Conhecido por suas revelações sobre OVNIs, ex-militar lança um novo livro que promete trazer informações ainda mais chocantes sobre suposta tecnologia extraterrestre em posse do governo dos EUA.

<p style="text-align:justify;">Luis Elizondo, o ex-oficial de inteligência que se tornou um nome conhecido em 2017, está agora novamente no centro das atenções com a publicação de seu novo livro, "<i>Iminente: Por dentro da caça do Pentágono por OVNIs</i>". O livro, lançado em 20 de agosto, promete revelar mais sobre a controversa <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/maior-cacador-de-ovnis-explica-como-examina-pistas-para-chegar-a-verdade" rel="noopener noreferrer" target="_blank">investigação de OVNIs</a> pelo governo dos EUA. .</p><p style="text-align:justify;"><strong>O ex-militar,</strong> que dirigiu o Programa de Identificação Avançada de Ameaças Aeroespaciais (AATIP, na sigla em inglês), <strong>revelou publicamente a existência desse programa secreto após sua renúncia ao cargo</strong>, citando falta de recursos e resistência interna como obstáculos ao avanço da pesquisa.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;">Suas declarações, acompanhadas de vídeos liberados pelo governo e testemunhos de pilotos da Marinha, provocaram uma onda de interesse e investigações no Congresso, culminando em uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/126845-6-novas-informacoes-sobre-ovnis-reveladas-na-audiencia-americana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">audiência em 2023</a> onde <strong>um</strong> <strong>ex-oficial confirmou que o governo dos EUA havia recuperado materiais de origem não humana</strong>.</p><h2 style="text-align:justify;">Novas informações</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/25/25200255503019.jpg" alt="Tripulação da Marinha norteamericana encontra objeto até hoje sem identificação. (Fonte: Aaro/ Divulgação)"><figcaption>Tripulação da Marinha norte-americana encontra objeto até hoje sem identificação. (Fonte: Aaro/ Divulgação)</figcaption></figure></figure><p style="text-align:justify;">Em seu novo livro, Elizondo vai além das revelações anteriores. Ele detalha como um programa ultrassecreto, que remonta a décadas, tem lidado com a recuperação de tecnologia e restos biológicos de OVNIs.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;">Segundo o ex-oficial, este tal programa funcionaria como um grupo composto por funcionários do governo e empreiteiros de defesa, todos com o objetivo de estudar e, possivelmente, <strong>reverter a engenharia de tecnologia extraterrestre e assim incorporar esse conhecimento para outros usos, principalmente o bélico</strong>.</p><p style="text-align:justify;">Além disso, em "Iminente", ele não apenas fala sobre o trabalho realizado sob sua liderança, mas também sobre <strong>encontros pessoais com fenômenos aéreos inexplicáveis</strong>, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/vida-alienigena-provavelmente-nao-seria-verde-nem-cinza-mas-de-outra-cor" rel="noopener noreferrer" target="_blank">orbes verdes</a> brilhantes que, segundo ele, visitaram sua casa diversas vezes.</p><p style="text-align:justify;"><strong>Elizondo descreve esses orbes como objetos do tamanho de uma bola de basquete, capazes de atravessar paredes e que pareciam operar sob controle inteligente</strong>. Seus relatos são corroborados por testemunhas, incluindo sua família e vizinhos, que também presenciaram esses fenômenos.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;">O ex-oficial não hesita em expressar sua preocupação com o potencial de ameaça que a tecnologia associada a esses OVNIs representa para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/nos-humanos-surgimos-na-africa-mas-por-que-especificamente-la" rel="noopener noreferrer" target="_blank">humanidad</a>e, sugerindo que ela poderia, na pior das hipóteses, ser <strong>uma ameaça existencial</strong>.</p><h2 style="text-align:justify;">Contra o governo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/25/25200820119020.jpg" alt="Será que já fomos visitados por seres extraterrestres? (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Será que já fomos visitados por seres extraterrestres? (Fonte: GettyImages/ Reprodução)</figcaption></figure></figure><p style="text-align:justify;">O livro também aborda o impacto de suas revelações no governo e na opinião pública. Elizondo critica a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121740-segundo-o-pentagono-ovnis-foram-responsaveis-por-queimaduras-e-gravidezes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">abordagem do Pentágono sobre o assunto</a>, alegando que as investigações oficiais, como as conduzidas pela UAP Task Force e pelo All-Domain Anomaly Resolution Office (AARO), não têm revelado informações substanciais ou verificáveis sobre a existência de tecnologia extraterrestre.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;"><strong>Ele desafia o governo a ser mais transparente e a levar a sério as preocupações levantadas por ele e outros denunciantes</strong>. Essa cobrança faz com que muitas pessoas fiquem do seu lado, principalmente por acharem que, quando o assunto é vida extraterrestre, o governo norte-americano tenta abafar o caso de todas as formas.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;">O certo é que "Iminente" é um marco na saga de Elizondo, oferecendo uma visão detalhada e pessoal sobre o que ele acredita ser uma das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128669-4-descobertas-arqueologicas-que-mudaram-como-enxergamos-a-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">maiores descobertas da história</a>. O livro não só reforça suas alegações sobre a recuperação de tecnologia não humana, mas também <strong>coloca uma nova perspectiva sobre o segredo e a burocracia que envolvem a investigação de OVNIs</strong>.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;">Com a publicação, Elizondo promete trazer à tona mais detalhes que, até agora, permaneceram ocultos, e continuar a provocar debates sobre o que realmente sabemos sobre o fenômeno dos OVNIs e o que ainda pode estar escondido nas sombras do governo.</p>

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Ex-oficial do pentágono revela segredos de OVNIs em novo livro

A nossa ideia sobre os fenômenos paranormais passa por vários livros que se tornaram best-sellers.

