Imagem de Por que nossos cães não devem fazer cocô na natureza? no megacurioso

Estudos mostram que fezes de cães deixadas para trás em florestas são incômodo para outros seres humanos e problema para animais selvagens

<head></head><body>Pense no seguinte cenário: você saiu para fazer uma trilha com amigos e levou seu cachorro junto. No meio do caminho, o seu cão sentiu que a natureza lhe chamava e precisou fazer cocô no mato, mas você esqueceu de trazer um saco plástico consigo. No entanto, se <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123369-6-sentidos-que-os-animais-tem-e-os-humanos-nao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animais selvagens</a> fazem suas necessidades na floresta, por que seria um problema se você deixasse as fezes do seu cachorro para trás?A verdade é que não é assim que as coisas funcionam. Mesmo que pássaros, esquilos, macacos e tantos outros animais selvagens se aliviem na natureza sem que ninguém limpe os rastros, os nossos pets não fazem parte daquele habitat. E qual o problema disso tudo? Preste atenção nos próximos parágrafos!<h2>Incômodo para todos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/08/08014822933034.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)A primeira razão pela qual nós devemos nos preocupar com os excrementos de nossos animais de estimação é bastante simples: prezar pela segurança e conforto dos outros seres humanos que passarão por aquela região. Afinal, não é nada legal que as pessoas precisem ficar se esquivando das pilhas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123273-fetos-fazem-xixi-e-coco-dentro-do-utero.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cocô</a> que o seu cachorro deixou pelo chão — sem contar que isso pode gerar acidentes dependendo de quão estreita a trilha for.Você não ficaria feliz se acontecesse com você. Logo, um pouco de empatia é sempre bom. Porém, deixar os seus sapatos sujos não é o único tipo de situação delicada que esse tipo de descuido pode gerar. A verdade é que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123262-6-posicoes-que-os-caes-dormem-e-o-que-elas-significam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cães</a> podem abrigar muitos vírus, bactérias e parasitas maléficos para a vida selvagem.Estudos mostram que um único grama de fezes de um cachorro pode conter cerca de 23 milhões de bactérias, incluindo patógenos como giárdia e salmonela. Segundo a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, apenas dois a três dias de resíduos de 100 cães seria capaz de gerar bactérias, nitrogênio e fósforo suficientes para fechar 32 km de uma bacia hidrográfica própria para natação.<h2>Manejo de resíduos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/08/08014750676033.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Quando o assunto é recolher o cocô de seus animais de estimação, estudos feitos nos EUA mostram que apenas 60% dos donos realmente se preocupam com essa tarefa. Entre os 40% que simplesmente não ligam para o restante do planeta, as desculpas esfarrapadas incluem dizer que "uma hora tudo some na natureza" e que "outros animais selvagens também fazem cocô nas florestas".A última afirmação é um fato. Animais selvagens realmente fazem suas necessidades no chão sem que seres humanos tenham que se preocupar com isso. No entanto, essas criaturas estão consumindo recursos e nutrientes daquele ecossistema, prontamente devolvendo esses recursos para a natureza assim que conseguem.Ou seja, o sistema funciona como um circuito fechado sem ganho ou perda líquida de recursos. Quando incluímos nossos cães nessa equação, a matemática não bate e novos problemas passam a surgir por todos os lados. O ecossistema perde seu equilíbrio, solos podem apresentar distúrbios, fontes de água potáveis podem ser contaminadas e por aí vai.Sendo assim, ser um dono responsável de um animal de estimação inclui saber lidar com seus resíduos e também ter em mente que não podemos atrapalhar a vida no meio ambiente. Agora que você sabe tudo isso, não custa nada tirar 30 segundos do seu dia para recolher o cocô do seu cão do chão, não é mesmo?</body>

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Por que nossos cães não devem fazer cocô na natureza?

Imagem de Coreia do Norte inaugura fazenda moderna que produz o ano inteiro no megacurioso

País asiático aposta em tecnologia e inovação para produzir alimentos em maior escala para suprir a necessidade da população

<head></head><body>Lançada em outubro pelo líder norte-coreano <a href="https://www.megacurioso.com.br/politica/36106-8-curiosidade-sobre-kim-jong-um-o-lider-da-coreia-do-norte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Kim Jong-un</a>, a fazenda Ryonpho Greenhouse é um moderno empreendimento do governo projetado para combater a falta de alimentos no país, que tem pouco terreno cultivável e, por isso, sofre com a produção doméstica – além das sanções internacionais. A fazenda de estufas tem a capacidade de produzir vegetais e hortaliças o ano inteiro.A cerimônia de inauguração serviu não só para mostrar a fazenda, mas para comemorar um feriado importante na Coreia do Norte, o aniversário do Partido dos Trabalhadores.<h2 style="text-align: justify;">Alta tecnologia</h2>A grande aposta do projeto é na utilização de tecnologias avançadas que visam garantir a alta produtividade, a qualidade e a variedade dos produtos.&nbsp;Há desde a atenção com as condições climáticas de cada planta, alcançadas graças ao aquecimento geotérmico das estufas feito por meio de tubos, até a forma de alimentação de cada espécie, no qual se usa sistemas modernos de análise de líquidos nutritivos, tudo para acelerar e potencializar a produção.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/19/19124333762289.jpg" alt="A Ryonpho Greenhouse tem também casas para os trabalhadores. (Fonte: Rodong Sinmun/Divulgação)&nbsp;">A Ryonpho Greenhouse tem também casas para os trabalhadores. (Fonte: Rodong Sinmun/Divulgação)&nbsp;Com isso, a Coreia do Norte quer mostrar que está emprenhada com o alto desenvolvimento industrial do país, apostando forte na modernização da produção agrícola. &nbsp;A Ryonpho Greenhouse, localizada na área de Ryonpho, na província de Hamgyong do Sul, levou menos de oito meses para ser construída e conta com um total de 850 blocos de modernas estufas que estão distribuídas numa área de 280 hectares. O local ainda possui 1.000 casas para os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123114-5-profissoes-em-que-ninguem-quer-trabalhar-e-sua-media-salarial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">trabalhadores</a>.<h2 style="text-align: justify;">Antiga área de testes militares</h2>A área foi anteriormente usada para diversos testes militares, entre eles os lançamentos dos mísseis balísticos de curto alcance KN-25 e KN-23. A região, inclusive, é uma área considerada um centro de desenvolvimento de armas, possuindo até uma fábrica de mísseis. &nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/19/19124718022295.jpg" alt="Modelo de fazenda automatizada deve ser levado para todo o país. (Fonte: Rodong Sinmun/Divulgação)">Modelo de fazenda automatizada deve ser levado para todo o país. (Fonte: Rodong Sinmun/Divulgação)A fazenda norte-coreana é um modelo que o governo quer levar para todo o país, com o intuito de desenvolver a parte rural. De acordo com a mídia estatal, a província de Hamgyong do Sul, em especial sua capital Hamdong, são áreas estratégicas para o desenvolvimento da economia, principalmente pela aposta na ciência e na <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123252-4-novas-tecnologias-que-modernizaram-a-atuacao-dos-medicos-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tecnologia</a>. &nbsp;Esse modelo não é algo novo no país, já que em 2019 foi construída a fazenda Jungphyong Greenhouseu, na província de Hamgyong do Norte, que também conta com técnicas avançadas de produção. Contudo, seu tamanho é inferior ao da Ryonpho Greenhouse, tendo apenas 320 blocos de estufas.</body>

