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Sono, preguiça, cansaço? Saiba o que a ciência tem a dizer sobre o ato de bocejar

Imagine a cena: voc&ecirc; est&aacute; tranquilamente em casa, assistindo algo na TV, quando um dos personagens boceja. Poucos segundos depois, voc&ecirc; mesmo boceja tamb&eacute;m. Estranho, n&eacute;? O pior &eacute; que por mais que n&atilde;o percebamos, este efeito ocorre o tempo todo, seja durante conversas com amigos e familiares ou at&eacute; mesmo ao perceber aleatoriamente algu&eacute;m bocejando na rua.
Mas por que isto acontece? Por que ao ver algu&eacute;m bocejando tamb&eacute;m <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119362-por-que-o-ato-de-bocejar-e-contagioso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">temos a rea&ccedil;&atilde;o de bocejar</a>? Bem, a ci&ecirc;ncia tem algumas hip&oacute;teses, e vamos te contar um pouquinho mais sobre isto nos pr&oacute;ximos par&aacute;grafos.
<h2>Por que bocejamos?</h2>
Por ser uma rea&ccedil;&atilde;o bastante aleat&oacute;ria, geralmente nem mesmo nos perguntamos o motivo de bocejarmos e podemos at&eacute; mesmo achar que n&atilde;o h&aacute; raz&atilde;o para tal a&ccedil;&atilde;o (ou rea&ccedil;&atilde;o). A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ci&ecirc;ncia</a>, &eacute; claro, sempre busca informa&ccedil;&otilde;es para todo tipo de coisa que possamos imaginar mas, acredite, parece que nem mesmo os espertos cientistas t&ecirc;m uma resposta definitiva sobre o tema.
Uma das hip&oacute;teses que j&aacute; circularam por a&iacute; foi a de que o bocejo nada mais seria do que uma rea&ccedil;&atilde;o do nosso corpo ao se livrar do di&oacute;xido de carbono e capturar mais oxig&ecirc;nio &mdash; mas a realidade pode n&atilde;o ser bem esta. A teoria por tr&aacute;s desta hip&oacute;tese &eacute; a seguinte: quando entediadas, cansadas ou sonolentas, as pessoas recebem doses menores de oxig&ecirc;nio nos pulm&otilde;es. Isto faz com que a quantidade de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115240-ate-2025-niveis-de-co2-serao-maiores-do-que-ha-3-milhoes-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">CO2</a> no sangue suba, levando o c&eacute;rebro a instintivamente enviar o comando do bocejo, que seria uma esp&eacute;cie de respira&ccedil;&atilde;o refor&ccedil;ada cheia de oxig&ecirc;nio novinho em folha.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/20/20153440071251.jpg" alt="Cientistas acreditavam que o bocejo podia ser uma " renova="" o="" do="" n="" vel="" de="" oxig="" nio="" no="" sangue="" />Cientistas acreditavam que o bocejo podia ser uma "renova&ccedil;&atilde;o" do n&iacute;vel de oxig&ecirc;nio no sangue
Isto, &eacute; claro, &eacute; apenas uma teoria... e uma que parece que j&aacute; foi derrubada faz tempo. Em 1987, o Dr. Robert Provine era tido como o maior expert quando o assunto era bocejos. Provine, que era professor na Univerisidade do Condado de Baltimore, em Maryland, nos EUA, realizou um experimento com quatro volunt&aacute;rios que deviam respirar diferentes fases com variadas propor&ccedil;&otilde;es de di&oacute;xido de carbono e de oxig&ecirc;nio por 30 minutos.
Durante o teste, ningu&eacute;m bocejou mais que o normal, ent&atilde;o a hip&oacute;tese logo foi descartada. Experimentos similares foram feitos novamente em 2007 na Universidade da Alb&acirc;nia e os resultados foram basicamente os mesmos.
<h3>Mente fresca</h3>
Outros testes sugerem uma teoria um pouco diferente. Segundo eles, o bocejo seria uma forma de o nosso corpo resfriar o interior da cabe&ccedil;a &mdash; mais especificamente a regi&atilde;o onde fica o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122754-por-que-nossos-cerebros-tem-dobras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">c&eacute;rebro</a>. Como a respira&ccedil;&atilde;o pelo nariz puxa ar fresco pelas narinas, o interior da regi&atilde;o nasal fica mais fresquinho, e da&iacute; veio a ideia de um teste bastante engenhoso: cientistas puseram toalhas mornas na testa de um grupo de volunt&aacute;rios e toalhas frias sobre a cabe&ccedil;a dos outros. Aqueles com o material mais fresquinho sobre a testa nem ao menos bocejaram, enquanto os demais soltaram diversos bocejos.
Assim, segundo essa nova hip&oacute;tese, o bocejo serve como uma esp&eacute;cie de sistema de resfriamento cerebral, que visa manter nosso c&eacute;rebro fresquinho e nossa efici&ecirc;ncia mental funcionando no melhor n&iacute;vel poss&iacute;vel.
<h3>Eu bocejo, tu bocejas</h3>
Antes de terminar a explica&ccedil;&atilde;o, &eacute; preciso lembrar daquele fato curioso mencionado no come&ccedil;o do texto: quando vemos algu&eacute;m bocejando, a rea&ccedil;&atilde;o geralmente &eacute; de tamb&eacute;m bocejar. E isto n&atilde;o ocorre s&oacute; entre humanos: voc&ecirc; pode, por exemplo, ver seu cachorro bocejar e soltar um imenso bocejo logo em seguida.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/20/20153442508252.jpg" alt="Voc&ecirc; j&aacute; deve ter bocejado ao ver seu pet bocejar e vice-versa" />Voc&ecirc; j&aacute; deve ter bocejado ao ver seu pet bocejar e vice-versa
A explica&ccedil;&atilde;o para isto pode ser a seguinte: criaturas que vivem em grupo geralmente s&atilde;o mais atentas ao comportamento de seus companheiros. Neste caso, ao perceber que um dos membros est&aacute; bocejando, os demais recebem o alerta de que a atividade cerebral pode estar abaixo do esperado, fazendo com que instintivamente o corpo realize um bocejo para resfriar a regi&atilde;o cerebral.
Se todo mundo bocejar, o grupo ent&atilde;o volta a ficar vigilante, garantindo um aumento na seguran&ccedil;a e no alerta do grupo. A natureza &eacute; realmente fascinante!