<p>A humanidade sempre teve fascínio pelas histórias ligadas ao sobrenatural, como as que envolvem fantasmas, espíritos, bruxas e extraterrestres. Em 2022, um estudo comandado pelo economista americano Boris Gershman, da American University, e que foi realizado em 95 países, mostrou que 40% das pessoas acredita em algum fenômeno paranormal.</p><p>E de onde surge todo esse interesse, que atravessa diferentes culturas? Certamente, essa crença tem múltiplas causas. Mas uma delas diz respeito a alguns livros que ajudaram a popularizar e a moldar a visão que temos até hoje sobre as atividades paranormais.</p><h2>1.<i>&nbsp;A Viagem Interrompida</i>, de John G. Fuller (1966)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/23/23194605894426.jpg" alt="(Fonte: Wallapop / Reprodução)"><figcaption>&nbsp;John G. Fuller ajudou a disseminar as primeiras visões sobre os extraterrestres. (Fonte: Wallapop / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Em<i>&nbsp;A Viagem Interrompida,&nbsp;</i>o americano John G. Fuller trouxe ao mundo um dos mais influentes livros sobre abdução alienígena. Na obra, ele narra a experiência de Barney e Betty Hill, que dizem ter sido abduzidos por um OVNI em 1961.</p><p>O relato foi captado e escrito por Fuller com o uso da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/126758-como-e-o-funcionamento-do-cerebro-durante-o-estado-de-hipnose.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hipnose</a>, e tornou-se um marco nas narrativas desse tipo, que logo se ficaram muito populares na televisão e no cinema. O livro inclui, aliás, descrições detalhadas de extraterrestres e da tecnologia que eles supostamente usavam.</p><h2>2. <i>Ghost Hunters: True Stories from the World's Most Famous Demonologists</i>, de Ed e Lorraine Warren (1989)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/23/23194647047427.jpg" alt="(Fonte: Amazon / Reprodução)"><figcaption>Ed e Lorraine Warren se tornariam muito conhecidos por conta dos filmes <i>Invocação do Mal.&nbsp;</i>(Fonte: Amazon / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Ed e Lorraine Warren se tornaram mundialmente conhecidos por conta de franquia de filmes <i>Invocação do Mal.</i> Em <i>Ghost Hunters: True Stories from the World's Most Famous Demonologists,</i> que foi lançado em 1989, eles narram a sua vida como investigadores paranormais e os casos que enfrentavam.</p><p>Por serem <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122567-5-santos-que-voce-talvez-nao-conheca-e-de-quem-sao-padroeiros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">católicos devotos</a>, eles acreditavam ter sido escolhidos para confrontar as forças do mal. Por isso, realizavam trabalhos em casas mal-assombradas, confrontando espíritos em possessões, que encarnavam até em objetos como bonecas.</p><h2>3. <i>O Triângulo Das Bermudas – A História Incrível De Estranhos E Inexplicáveis Desaparecimentos</i>, de Charles Berlitz (1974)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/23/23194826693428.jpg" alt="x"><figcaption>Charles Berlitz foi responsável pela difusão do mistério em torno do Triângulo das Bermudas. (Fonte: Amazon / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Em 1974, o escritor e arqueólogo americano Charles Berlitz lançou o livro <i>O</i> <i>Triângulo das Bermudas,&nbsp;</i>que ajudou a popularizar a crença de que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/108493-seria-o-fim-dos-misterios-sobre-o-triangulo-das-bermudas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Triângulo das Bermudas</a>, que é uma área do Oceano Atlântico, estaria propenso a causar o desaparecimento misterioso de navios e aviões.&nbsp;</p><p>A obra se tornou <i>best-seller,</i> e foi publicada em 30 idiomas, vendendo quase 20 milhões de cópias. No livro, o autor registra relatos sobre navios e aeronaves que teriam desaparecido sem deixar vestígios enquanto passavam pela área, o que ele atribui a causas sobrenaturais.</p><p>Dotado de uma escrita sensacionalista, o livro cativou leitores, mas foi acusado muitas vezes de trazer explicações pseudocientíficas. De todo modo, até hoje o Triângulo das Bermudas segue cercado de mistérios – e boa parte da responsabilidade nisso é o livro de Berlitz.</p><h2>4. <i>Eros and Evil: The Sexual Psychopathology of Witchcraft,</i> R.E.L. Masters (1974)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/23/23194524899425.jpg" alt="x"><figcaption>Robert E. L. Masters associou a bruxaria à sexualidade. (Fonte: Amazon / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Robert E. L. Masters apresenta, em<i>&nbsp;Eros and Evil: The Sexual Psychopathology of Witchcraft</i>, uma argumentação no mínimo problemática: ele sugere uma relação entre a sexualidade e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121957-6-formas-que-eram-usadas-para-identificar-uma-bruxa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bruxaria</a>, teorizando que a histeria em torno dos julgamentos das bruxas se devia a uma manifestação da repressão sexual e da psicopatologia.</p><p>O autor examina na obra o papel dos demônios sexuais, da possessão e da magia erótica nesses julgamentos, focando sobretudo nas mulheres. Elas seriam possuídas por demônios sexuais femininos que buscam o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121096-6-fatos-sobre-esperma-e-espermatozoides-que-voce-nao-conhecia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sêmen</a> de seus amantes masculinos.</p><p>Por mais maluco que tudo isso pareça, <i>Eros and Evil&nbsp;</i>foi um livro muito influente que inclusive foi bastante debatido na academia, popularizando certas percepções acerca das dimensões psicológicas da bruxaria.</p><h2>Compre os livros que popularizaram os fenômenos paranormais</h2><p>Ficou curioso? Então aproveite e adquira os livros que trouxeram os fenômenos paranormais para o centro das atenções clicando nos links abaixo:&nbsp;</p><ul><li>Livro <a href="https://amzn.to/3Msxo03">A Viagem Interrompida, de John G. 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4 livros que popularizaram os fenômenos paranormais

Conheça o fascinante monumento milenar na Inglaterra que continua atraindo arqueólogos e fãs do rei lendário.

