Imagem de Oscar 2023: 5 figurinos que marcaram o cinema no megacurioso

Inspiração em culturas orientais e fashionismo francês estão entre inspirações de figurinos ícones

&Agrave;s v&eacute;speras da 95&ordf; cerim&ocirc;nia do Oscar, est&aacute; aberta a temporada de palpites. Tamb&eacute;m fundamentais na composi&ccedil;&atilde;o dos filmes, os figurinos que vestem atores e atrizes ter&aacute; sua vez na noite do dia 12 &mdash; e a disputa inclui cria&ccedil;&otilde;es de peso.
Nesta edi&ccedil;&atilde;o, concorrem ao pr&ecirc;mio de melhor figurino os filmes Babil&ocirc;nia, de Mary Zorphes; Elvis, de Catherine Martin; Tudo em todo lugar ao mesmo tempo, feito por Shirley Kurata; e Sra. Harris vai &agrave; Paris, pelo trabalho de Jenny Beavan.
Se a marca registrada de Babil&ocirc;nia&nbsp;foi a discri&ccedil;&atilde;o das 7 mil roupas criadas para o filme, Tudo em todo lugar ao mesmo tempo, filme campe&atilde;o de indica&ccedil;&otilde;es ao Oscar (11), concorre por meio da variedade de combina&ccedil;&otilde;es inspiradas no k-pop.&nbsp;No retrospecto, os figurinos premiados t&ecirc;m em comum sua conex&atilde;o com a ambienta&ccedil;&atilde;o do filme e sobretudo os personagens. Veja cinco dos mais marcantes da hist&oacute;ria da s&eacute;tima arte:
<h2>1. As patricinhas de Beverly Hills (1995)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/10/a-10185114196360.jpg" alt="a" />As patricinhas de Beverly Hills. (Fonte: IMDB/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ainda que n&atilde;o tenha faturado a estatueta, a adapta&ccedil;&atilde;o moderna do romance Emma, de Jane Austen, tem no figurino uma de suas principais virtudes. Ambientado em Beverly Hills, o enredo conta a hist&oacute;ria de Cher (Alicia Silverstone), uma adolescente abastada que passa o tempo em conversas f&uacute;teis e compras de shopping.
Contudo, h&aacute; uma mudan&ccedil;a em Cher ao conhecer Josh (Paul Rudd), que a faz repensar seu lugar no &ldquo;mundo real&rdquo;. Al&eacute;m do arco dram&aacute;tico dos personagens, o figurino das patricinhas cumpre papel fundamental na adapta&ccedil;&atilde;o. Assinado pela figurinista Mona May, os looks de colegial com saias pregueadas e as candy colors, com estampas coloridas e contempor&acirc;neas, marcam o aspecto jovial do filme. 
<h2>2.&nbsp;Moulin Rouge (2001)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/10/a-10185156034361.jpg" alt="a" />Moulin Rouge. (Fonte: IMDB/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Moulin Rouge acompanha o conflito do escritor Christian (Ewan McGregor), que enfrenta seu pai para se mudar ao bairro bo&ecirc;mio de Montmartre, em Paris. L&aacute;, situa-se o famoso cabar&eacute; Moulin Rouge e diversos encontros marcam a trajet&oacute;ria do personagem.
Vencedor de duas estatuetas, o filme dirigido por Baz Luhrmann teve seu trabalho de figurino reconhecido pela academia. Assinado pela dupla Catherine Martin e Angus Strathie, o visual burlesco em cena pintou o amor de vermelho.
Entre os principais itens que reviveram a Paris do s&eacute;culo XIX, podemos destacar elementos como penteados de &eacute;poca, vestidos, joias, semijoias e espartilhos glamourosos que ornaram as personagens femininas, como Satine (Nicole Kidman). Como resultado, o ex&iacute;mio trabalho da dupla marcou o cinema, al&ccedil;ando o figurino de Satine a uma pe&ccedil;a ic&ocirc;nica da cultura pop.
<h2>3.&nbsp;Star Wars (1977&ndash;2019)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/10/a-10185300150362.jpg" alt="a" />Star Wars. (Fonte: IMDB/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Desde o capacete do Darth Vader at&eacute; as vestimentas dos jedis, muito da inova&ccedil;&atilde;o de Star Wars tem no figurino um elemento chave. Fortemente influenciado pela est&eacute;tica japonesa, George Lucas buscou inspira&ccedil;&atilde;o nos kimonos e robes na cria&ccedil;&atilde;o das vestes jedis. J&aacute; o capacete de Darth Vader trouxe refer&ecirc;ncias aos capacetes dos samurais.
Por sua vez, o personagem ic&ocirc;nico de Chewbacca teve como modelo o cachorro de Lucas. Como o diretor mesmo disse: &ldquo;Eu tinha um Malamute do Alasca quando estava escrevendo o filme&hellip; um Malamute &eacute; um cachorro muito grande [...]. T&ecirc;-la [sua cachorra] me inspirou a dar a Han Solo um ajudante que parecia um cachorro grande e peludo&rdquo;. 
Curiosidades &agrave; parte, o hall de fantasias &eacute; vasto em todos os filmes da franquia. Todo o aparato de Padm&eacute; Amidala e princesa Leia, a armadura dos Stormtroopers e, mais recentemente, o look despojado de Lando Calrissian, do filme Solo, fazem do futurismo de Star Wars uma joia do cinema.&nbsp;
<h2>4.&nbsp;O grande Gatsby (2013)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/10/a-10185352853363.jpg" alt="a" />O grande Gatsby. (Fonte: IMDB / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Adaptado de um cl&aacute;ssico da literatura norte-americana, o figurino de O grande Gatsby esbanja eleg&acirc;ncia e luxo. Protagonizado por Nick Carrey (Tobey Maguire), o enredo se passa nos EUA da d&eacute;cada de 1920, a Era de Ouro do glamour de Hollywood e suas estrelas.
Neste cen&aacute;rio, o escritor e negociante Carrey se muda para Nova York, onde conhece seu vizinho Gatsby, um milion&aacute;rio adepto de um estilo de vida permeado de festas e ostenta&ccedil;&atilde;o.
Assinado por Catherine Martin, o figurino destaca-se na produ&ccedil;&atilde;o dirigida por Baz Luhrmann, levando para a casa a estatueta na categoria. O corte reto e as saias plissada com franjas abaixo dos joelhos real&ccedil;am a silhueta padr&atilde;o da &eacute;poca. 
<h2>5.&nbsp;Bonequinha de luxo (1961)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/10/a-10185441105364.jpg" alt="a" />Bonequinha de luxo. (Fonte: IMDB / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Por &uacute;ltimo, o cl&aacute;ssico, por&eacute;m sempre lembrado,&nbsp;Bonequinha de luxo. Desenhado pela estilista francesa Pauline Trigere, o figurino do filme chama aten&ccedil;&atilde;o j&aacute; no cartaz.
O espectador acompanha a hist&oacute;ria de Holly Golightly (Audrey Hepburn), uma garota de programa nova-iorquina decidida a se casar com um milion&aacute;rio. Contudo, em sua busca superficial pelo casamento perfeito, a personagem encontra na paix&atilde;o por um escritor errante, Paul Varjak (George Peppard), motivos que contrariam seus objetivos de tornar-se rica. 
Considerado atemporal pela revista ELLE, as costuras assinadas por Hubert de Givenchy, nome c&eacute;lebre da moda na d&eacute;cada de 1961, garantiram sofistica&ccedil;&atilde;o na medida certa &agrave; personagem de Hepburn, uma mulher t&iacute;mida, por&eacute;m elegante. Os &oacute;culos escuros, a luva de &oacute;pera e o colar de p&eacute;rolas comp&otilde;em a roupa ic&ocirc;nica das cenas iniciais da personagem, olhando a vitrine da joalheria Tiffany &amp; Co.

