Imagem de 30 de fevereiro: essa data bizarra já existiu de verdade no megacurioso

Descubra, também, como foi que esse mês acabou sendo o mais curto do calendário

&ldquo;Sabe quando isso vai acontecer? No dia 30 de fevereiro!&rdquo;. A grande maioria das pessoas j&aacute; fez piada com essa data, j&aacute; que ela n&atilde;o existe. Oficialmente, o m&ecirc;s de fevereiro tem 28 dias, &ldquo;ganhando&rdquo; 1 dia extra a cada quatro anos para ajustar o calend&aacute;rio com a transla&ccedil;&atilde;o da Terra.
Entretanto, j&aacute; existiu, sim, o dia 30 de fevereiro. Em 1700, a Su&eacute;cia, que na &eacute;poca tamb&eacute;m englobava onde hoje fica a Finl&acirc;ndia, resolveu trocar o calend&aacute;rio juliano pelo gregoriano. Esse ano tinha sido bissexto pelo calend&aacute;rio juliano e acabou n&atilde;o sendo na Su&eacute;cia, que ficou com &ldquo;um dia a menos&rdquo;.
Isso acabou criando uma confus&atilde;o no pa&iacute;s, que resolveu abolir o calend&aacute;rio gregoriano e voltar para o juliano, em 1712. Para corrigir a bagun&ccedil;a nas datas, esse ano bissexto acabou tendo 2 dias extras em fevereiro: al&eacute;m do tradicional 29, ele tamb&eacute;m contou com o dia 30. E a bagun&ccedil;a n&atilde;o parou por a&iacute;, j&aacute; que ao adotar oficialmente a contagem gregoriana em 1753, a Su&eacute;cia precisou pular do dia 17 de fevereiro direto para 1&ordm; de mar&ccedil;o! Os suecos &ldquo;perderam&rdquo; 11 dias da sua hist&oacute;ria e n&atilde;o ficaram nada contentes.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2017/06/01/01193108978342.jpg" />Calend&aacute;rio sueco do m&ecirc;s de fevereiro de 1712
<h2>O caso da Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica</h2>
Em 1929, a Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica resolveu que iria criar um novo calend&aacute;rio, no qual as semanas teriam 5 dias e os meses tendo 30 dias. Nessa contagem, faltariam 5 ou 6 dias, que eram contados &ldquo;sem m&ecirc;s&rdquo;. A ideia dessa proposta era modificar as leis trabalhistas e abolir os finais de semana!
Por conta disso, os anos de 1930 e 1931 acabaram contando com o incomum dia 30 de fevereiro. Claro que essa desordem com a contagem feita no resto do mundo n&atilde;o funcionou muito bem e acabou sendo cancelada em 1940.
<h2>Mas, afinal, por que fevereiro &eacute; mais curto?</h2>
Tudo come&ccedil;ou com os antigos romanos, que n&atilde;o contavam os meses de janeiro e fevereiro. Por mais que eles existissem nas esta&ccedil;&otilde;es, no calend&aacute;rio oficial eles ficavam de fora por estar bem no meio do inverno do hemisf&eacute;rio norte, um per&iacute;odo ruim para os fazendeiros, que preferiam ignorar a sua exist&ecirc;ncia. A contagem ia de mar&ccedil;o a dezembro &ndash; o m&ecirc;s 10 &ndash;, e acabava em 304 dias.
Para alinhar o calend&aacute;rio com as esta&ccedil;&otilde;es do ano, o rei Numa Pomp&iacute;lio, que governou Roma de 715 a 673 a.C., prop&ocirc;s a cria&ccedil;&atilde;o dos meses de janeiro e fevereiro, que inicialmente eram os &uacute;ltimos do ano. Janeiro entrou como um m&ecirc;s normal, na &eacute;poca com 29 dias &ndash; n&uacute;meros pares davam azar, ent&atilde;o os meses tinham 29 ou 31 dias &ndash;, mas fevereiro ficou mais curto porque a ele coube os dias que &ldquo;sobraram&rdquo;. O calend&aacute;rio ficou assim:
<ul>
<li>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Martius:&nbsp;31 dias</li>
<li>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Aprilius:&nbsp;29 dias&nbsp;</li>
<li>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Maius:&nbsp;31 dias&nbsp;</li>
<li>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Iunius:&nbsp;29 dias&nbsp;</li>
<li>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Quintilis:&nbsp;31 dias&nbsp;</li>
<li>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Sextilis:&nbsp;29 dias&nbsp;</li>
<li>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; September:&nbsp;29 dias&nbsp;</li>
<li>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; October:&nbsp;31 dias&nbsp;</li>
<li>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; November:&nbsp;29 dias&nbsp;</li>
<li>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; December:&nbsp;29 dias&nbsp;</li>
<li>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Ianuarius:&nbsp;29 dias&nbsp;</li>
<li>&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp; Februarius:&nbsp;28 dias</li>
</ul>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2017/06/01/01193647235347.jpg" />O rei Numa Pomp&iacute;lio foi quem criou os meses de janeiro e fevereiro 
Se voc&ecirc; somar, ver&aacute; que o ano acabava com 355 dias. Com o passar dos tempos, isso gerou uma nova falta de sincroniza&ccedil;&atilde;o entre as esta&ccedil;&otilde;es e o calend&aacute;rio, fazendo com que um novo m&ecirc;s fosse adicionado aleatoriamente. Ele se chamava mercedonius e tinha 27 dias, tendo &ldquo;roubado&rdquo; 3 dias de fevereiro, que passou a ter apenas 24.
Uma nova padroniza&ccedil;&atilde;o s&oacute; aconteceu quase 700 anos depois da cria&ccedil;&atilde;o de janeiro e fevereiro, quando o imperador J&uacute;lio C&eacute;sar resolveu determinar que o ano come&ccedil;aria a partir de 1&ordm; de janeiro e n&atilde;o mais em 1&ordm; de mar&ccedil;o. Os dois &uacute;ltimos meses do ano foram puxados para o come&ccedil;o do calend&aacute;rio, que aboliu o m&ecirc;s mercedonius.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2017/06/01/01193809593349.jpg" />J&uacute;lio C&eacute;sar colocou um pouco mais de ordem na bagun&ccedil;a
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30 de fevereiro: essa data bizarra já existiu de verdade

Imagem de Bizarro: 4 “doenças” malucas do passado que eram atribuídas às mulheres no megacurioso

Conheça uma série de distúrbios exclusivamente femininos que afetaram a mulherada ao longo da História

