Imagem de Chester Greendwood fez revolução ao inventar os protetores de orelha no megacurioso

O acessório simples foi influente na Primeira Guerra Mundial e mudou a economia de uma cidade inteira

O estado do Maine est&aacute; localizado a nordeste dos Estados Unidos, e al&eacute;m de ser conhecido pelo seu litoral rochoso e sua vasta hist&oacute;ria mar&iacute;tima, ele tamb&eacute;m &eacute; famoso por seus invernos extremamente frios, que culminam em ver&otilde;es bem amenos.
Portanto, existe um motivo pelo qual, h&aacute; 39 anos, o primeiro s&aacute;bado de inverno &eacute; chamado de Chester Greenwood Day, em homenagem ao ambicioso e revolucion&aacute;rio homem (ainda menino, quando come&ccedil;ou) que inventou um acess&oacute;rio t&atilde;o comum, mas que salva pessoas at&eacute; hoje dos frios intensos: os protetores de orelha.
<h2>Transformando necessidade em inven&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/fonte-uspto-reproducao-21152224089329.jpg" alt="(Fonte: USPTO/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: USPTO/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Nascido em 4 de dezembro de 1858, na regi&atilde;o de Farmington, no Maine (EUA), Greenwood se tornou um &aacute;vido entusiasta da<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121115-como-os-patinadores-artisticos-nao-ficam-tontos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;patina&ccedil;&atilde;o no gelo</a>&nbsp;aos 15 anos, aproveitando ao m&aacute;ximo as lagoas congeladas pr&oacute;ximo de onde morava no momento que o inverno chegava.
Foi assim que ele descobriu que n&atilde;o conseguia patinar por muito tempo, porque suas orelhas congelavam com o vento enregelado, uma vez que n&atilde;o podia usar os famosos gorros de l&atilde; como prote&ccedil;&atilde;o porque era al&eacute;rgico. At&eacute; hoje existe um debate se as orelhas de Greenwood eram extremamente sens&iacute;veis, a ponto de ficarem azuis, ou se eram apenas grandes demais e frias, como seus descendentes alegam, segundo registros familiares.
Seja como for, o jovem precisava encontrar uma alternativa para continuar brincando durante o inverno sem que suas orelhas congelassem, portanto, ele teve a ideia de desenvolver uma esp&eacute;cie de arma&ccedil;&atilde;o arredondada feita de metal que fosse compat&iacute;vel com a circunfer&ecirc;ncia de sua cabe&ccedil;a. Em cada ponta, com ajuda de sua av&oacute;, foram costuradas pequenas almofadas de flanela e pele de castor. Assim surgiu o primeiro protetor de orelhas (earmuffs) da hist&oacute;ria.
A princ&iacute;pio, como sempre acontece diante de algo novo, Greenwood sofreu muito&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/99435-para-quem-faz-bullying-agir-com-violencia-e-tao-bom-quanto-comer-chocolate.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bullying</a>&nbsp;dos colegas e de estranhos que o encontravam usando os protetores, devido ao design considerado "pitoresco" para &eacute;poca. No inverno, o comum era utilizar os tradicionais gorros de l&atilde; ou chap&eacute;us com abas especiais que rebatiam o vento frio.
<h2>Fazendo hist&oacute;ria</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/skate-guard-reproducao-21152722945335.jpg" alt="Skate Guard/Reprodu&ccedil;&atilde;o" />(Fonte: Skate Guard/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Apesar disso, Greenwood n&atilde;o s&oacute; continuou usando sua inven&ccedil;&atilde;o quanto realizando melhorias para seu conforto. Ao longo dos anos, ele acabou substituindo a arma&ccedil;&atilde;o de metal, e as almofadas passaram a ser articuladas para garantir maior press&atilde;o contra as orelhas, facilitando at&eacute; mesmo sua portabilidade.
Ap&oacute;s 10 anos, o jovem decidiu abrir uma pequena f&aacute;brica para disseminar sua inven&ccedil;&atilde;o. No come&ccedil;o, ele empregava apenas 11 trabalhadores, que chegaram a produzir at&eacute; 50 mil pares de protetores em 1883. Aos poucos, a inven&ccedil;&atilde;o feita pelas m&atilde;os de sua falecida av&oacute; se tornava um neg&oacute;cio lucrativo o suficiente para sustentar toda sua fam&iacute;lia.
Apesar da linha de produ&ccedil;&atilde;o, Greenwood fez quest&atilde;o de contratar mulheres locais que faziam costura &agrave; m&atilde;o em casa para fechar os protetores manualmente, preservando o toque importante dado por sua av&oacute; &ndash; e que fez toda a diferen&ccedil;a anos antes para que o acess&oacute;rio se tornasse funcional.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/fonte-anna-om-getty-images-21152936736336.jpg" alt="(Fonte: Anna_Om/Getty Images)" />(Fonte: Anna_Om/Getty Images)
Segundo Denis Haszko, agente de patentes do escrit&oacute;rio de advocacia Eaton Peabody, apesar de os protetores de orelhas de Greenwood n&atilde;o terem sido, necessariamente, os primeiros do mundo, foram a vers&atilde;o mais aprimorada que j&aacute; existiu &ndash; e tamb&eacute;m a que fez sucesso. Se uma patente fosse solicitada hoje, seria muito mais dif&iacute;cil, caro e demorado do que h&aacute; 143 anos.
Como aconteceu em v&aacute;rios setores industriais, quando a<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117623-conheca-a-historia-da-primeira-guerra-mundial.htm#:~:text=Em%2028%20de%20junho%20de,in%C3%ADcio%20da%20Primeira%20Guerra%20Mundial." rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;Primeira Guerra Mundial</a>&nbsp;eclodiu, o&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119905-como-teria-sido-o-mundo-sem-a-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inverno rigoroso&nbsp;</a>&nbsp;enfrentado no campo de batalha exigiu que o empres&aacute;rio come&ccedil;asse a exportar seus protetores, criando uma demanda t&atilde;o alta que construiu um verdadeiro imp&eacute;rio que transformou a economia e a hist&oacute;ria de Farmington.
Chester Greewnwood faleceu em 5 de julho de 1937, aos 78 anos, em sua cidade natal no Maine, onde tudo come&ccedil;ou, ap&oacute;s ter alcan&ccedil;ado a marca de mais de 400 mil pares de protetores em 1 ano de produ&ccedil;&atilde;o. Ao longo de sua vida, ele continuou criando inven&ccedil;&otilde;es, acumulando mais de 100 patentes em seu nome, entre dispositivos dom&eacute;sticos e industriais.