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Oscar 2023: 5 figurinos que marcaram o cinema

Imagem de 6 estranhas tendências de moda que já existiram pela história no megacurioso

Ao longo da história, os seres humanos inventaram algumas modas bem bizarras.

A <a href="https://www.megacurioso.com.br/moda/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">moda</a> envolve muito mais do que vestir roupas consideradas bonitas em uma determinada &eacute;poca. Na verdade, a moda costuma refletir os contextos presentes na sociedade e se associa a discursos pol&iacute;ticos vigentes.
Por isso mesmo, ao longo da hist&oacute;ria, j&aacute; tivemos muitas tend&ecirc;ncias que, olhadas atualmente, nos parecem bem estranhas. Neste texto, contamos seis delas:
<h2>1. Roupas com enchimento</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/04/04092057953000.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Durante a Era <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119307-as-7-imagens-mais-estranhas-em-pinturas-renascentistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Renascentista</a>, houve uma moda chamada de bombasting, que consistia em algo bem curioso: o uso excessivo de enchimento dentro das roupas para fazer o usu&aacute;rio parecer mais largo. As imagens da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121095-6-curiosidades-sobre-elizabeth-i-a-ultima-monarca-tudor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rainha Elizabeth I</a>, por exemplo, costumam evidenciar a monarca com suas roupas bem infladas.
O enchimento geralmente era feito com materiais como l&atilde; e crina de cavalo. Acreditava-se que o uso desses materiais, especialmente na &aacute;rea dos bra&ccedil;os, do peito e dos ombros, fazia a pessoa parecer mais imponente. Por isso, a tend&ecirc;ncia foi associada apenas &agrave;s pessoas ricas e s&oacute; chegaria ao fim no s&eacute;culo XVIII, quando as pessoas come&ccedil;aram a priorizar roupas mais confort&aacute;veis.
<h2>2. Vestidos de papel</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/13/13161932508245.jpg" alt="(Fonte: Heather David/Flickr/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Heather David/Flickr/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Na d&eacute;cada de 1960, ocorreu por um tempo uma moda feminina de vestidos que eram feitos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122711-papel-a4-completa-100-anos-de-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">papel</a>. Eles eram produzidos por marcas como Scott Paper Company e Kleenex, que investiram na ideia de priorizar uma roupa mais sustent&aacute;vel.
A ideia era popularizar vestidos baratos e descart&aacute;veis, que serviriam para no m&aacute;ximo 2 usos antes de se desgastarem. O tecido era feito de celulose vegetal e foi produzido como uma alternativa barata ao material usado em hospitais e laborat&oacute;rios. Acontece que eles eram pouco pr&aacute;ticos, pois podiam se rasgar facilmente. Mas fizeram bastante sucesso em festas!
<h2>3. Sapatos pontudos</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/04/04202059299001.jpg" alt="(Fonte: MET Museum/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: MET Museum/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Os sapatos chamados de crakows ou poulaines surgiram na cidade de Crac&oacute;via, na Pol&ocirc;nia (da&iacute; surgiu o seu nome) e fizeram sucesso durante o s&eacute;culo XIV. Eram cal&ccedil;ados bem pontiagudos e longos, claramente desconfort&aacute;veis. Eles se tornaram muito populares entre os homens ricos, pois se tornaram um signo de sua classe social.
A moda come&ccedil;ou a cair no fim do s&eacute;culo XV e o sapato come&ccedil;ou a parecer c&ocirc;mico ao inv&eacute;s de chique. H&aacute; estudos que mostram que esse cal&ccedil;ado pode ter causado danos aos p&eacute;s de pelo menos 200 europeus nesta &eacute;poca.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122236-poulaines-a-moda-do-sapato-que-causou-uma-praga-dos-joanetes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Poulaines: a moda do sapato que causou uma 'praga' dos joanetes</a>
<h2>4. Dentes podres</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="Miramax/Universal Studios/Reprodu&ccedil;&atilde;o" data-fonte-url="https://images.squarespace-cdn.com/content/v1/5eb98c098b5a4f0e028852cc/1629123334270-TQ576VOE0CGIDPBJ7NWF/Dench-as-Queen-Elizabeth.jpg?format=1000w"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/04/04202748061003.jpg" alt="(Fonte: Miramax/Universal Studios/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Miramax/Universal Studios/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Por incr&iacute;vel que pare&ccedil;a, durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121535-um-passeio-para-conhecer-e-entender-as-eras-reais-britanicas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Era Tudor,</a> na Inglaterra, entre os s&eacute;culos XV e XVII houve uma moda que consistia em ostentar dentes escurecidos. Por conta do aumento no consumo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123097-6-mitos-sobre-o-acucar-que-voce-talvez-nao-conhecia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a&ccedil;&uacute;car</a>, que era uma subst&acirc;ncia cara e importada, as pessoas muito ricas come&ccedil;aram a ter dentes pretos e podres, e eles passaram a ser vistos como s&iacute;mbolo de status.
Historiadores dizem que a moda ficou t&atilde;o forte que alguns cirurgi&otilde;es brit&acirc;nicos podem at&eacute; ter feito implantes usando dentes enegrecidos de cad&aacute;veres. Mesmo as pessoas pobres procuravam maneiras de escurecer os dentes para parecerem mais importantes.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/115580-conheca-a-fascinante-origem-das-dentaduras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Conhe&ccedil;a a fascinante origem das dentaduras</a>
<h2>5. Aumento das entradas no cabelo</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/04/04203816430004.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Durante a &eacute;poca renascentista, era considerado bonito que as mulheres tivessem grandes testas lisas. Por isso, muitas delas raspavam a linha do cabelo para alongar esta parte da cabe&ccedil;a. Havia ainda as que raspavam as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119093-por-que-temos-cilios-e-sobrancelhas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sobrancelhas</a> e at&eacute; os c&iacute;lios.
<h2>6. Braguilha destacada</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/13/13162407593248.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
No per&iacute;odo final do Renascimento, houve uma moda masculina com uma pe&ccedil;a que destacava a parte da <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/43332-voce-ja-parou-para-se-perguntar-por-que-as-letras-ykk-aparecem-nos-ziperes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">braguilha</a> das cal&ccedil;as.
Era chamada de braguette&nbsp;no franc&ecirc;s e codpiece&nbsp;no ingl&ecirc;s, e consistia na parte da frente da cal&ccedil;a que permitia que o &oacute;rg&atilde;o sexual ficasse destacado e pudesse tamb&eacute;m ser retirado facilmente na hora de urinar.

