Imagem de Mistério do vestido de noiva real perdido há 179 anos é resolvido no megacurioso

História famosa pela série 'A Imperatriz', da Netflix, vestimenta desaparecida provocou caçada imperial ao longo dos séculos

<head></head><body>Depois que a imperatriz austríaca Elizabeth se casou com o imperador Franz Joseph em Viena, no ano de 1854, seu <a href="https://www.megacurioso.com.br/cultura/101925-19-fotos-que-mostram-vestidos-de-noiva-de-diferentes-partes-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vestido de noiva</a> simplesmente desapareceu. Chamada de Sisi, a imperatriz é há muito tempo uma verdadeira celebridade na Europa, com sua personalidade rebelde sendo tema de filmes como Corsage e a série da Netflix A Imperatriz.&nbsp;No entanto, apesar de sua popularidade, o seu vestido de matrimônio tem sido mantido em segredo por quase 200 anos. Agora, graças a uma nova série de pistas que surgiram, pesquisadores acreditam ter solucionado o quebra-cabeça de seu sumiço.<h2>Sumiço do vestido real</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Kurzel-Runtscheiner/Reprodução&nbsp;" data-fonte-url="https://img.atlasobscura.com/-cDVwsEWrhbDeskBvJ30uPT4RCIf4BjsVVF0D0EDcgo/rs:fill:12000:12000/q:81/sm:1/scp:1/ar:1/aHR0cHM6Ly9hdGxh/cy1kZXYuczMuYW1h/em9uYXdzLmNvbS91/cGxvYWRzL2Fzc2V0/cy9jYmM3ZDM1Yi1j/NmI5LTQ2NjktODgw/Zi1kMTVkMmNhZWNm/YTIwOGQyNTczZjg4/MDYxZWQzOWVfR2Vt/YWVsZGVfU2lzc2lf/T3BhdmFfRFMtMTgg/KDIpLmpwZw.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/30/30225512116004.jpg" alt="(Fonte: Kurzel-Runtscheiner/Reprodução)">(Fonte: Kurzel-Runtscheiner/Reprodução)O conhecimento do vestido real sempre esteve mantido em segredo. Isso porque jornalistas, ilustradores ou qualquer pessoa que pudesse contar sua história foram banidos do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124834-5-imagens-raras-de-casamentos-antigos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">casamento</a> imperial. Sem imagens confirmadas ou descrições detalhadas sobre a vestimenta, o vestido tornou-se um grande mistério.&nbsp;Contudo, um vestígio seu permaneceu intacto: uma cauda luxuosa, que acredita-se ter sido anexada à peça da imperatriz. Esse <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121718-5-artefatos-historicos-descobertos-por-acaso.htm#:~:text=Pulseira%20hitita&amp;text=Em%202021%2C%20em%20uma%20prov%C3%ADncia,final%20da%20Idade%20do%20Bronze." rel="noopener noreferrer" target="_blank">artefato</a> está em exibição no Museu Imperial de Carruagens de Viena, do qual a Dra. Kurzel-Runtscheiner — quem lidera as buscas incessantes pela roupa — é diretora.Kurzel-Runtscheiner foi chamada de "caçadora do tesouro perdido" pela mídia. Ela investigou esse caso específico durante anos, vasculhando arquivos de bibliotecas em busca por respostas, mas sempre sem muita sorte. Em 2021, no entanto, o primeiro avanço foi dado. Ela foi contratada pela pesquisadora autônoma espanhola Silvia Santibañez, que lhe disse ter encontrado um obscuro retrato de Elizabeth de 1857 no Museu da Silésia em Opava, na República Tcheca.Nesta pintura, Sisi está usando um vestido de noiva, incluindo a cauda que está em exposição em Viena. “Finalmente tive provas, além da tradição familiar, de que Sisi realmente usou nossa cauda na época de seu casamento. Além disso, mostrava como era o vestido que o acompanhava, algo que antes só podia ser especulado", comentou.<h2>Primeiras respostas</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Kurzel-Runtscheiner/Reprodução&nbsp;" data-fonte-url="https://img.atlasobscura.com/uyROK89WPym5hAyRuT6Vo3yGN9s0VKjwSAXdTfeF360/rt:fill/w:1200/el:1/q:81/sm:1/scp:1/ar:1/aHR0cHM6Ly9hdGxh/cy1kZXYuczMuYW1h/em9uYXdzLmNvbS91/cGxvYWRzL2Fzc2V0/cy9mMWYxNWMxNC0x/ODU3LTRkZDQtOGFi/NC03NGU4ZDM0MThi/NGEwOGQyNTczZjg4/MDYxZWQzOWVfTURf/Tl8yMDdfMDUyMDIz/X19EU0M0OTMzICgx/KS5qcGc.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/30/30225609935005.jpg" alt="(Fonte: Kurzel-Runtscheiner/Reprodução)">(Fonte: Kurzel-Runtscheiner/Reprodução)O retrato apresentado a Kurzel-Runtscheiner passou meses sendo decodificado. Esta pintura era incomum por dois motivos principais. Em primeiro lugar, foi pintada três anos depois do casamento. Em segundo lugar, não foi feita por um artista da corte imperial, como era tradição, mas por um pintor chamado Joseph Neugebauer.Isso pode levar algumas pessoas a pensarem que a obra não era autêntica. Contudo, a pesquisadora destacou que o vestido era mostrado com tantos detalhes que é basicamente impossível que Neugebauer não o tenha visto pessoalmente. Foi assim que a jornada em busca da vestimenta começou.Kurzel-Runtscheiner viajou para o Museu da Silésia com fotógrafos para registrar imagens em alta definição da pintura. Em seguida, designers gráficos do museu de Viena usaram essas fotos, bem como a cauda original do vestido, para criar uma repetição do padrão da peça de Sisi.<h2>Reproduzindo o vestido</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Kurzel-Runtscheiner/Reprodução&nbsp;" data-fonte-url="https://img.atlasobscura.com/corFwtC7utemC31tGn1VklfiEIw9TFug86hiVLdSl0I/rs:fill:12000:12000/q:81/sm:1/scp:1/ar:1/aHR0cHM6Ly9hdGxh/cy1kZXYuczMuYW1h/em9uYXdzLmNvbS91/cGxvYWRzL2Fzc2V0/cy82M2E3OWRkMy0w/NzUzLTQyNTktYTIz/MS1kZTFiMGZmNGJm/NDEyOTllMGU5MzVk/MjliNDc2MDlfX0RT/QzM2NzkgKDEpIGNv/cHkuanBlZw.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/30/30225653980006.jpg" alt="(Fonte: Kurzel-Runtscheiner/Reprodução)">(Fonte: Kurzel-Runtscheiner/Reprodução)Depois de meses de estudo, a equipe de pesquisadores localizou alguém que pudesse imprimir o padrão das imagens em tecido até que a estampa ficasse perfeita. Em seguida, esse tecido foi levado a um restaurador em Viena, que fez à mão uma réplica em tamanho real da vestimenta.O vestido recriado, juntamente com o retrato original de 1857, agora está em exibição no Museu Imperial de Carruagens até o dia 5 de novembro. “Essa é a reconstrução mais precisa do vestido original com base nos recursos visuais limitados disponíveis”, afirmaram os pesquisadores.A equipe que trabalhou no caso agora acredita que investigadores podem usar pistas contidas no retrato de 1857 para tentar identificar o designer do vestido e a origem de seus materiais. Apesar de tudo isso, Kurzel-Runtscheiner ainda não promete que seu trabalho está concluído.Como próxima etapa, ela pretende visitar mosteiros na Hungria e na Baviera para examinar artefatos que estariam ligados ao vestido real. Em sua visão, a probabilidade da a peça recriada realmente ser uma cópia exata do vestido desaparecido da Imperatriz ainda é de 50%, o que explica o fato dele ser tão misterioso assim.&nbsp;</body>

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Mistério do vestido de noiva real perdido há 179 anos é resolvido

