Imagem de Jaborandi selvagem tem maior potencial para tratar glaucoma no megacurioso

Planta é a única fonte natural de pilocarpina, mas está ameaçada de extinção devido ao avanço do desmatamento na Amazônia

<head></head><body>Em um estudo feito na Universidade Federal Rural da Amazônia, pesquisadores descobriram que o jaborandi selvagem oferece um potencial maior para o tratamento do glaucoma do que aqueles cultivados pela indústria farmacêutica.A planta, que produz naturalmente o princípio ativo capaz de reverter esse <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123265-deficiencia-visual-entenda-o-amplo-espectro-da-cegueira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">problema ocular</a>, encontra na natureza condições muito melhores do que em ambiente controlado, chegando a produzir três vezes mais essa substância.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/13/13115114708131.jpg" alt="O jaborandi é a única fonte natural de pilocarpina (Fonte: Shutterstock)">O jaborandi é a única fonte natural de pilocarpina (Fonte: Shutterstock)Os resultados foram encontrados depois que os pesquisadores coletaram amostras de 82 plantas espalhadas pela Floresta Nacional do Carajás, no Pará, além de analisarem também o solo da região onde cresciam os vegetais.Eles concluíram que existe uma relação direta entre alguns nutrientes e a quantidade de pilocarpina produzida. A presença de minérios, como ferro, manganês e compostos nitrogenados são particularmente importantes para o cultivo da espécie.<h2>Qual o futuro para o Jaborandi?</h2>O nome científico do jaborandi é Pilocarpus microphyllus. Essa planta nativa do Brasil está, atualmente, ameaçada de extinção por conta do avanço do desmatamento na região da floresta amazônica.Ela tem enorme importância para as farmacêuticas, já que é a única fonte natural no mundo de pilocarpina, molécula usada no tratamento do glaucoma, um distúrbio associado a lesões do nervo ótico que <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/236728-glaucoma-diabetes-levar-cegueira-saiba.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pode levar à perda da visão</a>.A espécie também é importante para comunidades da região, responsáveis pela colheita das folhas, vendidas para as indústrias interessadas em extrair os produtos naturais.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122369-5-alimentos-poderosos-capazes-de-prevenir-doencas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 poderosos alimentos capazes de prevenir doenças</a></li></ul>Esses são alguns dos motivos que chamam a atenção para a necessidade da sua preservação. Os resultados apresentados pelo estudo apontam na direção do manejo sustentável como a melhor forma de aproveitar o recurso.Em comunicado publicado pela Agência Bori, os autores do trabalham explicam que "encontrar 2,2% de pilocarpina é um teor três vezes mais do que é encontrado na indústria química quando cultiva essa espécie". Por isso farmacêuticas, como a Merck, acompanham de perto a pesquisa.</body>

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Jaborandi selvagem tem maior potencial para tratar glaucoma

Imagem de NASA ocultou um ataque cardíaco durante missão na Lua no megacurioso

Durante o Programa Apollo, o astronauta James Irwin sofreu um ataque cardíaco e nem percebeu ou ficou sabendo

<head></head><body>Não é surpresa que a NASA e o governo dos Estados Unidos escondem coisas. A<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119953-como-foi-decidido-o-fim-da-corrida-espacial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;Corrida Espacial de 1955</a> teve muitas arestas — e isso não inclui a teoria da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120702-como-surgiu-a-conspiracao-de-que-o-pouso-na-lua-nao-aconteceu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">conspiração de que Neil Armstrong não pisou na Lua</a>&nbsp;—, mas sim os sacrifícios que foram feitos para que isso fosse possível, e que manchariam ainda mais a imagem dos norte-americanos em um dos períodos mais tensos da humanidade – um risco que, simplesmente, não podiam correr.Após a famosa frase “Esse é um pequeno passo para o homem, mas um gigantesco salto para a humanidade”, o Programa Apollo, que possibilitou esse acontecimento com a nave Apollo 15, realizou 11 missões ao longo de 11 anos de duração (entre 1961 e 1972); sendo que 6 delas pousaram na Lua, com um total de 12 astronautas caminhando em solo lunar para fazer experimentos científicos e coletar amostras para estudo.Em 26 de julho de 1971, foi a quarta vez que o homem pousou na Lua, com David Scott e James Irwin ficando 66 horas e 54 minutos em solo lunar —, e também a primeira vez que um astronauta&nbsp;teve um ataque cardíaco na Lua.<h2>Mantendo tudo em silêncio</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/10/10135428985414.jpg" alt="James Irwin. (Fonte: Hack the Moon/Reprodução)">James Irwin. (Fonte: Hack the Moon/Reprodução)Os dois astronautas caminhavam pelo solo lunar até que o controle da missão examinou os sinais vitais de Irwin e notificou que ele havia acabado de sofrer um ataque cardíaco. No entanto, em nenhum momento o astronauta sentiu dor no peito ou manifestou qualquer um dos sintomas habituais.Apesar dessa anomalia preocupante, a NASA optou por não informar a ninguém da tripulação sobre o que havia acontecido, nem mesmo a Irwin. Demorou alguns minutos para que os batimentos cardíacos do astronauta normalizassem, enquanto a missão seguiu conforme planejada.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/10/10135708793415.jpg" alt="(Fonte: Creation Evolution/Reprodução)">(Fonte: Creation Evolution/Reprodução)Dois anos depois, Irwin teve o segundo ataque cardíaco de uma série ao longo dos anos, até que um final o matasse, aos 61 anos, em 1991, fazendo do astronauta o primeiro e mais jovem "moonwalker" a deixar esse mundo.A NASA não contou nada sobre o comportamento anormal do coração de Irwin porque queria que a missão fosse concluída, e temia que um desespero por parte do astronauta colocasse tudo a perder.Além disso, os médicos e cientistas não se preocuparam porque Irwin já estava em uma espécie de UTI a bordo de seu traje espacial. Afinal, ele tinha oxigênio controlado, estava em baixa gravidade – o melhor estado para reduzir a pressão sobre o coração –, e também realizava manobras e esforços necessários para manter o coração controlado.<h2>A síndrome</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/10/10140207270416.jpg" alt="(Fonte: ebay/Reprodução)">(Fonte: ebay/Reprodução)A NASA manteve essas informações fora dos documentos oficiais da missão de 1971 do Programa Apollo, porque o ataque cardíaco de Irwin não foi um coincidência. Houve um mau funcionamento nos dispositivos de água, resultando na privação de hidratação, principalmente no caso de Irwin, ao longo das três atividades extraveiculares (EVAs) de até 7 horas cada.Sendo assim, Irwin, suando profusamente e com muita sede durante os EVAs, perdeu 5% de seu peso em comparação com seu peso médio pré-voo (indo de 74,3 para 70,8 kg). Essa desidratação em excesso teria intensificado o potencial para a elevação de renina-angiotensina (conjunto de peptídeos, enzimas e receptores envolvidos no controle do volume de líquido extracelular e na pressão arterial).Havia uma predisposição para um déficit significativo de íons de magnésio, que poderia persistir por meses, podendo causar arritmias graves, déficits de potássio, e potenciais lesões endoteliais de vasos periféricos e coronários.Tudo isso compunha o que foi chamado pelos médicos de "Síndrome do Espaço Apollo 15", caracterizada por dedos inchados muito dolorosos, seguido por vasoespamos periféricos, podendo, em última instância, levar a um infarto do miocárdio.&nbsp;Irwin e Scott sofreram registraram irregularidades cardíacas na Lua, um problema que os médicos da NASA atribuíram a uma deficiência de potássio na dieta alimentar especial, por isso enriqueceram com potássio a comida dos astronautas em voos futuros.</body>