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Afinal, por que bocejamos? 

Imagem de Radka Argirova: a cientista que contrabandeou o vírus do HIV no megacurioso

Nos anos 1980, Radka Argirova ficou famosa por levar ilegalmente e de propósito o HIV para a Bulgária

<head></head><body>Recentemente, a humanidade se viu cheia de dúvidas sobre uma nova doença: a covid-19. Especuladores e cientistas debatiam sobre o tema nos meios de comunicação e, em alguns casos, confundiam o público sobre o que era verdade e o que era mentira sobre a enfermidade.Não foi a primeira vez que isso aconteceu. Há cerca de 40 anos, as pessoas estavam confusas e assustadas com a AIDS. A desinformação era tanta que governos não sabiam o que fazer e, movidos pelo preconceito, colocaram em risco os cidadãos do próprio país.Contudo, o trabalho de cientistas foi fundamental para ajudar os países a se organizarem e enfrentarem esse desafio. Esse trabalho rendeu histórias interessantes, como a da pesquisadora Radka Argirova. Ela literalmente contrabandeou o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123746-possivel-vacina-contra-o-hiv-funciona-em-97-voluntarios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vírus do HIV</a> para a Bulgária, seu país.<h2>Por que ela levou o HIV para a Bulgária?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/19/19132326199215.jpg" alt="Radka Argirova (Fonte: Reprodução: BBC Brasil)">Radka Argirova (Fonte: Reprodução: BBC Brasil)Na década de 1980, o mundo vivia o auge da Guerra Fria, com o medo de que EUA e URSS entrassem em conflito. Entre outras coisas, essa situação gerava uma desconfiança mútua entre as duas potências.A Bulgária naquela época era uma república soviética e via as infecções por HIV como um problema do mundo ocidental. Todavia, trabalhadores que viajavam para fora do país, como marinheiros, voltavam infectados, o que exigia um plano de ação por parte dos búlgaros.Radka Argirova era uma virologista talentosa que teve a oportunidade de estudar em universidades renomadas. Ela sabia da importância de testar as pessoas sintomáticas e monitorar o comportamento do vírus. &nbsp;Contudo, ela não tinha acesso ao vírus em solo búlgaro para desenvolver os testes.Em 1985, ela participou de uma conferência sobre Leucemia. O encontro ocorreu em Hamburgo, na Alemanha Ocidental. Lá, em uma conversa informal, o pesquisador Robert Gallo perguntou à colega búlgara sobre a situação da AIDS em seu país.Ela respondeu que não existia testagem e que, portanto, não tinha como responder. Gallo então pediu que um colega preparasse o vírus para ser levado à Bulgária.As células contendo o vírus da AIDS foram colocadas em um recipiente vermelho, semelhante a uma garrafa de vinho tinto. Radka Argirova, então, contrabandeou o HIV para seu país, entrando para a história.Robert Gallo também entrou para a história da virologia. Graças às suas <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123247-contraceptivo-masculino-mostra-se-promissor-no-combate-ao-hiv.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pesquisas</a>, os testes para identificar a presença de HIV se tornaram possíveis.<h2>Pânico e polêmica na Bulgária</h2>Não demorou muito para que vazasse a informação de que uma cientista búlgara havia trazido para o país o temido vírus da AIDS — embora ele já estivesse circulando entre os cidadãos do país.A imprensa alertava a opinião pública sobre os riscos e Radka Argirova era submetida a constantes interrogatórios pelo governo. Para a sua sorte, alguns membros do governo da época compreenderam a importância do trabalho da virologista e a apoiaram.No ano seguinte, graças à coragem da pesquisadora, 2 milhões de búlgaros haviam sido testados para a doença, em 28 centros de pesquisa. Três anos depois, em um documentário local, a pesquisadora<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123577-o-gibi-porno-usado-para-o-combate-do-hiv-no-carandiru.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;explicava à população como o vírus era transmitido</a>, ajudando a tranquilizar o país."Qualquer tipo de contato doméstico, como compartilhar fones de ouvido, pratos ou copos, não tem absolutamente nada a ver com a transmissão desta infecção", explicou.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/19/19132217171214.jpg" alt="Radka Argirova falando aos búlgaros sobre o Covid-19 (Reprodução: BGNES)">Radka Argirova falando aos búlgaros sobre o Covid-19 (Reprodução: BGNES)Hoje, Radka Argirova ainda trabalha como virologista na Bulgária. Durante a pandemia de covid-19, ela ajudou os búlgaros em relação à nova doença.</body>

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Radka Argirova: a cientista que contrabandeou o vírus do HIV

Imagem de Andar 5 minutos a cada meia hora sentado evita risco de doenças no megacurioso

Exercícios realizados entre longas sessões sentado ajudam a manter a saúde em dia e evitam complicações da rotina homeoffice

