Imagem de Dom Hélder Câmara: o arcebispo perseguido pela ditadura militar no megacurioso

Ele poderia ter ganhado o Prêmio Nobel da Paz nas quatro vezes que foi indicado, mas foi boicotado pela campanha militar difamatória

<head></head><body>Nara Leão, Raul Seixas, Chico Buarque e Paulo Coelho. Esses são alguns nomes das pessoas que foram resistência mesmo em meio a um dos períodos mais repressivos da história do Brasil, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124859-a-linha-dura-da-ditadura-brasileira-quase-deu-outro-golpe-em-1977.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ditadura Militar,</a> imposta após o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/118211-ditadura-militar-como-e-por-que-aconteceu-o-golpe-de-1964.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Golpe de 1964</a>, que derrubou o governo e aparelhou todos os aspectos da vida social brasileira, prometendo uma aceleração econômica ilusória, proteção e prospecção por meio da criminalização de qualquer tipo de oposição ou dissidência.Em meio a isso estava Dom Hélder Câmara, o arcebispo “irmão dos pobres” que foi perseguido pelos militares.<h2>Ideais diferentes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14075737920024.jpg" alt="Dom Hélder Câmara. (Fonte: Wikipedia/Reprodução)">Dom Hélder Câmara. (Fonte: Wikipedia/Reprodução)Nascido Hélder Pessoa Câmara, em Fortaleza, Ceará, em 7 de fevereiro de 1909, o religioso ingressou no Seminário da Prainha em sua mais tenra idade, aos 14 anos, onde foi ensinado sobre filosofia e teologia.Foi lá que ele aprendeu que qualquer tipo de ideal <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120195-comunismo-e-socialismo-existe-diferenca-entre-as-duas-coisas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">comunista</a> deveria ser abominado e rejeitado veementemente. Por se tratar de um ensino muito conservador, Dom Hélder teve que deixar de fora o entendimento sobre os ideais do Iluminismo e da Revolução Francesa.Em 1931, aos 22 anos, o religioso foi ordenado padre sob a tarefa de acompanhar os Círculos Operários Cristãos e a Juventude Operária Católica (JOC), contribuindo para a alfabetização dos adolescentes pobres. Filho de uma professora e um jornalista crítico teatral, Dom Hélder ajudou na organização sindical de mulheres em estado de vulnerabilidade à margem da sociedade, como lavadeiras e empregadas domésticas.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;O Globo&nbsp;" data-fonte-url="https://s2.glbimg.com/_f82d-TY3y0wjHYyEuPKTrQAEsw=/0x0:617x344/924x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/h/t/kZtTH6QCOVXojCC6n1nA/screenshot-32.png"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14075832269025.jpg" alt="(Fonte: O Globo/Reprodução)">(Fonte: O Globo/Reprodução)Nada ironicamente, Dom Hélder acabou simpatizando com movimentos religiosos que rejeitavam o capitalismo, como a Legião Cearense do Trabalho, um grupo político-sindical que flertava com ideias da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124881-manuscrito-de-1-750-anos-traz-modificacao-em-um-capitulo-da-biblia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade Média</a> sobre como a estrutura da sociedade, os costumes e o governos deveriam operar. Ele também fez parte da Ação Integralista Brasileira, que possuía inclinações fascistas ao reunir seus seguidores sob o lema "Deus, Pátria, Família".Todo esse histórico fez o padre se destacar, sobretudo, como um dirigente político, na mesma proporção que líder religioso, tanto que conseguiu resultados expressivos para a Liga Eleitoral Católica no Ceará. Em meados de 1936, com apenas 27 anos, Dom Hélder já trabalhava como secretário estadual de educação no Ministério da Educação, no Rio de Janeiro.Tudo isso mudou em 10 de novembro de 1937, quando <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122813-olga-benario-a-revolucionaria-deportada-aos-nazistas-por-vargas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Getúlio Vargas</a>, por meio de um golpe de Estado, instituiu o então Estado Novo, dando início ao primeiro capítulo da ditadura no Brasil.<h2>De símbolo a pária</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14075931875026.jpg" alt="(Fonte: Adveniat/Reprodução)">(Fonte: Adveniat/Reprodução)Com isso, Dom Hélder se desvinculou da AIB, voltando às raízes do que chamava "verdadeiro comprometimento" — no caso, com a Igreja e o povo. Ao longo dos 10 anos que permaneceu no Rio, onde foi ordenado bispo aos 43 anos, em 1952, ele estabeleceu compromissos com projetos sociais, fundando a Cruzada São Sebastião, o Banco da Providência — para viabilizar moradias populares —, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e o Conselho Episcopal Latino-Americano, com o aval do Vaticano.Semanas antes do Golpe de 1964 de Castelo Branco, Dom Hélder foi designado arcebispo na Arquidiocese de Olinda e Recife, dando início ao seu período de perseguição ao longo de todo o regime opressor que o tornou de um ícone a um pária.Apesar das determinações do AI-5, o religioso continuou falando em conferências e meios de comunicação internacionais sobre os crimes do regime ditatorial brasileiro, mesmo correndo risco de vida.Em 1969, Dom Hélder flertou com a morte quando seu auxiliar, o padre Antônio Henrique Pereira Neto, foi assassinado por um grupo paramilitar chamado Comando de Caça aos Comunistas (CCC), apoiado e financiado pelos militares e empresários locais. Dias antes, a milícia havia metralhado o centro educacional Juvenato Dom Vidal, onde o padre trabalhava, deixando feridos e causando a paraplegia do estudante Cândido Pinto.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14135508370282.jpeg" alt="(Fonte: Brasil de Fato/Reprodução)">(Fonte: Brasil de Fato/Reprodução)O reconhecimento mundial de Dom Hélder como líder contra o autoritarismo e defesa aos Direitos Humanos, provavelmente, foi o que impediu que a ditadura o matasse, mas não que uma campanha difamatória de larga escala, inclusive internacional, fosse criada. Os militares tentaram incriminá-lo de todas as maneiras, acusando-o de contrabandear armas para grupos de guerrilha contra a ditadura.Dom Hélder é o brasileiro que mais foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz por suas ações, reunindo 4 indicações, porém perdeu em todas às vezes devido à imagem que os militares criaram dele.Dom Hélder Câmara deixou o comando da Arquidiocese de Olinda e Recife aos 76 anos, em 1975, para se aposentar e viver em uma pequena casa aos fundos da Igreja de Nossa Senhora das Fronteiras, onde permaneceu até 27 de agosto de 1999, seu último dia de vida.Em 2015, o Vaticano o reconheceu como Servo de Deus, a primeira etapa para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/112491-como-uma-pessoa-se-torna-santa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">processo de canonização</a> por todos os seus feitos históricos na luta pelos pobres e oprimidos.</body>