N&atilde;o restam d&uacute;vidas de que existem problemas de sa&uacute;de que s&atilde;o exclusivamente femininos ou masculinos &mdash; assim como n&atilde;o restam d&uacute;vidas de que tanto mulheres como homens compartem um sem fim de condi&ccedil;&otilde;es tamb&eacute;m, sejam elas f&iacute;sicas ou mentais.
S&oacute; que no passado, se o paciente tivesse um &ldquo;&uacute;tero&rdquo; e apresentasse quadros como ansiedade e/ou depress&atilde;o ou n&atilde;o se comportasse como o esperado, os m&eacute;dicos logo botavam a culpa nas mais malucas doen&ccedil;as. Confira quatro delas a seguir:
<h2>1 &ndash; Histeria</h2>
Embora a histeria hoje seja considerada como uma neurose complexa relacionada com a instabilidade emocional &mdash; podendo se manifestar fisicamente em homens e mulheres na forma de paralisias e cegueira, por exemplo &mdash;, no passado ela era uma condi&ccedil;&atilde;o exclusivamente feminina.
A histeria foi descrita pela primeira vez h&aacute; cerca de 4 mil anos pelos eg&iacute;pcios, que a identificaram como um dist&uacute;rbio provocado pelo movimento espont&acirc;neo do &uacute;tero. Os gregos antigos, por sua vez, primeiro associaram a condi&ccedil;&atilde;o com a mitologia e, com base em suas cren&ccedil;as, acreditavam que ela era resultado da migra&ccedil;&atilde;o do &oacute;rg&atilde;o pelo corpo e da &ldquo;melancolia uterina&rdquo; ocasionada pela falta de sexo.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/12/03/03171652035256.jpg" />
Mais tarde, a histeria tamb&eacute;m foi caracterizada como um problema derivado no fluxo irregular do sangue, que ia do &uacute;tero para o c&eacute;rebro. J&aacute; na Idade M&eacute;dia, a histeria foi associada com a &ldquo;f&uacute;ria uterina&rdquo; e at&eacute; com a bruxaria e a adora&ccedil;&atilde;o ao diabo! Independente da causa, os sintomas do dist&uacute;rbio inclu&iacute;am a ins&ocirc;nia, a reten&ccedil;&atilde;o de l&iacute;quidos, espasmos musculares, irritabilidade, dores de cabe&ccedil;a, perda de apetite, desmaios e comportamento descontrolado.
Tanto os eg&iacute;pcios como os gregos sugeriam como tratamento que o &uacute;tero fosse for&ccedil;ado &agrave; posi&ccedil;&atilde;o certa e, para isso, eles faziam as &ldquo;hist&eacute;ricas&rdquo; inalarem subst&acirc;ncias f&eacute;tidas e colocavam outros preparados &mdash; igualmente fedorentos &mdash; pr&oacute;ximos &agrave; vagina. A pr&aacute;tica do sexo tamb&eacute;m era recomendada na Antiguidade, e durante a Idade M&eacute;dia o rem&eacute;dio muitas vezes era a fogueira.
Por sorte, na Era Vitoriana, a terapia adotada era a estimula&ccedil;&atilde;o genital, e os procedimentos faziam tanto sucesso que os m&eacute;dicos criaram o vibrador para auxili&aacute;-los durante os tratamentos. Foi s&oacute; a partir das observa&ccedil;&otilde;es de Sigmund Freud que a histeria deixou de ser considerada exclusivamente um problema feminino e passou a ser estudada como um dist&uacute;rbio mental.
<h2>2 &ndash; Os vapores</h2>
Conhecido pelo nome em ingl&ecirc;s de Vapours, o termo &ldquo;vapores&rdquo; era empregado no final do s&eacute;culo 19 para descrever todo tipo de dist&uacute;rbio &mdash; de ansiedade e depress&atilde;o, incluindo desmaios e at&eacute; a s&iacute;ndrome pr&eacute;-menstrual (ou TPM).
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/12/03/03171706465257.jpg" />
Curiosamente, esse probleminha de sa&uacute;de era especialmente popular entre as sufragistas &mdash; mulheres que iam &agrave;s ruas e lutavam pelo direito de voto &mdash;, que eram consideradas mentalmente desequilibradas e nervosas por defender sua causa com tanto fervor. O tratamento pelo &ldquo;mau comportamento&rdquo; gerado pelos vapores geralmente envolvia o repouso e, &agrave;s vezes, a inala&ccedil;&atilde;o de sais.
<h2>3 &ndash; Rosto de bicicleta</h2>
N&oacute;s aqui do <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/comportamento" target="_blank">Mega Curioso</a> j&aacute; falamos a respeito do <a href="https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/69929-conheca-a-doenca-do-seculo-19-que-impedia-as-mulheres-de-andar-de-bicicleta.htm" target="_blank">rosto de bicicleta</a>, um &ldquo;dist&uacute;rbio&rdquo; que surgiu no final do s&eacute;culo 19, quando o uso do ve&iacute;culo como meio de transporte e para o lazer come&ccedil;ou a se popularizar pelo mundo. Curiosamente, o problema afetava apenas as mulheres e, segundo os m&eacute;dicos da &eacute;poca, ele era provocado pelo esfor&ccedil;o excessivo que elas tinham que empregar para pedalar, al&eacute;m da for&ccedil;a necess&aacute;ria para se equilibrar sobre duas rodas.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/12/03/03171722190258.jpg" />
Como resultado, a condi&ccedil;&atilde;o fazia com que as ciclistas ficassem com as mand&iacute;bulas apertadas e os olhos esbugalhados. Al&eacute;m disso, a &ldquo;doen&ccedil;a&rdquo; deixava as mulheres com a face corada &mdash; ou p&aacute;lida &mdash;, com os l&aacute;bios ligeiramente deformados, express&atilde;o cansada e com olheiras. O tratamento, como voc&ecirc; deve ter imaginado, consistia em, evidentemente, deixar de andar de bicicleta!
Nem precisamos explicar que o rosto de bicicleta se tratava de uma condi&ccedil;&atilde;o rid&iacute;cula inventada pelos m&eacute;dicos, n&atilde;o &eacute; mesmo? Ela surgiu porque muita gente na Europa e nos EUA pensava que as bikes eram um instrumento do feminismo, j&aacute; que, embora elas fossem vistas como meros brinquedos pelos homens, os ve&iacute;culos davam &agrave;s mulheres maior mobilidade, al&eacute;m de provocar uma redefini&ccedil;&atilde;o da atitude feminina e da pr&oacute;pria feminilidade.
<h2>4 &ndash; Neurastenia</h2>
Embora o termo neurastenia seja conhecido pelos m&eacute;dicos, ele caiu em desuso em grande parte do mundo. Basicamente, ele se refere ao dist&uacute;rbio psicol&oacute;gico provocado por ansiedade intensa e estresse emocional resultando na fadiga mental e f&iacute;sica e foi empregado pela primeira vez no s&eacute;culo 19.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/12/03/03171735231259.jpg" />
Basicamente, a neurastenia funcionava como os &ldquo;vapores&rdquo; que descrevemos anteriormente no item 2, ou seja, o termo era usado para descrever toda classe de problema &mdash; quase sempre feminino. Assim, as mulheres que sofriam de nervosismo, irritabilidade, exaust&atilde;o f&iacute;sica, fraqueza, melancolia, palpita&ccedil;&otilde;es e dor no peito muitas vezes eram diagnosticadas com a condi&ccedil;&atilde;o.
O tratamento indicado para os quadros de neurastenia era o descanso &mdash; para que as afetadas pudessem se livrar do mal com a serenidade, a paz e o sossego. Esse foi o caso da escritora Virginia Wolf, que inclusive descreveu em seu ensaio &ldquo;On Being Ill&rdquo;, de 1930, como enfrentou o problema.
*Publicado em 03/12/2015
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Bizarro: 4 “doenças” malucas do passado que eram atribuídas às mulheres

Imagem de Como é produzido o cheiro da chuva ou de terra molhada? no megacurioso

Ciência conseguiu explicar a origem desse odor maravilhoso que tem até nome próprio

Pensem mentalmente quais s&atilde;o os cheiros de que voc&ecirc; mais gosta na vida. Alguns dir&atilde;o que &eacute; o de caf&eacute; fresco, outros lembrar&atilde;o o de talco de beb&ecirc;s, e uma parcela deve responder que &eacute; o do perfume 212 da Carolina Herrera. Por&eacute;m, existe uma unanimidade entre os prazeres olfativos: o cheirinho de terra molhada.
Normalmente ele remete &agrave; nossa inf&acirc;ncia, quando brinc&aacute;vamos na casa de nossos av&oacute;s e corr&iacute;amos para nos esconder da chuva. Logo depois da tempestade, por&eacute;m, vem aquele agrad&aacute;vel e caracter&iacute;stico aroma da chuva. Mas como ser&aacute; que ele &eacute; produzido?
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/09/11/11183509397032.jpg" />Cheiro de grama ap&oacute;s a chuva: quem n&atilde;o curte?
<h2>Nome pr&oacute;prio (e bem esquisito)</h2>
Os cientistas nomearam esse odor perfeito como &ldquo;petrichor&rdquo;, que &eacute; a uni&atilde;o das palavras gregas &ldquo;petra&rdquo; (pedra) e &ldquo;ichor&rdquo; (o l&iacute;quido que corre na veia dos deuses). Eles tamb&eacute;m tentaram explicar como ele surge ap&oacute;s a chuva, j&aacute; que ela em si n&atilde;o tem cheiro nenhum, por se tratar basicamente de &aacute;gua.
Quando as gotas da chuva atingem superf&iacute;cies porosas, elas interceptam min&uacute;sculos &ldquo;bols&otilde;es de ar&rdquo;, que acabam subindo para a atmosfera &ndash; igual acontece com as bolhas de um copo de champanhe, por exemplo. Ao estourarem, essas bolhas liberam o caracter&iacute;stico &ldquo;cheiro de chuva&rdquo;.
Pesquisadores testaram diversas superf&iacute;cies e diferentes intensidades de chuva. Dependendo da for&ccedil;a da &aacute;gua e da densidade do solo, o ar fica repleto de got&iacute;culas arom&aacute;ticas proveniente do ch&atilde;o em pouqu&iacute;ssimos segundos. O mesmo estudo j&aacute; havia sido feito com a chuva na &aacute;gua, mas pela primeira vez os cientistas mostraram que o fen&ocirc;meno se repete no solo.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/09/11/11183546416033.jpg" />Pesquisadores deram at&eacute; um nome para o cheiro de chuva: petrichor
<h2>Chuva perigosa?</h2>
Entretanto, os pesquisadores descobriram outra coisa fazendo esse estudo: assim como os aromas sobem para a atmosfera com got&iacute;culas de chuva que atingem o solo, alguns v&iacute;rus e bact&eacute;rias tamb&eacute;m podem se espalhar dessa maneira. Agora, eles querem entender qu&atilde;o perigoso isso pode ser para a nossa sa&uacute;de.
Entretanto, a maior parte do cheiro de chuva e de terra molhada &eacute; proveniente das pr&oacute;prias bact&eacute;rias! Algumas filamentosas se desenvolvem no ch&atilde;o em condi&ccedil;&otilde;es quentes e &uacute;midas. Ao serem &ldquo;perturbadas&rdquo; por uma chuva, ela se &ldquo;agarram&rdquo; a essas microbolhas que flutuam no ar; quando as bolhas estouram, liberam a fragr&acirc;ncia.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/09/11/11184103800038.jpg" />Chuva espalha bact&eacute;rias e v&iacute;rus que est&atilde;o no solo
<h2>Intera&ccedil;&atilde;o qu&iacute;mica</h2>
Outro detalhe importante descoberto pelos pesquisadores &eacute; que a chuva, apesar de ser basicamente composta de &aacute;gua, tamb&eacute;m &ldquo;varre&rdquo; produtos qu&iacute;micos de nossa atmosfera, se tornando um pouco &aacute;cida.
Ao atingir o solo, essa mistura qu&iacute;mica vai ganhar novos contrastes com a pr&oacute;pria forma&ccedil;&atilde;o qu&iacute;mica do ch&atilde;o, liberando novos odores. Por isso, nem sempre a chuva tem um cheiro bom: quando o solo est&aacute; muito seco ou quando est&aacute; carregado de mat&eacute;ria org&acirc;nica &ldquo;morta&rdquo;, o seu odor pode ser mais desagrad&aacute;vel.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/09/11/11182951857026.jpg" />Chuva carrega componentes qu&iacute;micos que est&atilde;o no ar, fazendo-os interagir com o solo
<h2>Era uma vez</h2>
Por fim, outra parte do cheiro &eacute; proveniente dos &oacute;leos vol&aacute;teis que algumas plantas liberaram na natureza. Eles se acomodam nas rochas e interagem com a chuva da mesma forma explicada acima. Por isso &eacute; que algumas vezes voc&ecirc; consegue identificar um cheiro diferente do percebido por outra pessoa durante a mesma tempestade! H&aacute; uma infinidade de misturas que comp&otilde;em esse t&atilde;o caracter&iacute;stico odor.
Mas uma coisa &eacute; certa: o perfume &eacute; t&atilde;o agrad&aacute;vel que j&aacute; virou at&eacute; estrofe de m&uacute;sica. Em 1997, Sandy, Junior e Toquinho gravaram &ldquo;Era Uma Vez&rdquo;, de autoria de &Aacute;lvaro Socci e Cl&aacute;udio Matta. Ela come&ccedil;a assim: &ldquo;Era uma vez um lugarzinho no meio do nada, com sabor de chocolate e cheiro de terra molhada&rdquo;. Sentiu saudade? <a href="https://www.youtube.com/watch?v=2LCa3h_3SfU" target="_blank">Clique aqui e ou&ccedil;a</a>!
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/09/11/11183837861036.jpg" />"Era uma vez um lugarzinho no meio do nada, com sabor de chocolate e cheiro de terra molhada"
***
E para voc&ecirc;, leitor, qual &eacute; o seu cheiro preferido? Qual &eacute; aquele que te traz mais recorda&ccedil;&otilde;es boas? Comente a&iacute; embaixo!
*Publicado em 11/09/2015
<h2 class="uk-text-center">***</h2>
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Como é produzido o cheiro da chuva ou de terra molhada?