<p>A lenda do Rei Artur, um dos mitos mais conhecidos da tradição britânica, está ligada a um monumento chamado Pedra de Artur. Localizada em uma colina em Herefordshire, essa estrutura antiga não só faz parte da história da <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/42767-proxima-parada-inglaterra-que-tal-viajar-pela-terra-da-rainha-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Inglaterra</a>, mas também está envolta em histórias épicas. Enquanto o rei lutava batalhas, a Pedra de Artur se destaca como um símbolo que mistura o real e o imaginário.</p><h2>História e estrutura da Pedra de Artur</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/20/20102220332069.jpg" alt="A Pedra de Arthur oferece uma vista panorâmica das colinas de Herefordshire. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>A Pedra de Artur oferece uma vista panorâmica das colinas de Herefordshire. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A Pedra de Artur é uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127826-tumba-de-5-mil-anos-encontrada-na-escocia-tem-esqueletos-abracados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tumba neolítica</a> de quase 6 mil anos, datada de aproximadamente 3700 a.C. e composta por nove grandes pedras verticais que sustentam uma laje angular de cerca de 25 toneladas. Originalmente construída como um dólmen, com a entrada voltada para o norte, a estrutura foi posteriormente ampliada e transformada em um longo monte funerário orientado na direção oposta.</p><p>Seu interior é semelhante a outras da época, contendo restos humanos e artefatos, que indicam seu uso como local de sepultamento. Os artefatos encontrados sugerem que, além de sua função funerária, a estrutura pode ter servido como um espaço para rituais comunitários relacionados à posse de terras ou cerimônias sazonais.</p><p>Sua localização no topo de uma colina indica uma escolha deliberada, possivelmente para simbolizar uma conexão entre o mundo dos vivos e o espiritual. O monumento, com sua posição elevada, proporciona uma vista ampla da paisagem ao redor, como um ponto de conexão entre o presente e o passado, o terreno e o sagrado.</p><h2>As lendas do Rei Artur</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/20/20102722057070.jpg" alt="O Rei Arthur é uma figura lendária da Grã-Bretanha, conhecido por sua liderança dos Cavaleiros da Távola Redonda e a busca pelo Santo Graal. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O Rei Artur é uma figura lendária da Grã-Bretanha. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A Pedra de Artur é cercada por lendas que associam o monumento à figura mítica do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122817-afinal-o-rei-arthur-existiu-de-verdade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rei Artur</a>. Uma das lendas mais populares narra que Artur enfrentou um gigante em uma batalha épica no local.</p><p>Acredita-se que as marcas visíveis em uma das pedras, que lembram a impressão de cotovelos, sejam evidências da luta do gigante antes de sua queda. Outra versão sugere que as marcas na pedra são um sinal da presença de Artur, não do gigante, e foram feitas quando ele se ajoelhou para orar, em um gesto de reverência ou de pedido de orientação divina.</p><p>Apesar de não terem comprovação histórica, essas narrativas conferem um caráter místico ao local e elevam seu status de mero monumento arqueológico a um lugar de grande significado cultural e simbólico.</p><p>Assim, a Pedra de Artur é um monumento que mistura história e lenda, servindo como um elo entre o mundo real e o mítico. Sua importância arqueológica oferece informações sobre as práticas funerárias e cerimoniais dos povos neolíticos, enquanto as lendas que o cercam, particularmente as ligadas ao Rei Artur, continuam a fascinar e inspirar imaginações ao redor do mundo.</p>

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Pedra de Artur: o elo com a lendária figura do Rei Artur

Algumas das principais obras de Shakespeare foram baseadas em personagens que realmente existiram.

<p>O lendário <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122973-5-expressoes-populares-criadas-por-william-shakespeare.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">William Shakespeare</a> é provavelmente o maior dramaturgo de todos os tempos. Mesmo após séculos de suas criações, suas peças seguem sendo reverenciadas, discutidas e encenadas por muita gente que aprecia a arte do teatro.</p><p>Nem todo mundo sabe, mas algumas de suas principais obras foram baseadas em materiais já existentes, seja por meio de histórias antigas ou relatos históricos. Assim, Shakespeare partiu de personagens reais (como membros da realeza) para criar adaptações impactantes e inspiradas que o tornaram um grande ícone de sua área.&nbsp;</p><h2>1. <i>Macbeth</i></h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/07/07192637378407.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Em <i>Macbeth</i>, Shakespeare imagina contornos exagerados para o antigo rei da Escócia. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Escrita entre 1606 e 1607, a clássica <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121099-a-teoria-da-conspiracao-de-que-shakespeare-nunca-escreveu-nada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><i>Macbeth</i></a> é uma peça tensa repleta de drama, traição, suspense e a presença do sobrenatural. Ela retrata figuras históricas que existiram, mas evidencia bem o quanto o dramaturgo tomou liberdades para constituir a sua própria versão.</p><p>Ela se inspira em Mac Bethad mac Findláich, ou Maelbeatha (anglicizado como Macbeth), o "Rei Vermelho", que assumiu o trono da Escócia entre 1040 e 1057. Foi o último dos reis gaélicos da Escócia, e foi conhecido por seu reinado pacífico e generoso com a Igreja.</p><p>Contudo, há diferenças entre o que ocorreu com ele de verdade e na peça. Na vida real, Macbeth matou o Rei Duncan no campo de batalha, enquanto na peça ele comete um assassinato, com o auxílio de Lady Macbeth.</p><p>Já na peça, Macbeth é levado a matar o monarca por conta da profecia de três bruxas que dizem que ele estava destinado a ser rei. Por conta disso, a loucura e a ambição se instalam nele e na esposa. Já o Macbeth real não teria experimentado nada disso.</p><h2>2. <i>Ricardo III</i></h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/07/07192716275409.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Shakespeare teria difundido uma imagem distorcida de Ricardo III em sua peça. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Em<i>&nbsp;Ricardo III,</i> William Shakespeare escreve justamente sobre o monarca britânico de mesmo nome que viveu no século XV. Mas a sua abordagem do aristocrata traz algumas diferenças em relação ao que a história registrou sobre ele.</p><p>O Ricardo III da vida real recebeu a reputação de ser um líder implacável e ambicioso, e que provavelmente mandou matar os próprios sobrinhos para assumir o trono. Mas há também a versão que diz que tudo isso foi espalhado na época por seus inimigos políticos, sobretudo os que estavam ligados a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121535-um-passeio-para-conhecer-e-entender-as-eras-reais-britanicas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Henrique VII</a>, o rei que o matou e então o sucedeu.</p><p>Henrique VII era um Tudor. E Shakespeare tendia a escrever sobre a dinastia Tudor de uma forma mais simpática, o que provavelmente acontecia porque uma das pessoas desse clã, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121095-6-curiosidades-sobre-elizabeth-i-a-ultima-monarca-tudor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rainha Elizabeth I,</a> era uma grande apoiadora de sua obra. Por isso, há muitos questionamentos sobre a falta de isenção que o dramaturgo apresentou ao tratar do antigo rei.</p><h2>3. <i>Rei Lear</i></h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/07/07192740883411.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption><i>Rei Lear&nbsp;</i>narra o drama de um monarca que divide seu reino entre suas filhas. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A tragédia <i>Rei Lear</i> foi escrita entre 1605 e 1606. A peça, bastante dramática, fala de uma saga familiar e gira em torno da rivalidade das filhas de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121622-8-curiosidades-impressionantes-sobre-a-borboleta-monarca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">monarca</a> envelhecido, que competem entre si enquanto ele divide o seu reino. O tamanho de cada pedaço deixado a elas coincide com o quanto de amor o rei teria por cada uma das filhas. Cordelia é a única filha que realmente ama o rei, e se recusa a jogar o jogo das irmãs.</p><p>Ou seja, o tema presente aqui é a intriga. Mas a história se baseia no caso real de um antigo rei britânico conhecido como Leir. Sua biografia aparece em vários registros, como na segunda edição de <i>The Chronicles of England, Scotlande, and Irelande</i>, que foi uma importante fonte de pesquisa para Shakespeare.</p><p>Há uma discussão sobre o quanto da história teria realmente acontecido, já que vários estudiosos concordam que a peça de Shakespeare acrescenta à história verdadeira o aspecto da loucura do rei.</p><h2>4. <i>Otelo</i></h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/07/07192754112412.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption><i>Otelo</i> conta a história de um general que enlouquece por ciúmes. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Por fim, temos o clássico <i>Otelo</i>, a peça escrita em 1603 e que trata de temas como amor, ciúme, vingança e casamento interracial. Na trama, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/maior-cacador-de-ovnis-explica-como-examina-pistas-para-chegar-a-verdade" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Otelo</a> é um general mouro que trabalha para o reino de Veneza. Ele é casado com Desdêmona, uma moça de pele clara e filha de um rico senador. Eles se uniram em segredo e o sogro só o aceita porque o casamento já está consumado.</p><p>Quando Otelo pretere Iago sobre Cássio em uma promoção para tenente, o preterido coloca em prática um plano maligno, tentando convencer o general de que sua esposa está tendo um caso com Cássio. Otelo em seguida enlouquece e por fim se mata.</p><p>Por muito tempo, imaginou-se que a história teria sido retirada por Shakespeare de um romance do autor italiano Giraldi Cinthio. Mas no final do século XIX, descobriu-se que o dramaturgo teria se inspirado em uma história real. A principal é diferença é que, no caso do verdadeiro Otelo, ele não mata Desdêmona, mas a espanca.</p>