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Chester Greendwood fez revolução ao inventar os protetores de orelha

Imagem de Hanz Holzer, o primeiro caçador de fantasmas dos Estados Unidos no megacurioso

O escritor e parapsicólogo austríaco inspirou programas e filmes como Os Caça-Fantasmas

<head></head><body>Programas e documentários que abordam a investigação de casas mal-assombradas e outros mistérios sobrenaturais têm tomado conta dos canais de TV por assinatura e plataformas de streaming nos últimos anos. O que muitos fãs não sabem é que a maioria destas produções são inspiradas no trabalho do escritor e parapsicólogo Hanz Holzer.Considerado o “primeiro caçador de fantasmas dos Estados Unidos”, ele nasceu na Áustria em 1920 e desde cedo demonstrava interesse no assunto. Ainda no jardim de infância, seus pais foram alertados de que ele assustava os colegas de sala com histórias fantasmagóricas ensinadas por um tio.Ao se mudar para os EUA, em 1938, pouco antes da invasão nazista à Áustria, Holzer fez cursos nas áreas de religião e parapsicologia. Depois de se formar, lecionou no Instituto de Tecnologia de Nova York, cidade onde começou a investigar casos de assombrações no início da década de 1960.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/19/19213539471493.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Naquele período, o especialista escreveu seu primeiro livro, Ghost Hunter, detalhando algumas das aparições que estudou. Dali em diante sua fama começou a ganhar o mundo, resultando em mais de 100 obras abordando os mistérios sobre fantasmas e vida após a morte.<h2>Amityville: o caso mais famoso</h2>O primeiro caça-fantasmas da América do Norte realizou diversas investigações ao longo da carreira, mas um dos casos mais famosos foram os assassinatos cometidos por Ronald DeFeo Jr em Amityville. Em novembro de 1974, <a href="https://www.megacurioso.com.br/historias-macabras/102120-horror-em-amityville-o-que-realmente-aconteceu-na-famosa-casa-assombrada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">DeFeo Jr. matou seus pais e quatro irmãos</a>, alegando ter recebido ordens de vozes do além.&nbsp;Trabalhando em parceria com a médium Ethel Johnson-Meyers, Holzer foi até a casa e relatou ter entrado em contato com o espírito de um chefe indígena Shinnecock. Ele teria revelado que o imóvel estava acima de um cemitério sagrado e que um espírito raivoso possuiu DeFeo Jr. no momento dos assassinatos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/19/19213922863494.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Ao examinar as imagens que fez dos buracos de bala nas paredes da casa, o parapsicólogo disse ainda ter notado auréolas misteriosas nas fotos. No entanto, algumas afirmações foram contestadas por historiadores locais, que negaram a presença dos povos Shinnecock na região de Amityville.Vários livros contando sobre a sua experiência no foram publicados, inspirando também franquias de cinema de sucesso com o nome do local. As investigações e o trabalho de Hanz também inspiraram o clássico Os Caça-Fantasmas, de 1984.Na opinião de Holzer, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120766-6-razoes-cientificas-que-explicam-por-que-vemos-fantasmas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">assombrações</a> são a “memória emocional sobrevivente de alguém que morreu de forma traumática e, geralmente, tragicamente, mas não tem conhecimento de sua morte.” Para o especialista, esses espíritos não estão dispostos a abandonar o mundo físico e, por isso, permanecem no local onde existe apego emocional.O “maior caçador de fantasmas de todos os tempos”, como é referido por Aykroyd, morreu em 2009, aos 89 anos.</body>

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Hanz Holzer, o primeiro caçador de fantasmas dos Estados Unidos

Imagem de 5 fatos misteriosos sobre a Idade da Pedra no megacurioso

Período da Pré-História que marcou o início da elaboração de ferramentas pelos seres humanos, a Idade da Pedra guarda mistérios até hoje