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Coreia do Norte inaugura fazenda moderna que produz o ano inteiro

Imagem de As Aventuras de Bertie Gregory: os bastidores da vida selvagem no megacurioso

Lançamento recente do streaming da Disney, As Aventuras de Bertie Gregory é uma jornada ao extremo que discute temas atuais sobre o meio ambiente

<head></head><body>Recentemente, o streaming Disney+ estreou o programa As Aventuras de Bertie Gregory que, em parceria com a National Geographic, trouxe fatos curiosos e impressionantes sobre uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123179-5-maneiras-de-desfrutar-a-vida-selvagem-ao-redor-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vida selvagem</a> muitas vezes inalcançável para nós. Além de emocionar com cenas extremas e empolgantes, a produção mostrou o olhar de um aventureiro sobre as mudanças de hábitos e os comportamentos de animais nos mais variados ecossistemas, revelando dinâmicas que apenas com a atual situação do <a href="https://www.megacurioso.com.br/terra/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">planeta</a> é possível observar.Em uma época em que tanto é discutido sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120674-6-lugares-que-nao-existem-por-conta-das-mudancas-climaticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudanças climáticas</a> e os impactos das ações humanas no meio ambiente, o show de Bertie Gregory surge com um olhar sobre como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110860-especies-ameacadas-de-extincao-podem-reaparecer-em-2019.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espécies ameaçadas</a> e outros indivíduos lidam com as tendências da natureza. Para isso, o cineasta utiliza técnicas capazes de o colocar como um espectador próximo dos nichos ecológicos e discute temas como abrigo, alimentação, competição e impacto do meio.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/18/18142507285291.jpg" alt="(Fonte: Disney+ / Reprodução)">(Fonte: Disney+ / Reprodução)Em seis episódios, os assinantes do serviço podem observar como o aumento das temperaturas reduz a taxa de sobrevivência de animais vulneráveis, desestabilizando o equilíbrio entre a vida selvagem e o ecossistema. Essas mudanças resultam em reajustes negativos na vegetação, nas fontes de alimentos, no <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122659-como-encontrar-agua-potavel-na-natureza.htm#:~:text=Se%20você%20tiver%20meios%20para,filtrada%20pode%20se%20tornar%20potável." rel="noopener noreferrer" target="_blank">acesso à água</a> e em outras dinâmicas essenciais para a manutenção das espécies. Com isso, grupos são forçados a se mudarem e atuarem como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119351-o-que-sao-especies-invasoras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">indivíduos invasores</a> e determinam padrões com alto risco de ineficiência.As Aventuras de Bertie Gregory é lançada em uma época pontual. Hoje, no dia 24 de outubro, é comemorado o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116563-nat-geo-exibe-especial-inedito-no-dia-contra-mudancas-climaticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Dia Internacional contra as Mudanças Climáticas</a> e o público será convidado para acolher a natureza e tomar ações concretas em prol do meio ambiente. A intenção da data é gerar consciência em pessoas de todas as idades, despertando-as para uma realidade que afeta cada vez mais as sociedades por meio de <a href="https://www.megacurioso.com.br/desastres-naturais/novidades/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desastres naturais</a> e que depende apenas da ação humana para ser reparada.<iframe width="650" height="450" src="https://www.youtube.com/embed/iVOcBwtF78o" title="Epic Adventures with Bertie Gregory | Official Trailer | Disney+" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Confira abaixo trechos da entrevista exclusiva que realizamos com o cineasta da nova série documental do Disney+:<h3>MegaCurioso: "Qual é o limite para um aventureiro como você? Algum dia você simplesmente parou e pensou 'não consigo seguir em frente'?"</h3>Bertie Gregory: "Eu penso bastante sobre o que seja a chave para a filmagem da vida selvagem. As pessoas costumam dizer que se trata de paciência, e eu diria que talvez seja verdade. Mas o mais importante são essas duas peças: paixão e persistência. E você fala sobre isso como acertar uma parede de tijolos, sente que não pode continuar. Mas o desafio é que a missão que temos é muito difícil, e é aí que você precisa ser persistente, e a paixão também é fundamental.&nbsp;Você tem que ler o sinal que você sabe que o ambiente está lhe dando. Um exemplo disso em Aventuras Épicas foi quando estávamos filmando na Antártida. Procurávamos por esses grandes encontros de baleias giratórias. E a pesquisa científica sugeriu que os maiores encontros de baleias acontecem bem no final da temporada no outono Antártico, que é quando o tempo fica muito ruim. Navegamos para a Antártida em um veleiro de 75 pés.