Imagem de 7 armas militares insanas que foram desenvolvidas nos últimos anos no megacurioso

Confira alguns dos armamentos mais importantes criados no século 21

Ningu&eacute;m gosta de saber que existem conflitos militares acontecendo pelo mundo, muito menos de saber que milhares de pessoas morrem em consequ&ecirc;ncia deles. Mas, tirando a viol&ecirc;ncia, a banalidade, o sofrimento, o &oacute;dio e todos os sentimentos ruins associados com as batalhas e as armas empregadas nelas, segundo apontou o pessoal do portal <a href="http://www.businessinsider.com/21st-century-game-changing-weapons-2015-5" target="_blank">Business Insider</a>, a verdade &eacute; que as for&ccedil;as armadas sempre foram uma das maiores precursoras do desenvolvimento tecnol&oacute;gico.
E analisando friamente &mdash; al&eacute;m de muitas das tecnologias terem transcendido o ambiente militar e dado origem a uma por&ccedil;&atilde;o de coisas que fazem parte do nosso cotidiano &mdash;, &eacute; ineg&aacute;vel que as for&ccedil;as de combate e defesa criaram armas que s&atilde;o simplesmente insanas. Confira a seguir 7 exemplos reunidos pelo <a href="http://www.businessinsider.com/21st-century-game-changing-weapons-2015-5" target="_blank">Business Insider</a> de armamentos importantes que foram criados nos &uacute;ltimos anos:
<h2>1 &ndash; MOP</h2>
A bombinha singela da imagem abaixo &mdash; conhecida pela sigla &ldquo;MOP&rdquo;, de&nbsp;Massive Ordnance Penetrator&nbsp;&mdash; foi projetada pela Boeing para o Ex&eacute;rcito dos EUA e &eacute; a maior bomba convencional &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o dos militares norte-americanos. Ela foi testada pela primeira vez em 2007, e os resultados foram t&atilde;o satisfat&oacute;rios que a For&ccedil;a A&eacute;rea dos EUA encomendou um arsenal dessa belezinha.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/08/27/27151127658401.jpg" />
A MOP pesa mais de 13,6 mil quilos e foi projetada para destruir abrigos subterr&acirc;neos. Ela &eacute; capaz de atravessar blocos de concreto armado com mais de 18 metros de espessura e detonar 5,5 metros no subsolo e &eacute; reservada como &ldquo;plano B&rdquo; caso seja necess&aacute;rio atacar as instala&ccedil;&otilde;es nucleares iranianas algum dia.
<h2>2 &ndash; Programa antissat&eacute;lite chin&ecirc;s</h2>
Em 2007, com um &uacute;nico ataque realizado durante um controverso exerc&iacute;cio, a China conseguiu a proeza de militarizar o espa&ccedil;o. O Ex&eacute;rcito de Liberta&ccedil;&atilde;o Popular disparou um m&iacute;ssil bal&iacute;stico C-19 em dire&ccedil;&atilde;o &agrave; estratosfera e destruiu um sat&eacute;lite meteorol&oacute;gico chin&ecirc;s desativado que se encontrava a mais de 800 quil&ocirc;metros da superf&iacute;cie.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/08/27/27151142822402.jpg" />
O problema com o teste &eacute; que, al&eacute;m de a detona&ccedil;&atilde;o ter resultado em uma nuvem de destro&ccedil;os que poderiam danificar outros sat&eacute;lites em &oacute;rbitas pr&oacute;ximas, ele serviu para que outras na&ccedil;&otilde;es passassem a ver esses objetos como poss&iacute;veis alvos militares. E se algum dia ocorrerem ataques em escala global, as consequ&ecirc;ncias podem ser catastr&oacute;ficas.
Os ataques seriam capazes de criar campos de fragmentos que, por sua vez, afetariam sat&eacute;lites em determinadas &oacute;rbitas, criando rea&ccedil;&otilde;es em cadeia que resultariam na destrui&ccedil;&atilde;o de sistemas de comunica&ccedil;&atilde;o e de posicionamento global vitais para a Terra, por exemplo. Al&eacute;m disso, com a quebra da &mdash; at&eacute; agora respeitada &mdash; barreira espacial como limite dos conflitos, pa&iacute;ses poderiam enviar ao espa&ccedil;o armas capazes de atingir alvos na superf&iacute;cie. Tomara que isso nunca aconte&ccedil;a...
<h2>3 &ndash; Reaper Drone</h2>
Os drones, como voc&ecirc; sabe, s&atilde;o aeronaves n&atilde;o tripuladas e, desde 2001, o Ex&eacute;rcito dos EUA vem acompanhando de perto o desenvolvimento desses ve&iacute;culos para uso militar. Um deles &eacute; o M19 Reaper, que j&aacute; foi usado em miss&otilde;es de vigil&acirc;ncia e em ataques surpresa contra militantes de diversos pa&iacute;ses, como o Iraque, a Som&aacute;lia e o Paquist&atilde;o.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/08/27/27151256173403.jpg" />MQ-9 Reaper
Esses dispositivos s&atilde;o extremamente sofisticados e capazes de transportar mais de 200 quilos de armamentos, assim como m&iacute;sseis teleguiados para ataque terrestre ou a&eacute;reo. Al&eacute;m disso, eles t&ecirc;m autonomia de at&eacute; 36 horas e podem identificar alvos com precis&atilde;o &mdash; esses drones conseguem &ldquo;ler&rdquo; placas de carros a mais de 3 quil&ocirc;metros de dist&acirc;ncia! &mdash;, permitindo que os militares norte-americanos ataquem sem p&ocirc;r seus soldados em risco.
<h2>4 &ndash; M&iacute;ssil Tomahawk</h2>
Os Tomahawks &mdash; m&iacute;sseis de cruzeiro de longo alcance subs&ocirc;nicos &mdash; est&atilde;o por a&iacute; desde a d&eacute;cada de 70. No entanto, no in&iacute;cio do ano, a Marinha norte-americana realizou testes com uma vers&atilde;o modificada capaz de mudar de dire&ccedil;&atilde;o durante o voo e atingir alvos em movimento em alto-mar.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/08/27/27151332257405.jpg" />
O novo Tomahawk tem um alcance de quase mil milhas n&aacute;uticas &mdash; ou mais de 1,8 mil quil&ocirc;metros &mdash;, dando aos EUA uma enorme vantagem sobre outras na&ccedil;&otilde;es com armamentos similares. S&oacute; para que voc&ecirc; tenha uma ideia, a China, por exemplo, est&aacute; trabalhando no desenvolvimento de um sistema de defesa contra m&iacute;sseis de cruzeiro, e seu alcance m&aacute;ximo equivale &agrave; metade da nova vers&atilde;o dos Tomahawks.
<h2>5 &ndash; C&uacute;pula de Ferro</h2>
N&oacute;s j&aacute; falamos um pouquinho sobre a&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/44957-veja-foguetes-do-hamas-serem-interceptados-por-defesa-antiaerea-de-israel.htm" target="_blank">C&uacute;pula de Ferro</a>&nbsp;aqui no Mega Curioso, e voc&ecirc; pode conferir a mat&eacute;ria atrav&eacute;s&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/guerras/45451-veja-o-sistema-antiaereo-israelense-interceptando-15-misseis.htm" target="_blank">deste link</a>. Tamb&eacute;m conhecido como &ldquo;Domo de Ferro&rdquo;, esse &eacute; o nome do sistema de defesa antia&eacute;rea em opera&ccedil;&atilde;o em Israel capaz de rastrear a trajet&oacute;ria de m&iacute;sseis de curto alcance e bombas de artilharia e lan&ccedil;ar proj&eacute;teis que interceptam e detonam esses dispositivos em pleno voo, evitando que eles atinjam seus alvos.
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Desenvolvida por uma companhia israelense, a C&uacute;pula de Ferro funciona como um escudo desde 2011 e foi projetada para combater um problema espec&iacute;fico &mdash; e grave &mdash; de seguran&ccedil;a, portanto n&atilde;o teria muita aplicabilidade fora de Israel. Por outro lado, o sistema &eacute; incrivelmente eficiente e, desde que entrou em funcionamento, evitou o impacto de 90% dos proj&eacute;teis lan&ccedil;ados a partir da Faixa de Gaza.
<h2>6 &ndash; Raios de calor</h2>
Voc&ecirc; se lembra dos raios disparados pelas m&aacute;quinas alien&iacute;genas do filme &ldquo;Guerra dos Mundos&rdquo;? Pois tanto o Ex&eacute;rcito dos EUA como o de Liberta&ccedil;&atilde;o Popular da China desenvolveram sistemas parecidos &mdash; mas que s&atilde;o incapazes de vaporizar os seres humanos! Conhecidos informalmente como &ldquo;raios de calor&rdquo;, a ideia por tr&aacute;s de sua cria&ccedil;&atilde;o &eacute; que eles sejam usados no controle de multid&otilde;es.
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Esses dispositivos, apesar de n&atilde;o serem letais ou incapacitantes, provocam dor extrema em seus alvos. O sistema desenvolvido pelos chineses consegue atingir indiv&iacute;duos a 80 metros de dist&acirc;ncia e pode ser conectado a uma fonte extra de energia que aumenta seu alcance a quase 1 quil&ocirc;metro. J&aacute; a vers&atilde;o norte-americana tem um alcance de pouco mais de 900 metros.
O funcionamento est&aacute; baseado na emiss&atilde;o de feixes de ondas eletromagn&eacute;ticas de grande pot&ecirc;ncia e alta frequ&ecirc;ncia com longitude milim&eacute;trica. Esses raios s&atilde;o capazes de penetrar meio mil&iacute;metro na pele, excitar as mol&eacute;culas de &aacute;gua e gordura e provocar uma sensa&ccedil;&atilde;o insuport&aacute;vel de calor &mdash; sem causar danos a qualquer &oacute;rg&atilde;o ou queimaduras. No caso dos EUA, os primeiros dispositivos foram projetados entre 2002 e 2007, mas nunca foram utilizados por quest&otilde;es &eacute;ticas.
<h2>7 &ndash; THAAD</h2>
Em uso desde 2008, o THAAD &mdash; Terminal High Altitude Area Defense&nbsp;&mdash; &eacute; um sistema de defesa utilizado pelo Ex&eacute;rcito dos EUA para interceptar e derrubar m&iacute;sseis bal&iacute;sticos com um &iacute;ndice de sucesso de 100%. O mais interessante &eacute; que os proj&eacute;teis empregados pelo sistema n&atilde;o transportam explosivos, destruindo os alvos por meio do impacto direto.
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Assim, o THAAD emprega a energia cin&eacute;tica para atingir os m&iacute;sseis inimigos, podendo alcan&ccedil;&aacute;-los tanto na atmosfera terrestre como al&eacute;m dela. E cada lan&ccedil;ador &mdash; que pode ser transportado de um lado a outro na traseira de caminh&otilde;es &mdash; tem capacidade para disparar at&eacute; oito proj&eacute;teis.
<h2>B&ocirc;nus</h2>
<h3>Armas hipers&ocirc;nicas</h3>
Na verdade, ainda n&atilde;o existe um prot&oacute;tipo avan&ccedil;ado em funcionamento de uma arma hipers&ocirc;nica, mas sim uma forte competi&ccedil;&atilde;o entre a China e os EUA para o desenvolvimento desse tipo de dispositivo, e os dois pa&iacute;ses realizaram testes com vers&otilde;es preliminares recentemente.
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O motivo da corrida pelo progresso dessa tecnologia? Se elas algum dia se tornarem operacionais, as armas hipers&ocirc;nicas poder&atilde;o atingir alvos com velocidade, efetividade e precis&atilde;o sem precedentes, j&aacute; que elas ser&atilde;o capazes de viajar a velocidades superiores a cinco vezes a velocidade do som, cobrindo milhares de quil&ocirc;metros do local de lan&ccedil;amento at&eacute; o alvo.
Outra caracter&iacute;stica das armas hipers&ocirc;nicas &eacute; que elas viajar&atilde;o em uma trajet&oacute;ria que os sistemas de defesa antim&iacute;sseis n&atilde;o conseguem interceptar. Isso porque, ao contr&aacute;rio dos proj&eacute;teis convencionais, que se deslocam formando arcos, elas se deslocar&atilde;o de forma mais reta. Sem falar que as armas hipers&ocirc;nicas tamb&eacute;m poderiam ser equipadas com ogivas nucleares &mdash; e isso seria bem preocupante!
*Publicado em 27/08/2015

