Descoberta revela mistério sobre rituais antigos e práticas romanas de sepultamento.

Arqueólogos da Bélgica fizeram uma descoberta impressionante ao investigar um esqueleto antigo, encontrado na década de 1970 em um cemitério romano da cidade de Pommerœul. Esse esqueleto, aparentemente único, revelou-se uma montagem composta por ossos de pelo menos cinco pessoas diferentes, cujas mortes ocorreram em períodos distintos, com até 2.500 anos de intervalo.&nbsp;Análises de radiocarbono, DNA e a posição dos ossos indicam que essa montagem inusitada pode ter sido criada por motivos rituais ou espirituais, sugerindo que os romanos, ao encontrarem restos neolíticos no local, tenham reorganizado os ossos para recriar um "indivíduo". Mas o que teria levado pessoas tão distantes no tempo a se unirem em um só corpo?<h2 style="text-align:justify;">Processos ritualísticos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/12/12085023870026.png" alt="Crânio encontrado na sepultura. (Fonte: Bárbara Veselka et al./ Divulgação)"><figcaption>Crânio encontrado na sepultura. (Fonte: Bárbara Veselka et al./ Divulgação)</figcaption></figure></figure>Os primeiros arqueólogos a escavarem o local na década de 1970 suspeitaram que o esqueleto datava da era romana, devido ao estilo do pino de osso achado próximo ao crânio, um objeto típico do período. No entanto, uma análise posterior em 2019 revelou algo surpreendente: enquanto o crânio e o pino datavam da era romana, muitos outros ossos eram ainda mais antigos, remontando ao Neolítico.&nbsp;Essa diferença temporal lançou uma nova luz sobre a sepultura, levando pesquisadores a questionarem como esses ossos se juntaram em um só "indivíduo" e qual era o propósito dessa composição.<ul><li style="text-align:justify;">Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/homem-do-poco-esqueleto-encontrado-pode-confirmar-saga-nordica" rel="noopener noreferrer" target="_blank">'Homem do Poço': esqueleto encontrado pode confirmar saga nórdica</a></li></ul>Uma hipótese é que os romanos, ao enterrarem seus mortos, tenham perturbado uma sepultura neolítica e decidido “completar” o esqueleto com um crânio e pino romanos para restaurar sua integridade. Isso faria sentido, já que, para os romanos, a preservação espiritual do falecido era crucial para sua passagem para a vida após a morte.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/12/12085309206027.png" alt="Metatarsos e falanges de pessoas diferentes estavam presentes no local. (Fonte: Bárbara Veselka et al./ Divulgação)"><figcaption>Metatarsos e falanges de pessoas diferentes estavam presentes no local. (Fonte: Bárbara Veselka et al./ Divulgação)</figcaption></figure></figure>Outra teoria, contudo, sugere uma motivação ainda mais profunda. De acordo com os pesquisadores, os romanos podem ter conscientemente montado o esqueleto misto como uma maneira de conectar-se aos antigos habitantes da região. Nesse caso, a montagem seria uma forma de reivindicar a terra, demonstrando respeito ou até superstição em relação aos antepassados.&nbsp;<ul><li style="text-align:justify;">Veja também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120620-esqueleto-romano-desenterrado-e-prova-rara-de-pessoa-crucificada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Esqueleto romano desenterrado é prova rara de pessoa crucificada</a></li></ul>Como explica Barbara Veselka, arqueóloga que liderou o estudo, os romanos, ao formar o esqueleto, podem ter seguido uma prática ritualística, reorganizando cuidadosamente os ossos para simular um corpo humano. Esse cuidado meticuloso, segundo os especialistas, evidencia o conhecimento anatômico e o respeito pelos costumes funerários daquela época.<h2 style="text-align:justify;">Natureza e espiritualidade</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/12/12085600360030.jpg" alt="Os ossos marcados com cores (dir.) foram os coletados para análise de DNA (Fonte: Bárbara Veselka et al. / Divulgação)"><figcaption>Os ossos marcados com cores (dir.) foram os coletados para análise de DNA (Fonte: Bárbara Veselka et al. / Divulgação)</figcaption></figure></figure>O fato de o sepultamento estar próximo a um rio também adiciona mais uma camada de significado espiritual à descoberta. Rios eram tradicionalmente vistos como locais sagrados em várias culturas antigas, incluindo a romana.&nbsp;Ao longo dos séculos, essas regiões eram usadas para práticas religiosas e rituais, reforçando a ideia de que a localização do enterro foi uma escolha intencional e espiritualmente significativa. Os pesquisadores acreditam que o rio tenha sido visto como uma conexão com o mundo espiritual, um ponto de passagem simbólico para os mortos.<ul><li style="text-align:justify;">Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119121-esqueleto-humano-de-300-anos-com-passaro-na-boca-intriga-arqueologos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Esqueleto humano de 300 anos com pássaro na boca intriga arqueólogos</a></li></ul>Mesmo com esses avanços nas investigações, a montagem do esqueleto continua cercada de mistérios. O uso de ossos neolíticos ao lado de um crânio romano sugere não só uma ligação com práticas espirituais, mas também um possível respeito pelos ancestrais da região.&nbsp;A presença de artefatos da época romana, como o pino de osso, reafirma que o "indivíduo" composto foi tratado com cuidado e simbolismo, como se os restos ali dispostos pudessem manter, de alguma forma, um elo entre culturas e épocas tão distintas.

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Esqueleto montado com ossos de 5 Pessoas intriga arqueólogos na Bélgica

Uma pesquisa encomendada pela organização de gerenciamento do patrimônio concluiu que o monumento data de 3000 a.C.