<head></head><body>Chamamos de Idade da Pedra o amplo <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121252-o-guia-definitivo-das-eras-historicas-da-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">período pré-histórico</a> em que a pedra foi muito utilizada na elaboração de ferramentas. Segundo pesquisadores, compreende-se que esse recorte de tempo tenha durado, aproximadamente, 3,4 milhões de anos.Seu fim é tema de discussão entre estudiosos não havendo consenso, razão pela qual é aceito que isso tenha ocorrido entre 4000 a.C. e 2000 a.C., a partir do momento em que a humanidade desenvolveu a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122672-farta-producao-de-bronze-na-china-antiga-foi-enfim-desvendada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">metalurgia</a>. Alguns fatos ocorridos no período seguem sendo mistérios, e é sobre alguns deles que queremos falar. Confira.<h2>1. Gobekli Tepe</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/22/22144759150006.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121893-gobekli-tepe-a-antiga-construcao-que-teria-invertido-a-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gobekli Tepe</a> é conhecido como o templo mais antigo do mundo. A complexidade geométrica do espaço é um mistério para os cientistas. Localizado no sudoeste da Turquia, esse sítio arqueológico é datado do período neolítico, o trecho final da Idade da Pedra.Ele foi descoberto em 1994, inicialmente sacudindo as teorias sobre o aparecimento da religião organizada, isto é, como uma instituição social em que as crenças e rituais são organizados e estabelecidos formalmente. Porém, até hoje, seu significado exato, suas esculturas, seu projeto arquitetônico e o objetivo de sua construção seguem sendo um enigma.&nbsp;<h2>2. A idade da Esfinge de Gizé</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/22/22145212860007.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Um dos pontos mais visitados em todo o mundo, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121825-por-que-a-esfinge-de-gize-foi-construida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Esfinge de Gizé</a> é um símbolo nacional do Egito, mas um enigma mundial. Isso porque não há consenso entre arqueólogos, geólogos e egiptólogos sobre sua idade. A crença popular afirma que a figura de pedra com corpo de leão e cabeça de homem usando uma coroa de faraó teria, aproximadamente, 4500 anos.Ela teria sido erguida para Quéfren, faraó egípcio da IV Dinastia, durante o Antigo Império. No entanto, alguns egiptólogos apontam, desde o século XIX, que apesar da localização da Esfinge de Gizé, não há inscrições que ligam Quéfren a ela. Uma teoria recente sugere que sua idade seja maior, cerca de 9000 anos. Contudo, segue o mistério.<h2>3. O sítio astronômico de Nabta Playa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/22/22145740187009.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Mais antigo que <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/121285-stonehenge-era-um-calendario-solar-na-antiguidade-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Stonehenge</a>, Nabta Playa é considerado o primeiro espaço utilizado como observatório astronômico da Terra. Sociedades antigas em diferentes lugares do mundo tinha o hábito de construir espaços circulares de pedra, alinhando-os com o Sol e as estrelas, de modo a marcar as estações do ano.Eram espécies primitivas de calendários, que ajudavam as civilizações a determinar o momento de plantar e de colher, sem contar que serviam como templos para cerimônias, seja de celebração ou de sacrifício. Nabta Playa, mesmo não sendo o mais famoso desses lugares, é o mais antigo.Ali, diferentes <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120870-conheca-a-tribo-nomade-que-nada-ate-60-metros-debaixo-da-agua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">populações nômades</a> marcaram o solstício de verão e a chegada das monções. O maior mistério que cerca o local diz respeito aos povos que ali habitaram: o que aconteceu com eles é uma pergunta ainda sem resposta.<h2>4. Torre de Jericó</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/46/Jericho_Neolitic_Tower_P1190761.JPG/640px-Jericho_Neolitic_Tower_P1190761.JPG"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/22/22150157364011.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A Torre de Jericó é considerada o primeiro arranha-céu do mundo. Localizada na periferia de Jericó, em 1952, inúmeras teorias a seu respeito já foram levantadas. Levantada por volta de 8000 a.C., ela foi construída ao lado da Muralha de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/98625-possiveis-explicacoes-cientificas-para-3-historias-que-existem-na-biblia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jericó</a>, mas não se sabe muito bem a razão. A teoria mais recente sobre ela é de dois arqueólogos da Universidade de Tel Aviv.Acredita-se que tenha sido usada para conectar a população com as colinas ao redor e com o elemento celeste do sol poente. Ela estaria relacionada com medos e crenças primitivas cosmológicas dos aldeões que ali moravam.<h2>5. Hipogeu de Hal Saflieni</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/22/22150625711013.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)<a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/46863-proxima-parada-malta-a-pequena-ilha-de-grandes-encantos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Malta é um arquipélago situado no Mar Mediterrâneo</a>. Ali, foi descoberto o Hipogeu de Hal Saflieni, um cemitério pré-histórico subterrâneo, constituído por diferentes câmaras escavadas diretamente na rocha, todas interligadas e distribuídas em três níveis.De acordo com os estudos, seus primeiros vestígios datariam de 3400 a.C., colocando-o como templo megalítico (isto é, construções pré-históricas feitas com blocos de pedra) mais antigo do mundo.Nem tudo sobre o Hipogeu de Hal Saflieni foi descoberto, supondo-se que existam outros templos abaixo dos que já foram encontrados. Os usos dados ao espaço ainda são um mistério, sendo pesquisados para que se compreenda mais sobre os povos da Idade da Pedra.</body>

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5 fatos misteriosos sobre a Idade da Pedra

Imagem de Cinzas de líderes maias podem ter se transformado em bolas esportivas no megacurioso

Prática supostamente era utilizada para estimular atividades esportivas e respeitar o legado de importantes membros da civilização maia

<head></head><body>Pesquisadores do Instituto Nacional de Antropologia e História do México lançaram uma hipótese interessante sobre a tradição funerária dos antigos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122434-maias-os-5-maiores-enganos-a-respeito-dessa-civilizacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">povos maias</a>. Vestígios identificados no sítio arqueológico de Toniná, no sul do país, sugerem que rituais estimulavam a transformação das cinzas de importantes governantes em bolas esportivas, a fim de preservar o legado e converter a matéria orgânica em uma espécie de "força vital".Os primeiros achados na zona arqueológica ocorreram em 2020, quando Juan Yadeun Angulo, líder do projeto, encontrou uma cripta de 1.300 anos sob uma pequena pirâmide chamada Templo do Sol. Nela, cerca de 400 urnas cheias de cinzas humanas, carvão, borracha e raízes de plantas estavam enterradas próximas de uma suposta quadra de futebol, onde detalhes entalhados em esculturas faziam menção a um governante chamado Wak Chan Káhk e a uma mulher chamada Lady Káwiil Kaan.Agora, pouco mais de dois anos após as primeiras investigações, conclusões determinaram que ambas as figuras morreram entre os anos de 722 e 755 d.C., sendo levadas ao templo para sofrerem um processo de "transmutação". Segundo a teoria sustentada pelos pesquisadores, seus restos mortais foram transformados em bolas para que membros da sociedade maia jogassem uma modalidade conhecida como "pelota". Esse esporte era tradicional na Mesoamérica há milhares de anos e se baseava em uma atividade coletiva.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/22/22235049658219.jpg" alt="(Fonte: Alamy / Reprodução)">(Fonte: Alamy / Reprodução)Angulo acredita que a união de substâncias orgânicas com cinzas de líderes era aplicada para desenvolver uma "força vital" capaz de estimular o povo a realizar grandes feitos. "Assim como os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121334-6-mitos-sobre-o-egito-antigo-que-voce-provavelmente-acredita.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">egípcios</a> tentaram preservar [corpos], sabemos que aqui eles foram transformados de outra maneira", esclarece o arqueólogo. De acordo com um artefato encontrado no local, os globos eram quase do tamanho de uma criança adolescente. Além disso, outro item mostra cativos dentro de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117804-rapaz-junta-aparas-de-borracha-por-11-anos-e-faz-bola-gigante.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bolas de borracha</a> sendo jogadas por um homem ricamente trajado.<h2>O que os estudiosos pensam?</h2>Fontes do <a href="https://www.livescience.com/maya-rubber-balls-cremation" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Live Science</a> afirmaram que os estudos fazem menções plausíveis a uma antiga prática realizada pela sociedade maia. William Duncan, professor de antropologia biológica da East Tennessee State University, diz que restos humanos foram usados em "uma variedade incrivelmente ampla de contextos" por membros da civilização pré-colombiana. Essa questão seria reforçada pela história da "pelota", que acredita-se ter um valor simbólico e espiritual representando o movimento do próprio <a href="https://www.megacurioso.com.br/sol/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sol</a>.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/22/22234606188218.jpg" alt="(Fonte: Imagining History / Reprodução)">(Fonte: Imagining History / Reprodução)Rituais mortuários complexos e documentados sobre essa sociedade sugerem que o "futebol maia" serviu como um cenário para batalhas mitológicas entre as forças da vida e as forças da morte. Na época, governantes se vestiam como deuses e se equipavam com proteção para fazer valer suas intenções de vitória. Porém, apesar da narrativa, ainda há certo ceticismo sobre a relação da prática com os restos mortais de grandes líderes.Susan Gillespie, da Universidade da Flórida, e James Fitzsimmons, do Middlebury College, acreditam não haver nenhuma menção sobre a eternização das cinzas de governantes. Exigindo informações mais conclusivas, eles indicam que seria mais fácil transformar restos de &nbsp;prisioneiros de guerra, visto a natureza agressiva da atividade — metaforicamente falando — e a conversão de cinzas em um material que pouco tinha utilidade como reflexo de status de nobreza.</body>