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7 armas militares insanas que foram desenvolvidas nos últimos anos

Imagem de Conheça a história das 10 mulheres guerreiras que mudaram a História no site Mega Curioso

Do início da era cristã até a Segunda Guerra Mundial, descubra os feitos das mais notórias espadachins, combatentes, estrategistas e atiradoras que marcaram seus nomes nos livros

N&atilde;o importa se ela &eacute; m&atilde;e, dona de casa, estudiosa, trabalhadora, um esp&iacute;rito livre ou todas essas op&ccedil;&otilde;es ao mesmo tempo, toda mulher tem um pouco de guerreira dentro de si. E por mais sexista que a sociedade e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/historia-e-geografia" target="_blank" title="Hist&oacute;ria e Geografia">hist&oacute;ria</a>&nbsp;tendam a ser, muitas dessas lutadoras conseguiram conquistar espa&ccedil;o e subir acima de todos os homens, mudando completamente o rumo de batalhas e a situa&ccedil;&atilde;o de pa&iacute;ses inteiros.
Na lista a seguir, voc&ecirc; confere quem foram as mais famosas mulheres guerreiras da hist&oacute;ria, desde o in&iacute;cio da era crist&atilde; at&eacute; a Segunda Guerra Mundial. Indo das irm&atilde;s que se opuseram &agrave;s for&ccedil;as esmagadoras do Imp&eacute;rio Chin&ecirc;s e da respons&aacute;vel pela cria&ccedil;&atilde;o de uma extensa rede de ninjas do sexo feminino at&eacute; a ic&ocirc;nica Joana d&rsquo;Arc e a melhor atiradora de elite conhecida, conhe&ccedil;a os feitos dessas incr&iacute;veis combatentes.
<h2>1 &ndash; As irm&atilde;s Trung (s&eacute;culo I)</h2>
Trung Trac e Trung Nhi nasceram durante o per&iacute;odo de 1 mil anos em que o Vietn&atilde; permaneceu sob ocupa&ccedil;&atilde;o do Imp&eacute;rio da China, testemunhando desde a inf&acirc;ncia os abusos e o controle ferrenho sofrido por seus compatriotas. Ap&oacute;s sofrerem uma trag&eacute;dia particularmente pessoal, elas se armaram e conseguiram derrotar uma unidade chinesa local.
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O feito inspirou os vietnamitas a seguir sua lideran&ccedil;a e, ent&atilde;o, as irm&atilde;s Trung conseguiram formar um ex&eacute;rcito com cerca de 80 mil combatentes, delegando as posi&ccedil;&otilde;es mais elevadas de comando a mulheres de sua confian&ccedil;a. As for&ccedil;as da popula&ccedil;&atilde;o n&atilde;o somente conseguiram expulsar os chineses no ano 40, mas tamb&eacute;m elegeram a irm&atilde;s como suas rainhas e conseguiram resistir ao retorno dos soldados da China por dois anos.
Eventualmente, os chineses formaram um grande ex&eacute;rcito para derrot&aacute;-las e, segundo a lenda, os soldados inimigos foram nus ao campo de batalha para envergonhas as mulheres. Diante de sua derrota iminente, as rainhas Trung se suicidaram por afogamento no rio H&aacute;t para preservar sua honra. Hoje, as irm&atilde;s s&atilde;o consideradas hero&iacute;nas nacionais do Vietn&atilde;.
<h2>2 &ndash; Boudicca (s&eacute;culo I)</h2>
Quando o rei de Norfolk, no norte da Inglaterra, morreu em batalha, ele declarou que seu reino deveria ser governado conjuntamente por sua esposa Boudicca, suas filhas e por Roma, mas os romanos n&atilde;o respeitaram a decis&atilde;o e tomaram controle total, a&ccedil;oitando a rainha e estuprando suas descendentes. Revoltada, a governante liderou uma rebeli&atilde;o contra as for&ccedil;as de ocupa&ccedil;&atilde;o do Imp&eacute;rio Romano.
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Sob suas ordens, o ex&eacute;rcito popular obteve diversas vit&oacute;rias contra Roma e chegou a destruir completamente a cidade de Camulodunum (que hoje se chama Colchester). Relatos de romanos afirmam que as for&ccedil;as brit&acirc;nicas n&atilde;o faziam prisioneiros, executando todas as pessoas que encontravam em seu caminho. Ironicamente, hoje a rebelde anti-imperialista serve como s&iacute;mbolo do Imp&eacute;rio Brit&acirc;nico e sua est&aacute;tua vigia a cidade que ela demoliu.
<h2>3 &ndash; Septima Zenobia (s&eacute;culo III)</h2>
Respons&aacute;vel pelo governo da S&iacute;ria do ano 250 at&eacute; 275, Zenobia liderou seus ex&eacute;rcitos montada em um cavalo e usando uma armadura completa para derrotar as legi&otilde;es romanas sob o reino de Claudio. A vit&oacute;ria dela foi t&atilde;o decisiva que seus inimigos tiveram que bater retirada de boa parte da &Aacute;sia Menor, ao passo que a Ar&aacute;bia, Arm&ecirc;nia e P&eacute;rsia se tornaram seus aliados quando ela se declarou rainha do Egito por direito de ancestralidade.
O sucessor de Claudio, Aureliano, enviou suas legi&otilde;es mais experientes para derrubar Zenobia, mas mesmo assim precisou de quatro anos de batalhas e cercos que a cidade capital de Palmyra fosse tomada e sua governante aprisionada. A rainha foi acorrentada e exibida nas ruas de Roma junto a nove outras l&iacute;deres aliadas antes de ser exilada em Tibur (hoje Tivoli) &ndash; suas filhas, no entanto, se casaram com membros de fam&iacute;lias influentes no imp&eacute;rio romano.
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<h2>4 &ndash; Tomoe Gozen (s&eacute;culos XII e XIII)</h2>
Considerada a samurai feminina mais famosa de todos os tempos, Tomoe contrariou as conven&ccedil;&otilde;es e insistiu em combater junto a seus companheiros homens da guerra de Genpei, onde seus feitos deram a ela uma posi&ccedil;&atilde;o essencial na defesa da causa japonesa. Sua habilidade com espadas e arcos era considerada lend&aacute;ria e alguns contos chegam a afirmar que ela era capaz at&eacute; mesmo de montar cavalos indomados enquanto descia de desfiladeiros.
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<h2>5 &ndash; Tamar da Ge&oacute;rgia (s&eacute;culos XII e XIII)</h2>
Filha do rei Giorgi III, Tamar possu&iacute;a tamanha intelig&ecirc;ncia que foi reconhecida por seu pai como regente adjunta e herdeira leg&iacute;tima de seu governo. Ao assumir a coroa, ela suprimiu a oposi&ccedil;&atilde;o da aristocracia contra uma mulher no poder e se declarou rei da Ge&oacute;rgia, abandonando o t&iacute;tulo de rainha por passar uma imagem de menor poder.
Com o passar do tempo, ela derrotou quase todos os Estados isl&acirc;micos vizinhos e sua reputa&ccedil;&atilde;o cresceu e ela chegou a ser considerava por seu povo como &ldquo;Rei dos Reis e Rainha das Rainhas&rdquo;. Tamar participava ativamente como comandante militar do seu ex&eacute;rcito e levou seu reino ao &aacute;pice de seu poder pol&iacute;tico, econ&ocirc;mico e cultural. Sua vit&oacute;ria final contra a aristocracia foi proteger seus s&uacute;ditos comuns contra os abusos da nobreza.
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<h2>6 &ndash; Joana d&rsquo;Arc (s&eacute;culo XV)</h2>
Sofrendo de vis&otilde;es com Deus e seus anjos desde os 13 anos de idade, a jovem Joana d&rsquo;Arc certo dia foi at&eacute; o ainda n&atilde;o coroado rei da Fran&ccedil;a, Carlos VII, convencendo-o a deix&aacute;-la enfrentar a invas&atilde;o brit&acirc;nica durante a Guerra dos Cem Anos. Enviada para o cerco dos inimigos contra a cidade de Orl&eacute;ans, ela conseguiu romp&ecirc;-lo em apenas nove dias e provou seu valor como estrategista e guerreira.
Ap&oacute;s liderar diversas outras &aacute;geis vit&oacute;rias, Joana levou Charles VII ao trono e se tornou a primeira pessoa da hist&oacute;ria a comandar todo o ex&eacute;rcito de uma na&ccedil;&atilde;o com apenas 17 anos de idade. Mesmo depois de sofrer feridas em seu pesco&ccedil;o e cabe&ccedil;a, ela continuou acumulando vit&oacute;rias para a Fran&ccedil;a at&eacute; que foi capturada e julgada herege por uma falsa corte cat&oacute;lica, que a queimou viva.
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Posteriormente, o julgamento da &ldquo;donzela de Orl&eacute;ans&rdquo; foi declarado inv&aacute;lido pelo Papa e ela foi canonizada muitos anos depois. Hoje, Joana d&rsquo;Arc se tornou uma das mulheres guerreiras mais famosas do mundo e &eacute; considerada a santa padroeira da Fran&ccedil;a.
<h2>7 &ndash; Isabel I de Castela (s&eacute;culos XV e XVI)</h2>