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6 estranhas tendências de moda que já existiram pela história

Imagem de Como são feitas as sedas na indústria têxtil? no megacurioso

Baseado em processos criados há milhares de anos, a produção de seda envolve a morte de bichos-da-seda, mas novas técnicas pretendem acabar com a crueldade animal

A seda &eacute; um dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123138-como-funciona-o-tecido-instantaneo-da-coperni-na-pfw22.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tecidos</a> mais renomados de toda a humanidade. Historicamente, n&atilde;o h&aacute; nada com o mesmo tipo de beleza, durabilidade e conforto j&aacute; produzido pelo homem &mdash; inclusive era um artefato muito valorizado por aristocratas romanos e &aacute;rabes. Por ser um tecido considerado raro, isso fazia com que se tornasse ainda mais valioso.
Por mais de mil anos, no entanto, como era produzida a seda permaneceu um segredo bem guardado pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122763-pe-de-lotus-a-tradicao-chinesa-que-deformou-os-pes-das-mulheres.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">China Antiga</a>, que n&atilde;o queria abrir m&atilde;o do seu monop&oacute;lio de maneira alguma. Naquela &eacute;poca, a seda chegava a ter o mesmo valor em peso do que ouro e at&eacute; mesmo usada como moeda. A receita para tal produto acabou sendo descoberta anos mais tarde. Ent&atilde;o, como s&atilde;o feitos os tecidos de sedas criados na ind&uacute;stria t&ecirc;xtil? Entenda!
<h2>Origem animal</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/07/fonte-getty-images-07122517143136.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Ao contr&aacute;rio de tecidos feitos com fibras vegetais, como o algod&atilde;o e o c&acirc;nhamo, a seda &eacute; uma fibra proveniente da prote&iacute;na da saliva do bicho-da-seda, um pequeno inseto cientificamente conhecido como mariposa Bombyx mori. No in&iacute;cio do ciclo de vida dessas criaturas, elas tecem a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112156-seda-artificial-de-aranha-pode-substituir-plastico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">seda</a> em um &uacute;nico fio ininterrupto por meio de fiandeiras dispostas em sua cabe&ccedil;a.
Originalmente, esse material deveria criar um casulo para que o bicho-da-seda se desenvolvesse em uma mariposa. No entanto, os produtores de seda costumam atravessar esse processo natural e colher esses casulos, algo que &eacute; conhecido como sericultura e existe h&aacute; milhares de anos.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/K_A96oIZsbY" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Essencialmente, os agricultores criam um ambiente artificial para que as mariposas depositem seus ovos em papel especial, onde eclodir&atilde;o e se transformar&atilde;o em larvas. Em seguida, esses insetos s&atilde;o alimentados com uma dieta constante de folhas de amoreira, o que faz com que multipliquem de tamanho e estejam rapidamente prontos para produzir mais casulos.&nbsp;
Depois que o casulo est&aacute; completo, os sericultores tradicionalmente matam o bicho-da-seda fervendo-o ou cozinhando-o vivo &mdash; impedindo o casulo de endurecer. Cada casulo pode geral uma corta cont&iacute;nua de v&aacute;rios metros de seda. Para criar os tecidos de uso comercial, &eacute; necess&aacute;rio que muitos desses longos fios de seda sejam entrela&ccedil;ados.
<h2>Produ&ccedil;&atilde;o vegana</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/07/07121055710128.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)" />(Fonte: Shutterstock)
Durante os &uacute;ltimos anos, as pr&aacute;ticas de cultivo de seda foram muito criticadas por grupos de direitos animais, como a Pessoas pelo Tratamento &Eacute;tico dos Animais (PETA), que pediram a proibi&ccedil;&atilde;o desse tecido. Estima-se que entre 4 e 6 mil bichos-da-seda precisam ser motos para a produ&ccedil;&atilde;o de 1 kg de seda.&nbsp;
Por esse motivo, alguns lugares do mundo t&ecirc;m lutado para criar uma linha de produ&ccedil;&atilde;o de seda vegana &mdash; sem sofrimento animal. Este m&eacute;todo foi desenvolvido na &Iacute;ndia e &eacute; chamado de seda ahimsa, ou seda &eacute;tica. Embora essa t&eacute;cnica tamb&eacute;m inclua muitas das pr&aacute;ticas tradicionais da sericultura, a colheita n&atilde;o envolve a morte dos vermes.
Em vez disso, os vermes podem eclodir de seu casulo, ou &agrave;s vezes os casulos s&atilde;o abertos e as pupas s&atilde;o retiradas, o que torna os fios mais &aacute;speros e com menor rendimento. Como a seda ahimsa &eacute; mais dif&iacute;cil de produzir, ela tende a ser mais cara do que sua contraparte cultivada convencionalmente. No entanto, est&aacute; ganhando popularidade e &eacute; vista como uma alternativa vi&aacute;vel na ind&uacute;stria da moda. &nbsp;

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Como são feitas as sedas na indústria têxtil?

Imagem de 6 fatos sobre a estilista Vivienne Westwood, ícone da estética punk no megacurioso

Falecida em dezembro de 2022, a estilista britânica Vivienne Westwood marcou a cultura com o seu trabalho controverso

<head></head><body>No dia 29 de dezembro de 2022, faleceu, aos 81 anos, a estilista inglesa Vivienne Westwood. Filha de um sapateiro e de uma funcionária de uma fábrica de algodão, Vivienne marcou a cultura não apenas pelo seu trabalho na moda, mas pela participação que teve dentro da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121346-movimento-punk-de-rebeldia-politizada-a-fenomeno-da-cultura-pop.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estética punk</a>, que se tornou um importante símbolo da contracultura.Neste texto, contamos seis fatos sobre essa mulher fantástica que indicam o legado que ela deixa ao mundo.<h2>1. Nos anos 1970, ela criou uma boutique chamada Sex</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/02/02113750713099.jpg" alt="(Fonte: Shelia Rock/Elliot Gallery)">(Fonte: Shelia Rock/Elliot Gallery)Vivienne Westwood marcou sua época quando abriu, em 1974, a loja Sex, que se tornou um centro da moda punk no Reino Unido. Ao lado do seu então marido, Malcolm McLaren, Vivienne estava à frente da criação de todas as peças, que tinham como marca o uso de elementos <a href="https://www.megacurioso.com.br/sexo/62021-conheca-mais-9-fetiches-bastante-estranhos-que-existem-por-ai.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fetichistas</a> e chocantes. Estas roupas foram fundamentais na consolidação de uma estética do estilo punk.A loja durou pouco e fechou em 1979. No seu lugar, Vivienne abriu outro empreendimento, chamado The World's End.<h2>2. Ela era uma estilista autodidata</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/02/02113851718100.jpg" alt="(Fonte: Andy Hosie/Mirrorpix/Getty Images)">(Fonte: Andy Hosie/Mirrorpix/Getty Images)Vivienne chegou a estudar moda e <a href="https://www.megacurioso.com.br/fisica-e-quimica/67266-se-o-ouro-e-naturalmente-amarelo-como-e-que-o-ouro-branco-e-feito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ourivesaria</a> na Harrow School of Art em Londres, quando tinha 17 anos. Só que ela cursou apenas um semestre. Depois disso, ela abandonou o curso dizendo que uma pessoa da classe trabalhadora jamais conseguiria ganhar a vida no mundo da arte. Ela passou a trabalhar numa fábrica, depois como professora, até conseguir abrir sua boutique Sex.<h2>3. Seus filhos seguiram seus passos</h2><span class="img-fc" data-fonte="David M. Benett/Dave Benett/Getty Images" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornal%C3%ADstica/joe-corre-dame-vivienne-westwood-and-ben-westwood-foto-jornal%C3%ADstica/489681488"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/02/02113942958101.jpg" alt="(Fonte: David M. Benett/Dave Benett/Getty Images)">(Fonte: David M. Benett/Dave Benett/Getty Images)A estilista teve dois filhos. Benjamin Westwood nasceu no casamento com seu primeiro marido, Derek Westwood, em 1963. Já Joseph Corre, seu filho com Malcolm McLaren, nasceu em 1967.O mais curioso é que ambos os rebentos parecem ter seguido o estilo artístico controverso da mãe. Benjamin é um fotógrafo erótico e Joseph (que usa o nome de Joe Corre) é o fundador da marca de lingerie Agent Provocateur.<h2>4. Ela criou o vestido de noiva de Carrie em Sex and the City</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/02/02113614097098.jpg" alt="(Fonte: New Line Cinema/Everett Collection)">(Fonte: New Line Cinema/Everett Collection)Muita gente conheceu o nome de Vivienne Westwood depois que ela concebeu o <a href="https://www.megacurioso.com.br/cultura/101925-19-fotos-que-mostram-vestidos-de-noiva-de-diferentes-partes-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vestido de noiva</a> usado pela personagem Carrie Bradshaw no filme&nbsp;Sex and the City,&nbsp;que foi copiado por mulheres no mundo todo. O vestido chegou a ser posto à venda em sua loja virtual, e os exemplares esgotaram em poucas horas.&nbsp;Este não foi o primeiro vestido de noiva desenhado por Vivienne, já que ela criou o próprio traje que usou em seu casamento com Derek Westwood em 1962.<h2>5. Ela teve forte atuação como ativista</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Brooke Skantz&nbsp;" data-fonte-url="https://images.squarespace-cdn.com/content/v1/5d6754d6f31d530001e8beec/1609731000809-CH1J4TAQGMSGMFFY0A48/Vivienne-Westwood-and-Mal-007.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/02/02114316445110.jpg" alt="(Fonte: Tom Jamieson/New York Times)">(Fonte: Tom Jamieson/New York Times)Durante sua carreira, Vivienne Westwood se preocupou com causas sociais e políticas. Em 2011, por exemplo, ela fez uma parceria com a Ethical Fashion Africa, e empregou mulheres locais para produzir sacolas de materiais reciclados, pagando-lhes um salário justo por seu trabalho.Ela também usou sua visibilidade para chamar a atenção a causas como mudanças climáticas, armas nucleares e questões de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/110416-direitos-humanos-70-anos-da-declaracao-da-onu-e-a-polemica-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">direitos humanos</a>.&nbsp;<h2>6. Vivienne Westwood recebeu um prêmio da Rainha Elizabeth sem calcinha</h2><span class="img-fc" data-fonte="Fiona Hanson/PA Images/Getty Images" data-fonte-url="https://www.gettyimages.ie/detail/news-photo/the-queen-shakes-hands-with-designer-vivienne-westwood-news-photo/830143872"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/02/02115009446116.jpg" alt="(Fonte: Fiona Hanson/PA Images/Getty Images)">(Fonte: Fiona Hanson/PA Images/Getty Images)Em 1992, Vivienne recebeu um prêmio da Ordem do Império Britânico (o famoso OBE). A entrega deste reconhecimento foi feita no Palácio de Buckingham, pelas mãos da própria <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120785-10-momentos-da-rainha-elizabeth-ii-antes-de-assumir-o-trono.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rainha Elizabeth II</a>.&nbsp;Por conta de uma fotografia indiscreta, foi revelado depois que ela estava sem calcinha no momento em que recebia o prêmio. Mais tarde, ela repetiu o feito em 2006, quando recebeu uma láurea do Príncipe Charles. Vivienne se orgulhava de dizer que a rainha teria se divertido muito com a foto.</body>