<head></head><body>Uma pesquisa recém-publicada pela ONG Mayo Clinic reforça a importância de realizar <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120752-6-exercicios-para-tornar-a-ansiedade-algo-produtivo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">exercícios</a> após longos períodos com o corpo em repouso. Segundo estudos da instituição, cumprir cinco minutos de caminhada a cada 30 minutos sentado evita o risco de maiores complicações ao organismo, incluindo <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/103758-fique-esperto-12-curiosidades-relacionadas-com-doencas-cardiacas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doenças cardiovasculares</a>, aumento da pressão arterial, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122193-novo-tratamento-consegue-curar-pacientes-com-cancer-de-colon.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">câncer</a> e outros problemas de saúde.O projeto se baseou em diversos testes planejados para intervalos distintos entre os exercícios e os momentos de repouso. Para isso, Keith Diaz, professor associado de medicina comportamental na Columbia University Vagelos College of Physicians and Surgeons e coautor da pesquisa, dividiu um grupo de 11 adultos voluntários em cinco baterias distintas: um minuto de caminhada a cada 30 minutos sentado, um minuto após 60 minutos, cinco minutos a cada 30 minutos, cinco minutos a cada 60 minutos e a ausência total de períodos de caminhada.Cada participante — todos na faixa de 40 a 60 anos e sem sintomas de diabetes ou hipertensão — se sentou em uma cadeira ergonômica por um total de 8h e podiam utilizar esse tempo para ler, trabalhar em um computador pessoal e utilizar telefone, enquanto eram regularmente alimentados e hidratados. Nesse tempo, eles se levantavam apenas para ir ao banheiro ou caminhas por prazos determinados em uma esteira próxima à mesa de escritório.Dos intervalos estipulados pelo projeto, apenas um resultou em conclusões mais efetivas para a manutenção da saúde do indivíduo: cinco minutos a cada 30 minutos sentado. Esse regime reduziu significativamente a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118484-6-sintomas-que-podem-indicar-hipertensao-arterial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pressão arterial</a> e os níveis de açúcar no sangue em quase 60%, bem como afetou a resposta a grandes refeições. “Se não tivéssemos comparado várias opções e variado a frequência e a duração do exercício, só poderíamos fornecer às pessoas nossos melhores palpites sobre a rotina ideal”, comenta Diaz.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/16/16032058125000.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Em relação aos outros períodos, caminhar um minuto a cada 30 minutos resultou em benefícios modestos para os níveis de açúcar no sangue, enquanto um ou cinco minutos a cada 60 minutos sentado não trouxe vantagens nesse aspecto. Já os níveis de pressão arterial apresentaram reduções entre 4 a 5 milímetros de mercúrio (mmHg) em todos os intervalos com caminhada. “Esta é uma redução considerável, comparável à redução que você esperaria de se exercitar diariamente por seis meses”, completa o autor do projeto.&nbsp;<h2>Exercícios também melhoram o humor</h2>A Mayo Clinic também determinou que os exercícios após um tempo de repouso do corpo podem melhorar questões envolvendo fadiga e humor. Isso significa que pessoas que praticam tais rotinas tendem a repetir esses comportamentos pelo simples fato deles fazerem bem e construírem hábitos agradáveis. Níveis de cognição não apresentaram nenhuma variação de resultados nos testes.“O que sabemos agora é que, para uma saúde ideal, você precisa se movimentar regularmente no trabalho, além de uma rotina diária de exercícios”, disse Diaz. “Embora isso possa parecer impraticável, nossas descobertas mostram que mesmo pequenas caminhadas durante o dia de trabalho podem reduzir significativamente o risco de doenças cardíacas e de outras doenças crônicas.”Agora, a equipe está testando 25 intervalos diferentes de caminhada e de vários tipos de exercícios em uma quantidade maior de voluntários.</body>

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Andar 5 minutos a cada meia hora sentado evita risco de doenças

Imagem de Membro da aristocracia, bebê do século XVI morreu por falta de luz solar no megacurioso

Cientistas encontraram múmia de uma criança da nobreza que, ao que tudo indica, faleceu por falta de nutrientes