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Cinzas de líderes maias podem ter se transformado em bolas esportivas

Imagem de Duelos e torturas: como funcionavam as antigas disputas judiciais? no megacurioso

Abordado no filme O Último Duelo, de Ridley Scott, o tema de disputas judiciais marca uma história secular sobre evolução, veracidade e lados

<head></head><body>Muito antes dos primeiros tribunais de arbitragem surgirem, as disputas judiciais entre duas ou mais pessoas eram resolvidas sob termos com leis pouco sutis. Durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/120995-conheca-6-leis-ridiculas-da-idade-media.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade Média</a>, a intervenção divina passou a ser uma ferramenta essencial para determinar o curso de decisões legais, como uma forma de Deus impedir que medidas injustas fossem tomadas sob a verdade. Assim, vereditos de culpa e inocência determinavam-se pelo combate ou pela provação.No passado, qualquer uma das partes poderia requerer o julgamento para, somente assim, estabelecer os termos previstos pelas duas modalidades; na provação, a inocência era provada após sessões de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122448-cadeira-de-judas-o-metodo-de-tortura-que-empalava-pelas-genitalias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tortura</a>, enquanto o combate era formalizado homem a homem e iniciava uma batalha aberta ao público. Apesar da brutalidade inerente, nenhum dos casos envolvia uma morte direta, pois ambos tinham a sugestão de culminar em desistências e de levar o resultado ao apontamento da corte e diante de Deus.Com o distanciamento da lei da Igreja Católica Romana, códigos das tribos germânicas foram incorporados ao sistema jurídico e estabeleceram a vitória de uma das partes, por morte ou desistência, como suficiente para garantir a verdade. Essa prática permitia o uso de armas de todas as proporções — no caso do combate — e de fogo, derramamento de metal, água fervente e mais artifícios — no caso da provação —, com variações da intensidade do tratamento de acordo com o nível estabelecido para o crime cometido.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/22/22163716893081.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Em alguns casos, nos quais o julgamento por provação não apresentasse resultados concretos — como no caso de fogo e queimaduras, onde ambos os lados sofriam —, magistrados inovaram e desenvolveram provas de resistência. Como exemplo, é possível apontar o levantamento da cruz, que agradou o Imperador Carlos Magno (742-814) e forçava duas pessoas que se acusaram a suportar o peso de uma peça de madeira com os braços estendidos. Como Deus estaria fortalecendo o corpo do inocente, quem caísse primeiro seria considerado culpado.Apesar disso, essas leis não se aplicavam a todos; ricos, nobres, notáveis cavaleiros, bispos e padres da igreja estavam acima da necessidade de provar a si mesmos por meio de testes de resistência. Para eles, bastava declarar falsas as <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120215-crimes-contra-a-humanidade-e-genocidio-entenda-o-que-sao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">acusações</a>, pois instantaneamente o outro lado seria condenado por perjúrio. Nesse caso, o acusado podia exigir um julgamento por combate — generalizado especialmente na Inglaterra depois do ano 1066.<h2>A extensão do crime e o desafio por combate</h2>Assim como acusado ou acusador, testemunhas também deviam provar seus pontos em tribunais. Esse corpo jurídico estava sujeito às mesmas condições dos principais e precisava ou corroborar com seu discurso, ou desmenti-lo. Caso corroborasse, ela era submetida ao mesmo julgamento e sob as mesmas condições; perder na provação ou no combate resultaria imediatamente na sentença determinada.No caso do julgamento por combate, apenas homens deviam atuar e, quando não eram os principais envolvidos, as mulheres deviam ordenar combatentes externos legalmente autorizados a lutar. Em caso de marido e esposa, a lei dava vantagens para as mulheres lutarem com o homem e aumentavam suas vantagens em campo. Porém, devido a brechas no sistema, mesmo indivíduos do sexo masculino conseguiam contratar agentes de fora para não sacrificarem suas vidas. Esse ente ficou conhecido como "pistoleiro contratado".<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/22/22163815509083.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Como o processo não podia ser manipulado, lutas entre homens livres passaram a ser comumente aplicados por tribunais europeus, sem deixar dúvida ou abrir interpretações sobre o vitorioso. Porém, essa formalidade estimulou conflitos e assassinatos nos reinos, onde homens brigavam entre si por quaisquer razões - especialmente por mulheres. Com isso, a reparação judicial foi aprimorada, sendo aplicada por outras regras: a expressão de jogar a luva como o símbolo de um duelo.<h2>Carrouges vs. Le Gris: o último duelo</h2>Neste ano, o diretor Ridley Scott (Blade Runner) lançou O Último Duelo nos cinemas e contou a história de dois pivôs do julgamento por combate: Jean de Carrouges e Jacques Le Gris. Na França medieval, Carrouges, notável soldado e conhecido por feitos extraordinários sobre propriedades e dívidas, acusou o melhor amigo, Le Gris, de traição com sua esposa e demandou um desafio por direito.Envolvido com muitas campanhas em guerras e batalhas menores, Carrouges exigiu a propriedade do conde Pierre, membro respeitado da igreja, após se casar com Marguerite de Thibouville. Com isso, ele rivalizou com seu amigo e com o integrante do clero, resultando em uma série de desrespeitos e desconsiderações sobre seus feitos. Os antagonistas logo se juntaram para enfraquecer a influência do soldado, manipulando instituições e nomes relevantes, isolando-o da corte e da sociedade.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/22/22164124511084.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Aliado de Pierre, Le Gris expandiu suas propriedades e ganhou representatividade na corte. Carrouges, então, viajou para Paris já sob o título de Cavaleiro, até que escutou rumores desagradáveis na volta para sua terra natal: Marguerite havia sido estuprada por Le Gris. Ele exigiu um julgamento por combate, mas viu Pierre exonerar Le Gris do crime. Assim, o soldado partiu em direção ao castelo do rei Carlos VI, onde a acusação seria escutada por todo o parlamento, não apenas por ele, mas também pela sua mulher.Ambos os homens tiveram seus direitos aceitos e entraram em uma intensa disputa. Os ex-melhores amigos, agora cavaleiros da ordem, atacaram um ao outro com cavalos, lanças e escudos, até que Le Gris levou um golpe final e caiu, clamando por sua inocência. Carrouges, então, cumpriu seu dever e matou o adversário com uma adaga no pescoço. Aplaudido, ele enriqueceu às custas de sua vitória e acabou morrendo em meados de 1396, durante a batalha contra o Império Otomano.Após o duelo, esse sistema caiu em desuso e foi amplamente desaprovado por nobres europeus. No continente, a prática foi oficialmente abolida, via decreto, em 1819.</body>

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Duelos e torturas: como funcionavam as antigas disputas judiciais?