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Dom Hélder Câmara: o arcebispo perseguido pela ditadura militar

Imagem de Relíquias sagradas: os restos mortais de santos acumulados pela Igreja no megacurioso

A Igreja Católica já chegou a comercializar de dedos a prepúcios sagrados para seus fiéis

<head></head><body>A Igreja Católica guarda restos mortais de santos, as denominadas "relíquias sagradas", porque nunca enxergou um corpo morto como ele é, ainda mais se tratando de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123607-os-5-santos-martires-com-os-destinos-mais-terriveis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">santo</a>. Essa prática de preservar ou consagrar restos mortais de santos e heróis, além de outros itens associados à sua vida ou morte, remonta à era pré-cristã na Europa.Esses restos foram categorizados como "relíquias sagradas" e se tornaram uma parte essencial do ritual ecumênico cristão durante a Idade Média. As relíquias associadas a Jesus Cristo e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124555-gruta-do-leite-casais-consomem-poeira-para-curar-infertilidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Virgem Maria</a> se tornaram tão valorizadas que, no auge do período medieval, já existia um mercado clandestino para o comércio desses restos que foram roubados ou coletados de maneira ilegal.Foi sob os auspícios de toda uma indústria que o turismo se desenvolveu a partir dos milhares de peregrinos que cruzavam distâncias para visitar os santuários contendo os santos venerados, para que pudessem se sentir minimamente próximos daquela energia que, segundo os cristãos, permanecia mesmo após a morte.<h2>As "relíquias" da Igreja</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14072634083009.jpg" alt="(Fonte: Ancient Origins/Reprodução)">(Fonte: Ancient Origins/Reprodução)O mundo medieval cristão comercializou tudo o que pôde desses santos, de mortalhas, línguas e dedos até olhos e prepúcios. Esses itens não eram só exclusivos, forçando o turismo na região e arrebanhando, consequentemente, mais fiéis, mas também eram vendidos, negociados, comprados, roubados ou anunciados.Nada disso parecia impróprio no auge do século VIII. Hoje é considerado um crime que civis possuam esses itens, mas a Igreja os mantém como uma tradição sagrada. Na Catedral de São Pedro Apóstolo, no Kansas (EUA), existe um relicário com centenas de pedaços de santos em recipientes em conserva atrás do altar-mor.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14072738867010.jpg" alt="(Fonte: Catholic Herald/Reprodução)">(Fonte: Catholic Herald/Reprodução)Os vasos chegaram depois que o bispo Donelly, fundador da arquidiocese da região, escreveu à Roma pedindo algumas relíquias para enriquecer o novo "chão de Deus", e o Vaticano assim o fez. Tudo o que foi entregue à arquidiocese acompanha um certificado de autenticidade escrito em latim, como partes do cadáver do Papa Pio V, falecido em 1572.Muito embora não dê para saber quantas igrejas, capelas, paróquias ou arquidioceses pelo mundo contenham essas relíquias, é certo que muitas delas tenham pelo menos alguma.&nbsp;Acredita-se que a prática tenha começado com o Segundo Concílio de Niceia, em 787, quando foi decidido que, por uma questão de continuidade e respeito com a memória dos antepassados cristãos, cada igreja deveria ter uma instalação de relíquias.<h2>Sob o controle do Vaticano</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Chicago Catholic&nbsp;" data-fonte-url="https://www.chicagocatholic.com/documents/290621/662439/MariaGoretti08_r.jpg/91c49429-4959-40d4-a354-079adc3e771e?t=1507739474000"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14072826050011.jpg" alt="(Fonte: Chicago Catholic/Reprodução)">(Fonte: Chicago Catholic/Reprodução)O Vaticano nunca declarou oficialmente uma relíquia como genuína, apesar de seus certificados de autenticidade que, facilmente, podem ser apenas uma maneira de evitar que o mercado ilegal da Idade Média se repita.Ainda que essa prática seja meio controversa, a ideia da Igreja em reconhecer o significado dessas relíquias como lembranças é considerada válida, afinal, também instrui as pessoas a valorizarem itens que não são religiosos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14072941191012.jpg" alt="(Fonte: CDN/Reprodução)">(Fonte: CDN/Reprodução)Atualmente, a importância de uma relíquia para o Vaticano está classificada em primeira classe, em que são categorizados os pedaços de santos, como cabelos e olhos; segunda classe, onde estão os itens pessoais, como roupas e livros; e terceira classe, objetos que já entraram em contato com as coisas da primeira e da segunda classe ou com seus donos, como um grampo de cabelo.É por essa gama variada que o Vaticano sustenta um depósito imenso para guardar suas relíquias sagradas enquanto esperam para serem distribuídas às igrejas ao redor do mundo.Dada essa amplitude, talvez o Vaticano realmente tenha um depósito gigante de relíquias guardadas esperando para serem distribuídas às igrejas. Muito embora a compra e venda dessas relíquias seja considerada ilegal, os católicos podem resgatar uma se ela aparecer em vendas de garagem ou pela internet.</body>

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Relíquias sagradas: os restos mortais de santos acumulados pela Igreja

Imagem de 7 templos antigos incríveis ao redor do mundo no megacurioso

Com estilos arquitetônicos incríveis e muita bagagem cultural, esses templos merecem suas grandes reputações