Em uma descoberta recente, que está sendo chamada de "grande revelação" da arqueologia na Inglaterra, um grupo de pesquisadores comprovou que o icônico Salão do Rei Artur, um monumento antigo retangular de pedras verticais na região de Bodmin Moor, não tem nada a ver com o lendário rei, pois foi construído quatro mil anos antes do que se pensava.A estrutura é um recinto retangular inclinado em uma área de conservação e patrimônio natural, medindo cerca de 49 metros de comprimento por 21 metros de largura. Ela é cercada por mais de 140 pedras verticais com 1,80 metro de altura, e tem no meio um banco de terra.&nbsp;<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="http://Pedra%20de%20Artur%3A%20o%20elo%20com%20a%20lend%C3%A1ria%20figura%20do%20Rei%20Artur" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pedra de Artur é o elo com a lendária figura do rei&nbsp;</a></li></ul>As datações confirmaram que o Salão do Rei Artur foi provavelmente construído por volta do ano 3000 a.C., no período Neolítico tardio, o que o coloca como contemporâneo de outras formações famosas como Stonehenge. Apesar dessa herança pré-histórica, o local é relacionado ao Rei Guerreira de Camelot pelo menos desde 1583.&nbsp;<h2>Investigando a idade do Salão do Rei Artur</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/14/14230403560000.jpg" alt="Estrutura de pedras em torno do Salão do Rei Artur. (Fonte: Historic England)"><figcaption>Estrutura de pedras em torno do Salão do Rei Artur. (Fonte: Historic England)</figcaption></figure></figure>Embora durante todos esses séculos tenha prevalecido a tese de que o Salão do Rei Artur era uma estrutura medieval, alguns arqueólogos amadores locais começaram a questionar essa datação do monumento feita apenas com base na tradição.&nbsp;Para pôr fim à polêmica, a Cornwall National Landscape, que gerencia as áreas protegidas do condado, encomendou uma pesquisa com especialistas, em parceria com a Historic England, organização pública do Reino Unido responsável pela proteção e promoção do patrimônio histórico da Inglaterra.&nbsp;Usando a técnica de luminescência opticamente estimulada (OSL), os pesquisaram descobriram que o interior do monumento havia sido escavado muito antes do período medieval. Nesse sentido, as pedras verticais, megálitos característicos do período neolítico, foram o primeiro indício que que o local era bem mais antigo do que se pensava.&nbsp;<h2>Por que uma estrutura pré-histórica era relacionada ao Rei Artur?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/14/14231522887001.jpg" alt="Entrada para o Salão do Rei Artur. (Fonte: Mark Johnstone/Historic England)"><figcaption>Entrada para o Salão do Rei Artur. (Fonte: Mark Johnstone/Historic England)</figcaption></figure></figure>Tão misterioso quanto descobrir sua origem é saber por que o Salão do Rei Artur vem mantendo esse nome por mais de 440 anos, mesmo sem ter qualquer relação com o rei, e nem ser sequer um salão. Mas os mesmo historiadores que desmistificaram o monumento, têm uma resposta para a questão.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128311-santo-graal-busca-pelo-objeto-comecou-antes-do-rei-artur.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A busca pelo Santo Graal começou antes do rei Artur</a></li></ul>Segundo o arqueólogo-chefe James Gossip, "A Idade Média foi um período em que o nome Artur começou a ser atribuído a todos os tipos de locais incomuns que a população local da época provavelmente não entendia", afirmou ele ao The Guardian.Apesar de o monumento continuar sendo um enigma, Gossip se diz aliviado em conseguir revelar um pouco mais sobre a estrutura para colocá-la, de forma definitiva, no contexto de paisagem pré-histórica da Cornualha, e não mais como cenário de mitos e lendas. &nbsp;

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Monumento Salão do Rei Artur foi na verdade construído na pré-história 

Descubra as aventuras que vão além da Ilíada e da Odisseia de Homero.