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/18/18142603975292.jpg" alt="(Fonte: Disney+/Reprodução)">(Fonte: Disney+/Reprodução)E então você está à mercê do clima, e ele estava horrível. Então, nos meses que passamos no barco procurando essas baleias, tivemos seis dias o tempo todo, quando o oceano estava calmo o suficiente para sairmos e as procurarmos; e digo calmo o suficiente. Ainda estava bem tempestuoso, mas sim, é tudo uma questão de persistência, algo que houve muitas vezes ao longo dessa expedição. Eu pensei 'isso não é meu tipo de trabalho'. Vamos ficar presos nesta tempestade para sempre. E você sabe que tínhamos icebergs triturando a lateral do casco à noite enquanto estávamos tentando dormir.&nbsp;Mas sim, é tudo sobre persistência porque valeu a pena. E bem no final da filmagem, nos deparamos com uma enorme reunião do País de Gales. Foi, de fato, o maior encontro de qualquer outro lugar já filmado, e foi uma verdadeira honra ver isso e tentar fazer justiça a isso."<h3>MegaCurioso: "No documentário, você aprende bastante sobre a vida selvagem. Enquanto filmava, você se preparava para os próximos passos. Qual foi a lição mais importante que a natureza lhe ensinou?"</h3>Bertie Gregory: "Quer saber, a lição mais importante que obtive neste projeto foi que às vezes você falha. E eu acho que, quando você rola seu feed no Instagram, você vê as pessoas vencendo o tempo todo. Todo mundo está ganhando nas redes sociais, e essa não é a realidade. Às vezes você falha. E o que eu amo sobre o formato da série é que nós podemos falar sobre as falhas, já que somos honestos com o que acontece.No episódio dos golfinhos, nossa meta foi realizar uma missão no litoral da Costa Rica para tentar filmar um super grupo de golfinhos rodopiantes. Ele pode conter cinco ou até mesmo cem indivíduos. Fomos filmar esse grande grupo de golfinhos juntos, mas acabamos falhando quando chegamos lá. Não encontramos um sequer. E sim, normalmente você nunca escuta sobre isso, mas eu acho que é importante mostrar a realidade. A Mãe Natureza disse "não, você não verá isso".<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/18/18142709206293.jpg" alt="(Fonte: Disney+/Reprodução)">(Fonte: Disney+/Reprodução)Mas o que eu aprendi é que na falha, se você tem paixão e persistência, é capaz de ler as pistas, o meio ambiente. A Mãe Natureza pode negar algo a você, mas ela vai entregar outras coisas. E nós terminamos [o episódio] encontrando um espetáculo da vida selvagem que estava além dos nossos sonhos mais vorazes. E foi totalmente inesperado e diferente de tudo que havia sido planejado por nós, mas discutivelmente mais impressionante. Nós vimos pássaros no horizonte e, quando se está buscando vida marinha, eles são seus amigos.Eles frequentemente indicam que há algo debaixo das águas. Então fomos em direção a elas, peguei meu equipamento de mergulho, saltei na água e de repente fui cercado por quase cinco mil atuns amarelos que eram tão grandes quanto eu, nadando a 50 milhas por hora em um grande recipiente de lagostim. E havia raias móveis que pareciam espaçosas voando pela água, também se alimentando de peixes, e cerca de uma centena de golfinhos malhados. Então, sim, essa foi minha grande lição neste projeto: às vezes você falha. Mas se você continuar sendo apaixonado e persistente, a Mãe Natureza lhe dará uma coisinha que você não esperava."<h3>MegaCurioso: Vamos falar sobre mudanças climáticas. Nós temos o impacto de eventos extremos no planeta. Como você vê essas questões afetando seu trabalho e sua rotina?</h3>Bertie Gregory: "Sim, eu acho que em um nível prático. Está tornando as coisas realmente desafiadoras, já que nós gastamos normalmente cerca de um mês por episódio para filmá-lo, algo que representa um bom tempo. Mas, relativamente falando, não é tão longo, pois vários eventos desses animais são encontrados em uma época do ano bastante específica.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/18/18142807647298.jpg" alt="(Fonte: Disney+/Reprodução)">(Fonte: Disney+/Reprodução)Mas, devido às mudanças climáticas, esses eventos selvagens estão ficando cada vez menos previsíveis. Então, para onde nós formos, estaremos encontrando esses desafios. E obviamente isso é falando de um nível prático, em uma abordagem mais emocional. Em um nível mais importante está tendo um sério impacto sobre a vida selvagem, e no show nós mostramos as ameaças que esses animais estão enfrentando e também documentamos alguns dos aspectos positivos, porque a mudança climática é a maior ameaça que você conhece.Os seres humanos e o mundo natural estão enfrentando isso agora. E tudo pode ficar bastante sombrio e deprimente. Mas há boas notícias. Há positividade. Há esperança. E eu acho que é importante focar nisso, porque, sim, tudo pode ficar bem sombrio e deprimente. Mas temos que nos concentrar no que podemos fazer para resolver o problema. E tive a sorte de conhecer algumas pessoas neste projeto que já estão fazendo ótimas coisas para ajudar nisso."</body>

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As Aventuras de Bertie Gregory: os bastidores da vida selvagem