<head></head><body>Com estilos arquitetônicos distintos e influências culturais diversas, os templos são uma fonte de admiração e inspiração para muitos. Essas edificações ao redor do mundo são um testemunho da rica herança religiosa e arquitetônica da humanidade.&nbsp;Pensando nisso, separamos uma lista com sete dessas construções mais impressionantes e significativas de diferentes partes do globo, que possuem grande valor histórico e já serviram como um símbolo de devoção para milhares de pessoas.<h2>1. Panteão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14134016009275.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Localizado em Roma, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124695-os-5-fatos-mais-surreais-sobre-o-jardim-dos-monstros-da-italia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Itália</a>, este monumento histórico foi construído há cerca de 2 mil anos, sendo considerados um dos edifícios mais bem preservados da época romana. Sua cúpula impressionante chega a 43 metros de altura.Ao longo dos séculos, ele foi convertido em uma igreja cristã, e atualmente está entre as atrações turísticas mais populares da região.<h2>2. Karnak</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14135129316280.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Este vasto complexo de templos tem uma área maior do que um quilômetro quadrado e está localizado em Luxor, a antiga cidade de Tebas na margem leste do rio Nilo, no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124828-arqueologos-encontram-trofeus-de-guerra-macabros-no-egito-antigo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Egito</a>. Sua construção data de 2 mil a 4 mil anos, com diversas estruturas, pátios e obeliscos sendo construídos por diferentes faraós ao longo da história em homenagem ao deus Amon-Rá.Entre suas partes mais famosas, destaca-se sua impressionante Grande Sala Hispostila, que abriga 134 colunas gigantes, cada uma com mais de 23 metros de altura.<h2>3. Monte do Templo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14143709227313.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Situado na região da Cidade Velha em Jerusalém, o Monte do Templo é considerado de grande importância para as três principais religiões abraâmicas: judaísmo, cristianismo e islamismo.&nbsp;Na antiguidade, abrigou o Primeiro Templo, local sagrado para os judeus e portador da Arca da Aliança, e que foi destruído pelos babilônicos que saquearam a região em 586 a.C. Outra construção foi erguida no mesmo lugar pelo rei Herodes, porém sucumbiu a um ataque romano em 70 a.C. Atualmente, tudo o que restou do segundo edifício é o famoso Muro das Lamentações.Além disso, a área também conta com o Domo da Rocha e a Mesquita de Al-Aqsa, duas das estruturas mais antigas do mundo islâmico, com a última sendo vista como o terceiro local mais sagrado para os muçulmanos depois da Meca e da Medina.<h2>4. Angkor Wat</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14144551881324.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Angkor Wat fica na província de Siem Reap, no Camboja. Construído entre 1113 e 1150, é considerado a maior estrutura religiosa do mundo, sendo originalmente dedicado ao deus hindu Vishnu e posteriormente convertido em um templo budista.A construção é famosa por seus intrincados detalhes arquitetônicos, incluindo esculturas em pedra e baixos-relevos que retratam cenas épicas das duas mitologias, além da torre central de 65 metros de altura, que por ser cercada por quatro torres menores e uma série de paredes, recria a imagem do Monte Meru, lugar lendário no hinduísmo que seria a morada dos deuses.<h2>5. Templo de Quetzalcóatl</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14145613320338.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Este antigo monumento asteca está localizado em Teotihuacan, no México, uma das maiores cidades pré-colombianas da América Central e conhecida por seus impressionantes monumentos e arquitetura.&nbsp;A construção em forma de pirâmide tem seis níveis, sendo famosa por suas colunas esculpidas em forma de serpentes emplumadas que representam a divindade Quetzalcóatl, uma parte importante da mitologia deste povo antigo. O templo também apresenta baixos-relevos intrincados e esculturas em pedra que retratam cenas da vida dessa civilização, além de representações de outros deuses e seres mitológicos.<h2>6. Templo Shaolin</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14151040112345.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Reconhecido como um Patrimônio Mundial pela UNESCO, este antigo mosteiro existe há 1.500 anos, passando por reformas e modificações ao longo do tempo. Ele foi construído no Monte Song, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124043-a-china-esta-matando-o-mundo-com-seus-nevoeiros-de-poluicao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">China</a>, local considerado pelos budistas de importância sagrada desde a antiguidade.Além de suas impressionantes estruturas arquitetônicas, incluindo o Hall de Mahavira e a Floresta de Pagodes - que é composta por mais de 200 dessas estruturas — ele também é um destino famoso para estudantes e praticantes de artes marciais, que vêm de todo o mundo para aprender o Kung Fu Shaolin e experimentar a cultura e tradições do templo.<h2>7. Templo do Grande Jaguar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14152554754369.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Esse monumento em formato de pirâmide tem cerca de 44 metros e nove níveis, sendo construído perto do ano 730, e está situado na área arqueológica de Tikal, na Guatemala.Sua arquitetura é impressionante, com uma decoração repleta de esculturas em pedra que retratam cenas da mitologia e símbolos da realeza maia. Embora seja visto como um templo atualmente, também foi o local de descanso final de Jasaw Kaan K'awil, um rei que liderou as forças locais à vitória contra seu pior inimigo, a cidade rival de Calakmul.</body>

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7 templos antigos incríveis ao redor do mundo

Imagem de Abas I: o rei persa que decidiu colocar uma profecia à prova no megacurioso

Conhecido como um dos maiores governantes da história iraniana, Abas I nomeou o representante de um culto como o líder do seu império

<head></head><body>Você já tomou uma decisão inesperada, apenas para ver as consequências que ela poderia causar? No final do século XVI, um rei persa decidiu elevar essa curiosidade a um nível muito mais alto, apenas para ver se uma profecia sobre o fim do mundo iria se concretizar de fato.<h2>Abas I, o Grande</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/17/17104233432114.png" alt="Abas I, também conhecido como Abas, o Grande. (Fonte: Wikimedia Commons)">Abas I, também conhecido como Abas, o Grande. (Fonte: Wikimedia Commons)Abas I, foi o 5º xá do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124868-8-legados-incriveis-deixados-pelas-civilizacoes-antigas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Império Safávida da Pérsia</a>, entre 1588 e 1629. Ele costuma ser lembrado como um dos maiores governantes da história iraniana. Parte deste reconhecimento vem do fato dele ter conseguido retomar a ordem de seu reinado em um período que a Pérsia enfrentava uma situação bastante conturbada política, militar e economicamente.Um dos motivos que fizeram com que Abas I se tornasse um governante bem-sucedido, foi o sistema ghilman. Por meio dele, milhares de soldados-escravos circassianos, georgianos e armênios se juntaram à administração civil e militar da Pérsia. Abas assumiu o trono com apenas 16 anos, enquanto o Império Otomano e os uzbeques tentavam assumir o controle do território persa. Mas graças à sua habilidade em administrar seu reino e lidar com revoltas populares e com conflitos contra outras nações, se manteve no poder por mais de quatro décadas.<h2>A profecia do fim do mundo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/17/17163852648296.png" alt="Estátua de Abbas I, que estava em exibição na cidade iraniana de Isfahan, antes da Revolução Iraniana (Fonte: Wikimedia Commons)">Estátua de Abbas I, que estava em exibição na cidade iraniana de Isfahan, antes da Revolução Iraniana (Fonte: Wikimedia Commons)No final do século XVI, Abas I enfrentou uma série de rebeliões organizadas por membros de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120571-por-que-uma-pessoa-entra-para-um-culto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">culto</a> conhecido como "pointista" — derivado de uma religião conhecida como "letrista", que acreditava que as letras do alfabeto árabe possuíam um poder cósmico. Eles acreditavam que a vida na Terra seguia 4 ciclos cósmicos que aconteciam a cada 6 mil anos. E a cada novo ciclo era inaugurada uma era de domínio persa ou árabe.Abas conseguiu conter as rebeliões pointistas em 1591 e condenou os líderes à morte. Mas em 1594, os pointistas que haviam conseguido escapar da condenação apresentaram uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/112468-4-profecias-biblicas-que-se-tornaram-realidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">profecia</a> que dizia que um deles ocuparia o trono. Segundo essa predição, o ciclo persa estava prestes a acabar e o novo líder iria dar início à era árabe.Sem acreditar no que os pointistas falavam, Abas decidiu "pagar para ver". Ele ordenou que um dos prisioneiros fosse solto e o nomeou rei — ele teria até mesmo se colocado como um servo real. Abas aguardou pelo fim do ciclo persa por três dias, quando ficou evidente que nenhuma grande calamidade ocorreria.Depois de provar que a profecia não era verdadeira, Abas executou o "rei pointista" e ordenou que todos os outros prisioneiros fossem mortos também. Os poucos que conseguiram escapar fugiram para a Índia, onde o culto conseguiu resistir por algum tempo, até que foi incorporado a uma religião local.</body>