Quando pensamos na Guerra de Troia, logo lembramos de heróis como Aquiles, batalhas épicas e o famoso Cavalo de Troia. Mas, surpreendentemente, esses eventos quase não aparecem na Ilíada! Homero nos coloca direto no nono ano da guerra, sem explorar as grandes cenas que esperamos.O que muitos não sabem é que a Ilíada e a Odisseia fazem parte de um universo maior, o Ciclo Épico, que inclui prequelas e sequências que completam essa história.<h2>O início do Ciclo: deuses, titãs e o prelúdio da guerra</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/07/07235643137008.jpg" alt="O Ciclo Épico começa com as batalhas divinas, como a Titanomaquia. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O Ciclo Épico começa com as batalhas divinas, como a Titanomaquia. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>O Ciclo Épico começa com os deuses, não com os heróis. A primeira grande fase é a Titanomaquia, uma guerra cósmica entre os deuses do Olimpo e os Titãs, a geração divina anterior. Esse conflito estabelece as bases do universo mitológico grego, criando o cenário no qual os heróis da Guerra de Troia vão se inserir.Ao contrário de como os deuses são retratados em filmes como Troia, onde parecem distantes, nos poemas épicos eles são extremamente presentes, interferindo ativamente nos eventos e até escolhendo lados na guerra.Após a Titanomaquia, o Ciclo segue para a fase tebana, que se passa na lendária cidade de Tebas. A história de Édipo, o rei amaldiçoado, e suas desventuras com Jocasta, é central aqui. Curiosamente, na versão épica, Édipo não tem filhos com Jocasta, o que difere das versões mais populares do mito.O Ciclo Tebano funciona quase como um "prólogo" da Guerra de Troia, e mostra uma época em que os deuses estavam mais próximos dos mortais e mais dispostos a interferir diretamente nas vidas humanas.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/127346-a-guerra-de-troia-realmente-aconteceu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A Guerra de Troia realmente aconteceu?</a></li></ul><h2>O começo da guerra e a preparação para a Ilíada</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/07/07235836535009.jpg" alt="A Guerra de Troia começa com o roubo de Helena por Páris. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A Guerra de Troia começa com o roubo de Helena por Páris. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>A famosa Guerra de Troia tem seu início na Cípria, uma prequela do Ciclo Épico que nos conta como tudo começou. Em um grande casamento entre Tétis e Peleu, surge uma maçã dourada com a inscrição “Para a mais bela”.<ul><li>Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123209-5-historias-de-grandes-herois-gregos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 histórias de grandes heróis gregos</a></li></ul>Três deusas — Hera, Atena e Afrodite — disputam o prêmio, e Páris, príncipe de Troia, é escolhido para decidir quem a merece. Afrodite conquista Páris ao prometer a mulher mais bela, Helena de Esparta.Páris vai até Esparta, rouba Helena e leva tesouros valiosos. Menelau, furioso, convoca seu irmão Agamenon e reúne uma coalizão grega para resgatar Helena. Heróis como Odisseu e o jovem Aquiles, com apenas 15 anos, entram em cena.Quando os gregos partem para Troia, uma tempestade provocada por Ártemis quase os impede, e Agamenon se vê forçado a sacrificar sua filha, Ifigênia, para acalmar a deusa. Esse evento marca o início das tensões entre os heróis, e, finalmente, a guerra começa, com Aquiles e outros enfrentando destinos trágicos.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/120670-cavalo-de-troia-ate-que-ponto-a-lenda-grega-e-verdadeira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cavalo de Troia: até que ponto a lenda grega é verdadeira?</a></li></ul>As histórias “esquecidas” do Ciclo Épico revelam uma guerra muito maior do que a mostrada por Homero. As prequelas e sequências oferecem uma visão mais profunda, ampliando o universo mitológico grego. Mesmo com fragmentos limitados, fica claro que a Ilíada e a Odisseia são apenas partes de uma saga interligada, cheia de suspense, emoção e a participação dos deuses.

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Conheça a história de Troia não contada por Homero

Muitas metrópoles atuais foram construídas sobre antigas cidades, e conseguiram preservar parte da sua história original; conheça algumas delas.

Há metrópoles modernas cujo maior patrimônio é preservar sua herança moderna e cultural ao longo dos séculos, e estabelecer uma paisagem cultural fascinante. Confira abaixo algumas dessas cidades imperdíveis. &nbsp;<h2>5. Atenas, Grécia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/15/15160611398019.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Atena se tornou a patrona da cidade em uma eleição, onde concorreu com Poseidon. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Berço histórico da democracia, Atenas foi construída sobre antigas ruínas, incorporando à sua estrutura moderna os imponentes templos e praças da clássica civilização helênica, como o Partenon, templo dedicado à deusa Atena, na velha cidade alta (Acrópole). Essa mistura única de antigo e moderno atrai visitantes ansiosos por explorar o berço da democracia e caminhar pelas praças onde Sócrates e Platão estabeleceram as bases da filosofia.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/109364-7-fatos-sobre-a-acropole-de-athenas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">7 fatos sobre a Acrópole de Atenas</a></li></ul><h2>4. Cidade do México, México</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/15/15155154518016.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Antiga cidade sagrada dos astecas, Ciudad de México é uma das capitais mais prósperas do mundo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em uma área metropolitana com mais de 21 milhões de habitantes, a Cidade do México foi construída sobre as ruínas da antiga capital asteca, Tenochtitlán. Sob suas avenidas movimentadíssimas e arranha-céus imponentes, vestígios do passado pré-hispânico estão presentes, como o Templo Maior, da civilização asteca, e a Zona Arqueológica de Cholula, onde os visitantes podem ver as ruínas da maior pirâmide do mundo.<h2>3. Roma, Itália</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/15/15153533591013.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Mercados efervescentes e ruínas centenárias moldam a Cidade Eterna. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Chamada de "Cidade Eterna", Roma é uma das cidades mais procuradas por turistas. Mas poucos sabem que, por baixo da sua modernidade vibrante, estão pelo menos 90% da cidade antiga, fundada em 753 a.C. E são essas estruturas milenares, como o Coliseu (arena que sediou competições de gladiadores) e o antigo Fórum Romano, que ligam a Roma moderna à sua grandeza histórica.<h2>2. Cairo, Egito</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/15/15114412540010.jpg" alt="xc. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>As relíquias de Tutancâmon estão no Museu Egípcio. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Maior cidade do mundo árabe, o Cairo é um metrópole movimentada, com mais de 10 milhões de habitantes. No entanto, a apenas meia hora do centro da cidade, dependendo do tráfego, fica o Planalto de Gizé, lar das famosas pirâmides (a grande de Quéops, e as de Quéfren e Miquerinos), sem contar a Grande Esfinge. No Museu Egípcio, podem ser encontrados mais tesouros milenares, que incluem as icônicas relíquias de Tutancâmon.<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128865-voce-sabia-que-tutancamon-tinha-pe-torto-e-seus-pais-eram-irmaos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Você sabia que Tutancâmon tinha pé torto e seus pais eram irmãos?</a></li></ul><h2>1. Xi'an, China</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/15/15112226435008.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O Exército de Terracota é considerado a maior descoberta arqueológica do século 20. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Uma das quatro grandes capitais da China, Xi'an é uma cidade com mais de 3 mil anos de história, tendo sido o principal ponto de partida &nbsp;da Rota da Seda, que conectou o país ao resto do mundo. Mas sua maior atração turística está em museu subterrâneo: o Exército de Terracota, com milhares de soldados de barro em tamanho real criados há mais de dois milênios para proteger o túmulo do imperador Qin Shi Huang.&nbsp;

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5 cidades atuais que foram construídas sobre ruínas antigas

A ideia de ter um túmulo comum para homenagear todos os combatentes cujos corpos não retornaram do campo de batalha teve uma inspiração singela.