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NASA ocultou um ataque cardíaco durante missão na Lua

Imagem de Déjà vu: o que ocorre no cérebro quando sentimos um? no megacurioso

Mesmo alvo de teorias da conspiração, o déjà vu pode ser explicado pela ciência

O d&eacute;j&agrave; vu &eacute; uma sensa&ccedil;&atilde;o muito comum que causa a impress&atilde;o de j&aacute; termos vivido certa experi&ecirc;ncia, por mais que seja a nossa primeira vez; de j&aacute; termos visto certa pessoa, mesmo que a estejamos conhecendo agora. Esse fen&ocirc;meno j&aacute; deu g&aacute;s a teorias da conspira&ccedil;&atilde;o e explica&ccedil;&otilde;es m&iacute;sticas, no entanto, ele pode ser explicado ao analisarmos o que ocorre no c&eacute;rebro durante ele.
Esse fen&ocirc;meno &eacute; considerado normal se ocorrer apenas ocasionalmente, mas caso aconte&ccedil;a com frequ&ecirc;ncia, pode ser um sinal de alguma condi&ccedil;&atilde;o mais grave, como a epilepsia do lobo temporal, como explico no artigo "<a href="https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/42639" target="_blank" rel="sponsored">O que &eacute; o d&eacute;j&agrave; vu?</a>", publicado pela revista cient&iacute;fica Brazilian Journal of Development.
De acordo com uma pesquisa realizada em 2003, o&nbsp;d&eacute;j&agrave; vu est&aacute; relacionado a sintomas como cansa&ccedil;o, ansiedade, stress, grande imagina&ccedil;&atilde;o e elevado grau de instru&ccedil;&atilde;o e pode ser explicado por 4 situa&ccedil;&otilde;es.
<ul>
<li>Duplo processamento: uma falta de sincronia na mente, embora o indiv&iacute;duo acredite que j&aacute; viveu certo acontecimento, ele sabe que isso nunca aconteceu;</li>
<li>Fen&ocirc;menos neurol&oacute;gicos: pode decorrer de convuls&otilde;es epil&eacute;pticas, desmaios, les&otilde;es no lobo temporal, esquizofrenia, entre outras;</li>
<li>Mem&oacute;ria: lembran&ccedil;as similares a novas situa&ccedil;&otilde;es podem ser relacionadas pelo c&eacute;rebro, dando a impress&atilde;o que s&atilde;o iguais. Al&eacute;m disso, mem&oacute;rias obtidas por filmes e livros tamb&eacute;m podem ser confundidas com acontecimentos reais;</li>
<li>Aten&ccedil;&atilde;o: distra&ccedil;&otilde;es e falta de aten&ccedil;&atilde;o total &agrave; determinada situa&ccedil;&atilde;o podem dificultar a gera&ccedil;&atilde;o de mem&oacute;rias claras e, quando forem vivenciadas novamente, serem reconhecidas como uma situa&ccedil;&atilde;o familiar, enquanto o c&eacute;rebro n&atilde;o consegue lembr&aacute;-las totalmente devido &agrave; distra&ccedil;&atilde;o no momento em que elas ocorreram.</li>
</ul>
Apesar de a ci&ecirc;ncia ainda n&atilde;o conseguir detalhar totalmente os efeitos causadores dessa sensa&ccedil;&atilde;o, pesquisas apontam que o fen&ocirc;meno pode ter ra&iacute;zes multifatoriais que, a depender da sua frequ&ecirc;ncia, podem indicar problemas cerebrais graves.

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Déjà vu: o que ocorre no cérebro quando sentimos um?