<head></head><body>Tentar entender o passado requer que os cientistas analisem uma variedade de peças que os séculos deixaram até hoje, entre elas, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123563-sokushinbutsu-a-antiga-pratica-budista-da-automumificacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">múmias</a>. Recentemente, a múmia de um pequeno bebê europeu ajudou pesquisadores alemães e austríacos a compreenderem os impactos da falta de vitamina D em crianças pequenas.Isso porque os pesquisadores tiveram acesso a uma múmia infantil, datada do século XVI. O corpo encontrado em excelente estado de preservação pertencia a uma criança da nobreza, uma vez que estava enterrado na cripta da família dos condes de Starhemberg.<h2>Doente e desnutrido</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodução: Nerlich et al, Fronteiras, 2022&nbsp;" data-fonte-url="https://www.frontiersin.org/files/Articles/979670/fmed-09-979670-HTML/image_m/fmed-09-979670-g003.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/18/18180446673471.jpg" alt="Múmia de criança mostra como o comportamento da nobreza da época prejudicava a saúde infantil. (Reprodução: Nerlich et al, Fronteiras, 2022)">Múmia de criança mostra como o comportamento da nobreza da época prejudicava a saúde infantil. (Reprodução: Nerlich et al, Fronteiras, 2022)Os cientistas realizaram uma série de exames na múmia, com o objetivo de descobrir qual teria sido a causa de sua morte. Para preservar a estrutura do corpo, os pesquisadores usaram exames de imagem, como tomografias computadorizadas, análise dos tecidos e datação por radiocarbono.Os resultados mostraram que o menino faleceu com cerca de um ano (de 10 a 18 meses), provavelmente entre os anos de 1550–1635.Apesar de estar acima do peso, a criança sofria com a falta de nutrientes, o que afetou o seu desenvolvimento ósseo. De acordo com os resultados dos exames, o bebê tinha escorbuto, doença causada pela falta de vitamina C.Os sinais da falta de vitamina D também chamaram a atenção dos estudiosos, indicando que a falta de contato da criança com a luz solar pode ter prejudicado o desenvolvimento dos ossos.A desnutrição fez com que o pequeno nobre desenvolvesse uma condição chamada de “rosário raquítico”. Trata-se de uma deformidade óssea que faz com que as cartilagens das costelas se calcifiquem.Atualmente, essa condição é mais comum em crianças em vulnerabilidade social, que não têm acesso a uma alimentação adequada. Esse não era o caso da múmia estudada pelos pesquisadores alemães, uma vez que ele pertencia à nobreza.A hipótese mais provável para a falta de vitamina D era a inexistência de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123137-tomar-sol-la-onde-o-sol-nao-bate-faz-bem-ou-mal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">exposição solar</a> para que a pele do bebê ficasse o mais branca possível. Durante muitos séculos, a pele mais bronzeada era associada ao trabalho braçal, enquanto a pele alva e pálida era comum na nobreza.<h2>Qualidade de preservação da múmia surpreendeu</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodução: Nerlich et al, Fronteiras, 2022&nbsp;" data-fonte-url="https://www-frontiersin-org.translate.goog/files/Articles/979670/fmed-09-979670-HTML/image_m/fmed-09-979670-g002.jpg?_x_tr_sl=auto&amp;_x_tr_tl=pt&amp;_x_tr_hl=pt-BR&amp;_x_tr_pto=wapp"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/18/18180634360474.jpg" alt="(Reprodução: Nerlich et al, Fronteiras, 2022)">(Reprodução: Nerlich et al, Fronteiras, 2022)<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123595-mumificacao-tinha-outra-finalidade-no-egito-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Encontrar múmias</a> em bom estado é como um presente para qualquer estudioso. Nesse caso, a preservação dos tecidos foi comemorada pelos pesquisadores.“A pele das paredes ventral, dorso-torácica e abdominal estava completamente intacta, sem qualquer evidência de incisões ou outras manipulações. Estava consideravelmente escurecido, mas fora isso muito bem preservado, por exemplo, as unhas dos dedos das mãos e dos pés estavam intactas”, diz o artigo.O bebê estava enterrado na cripta da família, vestido com um capuz de seda. “O pequeno corpo sobreviveu até os dias atuais devido ao fato de ser membro de uma família da alta aristocracia com um enterro em uma cripta protetora”, diz a pesquisa.</body>

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Membro da aristocracia, bebê do século XVI morreu por falta de luz solar

Imagem de  5 curiosidades sobre a doação de sangue no megacurioso

Doar sangue pode ajudar a salvar até quatro vidas, pode ser feito por pessoas com tatuagens ou piercings e pode proporcionar um dia de folga no trabalho