Uma verdadeira instituição nacional em vários países do mundo, o Túmulo do Soldado Desconhecido é um memorial dedicado a homenagear os soldados mortos em serviço militar cujas identidades não puderam ser determinadas.&nbsp;Geralmente, há uma data no ano em que as famílias dos soldados mortos, cujos corpos não foram recuperados, participam de cerimônias nesses locais, como o Remembrance Day no Reino Unido e em países da Commonwealth; o Memorial Day nos EUA; e o Dia da Vitória, na Rússia.&nbsp;<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/125461-como-era-a-vida-dos-soldados-nas-trincheiras-da-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como era a vida dos soldados nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial?</a></li></ul>Pouca gente sabe, no entanto, que essa bela e merecida homenagem começou logo depois da Primeira Guerra Mundial. Durante o conflito, entre 1914 e 1918, a França perdeu um milhão e meio de homens na terrível "guerra de trincheiras". Desse total, cerca de 400 mil combatentes não foram sepultados, pois seus corpos ficaram enterrados sob a lama e estilhaços dos campos de batalha.<h2>Como surgiu a ideia de se criar um Túmulo do Soldado Desconhecido?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/14/14170719973243.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Nos EUA, o Memorial Day é comemorado na última segunda-feira de maio. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Esperando seus entes queridos, que jamais voltaram, tudo o que várias famílias recebiam era só uma comunicação oficial do governo, informando que seu parente estava "desparecido" ou "desaparecido, dado como morto". Sem ter um fechamento digno para o ato de patriotismo dos combatentes, muitas famílias se recusavam a aceitar o seu familiar como morto.Foi na tentativa de se tentar aliviar a dor de tantas famílias angustiadas por estas mortes violentas, que surgiu a ideia de um túmulo do soldado desconhecido. O túmulo único, nesse caso, serviria como o receptáculo simbólico de todos os que morreram sem ter uma sepultura individual.&nbsp;Segundo o jornalista da BBC, Mario Cacciottolo, a ideia original desse monumento veio em 1916, de um pastor inglês que lutava na Frente Oriental durante a Primeira Guerra Mundial. Ele se inspirou em um sepultura rudimentar em um jardim na comuna francesa de Armentieres, cujo epitáfio dizia: "Um soldado britânico desconhecido".<h2>O primeiro Túmulo do Soldado Desconhecido</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/14/14174413560261.jpg" alt="O túmulo do soldado desconhecido, trazido da França, na Abadia de Westminster. (Fonte: Westminster Abbey Library/Reprodução)"><figcaption>O túmulo do soldado desconhecido, trazido da França, na Abadia de Westminster. (Fonte: Westminster Abbey Library/Reprodução)</figcaption></figure></figure>A implementação efetiva do Túmulo do Soldado Desconhecido só ocorreu em 1920, quando o reverendo David Railton propôs ao capelão da Abadia de Westminster, na Inglaterra, a construção de um túmulo especial que representasse todos os soldados mortos em batalha e não sepultados.&nbsp;A proposta foi que esse memorial ficasse junto aos túmulos dos reis e estadistas da importante igreja londrina.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/caso-resolvido-corpo-de-soldado-da-primeira-guerra-mundial-e-enfim-identificado" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Caso resolvido, corpo de soldado da Primeira Guerra Mundial é, enfim, identificado</a></li></ul>Para que o túmulo tivesse um corpo real, o Exército Britânico mandou exumar quatro corpos dos campos de concentração de Aisne, Somme, Arras (na França) e Ypres (na Bélgica). Transferidos para a capela de Saint Paul, os corpos foram submetidos ao escrutínio do brigadeiro-general LJ Wyatt, que escolheu um deles&nbsp;(de olhos vendados) para ser sepultado na abadia.

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O que é o Túmulo do Soldado Desconhecido? Como essa ideia surgiu?

Personagem da saga do rei da Noruega, Well-man foi um homem jogado no poço para poluir a água da população.