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Abas I: o rei persa que decidiu colocar uma profecia à prova

Imagem de Como surgiram as monarquias e por que a Europa é famosa por isso? no megacurioso

Algumas pessoas têm um apreço pela realeza e isso tem uma explicação psicológica

<head></head><body>Em 20 de maio de 2018, o Daily Express&nbsp;divulgou um número chocante: cerca de 1,9 bilhão de pessoas ao redor do mundo assistiram ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123700-6-fatos-sobre-a-realeza-britanica-que-the-crown-te-ensinou-errado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">casamento real</a> do príncipe Harry e Meghan Markle, que havia acontecido no dia anterior, na emblemática Capela de São Jorge, no Castelo de Windsor, Inglaterra. Além disso, uma plateia de 100 mil pessoas viu o casal desfilar em uma procissão por Windsor em um Ascot Landau após o “sim” na capela, em frente a 2.640 pessoas convidadas.Em uma matéria para a revista Time, o Dr. Frank Farley, professor e psicólogo da Temple University e ex-presidente da Associação Americana de Psicologia, explicou o motivo de as pessoas serem obcecadas pela realeza: "Nós somos animais sociais. Com figuras famosas na mídia, pessoas sobre as quais aprendemos, celebridades etc., muitas vezes vivemos algumas de nossas vidas através delas".<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14074608111020.jpg" alt="(Fonte: Decan Herald/Reprodução)">(Fonte: Decan Herald/Reprodução)Segundo Donna Rockwell, psicóloga clínica especializada na área de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123178-geracao-z-e-a-obsessao-pela-fama-a-qualquer-custo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">celebridades e fama</a>, é reconfortante para uma pessoa ver uma estrutura que parece criar uma aparência de ordem. “Então, da mesma forma, eu acho que quando um adulto está sentindo uma sensação de caos interior, é reconfortante, mesmo neurologicamente falando, conseguir observar algo que tenha uma estrutura. Vemos isso e nos sentimos confortáveis”, respondeu ela à Glamour.Contudo, apesar de as pessoas terem uma gama de entretenimento envolvendo a realeza, descrevendo os conflitos e tramoias por trás de uma fachada de ordem, requinte e tradição, poucas sabem como surgiram as monarquias.<h2>O primeiro tirano</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14074742611021.jpg" alt="(Fonte: Ensinar História/Reprodução)">(Fonte: Ensinar História/Reprodução)Antes de saber como surgiu a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124819-qual-e-a-diferenca-entre-rainha-e-rainha-consorte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">monarquia</a>, é importante entender seu conceito. Nele, o poder executivo está nas mãos de um único indivíduo e é passado de geração em geração de maneira hereditária. Esse sistema de poder se opõe diretamente à democracia, que significa "governo do povo", no qual leis, políticas, líderes e grandes empreendimentos estatais são definidos direta ou indiretamente pelos cidadãos.As raízes da monarquia remetem ao período Neolítico, por volta de 9 mil anos a.C., perto do antigo Oriente Próximo, quando as pessoas passaram a cultivar plantações, criar gado e viver em vilas e cidades, em vez de vagar livremente como caçadores-coletores.Para alguns estudiosos, naquela época as sociedades neolíticas europeias eram matriarcais, e o patriarcado, ou seja, uma sociedade dominada por homens, só surgiu depois que as comunidades se tornaram mais ricas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14074843034022.jpg" alt="(Fonte: Egypt Today/Reprodução)">(Fonte: Egypt Today/Reprodução)A injustiça e os problemas que apresentam uma estrutura de poder monárquica já apareciam na Epopeia de Gilgamesh, uma antiga história suméria de 2750 a.C., mostrando que os primeiros monarcas nem sempre eram justos. Na história, o rei Gilgamesh, parte homem e parte deus, foi tão tirano com seu povo que eles imploraram ajuda aos deuses.Juntando-se a essa história, a monarquia egípcia é configurada como uma das primeiras que conhecemos, começando por volta de 3000 a.C., e governando até que o Egito fosse absorvido pelo Império Romano. O termo faraó, que significa "grande casa", surgiu no período do Império Antigo para se referir a um título real, entrando em uso no início do primeiro milênio a.C., encontrado em inscrições monumentais até o reinado de Sheshong III.<h2>A moldura do sistema</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14074947032023.jpg" alt="(Fonte: World History Encyclopedia/Reprodução)">(Fonte: World History Encyclopedia/Reprodução)O fim do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122527-conheca-as-esquisitices-da-vida-cotidiana-dos-romanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Império Romano</a> trouxe as invasões bárbaras na Europa que, em troca de proteção, forçou as pessoas a abandonarem as cidades e fazerem um êxodo em massa para o campo. Foi então que se ergueu a estrutura do feudalismo, responsável por ser a base da monarquia moderna, em que a sociedade era dividida em estamentos, com pouca (ou quase nenhuma) possibilidade de ascensão social. Assim, só existia o clero, a nobreza e os vassalos.Ao longo dos mil anos que durou o feudalismo, uma série de elaboradas tradições e rituais cresceu em torno a esse sistema. E se você está se perguntando por que as monarquias são encontradas principalmente na Europa, sobretudo as mais famosas, foi porque o continente era o único lugar que tinha um sistema verdadeiramente feudal. Os xogunatos no Japão foram semelhantes ao feudalismo, e é por isso que a nação tem um sistema imperial com características semelhantes às monarquias europeias.O poder real começou a declinar a partir do século XVII, quando o republicanismo começou a suplantar a monarquia tradicional em toda a Europa. Em alguns países, como na Dinamarca, a transição para a democracia aconteceu lentamente, mas em outros, como na França, foi de maneira repentina e violenta. Em alguns países, porém, como a Inglaterra, o governo adotou um sistema constitucional para amenizar a concentração de poder de um monarca e acabou se perpetuando até os dias de hoje.</body>

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Como surgiram as monarquias e por que a Europa é famosa por isso?

