 anos adormecido. Em julho de 1986, detectaram um aumento da emissão térmica, e houve intensa atividade já em dezembro daquele ano.A partir de 1990, o Sabancaya ficou 8 anos ativo continuamente. Ele integra a Zona Vulcânica Central dos Andes, um conjunto de três cinturões vulcânicos distintos na região. O nome deste vulcão vem do idioma quíchua e significa "língua de fogo", em uma provável referência à atividade eruptiva.<h2>5. Sakurajima (Japão)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/06/06160959793232.jpeg" alt="Sakurajima teve a erupção mais poderosa ocorrida no Japão no século XX, em que a lava encheu o estreito entre a ilha e o continente. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Sakurajima teve a erupção mais poderosa ocorrida no Japão no século XX. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>Também um estratovulcão muito ativo, o Sakurajima já foi uma ilha, até que os fluxos de lava de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109931-confira-20-das-erupcoes-mais-extraordinarias-ja-capturadas-em-fotos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">erupção histórica</a>, em 1914, o conectaram com a Península de Osumi. O cume do vulcão, o mais ativo do Japão, possui três picos, sendo que o mais alto está a 1117 metros acima do nível do mar.O Sakurajima faz parte do Parque Nacional Kirishima-Yaku, que recebe uma grande leva de turistas ávidos por conferir seus fluxos de lava e aproveitar os resorts de águas termais ao redor do vulcão.

large_Kilauea_Fissure_8_cone_erupting_on_6-28-2018.jpg

medium_Kilauea_Fissure_8_cone_erupting_on_6-28-2018.jpg

small_Kilauea_Fissure_8_cone_erupting_on_6-28-2018.jpg

thumbnail_Kilauea_Fissure_8_cone_erupting_on_6-28-2018.jpg

Kilauea_Fissure_8_cone_erupting_on_6-28-2018.jpg

Kilauea, Reykjanes e os 5 vulcões mais ativos da Terra

Saindo da África, humanos antigos fizeram uma enorme — e difícil — travessia até chegar no solo que hoje conhecemos como Austrália.