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4 peças de Shakespeare inspiradas em histórias reais

Há diferentes versões em torno da lendária espada do Rei Artur.

<p>Excalibur é o nome dado à lendária espada do Rei Artur, que apareceu inicialmente no texto do século XII <i>História dos Reis da Bretanha</i>, escrito pelo galês Godofredo de Monmouth. A espada está entre os grandes símbolos da lenda do rei e gera até hoje uma grande fascinação.</p><p>Em galês, a arma foi chamada de Caledfwlch; já no dialeto da Cornualha, ela recebe o nome de chamada Calesvol; em Bretão, Kaledvoulc'h; e em latim, Caliburnus. Essa é a sua fantástica história.</p><h2>O surgimento da palavra Excalibur</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/27/27193212463008.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>A famosa espada recebeu nomes diferentes nas várias versões das histórias do Rei Artur. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>De modo geral, as espadas têm bastante importância na mitologia, e Excalibur não é a primeira a chamar a atenção. <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/vim-vi-venci-a-verdade-por-tras-da-famosa-frase-de-julio-cesar" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Júlio César</a> e Átila, o Huno, por exemplo, teriam também possuído espadas mágicas.</p><p>Mas a origem do mito de <a href="https://www.megacurioso.com.br/esportes/36718-excalibur-a-parede-de-escalada-mais-alta-de-todos-os-tempos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Excalibur</a> possivelmente está em um conto irlandês que descreve o Rei Artur, que foi um lendário líder britânico das histórias medievais e romances de cavalaria, como portador de uma espada chamada Caledvwich.</p><p>No século XII, Godofredo de Monmouth se inspirou no galês Caledvwich (que vem da palavra latina <i>chalybs</i>, que quer dizer aço) para chamar a espada do Rei Arthur de “Caliburnus”. Mais tarde, os poetas franceses traduziram Caliburnus para Chaliburn, e então Escalibor. Quando o francês foi traduzido para o inglês, ela recebe finalmente o seu nome mais conhecido: Excalibur.</p><h2>As lendas em torno de Excalibur</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/27/27192348025006.jpg" alt="A Dama do Lago oferece a espada a Artur. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>A Dama do Lago oferece a espada a Artur. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Há várias histórias do Rei Artur em que Excalibur aparece. Mas provavelmente a mais famosa delas é o conto <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/109601-excalibur-italiana-conheca-a-intrigante-lenda-da-espada-de-sao-galgano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">"A Espada na Pedra"</a>. Ela foi narrada pela primeira vez pelo poeta francês do século XII Robert de Boron, que a registrou em seu poema épico "Merlim", do qual sobreviveu apenas algumas partes.&nbsp;</p><p>Nele, o poeta fala de uma espada que está cravada em uma pedra, mas que só pode ser puxada pelo verdadeiro rei da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127453-5-incriveis-tesouros-anglo-saxoes-encontrados-por-arqueologos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Grã-Bretanha</a>. Quando o jovem Artur vai até lá e a retira com facilidade, ele conquista o seu lugar no trono.</p><p>Só há um detalhe: na história original, a espada não era Excalibur. A maior parte dos estudiosos do tema diz que a espada desse conto e Excalibur são objetos diferentes, embora elas tenham acabado sendo colectadas.&nbsp;</p><p>De acordo com a lenda arturiana, a verdadeira Excalibur foi quebrada durante uma batalha entre Artur e o Rei Pellinore. Em seguida, o mago Merlim leva Artur para ver a Dama do Lago, a maior entre todas as feiticeiras. Ela concede para ele a espada Excalibur e uma bainha mágica.</p><p>Na descrição de Monmouth, Excalibur é "a melhor das espadas, que foi forjada na ilha de Avallon". Já em um texto de Thomas Malory, escrito no século XV, Merlim descarta o poder da espada ao dizer a Arthur que, na verdade, é a bainha que "vale dez da espada".&nbsp;</p><p>Mas, no fim, é a própria Excalibur e sua bainha que levam à queda do Rei Artur. A irmã do monarca rouba a espada e a bainha e as dá ao seu amante. Quando Artur mata o homem, sua irmã joga a bainha no lago, o que permite que Mordred, filho ilegítimo do rei, derrote seu pai.</p><p>No momento de sua morte, Artur ordena que um cavaleiro jogue a espada no lago onde ele a recebeu da Dama do Lago. O cavaleiro se recusa duas vezes, mas acaba fazendo isso. Segundo a lenda, uma mão emerge da água para pegá-la e a puxa para as profundezas.</p>

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A história de Excalibur, a espada mágica do Rei Artur

Os contos de fada quase sempre começam com "era uma vez" – e não por acaso.