Imagem de 9 lugares importantes na história de Tiradentes no megacurioso

Veja aqui alguns lugares pelo quais Tiradentes passou ao longo de sua vida e especialmente durante os principais momentos da Inconfidência Mineira

No dia 21 de abril celebramos <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/102395-quem-foi-tiradentes-e-por-que-ele-tem-um-feriado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tiradentes</a>, considerado um "patrono c&iacute;vico da na&ccedil;&atilde;o" (neste caso, ele &eacute; o &uacute;nico brasileiro que teve sua data de morte transformada em feriado nacional). Sua hist&oacute;ria &eacute; repleta de detalhes que se perderam na hist&oacute;ria e outros acabam ficando longe dos livros de Hist&oacute;ria, como os locais pelos quais ele passou em vida.
Tem curiosidade para saber um pouco mais sobre os pontos por onde esse personagem da hist&oacute;ria da independ&ecirc;ncia do Brasil passou? Ent&atilde;o confira alguns deles neste material preparado pela equipe do Mega Curioso.
<ul>
<li>Veja tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118436-tiradentes-era-realmente-parecido-com-jesus-cristo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tiradentes era realmente parecido com Jesus Cristo?</a></li>
</ul>
<iframe width="640" height="480" src="https://www.google.com/maps/d/u/0/embed?mid=1K7VjTTwdcwYDGYSRKllWzhoeCbk5hLA&amp;ehbc=2E312F"></iframe>
<h2>1. Rit&aacute;polis</h2>
A cidade mineira de Rit&aacute;polis &eacute; onde a hist&oacute;ria desse inconfidente tem in&iacute;cio, pois &eacute; a sua cidade de origem. Ela fica situada a 200 quil&ocirc;metros de Belo Horizonte, e j&aacute; na sua entrada traz a inscri&ccedil;&atilde;o "Rit&aacute;polis, terra natal de Tiradentes".
Joaquim Jos&eacute; da Silva Xavier nasceu em 12 de novembro de 1746 na Fazenda do Pombal, e era filho do portugu&ecirc;s Domingos da Silva Santos e da brasileira Maria Ant&ocirc;nia da Encarna&ccedil;&atilde;o Xavier. No s&eacute;culo XVIII, essa fazenda ficava numa &aacute;rea de disputa entre S&atilde;o Jo&atilde;o del-Rei e S&atilde;o Jos&eacute; del-Rei.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/19/19172509877291.jpg" alt="Est&aacute;tua de Tiradentes em Rit&aacute;polis. (Fonte: Minas Gerais/Divulga&ccedil;&atilde;o)" />Est&aacute;tua de Tiradentes em Rit&aacute;polis. (Fonte: Minas Gerais/Divulga&ccedil;&atilde;o)
<h2>2. Ouro Preto</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/20/a-20142825666286.jpg" alt="a" />Ouro Preto. (Fonte: Getty Images)
Tiradentes perdeu seus pais muito cedo, por isso foi para Vila Rica, conhecida atualmente como Ouro Preto, para morar com seu padrinho. Ao longo do per&iacute;odo em que viveu por l&aacute; se arriscou em algumas profiss&otilde;es, como comerciante e minerador, mas acabou encontrando seu caminho como "dentista".
E sim, nesse trecho vamos deixar a palavra entre aspas porque, naquela &eacute;poca, a profiss&atilde;o de dentista consistia basicamente em tirar dentes (vindo da&iacute; o seu apelido). Por&eacute;m, ele n&atilde;o gostava muito de arrancar os dentes de seus pacientes, agindo assim apenas quando era extremamente necess&aacute;rio (quando podia, fazia coroas em marfim e osso de boi para preservar os dentes que ainda tinham salva&ccedil;&atilde;o).&nbsp;
<h2>3. Rio de Janeiro</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/20/a-20143120464288.jpg" alt="a" />Rio de Janeiro no s&eacute;culo XIX. (Fonte: Iluchar Desmons)
Ainda em sua juventude, Tiradentes trabalhou como tropeiro e mascate, tendo atuado no transporte de mercadorias com uma tropa de burros que viajava de Minas Gerais para o Rio de Janeiro.
Foi na Cidade Maravilhosa onde, alguns anos depois (mais precisamente em 1787), acabou trabalhando com alguns conceitos de engenharia (ele tinha projetos de construir armaz&eacute;ns no cais que seriam respons&aacute;veis por guardar as mercadorias que chegavam), al&eacute;m de projetar a canaliza&ccedil;&atilde;o dos rios Andara&iacute; e Maracan&atilde;.
Por&eacute;m, o Rio de Janeiro teve outro papel importante na vida do nosso personagem, j&aacute; que foi por l&aacute; que ele come&ccedil;ou a alimentar as ideias da rebeli&atilde;o que ficaria conhecida como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121162-conjuracao-mineira-a-revolta-colonial-brasileira-contra-portugal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Inconfid&ecirc;ncia Mineira</a>.
<h2>4. S&atilde;o Jo&atilde;o del-Rei</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/20/a-20143609816290.jpg" alt="a" />S&atilde;o Jo&atilde;o del-Rei. (Fonte: Getty Images)
A cidade de S&atilde;o Jo&atilde;o del-Rei tamb&eacute;m tem grande import&acirc;ncia na hist&oacute;ria de Tiradentes, j&aacute; que, al&eacute;m de ter passado por l&aacute;, o plano dos inconfidentes era transformar a cidade na nova capital do Brasil.
Por&eacute;m, como todos n&oacute;s aprendemos nos livros, esse plano n&atilde;o teve um desfecho favor&aacute;vel, terminando com a pris&atilde;o de Tiradentes e de outros companheiros.
Ap&oacute;s a sua pris&atilde;o, Tiradentes voltou para o Rio de Janeiro, onde ainda ficou preso por tr&ecirc;s anos at&eacute; receber a efetiva&ccedil;&atilde;o da sua senten&ccedil;a de morte por enforcamento (a pris&atilde;o aconteceu em 1789, e o ano de morte foi 1792).
<h2>5. Pra&ccedil;a Tiradentes</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/19/19173320415294.jpg" alt="(Fonte: Wikipedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Wikipedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Antes conhecida como Largo da Lampadosa, a atual Pra&ccedil;a Tiradentes foi o &uacute;ltimo local que Tiradentes viu em vida. Foi neste ponto, diante de diversas pessoas, que ele faleceu no dia 21 de abril de 1792.
Os livros indicam que suas &uacute;ltimas palavras antes de morrer foram "cumpri minha miss&atilde;o, morro com liberdade", mas h&aacute; alguns relatos de que, na verdade, ap&oacute;s subir os 21 degraus de onde aconteceria a execu&ccedil;&atilde;o, ele havia dito "seja r&aacute;pido" para seu carrasco (o escravo Jer&ocirc;nimo Capit&acirc;nia, que trocou sua pena de morte por uma pris&atilde;o perp&eacute;tua ao executar Tiradentes).
<h2>6, 7, 8 e 9. Santana de Cebolas, Varginha do Louren&ccedil;o, Barbacena e Queluz</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/20/a-20143642994292.jpg" alt="a" />Tiradentes esquartejado. (Fonte: Pedro Am&eacute;rico)
Ap&oacute;s a sua morte, Tiradentes teve seu corpo esquartejado. Enquanto a cabe&ccedil;a ficou exposta em Vila Rica (como exemplo para outras pessoas que tentassem algo parecido contra a Coroa Portuguesa), as demais partes foram espalhadas por quatro cidades: Santana de Cebolas (atual Inconfid&ecirc;ncia, distrito de Para&iacute;ba do Sul), Varginha do Louren&ccedil;o, Barbacena e Queluz (antiga Carij&oacute;s, atual Conselheiro Lafaiete).