No Brasil, cerca de 4 milh&otilde;es de pessoas s&atilde;o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120540-por-que-ha-diferencas-entre-os-tipos-de-sangue.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doadoras de sangue</a>. O n&uacute;mero pode parecer expressivo, mas representa apenas 1,8% da popula&ccedil;&atilde;o do pa&iacute;s. Isso &eacute; quase metade do que recomenda a Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS) &mdash; segundo a entidade, um pa&iacute;s deve ter pelo menos 3% de doadores em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; sua popula&ccedil;&atilde;o total.
Existem v&aacute;rios fatores para esse n&uacute;mero baixo, como desconhecimento, medo ou condi&ccedil;&otilde;es de sa&uacute;de que realmente impedem a doa&ccedil;&atilde;o. Se voc&ecirc; pensa em doar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112600-a-qual-velocidade-o-sangue-percorre-o-corpo-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sangue</a>, mas est&aacute; em algum desses grupos, pode conferir algumas curiosidades que podem ajudar na decis&atilde;o.
<h2>1. Quantos litros de sangue s&atilde;o retirados?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/18/18185357494505.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
A cada doa&ccedil;&atilde;o costumam ser retirados cerca de 480 ml. O valor &eacute; padr&atilde;o e n&atilde;o depende do sexo, e &eacute; isso que delimita o peso m&iacute;nimo de uma pessoa. &Eacute; recomendado que o volume total de sangue doado n&atilde;o ultrapasse os 8 ml/kg para as mulheres e 9 ml/kg para os homens. Como a doa&ccedil;&atilde;o costuma variar entre 400 ml e 450 ml, esse &eacute; o peso m&iacute;nimo exigido no Brasil. Al&eacute;m do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121074-6-fatos-pouco-conhecidos-sobre-o-sangue-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sangue</a> que vai ser usado na doa&ccedil;&atilde;o, tamb&eacute;m s&atilde;o retirados 30 ml para a realiza&ccedil;&atilde;o de exames laboratoriais exigidos por leis.
O tempo de espera entre doa&ccedil;&otilde;es &eacute; de dois meses para homens e tr&ecirc;s para mulheres. Essa diferen&ccedil;a est&aacute; relacionada com o tempo que o corpo leva para repor o sangue doado e os seus componentes. Embora o volume coletado n&atilde;o ultrapasse os 15% do volume total que o doador tem, plaquetas, gl&oacute;bulos e a concentra&ccedil;&atilde;o de ferro costumam levar mais tempo para voltar &agrave; quantidade normal. Por&eacute;m, o volume doado &eacute; reposto naturalmente pelo organismo em at&eacute; 24 horas ap&oacute;s a doa&ccedil;&atilde;o.
<h2>2. Adolescentes e idosos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/18/18185359834506.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Atualmente, a idade m&iacute;nima para que uma pessoa possa doar sangue &eacute; de 16 anos. Para menores de idade, &eacute; necess&aacute;ria a presen&ccedil;a dos pais ou de um respons&aacute;vel legal. Alguns locais aceitam um termo de autoriza&ccedil;&atilde;o, que deve ser apresentado junto da documenta&ccedil;&atilde;o exigida &mdash; esses detalhes podem ser obtidos no hemobanco da cidade onde se apresenta para a realiza&ccedil;&atilde;o da doa&ccedil;&atilde;o.
A partir dos 16 anos, a pessoa pode seguir como doadora at&eacute; os 69 anos, desde que acima do peso m&iacute;nimo e que n&atilde;o tenha nenhuma condi&ccedil;&atilde;o que impe&ccedil;a a doa&ccedil;&atilde;o.&nbsp;
<h2>3. Piercing e tatuagem</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/13/13105046055092.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)" />(Fonte: Unsplash)
Pessoas com piercing ou tatuagem tamb&eacute;m podem realizar doa&ccedil;&otilde;es de sangue. O tempo m&iacute;nimo entre o procedimento e a doa&ccedil;&atilde;o costuma variar de 6 meses a um ano &mdash; h&aacute; alguns anos era exigido um ano ap&oacute;s a &uacute;ltima tatuagem, mas atualmente alguns lugares aceitam doa&ccedil;&atilde;o depois de seis meses.
A exce&ccedil;&atilde;o existe apenas para pessoas que t&ecirc;m piercing em regi&otilde;es mucosas, como boca ou genit&aacute;lia. Nesse caso, a doa&ccedil;&atilde;o de sangue s&oacute; &eacute; aceita 12 meses ap&oacute;s a retirada do piercing. Essa exig&ecirc;ncia existe porque esses lugares oferecem mais riscos de contamina&ccedil;&atilde;o.
<h2>4. Doadores de sangue t&ecirc;m alguns benef&iacute;cios</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/18/18185401784507.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Al&eacute;m de fazer uma boa a&ccedil;&atilde;o e ajudar a salvar at&eacute; quatro vidas, doar sangue tamb&eacute;m pode garantir alguns benef&iacute;cios para o doador. No Brasil, a pessoa que trabalha em regime de Consolida&ccedil;&atilde;o das leis do trabalho (CLT), &ldquo;poder&aacute; deixar de comparecer ao servi&ccedil;o, sem preju&iacute;zo do sal&aacute;rio, por um dia, a cada 12 meses, em caso de doa&ccedil;&atilde;o volunt&aacute;ria de sangue devidamente comprovada&rdquo;.
Outro benef&iacute;cio &eacute; que, em alguns casos, os doadores podem ter prioridade em consultas m&eacute;dicas e odontol&oacute;gicas do Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS). Finalmente, os estados oferecem benef&iacute;cios como meia-entrada em shows, cinema e outras atividades culturais. Nesse caso, &eacute; necess&aacute;rio consultar a legisla&ccedil;&atilde;o do estado em que voc&ecirc; mora.
<h2>5. Pessoas com algumas doen&ccedil;as n&atilde;o podem doar sangue</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/18/18185404306508.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
O principal motivo que impede uma doa&ccedil;&atilde;o est&aacute; relacionado &agrave; sa&uacute;de da pessoa. &Eacute; o caso de quem teve hepatite depois dos 11 anos, ou teve mal&aacute;ria do tipo Plasmodium malariae. Quem tem doen&ccedil;as transmitidas pelo sangue como Hepatites B e C, Aids, doen&ccedil;as associadas aos v&iacute;rus HTLV e Doen&ccedil;a de Chagas tamb&eacute;m n&atilde;o pode realizar doa&ccedil;&atilde;o, assim como pessoas com problemas de coagula&ccedil;&atilde;o.

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 5 curiosidades sobre a doação de sangue

Imagem de Micróbios no cérebro: bactérias causam doenças neuropsiquiátricas? no megacurioso

Estudiosos encontraram indícios de que um microbioma tão complexo quanto o do nosso intestino também pode existir no nosso cérebro

Voc&ecirc; sabia que podem existir bact&eacute;rias vivendo no nosso c&eacute;rebro? Pois &eacute;, estudiosos encontraram ind&iacute;cios de que um microbioma t&atilde;o&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/43067-gases-do-bem-te-los-frequentemente-significa-que-voce-e-saudavel.htm" target="_blank" title="Gases do bem: t&ecirc;-los frequentemente significa que voc&ecirc; &eacute; saud&aacute;vel">complexo quanto o do nosso intestino</a> tamb&eacute;m pode existir no nosso c&eacute;rebro, fazendo com que os micro-organismos tenham fun&ccedil;&otilde;es essenciais nesse &oacute;rg&atilde;o central.
Tais descobertas foram feitas por pesquisadores da Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, que cogitaram a hip&oacute;tese desses micr&oacute;bios serem respons&aacute;veis por problemas comportamentais. No entanto, acredito muito mais na quest&atilde;o gen&eacute;tica como precursora e que certos tipos de traumas ou obst&aacute;culos no desenvolvimento podem desencadear <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122908-depressao-conheca-os-6-tipos-mais-comuns-da-doenca.htm" target="_blank" title="Depress&atilde;o: conhe&ccedil;a os 6 tipos mais comuns da doen&ccedil;a">problemas psicol&oacute;gicos</a>.
No recente estudo publicado intitulado&nbsp;Is there a brain microbiome? ("existe um microbioma no c&eacute;rebro?" em portugu&ecirc;s), &eacute; poss&iacute;vel ter mais detalhes de como as descobertas ajudaram os cientistas a desvendar mais coisas sobre o assunto.
"Numerosos estudos identificaram sequ&ecirc;ncias microbianas ou ep&iacute;topos em amostras patol&oacute;gicas e n&atilde;o patol&oacute;gicas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123704-cientistas-debatem-papel-de-virus-em-casos-de-esclerose-multipla.htm" target="_blank" title="Cientistas debatem papel de v&iacute;rus em casos de esclerose m&uacute;ltipla">c&eacute;rebro humano</a>. N&atilde;o foi resolvido se essas observa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o artefatos ou representam verdadeiramente a popula&ccedil;&atilde;o do c&eacute;rebro por micr&oacute;bios", diz trecho do estudo.
Esse estudo mostra que dada a especula&ccedil;&atilde;o tentadora de que os micr&oacute;bios residentes poderiam desempenhar um papel em muitas doen&ccedil;as neuropsiqui&aacute;tricas e neurodegenerativas que atualmente carecem de etiologias claras, h&aacute; uma forte motiva&ccedil;&atilde;o para determinar a "verdade fundamental" da exist&ecirc;ncia microbiana em c&eacute;rebros vivos.
Ou seja: os micr&oacute;bios podem ter, sim, liga&ccedil;&atilde;o com o desenvolvimento ou funcionamento de doen&ccedil;as neuropsiqui&aacute;tricas, mas ainda s&atilde;o necess&aacute;rios mais estudos que desvendem a real liga&ccedil;&atilde;o entre as bact&eacute;rias e eles. N&atilde;o descarto, por&eacute;m, a possibilidade da rela&ccedil;&atilde;o com as doen&ccedil;as &mdash; inclusive, os micr&oacute;bios podem, sim, ser respons&aacute;vel por alguns tipos, mas n&atilde;o podemos generalizar.