Como os primeiros seres humanos chegaram na Austrália? A resposta a essa pergunta nos leva a uma fascinante jornada pelo tempo, geografia e resiliência humana. Há pelo menos 65 mil anos, os primeiros aventureiros se lançaram ao desconhecido, cruzando mares e continentes até chegarem à vasta terra australiana.&nbsp;Esses pioneiros vieram do que hoje conhecemos como <a href="https://www.megacurioso.com.br/produto/128700-vacina-contra-malaria-comeca-a-ser-aplicada-em-populacao-africana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">África</a>, atravessando a Eurásia e, eventualmente, seguindo para o sudeste asiático antes de fazer a travessia final para a Austrália e Nova Guiné.<h2 style="text-align:justify;">Linhagem africana</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/31/31105919067083.jpg" alt="Da África para o mundo. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Homo sapiens: da África para o mundo. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Durante décadas, os cientistas debateram como essa incrível jornada foi possível. Dois modelos principais foram propostos: o “Fora de África” e o “Multirregional”. O primeiro sugeria que uma única linhagem de Homo sapiens saiu da África e <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128033-dia-da-consciencia-negra-10-palavras-africanas-que-usamos-no-dia-a-dia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">colonizou o mundo</a>. Já o segundo defendia que múltiplas linhagens de humanos modernos evoluíram simultaneamente em diferentes regiões.&nbsp;Com o avanço das pesquisas em DNA e a descoberta de novos fósseis,&nbsp;o consenso atual inclina-se para o modelo de “Origem Africana Recente”, mas reconhece a influência do cruzamento com populações arcaicas locais, como os Neandertais e os Denisovanos.Os primeiros humanos modernos chegaram ao sudeste asiático há cerca de 70 mil anos, coexistindo por um tempo com o&nbsp;Homo erectus, que já habitava a região há mais de 1,5 milhão de anos. Evidências indicam que esses primeiros&nbsp;Homo sapiens cruzaram-se com os Denisovanos, uma espécie que habitava a Ásia e deixou sua marca genética nos povos melanésios e aborígenes australianos atuais.<h2 style="text-align:justify;">Grande travessia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/31/31110051753084.jpg" alt="Austrália e Nova Guiné eram antigamente interligadas. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Austrália e Nova Guiné já foram interligadas. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Durante a maior parte de sua história, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128210-por-que-cangurus-tem-o-costume-de-afogar-cachorros-na-australia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Austrália</a> esteve conectada à Nova Guiné, formando um supercontinente chamado Sahul. A separação definitiva ocorreu há cerca de 8 mil anos, quando o nível do mar subiu.&nbsp;Para chegar a Sahul, os primeiros humanos precisaram navegar por grandes extensões de água, um feito notável para a época.&nbsp;As evidências genéticas sugerem que os povos indígenas da Austrália e da Nova Guiné têm uma ascendência comum, reforçando a teoria de uma migração única e bem-sucedida.A rota mais provável para essa migração, segundo estudos recentes, começava em Bornéu, passava por Sulawesi (ilha da Indonésia) e outras ilhas menores até chegar à Papua Ocidental. De lá, os migrantes podiam caminhar através do que hoje é o Cabo York até o resto da Austrália.&nbsp;Essa rota tinha a vantagem de oferecer visibilidade de costa a costa e exigia menos recursos e energia, tornando a travessia mais viável. Essa teoria é corroborada por evidências arqueológicas em locais como o abrigo rochoso de Madjedbebe, no Território do Norte, onde foram encontrados artefatos datados de 65 mil anos.<h2 style="text-align:justify;">Conquista marítima</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/31/31110712439094.jpg" alt="Navegar foi preciso. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Navegar foi preciso. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A colonização da Austrália é considerada uma das maiores conquistas dos primeiros humanos, marcando a primeira evidência inequívoca de uma travessia marítima significativa. Embora não tenhamos preservações de embarcações antigas, acredita-se que os primeiros australianos usaram jangadas feitas de bambu, um material abundante na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128806-artefatos-de-45-mil-anos-revelam-presenca-do-homo-sapiens-no-leste-da-asia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ásia</a>.Os primeiros sítios de ocupação humana na Austrália datam de aproximadamente 50 mil anos atrás. Locais como Madjedbebe e a Ilha Barrow revelam uma presença humana contínua e adaptável, com artefatos que mostram uma evolução tecnológica significativa ao longo do tempo. Ferramentas de pedra, arte rupestre e pigmentos minerais como o ocre indicam uma cultura rica e complexa desde os primórdios da ocupação humana.Os restos humanos mais antigos encontrados, como os do Lago Mungo,&nbsp;datam de cerca de 42 mil anos e oferecem um vislumbre das práticas funerárias e da vida dos primeiros australianos.&nbsp;Essas descobertas arqueológicas não apenas iluminam o caminho da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125512-descoberta-de-ossos-com-86-mil-anos-no-laos-pode-mudar-a-historia-da-migracao-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">migração humana</a>, mas também celebram a engenhosidade e a perseverança dos nossos ancestrais que, movidos pelo instinto de explorar e sobreviver, conseguiram colonizar um continente tão distante e isolado.

large_a-grande-travessia-como-os-primeiros-humanos-chegaram-na-australia-thumb.png

medium_a-grande-travessia-como-os-primeiros-humanos-chegaram-na-australia-thumb.png

small_a-grande-travessia-como-os-primeiros-humanos-chegaram-na-australia-thumb.png

thumbnail_a-grande-travessia-como-os-primeiros-humanos-chegaram-na-australia-thumb.png

a-grande-travessia-como-os-primeiros-humanos-chegaram-na-australia-thumb.png

A grande travessia: como os primeiros humanos chegaram na Austrália?

Dados indicam que Witwatersrand abriga 40% de todo o outro extraído no planeta e mais uma quantia que pode ainda existir.