Imagem de Nova Zelândia: o imposto sobre arrotos e peidos de vaca no megacurioso

Medida foi criada como um método de combate às mudanças climáticas no país

<head></head><body>O aquecimento global é <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121264-aquecimento-global-e-efeito-estufa-qual-e-a-diferenca-entre-eles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um problema progressivo</a>. A cada dia que passa e nada é feito para tentar freá-lo, ele se torna um pouco mais intenso. E é por saber disso que muitos países criam diferentes meios para conter o aquecimento global, principalmente com propostas que reduzam a quantidade de gases como o dióxido de carbônico (CO2) CO2 e o metano.E a Nova Zelândia decidiu elevar isso para um novo patamar criando um imposto sobre o gás que seus animais produzem.<h2>Taxar arrotos e peidos?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/14/14161355832422.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Muitas pessoas nem imaginam que a pecuária é uma das grandes responsáveis pelo aquecimento global. Apenas na Nova Zelândia, o gado responde por quase metade dos gases de efeito estufa. Isso acontece porque animais ruminantes costumam emitir metano como arroto ou como flatulências — o pum.Além disso, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121374-por-que-o-coco-da-vaca-produz-metano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">as fezes desses animais também contribuem para deixar o problema ainda maior</a>. A proposta, que ainda não foi aprovada, foi pensada para servir como um estímulo aos criadores de gado a buscarem métodos para lidar com o problema. Essa é a primeira proposta de imposto destinada a taxar gases produzidos por animais.Também do ponto de vista econômico, a pecuária é uma indústria enorme na Nova Zelândia, especialmente na produção de laticínios. Ela é tão grande que o número de vacas no país é o dobro do número de pessoas — 10 milhões de vacas para uma população de 5 milhões.E é justamente por ter tantos animais que as autoridades do país começaram a se preocupar com os danos ambientais causados pelo gás metano liberado pelo gado. Damien O’Connor, ministro da agricultura na Nova Zelândia, destacou que a proposta terá como consequência um melhor cenário nos próximos anos para os produtores no país.<h2>Pensando no futuro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/14/14161358254423.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)As mudanças climáticas já estão causando consequências <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116265-mudancas-climaticas-estao-ocasionando-renascimento-de-tempestades.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como secas e enchentes cada vez mais regulares</a>. Por isso, o governo neozelandês acredita que deve assumir a liderança no combate às emissões de gases de origem agropecuária.A Nova Zelândia também se comprometeu a reduzir as emissões de gases de efeito estufa e tornar o país neutro em carbono até 2050. O país também possui planos para reduzir as emissões de metano de animais de fazenda em até 47% até o mesmo ano.Porém, a Federated Farmers — o principal grupo de lobby da indústria agrícola da Nova Zelândia — disse que o novo imposto será prejudicial para a Nova Zelândia. Segundo o presidente do grupo, caso seja aprovado, o imposto fará com que muitos produtores deixarão suas fazendas. Membros do partido conservador ACT também se opuseram ao imposto.Caso o imposto seja aprovado, os criadores de animais deverão começar a pagá-lo em 2025. Até o momento não foi definido quanto os agricultores seriam realmente tributados. Porém, a proposta prevê ainda que os fundos arrecadados sejam usados para pagar pesquisas e novas tecnologias com o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Também há uma iniciativa de pagar aos agricultores para incentivá-los a adotar práticas favoráveis ao clima.</body>

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Nova Zelândia: o imposto sobre arrotos e peidos de vaca

Imagem de As melhores plantas para purificar o ar de sua casa, segundo a NASA no megacurioso

Confira a lista recomendada pela NASA das plantas mais eficazes na limpeza do ar em ambientes internos; saiba onde deixá-las e como cuidar

<head></head><body>Uma das maiores tendências de decoração dos últimos tempos foi o uso de <a href="https://www.megacurioso.com.br/plantas-e-frutas/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">plantas</a> em <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118800-6-plantas-perfeitas-para-cultivar-em-apartamento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ambientes internos</a>. Chamado de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118876-urban-jungle-o-que-e-e-como-fazer-na-sua-casa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Urban Jungle</a>, o conceito tem como propósito trazer mais conforto e saúde para nossas casas — e até mesmo escritórios — usando as verdinhas.Isso porque já foi comprovado que as plantas&nbsp;melhoram a qualidade do ar, servindo como um filtro natural para a remoção de poluentes. Tal constatação é resultado de estudos da NASA desde a década de 1980, na busca de uma maior <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109228-e-verdade-que-as-plantas-ajudam-a-purificar-o-ar-de-nossas-casas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">purificação do ar</a> em suas estações espaciais.Nesse sentido, confira a lista com as plantas mais indicadas para colocar dentro de sua casa. Saiba também os melhores locais para deixá-las e como cuidar de cada uma delas.<h2>1. Lírio-da-paz</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/03/03191939224378.jpg" alt="Lírio da paz">Lírio da pazO lírio-da-paz é uma das maiores queridinhas na decoração, em razão de suas grandes folhas verdes. É considerada uma planta de sombra, o que no paisagismo não significa escuridão.Logo, precisa ficar em espaços que pegam luz em algumas partes do dia, permitindo o surgimento de belas flores brancas que se assemelham a pétalas. É uma excelente pedida para quartos, já que a remoção de poluentes permite uma melhor qualidade do sono. Gosta também de regas frequentes.<h2>2. Areca-bambu</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/03/03192113162379.jpg" alt="Areca-bambu">Areca-bambuA areca-bambu é uma palmeira muito utilizada em jardins, mas também pode ser levada para dentro de casa. Ela é facilmente encontrada em lojas de jardinagem e supermercados, geralmente em vasos menores. Pegar algumas horinhas de sol é fundamental para sua saúde.Seu cultivo é simples e não exige muitos cuidados, apenas mantenha o substrato úmido, em local bem iluminado e ventilado.<h2>3. Espada-de-são-jorge</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/03/03192256696380.jpg" alt="Espada-de-são-jorge">Espada-de-são-jorgeA espada-de-são-jorge é uma dracena, planta muito resistente que pode ficar em locais mais sombreados e suporta dias sem água. Ela é uma das maiores despoluentes e transformadoras de gás carbônico em oxigênio.<h2>4. Jiboia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/03/03192510290383.jpg" alt="Jiboia">JiboiaDe fácil cultivo, assim como hera e filodendro, a jiboia adora umidade e vai bem em ambientes iluminados — mas sem sol direto em suas folhas. Embora sejam trepadeiras, elas são comumente usadas na decoração como plantas pendentes.&nbsp;É uma das opções mais recomendadas para amantes de plantas que ainda não possuem muita experiência, e se adapta bem em diferentes espaços.<h2>5. Clorofito</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/03/03192642770384.jpg" alt="Clorofito">ClorofitoTambém chamado de planta-aranha, o clorofito serve como um excelente purificador do ar. Por seu pequeno porte, cabe em qualquer cantinho de sua sala, quarto ou cozinha, desde que seja bem iluminado.É uma planta muito resistente e que se adapta bem em interiores, bem como tolera ar-condicionado. Além disso, suas raízes possuem uma reserva de água, o que faz aguentar períodos em que eventualmente possamos esquecer de regar.<h2>6. Ficus elastica</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/03/03192818032387.jpg" alt="Ficus elastica">Ficus elasticaA Ficus elastica, também conhecida como planta-da-borracha ou falsa-seringueira, é uma árvore de grande porte, mas quando cultivada em vasos tem seu crescimento limitado.Na decoração, é considerada a “planta do momento”, com uma variedade de espécies e tonalidades. Com grande valor ornamental, precisa de um ambiente muito bem iluminado e devemos esperar o substrato quase secar para regar novamente.&nbsp;Dica: algumas vezes ao mês, passar um pano úmido em suas folhas para retirar poeiras que prejudicam seu desenvolvimento e papel de filtro natural.</body>

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As melhores plantas para purificar o ar de sua casa, segundo a NASA

Imagem de Sílfio, a planta 'milagrosa' que pode ter sido redescoberta no megacurioso

Conhecida por seus vários benefícios, a planta foi dada como extinta no primeiro século d.C.