Imagem de As 4 tendências da moda mais prejudiciais da história no megacurioso

As pessoas já usaram coisas bem estranhas para ficarem na moda

<head></head><body>Se você acha que somente as pessoas de hoje sofrem com o padrão para ficarem bonitas e elegantes, pense de novo. Você nem faz ideia do que os seres humanos já fizeram ao longo da história com a crença de que ficariam mais agradáveis aos olhos dos outros.Duvida? Então confira esta lista com as quatro tendências estéticas mais bizarras – e até mortais.<h2>1. O delineador kohl</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/09/09193901233411.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)No Antigo Egito, havia uma moda usada por pessoas de praticamente todas as classes sociais: o delineador kohl, que foi registrado pela primeira vez por volta de 3100 a.C. Ele era utilizado para delinear e realçar os olhos, protegendo-os do forte sol da região do Nilo. Os egípcios também acreditavam que isso os salvava de infecções oculares.Acontece que os mais ricos usavam um delineador mais arrojado, enquanto os pobres desfrutavam de um kohl falsificado, no qual era adicionado fuligem e outros aditivos químicos. Às vezes, era agregado galena, um mineral composto de sulfeto de chumbo.Para passar nos olhos, as pessoas molhavam o kohl na saliva, sem nem imaginar que estavam ingerindo uma substância tóxica. O <a href="https://www.megacurioso.com.br/maquiagem/84103-batons-que-contem-chumbo-podem-afetar-a-saude-mental.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">envenenamento por chumbo</a> é algo que ocorre aos poucos no organismo, que vai apresentando perdas de memória, dor nos músculos, pressão alta, dores de cabeça. Em casos mais graves, é capaz de levar à morte.<h2>2. O sapato chopine</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/09/09194555016414.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Entre os séculos XV e XVII, um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122236-poulaines-a-moda-do-sapato-que-causou-uma-praga-dos-joanetes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sapato</a> fez muito sucesso por toda a Europa. O chopine era um calçado de plataforma incrivelmente alto, que acrescentava muitos centímetros a quem o usava.Funcionava quase como um pedestal que elevava a pessoa, por isso, o modelo foi se tornando muito popular, mas não era nada funcional: os sapatos eram péssimos para fazer uma caminhada no campo, por exemplo. Além disso, levar um tombo usando um desses adereços era realmente perigoso.Alguns modelos chopine chegaram a atingir 50 cm de altura, fazendo com que o governo criasse uma lei limitando seu tamanho. Por conta desse exagero, era comum que um aristocrata andasse com um servo ao lado para poder se segurar e se equilibrar. Há quem diga, inclusive, que ele foi sugerido pelos maridos às esposas para que elas permanecessem dentro de casa.<h2>3. As perucas empoadas</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/29/Ranc_Jean_Louis_XIV_Fabre_museum.jpg/640px-Ranc_Jean_Louis_XIV_Fabre_museum.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/09/09195327756418.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O surgimento das chamadas “<a href="https://www.megacurioso.com.br/trajes-e-armaduras/73057-surpreenda-se-com-a-razao-de-as-perucas-terem-sido-tao-populares-no-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">perucas empoadas</a>” (aquelas bem pomposas que aparecem em filmes de época) foi motivado por um fato bizarro. Elas foram popularizadas para cobrir as cabeças carecas – que eram uma consequência de uma pandemia de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120198-como-a-sifilis-fez-a-europa-culpar-a-america-pela-doenca-no-seculo-xvi.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sífilis</a> na Europa.A partir de 1655, a moda pegou. O rei <a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/75642-voce-sabia-que-rei-luis-xiv-da-franca-foi-o-inventor-da-alta-costura.htm#:~:text=Aconselhado%20pelo%20pol%C3%ADtico%2C%20o%20rei,ao%20ano%20com%20tecidos%20in%C3%A9ditos." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Luís XIV da França</a> começou a utilizar uma, assim como Carlos II, da Inglaterra. Aos poucos, a tendência foi colando na alta sociedade. Quanto maior fosse a peruca, mais status tinha a pessoa.Além de disfarçar o sintoma de uma doença venérea, as perucas tinham ainda outra função: elas afastavam os piolhos. Isso se devia ao fato de que a pessoa tinha que manter a cabeça raspada para usá-la, além de ter que higienizar constantemente a peruca (imagina-se que elas lavavam o cabelo com menos frequência).<h2>4. O penteado Fontange</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/09/09200324122420.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Outra moda sinistra do século XVII é um adereço de cabelo chamado fontange, muito usado pelas mulheres da alta classe. O penteado ganhou esse nome por conta da Marquesa Fontange, que foi durante algum tempo a amante do rei Luís XIV da França.Ele consistia em uma espécie de aba de arame que era colocada na parte de trás da cabeça. Na frente, o adereço era coberto por vários enfeites, como tecidos de luxo, penas, rendas e fitas.Era bem difícil equilibrar um na cabeça, e até meio perigoso. Tanto que, em 1711, uma mulher da corte francesa foi ao teatro usando o seu e acabou encostando num candelabro. Por consequência, ele pegou fogo e a dama acabou morrendo.</body>

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As 4 tendências da moda mais prejudiciais da história

Imagem de 9 invenções responsáveis pela evolução das roupas íntimas no megacurioso

Os seres humanos usam algum tipo de tecido para proteger as partes íntimas desde os tempos mais remotos