As sagas nórdicas são formas de literatura medieval escandinava que funcionam como registros históricos e genealógicos, sendo geralmente narradas em prosa. No entanto, como foram escritas séculos depois dos eventos, são construídas com base em tradições orais, manuscritos perdidos e uma certa dose de licença poética.Em um estudo recente, pesquisadores da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia em Trondheim, usaram material genético extraído de um dente preservado para fazer um estudo de DNA do personagem-chave da Sverris Saga. Esse relato diz respeito ao rei norueguês Sverre Sigurdsson (1151–1202 d.C.) e o protagonista na história é conhecido como Well-man (Homem do Poço).<ul><li>Saiba também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/127521-cadaver-se-torna-mumia-naturalmente-em-16-dias-e-intriga-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cadáver se torna múmia naturalmente em 16 dias e intriga cientistas</a></li></ul>A saga conta que, enquanto o rei Sverre passava o inverno na cidade de Bergen, em 1197 d.C., seus inimigos “Baglers” católicos romanos invadiram seu Castelo de Sverresborg em Trondheim e jogaram o corpo de um homem no poço, para tentar envenenar a água da população. Essa “arma biológica” era o Well-man.<h2>Análise genômica do Well-man</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/06/06144841529209.jpg" alt="Escavando ossos no poço. (Fonte: Instituto Norueguês de Investigação do Patrimônio Cultural/Divulgação)"><figcaption>Escavando ossos no poço do castelo. (Fonte: Instituto Norueguês de Investigação do Patrimônio Cultural/Divulgação)</figcaption></figure></figure>Em 1938, os restos mortais do Well-man foram encontrados no antigo poço do castelo. A datação por radiocarbono confirmou que o corpo tem cerca de 900 anos, e estudos feitos entre 2014 e 2016 mostraram que se tratava de um homem entre 30 e 40 anos na época da morte.Coautor do estudo, publicado na revista iScience, o professor Michael D. Martin, do Museu Universitário da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, afirma em um comunicado de imprensa que esta é a primeira vez que um personagem histórico descrito em uma saga foi realmente localizado.Para sequenciar o genoma do Well-man, o primeiro autor do artigo, Martin Rene Ellegaard, usou amostras de um dente do esqueleto. A análise mostrou que ele provavelmente tinha olhos azuis e cabelos loiros ou castanhos claros, e também que seus ancestrais vinham da região sul da Noruega.<h2>Limitações da pesquisa do Well-man</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/06/06145715834216.jpg" alt="x. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>A saga de Sverre foi escrita pelo abade Karl Jonsson . (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Para fazer a amostragem do genoma do esqueleto, a equipe teve que remover a superfície externa do dente, o que invalidou a amostra para uso em testes posteriores. O procedimento também impediu a obtenção de dados sobre eventuais organismos patogênicos nos restos mortais.Foi uma escolha difícil, comenta Ellegaard em um release, pois tiveram que ponderar entre eliminar os riscos de uma possível contaminação ou preservar ao máximo a integridade da amostra original. "Temos que considerar que tipo de testes estamos fazendo agora, porque isso limitará o que podemos fazer no futuro", explica o pesquisador.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124708-5-mitos-nordicos-que-ainda-ressoam-hoje.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 mitos nórdicos que ainda ressoam hoje</a></li></ul>Esse tipo de análise de genoma antigo só foi possível, segundo os pesquisadores, pela disponibilidade de um grande banco de dados genéticos de referência atuais fornecidos pela deCODE Genetics da Islândia. "Quanto mais genomas antigos sequenciarmos e quanto mais indivíduos modernos sequenciarmos, melhor será a análise no futuro", conclui Ellegaard.

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Análise genômica mostra que ícone histórico foi usado como arma biológica

Conheça os incêndios que marcaram a história e trouxeram mudanças drásticas na segurança e prevenção de desastres.

Os incêndios têm um poder destrutivo que pode transformar rapidamente a vida das pessoas. Quando chamas vorazes consomem lares e comunidades, o impacto vai além da perda material.Esses eventos revelam as fragilidades nas sociedades e nos forçam a repensar nossas práticas de segurança. Conheça cinco dos piores incêndios da história.<h2>1. Grande Incêndio de Chicago, EUA</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/03/03175317982009.jpg" alt="O incêndio devastou grande parte de Chicago. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>O incêndio devastou grande parte de Chicago. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Entre 8 e 10 de outubro de 1871, Chicago enfrentou um incêndio que devastou a cidade, consumindo mais de 5 km² de área urbana. Com a maior parte da cidade construída de madeira, as chamas se alastraram rapidamente, destruindo 17 mil edifícios e resultando na morte de cerca de 300 pessoas.A resposta inadequada das autoridades e a falta de preparação para incêndios em uma cidade em rápida expansão contribuíram para a tragédia. A cidade se reergueu, mas o incêndio deixou cicatrizes profundas na memória coletiva de seus habitantes.<ul><li>Conheça também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/89318-mais-de-mil-vitimas-as-historias-de-5-incendios-que-chocaram-o-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mais de 1.000 vítimas: as histórias de 5 incêndios que chocaram o Brasil</a></li></ul><h2>2. Incêndio no Navio Cabo Machichaco, Espanha</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/03/03175727152011.jpg" alt="A explosão no porto espalhou caos e levou muitas vidas. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>A explosão no porto espalhou caos e levou muitas vidas. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em 3 de novembro de 1893, o navio Cabo Machichaco explodiu no porto de Santander, na Espanha, enquanto transportava dinamite e ácido sulfúrico.O incêndio resultou na morte de mais de 500 pessoas. A evidência de falhas na segurança do transporte de materiais perigosos levou à pressão por regulamentações mais rigorosas na movimentação de produtos químicos em áreas urbanas.<h2>3. Grande Incêndio, EUA</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/03/03175919352012.jpg" alt="“The Big Burn” transformou florestas e vilarejos em cinzas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>“The Big Burn” transformou florestas e vilarejos em cinzas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Conhecido como “The Big Burn”, o Grande Incêndio de 1910 arrasou mais de 12 mil km² no noroeste dos Estados Unidos, afetando Idaho, Montana e Washington. A combinação de altas temperaturas, ventos fortes e a falta de recursos para combater o fogo criou uma situação catastrófica.Além de 87 bombeiros que perderam suas vidas, a tragédia também destruiu várias comunidades. As falhas na gestão florestal ficaram evidentes, levando a uma revisão urgente das práticas de combate a incêndios florestais.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127167-incendios-florestais-provocaram-extincao-da-megafauna-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Incêndios florestais provocaram extinção da megafauna, diz estudo</a></li></ul><h2>4. Desastre de Chernobyl, Ucrânia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/03/03180216771013.jpg" alt="A explosão espalhou radiação e sofrimento. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A explosão espalhou radiação e sofrimento. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em 26 de abril de 1986, ocorreu um dos momentos mais sombrios da história moderna. Uma explosão em um dos reatores da Usina Nuclear de Chernobyl liberou uma quantidade imensa de radiação na atmosfera.As falhas de segurança, somadas a erros humanos, resultaram em um incêndio que durou dez dias. O desastre causou a morte imediata de 31 pessoas, e levou à evacuação em massa de comunidades inteiras. As consequências são sentidas até hoje, com áreas desabitadas e pessoas sofrendo de doenças relacionadas à radiação.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/mega-no-youtube/75544-5-fatos-surpreendentes-sobre-o-acidente-nuclear-de-chernobyl.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 fatos surpreendentes sobre o acidente nuclear de Chernobyl</a></li></ul><h2>5. Incêndio da Torre Grenfell, Reino Unido</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/03/03180344307014.jpg" alt="O incêndio na Torre Grenfell deixou uma marca dolorosa em Londres. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O incêndio na Torre Grenfell deixou uma marca dolorosa em Londres. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Na manhã de 14 de junho de 2017, um incêndio devastador começou no apartamento de um prédio na Torre Grenfell, em Londres. O revestimento inflamável do edifício permitiu que as chamas se espalhassem rapidamente, resultando na morte de 72 pessoas.As falhas nas normas de segurança e na manutenção do prédio expuseram negligências que levaram a uma investigação nacional sobre a segurança de edifícios e à revisão das normas de incêndio no Reino Unido.