<p>Provavelmente você não notou quando era criança, mas boa parte das histórias infantis começam sempre da mesma forma: com a frase "era uma vez". Pode até parecer falta de criatividade, mas a verdade é que a frase funciona como se fosse uma chave para que os ouvintes ou leitores de uma história mergulhem na magia da ficção.</p><p>De fato, essa expressão foi usada pela primeira vez no século XVII, mas também encontrou algumas variações nas diferentes culturas.</p><h2>O começo do "era uma vez"</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/15/15191502299442.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>A primeira vez que a frase foi usada data do século XIV. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>No inglês, a versão original do "era uma vez" – <i>Once upon a time</i> – apareceu no século XIV em poemas épicos medievais ingleses que celebravam a vida de heróis. A frase também apareceria em <i>The Canterbury Tales</i>, do escritor e filósofo inglês Geoffrey Chaucer, que data de 1387.</p><p>Já na literatura francesa, a frase, registrada como<i>&nbsp;il était une fois,</i> foi usada em 1694 pelo escritor e poeta Charles Perrault no conto <i>Les souhaits ridicules</i> (“Os desejos ridículos”), que posteriormente foi incluído na edição de 1871 de sua obra mais famosa,<i>&nbsp;Histoires ou contes du temps passé, avec des moralités</i> (“Histórias ou contos do tempo passado com moralidades”).</p><p>Acredita-se que Perrault inaugurou com suas histórias o gênero literário <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125358-por-que-o-autor-de-a-pequena-sereia-mantinha-um-diario-de-masturbacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">"conto de fadas"</a>, que abrange os contos fantásticos que contêm fadas (palavra do latim “fatum”, que significa destino, fatalidade, fado). Dentro deste estilo, aparecem também seres imaginários e pessoas (sobretudo mulheres) com poderes sobrenaturais e mágicos.</p><h2>Os contos de fada ganham o mundo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/15/15191414161438.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Em poucos séculos, o "era uma vez" se espalhou em vários países. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A fórmula ainda encontrou algumas variações nas obras de escritores da mesma época, como Madame d'Aulnoy e Jeanne-Marie Leprince de Beaumont, na França e Dorothea Viehmann na Alemanha – sendo esta última a contadora de histórias que se tornou fonte de referência para os famosos contos dos irmãos Grimm.</p><p>Mas a expressão se popularizou mesmo quando começou a ser usada tanto pelos irmãos Grimm quanto pelo dinamarquês <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119412-3-contos-de-fadas-nao-tao-conhecidos-pelo-publico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hans Christian Andersen</a>, cujas traduções se espalharam para vários países. O curioso é que a chave "era uma vez" vai bem além do francês e do inglês.</p><p>Na Finlândia, por exemplo, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120660-os-contos-de-fadas-mais-famosos-de-todos-os-tempos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">contos de fadas</a> começam com <i>olipa kerran</i> (que quer dizer literalmente "era uma vez"), enquanto em africâner a expressão é <i>eendag lang, lang gelede</i> ("um dia, muito tempo atrás"). Por outro lado, os contos de fadas poloneses começam geralmente com "além das sete montanhas, além das sete florestas" (<i>za siódma góra za siódmym lasem</i>), enquanto os contos populares coreanos começam com a curiosa expressão "quando os tigres costumavam fumar" (호랑이 담배 피우던 시절 ou, no nosso alfabeto, <i>holangi dambae piudeon sijeol</i>), o que significa que algo aconteceu há muito tempo.</p><h2>A importância do "era uma vez"</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/15/15191534066445.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Estudiosos colocam o "era uma vez" como uma chave linguística para um tipo de história. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A questão é que, nos estudos literários, "era uma vez" funciona como um tropo, ou uma espécie de chave que leva os ouvintes ou leitores a decodificar o gênero – no caso, que vão consumir a seguir uma história de fantasia. Portanto, a expressão tem uma utilidade, e não é por acaso que os contos começam quase sempre da mesma forma.</p><p>A escritora Maria Konnikova afirma, em entrevista ao portal <i>Mental Floss</i>, que a frase fornece "um convite para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/112569-fantasias-de-halloween-que-voce-vai-querer-usar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fantasia</a> e a imaginação pegarem as coisas da vida real e fazerem com elas o que quiserem — e talvez, traduzir as verdades recém-descobertas de volta da história para a realidade".&nbsp;</p><p>Já o autor Anthony Madrid concorda com a ideia do tropo: é a frase que comunica às crianças sobre o que a história será. Para ele, funciona da mesma forma que os primeiros segundos de um desenho animado. "O fato de a coisa ser um desenho animado significa que quase toda a monotonia dos casos adultos e a ambiguidade adulta serão excluídas. Em vez disso, a apresentação será voltada para o prazer", explica. Ou seja, "era uma vez" traz segurança para podermos entrar com tranquilidade no mundo da imaginação.</p>

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Por que tantas histórias começam com "era uma vez"?