Tem gente que n&atilde;o gosta delas e prefere se sentir "mais livre", por&eacute;m, a maioria de n&oacute;s usa cuecas, calcinhas ou outro tipo de roupa &iacute;ntima todos os dias.
Isso nos traz v&aacute;rias perguntas: de onde veio esse costume? Onde as roupas &iacute;ntimas surgiram? E como elas evolu&iacute;ram at&eacute; as pe&ccedil;as que conhecemos hoje? Nessa lista, com as roupas &iacute;ntimas do passado, voc&ecirc; vai entender melhor toda essa hist&oacute;ria!
<h2>1. Tangas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01174550966396.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Voc&ecirc; provavelmente conhece as tangas &mdash; seja pelos filmes ou porque alguns povos as usam at&eacute; hoje. Trata-se de um peda&ccedil;o de pano ou couro simples, que cobre "o essencial" e &eacute; amarrado em si ou com alguma esp&eacute;cie de cinto.
Apesar dessa modelagem bem simples, alguns povos desenvolveram tangas mais elaboradas. No <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121334-6-mitos-sobre-o-egito-antigo-que-voce-provavelmente-acredita.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Egito Antigo</a>, por exemplo, usavam tangas cheias de detalhes coloridos e cortes diferentes. Pesquisas hist&oacute;ricas apontam que essa pe&ccedil;a surgiu h&aacute; cerca de 7 mil anos.
<h2>2. Braguilhas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01180648093409.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Na passagem da Antiguidade para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125415-5-provas-que-a-vida-na-idade-media-nao-era-muito-facil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade M&eacute;dia</a>, as tangas e t&uacute;nicas deixaram de ser fashion &mdash; e os homens passaram a usar cal&ccedil;as. As pe&ccedil;as da &eacute;poca eram confort&aacute;veis e folgadas, mas meio complicadas de colocar e tirar por serem amarradas na cintura.
Para facilitar as idas ao banheiro, as braguilhas foram criadas. Mas, diferentes das que conhecemos hoje &mdash; com z&iacute;peres ou bot&otilde;es &mdash;, essa era uma pe&ccedil;a de tecido que cobria uma abertura nas partes &iacute;ntimas. Ent&atilde;o, quando "a natureza chamava", era s&oacute; abrir os bot&otilde;es que seguravam a braguilha no lugar.&nbsp;
Com o tempo, os homens come&ccedil;aram a "inventar moda" com suas braguilhas, literalmente. Um dos exemplos mais famosos disso &eacute; o Rei Henrique VII, que usava braguilhas enormes, tal qual podemos ver nas pinturas. Embora isso pare&ccedil;a uma tentativa de destacar suas partes, h&aacute; quem diga que as braguilhas gigantes escondiam curativos para tratar s&iacute;filis.&nbsp;
<h2>3. Corsete</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01182107245415.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
As primeiras vers&otilde;es do que hoje conhecemos como corsete surgiram h&aacute; 3 mil anos. Depois, tornou-se popular na Gr&eacute;cia Antiga, antes de desaparecer da moda por mil&ecirc;nios. Foi s&oacute; por volta do s&eacute;culo XVI, na Fran&ccedil;a, que os corsetes ressurgiram &mdash; sendo usados principalmente por mulheres.
A ideia da pe&ccedil;a &eacute; apertar a cintura das mulheres, criando aquele visual de ampulheta, com destaque para os peitos e para as n&aacute;degas. Contudo, quando apertada demais, tamb&eacute;m causava problemas: mulheres tinham dificuldade para respirar e algumas at&eacute; desmaiavam. Os m&eacute;dicos diziam que corsetes muito apertados causavam doen&ccedil;as respirat&oacute;rias, danos aos &oacute;rg&atilde;os e at&eacute; abortos espont&acirc;neos.
<h2>4. Chemise</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01180832864410.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Na mesma &eacute;poca das braguilhas e corsetes, tanto homens quanto mulheres usavam chemises, que eram pe&ccedil;as simples de linho utilizadas para proteger os vestidos ou casacos finos do suor.&nbsp;
Mas, apesar da chemise ser uma roupa &iacute;ntima simples, a rainha <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121033-a-historia-do-sapato-perdido-rumo-a-guilhotina-de-maria-antonieta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Maria Antonieta</a> da Fran&ccedil;a usou a pe&ccedil;a em p&uacute;blico com acess&oacute;rios. H&aacute; at&eacute; pinturas famosas, como a de Louise &Eacute;lisabeth Vig&eacute;e Le Brun (imagem acima), que mostram a monarca vestindo a pe&ccedil;a. Ela foi bastante criticada por "se expor" dessa maneira, mas a chemise &agrave; la reine&nbsp;virou moda na Fran&ccedil;a nas d&eacute;cadas seguintes.
<h2>5. Bloomers</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01185129849477.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Cansadas do aperto dos corsetes, em meados do s&eacute;culo XIX as mulheres criaram uma pe&ccedil;a mais confort&aacute;vel para usar por baixo dos vestidos.&nbsp;
Chamados em ingl&ecirc;s de "bloomers" &mdash; sobrenome de sua criadora, Amelia Bloomer &mdash; as pe&ccedil;as eram como ceroulas compridas e folgadas. Com o tempo, elas foram se tornando mais curtas, at&eacute; se parecerem mais com as calcinhas modernas.
<h2>6. Macac&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01185934256480.jpg" alt="(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Voc&ecirc; talvez j&aacute; tenha visto essa roupa em filmes ou desenhos antigos: elas s&atilde;o como macac&otilde;es ou pijamas de uma pe&ccedil;a s&oacute;, com um buraco na parte de tr&aacute;s.&nbsp;
Criada nas &uacute;ltimas d&eacute;cadas do s&eacute;culo XIX, a pe&ccedil;a foi inicialmente pensada para as mulheres. Mas, conforme ficou claro que ela era pr&aacute;tica e confort&aacute;vel, a moda tamb&eacute;m fez sucesso entre os homens. At&eacute; que, em meados do s&eacute;culo XX, as ceroulas e camisas separadas em duas pe&ccedil;as se tornaram mais populares que os macac&otilde;es.&nbsp;
<h2>7. Jockstrap</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01190348741483.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Tamb&eacute;m conhecida como suporte atl&eacute;tico, essa esp&eacute;cie de cueca sem tecido atr&aacute;s surgiu em 1874. A ideia era proteger os &oacute;rg&atilde;os sexuais sem restringir os movimentos, especialmente quando prote&ccedil;&otilde;es pl&aacute;sticas ou de ferros eram colocadas junto ao suporte.&nbsp;
E apesar de ser associada aos atletas, essa pe&ccedil;a n&atilde;o foi criada pensando neles. O p&uacute;blico-alvo inicial eram os ciclistas que trabalhavam pedalando pelas ruas de lajotas. O balan&ccedil;o das bicicletas era bastante desconfort&aacute;vel para as partes &iacute;ntimas, o que demandava essa prote&ccedil;&atilde;o.
<h2>8. Suti&atilde;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01191451502485.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Conforme as mulheres se cansavam dos apertados corsetes, propostas de pe&ccedil;as para segurar os seios com mais conforto come&ccedil;aram a surgir. Por&eacute;m, a inven&ccedil;&atilde;o do suti&atilde; moderno costuma ser atribu&iacute;da &agrave; socialite nova-iorquina Caresse Crosby.
Enquanto se arrumava para uma festa, ela come&ccedil;ou a se incomodar com seu corsete. Ent&atilde;o, com um len&ccedil;o, fitas e linha, improvisou uma pe&ccedil;a &iacute;ntima para dar suporte aos seios. Assim, Crosby patenteou sua inven&ccedil;&atilde;o depois que v&aacute;rias colegas fizeram encomendas.
Ela se tornaria ainda mais popular quando o governo norte-americano pediu que as mulheres parassem de usar corsetes para que o metal pudesse ser usado na 1&ordf; Guerra Mundial.
<h2>9. Cuecas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/01/01192733611491.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
As cuecas modernas foram patenteadas em 1935 por uma loja de departamentos dos EUA. A inspira&ccedil;&atilde;o veio de um cart&atilde;o postal da Riviera Francesa, que mostrava um homem com uma roupa de banho bem curta e justa.&nbsp;
Por d&eacute;cadas, o &uacute;nico prop&oacute;sito das cuecas foi o conforto &mdash; por isso, a maioria delas era s&oacute; branca e sem detalhes. Mas, a partir dos anos 1970 e 1980, pe&ccedil;as mais elaboradas e bonitas come&ccedil;aram a se popularizar.&nbsp;
J&aacute; as cuecas boxers, que muitos homens preferem atualmente, surgiram nos anos 1990, como uma proposta de ceroula mais curta.

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9 invenções responsáveis pela evolução das roupas íntimas

Imagem de Para que servem os furinhos nas laterais dos tênis All Star? no megacurioso

Neste texto, desvendamos o mistério sobre a função dos rebites do seu All Star

Em algum momento de sua vida, provavelmente voc&ecirc; j&aacute; teve ou desejou ter um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/103294-8-curiosidades-sobre-um-dos-tenis-mais-populares-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">t&ecirc;nis Converse</a> &ndash; mais popularmente chamado de All Star aqui no Brasil. Afinal, &eacute; um cl&aacute;ssico: seu modelo mais tradicional, o Chuck Taylor All Star, &eacute; um sapato considerado descolado e moderno h&aacute; anos.
E uma raz&atilde;o que explica isso &eacute; o seu design. Criado como um modelo esportivo para basquete, o Chuck Taylor All Star foi projetado com cano alto e logo foi adotado pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/esportes/42182-11-fotos-incriveis-do-mais-alto-jogador-de-basquete-da-nba.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NBA</a>, criada em 1946. No final da d&eacute;cada, a maioria dos jogadores da NBA usava esse All Star. At&eacute; hoje, ele continua sendo o t&ecirc;nis de basquete mais vendido do mundo &ndash; embora quase ningu&eacute;m o use para jogar, por motivos ergon&ocirc;micos.
Mas voc&ecirc; sabe por que o seu All Star tem aqueles furinhos do lado da sola do p&eacute;? A seguir, voc&ecirc; descobre a resposta deste mist&eacute;rio!
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123933-o-que-significam-os-tenis-pendurados-em-fios-de-energia.htm" target="_blank" rel="sponsored">O que significam os t&ecirc;nis pendurados em fios de energia?</a>
<h2>A cria&ccedil;&atilde;o do design do Chuck Taylor All-Stars</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/22/22103632246032.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
O modelo Chuck Taylor All-Star mant&eacute;m praticamente o mesmo design desde a sua cria&ccedil;&atilde;o, em 1917. Isso inclui a famosa estrutura de lona colorida, a biqueira de borracha branca e os dois orif&iacute;cios com an&eacute;is de metal colocados do lado interno do t&ecirc;nis.
&Agrave; primeira vista, pode parecer que os furinhos servem como ilh&oacute;s para passar o cadar&ccedil;o. Mas n&atilde;o &eacute; nada disso. De acordo com a revista Cosmopolitan, os orif&iacute;cios foram projetados para fornecer uma circula&ccedil;&atilde;o extra de ar para os p&eacute;s quando eles estiverem muito quentes e suados. Faz sentido, se formos pensar que a Converse desenhou esse modelo para atletas, e por d&eacute;cadas ele foi visto como o melhor t&ecirc;nis para praticar <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119426-como-veteranos-de-guerra-criaram-o-basquete-em-cadeiras-de-rodas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">basquete</a>.
Embora hoje essa fun&ccedil;&atilde;o esportiva j&aacute; tenha sido praticamente superada, ela continua sendo um dos t&ecirc;nis com a melhor "respirabilidade" para os p&eacute;s. D&aacute; at&eacute; para fazer alguns testes: experimente usar seu All Star durante uma longa caminhada e observe se o fluxo de ar n&atilde;o faz toda a diferen&ccedil;a.
Isso n&atilde;o significa, contudo, que voc&ecirc; tamb&eacute;m n&atilde;o possa usar os furos para passar os cadar&ccedil;os. H&aacute; f&atilde;s da Converse que elaboram formas criativas para usar os seus t&ecirc;nis de maneira personalizada. Os orif&iacute;cios podem trazer um adorno especial caso voc&ecirc; resolva dar asas &agrave; sua imagina&ccedil;&atilde;o.
<h2>Mudan&ccedil;as no All Star</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/22/22104830221034.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Embora os Chuck Taylor All-Star ainda mantenham seu design original, n&atilde;o significa que a Converse n&atilde;o tenha feito algumas altera&ccedil;&otilde;es e lan&ccedil;amentos de novos modelos. A marca chegou a lan&ccedil;ar uma galocha de borracha com o modelo e, em 1962, lan&ccedil;ou seu primeiro oxford Chuck Taylor All-Star: o mesmo t&ecirc;nis com cano baixo.
Outro aspecto interessante &eacute; que o t&ecirc;nis da Converse foi adotado com outros fins al&eacute;m do previsto originalmente, que era a pr&aacute;tica do basquete. Com o tempo, o All Star passou a ser adotado pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121346-movimento-punk-de-rebeldia-politizada-a-fenomeno-da-cultura-pop.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">movimento punk</a> (os Ramones sempre apareciam usando os seus) e, no filme <a href="https://www.megacurioso.com.br/cinema/39875-por-tras-das-cenas-10-locacoes-de-filmes-que-voce-pode-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rocky - O Lutador,</a> de 1976, o famoso boxeador faz seus treinos vestindo um par.