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6 fatos sobre a estilista Vivienne Westwood, ícone da estética punk

Imagem de 6 fatos bizarros sobre a vida na Era Vitoriana no megacurioso

Venda de esposas, obsessão por múmias e arsênico na maquiagem eram comuns durante o reinado da rainha Victoria

<head></head><body>A chamada Era Vitoriana se iniciou em 1837, quando Victoria se tornou a rainha do Reino Unido e só terminou 63 anos depois. Durante esse período a Grã-Bretanha se tornou o maior império do mundo e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123549-23-invencoes-vitorianas-que-capturaram-o-espirito-steampunk-da-epoca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">maior potência tecnológica</a>. Mas todos os avanços trouxeram consigo algumas bizarrices sem precedentes. Separamos uma lista com algumas delas.<h2>1. Cintura de Vespa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/27/27192522850012.jpg" alt="Cinturas extremamente finas eram o padrão de beleza da época. (Fonte: All That's Interesting)">Cinturas extremamente finas eram o padrão de beleza da época. (Fonte: All That's Interesting)Os vitorianos eram grandes fãs de modificações corporais. Isso inclui desde tatuagens (que inclusive o rei Eduardo VII possuía), até a chamada “Cintura de Vespa”, que era conquistada pelas mulheres por meio de espartilhos extremamente apertados. Muitas delas mal conseguiam respirar quando usavam o item de moda e chegavam a desmaiar. Essa tendência fashion só começou a desaparecer quando médicos começaram a alertar que os espartilhos estavam causando problemas como o deslocamento do fígado, atrofia muscular e danos cardíacos.<h2>2. Arsênico na maquiagem</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/27/27192634059013.jpg" alt="Anúncio de um biscoito de arsênico. (Fonte: All That's Interesting)">Anúncio de um biscoito de arsênico. (Fonte: All That's Interesting)Estar na moda era realmente perigoso durante a Era Vitoriana. O uso de maquiagens era mal visto na sociedade da época e considerado cafona, no entanto, quanto mais branca a pele fosse, mais bonita a mulher era considerada. Assim, um dos produtos que surgiu com o intuito de branquear a pele era um tipo de biscoito de arsênico que as mulheres comiam em busca da brancura. O anúncio ainda garantia que o produto era totalmente seguro.<h2>3. Festas para desembrulhar múmias</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/27/27192859530015.jpg" alt="Vitorianos tinham obsessão por múmias. (Fonte: All That's Interesting)">Vitorianos tinham obsessão por múmias. (Fonte: All That's Interesting)A Era Vitoriana foi palco de uma verdadeira obsessão pelo Egito. Os visitantes britânicos que viajavam para o país de Cleópatra, <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123595-mumificacao-tinha-outra-finalidade-no-egito-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">voltavam com múmias na mala</a> e era comum que depois dessem festas nas quais eles desembrulhavam a múmia junto com seus convidados para ver o que tinha sob o envólucro que preservava os restos mortais. Além das festas, restos de múmias eram colocados em medicamentos e até em uma tinta que os pintores chamavam de “marrom múmia”.<h2>4. Obsessão com a morte</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/27/27193018051016.jpg" alt="Fotografia post-mortem de um bebê e sua mãe. (Fonte: All That's Interesting)">Fotografia post-mortem de um bebê e sua mãe. (Fonte: All That's Interesting)Além da obsessão por múmias, os vitorianos também eram obcecados pela morte. Foi durante esse período que as fotografias post-mortem ficaram famosas. Nelas, a família aparecia ao lado de pessoas que haviam falecido, mas que posavam para a foto como se estivessem vivas ou apenas dormindo. Outra prática comum era criar joias que preservavam mechas de cabelos dos entes queridos já falecidos.<h2>5. Insetos e animais mortos eram usados como adereços</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/27/27192342588011.jpg" alt="Chapéu com pássaro morto estava na moda. (Fonte: All That's Interesting)">Chapéu com pássaro morto estava na moda. (Fonte: All That's Interesting)Era comum que os vestidos das damas desse período ostentassem borboletas e besouros mortos. Além disso, os chapéus femininos costumavam ser adornados com penas de pássaros e, às vezes, com o próprio pássaro morto. O uso de animais como acessórios era tão comum que algumas espécies de mariposas e borboletas foram extintas por causa desse hábito.<h2>6. Venda de esposas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/27/27192213212010.jpg" alt="A venda de esposas era uma prática comum na época. (Fonte: All That's Interesting)">A venda de esposas era uma prática comum na época. (Fonte: All That's Interesting)Nessa época, o divórcio era muito caro, assim, alguns homens simplesmente <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123070-4-provas-que-o-sexo-na-era-vitoriana-era-cheio-de-contradicoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">encerravam seus casamentos</a> vendendo suas esposas para outros homens em uma espécie de leilão. O marido levava a mulher a um mercado onde outros homens podiam dar lances e ganhava quem oferecesse a maior soma de dinheiro.</body>

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6 fatos bizarros sobre a vida na Era Vitoriana

Imagem de Por que marcas como a Balenciaga são tão populares e caras? no megacurioso

Envolvida em polêmica de pornografia infantil, marca consolidou-se no mercado da moda com seus produtos luxuosos de preços altíssimos