Imagem de Crânio revela que os incas já realizavam cirurgias sofisticadas no megacurioso

Descoberta feita no século XIX mudou a forma como os pesquisadores viam a civilização peruana

<head></head><body>Embora os incas sejam mais conhecidos por sua arquitetura, cerâmica e técnicas de tecelagem avançadas, eles também desenvolveram práticas médicas complexas. Suas habilidades medicinais só foram conhecidas no século XIX, após um diplomata americano encontrar um artefato que mudaria a visão sobre essa civilização.Em 1864, o americano Ephraim George Squier teve uma experiência inesquecível durante sua viagem ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123727-peru-o-que-esta-acontecendo-na-politica-desse-pais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Peru</a>. Apaixonado por arqueologia, Squier havia sido enviado pelo então presidente estadunidense Abraham Lincoln ao país para garantir o suprimento de guano, um fertilizante rico em nitrogênio e fósforo encontrado nas ilhas da América do Sul. Depois de um ano de viagens e pesquisas, ele chegou a Cusco, uma cidade isolada na região dos Andes.<h2 style="text-align: justify;">O crânio no museu de Zentino</h2>Em Cusco, Squier foi apresentado à senhora María Ana Centeno de Romainville, popularmente conhecida por Zentino, uma colecionadora de antiguidades que possuía uma espécie de museu em sua casa, chamado por Squier de "palácio" devido à sua riqueza de objetos e decoração.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/09/09162438229233.jpg" alt="Acreditava-se que neurocirurgias eram recentes. (Fonte: Shutterstock)">Acreditava-se que neurocirurgias eram recentes. (Fonte: Shutterstock)Entre as inúmeras peças valiosas do museu da senhora Zentino, Squier se deparou com algo inesperado: um crânio humano com uma série de incisões cirúrgicas.Ele ficou perplexo ao ver que essas incisões eram bastante precisas e limpas, tanto que pareciam ter sido feitas com instrumentos cirúrgicos modernos. No entanto, o crânio datava de muito antes da invenção desses instrumentos, o que deixou o pesquisador ainda mais surpreso.Além disso, ele percebeu resquícios do crescimento de osso no local das incisões, o que indicava que o dono daquele crânio continuou vivo após o procedimento médico, fato impressionante já que a taxa de mortalidade em cirurgias na cabeça nesse período era altíssima em outros lugares do mundo.<h2 style="text-align: justify;">Do ceticismo à revelação</h2>De início, muitos daqueles que tiveram acesso ao crânio não acreditaram que aquelas marcas eram provenientes de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117463-trepanacao-a-pratica-medica-que-perfurava-a-cabeca-dos-pacientes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">trepanação</a> — técnica de perfuração que remove parte do osso craniano — por uma civilização antiga, sendo mais absurdo que essa pessoa teria sobrevivido à cirurgia. Afinal, se já era complicado fazer cirurgias desse tipo na Era Moderna, imagine em tempos passados?<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/09/09162440260234.jpg" alt="Será que ainda há fatos desconhecidos sobre os incas? (Fonte: Shutterstock)">Será que ainda há fatos desconhecidos sobre os incas? (Fonte: Shutterstock)Essa descrença só caiu por terra após o famoso professor Paul Broca, da Universidade de Paris, confirmar que as incisões do crânio trazido por Squier eram de fato feitas por sujeitos que sabiam o que estavam fazendo, ou seja, era uma técnica que eles dominavam. &nbsp;Desde então, os demais pesquisadores tiveram que repensar como viam os povos antigos, principalmente com relação às práticas médicas.Inclusive, em pesquisa recente, o neurologista David Kushner, da Universidade de Miami, concluiu que a taxa de sucesso das cirurgias cranianas feitas pelos incas era superior às feitas pelos cirurgiões da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/110313-estas-fotos-colorizadas-da-guerra-civil-dos-eua-sao-uma-viagem-ao-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Civil Americana</a> (1861 a 1865), alcançando 80% de êxito contra 50% dos americanos.</body>

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Crânio revela que os incas já realizavam cirurgias sofisticadas

Imagem de Carlos Camejo: o venezuelano que acordou durante sua autópsia no megacurioso

E não, o homem não estava sob estado catatônico – o que é ainda mais aterrorizante