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Para que servem os furinhos nas laterais dos tênis All Star?

Imagem de Para que servem os rebites de metal nos bolsos das calças jeans? no megacurioso

Botões dourados nos bolsos foram adicionados ainda no século XIX para aumentar a durabilidade da vestimenta

<head></head><body>Não há dúvidas de que as <a href="https://www.megacurioso.com.br/invencoes/47984-por-que-quando-e-como-as-calcas-jeans-se-tornaram-tao-populares.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">calças jeans</a> são peças básicas no guarda-roupa de diversas pessoas ao redor do globo. Elas já estão na ativa há algumas centenas de ano, mas seu visual sofreu algumas mudanças desde que o modelo original foi inventado.Por exemplo: você sabia que aqueles botões dourados que encontramos em praticamente qualquer modelo atualmente não estavam ali o tempo todo? E qual é a verdadeira utilidade para eles? Caso tenha essa dúvida, basta continuar sua leitura para descobrir mais sobre o assunto.<ul><li>Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121216-por-que-as-calcas-jeans-sao-na-maioria-azuis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que as calças jeans são na maioria azuis?</a></li></ul><h2>Necessidade pela durabilidade</h2>Para entender a história da adição dos botões nos jeans, é preciso voltar um bocado no tempo, mais precisamente por volta do ano 1892. Foi nessa época que Jacob Davis, um alfaiate americano, pensou na adição desses rebites de cobre nos bolsos das calças.Nessa época, Davis costumava receber diversas calças para reparos, especialmente de algumas classes de trabalhadores, como os vaqueiros. Em praticamente todas as ocasiões os bolsos dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121216-por-que-as-calcas-jeans-sao-na-maioria-azuis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">jeans</a> desses profissionais chegavam rasgados, levando-o a projetar uma solução para o problema que fosse duradoura.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/16/16224939763002.jpg" alt="No passado, ausência dos rebites de cobre comprometia a durabilidade das calças jeans. (Fonte: GettyImages)">No passado, ausência dos rebites de cobre comprometia a durabilidade das calças jeans. (Fonte: GettyImages)Foi nesse momento que ele começou a adicionar os rebites de cobre em cada terminação das costuras, o que ajudou os bolsos a se tornarem mais resistentes. Dessa forma, não apenas os vaqueiros, mas vários outros trabalhadores do século XIX puderam preservar seus jeans por mais tempo.Entretanto, Davis percebeu que essa ideia era ótima, mas ele não conseguiria registrar essa invenção sem ajuda financeira. Foi aí que ele pensou em convidar Levi Strauss, seu amigo e fornecedor de tecidos (e também o responsável pela criação da marca Levi's), para criar a patente em conjunto. O pedido foi enviado e, em maio de 1873, aceito pelos órgãos responsáveis da época.<h2>Criação dos jeans modernos</h2>Graças à ideia dos botões criada por Davis e a obtenção da patente, os jeans com rebites de cobre passaram a ser criado em grande escala a partir de 1890.&nbsp;Desse momento em diante, uma nova moda foi criada, aumentando a durabilidade da vestimenta e fazendo esse quesito ser um dos mais importantes por quem busca esse modelo de calça.Por falar nos botões, outra coisa referente aos jeans que é bem antiga e permanece em alguns modelos atuais é a presença de um pequeno bolso dentro de algum outro maior. Muitos imaginam que hoje em dia eles estão ali para guardar moedas, mas sua ideia original era preservar relógios para que não se quebrassem durante o trabalho (e por isso mais um motivo para que os bolsos se tornassem mais resistentes).</body>

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Para que servem os rebites de metal nos bolsos das calças jeans?

Imagem de Tingindo com morte: como as roupas estão nos deixando doentes no megacurioso