<head></head><body>Durante as últimas semanas, o mundo da moda foi abalado com as denúncias de que a marca Balenciaga estaria fazendo apologia à pornografia infantil e pedofilia em sua última campanha. A empresa foi duramente criticada após ter anunciado fotos de duas meninas segurando bichinhos de pelúcia vestidos com fantasias que parecem ser de BDSM — uma prática sexual que envolve sadomasoquismo e submissão.Não demorou muito para que a marca viesse a público pedir desculpas pela campanha e afirmar que os "ursinhos não deveriam ter apresentados com crianças". De qualquer forma, a Balenciaga segue sendo uma empresa referência no mundo da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123379-shein-como-a-moda-fast-fashion-fatura-as-custas-do-trabalho-escravo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">moda</a> com lucros estratosféricos por conta das vendas de seus produtos luxuosos. Mas por que marcas como essa senguem sendo tão populares e caras? Entenda os bastidores!<h2>História da Balenciaga</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/02/02134144662180.jpg" alt="(Fonte: Internet/Reprodução)">(Fonte: Internet/Reprodução)A Balenciaga é uma casa de moda de luxo criada pelo espanhol Cristóbal Balenciaga em 1937. Autodidata, o estilista passou a ser conhecido por nunca esboçar uma única peça de suas coleções com lápis e papel, tornando-se uma figura completamente relevante no mundo da moda no século XX — sendo influente até hoje.Não demorou muito para a empresa ser conhecida por seus movimentos ousados e inovadores, tornando-se uma casa de costura parisiense pioneira na moda feminina durante o século XX. A habilidade impecável de Balenciaga era o que o diferenciava de nomes da época como Chanel e Dior.Começando tão jovem nessa empreitada, suas habilidades de corte de moldes e construção de roupas estiveram no ápice do mercado. Sua maestria lhe rendeu muita admiração no ramo, mas também era conhecido como uma figura polêmica nos bastidores. Cristóbal não era um homem de muitos amigos e tinha fama por hostilizar imprensa e paparazzis.&nbsp;<h2>Disparada do sucesso</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/02/02134059447178.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A consolidação da Balenciaga surgiu mesmo durante a década de 1950, quando a casa de moda passou a ser tão bem sucedida quanto ainda é hoje. Cristóbal foi pioneiro em silhuetas femininas nunca antes vistas para mulheres, trazendo designs radicais em um tempo onde qualquer coisa fora do padrão trazia muita polêmica.Depois de várias décadas de sucesso, Balenciaga fechou sua casa de moda de alta costura em 1968, falecendo apenas quatro anos depois disso, aos 77 anos. O fim do império havia deixado os fãs em choque, mas esse não era o fim da empresa. Em 1986, a marca renasceu pelas mãos de diversos Diretores Criativos como Nicolas Ghesquière.&nbsp;Em 2001, a casa de moda acabou sendo adquirida pela Kering, conglomerado que também é detentor das marcas Yves Saint Laurent, Alexander McQueen e Bottega Veneta. Mesmo com uma história tão longa, a Balenciaga sempre seguiu sendo uma das marcas de ponta no mundo da moda, causando impacto nas passarelas até hoje — como aconteceu com a sua mais recente colaboração com a Adidas para 2022/23.<h2>Preços astronômicos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/02/02134247220183.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Um fato a respeito de marcas como a Balenciaga é que, embora elas sejam revolucionárias no mundo da moda, adquirir produtos delas não é para todos. A menos que você esteja pensando em comprar uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122981-fornecedores-chineses-vendem-copias-de-marcas-de-luxo-sem-logotipo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">falsificação</a>, qualquer objeto que carregar o nome de Cristóbal Balenciaga custará o olho da cara.&nbsp;Mas por que essas marcas de luxo possuem preços tão absurdos? Em primeiro lugar, tudo está relacionado com um senso de status e exclusividade. No fim do dia, quem adquire um desses produtos ganha "o direito" de se gabar para seus colegas sobre sua capacidade financeira.Portanto, pagar mais de US$ 1 mil por um par de tênis não se torna algo questionável, mas um simbolismo de poder. Além disso, os preços só podem se manter nas alturas pois existe demanda para isso. Logo, enquanto milionários estiverem dispostos a pagar quantias exorbitantes em certos produtos, não há motivos para esse cenário mudar.Logicamente, os produtos de luxo são feitos com matéria-prima da mais alta qualidade, o que evidentemente deixará seus consumidores mais satisfeitos com o resultado — sem contar que cada coleção é tão inovadora que dificilmente você encontrará alguém vestido igual a você nas ruas. Por fim, as marcas de luxo são amadas pelas celebridades, que constroem o hype em cima desses produtos e fazem com que eles entrem no imaginário popular de sucesso.<h2>Luta contra o racional</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/02/02134538731186.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Seja as denúncias de pornografia infantil na Balenciaga, as inúmeras polêmicas envolvendo a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120535-como-a-morte-de-maurizio-gucci-abalou-o-mundo-da-moda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gucci&nbsp;</a>— o que inclusive virou trama de filme —, ou qualquer situação caótica envolvendo o mundo da moda de luxo, tudo acaba sendo abafado pelo comportamento irracional dos consumidores.&nbsp;Afinal, é difícil demais derrubar a reputação de marcas que montaram impérios ao longo de décadas e se tornaram colossos no setor. Em termos de psicologia, o consumismo faz com que as pessoas parem de se comportar racionalmente o tempo todo, agindo em torno do seu próprio interesse na maioria do tempo e esquecendo seu interesse financeiro.No fim do dia, parece mais importante adquirir uma falsa sensação de poder e de dominância do que ligar para qualquer coisa de errado que possa estar acontecendo ao seu redor.</body>

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Por que marcas como a Balenciaga são tão populares e caras?