Em 24 de abril de 2022, no Peru, Rosa Isabel C&eacute;spedes Callaca interrompeu o pr&oacute;prio funeral ao despertar dentro do caix&atilde;o mesmo ap&oacute;s ser declarada morta, v&iacute;tima de um acidente de carro.
Aparentemente, os m&eacute;dicos ignoraram que a mulher ainda apresentava <a href="https://www.megacurioso.com.br/invencoes/33261-chip-monitora-os-sinais-vitais-e-pode-ser-colado-aos-curativos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sinais vitais</a>, apesar de estar im&oacute;vel e sem respirar visivelmente. O fen&ocirc;meno &eacute; chamado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112615-ser-enterrado-vivo-entenda-como-isso-pode-ser-possivel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">catalepsia</a>, algo t&atilde;o comum quanto aterrorizante, que por esse motivo se infiltrou na nossa cultura popular.
No entanto, o que, provavelmente, permitiu que Callaca pudesse ter a chance de retomar a pr&oacute;pria vida, foi o fato de ela n&atilde;o ter sido submetida a uma aut&oacute;psia, sorte que o venezuelano Carlos Camejo n&atilde;o teve.
<h2>A dor insuport&aacute;vel</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/03/03164427977323.jpg" alt="(Fonte: Reuters/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Reuters/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 2007, na Venezuela, ent&atilde;o com 33 anos, Camejo bateu sua moto em um ve&iacute;culo estacionado e foi declarado morto pelos param&eacute;dicos ainda no local. De acordo com uma mat&eacute;ria do jornal mexicano El Universal, sua esposa, Tamara Rol&oacute;n, disse que o corpo de Camejo foi encaminhado para o Hospital Geral Antonio Mar&iacute;a Ben&iacute;tez, em La Victoria, e largado em um corredor &ldquo;com a ordem da aut&oacute;psia enfiada no bolso de sua cal&ccedil;a&rdquo;, em vez de ser submetido &agrave; qualquer an&aacute;lise cl&iacute;nica, como geralmente acontece.
Depois disso, Camejo foi encaminhado para o necrot&eacute;rio, colocado sobre a mesa fria, onde o legista come&ccedil;ou a suturar um corte em sua testa, ignorando que o ferimento sangrava muito &ndash; o que n&atilde;o acontece com um cad&aacute;ver. Mesmo assim, o m&eacute;dico continuou e s&oacute; parou quando Camejo come&ccedil;ou a gritar de dor, desperto pela agulha.
&ldquo;Eu acordei porque a dor era insuport&aacute;vel&rdquo;, detalha uma mat&eacute;ria da Reuters. Foi aos poucos que Camejo se recuperou do estado de inconsci&ecirc;ncia e concluiu a neglig&ecirc;ncia que havia sofrido.
<h2>S&eacute;culos de medo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/05/fonte-getty-images-05153728546342.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Antes que a medicina tornasse a barreira entre a vida e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122486-o-que-sentimos-na-hora-da-morte-segundo-a-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">morte</a> menos um jogo de adivinha&ccedil;&atilde;o do que parece agora, o medo de ser enterrado vivo era t&atilde;o grande que ganhou nome: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118392-tafofobia-o-medo-de-ser-enterrado-vivo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tafofobia</a> (do grego taphos, equivalente a "tumba", e&nbsp;phobos, que significa "medo"). N&atilde;o &eacute; para menos que, desde o final do s&eacute;culo XVIII, foi sugerido a inven&ccedil;&atilde;o de caix&otilde;es com algum tipo de sistema de seguran&ccedil;a para que o defunto fosse salvo caso acordasse.
&ldquo;Com muita frequ&ecirc;ncia, as pessoas eram declaradas mortas e n&atilde;o estavam realmente. Isso era o suficiente para apavorar qualquer um&rdquo;, disse o historiador John Miller ao Parkerburg News and Sentinel.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/03/03164658364330.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Ainda que a situa&ccedil;&atilde;o de Camejo seja apenas um exemplo de neglig&ecirc;ncia hospitalar absurda, &eacute; imposs&iacute;vel n&atilde;o olhar pelo lado de como a medicina moderna permanece lutando contra o fantasma indecifr&aacute;vel que &eacute; a morte e algumas fun&ccedil;&otilde;es do corpo humano. Por vezes, o tecnol&oacute;gico maquin&aacute;rio n&atilde;o consegue captar respira&ccedil;&atilde;o e atividade cerebral de t&atilde;o absurdamente fracos que est&atilde;o.
&ldquo;Mesmo na comunidade m&eacute;dica, h&aacute; um debate extenso sobre o que realmente constitui a morte, e ela &eacute; vista menos como um evento &uacute;nico e mais como um processo&rdquo;, observou Carla Valentine, tecn&oacute;loga s&ecirc;nior qualificada em anatomia patol&oacute;gica, ao The Guardian.

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Carlos Camejo: o venezuelano que acordou durante sua autópsia

Imagem de Por que ser monotarefa é melhor do que ser multitarefa? no megacurioso

Segundo estudos, focar em uma única atividade ao mesmo tempo te torna mais produtivo e é melhor para nossos cérebros

<head></head><body>Principalmente no mundo moderno, ter que realizar muitas tarefas ao mesmo tempo acaba se tornando uma realidade que nem todo mundo está verdadeiramente adaptado. Afinal, pode não ser tão simples assim responder a família no grupo de WhatsApp, assistir uma reportagem na televisão e tudo isso enquanto escreve um e-mail para alguém no trabalho.Esses esforços conjuntos são chamados de multitarefa, algo que sempre foi visto pelas pessoas como um exemplo de alta produtividade e foco excepcional. No entanto, estudos recentes têm demonstrado que tentar realizar múltiplas coisas ao mesmo tempo não é exatamente saudável para nossos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123714-cerebro-fossilizado-mais-antigo-do-mundo-e-encontrado-na-china.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebros</a>. A moda, então, é ser monotarefa. Entenda!<h2>O que é ser monotarefa?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/27/27185325379261.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Tornar-se monotarefa é algo bastante simples: basta focar em uma única coisa de cada vez. Porém, isso pode ser mais difícil para algumas pessoas do que parece. A abordagem monotarefa encoraja sua mente a realizar atividades curtas e concretas, que se tornarão o único ponto de foco da sua mente por esse período.Segundo pesquisadores, esse jeito de lidar com a vida faria com que essas pessoas atingissem um nível de trabalho mais "profundo" do que aquelas que tentam levar suas responsabilidades do dia a dia na multitarefa — fazendo muita coisa ao mesmo tempo, mas sem realmente focar 100% em nada.Ao aumentar seu nível de foco em uma única atividade, uma pessoa seria capaz de se afastar de todas as distrações por um curto prazo, o que ajudaria a aumentar sua <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123260-quanto-tempo-de-ferias-realmente-precisamos-de-acordo-com-a-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">produtividade</a> e concentração generalizada.&nbsp;<h2>Os malefícios da multitarefa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/27/27185327470262.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)De acordo com um estudo do Instituto de Psiquiatria da Universidade de Londres, enviar e-mails ou navegar nas redes sociais enquanto se realiza outra tarefa diminui o Quociente de Inteligência (<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123825-e-possivel-ter-um-qi-abaixo-de-50.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">QI</a>) de maneira mais significativa do que perder uma noite de sono, fumar maconha ou passar muito tempo na frente da TV.Além disso, a chamada multitarefa "crônica", quando não conseguimos se concentrar em uma única atividade de forma alguma, pode diminuir a densidade de massa cinzenta em algumas partes do cérebro. O mais problemático, no entanto, acontece em relação à produtividade.Ao realizarmos muitas coisas simultaneamente, também estamos realizando uma constante "troca de tarefas", o que implica em um tempo de adaptação da cabeça para raciocinar onde se meteu. De acordo com a American Psychological Association (APA), a troca de tarefas ao longo do tempo pode diminuir a produtividade em até 40%.Embora esse processo possa durar apenas algumas frações de segundos, qualquer mero tempo funciona como se você estivesse mudando as marchas de um carro. A multitarefa pode parecer eficiente na superfície, mas, na verdade, pode levar mais tempo no final e envolver mais erros. Portanto, o ideal é que você escolha um momento do seu dia para estar completamente focado na sua maior responsabilidade, sem distrações e pronto para ser a melhor versão produtiva que você já teve de si.&nbsp;</body>

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Por que ser monotarefa é melhor do que ser multitarefa?