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9 lugares importantes na história de Tiradentes

Imagem de Onde vivem os indígenas brasileiros? no megacurioso

O Brasil possui hoje 305 povos indígenas que falam 274 línguas diferentes e vivem nas cinco regiões brasileiras

O dia 19 de abril &eacute; o Dia dos Povos Ind&iacute;genas. A data lembra a realiza&ccedil;&atilde;o, em 19 de abril de 1940, do Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, na cidade de Patzcuaro no M&eacute;xico. O objetivo desse encontro internacional era reunir os principais l&iacute;deres ind&iacute;genas das diversas regi&otilde;es do continente americano e resguardar os seus direitos.
Foi somente em 1991 que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE) incluiu as popula&ccedil;&otilde;es ind&iacute;genas no censo demogr&aacute;fico nacional. Hoje sabemos que o Brasil possui pelo menos 305 povos ind&iacute;genas, que falam 274 l&iacute;nguas diferentes. O &uacute;ltimo censo demogr&aacute;fico, o de 2010, revelou que 896 mil pessoas se declaram ou se consideram ind&iacute;genas em nosso pa&iacute;s.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/19/19164637550368.jpg" alt="Fonte: iStock/Reprodu&ccedil;&atilde;o" />Fonte: iStock/Reprodu&ccedil;&atilde;o
Esses dados revelam uma diversidade &eacute;tnica e cultural inigual&aacute;vel, que poucos pa&iacute;ses no mundo conseguem exibir. S&atilde;o <a href="https://www.megacurioso.com.br/cultura/99410-deuses-brasileiros-conheca-7-divindades-da-cultura-indigena.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vis&otilde;es de mundo</a> multifacetadas e diferentes culturas, estilos de vida, viv&ecirc;ncias e maneiras de se relacionar com a natureza, muitas vezes totalmente diversa da adotada pela sociedade ocidental dominante.
Embora o &uacute;ltimo censo revele um aumento anual de 10,8% da popula&ccedil;&atilde;o na d&eacute;cada, &eacute; ineg&aacute;vel o dram&aacute;tico fen&ocirc;meno do exterm&iacute;nio ind&iacute;gena ao longo da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118445-o-que-fez-cabral-em-1500-descobriu-ou-conquistou-o-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">domina&ccedil;&atilde;o europeia</a>, principalmente por doen&ccedil;as &ldquo;dos brancos&rdquo;.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/19/19164342172366.jpg" alt="Fonte: Bruno Kelly/Reuters" />Fonte: Bruno Kelly/Reuters
<h2>Os ind&iacute;genas no Brasil</h2>
Conforme o IBGE, os Povos Ind&iacute;genas Brasileiros <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118395-como-as-terras-indigenas-sao-demarcadas-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ocupam atualmente</a> todas as regi&otilde;es do Pa&iacute;s, concentrando-se principalmente na regi&atilde;o Norte, com 37,4% do total de indiv&iacute;duos. Nessa regi&atilde;o, a maior concentra&ccedil;&atilde;o de ind&iacute;genas &eacute; no Amazonas, que concentra 55% do total da regi&atilde;o.&nbsp;
&Eacute; importante destacar que os povos ind&iacute;genas vivem tanto na &aacute;rea rural quanto na urbana, sendo que 61% dos ind&iacute;genas se concentram em comunidades rurais. Em &aacute;reas urbanas, a maior popula&ccedil;&atilde;o em n&uacute;meros absolutos est&aacute; na regi&atilde;o Nordeste (106.150 indiv&iacute;duos em 2010), representando 25,5% da popula&ccedil;&atilde;o, com maior concentra&ccedil;&atilde;o no estado da Bahia.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/04/19/19165543682382.jpg" alt="Fonte: MultArte/Reprodu&ccedil;&atilde;o" />Fonte: MultArte/Reprodu&ccedil;&atilde;o
A regi&atilde;o Centro-Oeste &eacute; a terceira em concentra&ccedil;&atilde;o de popula&ccedil;&otilde;es ind&iacute;genas no Brasil, com 56% dos indiv&iacute;duos da regi&atilde;o habitando o estado do Mato Grosso do Sul. Finalmente, Sudeste e Sul, nesta ordem, s&atilde;o as regi&otilde;es brasileiras com menor concentra&ccedil;&atilde;o de ind&iacute;genas, sendo S&atilde;o Paulo e Rio Grande do Sul os estados com maior n&uacute;mero de indiv&iacute;duos em suas respectivas regi&otilde;es.
* Mat&eacute;ria publicada originalmente em&nbsp;19 de abril de 2021.