Imagem de Cadeira da Coroação: a jornada do móvel mais precioso da História no megacurioso

O móvel foi construído para proteger algo 'sagrado' que já foi motivo de conflitos

Desde o s&eacute;culo XIV, todos os monarcas que ascenderam ao trono da Inglaterra nos &uacute;ltimos 700 anos, incluindo a&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122989-o-que-sao-os-itens-de-luxo-no-caixao-da-rainha-elizabeth-ii.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rainha Elizabeth II</a>, foram coroados na Cadeira da Coroa&ccedil;&atilde;o, encomendada por Eduardo I em meados de 1296. A rainha Maria II foi a &uacute;nica monarca coroada em uma c&oacute;pia da cadeira.
A cerim&ocirc;nia de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122986-a-misteriosa-carta-de-elizabeth-ii-que-so-pode-ser-aberta-em-2085.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coroa&ccedil;&atilde;o&nbsp;</a>brit&acirc;nica &eacute; considerada um marco na hist&oacute;ria da monarquia, visto que seu objetivo &eacute; sagrar e tornar oficial a ascens&atilde;o do rei ou rainha ao trono atrav&eacute;s de v&aacute;rias tradi&ccedil;&otilde;es e protocolos tradicionais e religiosos antes do juramento formal de governar sua na&ccedil;&atilde;o com sabedoria, honra e miseric&oacute;rdia.
Entre essa quantidade de regras, usar a Cadeira do rei Eduardo I, tamb&eacute;m conhecida como Cadeira de Santo Eduardo ou Trono da Coroa&ccedil;&atilde;o, &eacute; uma delas.
<h2>O repouso de um objeto sagrado</h2>
<figure><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/21151050808320.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><a class="fonte_imagem" href="https://commons.wikimedia.org/wiki/File:The_Coronation_Chair.jpg"> </a></figure>
Quando o rei Eduardo I ordenou que fosse criada a Cadeira da Coroa&ccedil;&atilde;o, seu intuito era que ela escondesse a Pedra de Scone. Tamb&eacute;m chamada de Pedra do Destino, o objeto era considerado sagrado para o soberano escoc&ecirc;s, mas suas origens s&atilde;o desconhecidas. De acordo com uma lenda, a pedra seria a mesma que Jac&oacute; usou como travesseiro, como descrito no livro&nbsp;G&ecirc;nesis&nbsp;da&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121651-existe-alguma-mencao-ao-dizimo-na-biblia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">B&iacute;blia</a>, onde sonhou com uma escada para o Para&iacute;so.
Pesando 136 quilos e medindo 26 cent&iacute;metros de comprimento por 16 de largura e 11 de altura, a Pedra de Scone teria sido transportada para o Egito e viajado para v&aacute;rias regi&otilde;es at&eacute; chegar na Irlanda, em algum momento de 700 a.C. Em 1296, ap&oacute;s o tratado com a Fran&ccedil;a assinado pelo rei John Balliol da Esc&oacute;cia, n&atilde;o fornecendo ajuda a Eduardo I em sua guerra contra os franceses, ele se voltou contra os escoceses e originou a famosa Batalha de Dunbar.
Ap&oacute;s o triunfo brit&acirc;nico, Eduardo I pegou a Pedra de Scone da Abadia de Scone e a levou para a Abadia de Westminster, com a coroa e o cetro escoceses. A princ&iacute;pio, Eduardo I ordenou que a Cadeira da Coroa&ccedil;&atilde;o fosse feita de bronze, mas depois optou pela madeira, assim teria como posicionar sob o assento, em um espa&ccedil;o retangular, a Pedra de Scone.
Ao longo dos s&eacute;culos de exist&ecirc;ncia e hist&oacute;ria, a Cadeira da Coroa&ccedil;&atilde;o sofreu v&aacute;rios tipos de avarias, perdendo muito do seu esplendor inicial. O artes&atilde;o que a confeccionou, Walter de Durham, a pintou com animais e folhagens; posicionou pain&eacute;is de vidro coloridos com decora&ccedil;&otilde;es douradas; e esculpiu os bra&ccedil;os com a escultura de le&otilde;es.
Tudo isso acabou sujo, desbotado, quebrado ou at&eacute; mesmo pichado. Em algum momento de 1914, a cadeira foi danificada at&eacute; por uma bomba, al&eacute;m de ser roubada na d&eacute;cada de 1950. S&oacute; em 2010 que foi amplamente restaurada para preservar a soberania e detalhes originais.
<h2>A trajet&oacute;ria</h2>
<figure><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/21151239738321.jpg" alt="(Fonte: British Heritage Travel/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" /><a class="fonte_imagem" href="https://britishheritage.com/royals/queen-elizabeth-iis-coronation-facts"> </a></figure>
Por muitos s&eacute;culos, a Cadeira da Coroa&ccedil;&atilde;o permaneceu na Capela de S&atilde;o Eduardo, at&eacute; que o local fosse fechado ao p&uacute;blico, em 1997. No ano seguinte, a pe&ccedil;a foi transferida para a Abadia de Westminster, mas hoje &eacute; mantida na Capela de S&atilde;o Jorge, ao lado do t&uacute;mulo de Henrique V, de onde s&oacute; &eacute; retirada para a cerim&ocirc;nia de coroa&ccedil;&atilde;o de um novo monarca.
Na pr&oacute;xima coroa&ccedil;&atilde;o no Reino Unido, que deve ser a do Pr&iacute;ncipe William, a Esc&oacute;cia deve emprestar a Pedra de Scone para ser usada durante a cerim&ocirc;nia e "aben&ccedil;oar" a celebra&ccedil;&atilde;o. Em 1328, foi assinado o Tratado de Northampton, que reconheceu a independ&ecirc;ncia da Esc&oacute;cia, e em que a Inglaterra garantiu devolver a Pedra de Scone.
Contudo, o abade da Abadia de Westminster se recusou a cumprir com o combinado, o que demorou at&eacute; 1996 para que os brit&acirc;nicos fizessem o que havia acordado no tratado. A pedra foi transportada de trem at&eacute; o Castelo de Edimburgo com uma escolta policial especial, em uma viagem que levou 6 horas.
Atualmente, a Pedra de Scone est&aacute; em Perth, na Esc&oacute;cia, a poucos quil&ocirc;metros de onde foi retirada s&eacute;culos atr&aacute;s, e sob prote&ccedil;&atilde;o constante.