Coroada rainha de Castela, na Espanha, ap&oacute;s uma &aacute;rdua guerra de sucess&atilde;o, Isabel criou a Santa Irmandade com o intuito de diminuir a grande quantidade de bandidos que tomaram as estradas do pa&iacute;s ap&oacute;s o conflito entre os aspirantes a regentes. Depois, ela passou a acompanhar de perto as campanhas militares de seu marido, Fernando de Castela, e participou diretamente da expuls&atilde;o dos mouros de seu territ&oacute;rio.
Anos depois, a rainha deu cr&eacute;dito &agrave;s ideias de Crist&oacute;v&atilde;o Colombo, mesmo contra os conselhos dos membros da corte e cientistas da &eacute;poca, ajudando a financiar a viagem que resultaria no que ficou conhecido como o descobrimento da Am&eacute;rica. Por fim, Isabel foi uma das signat&aacute;rias do famoso Tratado de Tordesilhas, que dividia o &ldquo;Novo Mundo&rdquo; entre espanh&oacute;is e portugueses.
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<h2>8 &ndash; Mochizuki Chiyome (s&eacute;culo XVI)</h2>
Esposa do samurai Mochizuki Nobumasa, Chiyome frequentemente ficava aos cuidados do senhor feudal (daimyo, em japon&ecirc;s) Takeda Shingen enquanto seu marido estava liderando for&ccedil;as em batalhas. Quando ficou sabendo que Nobumasa havia morrido em combate e sabendo dos rumores de que sua protegida seria descendente do cl&atilde; ninja de Koga, o soberano deu uma miss&atilde;o especial para a vi&uacute;va.
Chiyome ficou respons&aacute;vel pelo recrutamento e treinamento de uma rede secreta de kunoichi (mulheres ninja), que agiriam como agentes secretas. Al&eacute;m de entregarem mensagens codificadas para aliados do daimyo, elas eram respons&aacute;veis por obter informa&ccedil;&otilde;es sobre advers&aacute;rios, seduzi-los para se aproximarem deles e, quando necess&aacute;rio, assassin&aacute;-los. Pouco tempo depois, acredita-se que a rede oculta chegou a contar com algo entre 200 e 300 ninjas.
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Sob as ordens de sua l&iacute;der, a organiza&ccedil;&atilde;o serviu ao senhor feudal at&eacute; sua misteriosa morte, em 1573. Mochizuki Chiyome ficou t&atilde;o famosa que se tornou uma esp&eacute;cie de &iacute;cone cultural no Jap&atilde;o, aparecendo como personagem de jogos como Red Ninja: End of Honor, Samurai Warriors e Sangoku Heroes, entre outros.
<h2>9 &ndash; Rani Lakshmibai (s&eacute;culo XIX)</h2>
Frequentemente considerada a vers&atilde;o indiana de Joana d&rsquo;Arc, Lakshmibai tamb&eacute;m veio repentinamente de origens humildes para acabar com a festa dos brit&acirc;nicos. A famosa Companhia das &Iacute;ndias Ocidentais, de origem inglesa, tentou anexar seu territ&oacute;rio em Jhansi por meio de suborno, mas ao receber a recusa a empresa resolveu que era a hora de usar a for&ccedil;a.
O que eles n&atilde;o sabiam era que Lakshmibai havia sido instru&iacute;da por seu pai a combater usando machados, espadas e at&eacute; mesmo cavalos treinados para pular sobre fogo. Liderando uma s&eacute;rie de rebeli&otilde;es furiosas, ela defendeu seu territ&oacute;rio com toda a for&ccedil;a at&eacute; ser morta com pouco mais de 20 anos de idade, tornando-se uma m&aacute;rtir para o movimento de independ&ecirc;ncia da &Iacute;ndia.
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<h2>10 &ndash; Lyudmila Pavlichenko (s&eacute;culo XX)</h2>
Nascida na R&uacute;ssia em plena Primeira Guerra Mundial, Lyudmila se mudou com sua fam&iacute;lia para Kiev aos 14 anos de idade, onde ent&atilde;o passou a trabalhar como lixadora em uma f&aacute;brica de armamentos e entrou em um clube de tiro de uma organiza&ccedil;&atilde;o paramilitar sovi&eacute;tica. Seu hobby como atiradora continuou mesmo ap&oacute;s ela ter conclu&iacute;do um mestrado em hist&oacute;ria na Universidade de Kiev.
Durante a Segunda Guerra Mundial, ela continuava estudando quando os alem&atilde;es come&ccedil;aram sua invas&atilde;o &agrave; Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica. Pavlichenko ent&atilde;o se apresentou como um dos primeiros volunt&aacute;rios no escrit&oacute;rio de recrutamento militar e, recusando a fun&ccedil;&atilde;o se enfermeira, tornou-se uma das 2 mil mulheres atiradoras de elite do ex&eacute;rcito vermelho &ndash; das quais somente cerca de 500 sobreviveram &agrave; guerra.
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Ap&oacute;s pouco mais de um ano no conflito, Lyudmila acumulou a contagem de 309 mortes confirmadas, entre as quais est&atilde;o 39 snipers inimigos. Em junho de 1942, no entanto, ela foi ferida por um tiro de morteiro e foi afastada dos combates. Al&eacute;m de se tornar major, instrutora de atiradores de elite e ser a primeira cidad&atilde; sovi&eacute;tica a ser recebida por um presidente dos EUA na Casa Branca, Pavlichenko foi condecorada com a Estrela Dourada do Her&oacute;i da Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica.
<h2>Men&ccedil;&otilde;es honrosas</h2>
Al&eacute;m das grandes mulheres citadas ao longo desta lista, muitas outras guerreiras tamb&eacute;m marcaram seus nomes na hist&oacute;ria do mundo. Confira a seguir algumas delas:
<ul>
<li>Amelia Earhart: a mais famosa aviadora dos Estados Unidos;</li>
<li>Anna Yegorova: pilota e hero&iacute;na da Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica na Segunda Guerra Mundial;</li>
<li>Agustina de Arag&oacute;n: a &ldquo;Joana d&rsquo;Arc espanhola&rdquo;, ela impediu que os franceses ocupassem Saragossa durante o per&iacute;odo napole&ocirc;nico;</li>
<li>Anne Bonny: a mais infame capit&atilde; pirata;</li>
<li>Caterina Sforza: tirana da It&aacute;lia medieval que submetia seus inimigos a torturas cru&eacute;is</li>
<li>Ching Shih: a pirata que comandou uma frota de navios t&atilde;o poderosa que derrotou a Marinha Imperial da China;</li>
<li>Elizabeth Bathory: condessa da Transilv&acirc;nia e inspira&ccedil;&atilde;o para o mito do vampiro Dr&aacute;cula;</li>
<li>Flora Sandes: a &uacute;nica mulher brit&acirc;nica a servir em combate na Segunda Guerra Mundial;</li>
<li>Genevieve de Galard: o &ldquo;anjo de Dien Bien Phu&rdquo;;</li>
<li>Grace O&rsquo;Malley: a &ldquo;rainha pirata de Connaught&rdquo;;</li>
<li>Hannah Dustom: colona norte-americana que escapou de seus captores matando a todo com um machado;</li>
<li>Hawa Abdi: a ginecologista que salvou milhares de vidas e lutou como mil&iacute;cias na Som&aacute;lia por 30 anos;</li>
<li>Isabella da Fran&ccedil;a: a rainha brit&acirc;nica que dep&ocirc;s e executou o rei;</li>
<li>Jacqueline Cochran: uma das pilotas mais bem sucedidas da hist&oacute;ria;</li>
<li>Jeanne Hachette: a garota adolescente que defendeu sua cidade usando uma machadinha;</li>
<li>Jennie Irene Hodges: tamb&eacute;m conhecida por seu disfarce Albert Cashier, soldado da Uni&atilde;o na Guerra Civil norte-americana;</li>
<li>Jennifer Musa: a rainha irlandesa do Baluchist&atilde;o;</li>
<li>Khawla Bint Al-Azwar: hero&iacute;na guerreira da expans&atilde;o isl&acirc;mica;</li>
<li>Lozen: guerreira e l&iacute;der dos apaches que era habilidosa com armas, rem&eacute;dios e profecias;</li>
<li>Lydia Litvyak: a primeira mulher da hist&oacute;ria a vencer uma batalha a&eacute;rea sozinha;</li>
<li>Marie Colvin: a correspondente de guerra que encarou incont&aacute;veis regi&otilde;es de conflito;</li>
<li>Matilda de Canossa: princesa-guerreira italiana que serviu como guarda pessoa do Papa;</li>
<li>Milunka Savic: a soldada mais condecorada da hist&oacute;ria;</li>
<li>Nina Onilova: a &oacute;rf&atilde; ucraniana que aterrorizou os nazistas com sua metralhadora;</li>
<li>Nzinga Mbande: a rainha-guerreira africana que aterrorizou os portugueses e bebia o sangue de seus inimigos;</li>
<li>Princesa Pingyang: uma jovem de 20 anos que liderou um ex&eacute;rcito de camponeses contra o imperador da China;</li>
<li>Rukhsana Kauser: a fazendeira indiana de 18 anos que derrotou seis terroristas armados com metralhadoras;</li>
<li>Tomyris: rainha-guerreira dos massegateanos que derrotou o l&iacute;der de um grande imp&eacute;rio antigo.</li>
</ul>
E a&iacute;, sabe de mais alguma grande mulher cujos feitos ficaram registrados nos livros de hist&oacute;ria e mudaram o curso do mundo? Deixe sua contribui&ccedil;&atilde;o nos coment&aacute;rios.