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Onde vivem os indígenas brasileiros?

Imagem de Por que a Austrália está se movimentando tão rapidamente? no megacurioso

Devido à atividade das placas tectônicas, a Austrália está se movendo; entenda o que isso significa

<head></head><body>Você sabia que a placa tectônica em que está inserida a Austrália é uma das que se move mais rapidamente no mundo? Já há alguns anos que pesquisadores têm se dedicado a acompanhar melhor essa dinâmica, já que o movimento da placa australiana traz algumas implicações.Estima-se que a chamada placa australiana esteja se movendo para o nordeste, além de estar sofrendo um leve deslocamento para o sentido horário, de modo que ela se move continuamente cerca de sete centímetros por ano.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/12/12085035372019.jpg" alt="Disposição atual das placas tectônicas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Disposição atual das placas tectônicas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Impactos decorrentes da mudança</h2>Não podemos negar, no entanto, que os serviços de localização precisa são afetados por essa mudança, principalmente quando se considera o acumulado ao longo dos anos. Por isso, acaba sendo necessário que as alterações na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123459-por-que-existem-tantos-animais-estranhos-na-australia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Austrália</a> sejam acompanhadas por especialistas para que as tecnologias sejam atualizadas e não sofram impactos.Para nós, isso não pode fazer tanta diferença, mas para serviços que usam a tecnologia precisa, como o realizado por agricultores que precisam pulverizar áreas específicas, ter a localização detalhada do território faz toda a diferença.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/12/12085826105034.jpg" alt="Milhares de anos atrás, os continentes estavam unidos, formando a Pangeia. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Milhares de anos atrás, os continentes estavam unidos, formando a Pangeia. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Olhando para o passado</h2>A presença e a atuação das placas tectônicas, os blocos que compõem a crosta terrestre, pode ser percebida tanto em áreas que abrangem os continentes quanto no assoalho oceânico, resultando em mudanças contínuas ao longo dos anos.&nbsp;Segundo a teoria da deriva continental, proposta por Alfred Wegener em 1912, essas placas estariam unidas em um único bloco há 200 milhões de anos, compondo um supercontinente chamado <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/105655-descubra-como-os-paises-ficariam-distribuidos-no-supercontinente-pangeia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pangeia</a>.&nbsp;Mas é importante lembrar que Abraham Ortelius, em 1596, já sugeria que as terras da América e África tinham sido separadas da Europa. As evidências que faltavam para sustentar essa hipótese foram se acumulando com o tempo. <img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/12/12090217058041.jpg" alt="A dinâmica da teoria da tectônica de placas ao longo dos anos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">A dinâmica da teoria da tectônica de placas ao longo dos anos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Movimentos das placas</h2>Fruto da atividade no interior da terra, a tensão resultante dessa movimentação pode fazer com que as placas se choquem umas sobre as outras, gerando montanhas, ou mesmo se afastem umas das outras. O impacto decorrente desse movimento, por sua vez, é o que explica a existência dos terremotos, maremotos e tsunamis, além de influenciar as atividades vulcânicas, resultando na saída de magma do interior da Terra.Com a mudança ocorrida ao longo das eras, explicada pela teoria da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115394-estudo-pode-levar-a-revisao-da-teoria-da-tectonica-de-placas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tectônica de placas</a> por Harry Hess e Robert Dietz em 1967, hoje temos a placa australiana sendo impactada diretamente pelas placas que estão ao seu redor, sobretudo pelo movimento pela placa do Pacífico.É no entorno desta que temos a região geologicamente mais instável do planeta, fruto do encontro de diferentes placas tectônicas. Acredita-se que a placa do pacífico, inclusive, mova-se numa velocidade ainda maior que a placa australiana, sendo capaz de alcançar até dez centímetros por ano.</body>

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Por que a Austrália está se movimentando tão rapidamente?

Imagem de Vestido Tarkhan: uma peça de alta-costura de 5 mil anos atrás no megacurioso

O vestido Tarkhan, um tesouro raro que revela a riqueza da sociedade egípcia antiga

<head></head><body>O vestido Tarkhan chamou a atenção de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124566-arqueologos-descobrem-blocos-com-hieroglifos-no-sudao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">arqueólogos</a>, historiadores e amantes da moda. Acredita-se que seja a vestimenta tecida mais antiga já encontrada, com novos testes revelando que ela tem mais de 5 mil anos, tornando-a ainda mais velha do que se pensava. A peça foi descoberta em uma tumba <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124587-como-era-a-vida-dos-egipcios-que-construiram-as-piramides.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">egípcia</a>, na qual se manteve bem preservada por milênios. É uma prova das habilidades e da tecnologia avançada dessa antiga sociedade.Esse é um achado de raridade incomparável. Poucas roupas antigas feitas de fibras vegetais ou peles de animais sobreviveram até os dias atuais, e os têxteis recuperados de sítios arqueológicos geralmente não têm mais de 2 mil anos.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/12/12111334238094.jpg" alt="(Fonte: Museu Petrie de Arqueologia Egípcia/Reprodução)">(Fonte: Museu Petrie de Arqueologia Egípcia/Reprodução)Enquanto outras peças encontradas anteriormente eram apenas enroladas ao redor do corpo, esta é uma verdadeira obra-prima da alta costura antiga, com mangas sob medida, decote em V e pregas estreitas, e por mais que pareça mais uma camisa no momento, seu comprimento anterior era mais longo.A roupa também é evidência do status e da riqueza de quem a usou, pois apenas aqueles pertencentes a classes mais abastadas poderiam pagar por algo deste nível. Sepulcros de aproximadamente a mesma idade retratam pessoas usando vestes semelhantes, e o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124613-os-4-mais-enigmaticos-textos-hieroglificos-ja-descobertos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hieróglifo</a> para "vestido" aparece em listas de itens levados para a vida após a morte, junto com alimentos e cosméticos.O item, que está em exibição no Museu UCL Petrie de Arqueologia Egípcia em Londres, foi descoberto por acaso, passando cinco milênios oculto em uma tumba egípcia antes de ser enviado ao seu novo lar por arqueólogos no início de 1900. Porém, como estava enrolado em um monte de trapos imundos, não recebeu a devida atenção até 1977, quando especialistas em conservação vasculharam o embrulho e o encontraram acidentalmente.E recentemente, um teste de radiocarbono realizado pela Universidade de Oxford forneceu uma data mais precisa da criação da veste, confirmando sua antiguidade e sugerindo que pode ser ainda mais velho do que se pensava anteriormente.&nbsp;Os resultados apontaram com 95% de precisão que o vestido foi feito entre 3482–3102 a.C., e embora haja um leve nível de incerteza pelo fato da amostra utilizada ser bem pequena, fica claro que o linho usado foi feito no auge da Primeira Dinastia ou até antes.Em conclusão, o vestido Tarkhan é um achado excepcional que fornece um vislumbre da riqueza e complexidade da antiga sociedade egípcia, sendo uma prova das habilidades intrincadas e da tecnologia avançada das pessoas daquela época, capaz de surpreender os estudiosos. Ele é hoje um artefato inestimável que nos ajuda a entender a história e a cultura desta fascinante civilização.</body>