Imagem de Por que médicos do século XX removiam partes saudáveis de corpos humanos? no megacurioso

Durante muito tempo, era normal que cirurgiões removessem dentes ou cortassem o cólon de uma pessoa sem qualquer necessidade

Apesar de a medicina moderna ter evolu&iacute;do consideravelmente em quest&otilde;es tecnol&oacute;gicas, fazendo com que os seres humanos aumentassem suas expectativas de vida, nem sempre tudo foi assim. Durante a maior parte da hist&oacute;ria, procedimentos cir&uacute;rgicos eram extremamente sangrentos, dolorosos e perigosos.
Sem o benef&iacute;cio de contar com antiss&eacute;pticos e <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123627-como-as-pessoas-aliviavam-dores-antes-dos-anestesicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">anestesias</a>, os m&eacute;dicos precisavam correr contra o tempo para tomar as melhores decis&otilde;es &mdash; o que era bastante arriscado. No in&iacute;cio do s&eacute;culo XX, no entanto, a maioria dos avan&ccedil;os cient&iacute;ficos come&ccedil;aram a surgir e a medicina foi tomada por uma pr&aacute;tica temerosa: tomados por novas ideias, m&eacute;dicos passaram a remover &oacute;rg&atilde;os humanos perfeitamente saud&aacute;veis em uma busca incessante para livrar a humanidade de doen&ccedil;as. Entenda!
<h2>Remo&ccedil;&atilde;o preventiva de &oacute;rg&atilde;os</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/27/27160834189141.jpg" alt="Ilya Metchnikoff. (Fonte: Wikimedia Commons)" />Ilya Metchnikoff. (Fonte: Wikimedia Commons)
A chamada excis&atilde;o preventiva de &oacute;rg&atilde;os perfeitamente saud&aacute;veis surgiu como uma t&eacute;cnica para tentar livrar as pessoas de ficarem constipadas. Em 1914, o bi&oacute;logo russo Ilya Metchnikoff, ganhador do Pr&ecirc;mio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1908 por seu trabalho pioneiro em imunologia, desenvolveu uma teoria da doen&ccedil;a cr&ocirc;nica que chamou de "autointoxica&ccedil;&atilde;o".
Essa teoria dizia que o c&oacute;lon, a parte do intestino grosso que conecta o intestino delgado ao reto, estagnava e apodrecia. Na vis&atilde;o de Metchikoff, inclusive, o apodrecimento dessa parte do corpo tamb&eacute;m era respons&aacute;vel por causar &uacute;lceras, c&acirc;ncer de bexiga, hipertens&atilde;o, artrite reumat&oacute;ide e at&eacute; dist&uacute;rbios psiqui&aacute;tricos.
Com base nisso, o m&eacute;dico William Arbuthnot Lane, do Reino Unido, teve a ideia de come&ccedil;ar a praticar um tipo de procedimento que lhe tornaria infame dentro da comunidade m&eacute;dica: a colectomia radical, na qual o c&oacute;lon &eacute; extirpado e a extremidade do intestino delgado ligada diretamente ao reto. Da d&eacute;cada de 1910 at&eacute; a de 1930, milhares de brit&acirc;nicos e americanos tiveram seus dois pontos perfeitamente saud&aacute;veis cortados como medida preventiva.
<h2>Fase de experimenta&ccedil;&otilde;es</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/27/27155945314138.jpg" alt="Ilustra&ccedil;&atilde;o de uma boca com dentes faltando, retirados de um livro de Henry Cotton, de 1921. (Fonte: Princeton University Press/Wikimedia Commons)" />Ilustra&ccedil;&atilde;o de uma boca com dentes faltando de um livro de Henry Cotton, de 1921. (Fonte: Princeton University Press/Wikimedia Commons)
As colectomias tornaram-se t&atilde;o populares que o procedimento passou a ser prescrito regularmente para doen&ccedil;as menores como dor de garganta ou &uacute;lcera estomacal. Por&eacute;m, os resultados nunca foram verdadeiramente satisfat&oacute;rios. A maioria dos pacientes de Lane n&atilde;o tiveram nenhum benef&iacute;cio com a pr&aacute;tica, o que fez com que o m&eacute;dico abandonasse sua cren&ccedil;a nesse tipo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123622-cirurgioes-transplantam-nariz-que-cresceu-em-braco-de-mulher.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cirurgia</a> radical.
Contudo, ele n&atilde;o foi o &uacute;nico ao longo dos anos com esse tipo de interven&ccedil;&atilde;o cir&uacute;rgica em mente. Em 1907, por exemplo, Henry Andrews Cotton, superintendente do New Jersey State Lunatic Asylum (EUA), soube de uma nova teoria que falava sobre como infec&ccedil;&otilde;es ocultas poderiam corroer a mente humana e aumentar os riscos de problemas psiqui&aacute;tricos.&nbsp;
Portanto, para Cotton, bastava eliminar o local da infec&ccedil;&atilde;o e a doen&ccedil;a mental seria curada. Ele estava t&atilde;o obcecado com esse pensamento que chegou a arrancar os dentes de seus pr&oacute;prios filhos como forma de precau&ccedil;&atilde;o. Al&eacute;m disso, muitos de seus pacientes perderam test&iacute;culos, ov&aacute;rios, ba&ccedil;os, est&ocirc;magos, ves&iacute;culas biliares, colo do &uacute;tero e, claro, c&oacute;lon.
Apesar de as evid&ecirc;ncias de sucesso nunca terem sido claras e os resultados serem duvidosos, esse tipo de procedimento era considerado progressista naquela &eacute;poca e abriu precedentes para algumas cirurgias modernas. Foi por meio desses "testes" que descobrimos alguns locais de infec&ccedil;&atilde;o cr&ocirc;nica no <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120546-quantos-ossos-o-corpo-humano-tem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">corpo humano</a> e, por isso, realizamos cirurgias de extra&ccedil;&atilde;o de am&iacute;gdalas e ap&ecirc;ndice at&eacute; hoje.