<head></head><body>Durante uma boa parte do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119808-imperio-romano-so-1-a-cada-4-imperadores-morreram-de-causas-naturais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Império Romano</a>, o sílfio foi utilizado para as mais variadas funções. Seu uso médico podia variar de aliviar dor de estômago até a remoção de verrugas. Para os cozinheiros, a planta era um tempero essencial e durante o reinado de Júlio César, as mudas de sílfio foram avaliadas pelo mesmo preço da prata.A planta foi documentada pela primeira em 638 a.C., na costa da Cirenaica — no que hoje é a Líbia. Porém, no primeiro século d.C. o sílfio desapareceu, no que historiadores acreditam ter sido a primeira extinção registrada de qualquer espécie, planta ou animal. Ou, acreditavam.<h2>Uma sobrevivente do passado?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/28/28104135940200.jpg" alt="Texto.">Texto.Há quase 1.300 km de onde o sílfio foi descoberto, Mahmut Miski acredita ter encontrado pela primeira vez, em mais de dois mil anos, o que pode ser indícios de que a planta não foi extinta. Enquanto fazia sua pesquisa de pós-doutorado com férulas — um grupo de plantas parentes da cenoura — em 1983, ele reparou em um grupo com características bastante peculiares.Miski é professor de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120325-vapores-terapeuticos-da-fumaca-medicinal-aos-nebulizadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">farmacognosia</a> — o estudo de medicamentos derivados de fontes naturais — da Universidade de Istambul. Quando começou o trabalho com férula, ele não havia associado aquela planta que crescia perto de uma pequena vila da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122345-ate-1960-pessoas-ainda-viviam-em-cavernas-na-capadocia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Capadócia</a> com o sílfio. Ao analisar a espécie, ele concluiu se tratar de uma planta que havia sido coletada apenas uma vez em 1909.Miski começou a estudar aquela férula e descobriu que ela poderia ser uma mina de ouro. Ele encontrou, entre os compostos da planta, alguns com propriedades de combate ao câncer, anticoncepcionais e anti-inflamatórios. Além disso, ele espera que outros compostos ainda possam ser descobertos.<h2>Uma planta milagrosa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/28/28104604491202.jpg" alt="Texto.">Texto.“É como se você combinasse meia dúzia de plantas medicinais importantes em uma única espécie”, comentou Miski sobre sua descoberta. Como o sílfio foi dado como extinto por dois milênios, é praticamente impossível ter certeza que esta é a mesma espécie. Durante todo esse período, naturalistas procuraram sem sucesso por um exemplar que correspondesse aos registros do passado.Desde o início do século XIX, três espécies de férula são citadas como potenciais candidatas a ser o sílfio. Porém, nenhuma delas possui todas as características descritas. Agora, a descoberta de Miski parece ser a que mais se aproxima do sílfio. Sua única divergência com a planta original é o local onde ela cresce.A férula leva cerca de dez anos para amadurecer. Isso explica tanto a dificuldade por encontrá-la, como a facilidade com que ela foi extinta. Seu uso abusivo e o desenvolvimento lento, combinaram na provável destruição da espécie. Miski tem cultivado a sua férula, mas o interesse comercial já tem se mostrado um perigo para ela novamente.&nbsp;O professor estima que atualmente existam apenas 600 plantas individuais no mundo. Se são descendentes que resistiram ao tempo, ou uma espécie próxima, é difícil saber. Porém, Miski alerta que se o consumo for exagerado, podemos perder novamente uma das plantas mais importantes de todos os tempos.</body>

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Sílfio, a planta 'milagrosa' que pode ter sido redescoberta

Imagem de Grande Seca de 1877: o horror que destruiu o Nordeste brasileiro no megacurioso