A bacia de Witwatersrand, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125451-os-varios-misterios-das-bilenares-esferas-de-klerksdorp.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">África do Sul</a>, pode estar guardando uma enorme carga de "ouro invisível", estimada em US$ 24 bilhões. A região foi palco de uma grande corrida do ouro no final do século XIX — período que impulsionou a fundação de Joanesburgo. Pesquisadores estimam que 40% de todo o ouro extraído no planeta até agora tenha sido obtido nessa área.Porém, vastas colinas de resíduos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128643-noruega-aprova-pratica-controversa-de-mineracao-em-alto-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mineração</a> podem ter sido deixadas para trás. Pensando nisso, o metalúrgico de apenas 26 ano, Dr. Steve Chingwaru, do Zimbábue, recentemente realizou uma investigação que mostrou a existência de 6 bilhões de toneladas de rejeitos em torno das minas de Joanesburgo que podem conter até 460 toneladas do chamado "ouro invisível".<h2>Busca incessante por ouro</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/31/31132408968183.jpg" alt="Ouro encontrado em Witwatersrand em 1886 trouxe grandes transformações à região. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Ouro encontrado em Witwatersrand em 1886 trouxe grandes transformações à região. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Embora seja seu formato mais conhecido, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126902-por-que-o-ouro-e-um-mineral-tao-macio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ouro</a> nem sempre surge na forma de pepitas brilhantes. Em diversos cenários, esse metal precioso pode ser visto em pequeninas quantidades presas dentro de ouros minerais. Porém, essa sua forma não é visível ao olho humano, o que faz com que ganhe o nome de "ouro invisível".Depois de quantificar o ouro armazenado nas colinas residuais de Witwatersrand, o projeto de Chingwaru tentou buscar formas mais eficientes de processar depósitos de rejeitos para obter essas camadas de ouro. Como os métodos atuais são bastante ineficazes nesse processo, uma nova técnica seria a única maneira desse metal ser extraído.Segundo Chingwaru, a baixa concentração de ouro dentro de rejeitos sempre foi considerada de teor muito pequeno para ter valor. Contudo, como a mineração extensiva esgotou a maior parte da concentração de ouro de alto teor, procurar o "ouro invisível" em fontes de baixa concentração tornou-se algo mais viável.&nbsp;<h2>Riqueza escondida</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/31/31132518913187.jpg" alt="Busca do Dr. Steve Chingwaru pelo "><figcaption>Busca do Dr. Steve Chingwaru pelo "ouro invisível" pode explorar mercado de até US$ 24 bilhões. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Em sua pesquisa de doutorado, Chingwaru notou que apenas 30% do "ouro invisível" era extraído através dos processos tradicionais. Então, ele passou a se questionar onde os outros 70% iam parar e como eles poderiam ser removidos da natureza com segurança. Além de serem ineficazes, os atuais métodos de exploração de depósitos de rejeitos podem ser altamente prejudiciais ao meio ambiente."Quando os sulfuretos são oxidados, produzem ácido sulfúrico e, quando este vai para as águas subterrâneas, aumenta a mobilidade de vários elementos tóxicos. É um grande problema em algumas partes de Joanesburgo, onde temem que as suas águas subterrâneas estejam a ficar poluídas pela drenagem ácida das minas causada pelos rejeitos", explicou o pesquisador em comunicado oficial.Pensando nisso, o pesquisador decidiu testar métodos de reprocessamento eficiente de depósitos de rejeitos, uma nova técnica com grande potencial econômico e também com fortes benefícios ambientais. Em sua investigação, o jovem pesquisador indica que os rejeitos de Joanesburgo contêm uma fortuna em ouro avaliada em aproximadamente US$ 24 bilhões. Como próxima etapa, Chingwaru deverá avaliar se seu novo método é barato o suficiente para extrair ouro e obter lucro.

large_o-que-e-o-ouro-invisivel-que-vale-usdollar-24-bilhoes-no-solo-da-africa-do-sul-thumb.png

medium_o-que-e-o-ouro-invisivel-que-vale-usdollar-24-bilhoes-no-solo-da-africa-do-sul-thumb.png

small_o-que-e-o-ouro-invisivel-que-vale-usdollar-24-bilhoes-no-solo-da-africa-do-sul-thumb.png

thumbnail_o-que-e-o-ouro-invisivel-que-vale-usdollar-24-bilhoes-no-solo-da-africa-do-sul-thumb.png

o-que-e-o-ouro-invisivel-que-vale-usdollar-24-bilhoes-no-solo-da-africa-do-sul-thumb.png

O que é o "ouro invisível" que vale US$ 24 bilhões no solo da África do Sul?

Conheça a história da misteriosa ilha de Teonimanu nas Ilhas Salomão, que desapareceu subitamente devido a cataclismos naturais.