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Por que médicos do século XX removiam partes saudáveis de corpos humanos?

Imagem de Por que fazemos tatuagens? A psicologia explica no megacurioso

Há muitas explicações sobre por que tantas pessoas buscam registrar permanentemente imagens e textos no próprio corpo

A <a href="https://www.megacurioso.com.br/tatuagens/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tatuagem</a> &eacute; uma marca que muitas pessoas fazem voluntariamente na pr&oacute;pria pele. H&aacute; os que amam essa arte, enquanto outros a encaram como uma esp&eacute;cie de agress&atilde;o autoinfligida, que s&oacute; poderia ser feita por algu&eacute;m com grandes sofrimentos.
Obviamente, esta &eacute; uma quest&atilde;o muito complexa. Por isso mesmo, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119771-6-funcoes-de-um-psicologo-que-voce-provavelmente-nao-conhecia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">psicologia</a> tamb&eacute;m costuma refletir sobre o que estaria por tr&aacute;s do ato de registrar algo para sempre no corpo. Neste texto, trazemos algumas leituras que j&aacute; foram documentadas em rela&ccedil;&atilde;o a este assunto.
<h2>O que h&aacute; por tr&aacute;s do desejo de ter tatuagens?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/27/fonte-getty-images-27144806037081.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
As tatuagens podem ser suscitadas por v&aacute;rias motiva&ccedil;&otilde;es. Conforme a psicanalista Uta Karacaoglan, este &eacute; um fen&ocirc;meno com m&uacute;ltiplas camadas, tanto concretas (como as da pr&oacute;pria pele, que carrega estas tintas) como psicol&oacute;gicas (os sentidos conscientes e inconscientes por tr&aacute;s dessa decis&atilde;o de registrar algo no corpo).
Por um lado, h&aacute; os que escolhem suas tattoos para registrar uma esp&eacute;cie de &aacute;lbum de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118691-quais-os-tipos-de-memoria-usados-pelo-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mem&oacute;rias</a> na pele, que faria o mundo enxergar a nossa hist&oacute;ria. Ou seja, escolhem-se os desenhos ou os escritos para documentar coisas que j&aacute; passamos e n&atilde;o queremos esquecer.
Mas nem sempre as tatuagens s&atilde;o direcionadas ao passado. H&aacute; tamb&eacute;m aqueles que optam por tattoos que funcionem como manifesta&ccedil;&otilde;es daquilo que pensam ou acreditam, indo al&eacute;m das escolhas est&eacute;ticas. Pode ser, por exemplo, o caso das pessoas que marcam na pele sua op&ccedil;&atilde;o pelo veganismo, no intuito de esclarecer qual &eacute; a sua posi&ccedil;&atilde;o no mundo. H&aacute; ainda as marcas vinculadas ao presente, como pessoas que tatuam datas na pele, com o registro do nascimento dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/filhos-e-familia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">filhos</a> e o ano de nascimento de seus pais.&nbsp;
O psic&oacute;logo Miguel Soares opina sobre os impulsos por tr&aacute;s das tatuagens. &ldquo;Geralmente as pessoas que se tatuam buscam se sentir significantes no mundo. Pode ser uma forma de defesa, de pertencimento a um grupo, de refor&ccedil;ar o que pensam sobre algum assunto ou pessoa. O fato &eacute; que elas querem chamar aten&ccedil;&atilde;o para si. Outras pessoas se tatuam nos momentos de muita ang&uacute;stia e sofrimento pessoal&rdquo;, explica.
<h2>A vida na pele</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/27/fonte-getty-images-27144824559082.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Independente de qual seja a motiva&ccedil;&atilde;o para resolver fazer uma marca permanente na pele, uma coisa &eacute; certa: as tatuagens tendem a revelar uma inten&ccedil;&atilde;o de marcar a pr&oacute;pria individualidade no corpo.&nbsp;
Mesmo quando algu&eacute;m escolhe uma imagem da "moda", que milh&otilde;es de pessoas tamb&eacute;m carregam, ela pretende "customizar" o pr&oacute;prio corpo a partir de uma decis&atilde;o pessoal. Mas h&aacute; aqui uma esp&eacute;cie de paradoxo interessante: buscamos a nossa individualiza&ccedil;&atilde;o na mesma medida em que buscamos fazer parte de um grupo, uma "tribo" com que nos associamos a partir dessas marcas na pele.
&ldquo;A <a href="https://www.megacurioso.com.br/cultura/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cultura</a> &eacute; uma defesa contra o sentimento de opress&atilde;o, futilidade e perdi&ccedil;&atilde;o. Culturas est&atilde;o cheias de valores e belezas que te fazem sentir que sua vida &eacute; significativa e que tem um significado duradouro, mesmo que limitado. Ent&atilde;o, voc&ecirc; pode dizer que tatuagens s&atilde;o express&otilde;es culturais de hero&iacute;smo e individualidade", explica o psic&oacute;logo Kirby Farrel.