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O livro conta a história de Raimundo, um homem analfabeto que teve um amor secreto e guardou por cinquenta anos uma carta que nunca conseguiu ler.</p><h3>8. <i>A máquina do caos: como as redes sociais reprogramaram nossa mente e nosso mundo</i> - Max Fischer (<a href="https://amzn.to/4bQgW3K" rel="noopener noreferrer" target="_blank">compre aqui</a>)</h3><p>Obra impactante do repórter investigativo Max Fisher que disseca o funcionamento das grandes empresas de tecnologia, construindo um panorama assustador sobre as consequências das redes sociais na vida de todos.</p><h3>9. <i>Noites brancas</i> - Fiódor Dostoievski (<a href="https://amzn.to/4cM3ijH" rel="noopener noreferrer" target="_blank">compre aqui</a>)</h3><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/19/19112908068097.jpg" alt="(Fonte: Amazon / Reprodução)"><figcaption>(Fonte: Amazon / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p><i>Noites brancas</i> é considerado por muitos o livro mais romântico da obra de Dostoiévski. Seu tema é o encontro entre uma jovem desiludida e um sonhador durante um período muito especial do ano em São Petersburgo. A edição da Antofágica traz um ensaio da autora Natalia Timerman e apresentação da compositora e cantora Letrux.</p><h3>10. <i>Lutos finitos e infinitos&nbsp;</i>- Christian Dunker (<a href="https://amzn.to/3Y6mgwZ" rel="noopener noreferrer" target="_blank">compre aqui</a>)</h3><p>O psicanalista e professor da USP Christian Dunker recupera estudos e suas histórias pessoais para tratar da complexidade do tema do luto, que é encarado aqui como um desafio literário, filosófico e ético.</p><h3>11. <i>Contos completos</i> - Caio Fernando Abreu (<a href="https://amzn.to/46jvAQc" rel="noopener noreferrer" target="_blank">compre aqui</a>)</h3><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/19/19110400342077.jpg" alt="(Fonte: Amazon / Reprodução)"><figcaption>(Fonte: Amazon / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Esta nova obra da Companhia das Letras reúne pela primeira vez todos os contos do escritor gaúcho Caio Fernando Abreu, publicados entre as décadas de 1970 e 1990, e fazem um retrato duro, mas poético, de toda uma geração.</p><h3>12. <i>Do que eu falo quando falo de corrida</i> - Harumi Murakami (<a href="https://amzn.to/46ae9Bu" rel="noopener noreferrer" target="_blank">compre aqui</a>)</h3><p>Obra do escritor japonês Harumi Murakami que apresenta um ensaio sobre um tema inusitado: a sua relação pessoal com a corrida. Murakami passou a fazer corrida em 1982 como um hobby e se tornou um maratonista e triatleta. Em um livro bem-humorado, ele reflete sobre a sua relação com esse esporte.</p><h3>13. <i>A rosa mais vermelha desabrocha: o amor nos tempos do capitalismo tardio ou por que as pessoas se apaixonam tão raramente hoje</i> - Liv Strömquist (<a href="https://amzn.to/3y4ADqO" rel="noopener noreferrer" target="_blank">compre aqui</a>)</h3><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/19/19112945979099.jpg" alt="(Fonte: Amazon / Reprodução)"><figcaption>(Fonte: Amazon / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A artista sueca Liv Strömquist é autora de <i>A origem do mundo</i>. Neste livro em quadrinhos, ela retorna em uma obra bem humorada que fala de amor a partir de histórias como a de Sócrates e de Teseu, além de referências inusitadas, como Beyoncé, o filósofo Sören Kierkegaard e os Smurfs.</p><h3>14. <i>O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil</i> - Darcy Ribeiro (<a href="https://amzn.to/3W9TyJ0" rel="noopener noreferrer" target="_blank">compre aqui</a>)</h3><p>Obra fundamental para entender o Brasil. Aqui, o antropólogo Darcy Ribeiro busca desvendar quem somos, a partir da história da formação de nosso povo e da desigualdade social.</p><h3>15. Box <i>O segundo sexo: edição comemorativa -</i> Simone de Beauvoir (<a href="https://amzn.to/3SfUf22" rel="noopener noreferrer" target="_blank">compre aqui</a>)</h3><p>Em homenagem aos setenta anos da obra da filósofa Simone de Beauvoir, a editora Nova Fronteira publica um box especial com seus escritos. Essa versão traz ainda textos inéditos da antropóloga Mirian Goldenberg, da historiadora Mary Del Priore e da filósofa Djamila Ribeiro.</p><h3>16. <i>História do novo sobrenome&nbsp;</i>- Elena Ferrante (<a href="https://amzn.to/3WuJY4P" rel="noopener noreferrer" target="_blank">compre aqui</a>)</h3><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/19/19113023139101.jpg" alt="(Fonte: Amazon / Reprodução)"><figcaption>(Fonte: Amazon / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p><i>História do novo sobrenome</i> é o segundo volume da série de quatro livros de Elena Ferrante conhecida como "Romances Napolitanos", que começa com<i>&nbsp;A amiga genial</i>, e é sucedido por <i>História de quem foge e de quem fica</i> e <i>História da menina perdida.</i></p><h3>17. <i>Sátántangó</i> - László Krasznahorkai (<a href="https://amzn.to/469ekgp" rel="noopener noreferrer" target="_blank">compre aqui</a>)</h3><p>Romance surpreendente do escritor húngaro László Krasznahorkai. A ação se concentra na chegada de um homem misterioso, que pode ser um profeta, um vigarista, ou o próprio demônio, a uma aldeia húngara onde a chuva não para de cair.</p><h3>18. <i>Assassinato no Expresso do Oriente</i> - Agatha Christie (<a href="https://amzn.to/3WsUppf" rel="noopener noreferrer" target="_blank">compre aqui</a>)</h3><p>Um clássico da literatura e provavelmente o livro mais famoso da chamada "Rainha do Crime". Aqui, o detetive Hercule Poirot precisa descobrir quem está por trás do assassinato no Expresso do Oriente enquanto faz uma viagem de trem.</p><h3>19. <i>Demian</i> - Herman Hesse (<a href="https://amzn.to/3Y4d1NM" rel="noopener noreferrer" target="_blank">compre aqui</a>)</h3><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/19/19113104074102.jpg" alt="(Fonte: Amazon / Reprodução)"><figcaption>(Fonte: Amazon / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Edição comemorativa dos 50 anos de lançamento de <i>Demian,</i> obra-prima de Herman Hesse (prêmio Nobel de Literatura) que explora a dualidade da natureza humana e a alienação da alma do homem.</p><h3>20. <i>A fé e o fuzil: crime e religião no Brasil do século XXI&nbsp;</i>- Bruno Paes Manso (<a href="https://amzn.to/3Ltyubt" rel="noopener noreferrer" target="_blank">compre aqui</a>)</h3><p>Neste importante livro-reportagem, o jornalista investigativo Bruno Paes Manso mergulha em um tema denso: a relação dos criminosos com a fé, sobretudo a evangélica.</p><h2>Cupons e ofertas exclusivas no app da Amazon</h2><p>Além dos descontos exclusivos para assinantes do Amazon Prime, a Amazon está com ações promocionais exclusivas para compras feitas no aplicativo, em livros você pode aproveitar estas duas:</p><ul><li><a href="https://amzn.to/4fcXK3a" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Compre 3 livros e ganhe 20% off no mais barato</a>;</li><li><a href="https://amzn.to/3W9U35Q" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Livros com desconto de 40% com o código LIVROS40OFF em seleção específica</a>.</li></ul><p>Veja outras <a href="https://amzn.to/3zX1HJ4" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ofertas no site da Amazon</a> e aproveite até o dia 21 de julho.</p>

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Durante 3 dias, o prédio da Faculdade de Letras da USP vai respirar o universo de J.R.R. Tolkien.