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Cadeira da Coroação: a jornada do móvel mais precioso da História

Imagem de O primeiro acidente de carro no Brasil foi a 4 km/h no megacurioso

E ainda envolveu o famoso poeta Olavo Bilac!

<head></head><body>Foi no início da década de 1920, que o estado de São Paulo recebeu as primeiras filiais das fábricas da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118168-ford-flivver-o-fracasso-que-abalou-o-magnata-henry-ford.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ford&nbsp;</a>e General Motors, se tornando o primeiro lugar do Brasil a começar a impulsionar a indústria automotiva que já ganhava forçava nos Estados Unidos. Antes disso, <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109807-voce-ja-parou-para-pensar-como-e-construido-um-aviao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alberto Santos Dumont</a>, o pai da aviação, já havia circulado pelas ruas brasileiras com um veículo movido a gasolina, no final do século XIX. Era um modelo Peugeot Type 3 Vis-a-Vis, conhecido na França como Peugeot Voiturette.Entre 1920 e 1939, o número de carros em São Paulo foi de 5 mil para 43 mil, sendo que o país ainda nem havia começado sua era de transformações vitais que impulsionaram o Brasil para a modernidade.Se você imaginou que foi durante esse período que aconteceu o primeiro acidente de carro no Brasil, bem, está enganado.<h2>O carro do futuro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/21141305763263.jpg" alt="(Fonte: Autoentusiastas/Reprodução)">(Fonte: Autoentusiastas/Reprodução)Atualmente, existe quase 60 milhões de automóveis registrados no Brasil, conforme os dados da Secretaria Nacional de Trânsito do Ministério da Infraestrutura, mas a frota total está estimada em mais de 100 milhões. Apesar de todas as leis e restrições, esse número acaba sendo proporcional ao de acidentes, que subiu de 63.548 em 2020, para 64.441 em 2022.Mas acidentes automobilísticos são crônicas diárias na história do Brasil desde 1897, quando a velocidade de um veículo motorizado a vapor não ultrapassava 4 km/h. O primeiro acidente aconteceu no Rio de Janeiro, em uma época em que nem sequer havia ruas asfaltadas, e envolveu o influente poeta Olavo Bilac, membro e fundador da Academia Brasileira de Letras.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/21141558934265.jpg" alt="Olavo Bilac. (Fonte: Brasil Escola/Reprodução)">Olavo Bilac. (Fonte: Brasil Escola/Reprodução)Na ocasião, ele guiava um Serpollet, inventado pelo francês Léon Serpollet, feito de uma tecnologia considerada "novidade" na Europa, por carregar um tipo de caldeira menor e mais controlável que movia o veículo com a produção de vapor.O veículo chegou ao Brasil pelas mãos de José do Patrocínio, amigo de Bilac, que panfletou o carro como "um veículo do futuro". Para o homem, o carro foi o anunciava um futuro inevitável: a morte dos tílburis e até da estrada de ferro. As pessoas ficaram escandalizadas com o Serpollet, mas só Bilac teve a honra de ser convidado não apenas para dar uma volta, mas para dirigi-lo.<h2>A batida</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/21141720311266.jpg" alt="(Fonte: São Paulo Antiga/Reprodução)">(Fonte: São Paulo Antiga/Reprodução)Com Patrocínio sentado ao banco do carona, à esquerda, Bilac assumiu a direção sem nunca ter tido contato com um automóvel, e em uma era que não era preciso nenhum tipo de licença ou autoescola. Tudo o que o poeta recebeu foram as instruções de Patrocínio sobre como a invenção funcionava, e assim eles partiram de Botafogo rumo à Estrada Velha da Tijuca, no Alto da Boa Vista.Mas antes mesmo da primeira curva, quando o Serpollet já havia atingido o auge de sua velocidade, os meros 4 km/h, Bilac perdeu o controle e, lentamente, foi em direção a árvore mais próxima. O impacto não machucou nenhum dos passageiros, porém foi o suficiente para destruir o carro.Demorou até 1906 para que o público soubesse da história marcante, descrita no jornal Correio da Manhã. Nele, o desfecho foi esperado: o carro caríssimo e inovador foi parar em um ferro-velho, após ser guinchado do local onde se desmontou. O automóvel ficou encostado e serviu de abrigo até mesmo para as galinhas antes de encontrar seu destino.</body>

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O primeiro acidente de carro no Brasil foi a 4 km/h

Imagem de 5 cidades brasileiras que mudaram de nome no megacurioso

Homenagens e correções ortográficas são os maiores motivos de alterações. Conheça grandes cidades brasileiras que já mudaram de nome.