Teonimanu, outrora uma próspera ilha nas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128181-rato-gigante-e-filmado-quebrando-cocos-nas-ilhas-salomao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ilhas Salomão</a>, no oceano Pacífico, agora repousa submersa nas profundezas do mar. A intrigante história de seu desaparecimento oferece um exemplo fascinante de como eventos geológicos catastróficos podem moldar a história e a cultura de uma região, influenciando a memória coletiva e as tradições orais de seus habitantes.<h2>Tradições orais e mitos locais</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/23/23204310438008.jpg" alt="As tradições orais das Ilhas Salomão estão repletas de narrativas sobre o desaparecimento de Teonimanu. (Fonte: Getty Images / Reprodução)"><figcaption>As tradições orais das Ilhas Salomão estão repletas de narrativas sobre o desaparecimento de Teonimanu. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Segundo relatos dos povos do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127236-esferas-encontradas-no-pacifico-tem-origem-fora-do-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pacífico</a>, Teonimanu era uma ilha vulcânica com paisagens montanhosas, florestas tropicais e áreas cultiváveis, semelhante às ilhas vizinhas como Ulawa e Makira. A vida na ilha era próspera e culturalmente rica, com a comunidade dependente da pesca, agricultura e comércio inter-ilhas. Os habitantes produziam artefatos de madeira sofisticados e viviam em vilarejos estrategicamente localizados para aproveitar os recursos naturais abundantes, como solos férteis e águas ricas em peixes.As tradições orais das Ilhas Salomão, transmitidas de geração em geração, são ricas em narrativas sobre o desaparecimento de Teonimanu. Segundo essas histórias, a ilha foi tragada pelo mar após uma série de eventos catastróficos. Um dos mitos mais conhecidos envolve uma mulher chamada Sauwete'au, que fugiu com seu amante para Teonimanu. Seu marido, Roraimenu, em um ato de vingança, lançou uma maldição sobre a ilha, desencadeando oito ondas destrutivas que levaram à sua submersão.O geólogo Patrick Nunn, da Universidade de Sunshine Coast, especializado em geomitologia, destaca que as narrativas orais podem fornecer pistas valiosas sobre eventos geológicos antigos, mostrando como a cultura e a ciência podem se complementar.<h2>A evidência científica</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/23/23205015916011.jpg" alt="Mapa de parte das Ilhas Salomão mostrando (em vermelho) prováveis ??ilhas submersas, incluindo Teonimanu. (Fonte: Patrick Nunn / Reprodução)"><figcaption>Mapa de parte das Ilhas Salomão mostrando (em vermelho) prováveis ilhas submersas, incluindo Teonimanu. (Fonte: Patrick Nunn / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os estudos geológicos corroboram as tradições orais sobre o desaparecimento de Teonimanu. A ilha, localizada onde hoje é Lark Shoal, estava situada sobre uma cordilheira submarina instável, caracterizada por sua vulnerabilidade a movimentos tectônicos. Essa instabilidade geológica foi um fator crucial para o dramático evento que levou ao desaparecimento da ilha: um grande terremoto submarino que desestabilizou a cordilheira, provocando um deslizamento de terra em larga escala.Esse deslizamento submarino gerou um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120090-os-6-maiores-tsunamis-ja-registrados-na-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tsunami</a> devastador que varreu Teonimanu, submergindo-a rapidamente. A análise dos detritos do deslizamento e dos dados sísmicos mostra que a estrutura subjacente à ilha era particularmente suscetível a tais eventos. Nunn identificou esses detritos e determinou que o evento ocorreu entre os séculos XVI e XVIII. Esse período coincide com as tradições orais dos habitantes locais, que relatam o desaparecimento abrupto da ilha.A história de Teonimanu, a ilha perdida das Ilhas Salomão, é um exemplo poderoso de como mitos e ciência podem se entrelaçar para revelar verdades sobre nosso mundo. As tradições orais, preservadas por gerações, não apenas mantêm viva a memória de eventos catastróficos, mas também fornecem dados valiosos para a pesquisa científica.

large_teonimanu-a-ilha-que-desapareceu-do-oceano-pacifico-thumb.png

medium_teonimanu-a-ilha-que-desapareceu-do-oceano-pacifico-thumb.png

small_teonimanu-a-ilha-que-desapareceu-do-oceano-pacifico-thumb.png

thumbnail_teonimanu-a-ilha-que-desapareceu-do-oceano-pacifico-thumb.png

teonimanu-a-ilha-que-desapareceu-do-oceano-pacifico-thumb.png

Teonimanu: a ilha que desapareceu do oceano Pacífico

Mapa geológico foi desenvolvido para representar a superfície e composição lunar para viagens futuras.