<p>Quem ama&nbsp;<i>O Senhor dos Anéis</i> e está em São Paulo tem um programa perfeito para curtir este mês. Entre os dias 25 e 27 de julho, a USP promove um grande evento temático: o I Encontro Internacional de Estudos Mitopoéticos, composto pela II Jornada de Estudos Mitopoéticos, um evento acadêmico, e pela II Convenção dos Anéis, de estilo feira medieval.&nbsp;</p><p>O evento, que vai reunir pesquisadores, especialistas e fãs do universo de J.R.R. Tolkien, acontece no prédio de Letras da USP. A proposta é celebrar os 70 anos de <i>O Senhor dos Anéis,</i> publicado pela primeira vez em julho de 1954.</p><h2>Um mergulho em J.R.R. Tolkien</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/16/16190754168333.jpg" alt="(Fonte: Divulgação USP / Reprodução)"><figcaption>A arquearia está presente na II Convenção dos Anéis. (Fonte: Divulgação USP / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Toda a programação é gratuita, e trará palestras sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128370-4-contos-de-fadas-de-arrepiar-os-cabelos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">contos de fadas</a>, mitologia, literatura e estudos acerca do universo criado por <a href="https://www.megacurioso.com.br/literatura/49176-10-coisas-que-voce-provavelmente-nao-sabe-sobre-j-r-r-tolkien.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">J.R.R. Tolkien</a>. Dentre os convidados confirmados, estão os pesquisadores brasileiros Ronald Kyrmse e Reinaldo José Lopes, e os palestrantes internacionais Sørina Higgins (EUA) e Eduardo Segura (Espanha), que participarão de forma remota.&nbsp;</p><p>A partir do dia 26, o público vai poder participar das atividades da II Convenção dos Anéis, que deve promover mesas-temáticas, <i>workshops</i>, arquearia, batalha medieval, oficinas artísticas, além de uma feira com livros, produtos artesanais e colecionáveis que estarão à venda. Haverá até um concurso de <i>cosplay&nbsp;</i>dos personagens de <i>O Senhor dos Anéis.</i></p><h2><i>O Senhor dos Anéis</i> na USP</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/16/16190830141335.jpeg" alt="(Fonte: Divulgação USP / Reprodução)"><figcaption>Evento conta também com um concurso de <i>cosplay</i> dos personagens de<i>&nbsp;O Senhor dos Anéis</i>. (Fonte: Divulgação USP / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O I Encontro Internacional de Estudos Mitopoéticos tem a organização do Grupo de Estudos Mitopoéticos (GEM) e do Conselho Branco Sociedade Tolkien (CBST). A pesquisadora Cristina Casagrande, doutora em estudos literários tolkienianos pela USP, coordena o evento.&nbsp;</p><p>“Esta vai ser uma ocasião de unir muitas das diversas dimensões da engenhosidade tolkieniana. Há espaço para as discussões intelectuais e haverá também muitas oportunidades lúdicas, unindo o melhor dos dois mundos para celebrar o aniversário da obra-prima de Tolkien”, explica Cristina.</p><p>Outras organizações de São Paulo também planejam se unir à festa. Uma delas é a Toca São Paulo, o maior fã-clube tolkieniano do estado, que vai fazer uso dos espaços abertos para promover atrações como <i>quiz</i>, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124773-por-que-o-jogo-dungeons-dragons-causou-panico-nos-anos-1980.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mesas de RPG</a> e exibição de<i>&nbsp;fan films.&nbsp;</i></p><p>“Com a continuidade da série <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/253094-aneis-de-poder-tudo-sabemos-3-aneis-elfos.htm#:~:text=S%C3%A3o%20tr%C3%AAs%20an%C3%A9is%20tricolores%20de,h%C3%A1%20muita%20hist%C3%B3ria%20pela%20frente." rel="noopener noreferrer" target="_blank"><i>Os Anéis de Poder</i></a> e o anúncio recente dos próximos filmes baseados em<i>&nbsp;O Senhor dos Anéis</i>, estamos apostando num crescimento do <i>fandom</i>. Essa é uma excelente oportunidade para que as pessoas se conectem com a saga que tanto amam e façam amizades pelo caminho”, afirma Danielle Campos, que é líder atual da Toca-SP.</p><p>Para finalizar, o público presente também vai poder participar de um bate-papo mediado por Cristina Casagrande, em que informações inéditas sobre a nova temporada da série <i>O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder</i> serão reveladas. A série retorna no Prime Video no dia &nbsp;29 de agosto.</p><p>Todos os eventos (com exceção dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121379-da-mitologia-a-literatura-a-origem-historica-dos-elfos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><i>workshops</i> de élfico</a> e caligrafia tolkieniana, que já estão com inscrições encerradas) estão abertas ao público. Para fazer parte, basta aparecer na FFLCH-USP nos dias 25, 26 e 27 de julho, entre as 9h e 19h, para mergulhar no universo fascinante de J.R.R. Tolkien. Sem dúvida, um passeio imperdível.</p>

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Evento na USP celebra os 70 anos de O Senhor dos Anéis

Em seus livros, autores trabalham com realidades e temas distintos, por vezes se posicionando de maneira muito diferente de suas opiniões na vida real.