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Vestido Tarkhan: uma peça de alta-costura de 5 mil anos atrás

Imagem de Roda de Catarina: a máquina de tortura mais cruel da história no megacurioso

A roda de tortura tinha como objetivo causar o máximo de sofrimento sem matar a vítima imediatamente

<head></head><body>A história da roda de despedaçamento é uma das mais cruéis formas de tortura da história da humanidade. Também conhecido como "Roda de Catarina", esse método de execução era reservado para os piores criminosos e tinha como objetivo causar dor extrema e <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/42567-voce-sabe-por-que-os-nossos-ossos-dificilmente-se-estilhacam-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quebrar os ossos</a> do indivíduo gradualmente, sem matá-lo imediatamente.Existiam duas formas de execução: a primeira era jogar a roda sobre a vítima para quebrar seus ossos, e na segunda, a vítima era amarrada à roda e seus ossos eram quebrados sistematicamente com um porrete. Após a execução, a pessoa ficava no círculo por horas ou até dias, com seus membros entrelaçados nos raios da roda.<h2>Como funcionava a roda de tortura?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/17/17020212570014.jpg" alt="Roda de tortura ficou famosa na inquisição, mas seu uso é anterior e posterior à Idade Média. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Roda de tortura ficou famosa na inquisição, mas seu uso é anterior e posterior à Idade Média. (Fonte: GettyImages/Reprodução)A vítima era despojada de suas roupas e amarrada com os membros estendidos e presos por correntes ou cordas. A roda era, então, girada lentamente, expondo diferentes partes do corpo da vítima aos golpes de um martelo, de um porrete ou de um machado. O processo podia levar horas ou até dias e a pessoa frequentemente desmaiava de dor.Algumas versões da roda de tortura tinham pregos ou pontas de metal nas partes salientes, causando ainda mais dor e ferimentos. Outras variantes incluíam a colocação de carvões incandescentes sob a roda para queimar a pele exposta ou uma fogueira sob a roda para agravar ainda mais a dor do condenado.Muitas vezes, a vítima era deixada na roda para morrer lentamente de fome, sede e infecções decorrentes dos ferimentos, servindo como exemplo para outras pessoas que desejassem descumprir as regras vigentes na sociedade.<h2>Qual é a origem da roda da tortura?</h2>O uso da roda como forma de execução remonta ao Império Romano, à época do imperador Cômodo. Eles usavam a ferramenta para infligir dor, prendendo o condenado a um banco e colocando uma roda com flange de ferro na pessoa. Um martelo era utilizado para esmagar a roda na vítima, começando pelos tornozelos e subindo pelo corpo.Os romanos costumavam usar a roda como punição para escravos e <a href="https://www.megacurioso.com.br/religiao/96966-6-torturas-horriveis-infligidas-aos-primeiros-cristaos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cristãos</a>, e logo criaram novos enfeites para a roda de despedaçamento, suspendendo as vítimas verticalmente, de frente para a roda, ou amarrando-as à própria roda ou em torno de sua circunferência.<h2>Milagre de Santa Catarina</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/17/17020322768015.jpg" alt="Quando Santa Catarina tocou a roda, o instrumento de tortura se desfez. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Quando Santa Catarina tocou a roda, o instrumento de tortura se desfez. (Fonte: GettyImages/Reprodução)A roda de tortura foi batizada de "Roda de Catarina" por conta de um milagre. Catarina era filha do governador de Alexandria e quando seu pai morreu, ela se converteu ao cristianismo. Sua fama como pregadora chegou ao imperador romano Maximiano II, que exigiu a renúncia de Catarina ao cristianismo.Ela afrontou a vontade de Maximiano II e acabou condenada à tortura na roda. No entanto, quando estava sendo torturada, a roda se partiu e Catarina sobreviveu, mas terminou sendo decapitada. O milagre da roda batizou o instrumento, por mais paradoxal que possa parecer, e a mulher se tornou posteriormente Santa Catarina.<h2>Requintes de mais crueldade na Idade Média</h2>Durante a Idade Média, dezenas de pessoas em toda a Europa – e partes da Ásia – foram executadas por meio da roda de despedaçamento. Na Alemanha, em particular, o método de execução era especialmente comum e foi usado até final do século XVIII.Os carrascos medievais frequentemente adicionavam um toque extra de crueldade à execução. Eles podem ter começado a quebrar os membros dos condenados por meio da roda em locais públicos, como praças e mercados, para que multidões pudessem assistir. Às vezes, os corpos dos condenados ficavam em exibição pública após a execução.<h2>Por que a roda de tortura deixou de ser usada?</h2>A roda de despedaçamento gradualmente caiu em desuso com o passar dos séculos, à medida que métodos de execução mais "humanos" foram sendo desenvolvidos e adotados por sociedades mais “civilizadas” para aplicar a pena de morte, como decapitação, enforcamento, cadeira elétrica e injeção letal.Hoje, a roda de despedaçamento é amplamente considerada um dos métodos de execução mais cruéis e desumanos da história. Embora tenha sido usada em um passado distante, seu legado sombrio serve como um lembrete das atrocidades que a humanidade pode infligir a seus semelhantes quando a justiça é buscada com crueldade e falta de empatia.<h2>Tortura é crime!</h2>A tortura é definida como um ato intencional que causa dor ou sofrimento físico, ou psicológico, a uma pessoa, com o objetivo de obter informações, punir, intimidar ou humilhar a vítima. Essa prática é considerada um crime contra a humanidade pelo Tribunal Penal Internacional e pode levar a responsabilização penal tanto de indivíduos quanto de governos.A Constituição Brasileira afirma que ninguém será submetido à tortura. O crime é inafiançável, imprescritível e não pode receber anistia. Isso significa que o torturador pode ser condenado a qualquer tempo e não tem direito aos benefícios legais para atenuar a sua pena.</body>

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