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Micróbios no cérebro: bactérias causam doenças neuropsiquiátricas?

Imagem de Elizabeth Kenny: a criadora da fisioterapia moderna no megacurioso

A enfermeira australiana revolucionou a forma de tratar doentes e com isso criou as bases da fisioterapia 

<head></head><body>Elizabeth Kenny, também conhecida como Sister Kenny, foi uma enfermeira australiana conhecida por sua abordagem alternativa no tratamento da poliomielite. Ela nasceu em uma família de classe média baixa na Austrália rural e recebeu pouca educação formal. Apesar disso, Kenny tinha um grande interesse em medicina, então tornou-se enfermeira voluntária. &nbsp;Quando começou a atender pacientes com poliomielite, ela não sabia exatamente como tratá-los, então criou um método próprio que revolucionou a medicina e a fisioterapia. &nbsp;<h2>O Método Kenny</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/16/16164629238359.jpg" alt="A poliomielite, ou paralisia infantil, era tratada de forma totalmente diferente antes de Sister Kenny. (Fonte: Shutterstock)">A poliomielite, ou paralisia infantil, era tratada de forma totalmente diferente antes de Sister Kenny. (Fonte: Shutterstock)De acordo com relatos históricos, Kenny se deparou pela primeira vez com <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122784-6-fatos-importantes-sobre-a-polio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crianças com poliomielite</a> enquanto trabalhava como enfermeira na Austrália rural, e não sabia como aliviar sua dor. Com base em uma recomendação de um cirurgião que conhecia, ela decidiu tentar usar o calor como medida para aliviar a dor. Ela tentou colocar tiras de pano quente e úmido sobre as áreas afetadas, e descobriu que essa abordagem reduzia a dor em alguns de seus pacientes. A partir daí, ela continuou a desenvolver e aperfeiçoar seu método, que ficou conhecido como Método Kenny.&nbsp;Ele representou uma mudança significativa em relação ao tratamento padrão da época, já que a abordagem tradicional para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121995-desde-2014-doenca-misteriosa-parecida-com-a-polio-preocupa-os-medicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tratamento da poliomielite&nbsp;</a>se concentrava na imobilização e no repouso na cama para prevenir deformidades e complicações. Já o tratamento usado por Kenny combinava o calor a exercícios leves para ajudar os pacientes a recuperar a força e a prevenir o emagrecimento muscular.Além disso, Kenny se concentrava no paciente individual e em suas necessidades, o que foi uma mudança fundamental na forma como a medicina era encarada. Ao envolver os pacientes no próprio processo de recuperação, respeitando sua autonomia e encorajando-os a participar ativamente, ela quebrou com a prática médica da época, na qual as ordens do médico eram seguidas sem questionamentos e os pacientes eram considerados receptores passivos do tratamento.<h2>Ceticismo por parte dos médicos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/16/16164631613360.jpg" alt="A comunidade médica relutou em aceitar o médoto de Kenny. (Fonte: Shutterstock)">A comunidade médica relutou em aceitar o médoto de Kenny. (Fonte: Shutterstock)A comunidade médica inicialmente recebeu o método de tratamento de Sister Kenny com ceticismo e resistência. Alguns médicos <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122780-7-motivos-para-o-aumento-de-doencas-infecciosas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">criticavam seu tratamento como não científico</a> e argumentavam que sua abordagem não era apoiada por pesquisas ou evidências suficientes. Outros questionavam suas qualificações para praticar medicina e a criticavam por promover sua forma de tratamento sem credenciais ou treinamento adequados.Foi somente na década de 1940 que seu método ganhou maior aceitação e começou a ser adotado mais amplamente pela comunidade médica. O Sister Kenny Institute, inaugurado em Minneapolis em 1942, foi o primeiro centro de reabilitação dos Estados Unidos a usar o método de Sister Kenny e isso ajudou a aumentar a conscientização sobre tal abordagem. Hoje, Elizabeth Kenny é considerada a criadora da fisioterapia como a conhecemos.</body>

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Elizabeth Kenny: a criadora da fisioterapia moderna

Imagem de Jacqui Saburido: a maior ativista contra a direção embriagada no megacurioso