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Conheça a história das 10 mulheres guerreiras que mudaram a História

Imagem de Um iceberg colossal está prestes a se desprender da Antártica no megacurioso

Maior do que a cidade de São Paulo, plataforma possui aproximadamente 1,7 mil m² e deve se soltar em breve por conta de rachaduras

Um sat&eacute;lite gerenciado pelo Centro de Voos Espaciais Goddard, da NASA, registrou imagens perturbadoras e que colocaram cientistas do mundo inteiro em alerta. Uma por&ccedil;&atilde;o generosa da plataforma de gelo Brunt, regi&atilde;o da Ant&aacute;rtica que margeia sua costa oriental, est&aacute; prestes a se desprender do continente gelado e ser lan&ccedil;ada ao mar. Quando isso acontecer, teremos o nascimento de um iceberg com nada menos do que 1,7 mil km&sup2; &mdash; uma &aacute;rea maior do que a cidade de S&atilde;o Paulo.
Duas grandes rachaduras surgiram no local. A primeira delas, batizada de Rachadura de Halloween, foi detectada pela primeira vez em 2016, mas continua se expandindo em dire&ccedil;&atilde;o ao leste. A segunda, por&eacute;m, foi a que mais impressionou os pesquisadores, pois surgiu repentinamente e vai do sul em dire&ccedil;&atilde;o ao norte, cortando a plataforma atrav&eacute;s dos montes conhecidos como Eleva&ccedil;&otilde;es de gelo McDonald. A velocidade calculada &eacute; de 4 km por ano.
&Eacute; importante observar que desde 1986&nbsp;a NASA realiza monitoramento&nbsp;da regi&atilde;o&nbsp;via sat&eacute;lite, quando utilizava o Landsat 5; por&eacute;m, a ag&ecirc;ncia jamais presenciou a expans&atilde;o t&atilde;o &aacute;gil de uma fenda. Atualmente, &eacute; utilizado um Landsat 8, muito mais moderno e preciso, mas, por conta da imprevisibilidade das rachaduras, os trabalhadores que atuam nas plataformas cient&iacute;ficas da regi&atilde;o (como a Esta&ccedil;&atilde;o Halley da British Antarctic Survey) foram aconselhados a abandonar seus postos.
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Embora seja dif&iacute;cil prever o que acontecer&aacute; quando essa por&ccedil;&atilde;o colossal de gelo se desprender do continente, uma coisa &eacute; certa: o fen&ocirc;meno s&oacute; ressalta as preocupa&ccedil;&otilde;es globais com as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas, que causam uma acelera&ccedil;&atilde;o no derretimento das geleiras e consequentemente um aumento dr&aacute;stico no n&iacute;vel do mar. Trata-se de uma amea&ccedil;a de curto prazo para as cidades costeiras e estima-se que, at&eacute; 2070, o derretimento da Ant&aacute;rtica acarretar&aacute; um aumento de 25 cm no n&iacute;vel mundial dos oceanos.

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Iceberg colossal está prestes a se desprender da Antártica

Imagem de 10 coisas sobre a Antártida que provavelmente você não sabia no megacurioso

Você sabia que, na verdade, a Antártida é um deserto? Descubra um pouco mais sobre o continente gelado