Imagem de Todos os homens que usam ghutra são xeiques? no megacurioso

Entenda quem pode e não pode usar esse acessório comum no Oriente Médio

<head></head><body>Desde os tempos antigos, adornos de cabeça são usados pelos homens árabes como uma proteção adicional contra o calor do Sol, o vento do ambiente desértico e a areia. O estilo e a escolha desse tipo de vestimenta, conhecido como ghutra — entre outros nomes — pode depender de uma série de fatores, como religião, posição social e nacionalidade.Nos seis países integrantes do Conselho de Cooperação do Golfo (Omã, Emirados Árabes Unidos, Catar, Bahrein, Kuwait e Arábia Saudita), é meio que uma norma o uso desses trajes pelos cidadãos. Com a Copa do Mundo de 2022 no Catar, a ghutra se tornou não somente um símbolo do evento — <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123606-a-evolucao-dos-mascotes-da-copa-do-mundo-da-fifa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como o próprio mascote do evento</a>, La'eeb —, mas um dos acessórios mais vistos por telespectadores de todo o mundo.<h2>Uma história que atravessa séculos e nacionalidades</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/29/29124737477195.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Se você for ao Catar ou qualquer um dos países que citamos anteriormente, poderá notar facilmente uma infinidade de homens e crianças usando a ghutra e o igal (aquela faixa parecida com uma corda usada para prender o acessório na cabeça do usuário). Aqui já é possível acabar com um dos mitos mais comuns no ocidente sobre a ghutra: o de que somente os xeiques podiam usá-la. Na verdade, qualquer pessoa está habilitada a usar o adorno de cabeça.Apenas para contextualizar, xeique é um título árabe que tem mais a ver com respeito e vem da época pré-islâmica. De forma direta, significa um homem venerável com mais de 50 anos. Normalmente, é usado por líderes de ordens religiosas, chefes de universidades, líderes de aldeias ou tribos, bem como chefes de bairros separados dos grandes centros urbanos. O título também pode ser aplicado a qualquer pessoa que tenha memorizado o Alcorão, por mais jovem que a pessoa seja.<ul><li style="font-weight: bold;">Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123554-quais-sao-as-diferencas-entre-sultao-emir-e-xeique.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quais são as diferenças entre sultão, emir e xeique?</a></li></ul>Voltando à ghutra, seja para proteção contra o sol ou por uma questão de tradição de séculos entre árabes e sauditas, um aspecto interessante é que existe todo um processo de dobras antes de o tecido de formato triangular ser posto na cabeça do usuário.Ainda assim, mesmo com todo o trabalho para dobrar e enrolar, os créditos ficam com o igal, o cordão preto. Sem esse pequeno "prendedor", qualquer vento levaria a ghutra embora.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/29/29124741347196.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Há muitas curiosidades sobre a ghutra que são desconhecidas de nós, ocidentais. Por exemplo, por mais incrível que pareça, a versão xadrez nas cores branco e vermelho, uma das mais usadas atualmente, teria suas origens em outro continente: na Europa, mas isso não é um consenso.Há também quem diga que a ghutra já existia na Arábia antiga, enquanto outros apontam para o seu surgimento apenas há algumas décadas.<h2>Idade, localização, classe social e simbolismo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/29/29124743943197.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)Quando se trata de roupas no Oriente Médio, a idade e a localização influenciam muito. Por exemplo, os jovens tendem a usar roupas mais ocidentais, enquanto trajes mais "conservadores", como a ghutra, ficam reservados para ocasiões especiais, a exemplo de celebrações religiosas. Por outro lado, as gerações mais velhas tendem a ser mais apegadas à questão das&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/110148-18-vestimentas-usadas-pelos-antigos-nativos-americanos-de-causar-pesadelos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vestimentas mais tradicionais</a>.Também há roupas típicas que são mais encontradas em bairros mais populares, enquanto naqueles mais chiques, de classes média e alta, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118159-mulheres-e-calcas-a-luta-por-liberdade-no-ocidente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">grifes ocidentais</a> são percebidas nas ruas com mais frequência.Por fim, temos o simbolismo da ghutra. A de cor branco e vermelho remete ao patriotismo. A <a href="https://www.megacurioso.com.br/cultura/101925-19-fotos-que-mostram-vestidos-de-noiva-de-diferentes-partes-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">branca indica pureza</a>, enquanto a preta, liberdade. Existe uma infinidade de outras cores, mas nem sempre elas querem dizer alguma coisa além da estética.&nbsp;No final das contas, a ghutra é para os árabes o que o boné é para os ocidentais, com seus objetivos, significados e histórias específicos.</body>

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Todos os homens que usam ghutra são xeiques?

Imagem de Shein: como a moda fast fashion fatura às custas do trabalho escravo no megacurioso

Sob condições análogas à escravidão, pessoas chegam a costurar até 500 peças de vestuário por 20 centavos cada