Descubra como a indústria têxtil está contaminando seu corpo diariamente

<head></head><body>“Nenhum tipo de escolha te exime da indústria da moda”, escreveu Lauren Weisberger em seu notório romance&nbsp;O Diabo Veste Prada — e ela não estava errada. Optar por uma peça adquirida em um comércio local a de uma arara virtual em uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123379-shein-como-a-moda-fast-fashion-fatura-as-custas-do-trabalho-escravo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fast fashion</a> não vai impedir que você seja contaminado, de alguma forma, por essa cadeia.Tudo o que é processado, do algodão barato ao tecido mais tecnológico, está associado aos problemas que a indústria têxtil gera. Em escala global, o setor produz de 100 bilhões a 150 bilhões de peças individuais por ano, sendo que cerca de 80 bilhões delas são compradas. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123178-geracao-z-e-a-obsessao-pela-fama-a-qualquer-custo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">geração Z</a> é considerada a mais consumista neste ramo, comprometendo 36% de seus gastos mensais, em média, com roupas. Um levantamento do centro de pesquisa Statista estimou que o consumo anual de vestuário em 2022 movimentou US$ 2,4 trilhões na economia mundial.Calma, ninguém está aqui para fechar os olhos para o problema que essas quantidades massivas de zeros causam ao planeta e à nossa saúde — muito pelo contrário. O sétimo maior setor da economia também é o segundo mais poluente do mundo, responsável por 10% das emissões globais de carbono e por sujar o meio ambiente com a utilização de tinturas de baixa qualidade e produtos insolúveis à base de metais pesados.Pronto, era aqui que queríamos chegar. Apesar de existir um conhecimento bem popularizado sobre os malefícios da indústria da moda, há uma falha imensa em revelar os impactos diretos que ela causa em nossa saúde a partir do momento em que vestimos uma roupa. Coceiras, erupções cutâneas e alergias são constantemente ligadas à má qualidade do tecido ou poeira acumulada nese material. O que poucos sabem, no entanto, é que esses sintomas podem estar associados às tinturas usadas durante o processo de fabricação de uma peça.O motivo pelo qual você deve fazer do hábito de separar roupas brancas das coloridas mais do que um exercício de valorização do seu dinheiro é porque as roupas coloridas podem estar te deixando doente.<h2>A obsessão pela cor</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/14/14124337585219.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Objetos brilhantes deslumbram os humanos desde o início dos tempos. Na pré-história, por exemplo, o homem já polia suas ferramentas feitas de ossos para obter uma cor brilhante, também fazendo uso de matérias que iam do marfim a madrepérola para fazer ornamentos tão requintados quanto joias. Povos modernos, como os yolngu, isolados no norte da Austrália, se destacaram entre os estudiosos por sua arte que usa muito brilho, que consideravam a melhor maneira de manifestação do poder espiritual.Entre 3500 e 3100 a.C., os antigos povos egípcios e sumérios começaram a utilizar pigmentos naturais, como os extraídos da malaquita e do lápis-lazúli, misturados com água ou óleo para criar tintas com cores vibrantes e brilhantes. Foi também como expressão artística, proteção e reconhecimento de identidade étnica que eles começaram a tingir suas vestes.A evidência mais antiga dessa prática remonta a 5.000 a.C. e aconteceu tanto no Egito quanto na Índia, com técnicas iniciais de tingimento de roupas que envolviam o uso de corantes naturais extraídos de fontes vegetais, animais e minerais. As plantas índigo e açafrão, por exemplo, foram usadas na produção de uma variedade de cores. Na caverna de Blombos, no Cabo Ocidental da África do Sul, foram encontrados resquícios de tinta feita de argila vermelha e ocre, misturada com gordura de medula em pedaços, datados de 100 mil anos atrás.Tudo poderia ter continuado assim se a necessidade intrínseca ao ser humano em buscar pelo progresso não tornasse essas técnicas insuficientes. Ainda no Antigo Egito, onde surgiu a indústria têxtil, nasceu não apenas uma variedade maior de cores, mas também maneiras de fixá-las por mais tempo nos tecidos por meio do uso de mordentes, fermentação e até pó mineral.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/14/14124518662221.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)O problema do progresso é que, na maioria das vezes, ele está atrelado a condições "estranhas". Aristóteles já discutia que a ambição pode ser uma virtude quando em equilíbrio com outras virtudes, mas que se torna prejudicial quando excessiva e não alinhada a um bem comum.Afinal, os químicos do período vitoriano ainda usavam corantes naturais quando Sir William Henry Perkin acidentalmente sintetizou a mauveína enquanto buscava uma maneira de produzir quinino, um medicamento para tratar malária, dando origem ao primeiro corante sintético da história. É verdade que eles buscaram maneiras duradouras de manter a coloração das roupas utilizando ácido sulfúrico, que causou infecções e morte em grande escala. Mas era 1856, os momentos finais da Revolução Industrial, um período de transformação econômica e social importantes, que também significou o início da deterioração acelerada do meio ambiente.Naquela época, muitos acreditavam que era necessário abrir mão de algumas coisas (a saúde), em detrimento de outras (o progresso). Será que Frances Appleton, esposa do escritor Henry Longfellow, também pensava assim quando morreu queimada apenas por deixar um fósforo recém-apagado cair em seu vestido feito com altas doses de produto inflamável?<h2>Reféns da própria roupa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/14/14124807607222.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Erupções cutâneas, infecções pulmonares, náuseas, cólicas, diarreias, dores de cabeça constante e asfixia foram apenas alguns dos sintomas causados pelo famoso "Verde Scheele". A pigmentação foi criada pelo químico sueco Carl Scheele ao misturar potássio e arsênico branco em uma solução de vitríolo de cobre. A cor se tornou uma sensação porque o verde era o mais difícil de ser reproduzido em roupas.Lá no século XVIII, as pessoas só precisavam se preocupar com um ou dois componentes químicos, mas aqui no século XXI, o processo de fabricação de roupas utiliza mais de 8 mil produtos químicos em sua composição, sendo que a maioria deles é prejudicial à saúde.Atualmente, a indústria da moda utiliza cerca de 93 bilhões de metros cúbicos de água por ano, o suficiente para atender às necessidades básicas de mais de 5 milhões de pessoas. Esse número tende a dobrar até 2030, segundo os dados da Common Objective, uma rede de negócios com foco em melhorar a experiência de quem comercializa produtos de moda. Em sua maioria, esse montante é empregado durante a fase de tingimento, que exige até 200 toneladas de água para cada tonelada de têxteis.Uma vez que a maioria dos corantes são solúveis em água, isso facilita que sejam absorvidos pela nossa pele. Um exemplo disso são os azocorantes, que representam a maioria dos corantes sintéticos da indústria, presentes em cerca de 60% a 70% dos processos têxteis. E, impressionantemente, sua popularidade é tão grande quanto a marca que deixa em nossos corpos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/14/14124945782226.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)A pesquisa “Toxicidade comparativa de azocorantes para dois organismos infaunais”, publicada no National Library of Medicine, ressaltou que os azocorantes se tornam componentes altamente cancerígenos quando decompostos e metabolizados. A sua exposição a longo prazo também está associada a um maior risco de problemas reprodutivos, de desenvolvimento hormonal, condições respiratórias e reações alérgicas, porque os produtos químicos liberados durante o processo de tingimento não se dissipam do tecido.O Center for Environmental Health (CEH), uma organização sem fins lucrativos que trabalha para proteger crianças e famílias de produtos químicos nocivos, descobriu recentemente o BPA, um produto químico destruidor de hormônios presente no poliéster de roupas fabricadas por empresas esportivas. Quando a pessoa transpira, causando maior dilatação dos seus poros, facilita a absorção do componente pelo seu organismo, podendo sofrer problemas hormonais a longo prazo.Quem busca por roupas à prova de manchas ou com acabamentos impermeabilizantes está mais do que investindo em conforto e durabilidade, mas também colocando em contato com a pele o que é chamado “corante disperso”, usado em malhas de poliéster e também em panelas antiaderentes, capaz de causar de alergias a crises graves de asma.Na década de 1970, o Congresso determinou que pijamas infantis fossem resistentes ao fogo para proteger crianças de queimaduras em caso de incêndio. Demorou sete anos para que cientistas descobrissem que o produto químico chamado tris, usado em larga escala no processo de fabricação, causava mutação e alteração genética nas crianças ao ser absorvido pela pele ou aspirado pela boca durante o sono.<h2>Eco-mentira</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/14/14125448895233.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Uma vez que é difícil obter resiliência quando se interpreta um papel muito negativo, a indústria da moda se apoiou no <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123463-por-que-o-ecocapitalismo-e-uma-farsa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ecocapitalismo</a> para tentar dizer ao mundo que, apesar de destruir o meio ambiente e afetar a saúde humana, ela estava tentando ser mais consciente. O problema é que não havia nenhum comprometimento ecológico nesse posicionamento. Em um mundo tecnológico e, sobretudo, mais conscientizado, as pessoas exigem cada vez mais clareza dos impactos do homem no planeta. Portanto, é economicamente interessante que as indústrias se posicionem de acordo.Os “corantes sustentáveis”, feitos a partir de produtos naturais, como resina de árvore ou castanhas, foram a resposta da indústria da moda. Mas essas substâncias não só possuem as já conhecidas limitações de eficiência, durabilidade e disponibilidade de recursos, como também enfrentam desafios em sua regulamentação e alto custo de produção. Em um setor dominado pela confecção e descarte rápidos, esse modelo simplesmente não tem espaço.Por outro lado, também vale ressaltar que nem mesmo os corantes sustentáveis estão livres de apresentar um grande nível de toxicidade. Apesar de serem obtidos de fontes naturais, alguns contêm compostos químicos que podem desencadear reações cutâneas. Fora que nem todos os corantes naturais são veganos, como o corante vermelho feito a partir do esmagamento de besouros cochonilha.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/14/14125659644235.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Por isso é difícil para órgãos como o CEH mapear o quanto e em qual grau as roupas estão afetando a nossa saúde, porque simplesmente não tem como saber o que a moda está usando em seus processos de fabricação, apesar de em vários países existirem leis e regulamentos para controlar a presença de substâncias nocivas em produtos têxteis.Nos Estados Unidos, uma delas é o chamado Consumer Product Safety Improvement Act&nbsp;(CPSIA), que estabelece limites para alguns tipos de produtos químicos, como chumbo e ftalatos, em peças de vestuário, principalmente naquelas destinadas ao público infantil. Já no Brasil, o principal regulamento é a Resolução REACH, emitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em 2011 com base nas diretrizes do Regulamento REACH da União Europeia, que visa proteger a saúde humana e o meio ambiente restringindo e controlando as substâncias químicas perigosas nos produtos têxteis.Se você está se perguntando por que nada disso funciona da maneira como deveria ser, a resposta é simples: regulamentações insuficientes, conflito de interesses econômicos, complexidade da cadeia de suprimentos, falta de transparência e conscientização, e custo.Mas se ainda resta alguma dúvida, podemos completar com o pensamento do sociólogo alemão Theodor Adorno: “o capitalismo é um sistema totalitário”. Ou seja, ele não se limita apenas à economia, mas exerce uma influência profunda em todos os aspectos sociais. Dessa maneira, no final das contas, sendo você um participante ativo ou não, realmente nada o exime da indústria da moda — ou de qualquer outra.</body>

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Tingindo com morte: como as roupas estão nos deixando doentes

Imagem de Bolsa que passa por um buraco de agulha é vendida por R$ 300 mil no megacurioso