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5 dos incêndios mais devastadores da história

Arqueólogos encontraram os esqueletos de centenas de guerreiros da Idade do Ferro em Alken Enge e agora lutam para entende

Durante a Segunda Guerra Mundial, em 1944, trabalhadores em um campo da península de Jutlândia, na Dinamarca, fizeram uma descoberta sinistra: ossos humanos. Batizada como Alken Enge, essa área, guardava restos mortais que, embora macabros, não eram recentes — pertenciam a pessoas que viveram há milhares de anos. 12 anos depois, mais trabalhadores encontraram dezenas de crânios na mesma região, o que motivou escavações arqueológicas para desvendar o mistério do lago que, aparentemente, era o túmulo de um exército esquecido.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/126765-6-formas-bizarras-como-ossos-ja-foram-usados-na-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 formas bizarras como ossos já foram usados na história</a></li></ul>Conforme as escavações avançavam, a equipe percebeu que toda a área estava repleta de ossos humanos, todos da Idade do Ferro. Há cerca de 2.000 anos, Alken Enge era um lago, e os esqueletos ali descobertos não haviam morrido afogados. Seus corpos carregavam marcas de violência brutal: cortes de armas afiadas, ferimentos de lanças e flechas e crânios esmagados por machados. Os arqueólogos concluíram que não se tratava de um cemitério, mas de um massacre em grande escala ou de uma batalha épica, onde centenas de indivíduos enfrentaram um fim trágico.<h2>Um conflito violento</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/08/08183932801434.jpg" alt="Arqueólogos trabalham para recuperar restos mortais no local. (Fonte: Aarhus Universitet/Divulgação)"><figcaption>Arqueólogos trabalham para recuperar restos mortais no local. (Fonte: Aarhus Universitet/Divulgação)</figcaption></figure></figure>A Idade do Ferro na Europa do Norte foi um período marcado por violência e caos. Enquanto o Império Romano tentava expandir suas fronteiras, chegando ao rio Elba, tribos germânicas e escandinavas defendiam ferozmente seus territórios. Um dos episódios mais famosos dessa resistência foi a Batalha da Floresta de Teutoburgo, onde guerreiros germânicos dizimaram três legiões romanas.&nbsp;<ul><li>Conheça mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127937-catarata-do-estreito-da-dinamarca-a-maior-cachoeira-do-mundo-esta-embaixo-da-agua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Catarata do Estreito da Dinamarca: a maior cachoeira do mundo está embaixo da água</a></li></ul>Os germânicos eram descritos pelos romanos como homens altos, de cabelos ruivos e olhos azuis, que gritavam e usavam escudos para amplificar suas vozes antes das batalhas, criando uma atmosfera aterrorizante para os inimigos. O historiador romano Tácito chegou a comentar que uma das vantagens para Roma era a tendência dos povos germânicos de lutarem entre si, evitando que unissem forças contra os romanos.&nbsp;“Que as nações estrangeiras persistam, senão em nos amar, ao menos em se odiar mutuamente”, escreveu o pesquisador. Isso pode explicar o massacre em Alken Enge, onde armas e artefatos encontrados indicam que as duas forças em conflito eram locais, vindas da própria península de Jutlândia ou de ilhas próximas, sem qualquer presença romana no local.<h2>Destino sombrio no lago</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/08/08184033165435.jpg" alt="Os ossos encontrados em Alken Enge contam uma história de centenas de homens mortos em batalha. (Fonte: Mads Dalegaard/Divulgação)"><figcaption>Os ossos encontrados em Alken Enge contam uma história de centenas de homens mortos em batalha. (Fonte: Mads Dalegaard/Divulgação)</figcaption></figure></figure>Apesar da brutalidade da batalha, o mistério mais perturbador reside no que aconteceu depois. Em vez de enterrar os mortos no local do confronto, os corpos foram deixados ao ar livre, expostos aos animais, e só depois levados ao lago de Alken Enge. Após meses, ou até um ano, alguém reuniu os esqueletos, retirou o que restava de carne e ligamentos e depositou os ossos no lago.<ul><li>Veja mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109661-acharam-uma-carruagem-da-idade-do-ferro-sepultada-com-cavalos-e-condutor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Acharam uma carruagem da Idade do Ferro sepultada com cavalos e condutor</a></li></ul>Segundo pesquisadores, essa prática pode estar ligada a rituais sagrados comuns na época, em que oferendas, como armas, animais e até pessoas, eram depositadas em pântanos e lagos considerados portais para o mundo dos deuses. Esses restos mortais, porém, não eram de guerreiros experientes. A análise dos ossos mostra que a maioria dos mortos tinha entre 20 e 40 anos, com alguns tão jovens quanto 13.&nbsp;Os esqueletos não possuíam ferimentos cicatrizados, típicos de combatentes veteranos, indicando que eles provavelmente eram novos na batalha. Em vida, lutaram por suas tribos e líderes, mas, na morte, podem ter se tornado troféus e sacrifícios aos deuses de seus inimigos. O lago de Alken Enge, hoje, guarda essa história enigmática — uma lembrança sombria de um exército que encontrou um fim misterioso e brutal, cujos ossos repousam como testemunhas silenciosas de uma guerra esquecida.<h2>&nbsp;</h2>