Astrônomos chineses recentemente lançaram a primeira edição do primeiro mapa mais detalhado da história sobre a superfície da Lua. O artefato, que vem sendo considerado o "primeiro atlas geológico de alta definição de toda a Lua", não fornece apenas imagens das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128706-misterio-de-crateras-explosivas-na-siberia-pode-ter-sido-resolvido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crateras</a> vistas por telescópios e orbitadores, mas também mapas geológicos, litológicos e tectônicos de toda a superfície lunar.&nbsp;A NASA havia criado mapas detalhados do lado próximo da Lua antes das missões Apollo e divulgado publicamente. Porém, como a exploração lunar foi interrompida durante décadas, os dados foram ficando desatualizados e não condizentes com as novas tecnologias que surgiram. Agora que diversos países competem para chegar à Lua mais uma vez, é de se imaginar que mais novidades como esta sigam surgindo.<h2>Mapeamento da Lua</h2><figure class="image"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/05/24/24131755896051.jpg" alt="geologic-map-of-the-moon-l.jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/05/24/24131755927052.jpg 245w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/24/24131756005053.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/24/24131756021054.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/24/24131756036055.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Após anos de estudos, pesquisadores desenvolveram atlas em alta definição da Lua. (Fonte: Chinese Academy of Sciences / Divulgação)</figcaption></figure>Foram necessários anos de operação por orbitadores lunares equipados com sensores muito mais avançados do que os disponíveis na época pré-Apollo para os pesquisadores conseguirem produzir uma riqueza de novas informações sobre o satélite natural da Terra. Em comunicado oficial, o editor-chefe do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/brasil-aparece-no-centro-do-mundo-em-novo-atlas-publicado-pelo-ibge" rel="noopener noreferrer" target="_blank">atlas</a> e membro do Instituto de Geoquímica da Academia Chinesa de Ciências, Liu Jianzhong, afirmou que o projeto era uma necessidade.“Com o acúmulo de dados e resultados de pesquisas, esses mapas geológicos lunares antigos não atendiam mais às necessidades futuras de pesquisas científicas e de exploração lunar”, disse. Liu supervisionou a produção de mapas geológicos da Lua numa escala de 1:2,5 milhões. Além de mapas detalhados de 30 quadrantes diferentes, também foram criados mapas de toda a superfície lunar — distorcidos perto dos polos.Embora a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128323-exploracao-humana-altera-geografia-da-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a> não tenha placas tectônicas ativas como na Terra, os pesquisadores conseguiram identificar as chamadas "unidades tectônicas" em sua fase de formação.&nbsp;<figure class="image"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/05/24/24131755005043.jpg" alt="tectonic-map-l.jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/05/24/24131754911041.jpg 245w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/24/24131754989042.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/24/24131755067045.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/24/24131755067044.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>O mapa tectônico foi criado para revelar as localizações das unidades tectônicas e traz explicações do sistema de classificação das estruturas lunares. (Fonte: Chinese Academy of Sciences / Divulgação)</figcaption></figure><h2>Dados adicionais</h2>&nbsp;Além do mapa tectônico, os cientistas chineses também elaboraram o mapa litográfico, que marca diferentes tipos de rochas por cor. O mais tradicional, por sua vez, foi o mapa geológico, o qual identificou crateras, suas composições e os momentos de formação. No processo de produção dos mapas, os investigadores criaram uma espécie de "nova linha do tempo lunar".A nova linha temporal enfatiza a importância de mudanças que ocorreram na juventude da Lua — período em que ela passou a ser dominada por influências externas, como impactos de asteroides. Os criadores do atlas dizem que essa distinção de tempo também ajudou na classificação das estruturas lunares e os tipos de rochas utilizadas para a criação dos diferentes tipos de mapa.Além de um grande potencial educacional, o atlas — que está disponível em chinês e inglês — deve despertar ainda mais interesse na história da Lua como consequência das próximas aterrissagens humanas no satélite. Seus criadores enxergam os mapas como ferramentas para pesquisa científica lunar, seleção de locais de pouso e até mesmo exploração de recursos no futuro.Caso você tenha ficado interessado, o Map Quadrangles of the Geologic Atlas of the Moon está sendo <a href="https://www.nhbs.com/map-quadrangles-of-the-geologic-atlas-of-the-moon-book">vendido no site da Geological Publishing House</a> pela moderada bagatela de 1.450 libras esterlinas, o equivalente a mais de R$ 9,5 mil.