<h2>1. A Ant&aacute;rtida, na verdade, &eacute; um deserto</h2>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/05/24/24191001303662.jpg" />
Quando pensamos na Ant&aacute;rtida, a primeira coisa que vem &agrave; cabe&ccedil;a &eacute; a imagem de um lugar coberto de gelo, aparentemente &uacute;mido, que em nada lembra os desertos onde s&atilde;o registradas alt&iacute;ssimas temperaturas. S&oacute; que n&atilde;o s&oacute; de dunas de areia s&atilde;o feitos os desertos: o continente ant&aacute;rtico tem regi&otilde;es extremamente secas, insanamente hostis ao surgimento de vida.
<h2>2. Tentar atravessar o continente pode ser fatal</h2>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/05/24/24191031506663.jpg" />
Em janeiro de 2016, o explorador brit&acirc;nico Henry Worsley morreu em decorr&ecirc;ncia de uma fal&ecirc;ncia m&uacute;ltipla dos &oacute;rg&atilde;os enquanto tentava cruzar sozinho o continente gelado. Em 71 dias, ele percorreu 1.469 quil&ocirc;metros e restavam menos de 50 para que ele conclu&iacute;sse a perigosa jornada.
<h2>3.&nbsp;Todos os anos, o continente perde 60 quil&ocirc;metros c&uacute;bicos de gelo</h2>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/05/24/24191053396664.jpg" />
A taxa de derretimento no continente tem aumentado drasticamente desde o in&iacute;cio da d&eacute;cada: estima-se que a perda de gelo, anualmente, seja de cerca de 60 km&sup3; &mdash; quase o abastecimento de &aacute;gua no Reino Unido em um ano inteiro.
<h2>4.&nbsp;No inverno, seu litoral praticamente dobra de tamanho</h2>
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No inverno, por causa da dr&aacute;stica diminui&ccedil;&atilde;o na temperatura, a &aacute;gua que est&aacute; ao redor do litoral da Ant&aacute;rtida fica congelada, fazendo com que a superf&iacute;cie do continente quase dobre de tamanho.
<h2>5.&nbsp;Apesar de ser o lugar mais frio do Planeta, as temperaturas m&eacute;dias na Ant&aacute;rtida aumentaram mais bruscamente do que no resto do mundo</h2>
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Nos &uacute;ltimos 50 anos, a temperatura m&eacute;dia do continente aumentou cerca de 3 &deg;C, um acr&eacute;scimo que aconteceu cerca de 10 vezes mais r&aacute;pido do que no restante da Terra.
<h2>6. Para especialistas, a&nbsp;raz&atilde;o para o derretimento do gelo seria o aumento da temperatura do mar</h2>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/05/24/24191209005668.jpg" />
Segundo um estudo sobre a perda de gelo na Ant&aacute;rtida, o acelerado derretimento glacial seria motivado pela eleva&ccedil;&atilde;o da temperatura oce&acirc;nica, visto que os cientistas n&atilde;o encontraram no continente ind&iacute;cios de aumento na temperatura ou diminui&ccedil;&atilde;o na quantidade de neve.
<h2>7.&nbsp;Caso ocorresse um eventual colapso no manto de gelo ant&aacute;rtico, ilhas e cidades litor&acirc;neas ficariam submersas</h2>
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Outro estudo publicado recentemente sugere que o derretimento do manto de gelo da Ant&aacute;rtida Ocidental poderia elevar em quase 3 metros o n&iacute;vel do mar em todo o Planeta, deixando ilhas e cidades costeiras debaixo d'&aacute;gua.
<h2>8.&nbsp;Tem sido cada vez mais dif&iacute;cil para os animais end&ecirc;micos da Ant&aacute;rtida conseguirem alimento</h2>
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Esse pequeno crust&aacute;ceo chamado krill est&aacute; na base alimentar de diversas esp&eacute;cies que habitam o continente ant&aacute;rtico, como os pinguins, as focas e as baleias. Especialistas acreditam que a eleva&ccedil;&atilde;o da temperatura, o aumento da acidez dos oceanos e, em certa medida, a pesca predat&oacute;ria, t&ecirc;m afetado a dieta dos animais da regi&atilde;o e reduzido ainda mais suas chances de sobrevida.
<h2>9.&nbsp;Nova base de pesquisa do Brasil no continente deve ficar pronta em 2020</h2>
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Como voc&ecirc; deve saber, nenhuma na&ccedil;&atilde;o do globo pode exercer poder pol&iacute;tico&nbsp;sobre a Ant&aacute;rtida ou explor&aacute;-la economicamente,&nbsp;somente&nbsp;&eacute; permitida a realiza&ccedil;&atilde;o de estudos cient&iacute;ficos. A base de pesquisa do Brasil, chamada Comandante Ferraz, foi destru&iacute;da por um inc&ecirc;ndio em 2012, mas deve ser substitu&iacute;da por uma nova instala&ccedil;&atilde;o, que, em seus 4,5 mil m&sup2;, abrigar&aacute; 17 laborat&oacute;rios, biblioteca, ambulat&oacute;rio, &aacute;rea de conviv&ecirc;ncia e acomoda&ccedil;&otilde;es para at&eacute; 64 pessoas.
<h2>10.&nbsp;O iate de um brasileiro que naufragou na Ant&aacute;rtida</h2>
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Em 2012, o jornalista Jo&atilde;o Lara Mesquita levou um susto enquanto navegava pelas perigosas &aacute;guas ant&aacute;rticas: por causa do ac&uacute;mulo de gelo ao redor da embarca&ccedil;&atilde;o e pelas condi&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas desfavor&aacute;veis, o iate em que ele e mais tr&ecirc;s tripulantes estavam afundou. Na ocasi&atilde;o, ele gravava um document&aacute;rio sobre o continente gelado. Felizmente, todos foram resgatados s&atilde;os e salvos e levados para a base chilena que ficava pr&oacute;ximo ao local do naufr&aacute;gio.

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10 coisas sobre a Antártida que provavelmente você não sabia

Imagem de Conheça 10 dos lugares mais isolados do planeta no megacurioso

Se você é daqueles que curtem relaxar longe da agitação das cidades, precisa conhecer esses lugares onde o horizonte não é formado por arranha-céus

<h2>1.&nbsp;Esta&ccedil;&atilde;o McMurdo, Ant&aacute;rtida</h2>
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A&nbsp;Esta&ccedil;&atilde;o McMurdo &eacute; a maior base cient&iacute;fica do continente, pertencente aos Estados Unidos, e est&aacute; localizada na&nbsp;Ant&aacute;rtida, podendo abrigar at&eacute; 1.258 residentes, entre turistas e cientistas.
<h2>2.&nbsp;Bantam Village, Ilhas Cocos</h2>
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Bem longe do frio de rachar da Ant&aacute;rtida fica a paradis&iacute;aca Bantam Village, o maior assentamento humano das Ilhas Cocos, arquip&eacute;lago pertencente &agrave; Austr&aacute;lia. O lugar, que experimenta temperaturas de ver&atilde;o durante o ano todo, &eacute; habitado por apenas 600 pessoas.
<h2>3. Munnar, &Iacute;ndia</h2>
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Com uma popula&ccedil;&atilde;o estimada em 1,2 bilh&atilde;o de pessoas em 2013, achar um lugar isolado na &Iacute;ndia &eacute; quase como encontrar uma agulha em um palheiro. Mas no sul do pa&iacute;s, distante das metr&oacute;poles pujantes, fica a pequena Munnar. Conhecido por suas planta&ccedil;&otilde;es de ch&aacute;, a lugar &eacute; um verdadeiro para&iacute;so escondido atr&aacute;s das montanhas.
<h2>4.&nbsp;Costa dos Esqueletos, Nam&iacute;bia&nbsp;</h2>
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Isolado, seco e assustador: n&atilde;o existem melhores defini&ccedil;&otilde;es para essa remota localidade da Nam&iacute;bia, pa&iacute;s do sul da &Aacute;frica. Os &uacute;nicos habitantes da regi&atilde;o s&atilde;o ca&ccedil;adores e coletores semin&ocirc;mades&nbsp;da tribo Himba.
<h2>5. Oymyakon, R&uacute;ssia</h2>
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Considerada a regi&atilde;o habitada mais fria da Terra, essa vila localizada nos rinc&otilde;es da R&uacute;ssia registra facilmente temperaturas inferiores aos -50 &deg;C em seus rigorosos invernos. Em 6 de fevereiro de 1933, durante um dos per&iacute;odos mais frios j&aacute; registrados no pa&iacute;s, a temperatura chegou a incr&iacute;veis -67,7 &deg;C.
<h2>6. Hanga Roa, Ilha de P&aacute;scoa</h2>
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Hanga Roa &eacute; a principal cidade da Ilha de P&aacute;scoa, que fica encravada no meio do Oceano Pac&iacute;fico. S&oacute; para ter ideia, o lugar mais pr&oacute;ximo, na costa do Chile, fica a 3,5 mil km &mdash; quase a mesma dist&acirc;ncia que separa Porto Alegre e Macei&oacute;.
<h2>7. Foula, Esc&oacute;cia</h2>
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Com uma &aacute;rea de 13 km&sup2;, essa pequena ilha localizada na Esc&oacute;cia &eacute; o lar de apenas 38 indiv&iacute;duos, que vivem basicamente da agricultura familiar e do pastoreio de ovelhas. Ainda imune ao avan&ccedil;o da urbaniza&ccedil;&atilde;o e da especula&ccedil;&atilde;o imobili&aacute;ria, o lugar se conserva como habitat de in&uacute;meras esp&eacute;cies de aves.
<h2>8.&nbsp;Saas-Fee, Su&iacute;&ccedil;a</h2>
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Cercada por montanhas que atingem 4 mil metros de altura, essa pequena aldeia do interior da Su&iacute;&ccedil;a n&atilde;o &eacute; muito acess&iacute;vel, mas, se voc&ecirc; deseja esquecer o barulho do escapamento dos autom&oacute;veis, &eacute; o destino ideal. Isso porque &eacute; proibida a circula&ccedil;&atilde;o de carros no lugar, que devem ser deixados em estacionamentos situados fora dos limites da cidade; somente pequenos ve&iacute;culos el&eacute;tricos podem ser conduzidos pelas ruas.
<h2>9.&nbsp;Ittoqqortoormiit, Groenl&acirc;ndia</h2>
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O que o nome tem de impronunci&aacute;vel o lugar tem de isolado. O vilarejo de 450 habitantes, cuja economia gira em torno da ca&ccedil;a de baleias e ursos polares, &eacute; um dos assentamentos humanos mais ao norte do globo.&nbsp;
<h2>10.&nbsp;Vestmannaeyjar, Isl&acirc;ndia</h2>
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/02/25/25142532501349.jpg" />
Parece montagem, mas &eacute; a mais pura verdade! Essa &eacute; uma das ilhas do arquip&eacute;lago Vestmannaeyjar, situado na Isl&acirc;ndia. Moram no conjunto de ilhas, ao todo, 4 mil habitantes.
<a href="http://www.rexposta.com.br/curiosidades/423024-se-pudesse-voce-largaria-tudo-e-iria-para-algum-lugar.htm?utm_source=Artigo&amp;utm_medium=megacurioso" target="_blank" data-title="Se pudesse, voc&ecirc; largaria tudo e iria para algum lugar in&oacute;spito?">Se pudesse, voc&ecirc; largaria tudo e iria para algum lugar in&oacute;spito?</a>

thumb-image-2024-02-29T14:01:32.219Z

Conheça 10 dos lugares mais isolados do Planeta

Imagem de Descobriram uma imensa rede de lagos sob a Antártida e isso não é nada bom no megacurioso