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Por que fazemos tatuagens? A psicologia explica

Imagem de Xeroderma pigmentoso: o que é a chamada "doença do sol"? no megacurioso

Doença genética surge de uma mutação no DNA

ATEN&Ccedil;&Atilde;O: essa mat&eacute;ria cont&eacute;m imagens fortes da doen&ccedil;a sobre a qual falamos e pode incomodar pessoas mais sens&iacute;veis.
***
Tanto para os estrangeiros quanto para n&oacute;s, brasileiros, nosso pa&iacute;s &eacute; sin&ocirc;nimo de muito sol. Algo positivo em v&aacute;rios sentidos, como aproveitar as praias e ter vitamina D de sobra. No entanto, para pessoas portadoras de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123743-o-que-sao-cuidados-paliativos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doen&ccedil;a</a> chamada xeroderma pigmentoso (XP), o sol pode ser um inimigo mortal.
Se voc&ecirc; nunca ouviu falar sobre essa condi&ccedil;&atilde;o, n&atilde;o est&aacute; sozinho: ela &eacute; incrivelmente rara. Segundo dados do National Institute of Health (NIH) dos EUA, no pa&iacute;s e no continente europeu cerca de 1 pessoa a cada 1 milh&atilde;o desenvolvem a doen&ccedil;a. No caso dos Estados Unidos, existem apenas cerca de 350 pessoas diagnosticadas com xeroderma pigmentoso.
O XP &eacute; uma condi&ccedil;&atilde;o transmitida entre membros de uma mesma fam&iacute;lia. Ou seja, estamos tratando de uma doen&ccedil;a que envolve genes e hereditariedade. Esse problema de sa&uacute;de faz com que o tecido que cobre os olhos e a pr&oacute;pria pele fiquem extremamente sens&iacute;veis aos raios UV. Em alguns casos, a condi&ccedil;&atilde;o pode levar a complica&ccedil;&otilde;es envolvendo o sistema nervoso. A prop&oacute;sito, o xeroderma n&atilde;o &eacute; contagioso.
<h2>Casos no Brasil</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Wikipedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/b1/Xeroderma_pigmentosum_01.jpg/640px-Xeroderma_pigmentosum_01.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/16/16134447425240.jpg" alt="(Fonte: Wikipedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Wikipedia/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
At&eacute; o ano de 2020, levantamentos feitos pelas entidades de sa&uacute;de p&uacute;blica brasileiras apontavam que cerca de 200 brasileiros viviam com a doen&ccedil;a. Contudo, o Brasil &eacute; um caso particular, mundialmente falando. Isso, porque temos uma regi&atilde;o onde a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123786-sindrome-da-pessoa-rigida-a-doenca-que-afeta-celine-dion.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">incid&ecirc;ncia de xeroderma pigmentoso&nbsp;</a>&eacute; de 1 caso para 410 habitantes! Ela fica na &aacute;rea de Araras, na localidade de Faina, Goi&aacute;s.
<h2>O XP &eacute; um tipo de c&acirc;ncer?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/16/16134605439242.jpg" alt="(Fonte: Telegraph/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Telegraph/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Por afetar de forma muito intensa o tecido epitelial dos portadores e por estar relacionada ao sol, muitas pessoas acreditam erroneamente que o xeroderma pigmentoso seja um tipo de c&acirc;ncer. Por&eacute;m, mesmo n&atilde;o sendo, pode contribuir para o aumento dos riscos de se desenvolver essa doen&ccedil;a.&nbsp;
<h2>Como o xeroderma pigmentoso afeta o corpo humano?</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Simon Townsley/ The Telegraph/ Reproudu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.telegraph.co.uk/global-health/science-and-disease/life-shadows-indias-xp-children-photo-dispatch/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/16/16135009895249.jpg" alt="(Fonte: Simon Townsley/ The Telegraph/ Reproudu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Simon Townsley/ The Telegraph/ Reproudu&ccedil;&atilde;o)
Os indiv&iacute;duos que desenvolvem XP podem se queimar facilmente com os raios solares e, como apontamos, eles t&ecirc;m um risco maior de ter c&acirc;ncer de pele. Os sinais e sintomas do xeroderma pigmentoso s&atilde;o muito variados, especialmente porque essa condi&ccedil;&atilde;o pode afetar o sistema nervoso, os olhos e a pele da pessoa.&nbsp;
Sendo assim, temos os seguintes sintomas, entre outros, conforme a manifesta&ccedil;&atilde;o da doen&ccedil;a:
<ul>
<li>pele fina e seca (xerose);</li>
<li>queimaduras de sol com bolhas;</li>
<li>sardas antes dos 2 anos;</li>
<li>manchas de pigmenta&ccedil;&atilde;o tanto aumentadas quanto diminu&iacute;das (poiquilodermia);</li>
<li>linhas vermelhas na pele provocadas pelo alargamento dos vasos sangu&iacute;neos;</li>
<li>sensibilidade &agrave; luz;</li>
<li>perda dos c&iacute;lios;</li>
<li>inflama&ccedil;&atilde;o da c&oacute;rnea;</li>
<li>degenera&ccedil;&atilde;o das p&aacute;lpebras;</li>
<li>olho seco;</li>
<li>perda dos reflexos;</li>
<li>disfagia (dificuldade para engolir);</li>
<li>menos controle muscular;</li>
<li>paralisia das cordas vocais;</li>
<li>perda cognitiva progressiva;</li>
<li>perda auditiva progressiva devido a danos no nervo do ouvido interno.</li>
</ul>
<h2>Existe cura?</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;(Fonte: Simon Townsley/ The Telegraph/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.telegraph.co.uk/global-health/science-and-disease/life-shadows-indias-xp-children-photo-dispatch/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/16/16135251923251.jpg" alt="(Fonte: Simon Townsley/ The Telegraph/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Simon Townsley/ The Telegraph/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O xeroderma pigmentoso &eacute; uma doen&ccedil;a complexa, especialmente por ser gen&eacute;tica. Em linhas gerais, temos pelo menos oito genes que auxiliam nosso corpo a promover reparos no DNA quando ele &eacute; danificado de alguma forma, por exemplo, por raios UV. O problema, &eacute; que &agrave;s vezes um desses genes pode passar por alguma muta&ccedil;&atilde;o, e &eacute; assim que o xeroderma pigmentoso acaba surgindo.
Infelizmente, a ci&ecirc;ncia ainda n&atilde;o conseguiu encontrar uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123749-cromossomo-y-esta-desaparecendo-nos-homens-o-que-pode-acontecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cura para essa doen&ccedil;a</a>. A pior parte &eacute; que muitas pessoas jovens acabam morrendo de c&acirc;ncer de pele devido &agrave; condi&ccedil;&atilde;o.
Embora n&atilde;o exista cura, a medicina conta com alguns recursos que ajudam a aliviar os sintomas e at&eacute; dar certa liberdade e qualidade de vida para a pessoa que vive com XP. Nesse sentido, entre as solu&ccedil;&otilde;es mais frequentes de suporte est&atilde;o col&iacute;rios, aparelhos auditivos, suplementos de vitamina D e cirurgias para alguns casos de c&acirc;ncer de pele ou determinadas condi&ccedil;&otilde;es oculares, como a queda da p&aacute;lpebra.
As pessoas com xeroderma pigmentoso precisam ter muito cuidado com a&nbsp;exposi&ccedil;&atilde;o aos raios UV do sol. Por isso, quando pretendem sair ao ar livre devem estar completamente protegidas com protetor solar no fator adequado, luvas, camisas de mangas compridas, cal&ccedil;a e capuz.
Por fim, em determinados lugares &eacute; poss&iacute;vel ter acesso a programas que ajudam as pessoas com XP a terem uma vida mais plena, por exemplo, oferecendo atividades e eventos noturnos.