<head></head><body>A palavra <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120176-fast-fashion-por-que-a-moda-rapida-e-um-problema.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fast fashion</a> pode parecer estranha para você ou até mesmo desconhecida, porém, se é alguém que não viveu em baixo de uma pedra nos últimos anos, provavelmente já ouviu falar na Shein, a gigante varejista chinesa que vende roupas e acessórios online por preços acessíveis.Apesar de ter alcançado todas as idades, a empresa – avaliada em US$ 100 bilhões em abril de 2022, segundo a Bloomberg –, ganhou destaque principalmente entre os jovens, potencializada ainda mais pelas mídias sociais de maior alcance no momento – <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123178-geracao-z-e-a-obsessao-pela-fama-a-qualquer-custo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">TikTok e Instagram</a>. A popularização se deu por suas peças inspiradas em alta costura e retiradas da última tendência nas passarelas, desfiladas de Maison Margiela a Balenciaga, por preços muito baixos, mesmo no Brasil, com a conversão do dólar e as taxas. Em média, uma pessoa pode gastar R$ 300 em 10 peças de vestuário compradas na Shein.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/30/30184040740019.jpg" alt="Poder 360/Reprodução)">Poder 360/Reprodução)E é o conceito de&nbsp;fast fashion que faz da Shein tão barata. Depois que os processos têxteis foram aprimorados com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121277-de-relogios-humanos-a-maquinas-de-banho-3-habitos-curiosos-do-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Revolução Industrial</a> no século XIX, o padrão de produção foi catapultado na década de 1990 com o barateamento tanto da mão de obra quanto da matéria-prima na indústria têxtil, consolidando-se em seu conceito: a produção rápida para o consumo rápido e o descarte rápido. Isso gerou maior rentabilidade para indústria da moda – responsável por movimentar US$ 1,7 trilhões da economia mundial –, gerando empregos e produtos com custo acessível.Pelo outro lado, o fast fashion fez da indústria da moda a segunda mais poluente do mundo, devido à utilização de tinturas de baixa qualidade e tecidos; produtos insolúveis e à base de metais pesados; contribuindo para toneladas de emissões diárias de carbono para a atmosfera; e o aumento substancial de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120861-nurdles-um-dos-materiais-mais-toxicos-da-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">plástico nos oceanos</a>.Além desses impactos globais que reduzem o percentual de vida do planeta, está também o uso desenfreado da&nbsp;mão de obra escrava na indústria da moda, inclusive pela Shein.<h2>Apenas uma fachada bonita</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/30/30184142762020.jpg" alt="(Fonte: Factual 900/Reprodução)">(Fonte: Factual 900/Reprodução)Em 17 de outubro desse ano, o lançamento do documentário Inside Shein Machine: UNTOLD, produzido pela emissora britânica Channel 4, ganhou a mídia e a internet ao revelar as condições e precarização do trabalho por de trás da vitrine bonita e atraente da Shein.Ao infiltrar o repórter Panyu em uma das fábricas da gigante varejista, em Guangzhou, na China, foi descoberto que os empregados trabalham até 18 horas diárias, costurando, em média, 500 peças de roupa por dia, com direito a apenas uma folga mensal. Eles ganham cerca de R$ 0,20 por peça produzida, sendo que o primeiro pagamento do mês é retido pela empresa.Em caso de erro na produção de alguma peça, as pessoas são penalizadas dois terços do salário diário. Em condições análogas à escravidão, eles trabalham sob circunstâncias que violam as leis trabalhistas chinesas, que prevê, no máximo, 40 horas semanais de trabalho, com teto de 36 horas extras por mês e uma folga semanal, devendo faturar cerca de US$ 4 mil mensal.Entre a tristeza e exaustão, o documentário também capta mulheres lavando os cabelos durante os intervalos do almoço, comendo pequenas porções de comida em tigelas e lutando contra o sono. Nada ironicamente, a maioria dos empregados são <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119450-por-que-as-pessoas-insistem-em-culpar-imigrantes-por-causar-doencas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">imigrantes</a>.Em um e-mail ao site The Business of Fashion, a Shein declarou estar preocupada com as denúncias de trabalho escravo de seus parceiros – visto que o documentário foi feito em uma das fábricas terceirizadas da empresa –, e que estão cientes que isso viola o Código de Conduta acordado por todos os fornecedores da Shein.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/30/30184608984024.jpe" alt="(Fonte: Sourcing Journal/Reprodução)">(Fonte: Sourcing Journal/Reprodução)“Qualquer não-conformidade com este código é tratada rapidamente e encerraremos parcerias que não atendam aos nossos padrões. Solicitamos informações específicas ao Channel 4 para podermos investigar”, complementou a Shein.A resposta totalmente evasiva só adiciona mais uma vírgula em uma série de mistérios envolvendo a marca chinesa, que já existe há 8 anos no mercado, a começar pela sua origem. Não existe nenhum número de telefone ou contato com a imprensa online, sendo que até o nome de seu fundador permanece um enigma total.Tudo o que a Shein construiu nesses 8 anos de mercado foi se apoiando apenas em marketing digital e blogueiros, responsáveis por venderem seus produtos igual água no deserto. O site norte-americano da marca executa um tipo de programa para influenciadores digitais de moda enviando peças para promoção ou publicidade e, dessa forma, alimentar sua relevância digital.<h2>Exploração sem fim</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/30/30184658365025.jpg" alt="(Fonte: Refinery 29/Reprodução)">(Fonte: Refinery 29/Reprodução)Shein é apenas uma parcela – embora bem significativa – no mar do problema que é o conceito de fast fashion, por trás de Zara, H&amp;M, UNIQLO, Gap, Forever 21, Renner, Riachuelo, Primark, e entre outras marcas. O trabalho escravo se tornou, desde o surgimento dessa linha de produção rápida, uma das características principais depois dos impactos ambientais.A Organização Internacional do Trabalho levantou que cerca de 260 milhões de crianças estão empregadas em todo o mundo, das quais 170 milhões estão envolvidas em trabalho infantil realizado abaixo da idade mínima exigida, ou que, devido à sua natureza ou condições prejudiciais, é totalmente considerado inaceitável para uma criança, além de proibido.Apesar de o trabalho infantil ser proibido por lei na maioria dos países, ainda existe em muitas partes mais pobres do mundo, e muitas são recrutadas para trabalho escravo para alimentar a cadeia de suprimentos da moda, fabricando têxteis e roupas para consumidores da Europa à América.A demanda global do fast fashion,&nbsp;apoiada na cultura do consumismo desenfreado, obriga as empresas a encontrarem fontes de mão de obra cada vez mais baratas, e isso envolve imigrantes e crianças, retirados de um plano de fundo socialmente vulnerável.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/30/30184813861026.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)“Há muitas meninas em países, como Índia e Bangladesh, que estão dispostas a trabalhar por preços muito baixos, e são facilmente trazidas para essas indústrias sob falsas promessas de ganhar salários decentes”, disse Sofie Ovaa, coordenadora da campanha Stop Child Labor.Um relatório do Centro de Pesquisa em Corporações Multinacionais (SOMO) e do Comitê da Índia da Holanda (ICN) revelou que existem recrutadores dessas gigantes têxteis no sul da Índia convencendo os pais em áreas rurais extremamente pobres a enviar suas filhas sob falsas promessas de um emprego bem remunerado, acomodação confortável, refeições regulares e oportunidades de terem acesso a um direito básico: educação.No entanto, essas crianças acabam abandonadas em galpões de fábricas, trabalhando por horas a fio, sem acesso ao mundo, mal alimentadas e ganhando centavos por peça produzida, ou, por vezes, nem isso.<h2>Por conta própria</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Emily Elizabeth May&nbsp;" data-fonte-url="https://emilyelizabethmay.com/why-im-quitting-fast-fashion/child-labor-fast-fashion/?utm_source=rss&amp;utm_medium=rss&amp;utm_campaign=child-labor-fast-fashion"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/30/30184931961027.jpg" alt="(Fonte: Emily Elizabeth May/Reprodução)">(Fonte: Emily Elizabeth May/Reprodução)As crianças são consideradas alvos atraentes porque são obedientes como trabalhadoras e fáceis de gerenciar, fazendo passar despercebido o crime que as empresas cometem. Dos 75 milhões de trabalhadores operários na indústria da moda pelo mundo, estima-se que menos de 2% deles ganham um salário digno.É assim que esse comportamento servil se estende para o segundo grupo mais marginalizado no mundo: os imigrantes. As marcas têm como alvo os cidadãos em zonas de convulsões causadas pela guerra, mirando em refugiados sírios, por exemplo.Desesperados por salários, visto que mal conseguem sobreviver, com dívidas a pagar a familiares, agências de recrutamento, corretores ou traficantes –, eles acabam aceitando a má remuneração, principalmente com as políticas rígidas de asilo ou imigração nos países para o qual imigram.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/30/30185039812028.jpg" alt="(Fonte: The Brazilian Report/Reprodução)">(Fonte: The Brazilian Report/Reprodução)O que impede muitos de causar uma revolução diante à exploração desmesurada é a falta de voz, sobretudo, em países que não a exaltam e, pro vezes, tentam calá-la – afinal, poucos estão dispostos a ouvir que seu país é responsável por práticas de escravidão para que você possa continuar adquirindo o básico do consumismo: roupas. Os imigrantes têm medo de serem presos ou deportados, por isso nem se atrevem a deixar as fábricas, que acabam se tornando o seu próprio quarto, aumentando a linha de exploração.Alguns são os casos de trabalhadores que reagem às condições repressivas das indústrias de fast fashion, e vão a público fazer denúncias, como é o caso de refugiados birmaneses na fronteira com a Tailândia, envolvidos em processo judiciais e regularmente fazendo greve contra seus empregados.Em face a esse cenário terrível, é possível que esteja se perguntando onde está a justiça em meio a tudo isso. A resposta está na própria cadeia de suprimentos da moda que, devido a sua complexidade, é difícil para as empresas controlarem todas as etapas da produção. Além disso, não há mecanismos de fiscalização ou controle social, nada de sindicatos que possam ajudar os trabalhadores a lutar por melhores condições.No final das contas, eles estão por conta própria.</body>

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Shein: como a moda fast fashion fatura às custas do trabalho escravo

Imagem de Como funciona o "tecido instantâneo" da Coperni na PFW22? no megacurioso

Utilizando o que parecia ser um spray de tinta branca, marca francesa conseguiu confeccionar um vestido instantâneo no corpo da modelo Bella Hadid