A bolsa microscópica da MSCHF usou uma tecnologia chamada polimerização de dois fótons e é menor do que um grão de sal

<head></head><body>Uma bolsa microscópica, anunciada como pequena o bastante para passar através do buraco de uma agulha, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125076-os-5-objetos-autografados-mais-valiosos-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">foi vendida em um leilão por US$ 63 mil</a>, ou R$ 305,7 mil. Réplica miniaturizada da conhecida “OnTheGo” da grife Louis Vuitton, foi produzida pelo coletivo MSCHF, uma agência criativa do Brooklyn, em Nova York, conhecida por criar produtos virais e polêmicos.&nbsp;Embora lançada <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124749-nova-bolsa-swipe-bag-feita-de-meteoritos-custa-43-mil-euros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como uma forma de provocação à indústria da moda</a>, a micro-OnTheGo é uma obra de arte engenhosa e tecnologicamente inovadora. A peça, que mede 657 por 222 por 700 mícrons, segundo a CNN, foi fabricada com resina de fotopolímero, usando uma tecnologia de impressão 3D conhecida como polimerização de dois fótons.O conceito da bolsa foi explicado pelo MSCHF ao New York Post: “À medida que um objeto funcional como uma bolsa se torna cada vez menor, seu status de objeto torna-se cada vez mais abstrato até que seja puramente um significante de marca”. "Basicamente tornou-se uma joia", brincou o diretor de criação do coletivo, Kevin Wiesner, ao The New York Times.<h2>Como foi vendida a microbolsa da MSCHF?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/07/07163628599330.jpg" alt="Fonte: MSCHF/Divulgação.">Fonte: MSCHF/Divulgação.Como a bolsa é praticamente impossível de ser visualizada a olho nu, ela foi colocada em uma lâmina de microscópio que vem com um display digital, revelando uma visão ampliada do objeto. A bolsa é uma provocação sobre a tendência das microbolsas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125376-conheca-os-7-acessorios-mais-caros-da-barbie.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">acessórios vendidos atualmente</a> que são muito pequenos para guardar qualquer objeto.&nbsp;A venda da bolsa foi organizada pelo Joopiter, uma casa de leilões do rapper Pharrel Williams, considerado um dos produtores musicais mais influentes deste século. Ironicamente, Williams é designer e também diretor criativo de moda masculina justamente da Louis Vuitton. Mas Wiesner afirma que não pediu sua permissão nem da griffe para fabricar sua bolsa microscópica.&nbsp;<h2>As travessuras do MSCHF</h2><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/46unNp2K9Gg" title="The Microscopic Louis Vuitton Handbag" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Criada em 2016 por Gabriel Whaley, a agência MSCHF é uma corruptela da palavra inglesa "mischief" ("travessura" em português). Para fazer jus ao nome, a empresa lançou alguns produtos controversos como um par de tênis que se autodestruía em 24 horas, uma linha de fotografias geradas por IA e <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124791-guarana-jesus-o-famoso-refrigerante-brasileiro-criado-por-um-ateu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os "Sapatos de Jesus", tênis pré-lavados em água benta</a>.De acordo com a CNN, a fama veio com os chamados "Drops" que é uma crítica ao consumismo exagerado. Em 2021, a agência foi processada pela Nike por vender os "Sapatos de Satanás", com o rapper Lil Nas X. Além de inserir símbolos satânicos nos tênis da famosa marca de Beaverton, eles alegadamente colocaram nos calçados algumas gotas de sangue humano real.&nbsp;Recentemente, a MSCHF ofereceu um par de “Grandes Botas Vermelhas” que não tinham forma de pés e acabaram vendidas por US$ 350 (R$ 1,7 mil), tornando=se um enorme sucesso. No caso da microbolsa OnTheGo, a empresa esclarece que enviou ao comprador um microscópio com visor digital de brinde.</body>

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Bolsa que passa por um buraco de agulha é vendida por R$ 300 mil

Imagem de Como os perfumes são feitos? Conversamos com perfumistas sobre a arte do cheiro no megacurioso

Os perfumistas criam fragrâncias não apenas para perfumes, mas para todo tipo de produto que precisa ter um cheiro específico