Apesar de existirem diversas esta&ccedil;&otilde;es de pesquisas na Ant&aacute;rtida e de muitos cientistas estarem de olho no que rola por l&aacute;, a verdade &eacute; que seu territ&oacute;rio foi bem pouco explorado &ndash; e a todo momento novas coisas s&atilde;o descobertas sobre ele. A mais recente foi a de que sob o maior glaciar situado na Ant&aacute;rtida Oriental h&aacute; uma colossal rede de lagos que abrigam uma quantidade de &aacute;gua pode afetar dramaticamente as estimativas feitas at&eacute; agora sobre a eleva&ccedil;&atilde;o do n&iacute;vel dos mares no planeta.
<h2>Futuro incerto</h2>
A Ant&aacute;rtida Oriental, para quem n&atilde;o sabe, tamb&eacute;m &eacute; conhecida como Ant&aacute;rtida Maior e consiste na maior das duas regi&otilde;es que formam o continente gelado &ndash; a outra se chama Ant&aacute;rtida Ocidental ou Ant&aacute;rtida Menor &ndash;, e o Totten, que soma cerca de 1,1 mil quil&ocirc;metros de extens&atilde;o, 30 km de largura e at&eacute; 2 km de profundidade, &eacute; o maior glaciar dessa regi&atilde;o.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/03/29/29132755761034.png" alt="" />
(Reprodu&ccedil;&atilde;o / Australian Antarctic Division)
Para voc&ecirc; ter ideia, de acordo com as estimativas, se todo o gelo contido nesse glaciar derretesse, a &aacute;gua em excesso levaria a uma eleva&ccedil;&atilde;o de at&eacute; 7 metros nos n&iacute;veis do mar. S&oacute; que esse c&aacute;lculo foi feito antes da descoberta da tal rede de lagos, n&eacute;? O fato &eacute; que o Totten consiste no maior ponto de coleta e drenagem do manto de gelo da Ant&aacute;rtida Oriental e &eacute; o glaciar com o maior &iacute;ndice de degelo de toda a &aacute;rea.
S&oacute; que o que existe debaixo esse gelo todo tem influ&ecirc;ncia direta sobre a din&acirc;mica do glaciar e afeta a velocidade com a qual o material se move do interior em dire&ccedil;&atilde;o ao mar. Assim, se a camada sob o glaciar for composta por uma matriz rochosa, o fluxo de gelo ser&aacute; mais lento, e se houver lagos ou outros corpos h&iacute;dricos, a velocidade ser&aacute; maior. Ali&aacute;s, o volume de &aacute;gua e forma como ela flui nesses corpos interfere no ritmo em que o gelo &eacute; transportado ao oceano. 
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/03/29/29132820901035.jpg" alt="" />
(Reprodu&ccedil;&atilde;o / IFLScience! / AAD / Nick Morgan)
Pois, de acordo com Katy Evans, do site <a href="https://www.iflscience.com/environment/huge-network-of-lakes-found-under-east-antarcticas-largest-glacier/" target="_blank" rel="noopener">IFLScience!</a>, a rede de lagos foi identificada por pesquisadores da Divis&atilde;o Ant&aacute;rtica Australiana atrav&eacute;s da realiza&ccedil;&atilde;o de testes s&iacute;smicos na Ant&aacute;rtida Oriental. O time explicou que a quantidade de &aacute;gua contida nos lagos &eacute; substancial e, para piorar, al&eacute;m de ela se encontrar n&atilde;o muito distante do mar, os cientistas ainda sabem muito pouco sobre esses lagos todos.
<div class="video-center">
<blockquote class="twitter-tweet" data-lang="en">
This summer a team of <a href="https://twitter.com/AusAntarctic?ref_src=twsrc%5Etfw">@AusAntarctic</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/scientists?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#scientists</a> undertook seismic studies on the largest glacier in East <a href="https://twitter.com/hashtag/Antarctica?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#Antarctica</a> revealing for the first time a network of lakes beneath the ice. The researchers were studying the Totten Glacier, near Casey station.<a href="https://t.co/W25ksDKfxo">https://t.co/W25ksDKfxo</a> <a href="https://t.co/UVPFvkIPlI">pic.twitter.com/UVPFvkIPlI</a>
&mdash; antarctica.gov.au (@AusAntarctic) <a href="https://twitter.com/AusAntarctic/status/1109985693139267584?ref_src=twsrc%5Etfw">March 25, 2019</a></blockquote>

<script src="https://platform.twitter.com/widgets.js"></script>
</div>
N&atilde;o, a not&iacute;cia da descoberta n&atilde;o nada boa, e &eacute; vital que os pesquisadores compreendam o que acontece debaixo do Totten para prever como o derretimento desse e de outros glaciares pode afetar a eleva&ccedil;&atilde;o dos n&iacute;veis dos oceanos no futuro. Mas eles j&aacute; determinaram que est&atilde;o ocorrendo mudan&ccedil;as por l&aacute;. Tenso, n&eacute;?

thumb-image-2024-02-29T14:04:03.955Z

Descobriram uma imensa rede de lagos sob a Antártida e isso não é nada bom

Imagem de Crença em deuses moralizadores não foi essencial para grandes civilizações no megacurioso

Divindades que recompensam os bons e punem os maus tendem a surgir depois que as sociedades já se desenvolveram

A cren&ccedil;a em deuses que recompensam os bons e punem os maus &eacute; t&atilde;o difundida que muitos fil&oacute;sofos argumentam que ela &eacute; essencial para a exist&ecirc;ncia de grandes sociedades. No entanto, tamb&eacute;m existem evid&ecirc;ncias de que a f&eacute; em divindades moralizantes s&oacute; surgiu s&eacute;culos depois de algumas civiliza&ccedil;&otilde;es se tornaram complexas.
Foi isso que concluiu o pesquisador Patrick Savage, da Universidade de Oxford. Para tanto, ele analisou as cren&ccedil;as religiosas de 414 sociedades que existiram em todo o mundo ao longo dos &uacute;ltimos 10 mil anos. Na maioria dos casos, as deidades moralizantes s&oacute; apareceram em registros depois que as civiliza&ccedil;&otilde;es atingiram popula&ccedil;&otilde;es de mais de 1 milh&atilde;o de pessoas.
<h2>Como a pesquisa foi realizada</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2019/03/28/28190935693372.jpg" alt="" />
(Reprodu&ccedil;&atilde;o/Wikipedia)
A cren&ccedil;a em for&ccedil;as sobrenaturais &eacute; comum a praticamente todos os povos. Entretanto, para fins de estudo, Savage focou apenas nos ditos &ldquo;deuses moralizadores&rdquo;, que s&atilde;o aqueles que, al&eacute;m de exigirem alguns sacrif&iacute;cios ou determinarem lugares sagrados, ainda punem viola&ccedil;&otilde;es a leis morais que deveriam ser seguidas pelos humanos.&nbsp;&nbsp;
Nessa categoria se encaixam as deidades das tr&ecirc;s principais religi&otilde;es abra&acirc;micas: cristianismo, islamismo e juda&iacute;smo. Todas elas pregam que a pessoa que faz o mal pagar&aacute; por isso em algum momento. Lembrando que os malfeitos podem ser aqueles que qualquer lei comum condena, como assassinatos, ou coisas espec&iacute;ficas, como alguns comportamentos sexuais.
Para saber o n&iacute;vel de desenvolvimento das sociedades pesquisadas de acordo com o per&iacute;odo em que elas existiram, Savage levou em considera&ccedil;&atilde;o os dados reunidos no Seshat Global History Databan. De acordo com essa ferramenta, algumas caracter&iacute;sticas de sociedades complexas s&atilde;o hierarquia bem estabelecida, c&oacute;digos legais formais e infraestrutura de transportes.
Em artigo publicado na revista cient&iacute;fica Nature, o pesquisador explica que cruzou essas informa&ccedil;&otilde;es com relatos obtidos em 30 regi&otilde;es distintas do mundo. &ldquo;Embora todos esses lugares tivessem a cren&ccedil;a de que era preciso acalmar seres sobrenaturais com rituais, n&atilde;o existiam deuses moralizadores antes de processos de coloniza&ccedil;&atilde;o em pelo menos 10 deles&rdquo;.
Nas outras 20 regi&otilde;es, a cren&ccedil;a em deuses moralizadores surgiu sem a interfer&ecirc;ncia de outros povos. Por&eacute;m, isso s&oacute; acontecia em m&eacute;dia 400 anos depois do desenvolvimento da escrita; ent&atilde;o, elas teriam sido registradas caso tivessem aparecido antes. O exemplo mais antigo disso &eacute; o Egito, h&aacute; 4,8 mil anos, durante o per&iacute;odo conhecido como Segunda Dinastia.
Saber quando as pessoas come&ccedil;aram a acreditar em deuses moralizantes &eacute; relevante para os debates sobre como muitos pa&iacute;ses s&atilde;o cada vez menos religiosos. A conclus&atilde;o de Patrick &eacute; que, embora a cren&ccedil;a nessas divindades possa ter contribu&iacute;do para a estabilidade de algumas sociedades, ela n&atilde;o foi necess&aacute;ria para a forma&ccedil;&atilde;o delas.

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