Após ter o carro atingido por um motorista bêbado, Saburido teve o corpo destruído e passou por 100 cirurgias ao longo de sua vida

<head></head><body>Conforme um levantamento feito pela Organização Pan-Americana de Saúde e publicado na revista Addction&nbsp;em abril de 2021, o consumo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123823-ate-2013-a-cerveja-nao-era-considerada-alcool-na-russia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bebida alcoólica</a> nas Américas causou em média 85 mil mortes entre 2013 e 2015, onde o consumo per capita é 25% maior que a média mundial.A European Commission fez uma investigação e concluiu que das 1,15 milhão de <a href="https://www.megacurioso.com.br/carros/42547-um-quinto-das-vitimas-bebe-antes-de-dirigir-revela-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mortes anuais nas estradas do mundo,</a> cerca de 273 mil envolveram pelo menos um motorista embriagado. Poucos países possuem uma taxa de mortes no trânsito pior do que os Estados Unidos, onde cerca de 28 pessoas morrem por dia por dirigir embriagado.Em 1999, Jacqui Saburido, de apenas 20 anos, se tornou o rosto da campanha mundial contra a direção alcoolizada após ser vítima de um acidente que destruiu sua aparência — e quase sua vida.<h2>O dia que tudo mudou</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/10/10140650977417.jpg" alt="Jacqui Saburido antes do acidente. (Fonte: BBC/Reprodução)">Jacqui Saburido antes do acidente. (Fonte: BBC/Reprodução)Na madrugada de 19 de setembro de 1999, quando Saburido voltava para sua casa com quatro amigos após uma festa de aniversário, em Austin, Texas —, o Oldsmobile 98 Regency que era conduzido por seu colega de classe teve o caminho cruzado pelo veículo de Reginald Stephey, de 18 anos, que dirigia embriagado.O colega de classe e uma das passageiras do banco de trás morreram no local, sendo que Saburido foi a única que continuou presa nas ferragens quando o carro pegou fogo. Os paramédicos conseguiram apagar as chamas com muito custo assim que chegaram, mas a essa altura 60% do corpo de Saburido já havia sido consumido pelo fogo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/10/10140746064418.jpg" alt="Saburido após o acidente. (Fonte: New York Post/Reprodução)">Saburido após o acidente. (Fonte: New York Post/Reprodução)Inconsciente, a estudante venezuelana, que estava nos EUA há menos de um mês e não tinha plano de saúde, foi conduzida para a unidade de queimados em um hospital de Galveston. Ela foi submetida a 40 cirurgias, entre enxertos e recuperação de tecido — e que chegaram a 100 ao longo de sua vida —, ultrapassando US$ 5 milhões em contas médicas.Além de ter a aparência destruída de maneira definitiva, Saburido perdeu os dedos das mãos e parte considerável de sua visão, interrompendo totalmente seus planos de vida.<h2>Jornada de resignação</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/10/10141805162420.jpg" alt="(Fonte: Não Acredito/Reprodução)">(Fonte: Não Acredito/Reprodução)A história da jovem ganhou o mundo apenas 3 anos depois do devastador acidente, quando ela gravou um vídeo de apenas 30 segundos como parte de uma propaganda sobre a conscientização em relação às consequências da direção embriagada, mostrando uma foto de antes do acidente ao lado de seu rosto completa e permanentemente desfigurado devido à inconsequência de Stephey — condenado por duas acusações de homicídio culposo e sentenciado a 7 anos de prisão.O tormento de Stephey acabou em 2008, quando foi solto, mas o de Saburido, não. Embora ela tenha aceitado com resignação seu destino, nada diminui o fato que ela foi privada de uma vida e carreira extraordinária, sem o sofrimento estético, psicológico e físico de um acidente nessa proporção e que só aconteceu porque um jovem achou que conseguiria dar conta de um volante após beber algumas latas de cerveja.“Mesmo que eu tenha que aparecer em frente às câmeras sem orelhas, nariz, sobrancelhas e cabelos, eu faria isso mil vezes se fosse para ajudar nem que seja uma só pessoa a tomar a decisão certa”, observou Saburido em entrevista à BBC em 2019.Jacqui Saburido morreu em 20 de abril de 2019, na Guatemala, após muito batalhar contra um câncer. Ela tinha 40 anos.</body>

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Jacqui Saburido: a maior ativista contra a direção embriagada

Imagem de 6 procedimentos estéticos curiosos no megacurioso

Do transplante de cílios à criação de covinhas: confira os procedimentos mais inimagináveis