Voc&ecirc; j&aacute; tomou banho hoje? Seu sabonete e xampu tinham cheiro de qu&ecirc;? E as roupas que voc&ecirc; vestiu ainda estavam com aquele cheirinho de amaciante? Ah, e o aromatizador do seu carro era de pinho ou lavanda?
Quando falamos nos perfumistas, os profissionais especializados em desenvolver fragr&acirc;ncias, a gente costuma pensar apenas na perfumaria fina &mdash; <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120533-qual-a-diferenca-entre-perfume-colonia-e-eau-de-toilette.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">as col&ocirc;nias e eaux de parfum</a>. Por&eacute;m, a realidade &eacute; que essas pessoas trabalham com todo tipo de produto que precisa de um aroma especial, como os que mencionamos acima.
A lista &eacute; gigantesca: aromatizadores de ambientes, velas perfumadas, pap&eacute;is higi&ecirc;nicos, sab&atilde;o, detergentes, produtos de beleza (n&atilde;o apenas para humanos, mas tamb&eacute;m para animais!). Isso sem falar nos projetos de assinatura olfativa que muitas empresas solicitam: voc&ecirc; j&aacute; entrou em uma loja que tinha um cheirinho s&oacute; dela? Isso tamb&eacute;m envolve o trabalho de um perfumista.
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124882-infuencer-brasileira-vende-perfume-com-seu-proprio-suor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Influencer brasileira vende perfume com seu pr&oacute;prio suor</a> </li>
</ul>
No meio disso, eles podem se envolver em diversos projetos megacuriosos &mdash; e usar mat&eacute;rias-primas mais curiosas ainda, como vamos contar at&eacute; o fim deste artigo. Mas antes, vamos contar como funciona a rotina desses profissionais e como eles criam as fragr&acirc;ncias.&nbsp;
<h2>A cria&ccedil;&atilde;o de perfumes come&ccedil;a pelo briefing</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/27/a-27164116990320.jpg" alt="a" />(Fonte: Getty Images)
Entender que o trabalho desses profissionais vai muito al&eacute;m da perfumaria fina foi a primeira descoberta importante da conversa com os perfumistas Carolina Monteiro e Fabiano Ramos. Eles trabalham na casa de fragr&acirc;ncias Ginger e compartilharam diversas curiosidades sobre o seu trabalho.&nbsp;
A segunda descoberta importante foi perceber que o trabalho deles tem um lado art&iacute;stico &mdash; de cria&ccedil;&atilde;o, com a assinatura pessoal do perfumista &mdash; e outro lado muito mais "pr&aacute;tico". A come&ccedil;ar pelo fato que a maioria dos projetos precisa atender a um briefing com pedidos do cliente.
Geralmente, quem contrata casas de fragr&acirc;ncias como a Ginger s&atilde;o ind&uacute;strias que v&atilde;o vender os produtos com esses aromas. E as ind&uacute;strias t&ecirc;m vis&otilde;es bem espec&iacute;ficas do que elas querem em um perfume: algo c&iacute;trico, amadeirado, suave, quente, com cheiro de lavanda ou pinho.
Tamb&eacute;m &eacute; importante compreender em qual base esse produto ser&aacute; aplicado &mdash; um sabonete, um xampu para crian&ccedil;as ou pets, etc. &mdash; para entender como a f&oacute;rmula de fragr&acirc;ncia vai interagir com os outros componentes. Afinal, n&atilde;o adianta s&oacute; ter aroma de capim-lim&atilde;o: isso precisa aparecer no produto final.
Carolina e Fabiano contam, por exemplo, que sua equipe na Ginger j&aacute; precisou dar banho em cachorrinhos para testar o resultado de um produto. Ali&aacute;s, dentro de uma mesma linha, cada produto precisa de uma f&oacute;rmula espec&iacute;fica para resultar no mesmo aroma &mdash; um xampu de jasmim e um sabonete de jasmim, por exemplo.
Mas saber a base tamb&eacute;m &eacute; importante por outros motivos: os perfumistas n&atilde;o podem utilizar certas mat&eacute;rias primas em alguns produtos, por quest&otilde;es de seguran&ccedil;a, alergias ou sa&uacute;de... E quest&otilde;es de custo, tamb&eacute;m, afinal, um produto acess&iacute;vel precisa ter uma fragr&acirc;ncia acess&iacute;vel, com mat&eacute;rias-primas mais simples. Isso nos leva ao pr&oacute;ximo ponto.
<h2>Mais de 2.500 mat&eacute;rias-primas &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/27/a-27164257219321.jpg" alt="a" />(Fonte: Getty Images)
Como j&aacute; foi citado, o trabalho do perfumista tem um lado art&iacute;stico e um lado pr&aacute;tico. Quando questionados sobre como desenvolvem suas f&oacute;rmulas, Carolina e Fabiano compararam seu trabalho ao dos m&uacute;sicos.
"Cada mat&eacute;ria prima &eacute; uma nota diferente. Se voc&ecirc; juntar tr&ecirc;s notas diferentes, voc&ecirc; tem um acorde", explica Carolina. Como na m&uacute;sica, formada pela uni&atilde;o de notas e acordes, os perfumes tamb&eacute;m s&atilde;o criados pela uni&atilde;o de v&aacute;rias mat&eacute;rias-primas.
Segundo os perfumistas da Ginger, &eacute; dif&iacute;cil falar em quantidades, mas uma fragr&acirc;ncia pode ter entre 20 e 120 mat&eacute;rias-primas, dependendo do projeto. Um perfume fino tem cerca de 30, por exemplo, enquanto um amaciante chega at&eacute; 60.&nbsp;
Mas um perfume n&atilde;o &eacute; mais caro? Ent&atilde;o como ele tem menos mat&eacute;rias-primas?&nbsp;
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117257-10-perfumes-com-aromas-totalmente-inusitados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">10 perfumes com aromas totalmente inusitados</a></li>
</ul>
A quest&atilde;o &eacute; que nos produtos mais baratos, os perfumistas usam outros materiais sint&eacute;ticos para reproduzir o aroma, sem usar &oacute;leos essenciais &mdash; que s&atilde;o caros. Inclusive, Carolina e Fabiano contam que seus laborat&oacute;rios t&ecirc;m mais de 2.500 mat&eacute;rias-primas &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o, um n&uacute;mero que s&oacute; aumenta conforme a ind&uacute;stria se desenvolve. 
Eles precisam de muito repert&oacute;rio, criatividade &mdash; e um faro bem afiado &mdash; para decidir quais aromas de seu estoque ser&atilde;o utilizados em um projeto, segundo as demandas do briefing. A&iacute; entra tamb&eacute;m o lado pr&aacute;tico: misturar esses ingredientes com perfei&ccedil;&atilde;o, na medida exata.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/27/a-27164915607330.jpg" alt="a" />(Fonte: Getty Images)
Segundo Fabiano, 5 g de uma determinada mat&eacute;ria-prima podem fazer muita diferen&ccedil;a em um tonel com 500 kg de uma fragr&acirc;ncia. Para ajudar nesses ajustes, os perfumistas t&ecirc;m toda uma equipe que testa as ideias, pesa amostras e os ajuda a chegar no resultado ideal.
Contudo, tamb&eacute;m existem os projetos de contratipo, que seguem um processo diferente. Os contratipos s&atilde;o pedidos para reproduzir uma fragr&acirc;ncia &mdash; se uma empresa n&atilde;o est&aacute; satisfeita com seu fornecedor, por exemplo. Ent&atilde;o, h&aacute; um profissional no laborat&oacute;rio que examina quais componentes formam essa fragr&acirc;ncia e passa para os perfumistas &mdash; que buscam criar uma f&oacute;rmula melhor para aquele mesmo cheiro.
<h2>Como avaliar uma fragr&acirc;ncia &mdash; e como limpar o olfato</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/27/a-27164323177322.jpg" alt="a" />(Fonte: Getty Images)
Uma casa de fragr&acirc;ncias como a Ginger &mdash; e outras que existem pelo mundo &mdash; conta com v&aacute;rios profissionais especializados para avaliar as fragr&acirc;ncias e decidir se elas atendem ao pedido da ind&uacute;stria. Al&eacute;m disso, s&atilde;o feitos testes com os clientes. Na maioria dos projetos, os perfumistas oferecem duas, tr&ecirc;s e at&eacute; mais ideias de fragr&acirc;ncia para que a ind&uacute;stria e seus clientes avaliem. E que ven&ccedil;a a melhor!
Mas &eacute; claro que pessoas como Carolina e Fabiano t&ecirc;m um faro bem apurado para ajudar nessas avalia&ccedil;&otilde;es. E como &eacute; trabalhar cheirando tanta coisa todos os dias?&nbsp;
Carolina conta que, realmente, seu olfato fica saturado ao longo do dia. "Eu cheiro tudo que eu preciso cheirar de manh&atilde; e trabalho com outras coisas &agrave; tarde", afirma a perfumista. E ela &eacute; contra macetes, como cheirar caf&eacute; para "limpar" o olfato, pois o caf&eacute; &eacute; mais um cheiro que voc&ecirc; coloca na sua cabe&ccedil;a. Para ela, "a melhor forma de limpar o olfato &eacute; cheirar sua pele".&nbsp;
Fabiano argumenta que o caf&eacute; at&eacute; tem propriedades que contribuem para acalmar os sensores olfativos, que podem inflamar depois de muitos perfumes. Mas um copo de &aacute;gua tamb&eacute;m pode ajudar nesse sentido. De qualquer forma, empresas n&atilde;o costumam marcar testes de perfumes importantes no hor&aacute;rio da tarde.
Dito isso, outra quest&atilde;o que ajuda os perfumistas &eacute; a mem&oacute;ria olfativa. "Eu n&atilde;o preciso cheirar algumas coisas para saber que eu posso us&aacute;-las naquela f&oacute;rmula", conta Carolina.
<h2>Os projetos e as mat&eacute;rias-primas mais curiosas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/27/a-27164727217326.jpg" alt="a" />(Fonte: Getty Images)
Para voc&ecirc; entender como o trabalho dos perfumistas n&atilde;o &eacute; simples: eles precisam usar certas mat&eacute;rias-primas bem estranhas, com cheiros horr&iacute;veis, para chegar naquele perfume delicioso que voc&ecirc; usa para sair. Ali&aacute;s, Carolina e Fabiano dizem que o laborat&oacute;rio dos perfumistas n&atilde;o cheira nada bem.&nbsp;
Existem as mat&eacute;rias-primas fen&oacute;licas, que t&ecirc;m cheiro de fezes, mas s&atilde;o importantes para criar fragr&acirc;ncias florais, como de jasmim. Uma das mais fedidas era retirada da civeta, um pequeno mam&iacute;fero asi&aacute;tico cujas fezes tamb&eacute;m s&atilde;o <a href="https://www.megacurioso.com.br/nojento/28243-cafe-mais-caro-do-mundo-vem-de-fezes-de-animais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">usadas para fazer caf&eacute;</a>.&nbsp;
H&aacute; ainda o castorium, que era retirado de castores e tem um cheiro monstruoso, segundo Carolina. Eles usam bem pouquinho, para ajustar o resultado final das fragr&acirc;ncias. Mas imagina abrir o recipiente cheio de castorium para pingar essa gotinha?&nbsp;
Al&eacute;m disso, existem outras mat&eacute;rias-primas estranhas: o &acirc;mbar cinza, que vinha do v&ocirc;mito das baleias; e o alm&iacute;scar, que exigia matar um cervo-almiscarado para extrair as gl&acirc;ndulas que secretam a subst&acirc;ncia usada nos perfumes. Mas observe que todos os verbos est&atilde;o no passado, j&aacute; que a ind&uacute;stria descobriu como sintetizar essas secre&ccedil;&otilde;es de animais sem explor&aacute;-los.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/27/a-27164656503324.jpg" alt="4" />(Fonte: Getty Images)
Ah, e &eacute; claro que questionamos os profissionais da Ginger sobre quais foram os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117257-10-perfumes-com-aromas-totalmente-inusitados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">perfumes mais inusitados</a> que eles j&aacute; desenvolveram.
Carolina lembra de um restaurante que pediu um "cheiro de tomate" para agu&ccedil;ar o paladar dos clientes &mdash; ela usou &oacute;leo essencial de manjeric&atilde;o para lembrar o molho de tomate. Outro projeto desafiador foi uma fragr&acirc;ncia que remetesse a um curral de cavalos, que precisou de muitas mol&eacute;culas diferentes para um resultado satisfat&oacute;rio.
J&aacute; Fabiano conta sobre uma linha de produtos masculinos que precisava cheirar como um charuto famoso &mdash; n&atilde;o o cheiro do tabaco, mas do charuto especificamente. Ele n&atilde;o fuma, mas deu um jeito de atender ao pedido desse cliente.&nbsp;
Ali&aacute;s, voc&ecirc; sabia que encontrar um perfumista &eacute; raro? Dizem que existem mais astronautas que perfumistas. Embora essa afirma&ccedil;&atilde;o seja um tanto exagerada &mdash; apenas cerca de 500 pessoas foram ao espa&ccedil;o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118352-o-voo-de-yuri-gagarin-60-anos-do-primeiro-homem-no-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desde Yuri Gagarin</a> &mdash;, a profiss&atilde;o de Carolina e Fabiano tamb&eacute;m &eacute; bem seleta: no mundo todo, h&aacute; somente em torno de 1 mil especialistas como eles, sendo apenas 40 no Brasil, que &eacute; o segundo maior mercado para perfumaria no mundo.