Em 2 anos de catástrofe, cerca de 400 pessoas morreram todos os dias

<head></head><body>Não tem um ano que passe sem que os jornais noticiem o quanto a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122662-como-as-enchentes-e-as-secas-acontecem-ao-mesmo-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">seca&nbsp;</a>está castigando alguns dos municípios do nordeste brasileiro. No ano passado, 500 municípios decretaram situação de emergência e isso significa uma verdadeira luta pela sobrevivência para os moradores.“Todo mundo pega água. Quem pegou, pegou. Quem não pegou, fica sem pegar”, disse a agricultora Gilvanilza Pinheiro da Paz, moradora de Pedra Branca (Fortaleza), em entrevista ao Jornal Nacional, sobre quando o carro-pipa começa a abastecer a caixa d’água comunitária da cidade.Normalmente, a seca começa entre maio e junho e termina entre setembro e outubro, porém essa não é mais a realidade do sertão, onde há partes que enfrentam uma estiagem de 5 anos. O resultado é a falta de recursos econômicos, fome, morte e miséria; amplificados pelo descaso em larga escala que acompanha o fantasma histórico desde a Grande Seca de 1877&nbsp;que iniciou essa história horrenda no Brasil.<h2>Empurrados para o abismo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/27/27155103905278.jpg" alt="(Fonte: Fortaleza em Fotos/Reprodução)">(Fonte: Fortaleza em Fotos/Reprodução)O histórico de secas na região Nordeste data desde o século XVI, no período da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120638-como-os-colonizadores-trouxeram-doencas-para-a-america.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">colonização</a> portuguesa. O primeiro fenômeno registrado aconteceu entre 1580 e 1583, quando as capitanias tiveram seus engenhos prejudicados, fazendas destruídas pela falta de água e a migração de cerca de 5 mil indígenas do sertão, fugindo da morte que acompanhava a fome extrema devido ao território inóspito.Foi só no século seguinte que os denominados "sertanejos" começaram a ocupar a região que mais tarde seria conhecida como Polígono das Secas, onde há Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, o Norte de Minas Gerais e Ceará –, após a Carta Régia de 1701 da coroa portuguesa proibir a criação de gado a menos de 10 léguas do litoral da costa do Brasil, forçando essas pessoas a se aprofundarem nos sertões.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/27/27184550255044.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Ao longo de todo esse período, as estiagens começaram a deixar um rastro traumático pelas capitanias, apresentando seus horrores para homens, mulheres e famílias que se refugiavam na região; ceifando rebanhos e vidas em larga escala. A falta de infraestrutura nessa configuração, que não acompanhou a migração massiva da população, causou fome de maneira generalizada com a chegada de cada onda da seca. Mas o pior ainda estava por vir.&nbsp;No primeiro período de estiagem de 1877, uma sucessão de fatores climáticos culminou na primeira Grande Seca, que não durou apenas 3 meses, mas 2 áridos anos, abrangendo toda a região equatorial do globo. Apesar de todos os recantos mais isolados do Nordeste terem sido afetados, o Ceará foi o que mais pereceu.A falta de chuva, combinada com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119438-a-controversa-origem-da-vacina-da-variola.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">epidemia de varíola</a> que se deflagrou, matou 5% da população do Brasil nos dois anos de estiagem, ou seja, 500 mil pessoas, com base no primeiro censo de 1872. Só no Ceará, em 1878, 119 mil pessoas morreram em suas casas, cerca de 400 vidas por dia; e 55 mil foram obrigadas a migrar, temendo acabarem como seus vizinhos, colegas, amigos ou familiares.<h2>A avalanche de morte</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Governo Federal&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gov.br/fundaj/pt-br/destaques/observa-fundaj-itens/observa-fundaj/documentarios-e-estudos-sobre-as-secas/a-grande-seca-de-1915-mortos-de-fome-no-caminho-para-os-campos-de-concentracao-no-ceara-maio-2017"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/27/27155604099289.jpg" alt="(Fonte: Governo Federal/Reprodução)">(Fonte: Governo Federal/Reprodução)Foi puramente a fome que matou essas pessoas. Quando não por inanição, então por ingestão de vegetais venenosos, tamanho era o desespero. No momento em que palmeiras, amêndoas e entrecascas dos cocos já não eram o suficiente, as pessoas recorreram à carne de animais, indo de cães a abutres.Até 1878, mais de 80 mil retirantes chegaram à Fortaleza, então com uma população de apenas 19 mil habitantes. Lânguidos, esquálidos, descalços e seminus, eles ocuparam ruas e praças, com os olhos encovados implorando por comida. Eles se tornaram o pior pesadelo da elite, que os enxergava como verdadeiros animais.O êxodo alarmou o governo, gerando desentendimento entre os estados de Pernambuco e Alagoas, por exemplo, porque ambos julgavam não ter responsabilidade sobre um contingente de 9 mil sertanejos na fronteira. Os alagoanos se queixavam que os migrantes só estavam ali porque tentavam alcançar o depósito de alimentos pernambucano em Taracatu; enquanto os pernambucanos alegavam que as pessoas ainda estavam em solo alagoano.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/27/27155908837296.jpg" alt="(Fonte: Enciclopédia Itaú Cultural/Reprodução)">(Fonte: Enciclopédia Itaú Cultural/Reprodução)Foi em meio a esse caos que o fotógrafo Joaquim Antônio Corrêa capturou as imagens mais emblemáticas da história da seca brasileira ao fotografar crianças e adultos em pele e osso, em uma tentativa desesperada de sensibilizar a opinião pública, enquanto mulheres se prostituíam por um prato de comida e outras se matavam por carcaças de ossos em sacos de lixo na porta dos fundos dos açougues.A tragédia alcançou nível internacional, adicionando um capítulo no estilo Victor Hugo à narrativa brasileira, e a campanha de sensibilização acabou dando certo. Na capital do Império e nas províncias do sul, foram organizados bailes e banquetes beneficentes para as vítimas da seca – embora essa atitude estivesse muito longe de enxergá-los como o que eram: seres humanos.Não é para menos que nessa época o governo já tomava uma atitude para manter “esse tipo de gente” em seu "devido lugar": <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/113186-aridos-e-omitidos-os-campos-de-concentracao-da-seca-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os currais da seca</a>. O nome fazia sentido para as autoridades, visto que animais bestializados como os sertanejos precisavam ser confinados em instalações neolíticas desprovidas de qualquer estrutura.Quando a seca teve fim e sua onda de horror recuou, o imperador D. Pedro II chegou a declarar: "Não restará uma única joia na Coroa, mas nenhum nordestino morrerá de fome", como uma maneira de demonstrar preocupação com o assunto. Foi criado até mesmo uma comissão imperial para lidar com futuras secas, bem como vários projetos, de construção de ferrovias a açudes.Nada disso se concretizou e quando a onda da seca se levantou, em 1915, os sertanejos sucumbiram mais uma vez, só que de maneira pior.</body>

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Grande Seca de 1877: o horror que destruiu o Nordeste brasileiro

Imagem de Quais países do mundo não têm florestas? no megacurioso

Conheça mais sobre alguns dos países mais desflorestados da Terra e sobre como é composta a vegetação local