<head></head><body>Mudar o nome de uma cidade dá trabalho, mas não é raro. De acordo com dados do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119277-ibge-saiba-tudo-sobre-o-instituto-brasileiro-de-geografia-e-estatistica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">IBGE</a>, quatro cidades trocaram seu nome em 2020, juntando-se ao total de 131 municípios que alteraram seus nomes desde 1938. Atualmente, são dois os principais motivos que levam à alteração de nome: homenagens a personalidades, políticas ou não; correção ortográfica.Todavia, o movimento já foi comum desde 1500, e suas motivações foram sempre muito políticas, seja por quem governasse a região, ou pela nacionalidade de seus ocupantes - diferentes regiões do Brasil foram dominadas por outras nações além de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120448-o-portugues-brasileiro-em-portugal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Portugal</a>. Pensando nisso, vamos recordar grandes cidades brasileiras que já tiveram outros nomes. Confira.<h2>1. Campinas, São Paulo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/20/20201633757600.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Campinas é uma das maiores cidades do estado de São Paulo, popularmente conhecida como "a cidade das andorinhas". Mas a terra do compositor Carlos Gomes nem sempre teve esse nome que hoje conhecemos. A região serviu de caminho para que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/119472-borba-gato-o-escravizador-de-indigenas-tomado-por-heroi.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bandeirantes</a> abrissem rota em direção ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/99847-rota-do-cangaco-um-passeio-pela-historia-do-sertao-nordestino.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sertão</a> de Goiás e Mato Grosso.O primeiro pedaço da trilha, aberta entre 1721 e 1739, recebeu o nome de "caminho dos goiases". Na região, uma pousada foi aberta e batizada de "Campinas do Mato Grosso", tudo porque havia três pequenos campinhos em meio à mata. Naquele momento, todo o território ali pertencia à Vila de Jundiaí.Quando em 1772, os moradores da região solicitaram a construção de uma nova capela, foi o pontapé inicial para a emancipação da área, que se tornou Vila de São Carlos, em 1797. E até 1842, foi assim que a cidade fundada por Barreto Leme foi conhecida. A razão? Pra tornar mais simples.<h2>2. Belo Horizonte, Minas Gerais</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/20/20201803567601.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Belo Horizonte é uma das primeiras cidades brasileiras planejadas. Porém, antes da bela capital mineira receber seu sugestivo nome, o município era conhecido como Curral del Rei. A mudança ocorreu na mesma época em que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120375-3-curiosidades-que-voce-nao-sabe-sobre-a-proclamacao-da-republica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Brasil se tornou uma república</a>.Seus habitantes consideravam que o nome era um sinal de atraso, já que se associava com o sistema de governo que havia ficado para trás. Para tal, o então governador, João Pinheiro da Silva, precisou dar seu aval. O novo nome foi decidido em 1893, já a cidade ficou pronta em 1897.<h2>3. Belém, Pará</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/20/20201957872602.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Uma das capitais brasileiras mais antigas, fundada pelo capitão português Francisco Caldeira Castelo Branco em 1616, Belém nem sempre foi conhecida por esse nome. Originalmente povoado colonial português, foi criado com o nome de Feliz Lusitânia, área que hoje ocupa o bairro da Cidade Velha, conhecido como Centro Histórico.Por cinco anos manteve essa alcunha, até o momento em que foi elevado a município com a denominação de Santa Maria de Belém do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118431-6-curiosidades-fascinantes-sobre-o-estado-do-para.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pará</a>. As posteriores mudanças sempre foram feitas visando simplificar, até chegarmos a Belém.<h2>4. Fortaleza, Ceará</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/20/20202049319603.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A bela cidade de Fortaleza, capital do Ceará, foi erguida e batizada como Nova Lisboa. A mando da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119747-batalha-dos-guararapes-o-inicio-das-forcas-armadas-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">União Ibérica</a>, a expedição lusitana comandada por Pero Coelho de Souza se estabeleceu na região, que hoje compreende o bairro de Barra do Ceará.Acontece que por diferentes fatores, Pero Coelho abandonou a região, que passou por diferentes mãos, inclusive por holandeses. À época, eles ocupavam o Recife, e de lá partiram para Nova Lisboa, onde construíram o Forte Schoonenborch. Ele foi a inspiração para o novo nome da cidade, em comemoração à expulsão holandesa em 1654.&nbsp;<h2>5. Natal, Rio Grande do Norte</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/20/20202145365604.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Outra cidade que passou pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122453-como-portugal-comprou-o-nordeste-dos-holandeses-por-r-3-bilhoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">comando holandês</a>. O município foi fundado no natal de 1599, e em 1633 foi tomada pelos holandeses, que a rebatizaram com o sugestivo nome de Nova Amsterdã. Ali, permaneceram por longos 21 anos.A retomada do nome original, Natal, foi uma espécie de celebração, mais do que paixão pela denominação. Apesar da retomada portuguesa, a região viveu longos períodos de instabilidade, especialmente pelos conflitos com os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119601-qual-e-a-origem-do-dia-internacional-dos-povos-indigenas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">povos originários</a>.</body>

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5 cidades brasileiras que mudaram de nome

Imagem de Rainha Vitória, a maior traficante de drogas da história no megacurioso

A líder do Império Britânico no século XIX entrou em guerra com a China para manter o lucrativo tráfico do ópio

<head></head><body>Quem teria sido o maior traficante de drogas de todos os tempos? Nomes como <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119120-pablo-escobar-9-fatos-insanos-sobre-a-vida-do-traficante.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pablo Escobar</a>, Joaquín Guzmán (El Chapo) e Rafael Caro Quintero&nbsp;são fortes candidatos ao título, mas nenhum deles chegou perto de faturar o que a&nbsp;rainha Vitória ganhou ao&nbsp;traficar ópio para a China, no século XIX.Considerada por muitos como a “maior traficante de drogas da história”, Alexandrina Vitória Regina herdou o trono britânico após a morte do tio, o rei Guilherme IV, em 1837. Dali em diante, comandou o Reino Unido por 64 anos, até 1901, período que ficou conhecido como “<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122407-a-era-vitoriana-foi-marcada-por-metodos-brutais-de-punicao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Era Vitoriana</a>”.Sua relação com as drogas surgiu de uma necessidade de equilibrar as finanças do país. Para garantir a importação do chá chinês, a realeza deu, em troca, grandes quantidades de prata, resultando em um enorme déficit comercial para a Grã-Bretanha.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/20/20191910323589.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Para equilibrar a balança, o Império Britânico apostou na venda do ópio, produzido nas colônias da Índia, para a China. E o resultado foi imediato, com a população do país asiático se <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121828-vicio-em-opio-tambem-assolou-as-sociedades-ancestrais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">viciando na substância analgésica</a>, pagando qualquer valor para não ficar sem ela.<h2>Virando o jogo</h2>Com o consumo de ópio crescendo entre os chineses, o desequilíbrio comercial mudou de lado. Agora, era a China quem enfrentava problemas, devolvendo a prata paga pelo chá em troca da substância viciante, enchendo os cofres da coroa britânica.Mas a operação comandada pela rainha Vitória não demorou a ser considerada ilegal. Determinado a acabar com o negócio que estava levando o país à falência, o imperador chinês proibiu o consumo de ópio&nbsp;e despejou milhares de toneladas da droga no mar.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/20/20191423834586.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)">(Fonte: Unsplash)A jovem rainha não demorou a reagir, declarando a Primeira Guerra do Ópio (1839 a 1842) e, anos depois, a segunda (1856 a 1860). Os conflitos terminaram com o exército chinês devastado e Hong Kong entregue ao império britânico, território que passou a ser utilizado para levar os narcóticos aos viciados na China.Estima-se que, no auge, as vendas de ópio para o mercado chinês representaram de 15% a 20% da receita anual do Reino Unido. Mas ao contrário dos traficantes da era moderna, Vitória não precisou esconder de onde vinha seu lucro altíssimo nem viver fugindo das autoridades.<h2>Viciada em ópio e cocaína</h2>Além de traficar ópio, ilegal em seu país, a rainha Vitória também usava a substância. Enquanto os chineses a fumavam em cachimbos, a monarca a ingeria na forma de láudano, uma bebida feita à base de álcool e ópio que ela tomava um copo todas as noites, para ajudar a dormir.Outra droga consumida por Vitória era a cocaína, <a href="https://www.megacurioso.com.br/drogas-e-novos-medicamentos/39965-estas-5-drogas-que-hoje-sao-ilegais-ja-foram-liberadas-no-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">até então considerada legal</a>. Neste caso, ela mascava chicletes de cocaína para aliviar dores de dente, ao mesmo tempo em que o produto fornecia doses extras de energia e autoconfiança.</body>