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Cadáveres de exército antigo intrigam pesquisadores na Dinamarca

Parecida com uma carroça, a geringonça de bambu dividiu opiniões de arqueólogos e usuários das redes sociais. 

Com o aquecimento global, arqueólogos e demais pessoas que praticam caminhadas ou trilhas nos Alpes suíços têm se surpreendido muito. É que o derretimento das geleiras está expondo muitos objetos que estavam presos no gelo. Já foram recuperados: artefatos da Primeira Guerra Mundial, flechas de 1,3 mil anos e até restos mortais de alguns alpinistas perdidos.Recentemente, um desses caminhantes encontrou um objeto de bambu parecido com uma carroça, que acabou se tornando um enigma para os arqueólogos de plantão. Alguns deles propuseram que “o objeto de duas rodas é feito de bambu e parece ser do século 20”, o que, vamos combinar, nem gastaria uma formação acadêmica.<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/derretimento-das-geleiras-esta-desacelerando-a-rotacao-da-terra" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como o derretimento das geleiras está desacelerando a rotação da Terra</a></li></ul>Mais inspirados, os comentaristas nas redes sociais já afirmaram que o objeto é um trenó, ou uma carroça mesmo, com algumas pessoas apostando que a estrutura é o que sobrou de um avião antigo. Mas o que ninguém conseguiu responder foi: o que essa gambiarra estaria fazendo no alto de uma montanha nos Alpes suíços?<h2>A descoberta do objeto de bambu</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/15/15234327634000.jpg" alt="x. (Fonte: Sergio Veri, Riva San Vitale/Facebook/Reprodução)"><figcaption>Um alpinista encontrou o objeto quando passava pelo local. (Fonte: Sergio Veri, Riva San Vitale/Facebook/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Na página do Cantão de Graubünden (unidade administrativa suíça), a descoberta do objeto desconhecido é atribuída a um alpinista suíço chamado Sergio Veri, no dia 2 de novembro de 2024. De acordo com a postagem, o achado ocorreu enquanto ele caminhava pelo passo de Splügen, uma passagem mais baixa próxima à fronteira da Suíça com a Itália."A construção em forma de carroça, equipada com duas rodas e feita de varas e cadarços de bambu, é, de acordo com a estimativa inicial, relativamente jovem, provavelmente do século 20", detalha a postagem no Facebook.Embora pareça facilmente identificável, o objeto intrigou os arqueólogos. Por exemplo, ele é de bambu, uma planta que não é nativa da Suíça (embora tenha sido introduzida na Europa nos séculos 17 e 18). Além disso, é pouco provável que um veículo desse tipo pudesse ter alguma utilidade naquela região.<h2>A revelação do segredo da "carroça" de bambu</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/15/15235153598001.jpg" alt="x. (Fonte: Cantão de Graubünden/Facebook7Divulgação)"><figcaption>A real natureza do objeto de bambu misterioso foi uma completa surpresa para todos. (Fonte: Cantão de Graubünden/Facebook7Divulgação)</figcaption></figure></figure>Após muitas análises, relatórios, postagens e pitacos, a verdadeira natureza do objeto de bambu da geleira Schwarzhora foi finalmente revelada no dia 15 de novembro, por meio de uma “carta anônima de confissão” recebida pelo Serviço Arqueológico de Graubünden.&nbsp;<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128826-virus-de-15-mil-anos-e-descongelado-de-geleiras-no-tibete.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Vírus de 15 mil anos é descongelado de geleiras no Tibete</a></li></ul>Na correspondência, algumas fotos mostravam que a "carroça" misteriosa é na verdade um objeto de arte que, em setembro de 2023, foi fotografada em uma geleira próxima, chamada Ghiacciaio del Cavagnöö no cantão do Ticino. Na época, a instalação artística foi colocada também no outono, pelo mesmo designer.&nbsp;Ao final, o remetente da confissão se despede, dizendo: "Muito obrigado pelas muitas ideias e sugestões criativas!".