large_1o-atlas-da-lua-em-alta-definicao-e-lancado-por-cientistas-chineses-thumb.png

medium_1o-atlas-da-lua-em-alta-definicao-e-lancado-por-cientistas-chineses-thumb.png

small_1o-atlas-da-lua-em-alta-definicao-e-lancado-por-cientistas-chineses-thumb.png

thumbnail_1o-atlas-da-lua-em-alta-definicao-e-lancado-por-cientistas-chineses-thumb.png

1o-atlas-da-lua-em-alta-definicao-e-lancado-por-cientistas-chineses-thumb.png

1º atlas da Lua em alta definição é lançado por cientistas chineses

Descubra a fascinante história do cinábrio, o mineral que encantou e ameaçou antigas civilizações.

O cinábrio, também conhecido como "sangue perdido de dragão", é um mineral que capturou a imaginação de diversas culturas ao longo da história devido à sua cor vermelha vibrante e suas propriedades únicas. Contudo, o fascínio pela substância tem um lado sombrio, pois ela é uma das principais fontes de mercúrio, um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128008-os-7-elementos-mais-mortais-da-tabela-periodica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">elemento altamente tóxico</a>.<h2>Uso cultural do minério</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/17/17102537696060.jpg" alt="As pedras de cinábrio eram transformadas no pó conhecido como vermelhão. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>As pedras de cinábrio eram transformadas no pó conhecido como vermelhão. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Desde tempos antigos, o cinábrio foi altamente valorizado como pigmento vermelho, conhecido como <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/116210-quatro-cores-das-quais-e-melhor-ficar-bem-longe.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vermelhão</a>. Civilizações ao redor do mundo, de Çatalhöyük, na Turquia, à cultura Yangshao, na China, utilizavam o mineral para criar tintas de um vermelho intenso. Esse pigmento, capaz de produzir tons que variam do vermelho laranja brilhante ao violeta avermelhado, era empregado em murais, cerâmicas e pinturas rupestres.Na Europa, especialmente durante o Renascimento, o cinábrio foi amplamente utilizado por artistas renomados como Giotto, Tiziano e Van Eyck. As minas de Almadén, na Espanha, eram a principal fonte desse pigmento valioso, cuja produção datava de 6000 a.C. O custo elevado do mineral, que chegava a ser três vezes o preço do precioso azul egípcio, refletia seu valor e raridade.Além de seu uso como pigmento, o cinábrio foi empregado na criação de objetos decorativos e em rituais. Na China, o mineral era usado para colorir lacas esculpidas e objetos cerimoniais, e na cultura hindu, era aplicado na forma de sindoor, um pó vermelho usado por mulheres casadas. Culturas da América do Sul e Mesoamérica também utilizavam o minério vermelho em túmulos, murais e ornamentos, muitas vezes associado a rituais de bênção e enterros.<h2>O lado perigoso do cinábrio</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/17/17103642764072.jpg" alt="O cinábrio é composto por sulfeto de mercúrio, uma substância altamente tóxica. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>O cinábrio é composto por sulfeto de mercúrio, uma substância altamente tóxica. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O principal problema do cinábrio reside em sua composição química: sulfeto de mercúrio (HgS). Quando aquecido, o mineral libera vapores de mercúrio, altamente tóxicos se inalados. Embora em sua forma natural ele seja relativamente seguro, qualquer processo que envolva aquecimento pode liberar mercúrio metálico, expondo trabalhadores e artistas a riscos severos de envenenamento.Com o avanço da ciência e o desenvolvimento de pigmentos sintéticos mais seguros, o uso do minério vermelho começou a declinar no início do século XX. Pigmentos como o vermelho-cádmio, menos tóxicos e mais estáveis, substituíram o cinábrio em muitas aplicações artísticas e industriais. Hoje, seu uso é restrito, e sua manipulação requer precauções rigorosas para evitar a exposição ao mercúrio.O cinábrio é um mineral fascinante que desempenhou um papel significativo na história da arte e na mineração. Sua cor vibrante e suas propriedades únicas o tornaram um recurso valioso para várias civilizações, mas seu conteúdo de mercúrio também representou um grande perigo. Com a substituição por pigmentos sintéticos mais seguros, o uso do <a href="https://www.megacurioso.com.br/minerais/46796-confira-os-9-minerais-mais-toxicos-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mineral</a> diminuiu, mas sua história permanece um testemunho da engenhosidade e dos riscos enfrentados pelos povos antigos.