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Rainha Vitória, a maior traficante de drogas da história

Imagem de Mostrar os tornozelos era obsceno na Era Vitoriana? no megacurioso

Tem mais mitos que verdades nessa história

<head></head><body>A chamada Era Vitoriana foi o período em que a rainha Vitória governou o Reino Unido. Ele se se estendeu de junho do ano de 1873 até o mês de janeiro de 1901, época em que a monarca morreu. Se você já viu ou leu algo que faz referência a esse período, é bem possível que tenha se deparado com a expressão The Ankle Taboo, isto é, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119762-6-mitos-e-verdades-sobre-o-efeito-do-salto-alto-no-corpo-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tabu do tornozelo</a>, em uma tradução livre.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/21122441032150.jpg" alt="(Fonte: Quora/ Reprodução)">(Fonte: Quora/ Reprodução)Isso, porque, exibir o tornozelo naquela época era algo comparável à pornografia no caso das mulheres. Ou seja, era uma prática muito mal vista pela sociedade. A simples visão dessa parte do corpo feminino poderia causar choque, atrair olhares e gerar escândalos. Mas será mesmo que o tornozelo feminino era algo tão obsceno assim?<h2>Mais mitos que verdades</h2>É comum observarmos que em épocas passadas as mulheres eram obrigadas a esconder várias partes de seus corpos, como braços, punhos e os tornozelos. Tudo bem que, em vários momentos e culturas, isso era recomendado. No entanto, sobre a Era Vitoriana, isso está longe da realidade. E não é tão complicado entender o motivo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/21154922639379.jpg" alt="(Fonte:Shutterstock)">(Fonte:Shutterstock)Por exemplo, se para alguns, os tornozelos eram motivos de escândalo e vergonha alheia, para outras pessoas, o termo The Ankle Taboo era apenas uma espécie de manifestação ou expressão criada para simbolizar a repressão à qual as mulheres da época estavam sujeitas.Mas, tem muito mais coisas nessa história...<h2>O mito do tornozelo obsceno</h2>Existem diversos aspectos históricos, práticos e comportamentais que tornam duvidosa a afirmação de que os tornozelos femininos jamais deveriam ser deixados a mostra. A seguir, vamos dar alguns exemplos bastante simples sobre por que isso não faz sentido.No período vitoriano, as carruagens eram o meio de transporte mais comum. Subir as escadas, entrar e sair desses veículos, provavelmente, deixavam muitos tornozelos femininos a vista de todos.Imagine uma poça d’água na rua. Será mesmo que as mulheres não levantariam suas longas saias e vestidos, tal como fazem hoje, para evitar sujar a barra da roupa, deixando à mostra seus tornozelos?E tem as moças. Muita gente não sabe, mas as meninas da Era Vitoriana usavam a bainha ou barra da saia mais curtas que as mulheres adultas, que adotavam saias mais longas após a maior idade.E se você fosse ao teatro para aproveitar uma noite de entretenimento, é bem provável que veria vários tornozelos e outras partes do corpo feminino durante as apresentações de peças e musicais.<h2>A possível origem dos tornozelos escandalosos</h2>Alguns historiadores acreditam que a origem do mito de que mostrar os tornozelos era algo obsceno durante o reinado da rainha Vitória teve origem em um grupo particular de mulheres: as prostitutas. Não é novidade que a Era Vitoriana foi um período particularmente extraordinário e exuberante para a prostituição.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/21154926302381.jpg" alt="(Fonte:Shutterstock)">(Fonte:Shutterstock)Logo, mostrar os tornozelos, pernas e muitas outras partes do corpo, era algo inerente a rotina de trabalho para as garotas que mantinham os bordéis cheios. Com o tempo, essa “moda” ganharia adeptos em grupos, digamos, mais aristocráticos e de elite.Por exemplo, a partir de determinado momento houve um tempo durante a Era Vitoriana em que as pernas e tornozelos eram tão<a href="https://www.megacurioso.com.br/direito/88051-10-coisas-que-as-mulheres-ja-foram-proibidas-de-fazer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;valorizados pelas mulheres (</a>e homens) daquela época, que é possível encontrar até uma evolução nas vestimentas para essa parte do corpo.&nbsp;Entre o final do século XIX e o início da Era Eduardina (1901–1910), meias, saias, vestidos e calçados femininos passaram a ter uma decoração mais luxuosa, bordados mais bem trabalhados e estilos bem extravagantes, o que significa que não eram apenas as prostitutas que precisavam ou queriam mostrar partes de seus membros inferiores.Além disso, com a chegada da década de 1890, as mulheres do Reino Unido começaram a se tornar fisicamente mais ativas. Mais uma razão que desintegra o mito de que os tornozelos deveriam ser mantidos escondidos. Elas estavam mais envolvidas em esportes, mesmo que ainda eram <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118159-mulheres-e-calcas-a-luta-por-liberdade-no-ocidente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">obrigadas a usarem saias longas</a>.Nos anos 1900, as mulheres que trabalhavam davam preferência para saias mais curtas devido à praticidade. As mais jovens também adotaram a ideia, pelos mesmos motivos atuais: estilo e atenção.A partir de 1911, as saias começaram a “subir” de uma forma geral. Até mesmo os mais elegantes vestidos permitiam que se observasse alguns tornozelos, mesmo que de relance.Já por ocasião da Primeira Guerra Mundial, com as mulheres adolescentes acordando para um novo mundo e começando a entender que tinham um papel na sociedade, os vestidos e meias que escondiam tudo até os tornozelos, praticamente se tornaram obsoletos e desapareceram do cenário da moda do Reino Unido.</body>

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