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Segredo de objeto de bambu encontrado em geleira dos Alpes é revelado

No século 17, centenas de pessoas foram julgadas pela acusação de bruxaria. Agora, pesquisadores acreditam que elas poderiam estar contaminadas por um fungo.

Os julgamentos das "Bruxas de Salem" estão entre os episódios mais horrendos e ignorantes da história. Eles ocorreram entre 1692 e 1693, no estado americano de Massachusetts (ainda em período colonial), e envolveram o julgamento de cerca de 200 pessoas por supostos crimes de bruxaria.Por fim, 14 mulheres, seis homens e dois cães foram executados pela alegação de que trabalhavam para o diabo. Até hoje, novas hipóteses acerca deste acontecimento seguem surgindo. E uma delas diz respeito a um fungo.<h2>Os fungos poderiam ser os culpados pelos "crimes"?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/10/10104940976014.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Um fungo chamado ergot pode ter sido responsável pelas alucinações das "bruxas". (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Parte das acusações sobre as Bruxas de Salem se consolidaram por conta de casos de alucinações, paranoia e convulsões em massa. E é aí que entra na história o fungo patógeno Claviceps purpurea ou ergot.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/conheca-o-fungo-dedos-de-morto-que-assusta-desavisados-na-natureza" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Conheça o fungo "dedos de morto" que assusta desavisados na natureza</a> &nbsp;</li></ul>Este fungo explode de sua cápsula na semente de centeio e libera esporos em campos de cereais, sendo capaz de infectar plantações e, consequentemente, suprimentos de alimentos. E tudo isso acontece há menos um milênio.Rabern Simmons, que é curador de fungos do Herbário da Universidade Purdue, defende essa tese. “Acho que sempre houve uma conotação negativa de cogumelos e fungos. Esses organismos simplesmente irrompem do solo em uma forma bastante grosseira. Pense nas palavras que usamos para descrevê-los: podridão e decadência, mofo e praga. Historicamente, eles são vistos como perigosos e associados a bruxaria e maldições", comenta.No caso do ergot, essa reputação existe há séculos. Acredita-se que aproximadamente 130 epidemias na Europa de 591 a 1789 d.C. foram causadas por envenenamento por esse fungo. Além disso, alcaloides como o que é usado para criar LSD são ativos no fungo ergot e têm grandes efeitos fisiológicos em humanos.&nbsp;<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294503-fungos-causar-apocalipse-zumbi-descubra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os fungos podem causar o apocalipse zumbi?</a>&nbsp;</li></ul>Por consequência disso, o envenenamento por ergot pode causar alucinações, espasmos corporais, náuseas, convulsões e vômitos. Ele é capaz de provocar uma doença chamada ergotismo gangrenoso, que restringe os vasos sanguíneos nas extremidades do corpo, fazendo com que os dedos das mãos e dos pés fiquem pretos e por fim caiam.“O mais perturbador é que havia uma perda de sensibilidade tão grande que seu dedo podia cair e você não sentia. Os europeus consideravam essa falta de sensibilidade como prova de que um espírito maligno estava causando isso”, explicou Simmons.“Além disso, um dos primeiros sintomas do ergotismo é algo coloquialmente conhecido como 'fogo sagrado' ou 'fogo de Santo Antônio', uma sensação geral de queimação que afetava mais os jovens, como os acusadores. As pessoas diziam que esse era seu corpo queimando preventivamente no inferno", acrescente o especialista em fungos.<h2>O fungo e as Bruxas de Salem</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/10/10104912129013.jpg" alt="x"><figcaption>A população de Salem poderia estar toda contaminada pelo fungo. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Para completar toda esta tese, aparece o fato de que o centeio era o hospedeiro favorito do fungo – e, pasme, tudo isso era considerado também obra de Deus. Como o centeio era um cereal mais barato, acreditava-se que Deus estava punindo a classe baixa.A psicóloga Linnda R. Caporael foi a primeira pessoa a teorizar que o ergotismo pode ter desempenhado um papel nos julgamentos das bruxas de Salem. Em 1976, ela publicou um artigo na Science dizendo que o inverno frio e a primavera chuvosa de 1691 poderiam ter dado condições para o ergot florescer na safra de centeio da cidade.&nbsp;<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122612-a-historia-da-ultima-bruxa-de-salem-que-foi-perdoada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A história da última 'bruxa' de Salém que foi perdoada</a></li></ul>As primeiras pessoas a acusarem vizinhos da bruxaria foram as meninas Betty Parris, de nove anos, e Abigail Williams, de onze. Elas disseram que seus vizinhos pobres estavam tendo convulsões, visões estranhas e sensações de queimação. Embora os sintomas pudessem apontar ao ergotismo, o médico de Salem concluiu que eles tinham fundo sobrenatural.Rabern Simmons afirma que acusados e acusadores poderiam estar sofrendo de ergotismo. “Todos estavam aterrorizados com o que estava acontecendo ao redor deles, fossem convulsões, necrose ou alucinações. Foi só no ano seguinte, depois de um verão quente e seco, que a 'bruxaria' desapareceu — provavelmente porque não havia ergot na estação seguinte", explicou.Agora, Simmons busca mudar a visão negativa que os cogumelos adquiriram com o tempo. Ele afirma que os fungos nem sempre são lembrados por suas outras funções medicinais e alimentícios. O próprio ergot sempre foi usado em outras questões, como para parar o sangramento em mães após o parto. Futuramente, ele pode vir a servir para tratar enxaquecas e doença de Alzheimer.&nbsp;

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