large_20173203133269.jpg

medium_20173203133269.jpg

small_20173203133269.jpg

thumbnail_20173203133269.jpg

20173203133269.jpg

Cinábrio: o perigoso mineral vermelho que encantou povos antigos

Pesquisadores acreditam que localização linear das antigas pirâmides do Egito são um indicador do que pode ter acontecido na região no passado.

Um novo estudo por pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte criou uma teoria para o motivo por trás das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128772-polemica-egito-planeja-reformar-piramide.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antigas pirâmides do Egito</a> terem sido encontradas em uma faixa comum de deserto estéril — longe das margens do rio Nilo.&nbsp;O artigo sugere que essas estruturas, na verdade, teriam sido construídas ao longo de um braço do sistema fluvial que se perdeu no tempo. Isso não só explicaria a localização das pirâmides, mas também forneceria algumas informações sobre como essas estruturas foram misteriosamente erguidas há mais de 4,5 mil anos.&nbsp;<h2>Resquícios do passado egípcio</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/21/21193110374010.jpg" alt="Pesquisa indica que ramificação do rio Nilo teria existindo por perto das famosas pirâmides. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Pesquisa indica que ramificação do rio Nilo teria existindo por perto das famosas pirâmides. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Conforme cita o estudo, mais de 30 pirâmides estão situadas ao longo de uma faixa vertical entre Gizé e Lisht. Isso inclui a Grande Pirâmide de Gizé, a mais famosa entre elas e uma das únicas <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124633-o-que-aconteceu-com-as-7-maravilhas-do-mundo-antigo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sete Maravilhas do Mundo Antigo</a> que permaneceu de pé. Esse campo de pirâmides está a uma distância razoável do moderno Nilo.No entanto, cientistas sabem que o rio mudou significativamente ao longo dos anos e, provavelmente, tinha vazões muito maiores no passado e ramais que não existem mais. Por isso, a equipe de investigadores liderada pelo Dr. Eman Ghoneim decidiu realizar levantamentos geofísicos e coletar amostras de sedimentos na região.Segundo Ghoneim, os dados revelam evidências de um antigo braço de 64 km do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/os-6-paises-que-mais-desperdicam-agua-no-mundo-todo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rio Nilo</a> que teria sumido de uma vez por todas. “Estamos falando de meio quilômetro ou mais em termos de largura, o que equivale à largura atual do curso do Nilo”, destacou. No entanto, parece que esse ramo começou a ser engolido há cerca de 4,2 mil anos — séculos depois da construção das pirâmides.<h2>Transformação da região</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/21/21193202767018.jpg" alt="Após secas severas, pirâmides do Egito teriam ficado isoladas em região desértica. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Após secas severas, pirâmides do Egito teriam ficado isoladas em região desértica. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Os pesquisadores explicam que o antigo ramo do Nilo ficou completamente coberto de areia soprada pelo vento após uma seca intensa na região. Assim, acabou sendo totalmente soterrado sob um manto desértico. À medida que os ramos foram desaparecendo, as cidades e vilas do Antigo Egito também foram ficando soterradas sob sedimentos e consequentemente desapareceram.&nbsp;Ghoneim ainda afirma que essas cidades provavelmente ainda estão escondidas em algum lugar por aí, mas os pesquisadores não fazem ideia de onde encontrá-las. Quanto ao braço do Nilo, o pesquisador afirma que ele teria sido uma ferramenta inestimável para ajudar na construção das pirâmides antes de desaparecer.Em vez de transportar enormes quantidades de pedra pela areia, a hidrovia teria permitido aos trabalhadores levarem toneladas de materiais de um lado para outro sem grandes dificuldades. “Se existem pirâmides por toda parte nesta área específica, deve ter havido no passado corpos de água que transportaram ou facilitaram o transporte de rochas e um grande número de trabalhadores para esses locais”, concluiu o estudo.

Geologia

Novidades