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Xeroderma pigmentoso: o que é a chamada 'doença do sol'?

Imagem de "Delirium" na UTI leva pacientes a achar que foram sequestrados no megacurioso

Pacientes internados na UTI relatam ter alucinações e passar por estados alterados, crendo estarem sendo sequestrados ou que são vítimas de experimentos

<head></head><body>Nesta época de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118567-a-era-das-pandemias-sera-essa-a-nossa-realidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pandemia</a>, com milhões de pessoas precisando de assistência médica, os hospitais tiveram mais trabalho do que nunca. Em todo o mundo, pacientes davam entrada em instituições de saúde precisando de tratamento e, em muitos casos, até mesmo de internação.Acontece que bastante gente acabou passando por situações esquisitas, nas quais acreditavam estar sendo vítimas de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117820-homem-forja-o-proprio-sequestro-para-nao-ir-ao-trabalho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sequestros</a> ou até mesmo virando cobaias em experimentos de laboratório. Por mais estranho que possa parecer, o fenômeno é bastante conhecido pela comunidade médica e é chamado de&nbsp;delirium (com "m" no final mesmo) em Unidades de Tratamento Intensivas.<h2>Sequestro, experimentos ou apenas um delírio?</h2>É bastante comum aos pacientes ficarem totalmente desnorteados na UTI: essas áreas dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117165-2-hospitais-abandonados-que-guardam-passados-sombrios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hospitais</a> geralmente têm todo um aparato diferenciado, com muitos equipamentos eletrônicos para monitorar a saúde dos internados, além da iluminação bastante característica. Ali, perder a noção de tempo é algo bem fácil de acontecer, e nem mesmo a presença da equipe médica e a esporádica visita de entes queridos parece ajudar muito a manter o paciente são.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/12/12170924829378.jpg" alt="Pacientes da UTI são suscetíveis a episódios de delírio">Pacientes da UTI são suscetíveis a episódios de delírioE se é difícil para os acordados, imagine para aqueles que dão entrada na UTI totalmente inconscientes. Foi este o caso de Jan Ehtash, uma mulher que, quando deu por si, estava deitada de costas e&nbsp;totalmente paralisada do pescoço para baixo. Apavorada e sem saber o que fazer, ela tentou com todas as forças escapar daqueles que&nbsp;julgou serem seus sequestradores. A mulher de 58 anos conta que morria de medo de passar por um experimento científico e relata ter curiosamente percebido que os equipamentos de monitoramento pareciam se comunicar."Pensei que eles estavam se comunicando, aquelas máquinas, elas estavam conversando umas com as outras," conta Ehtash, que diz ter achado tudo aquilo muito assustador.<h2>Delirium em UTIs</h2>Obviamente, Jan não havia sido sequestrada; na verdade, a mulher havia dado entrada em um hospital de Londres, tendo entrado em coma&nbsp;vítima de uma infecção quase letal de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122036-por-que-algumas-pessoas-nunca-pegaram-covid.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a>. Ela passou 5 semanas desacordada no hospital, tratada não por sequestradores, mas por médicos e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119579-qual-a-funcao-de-um-enfermeiro-dentro-de-um-hospital.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">enfermeiras</a> que fizeram de tudo para salvar sua vida.Tanto a sua paralisia quanto as alucinações relatadas pela mulher são um efeito bastante comum, conhecido pela comunidade médica como delirium em Unidades de Tratamento Intensivas (ou delirium em UTIs). Muitas vezes os pacientes ficam tão debilitados que simplesmente não conseguem diferenciar a internação de um sequestro ou prisão, explica o Dr. Larry Mulleague, consultor da UTI no Hospital SR. Helier, na cidade londrina de Carshalton, na Inglaterra.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/20/20191600897002.jpg" alt="Alguns quadros podem deixar pacientes internados totalmente desnorteados">Alguns quadros podem deixar pacientes internados totalmente desnorteadosO médico explica que, nesses casos, o paciente tem&nbsp;grande perda do controle de suas funções, sentindo ainda muito medo. A estressante situação tem impacto tanto físico quanto mental, fazendo até mesmo com que a pessoa pareça confusa e tenha dificuldade de se expressar. Mas, segundo ele, ainda que os sintomas sejam semelhantes, as experiências relatadas pelos pacientes costumam ser diferentes."Alguns dos pacientes mais sortudos acabam alucinando que são personagens extras em alguns de seus livros favoritos, como Alice no País das Maravilhas," explica o Dr. Mulleague. "Mas mais frequentemente as alucinações são muito assustadoras com temas como sequestro, tortura, afogamento e espionagem."</body>

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