<head></head><body>Você provavelmente já deve ter escutado por aí que "as árvores são os pulmões da Terra", importantíssimas para a nossa sobrevivência e também para a qualidade do ar. Principalmente se você é nascido no Brasil, conviver com árvores ao seu redor nunca foi uma grande surpresa, visto que o que não falta em nosso território nacional são florestas.Mas e se eu dissesse que existem lugares no mundo onde as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121976-chineses-encontram-floresta-em-buraco-de-192-metros-de-profundidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">florestas</a> simplesmente não existem? Para ser mais preciso, são quatro países no planeta que não contam com árvores naturais, segundo os dados do Banco Mundial. Ficou curioso para saber mais sobre essa situação? Veja só o conteúdo que nós separamos para você!<h2>Divisão de florestas no mundo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/26/26114505910192.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) define uma floresta como uma área de terra com mais de 0,005 km² e coberta com árvores que crescem pelo menos 5 metros de altura. Por essa definição, as florestas cobrem aproximadamente 31% da área total do nosso planeta.Esses dados fazem com que seja completamente bizarro o fato de quatro países simplesmente não terem uma única floresta em seu território. São eles: Mônaco, Omã, San Marino e <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123015-5-curiosidades-sobre-o-qatar-sede-da-copa-do-mundo-de-2022.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Qatar</a>. Por outro lado, dez países respondem por dois terços da área florestal total do planeta. Rússia, Brasil, Canada, EUA e China compartilham mais da metade dessa proporção.<h2>Países sem florestas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/26/26114535331193.jpg" alt="(Fonte: Pixabay)">(Fonte: Pixabay)Se pararmos para pensar, a ausência de florestas dentro do território de um país parece ser um grande problema. Afinal, a falta de mais espaços verdes atrai um maior número de questões climáticas, que já são tema de muito alarde até mesmo em países de vegetação muito alta. Porém, é preciso analisar cada caso separadamente para termos um resumo da situação.<h3>Mônaco</h3>Mônaco é uma cidade-estado que simplesmente não possui florestas ou terras agrícolas em seu território. Mesmo assim, 20% do país é coberto por espaços verdes — algo considerado bastante tendo em vista que a nação é quase inteiramente urbanizada.&nbsp;A maior vegetação da região são as falésias calcárias, que protegem as plantas costeiras e termofílicas da região. Com população total de apenas 40 mil pessoas, a economia de Mônaco gira quase inteira em bancos e turismo, sendo os cassinos mais atrativos para os visitantes do que uma potencial floresta.<h3>San Marino</h3>Com 61 km² de território, San Marino é um país pequeno. Ao todo, as árvores do país cobrem 1 km² e representam 2% da área total do país. Mesmo assim, a separação entre a vegetação faz com que ela não possa ser chamada de floresta. De todo modo, 10 km² de San Marino são feitos de terra arável, o que contribui para a agricultura do país.<h3>Qatar</h3>País sede da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123028-album-da-copa-2022-como-sao-escolhidos-os-jogadores-das-figurinhas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Copa do Mundo de 2022</a>, o Qatar chama a atenção pelas suas altas temperaturas — especialmente no verão. Além disso, é um país de riquezas inigualáveis, principalmente pelas suas enormes fontes de petróleo. Porém, não existem árvores nessa região que não tenham sido plantadas por seres humanos.Ao longo do ano, há pouca ou quase nenhuma chuva no Qatar, o que faz com que o país seja bastante desértico. Mas com tanto dinheiro disponível, foi possível construir a maior floresta artificial do mundo, composta por mais de 40 mil árvores.&nbsp;<h3>Omã</h3>De acordo com a FAO, o Omã teve cerca de 2 mil hectares de florestas plantadas em seu território. Porém, antes disso tudo, não existiam florestas naturais dentro do país. Isso não significa que não seja uma região conectada com a natureza. Com cerca de 309.500 km², o Omã possui 1.204 espécies de plantas vasculares e 629 espécies conhecidas de répteis, pássaros e mamíferos habitando por ali.&nbsp;</body>

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Quais países do mundo não têm florestas?

Imagem de Qual ciclone causou mais danos? no megacurioso

Alguns ciclones de grandes proporções já causaram danos de US$ 186 bilhões e deixaram mais de 300 mil mortos

<head></head><body><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112916-ciclone-de-categoria-4-causou-grandes-estragos-nas-filipinas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Furacões e tufões</a> são o mesmo fenômeno meteorológico, que recebem um ou outro nome, dependendo de onde eles ocorrem. Se a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107776-cacador-de-tempestades-levou-19-anos-para-registrar-este-tornado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tempestade</a> acontece no Atlântico ou nordeste do Pacífico, é chamada de <a href="https://www.megacurioso.com.br/desastres-naturais/85469-10-incriveis-e-desconhecidas-curiosidades-sobre-os-furacoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">furacão</a>. Já no noroeste do Pacífico, as tempestades são chamadas de tufão. Há ainda uma terceira classificação no Oceano Índico e no sudoeste do Pacífico: ciclone tropical severo.Embora as três possam ser consideradas tipos de ciclones, essas tempestades podem variar em intensidade e duração. Dar nomes diferentes, ajuda os especialistas na hora de se comunicar e alertar para evitar maiores danos.Porém, isso nem sempre é possível. E as consequências, como você pode conferir abaixo, podem ser bastante danosas.&nbsp;<h2>Mais caro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/26/26095101378077.jpg" alt="Vista de Nova Orleans inundada após o furacão Katrina.">Vista de Nova Orleans inundada após o furacão Katrina.Embora seja difícil estimar qual a tempestade que causou mais danos econômicos, o Katrina, de 2005, é citado como “o furacão mais caro de todos os tempos”. Na ocasião, o Governo Bush solicitou US$ 105 bilhões de dólares para lidar com os reparos necessários — principalmente na região de New Orleans —, mas o valor foi considerado insuficiente. Em 2022, o valor total foi calculado em cerca de US$ 186 bilhões.O Katrina foi seguido, em valores oficiais, pelo furacão Harvey de 2017, cujos danos custaram cerca de US$ 149 bilhões. Ele causou inundações generalizadas no sudeste do Texas, tendo deixado diversas pessoas desabrigadas. &nbsp;Ele é seguido pelo furacão Maria, também de 2017, que causou US$ 107 bilhões em danos em Porto Rico. Já o furacão Sandy, que inundou os túneis do metrô da cidade de Nova York e outras áreas em 2012, custou cerca de US$ 82 bilhões ao governo dos EUA.<h2>Mais fatal</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/26/26095225081080.jpg" alt="Mapa traçando a trilha e a intensidade do Ciclone de Bhola.">Mapa traçando a trilha e a intensidade do Ciclone de Bhola.Existiram muitos ciclones que causaram um número enorme de vítimas. Em 1970 o Ciclone de Bhola atingiu Bangladesh e parte da Índia. No primeiro dia da tempestade, os ventos variavam entre 137 e 145 km/h. Porém, conforme o ciclone avançava, foram registrados ventos de mais de 220 km/h. Oficialmente, foram registrados 300 mil mortos, mas esse número pode ter sido muito maior, com algumas fontes sugerindo até 500 mil vítimas fatais.O Ciclone do Rio Hooghly — ou Ciclone de Calcutá — teve uma proporção semelhante, tendo deixado entre 300 mil e 350 mil mortos. Ele atingiu o continente — em uma região bem próxima do Ciclone de Bhola — no dia 11 de outubro de 1737 e causou ondas de até 13 metros de altura.Não menos trágico foi o Tufão de Haiphong, em 1881. Ele teve origem na costa das Filipinas e se deslocou em direção ao Vietnã. O número de mortos também foi de cerca de 300 mil, com outras tantas pessoas tendo morrido nos meses seguintes por doenças.Na região do Atlântico, os furacões nunca tiveram as mesmas proporções que no Índico. No século XVIII, uma tempestade que ficou conhecida como O Grande Furacão de 1780 teria matado cerca de 22 mil pessoas, com o maior número de mortos nas ilhas de Barbados, Martinica e Santo Eustáquio. Já em 1900, a tempestade de Galveston, no Texas, matou entre 6 mil e 12 mil pessoas, sendo o furacão mais mortal nos EUA.</body>