<head></head><body>Prótese de silicone, lipoaspiração ou rinoplastia. Procedimentos como esses são realizados com tanta frequência que são tratados quase como itens de consumo. O que você talvez não saiba é que existem <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123374-medicos-fantasmas-o-lado-assustador-da-cirurgia-estetica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cirurgias estéticas</a> para praticamente todas as partes do corpo e todos os tipos de transformação. Confira alguns:<h2>1. Redução da mandíbula</h2>Esse procedimento promete ser uma solução mais duradoura para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120986-harmonizacao-facial-o-que-e-como-e-feita.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">harmonização</a> facial. Com a aplicação de Botox no músculo masseter, responsável pelos movimentos de mastigação, ocorre uma perda de força que faz com que essa parte fique menor e o rosto, consequentemente, mais fino.<h2>2. Transplante de cílios</h2>Ter cílios mais compridos e cheios muda completamente o visual. Para isso, existem técnicas como a extensão de cílios e também os cílios postiços. Mas se você estiver procurando por uma solução mais definitiva, pode optar por um transplante para essa parte dos olhos, que tal?Com a idade, é normal que esses pequenos pelos passem a ser mais caídos e em menor quantidade. O transplante é feito de forma semelhante a um de cabelo: novos cílios são implantados no lugar dos que caíram.<h2>3. Transplante de sobrancelhas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/11/11020939690016.jpg" alt="Sobrancelhas podem continuar naturais mesmo depois do transplante. (Fonte: Pexels/Reprodução)">Sobrancelhas podem continuar naturais mesmo depois do transplante. (Fonte: Pexels/Reprodução)Se tem como fazer transplante de cílios, por que não de sobrancelhas também? Essa pode ser uma solução para quem já tirou muitos pelinhos da região e agora sofrem por eles não crescerem mais ou por ter falhas. O pelo usado pode ser o próprio cabelo, retirado da parte de trás da cabeça, que passa a crescer normalmente.<h2>4. Otoplastia</h2>O intuito dessa cirurgia é corrigir as chamadas "orelhas de abano" e deixá-las menos aparentes em relação ao rosto. Para isso acontecer, as orelhas são levadas para mais perto da cabeça. O procedimento também pode ser feito em apenas um dos lados. Além disso, é necessário acompanhar os resultados para refazer o procedimento, se necessário.&nbsp;<h2>5. Umbilicoplastia</h2>Até mesmo o umbigo pode ser o foco de cirurgias. Forma e tamanho podem ser alterados, juntamente ou não com outras áreas, como a barriga, por exemplo. Por mais que pareça superficial, a cirurgia pode ser importante após casos de hérnia ou gravidez, que podem afetar a região.<h2>6. Criação de covinhas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/11/11021649385017.jpg" alt="Covinhas podem ser feitas a partir de uma cirurgia simples. (Fonte: Pexels/Reprodução)">Covinhas podem ser feitas a partir de uma cirurgia simples. (Fonte: Pexels/Reprodução)Se você sempre quis ter pontinhos aparentes no rosto ao sorrir, saiba que dá para pagar e ter suas próprias covinhas. A cirurgia é simples, feita a partir de uma incisão dentro da boca e depois uma ligação entre o músculo e a pele da bochecha. A intensão é justamente imitar a estrutura de uma covinha natural, que só aparece ao sorrir.Depois de conhecer tantas procedimentos, você arriscaria fazer algum deles? </body>

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6 procedimentos estéticos curiosos

Imagem de Por que temos medo de bonecas? no megacurioso

Os filmes de terror sabem como ninguém explorar esse nosso medo irracional

<head></head><body>Bonecas sempre foram uma presença constante em filmes de terror, com personagens assustadores como Chucky, Annabelle e, atualmente, M3GAN nos dando calafrios. Mas por que exatamente as bonecas são tão assustadoras para algumas pessoas?Segundo a psicóloga clínica Kate Wolitzky-Taylor, da Universidade da Califórnia, as pessoas não nascem com medo de bonecas. Em vez disso, o medo que sentimos é condicionado ao longo do tempo, provavelmente por <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121853-como-bonecas-assombradas-fundaram-um-mercado-milionario-no-ebay.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">todas as bonecas malignas</a> que vemos na cultura pop. Ver esses brinquedos consistentemente combinados com estímulos assustadores pode levar ao desenvolvimento de medo ou nervosismo quando somos confrontados com eles.<h2>Nosso cérebro é projetado para temer rostos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/13/13145745453260.jpg" alt="Nosso cérebro é treinado para identificar rostos. (Fonte: Shutterstock)">Nosso cérebro é treinado para identificar rostos. (Fonte: Shutterstock)Não é apenas a cultura pop que causa nosso medo de bonecas. Nosso cérebro também está programado para ter medo delas. Nós somos condicionados a ler rostos em busca de informações importantes sobre intenções, emoções e ameaças potenciais. Quando vemos um rosto que parece humano mas não é, isso perturba nossos instintos mais básicos.Frank McAndrew, psicólogo da Knox College, explicou em um paper que <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122240-barbie-a-fascinante-historia-e-legado-da-boneca-mais-famosa-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">as bonecas enviam sinais sociais que não sabemos como responder</a>. Elas parecem pessoas, mas não são, então na sua presença, ficamos em alerta máximo, mesmo que saibamos que não temos nada a temer.Também não são apenas as bonecas que desencadeiam este medo em nós. Qualquer coisa com um rosto realista que não conseguimos processar pode nos deixar nervosos, como personagens assustadores de alguns desenhos animados ou os rostos pintados dos palhaços. Até mesmo os assassinos mascarados em filmes de terror confiam neste medo do desconhecido para nos assustar.<h2>Pediofobia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/13/13145747443261.jpg" alt="O medo irracional de bonecas pode ser tratado. (Fonte: Shutterstock)">O medo irracional de bonecas pode ser tratado. (Fonte: Shutterstock)Embora bonecas possam parecer assustadoras <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122636-filmes-de-terror-o-poder-terapeutico-do-medo-na-saude-mental.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">para quem assiste a filmes de terror</a>, a maioria das pessoas não as vê como uma ameaça. No entanto, algumas pessoas têm um medo intenso e irracional conhecido como pediofobia.&nbsp;A causa exata da pediofobia ainda não é compreendida, mas pode ser desencadeada por um evento traumático, como assistir a um filme de terror com bonecas ou vivenciar um incidente remotamente ligado a elas. Essa fobia pode causar sintomas de ansiedade severos, incluindo sentimentos de medo intenso, dificuldade para respirar, dor ou aperto no peito, batimentos cardíacos acelerados, ataques de pânico, angústia, náusea e tontura. É importante lembrar que fobias são tratáveis. Geralmente, o tratamento inclui terapia de exposição, terapia cognitivo-comportamental, hipnose, terapia familiar, terapia virtual ou medicamentos.</body>

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