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Como os perfumes são feitos? Conversamos com perfumistas sobre a arte do cheiro

Imagem de Qual é o melhor jeito de remover chiclete da roupa?  no megacurioso

Conheça as melhores técnicas para remover chiclete das suas roupas preferidas sem ter a chance de estragar o tecido

<head></head><body>Poucas coisas no mundo talvez sejam tão inconvenientes do que encontrar uma belíssima peça de <a href="https://www.megacurioso.com.br/cotidiano/99840-voce-conhece-a-historia-do-chiclete.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chiclete</a> presa em uma de suas roupas favoritas. Afinal, que tipo de pessoa infeliz poderia ter feito tamanha maldade com os outros, não é mesmo? E se a situação já não fosse drástica o suficiente, o que podemos fazer para tirar essa substância grudenta do tecido sem arruiná-lo?&nbsp;Porém, não há motivos para temer e entrar em desespero. Assim como tudo na vida, essa situação também possui uma solução e nós vamos te ajudar durante essa jornada. Para te livrar desse caos, nós fomos atrás de algumas dicas práticas e úteis para você conseguir remover o chiclete preso em sua roupa. Veja só!<h2>1. Cubos de gelo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/08/08150131593031.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Uma dica bastante útil para retirar o chiclete do tecido de uma roupa é tentar congelá-lo ou endurecê-lo com cubos de gelo. O congelamento costuma ser eficiente o bastante para acabar com a natureza pegajosa dessa substância e facilitar sua remoção.Para isso, basta pressionar um cubo de gelo diretamente sobre o chiclete por cerca de 20 minutos. Posteriormente, você só precisará raspar a peça com uma colher ou faca de manteiga. Para finalizar toda a etapa, verifique se não há mais vestígios de chiclete e coloque a roupa para lavar em água quente.<h2>2. Vinagre morno</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/08/08150112471029.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Apesar de não ser tão efetivo quanto os cubos de gelo, outro método bastante eficiente de remover uma peça de chiclete de suas roupas é utilizar <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124637-vinagre-como-limpar-quase-tudo-com-ele.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vinagre</a> morno. Para isso, antes você deve tentar tirar o máximo possível do chiclete com suas mãos e pressionar qualquer goma restante no tecido para ajudar a levantar o resto.Então, aqueça uma pequena quantidade de vinagre branco no micro-ondas até ficar morno. Teste o vinagre em um local discreto da roupa para garantir que não remova nenhuma cor. Se tudo der certo, mergulhe a parte pegajosa no líquido. Deixe de molho por um ou dois minutos e veja o andamento do processo.Caso o chiclete ainda não esteja fácil para a remoção, repita tudo mais uma vez. Lembre-se de raspar o restante do problema com objetos sem ponta, evitando prejudicar o tecido da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125077-quando-os-seres-humanos-comecaram-a-usar-roupas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">roupa</a>.<h2>3. Mais chiclete</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/08/08150046344027.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Você pode achar que nós estamos completamente malucos por estar sugerindo algo do gênero, mas é isso mesmo que você está lendo. Uma das formas de remover o chiclete da sua roupa é usar mais chiclete como uma cola. Para isso, primeiro certifique-se de remover o máximo possível de chiclete seco com as mãos antes de começar o processo.Então, pressione um pedaço de chiclete recém mascado sobre o chiclete que já estava grudado e levante-o rapidamente. Repita essa aplicação diversas vezes. O objetivo é que o novo chiclete grude no antigo e o levante do tecido. Por motivos óbvios, essa técnica é muito mais arriscada que as anteriores e só deve ser usada em casos mais desesperados.</body>

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Qual é o melhor jeito de remover chiclete da roupa? 

Imagem de Pesquisadores desenvolvem tecido feito de fungos capaz de se regenerar no megacurioso

Com potencial para substituir o couro, o material desenvolvido pode ser utilizado na composição dos mais variados itens

<head></head><body>Já parou para pensar o quanto seria fantástico se roupas tivessem a capacidade de se autorregenerar? Seria uma característica que teria um papel importante para evitar o descarte com o passar dos anos.E graças couro feito de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115828-10-fungos-que-parecem-ter-saido-direto-da-ficcao-cientifica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fungos</a>, essa possibilidade está sendo explorada, como indica um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Newcastle e da Universidade de Northumbria.O estudo, publicado no Advanced Functional Materials&nbsp;no mês de abril,&nbsp;destaca como os micélios, que fazem parte daquela estrutura dos fungos que fica escondida sob o solo, compostos por redes que lembram a raiz de uma planta, podem desenvolver a propriedade da autorregeneração.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/10/10103113999077.jpg" alt="Material produzido tem potencial para substituir o couro. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Material produzido tem potencial para substituir o couro. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Potenciais aplicações do couro produzido a partir da cultura de fungos</h2>No experimento conduzido durante o estudo, a partir da mistura de diferentes componentes, como carboidratos e proteínas, graças à ação dos micélios, pesquisadores obtiveram a formação de uma camada fina, comparável a de um tecido comum.Em seguida, ao realizar um teste perfurando a superfície desse material, após mantê-lo em condição semelhante à que foi produzido, ele se regenerava em até dois dias. E apesar de ainda apresentar algumas marcas, essa propriedade se apresentou de forma bastante significativa, preservando a integridade dessa espécie de tecido.Essa característica seria útil tanto para lidar com defeitos menores quanto para danos mais profundos, de modo que ela seja encarada por pesquisadores como o caminho para a substituição do couro. Ou seja, esse material composto por células fúngicas poderia ser utilizado para a confecção de itens variados, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124260-como-sao-feitas-as-sedas-na-industria-textil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">roupas</a>, bolsas e acessórios.E se pensarmos um pouco além da indústria de vestuário, esse uso poderia estar presente na composição de outros tipos de produtos, como estofados, itens para o lar e materiais veiculares.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reserach Gate&nbsp;" data-fonte-url="https://www.researchgate.net/publication/369941769/figure/fig1/AS:11431281143272546@1681232474540/Regeneration-process-of-fungal-ELM-with-self-healing-capacities-A-Dry-mycelium-material_W640.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/10/10103336330084.jpg" alt="(Fonte: Advanced Functional Materials/Wiley/Reprodução)">(Fonte: Advanced Functional Materials/Wiley/Reprodução)<h2>O futuro do tecido produzido a partir de fungos</h2>A partir disso, o que se espera, conforme relatou Martyn Dade-Robertson, coautor do estudo, ao Science News, é que seja possível adaptar esse material para torná-lo ainda mais resistente no futuro, indo além de controlar melhor o crescimento dos micélios.A verdade é que tecidos que partiram dessa mesma ideia já vinham sendo elaborados. Mas há uma diferença que pode ser destacada nesse método de produção, em comparação com outros tecidos feitos a partir de fungos já desenvolvidos.Nele, os micélios não são expostos a agentes que os inativem, de modo que eles possam ser reativados para regenerar o tecido da mesma maneira que o produziram, uma vez que os fungos permanecem vivos. Além disso, o micélio substitui o uso de partículas <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121898-4-mentiras-sobre-a-reciclagem-do-plastico-que-voce-sempre-ouviu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">plásticas</a>, algo comum na composição de tecidos substitutos para o couro.Afinal, já que os micélios dominaram a natureza e estão em todos os lugares, nada melhor que recorrer a uma ajudinha deles! E se você quer saber mais sobre o universo desses pequenos organismos, vale a pena dar uma conferida no documentário Fungos Fantásticos, disponível na <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123333-os-30-melhores-codigos-secretos-da-netflix-para-explorar-o-catalogo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Netflix</a>.</body>

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