<p>Os livros são capazes de nos fazer viajar para lugares em que nunca estivemos, e também conseguem nos fazer enxergar a vida sob diferentes perspectivas. Essas características tornam a literatura tão impressionante, a ponto de ser capaz de nos tornar fãs fervorosos de alguns autores e do universo único que eles criam.</p><p>Mas há um problema aí: nem sempre esse mundo imaginário condiz com os posicionamentos de quem os elabora. Isso resulta em constatações frustrantes, e também exige do leitor um esforço maior em tentar separar a obra de seu criador, o que nem sempre é possível.</p><h2>1. J.R.R. Tolkien apoiou um ditador</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/11/11140552539198.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Tolkien criou um mundo em que marginalizados lutavam contra um opressor, mas apoiou um em vida. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Responsável pela criação de um dos mais fenomenais universos da literatura fantástica, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121464-dia-de-ler-tolkien-por-que-a-obra-do-autor-e-tao-importante.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">J.R.R. Tolkien tem uma extensa bibliografia</a>. Crianças, jovens e adultos já foram impactados por suas obras, tais como <i>O Senhor dos Anéis</i>, que resultou em jogos de tabuleiro, uma franquia de filmes e, mais recentemente, uma série de televisão.</p><p>Porém, se sua obra é construída a partir da luta de grupos marginalizados contra um tirano, sua vida guarda um triste e indefensável apoio ao regime ditatorial espanhol comandado por Francisco Franco. Publicado originalmente em 1981, <i>Cartas de J.R.R. Tolkien</i> expôs uma correspondência enviada a seu filho Christopher, em que fala sobre poetas, músicos e o general Franco.</p><p>Na carta, o escritor expressou sua admiração pelo ditador que, de acordo com Tolkien, lutava contra o comunismo e defendia a Igreja Católica. Durante a Guerra Civil Espanhola, Franco combateu os republicanos, formados por diferentes grupos ideológicos de esquerda, incluindo socialistas e comunistas.</p><h2>2. George Orwell delatou colegas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/11/11145450562227.jpg" alt="Britânico, Orwell escreveu livros contra governos autoritários e censores, mas denunciou colegas por "><figcaption>Britânico, Orwell escreveu livros contra governos autoritários e censores, mas denunciou colegas por "comunismo". (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>As obras de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121476-6-fatos-curiosos-sobre-george-orwell.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">George Orwell são profundas e cheias de camadas</a>, a ponto de terem o tornado um dos mais celebrados escritores do século XX. <i>1984</i> e <i>A Revolução dos Bichos</i> são exemplos perfeitos de críticas à opressão dos governantes, ao autoritarismo e censura. Todavia, o autor também era contrário ao regime comunista da URSS, a ponto de ter delatado colegas escritores.</p><p>Pouco antes de falecer, Orwell escreveu o que ficou conhecido como "lista de Orwell", uma sequência de nomes que considerava suspeitos de serem comunistas ou simpatizantes de Stalin. No documento, 38 pessoas foram denunciadas ao Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido, incluindo amigas do autor.</p><h2>3. John Locke apoiou a escravidão</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/11/11145543380228.jpg" alt="Pai do liberalismo e defensor das liberdades, John Locke ganhou dinheiro e apoiou a escravidão. (Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Pai do liberalismo e defensor das liberdades, John Locke ganhou dinheiro e apoiou a escravidão. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Filósofo e escritor inglês conhecido como "pai do liberalismo", <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121150-conheca-6-dos-principais-filosofos-iluministas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">John Locke</a> entrou para a história como um grande defensor das liberdades individuais e econômicas, assim como da tolerância religiosa. Mas se, como pensador, Locke lançou olhar aguçado a questões sociais de sua época, como educação, e influenciou grupos liberais e antiescravistas, ele próprio foi apoiador da escravidão.</p><p>O britânico possuía ações e investimentos em grupos pró-escravidão como a Real Companhia Africana, e não foram poucas vezes em que argumentou que tornar prisioneiros de guerra em escravos era uma atitude moralmente aceita. Defensores do pensador argumentam que esse viés do inglês era fruto do tempo em que vivia, e que, apesar disso, sempre foi um defensor dos direitos humanos.</p><h2>4. Virginia Woolf era antissemita</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/11/11145630680231.jpg" alt="Na intimidade, Virginia Woolf compartilhava opiniões e comentários antissemitas. (Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Na intimidade, Virginia Woolf compartilhava opiniões e comentários antissemitas. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Provavelmente, poucas autoras tenham sido tão influentes quanto <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/111885-conheca-5-escritores-que-escreviam-de-pe.htm." rel="noopener noreferrer" target="_blank">a britânica Virginia Woolf</a>. Sua escrita explorava, frequentemente, a independência feminina e o feminismo, além de questões relacionadas à saúde mental. Seu estilo lúcido e sonhador de fluxo de consciência influenciou uma série de escritores.</p><p>Contudo, Virginia guardava um certo lado antissemita, destinando preconceitos pontuais contra o próprio marido, o judeu Leonard Woolf, mas também a amigos. Em uma carta para a compositora Ethel Smyth, Virginia Woolf se refere a um conhecido judeu como "um tipo de inseto", um judeu "feio e sujo".</p>

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4 escritores famosos com posicionamentos controversos

Entenda o fenômeno da subvocalização, seus benefícios e desafios.

<p>Você já notou uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123723-sera-que-todo-mundo-tem-uma-voz-na-cabeca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">"voz" em sua cabeça</a> enquanto lê? Esse fenômeno, chamado de subvocalização, é ato de "falar" mentalmente as palavras enquanto lemos. Vamos compreender como e por que isso acontece?</p><h2>Por que subvocalizamos?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/18/18225524325003.jpg" alt="A subvocalização é considerada uma prática ligada ao aprendizado inicial da leitura. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A subvocalização é considerada uma prática ligada ao aprendizado inicial da leitura. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A subvocalização não se limita apenas ao cérebro, mas também envolve movimentos sutis em partes do corpo, como lábios, língua e cordas vocais. Embora inaudíveis, esses pequenos movimentos físicos ocorrem de forma similar aos da fala ativa.</p><p>Acredita-se que a subvocalização derive do processo de aprendizagem em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124952-dia-mundial-do-livro-6-dicas-para-despertar-o-interesse-pela-leitura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">leitura</a>, uma vez que muitos especialistas associam essa prática ao hábito inicial de pronunciar palavras em voz alta ao aprender a ler. Mesmo em pessoas surdas, ela pode ocorrer, manifestando-se por meio de movimentos musculares sutis que acompanham a leitura visual. Esses gestos silenciosos desempenham um papel importante durante a leitura.</p><p>A principal vantagem da habilidade é sua contribuição para a compreensão e a memória. Ela utiliza o "laço fonológico" da memória para reter informações verbais temporariamente, mantendo-as frescas por meio da repetição silenciosa. Isso facilita a organização das ideias e a compreensão da estrutura sintática e semântica dos textos, especialmente os mais complexos.</p><h2>Desafios da subvocalização</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/18/18225658471004.jpg" alt="A subvocalização pode impactar a velocidade de leitura. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Especialistas acreditam que a subvocalização pode impactar a velocidade de leitura. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Apesar de ser um fenômeno natural e compartilhado por tantas pessoas, alguns pesquisadores começaram a questionar se a vocalização mental das palavras poderia limitar a eficiência da leitura. Essa suspeita surgiu da observação de que a prática sincroniza o ritmo da leitura com o da fala, o que poderia resultar em uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/103321-7-passos-para-uma-leitura-mais-rapida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">velocidade de leitura</a> considerada lenta para quem busca aumentar sua eficiência.</p><p>Isso porque os leitores processam, em média, entre 200 e 250 palavras por minuto, uma taxa que se equipara à velocidade média da fala. Além disso, especialistas em leitura rápida alertam que a subvocalização pode induzir à hiperfixação, na qual o leitor se prende excessivamente a palavras individuais, prejudicando a fluidez e a compreensão geral do texto.</p><p>No entanto, embora a subvocalização seja percebida como um desafio para a leitura eficiente, é importante reconhecer que ela é uma habilidade natural, utilizada de forma intuitiva por muitas pessoas. Assim, eliminar completamente a prática pode ser uma tarefa árdua, e seus impactos na velocidade de leitura podem ser limitados.</p><p>Como vimos, a subvocalização é uma expressão intrínseca de como nosso cérebro processa e internaliza o texto. Embora alguns vejam a prática como um obstáculo à velocidade da leitura, ela é, na verdade, uma prática que nos conecta intimamente com as palavras que encontramos. Enquanto exploramos seus desafios, descobrimos como reconhecer sua presença e aprender a trabalhar com ela de forma consciente, enriquecendo nossa relação com a linguagem.</p>

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