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Qual ciclone causou mais danos?

Imagem de Os incríveis santuários de baleias do Vietnã no megacurioso

Espalhados pela costa do país, esses templos são um retrato cultural do Vietnã e um rico local para estudos da vida marinha

Ao longo dos 3.260 quil&ocirc;metros de regi&atilde;o litor&acirc;nea do&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/116310-15-fotos-incriveis-de-fazendeiras-colhendo-lirios-no-vietna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Vietn&atilde;</a>, existem mais de mil&nbsp;santu&aacute;rios de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120379-falta-de-coco-de-baleia-nos-oceanos-traz-impactos-ao-ecossistema.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">baleias</a>&nbsp;nos quais &eacute; poss&iacute;vel encontrar diversas ossadas desses animais. Pescadores de todo o pa&iacute;s costumam frequentar estes templos para pedir a C&aacute; &Ocirc;ng, o esp&iacute;rito da baleia, que suas pescas sejam seguras e abundantes. Tamb&eacute;m &eacute; poss&iacute;vel encontrar parentes de pescadores que acendem velas e incensos, e rezam pela seguran&ccedil;a de seus entes queridos.
Os santu&aacute;rios mais antigos possuem mais de 200 anos, enquanto outros s&atilde;o muito recentes. Eles tamb&eacute;m possuem os mais diferentes tamanhos, al&eacute;m de variar bastante com rela&ccedil;&atilde;o &agrave; quantidade de ossadas. As comunidades de pescadores costumam constru&iacute;-los ao longo das costas central e sul do Vietn&atilde; como locais de culto para homenagear os cet&aacute;ceos mortos que aparecem na costa do pa&iacute;s.&nbsp;
<h2>Um retrato cultural do Vietn&atilde;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/a-21163432703447.jpg" alt="a" />(Fonte: Center for Biodiversity Conservation and Endangered Species)
Todos os anos, no oitavo m&ecirc;s do calend&aacute;rio lunar, &eacute; realizado o festival Nghinh &Ocirc;ng (adora&ccedil;&atilde;o da baleia). A origem dessa f&eacute; em poderes m&iacute;sticos das baleias data do s&eacute;culo XVIII, quando o general Gia Long travava uma guerra de mais de 20 anos. Ao se ver prestes a ser capturado, ele teria rezado aos deuses para conseguir escapar de seus inimigos. Segundo as lendas, duas baleias surgiram e levaram ele e sua tripula&ccedil;&atilde;o para longe.
Em 1802, Gia Long se tornou o primeiro imperador e foi o respons&aacute;vel por unificar o Vietn&atilde;. Como sinal de gratid&atilde;o aos deuses, ele declarou que todas as baleias nas &aacute;guas vietnamitas deveriam ser adoradas como deuses. Hoje, os pescadores do pa&iacute;s consideram uma obriga&ccedil;&atilde;o levar as carca&ccedil;as de baleias encontradas flutuando ou&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122648-como-comecou-a-exploracao-e-a-caca-de-baleias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">capturadas acidentalmente</a>&nbsp;para a praia e realizar uma cerim&ocirc;nia de enterro. Depois de tr&ecirc;s anos, eles exumam os ossos e os transferem para o templo das baleias mais pr&oacute;ximo.
<h2>Import&acirc;ncia cient&iacute;fica dos templos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/a-21163511430448.jpg" alt="a" />(Fonte: Anna Art/Shutterstock)
Para pesquisadores de mam&iacute;feros marinhos, que normalmente precisam lidar com a falta de recursos e de financiamento, esses templos de baleias &ndash; alguns com dezenas de esqueletos &ndash; s&atilde;o uma fonte inestim&aacute;vel de informa&ccedil;&otilde;es sobre a diversidade e distribui&ccedil;&atilde;o atual e hist&oacute;rica de mam&iacute;feros marinhos no Vietn&atilde;.
Um dos templos mais antigos do pa&iacute;s, Lang &Ocirc;ng Thuy Tuong, foi criado em 1805 e conta atualmente com 18 esqueletos. Lugares com anos, d&eacute;cadas e, nesse caso, s&eacute;culos de esqueletos coletados, se tornaram um tesouro de informa&ccedil;&otilde;es sobre os cet&aacute;ceos do Vietn&atilde;. E isso n&atilde;o vale apenas para as baleias, uma vez que em alguns &eacute; poss&iacute;vel encontrar esqueletos de golfinhos, cachalotes e outros mam&iacute;feros aqu&aacute;ticos.
Um grupo liderado por Vu Long, cofundador do Centro de Conserva&ccedil;&atilde;o da Biodiversidade e Esp&eacute;cies Amea&ccedil;adas, j&aacute; identificou 25 esp&eacute;cies de cet&aacute;ceos em templos de baleias, incluindo esp&eacute;cies raras e amea&ccedil;adas de extin&ccedil;&atilde;o. Esses resultados ressaltam a import&acirc;ncia cient&iacute;fica dos templos das baleias, que servem como um arquivo de informa&ccedil;&otilde;es sobre os cet&aacute;ceos do Vietn&atilde;. Vu espera que nos pr&oacute;ximos anos os templos se tornem centros de intera&ccedil;&atilde;o com os pescadores e campanhas de conscientiza&ccedil;&atilde;o sobre a pesca sustent&aacute;vel.

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