<head></head><body>Um acontecimento impressionante no mundo da moda chamou a atenção de pessoas do mundo todo nas últimas semanas. Ao final de um desfile criado pela empresa francesa Coperni, a modelo Bella Hadid caminhou até o meio da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119050-por-que-as-roupas-das-passarelas-de-moda-sao-tao-esquisitas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">passarela</a> usando apenas um fio dental e segurando seis seios com as mãos.Então, dois funcionários da empresa se aproximaram dela e passaram a borrifar algo no seu corpo que parecia ser <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118498-como-a-tinta-mais-branca-ja-criada-ajuda-a-esfriar-ambientes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tinta branca</a>. Após 15 minutos, uma outra funcionária cortou uma fenda e removeu as mangas de um suposto look pintado. No entanto, a peça de roupa recém confeccionada era capaz de se mover junto de Hadid — mostrando que a tinta havia criado um "tecido instantâneo". E como funciona essa tecnologia? Entenda!<h2>Revolucionando a moda</h2><iframe class="instagram-media instagram-media-rendered" id="instagram-embed-0" src="https://www.instagram.com/p/CjJMdupORTb/embed/?cr=1&amp;v=14&amp;wp=485&amp;rd=https%3A%2F%2Fplataforma.nexperts.co&amp;rp=%2Fprojetos%2Fgerenciar%2Fpublisher%2Fedit%2FKpmNY%2Fk5K1a#%7B%22ci%22%3A0%2C%22os%22%3A740714.5%2C%22ls%22%3A740427.4000000954%2C%22le%22%3A740710.5%7D" allowtransparency="true" allowfullscreen="true" frameborder="0" height="879" data-instgrm-payload-id="instagram-media-payload-0" scrolling="no" style="background: white; max-width: 540px; width: calc(100% - 2px); border-radius: 3px; border: 1px solid rgb(219, 219, 219); box-shadow: none; display: block; margin: 0px 0px 12px; min-width: 326px; padding: 0px;"></iframe><script async="" src="http://www.instagram.com/embed.js"></script>Toda essa história começou por conta de um homem chamado Manel Torres, um designer de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122304-como-a-economia-global-influencia-na-altura-dos-saltos-altos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">moda</a> que teve a ideia de criar uma camiseta que pudesse surgir do nada com uma lata de spray que funcionasse como uma teia de aranha. Porém, quando ele iniciou sua jornada nos anos 2000, ele ainda não tinha ideia de como chegar a tal produto.Então, Torres decidiu ir para o Imperial College em Londres, que é altamente conhecido por suas inovações, e pedir ajuda. Os pesquisadores gostaram da ideia de prontidão e lhe deram alguns recursos para alcançar seu objetivo: um laboratório e materiais químicos. Após dois anos, tendo muitas tentativas e erros, os primeiros resultados vieram.Em 2003, o designer foi responsável por criar o Fabrican, uma fibra líquida, unida a polímeros, biopolímeros e alguns solventes verdes que evaporam quando o spray atinge uma superfície — no caso, o corpo de Bella Hadid. De acordo com Torres, o tecido parece camurça e pode ser manipulado como qualquer outro.<h2>Parceria com a Coperni</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/10/05/05015817568000.jpg" alt="Fonte: Estop/Getty Images)">Fonte: Estop/Getty Images)Após a descoberta de Manel Torres, entra o papel dos dois designers da Coperni: Sébastien Meyer e Arnaud Vaillan, conhecidos por seus designs inovadores como uma bolsa de vidro que usaram no passado. O vestido desfilado por Bella Hadid em 2022 usou a tecnologia Fabrican para elaborar uma peça 3D na frente de uma grande plateia — incluindo a ilustre Kylie Jenner.O vestido moveu-se como uma segunda pele, encaixando-se perfeitamente no corpo da modelo. Na moda, essa tecnologia poderia ser usada para fazer vestidos inteiros, como o que aconteceu no desfile, ou até mesmo consertar peças velhas danificadas com o tempo. O plano da Coperni é que essa tecnologia seja leva também para a indústria média, podendo fazer moldes ou ataduras estéreis em spray a partir de latas de aerossol."No século XXI, devemos fazer com que seja a primeira vez que a ciência e o design caminhem realmente juntos, ilustrando assim sua interdependência", escreveu a marca em comunicado oficial. Dessa forma, a empresa francesa definitivamente cravou seu nome com uma grande ação.&nbsp;</body>

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Como funciona o 'tecido instantâneo' da Coperni na PFW22?

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Tem mais mitos que verdades nessa história

<head></head><body>A chamada Era Vitoriana foi o período em que a rainha Vitória governou o Reino Unido. Ele se se estendeu de junho do ano de 1873 até o mês de janeiro de 1901, época em que a monarca morreu. Se você já viu ou leu algo que faz referência a esse período, é bem possível que tenha se deparado com a expressão The Ankle Taboo, isto é, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119762-6-mitos-e-verdades-sobre-o-efeito-do-salto-alto-no-corpo-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tabu do tornozelo</a>, em uma tradução livre.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/21122441032150.jpg" alt="(Fonte: Quora/ Reprodução)">(Fonte: Quora/ Reprodução)Isso, porque, exibir o tornozelo naquela época era algo comparável à pornografia no caso das mulheres. Ou seja, era uma prática muito mal vista pela sociedade. A simples visão dessa parte do corpo feminino poderia causar choque, atrair olhares e gerar escândalos. Mas será mesmo que o tornozelo feminino era algo tão obsceno assim?<h2>Mais mitos que verdades</h2>É comum observarmos que em épocas passadas as mulheres eram obrigadas a esconder várias partes de seus corpos, como braços, punhos e os tornozelos. Tudo bem que, em vários momentos e culturas, isso era recomendado. No entanto, sobre a Era Vitoriana, isso está longe da realidade. E não é tão complicado entender o motivo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/21154922639379.jpg" alt="(Fonte:Shutterstock)">(Fonte:Shutterstock)Por exemplo, se para alguns, os tornozelos eram motivos de escândalo e vergonha alheia, para outras pessoas, o termo The Ankle Taboo era apenas uma espécie de manifestação ou expressão criada para simbolizar a repressão à qual as mulheres da época estavam sujeitas.Mas, tem muito mais coisas nessa história...<h2>O mito do tornozelo obsceno</h2>Existem diversos aspectos históricos, práticos e comportamentais que tornam duvidosa a afirmação de que os tornozelos femininos jamais deveriam ser deixados a mostra. A seguir, vamos dar alguns exemplos bastante simples sobre por que isso não faz sentido.No período vitoriano, as carruagens eram o meio de transporte mais comum. Subir as escadas, entrar e sair desses veículos, provavelmente, deixavam muitos tornozelos femininos a vista de todos.Imagine uma poça d’água na rua. Será mesmo que as mulheres não levantariam suas longas saias e vestidos, tal como fazem hoje, para evitar sujar a barra da roupa, deixando à mostra seus tornozelos?E tem as moças. Muita gente não sabe, mas as meninas da Era Vitoriana usavam a bainha ou barra da saia mais curtas que as mulheres adultas, que adotavam saias mais longas após a maior idade.E se você fosse ao teatro para aproveitar uma noite de entretenimento, é bem provável que veria vários tornozelos e outras partes do corpo feminino durante as apresentações de peças e musicais.<h2>A possível origem dos tornozelos escandalosos</h2>Alguns historiadores acreditam que a origem do mito de que mostrar os tornozelos era algo obsceno durante o reinado da rainha Vitória teve origem em um grupo particular de mulheres: as prostitutas. Não é novidade que a Era Vitoriana foi um período particularmente extraordinário e exuberante para a prostituição.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/09/21/21154926302381.jpg" alt="(Fonte:Shutterstock)">(Fonte:Shutterstock)Logo, mostrar os tornozelos, pernas e muitas outras partes do corpo, era algo inerente a rotina de trabalho para as garotas que mantinham os bordéis cheios. Com o tempo, essa “moda” ganharia adeptos em grupos, digamos, mais aristocráticos e de elite.Por exemplo, a partir de determinado momento houve um tempo durante a Era Vitoriana em que as pernas e tornozelos eram tão<a href="https://www.megacurioso.com.br/direito/88051-10-coisas-que-as-mulheres-ja-foram-proibidas-de-fazer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;valorizados pelas mulheres (</a>e homens) daquela época, que é possível encontrar até uma evolução nas vestimentas para essa parte do corpo.&nbsp;Entre o final do século XIX e o início da Era Eduardina (1901–1910), meias, saias, vestidos e calçados femininos passaram a ter uma decoração mais luxuosa, bordados mais bem trabalhados e estilos bem extravagantes, o que significa que não eram apenas as prostitutas que precisavam ou queriam mostrar partes de seus membros inferiores.Além disso, com a chegada da década de 1890, as mulheres do Reino Unido começaram a se tornar fisicamente mais ativas. Mais uma razão que desintegra o mito de que os tornozelos deveriam ser mantidos escondidos. Elas estavam mais envolvidas em esportes, mesmo que ainda eram <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118159-mulheres-e-calcas-a-luta-por-liberdade-no-ocidente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">obrigadas a usarem saias longas</a>.Nos anos 1900, as mulheres que trabalhavam davam preferência para saias mais curtas devido à praticidade. As mais jovens também adotaram a ideia, pelos mesmos motivos atuais: estilo e atenção.A partir de 1911, as saias começaram a “subir” de uma forma geral. Até mesmo os mais elegantes vestidos permitiam que se observasse alguns tornozelos, mesmo que de relance.Já por ocasião da Primeira Guerra Mundial, com as mulheres adolescentes acordando para um novo mundo e começando a entender que tinham um papel na sociedade, os vestidos e meias que escondiam tudo até os tornozelos, praticamente se tornaram obsoletos e desapareceram do cenário da moda do Reino Unido.</body>

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