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É normal esquecer palavras ocasionalmente, mas pesquisadores têm estudado formas de evitar esse fenômeno

Voc&ecirc; j&aacute; deve ter sentido aquela sensa&ccedil;&atilde;o frustrante de esquecer uma palavra, n&atilde;o &eacute; mesmo? &Agrave;s vezes, &eacute; uma palavra comum, que usamos no dia a dia, mas na hora de falar ela some da mente &ndash; e ainda que as pessoas ao redor tentem lhe ajudar a se lembrar, isso n&atilde;o acontece.
Em ingl&ecirc;s, os psic&oacute;logos chamam esse fen&ocirc;meno pela sigla TOT &ndash; algo como &ldquo;fen&ocirc;meno da ponta da l&iacute;ngua&rdquo;, em tradu&ccedil;&atilde;o livre. Entender as causas dessa situa&ccedil;&atilde;o n&atilde;o &eacute; f&aacute;cil, uma vez que monitorar esses sintomas exigiria que o paciente soubesse o momento exato em que eles ocorreriam, o que &eacute; imposs&iacute;vel. Ningu&eacute;m sabe quando se esquecer&aacute; de uma palavra e nem que palavra ser&aacute; essa.
<h2>Volunt&aacute;rios est&atilde;o se monitorando para ajudar os pesquisadores</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/04/04142952421236.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
J&aacute; que monitorar esses esquecimentos em um laborat&oacute;rio &eacute; dif&iacute;cil, os pesquisadores decidiram pedir que os pr&oacute;prios volunt&aacute;rios fa&ccedil;am esse controle. Funciona assim: um grupo de participantes do estudo carrega um di&aacute;rio. Toda vez em que uma palavra &eacute; esquecida, o indiv&iacute;duo anota como o fen&ocirc;meno ocorreu e se lembrou espontaneamente do termo.
Essa metodologia j&aacute; apresentou resultados interessantes: estudantes universit&aacute;rios experimentam o fen&ocirc;meno at&eacute; duas vezes na semana, enquanto em volunt&aacute;rios com 80 anos ou mais, o &iacute;ndice quase dobra. Em 90% dos casos, a pessoa consegue se lembrar da palavra que estava buscando.
Apesar de trazer resultados interessantes, esse estudo ainda gera d&uacute;vidas, pois &eacute; poss&iacute;vel que os volunt&aacute;rios acabem influenciando nos resultados. Por exemplo: pessoas idosas podem estar mais atentas a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119979-como-o-cerebro-define-a-qualidade-das-nossas-memorias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">falhas de mem&oacute;ria</a> do que os jovens.
<h2>O que causaria o esquecimento de palavras?</h2>
Os pesquisadores de TOT acreditam que esse esquecimento pode ter correla&ccedil;&atilde;o com o n&uacute;mero de informa&ccedil;&otilde;es que a pessoa memorizou. Se algu&eacute;m tem um vasto vocabul&aacute;rio, &eacute; natural que ele se esque&ccedil;a de uma ou outra palavra de vez em quando. Quando n&atilde;o se tem um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124487-como-o-nosso-cerebro-lembra-do-idioma-que-estamos-aprendendo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vocabul&aacute;rio extenso</a>, simplesmente n&atilde;o se conhece o termo e pronto.
Isso explicaria as altas taxas de sucesso dos volunt&aacute;rios, pois eles se lembram dos termos em nove em cada dez casos de esquecimento.
<h2>Os TOTs podem ser controlados?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/11/getty-images-11173955788376.jpg" alt="Getty Images" />(Fonte: Getty Images)
Esquecer de uma palavra que estava na ponta da l&iacute;ngua n&atilde;o &eacute; necessariamente um sintoma de uma alguma doen&ccedil;a. &Eacute; algo comum. Todavia, se a ocorr&ecirc;ncia dessa situa&ccedil;&atilde;o &eacute; alta a ponto de prejudicar as atividades de uma pessoa, pode ser uma boa ideia procurar um m&eacute;dico.
A pr&aacute;tica de exerc&iacute;cios f&iacute;sicos e uma boa noite de sono s&atilde;o a&ccedil;&otilde;es que ajudam a mem&oacute;ria como um todo. Uma atividade simples, como desenhar algo em vez de escrever, pode ajudar na memoriza&ccedil;&atilde;o de algo importante.
Um estudo curioso da Universidade de Roehampton, na Inglaterra, mostrou que quando andamos de costas podemos memorizar melhor as informa&ccedil;&otilde;es que nos foram passadas. Os pesquisadores passaram um v&iacute;deo para volunt&aacute;rios e aqueles que o assistiram andando de costas lembraram de mais detalhes. N&atilde;o custa tentar, n&eacute;? Mas lembre-se de fazer isso em um local seguro.

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Por que esquecemos das palavras de vez em quando?

Imagem de Por que o cérebro acha que membros falsos são parte do nosso corpo? no megacurioso

Um estudo descobriu como o cérebro é capaz de pensar que uma mão de borracha o pertence, chegando a afetar a mão verdadeira

<head></head><body>Em um estudo feito por cientistas da Universidade de Turim, na Itália, um experimento descobriu como o cérebro é enganado por mãos falsas. Em um truque chamado "ilusão da mão de borracha", os pesquisadores conseguiram explorar como a mente combina informações dos sentidos para criar um sentimento de propriedade do corpo.Durante o experimento, as pessoas eram levadas a acreditar uma mão de borracha colocada sobre a mesa diante delas era seu próprio membro. Isso é fruto de uma bizarra, mas convincente, mudança de percepção que acompanha uma sensação de repúdio à mão real.Os estudiosos resolveram lançar o estudo depois que perceberam que pacientes que sofreram AVC experimentaram sensações semelhantes. Muitos deles chegaram a ter certeza de que um membro paralisado não era seu, mas sim o de borracha.&nbsp;“Sabemos que a sensação de propriedade do corpo pode ser drasticamente alterada após danos cerebrais”, disse Francesca Garbarini, professora da instituição e líder no estudo.<h2>Enganando o cérebro</h2><iframe width="1135" height="648" src="https://www.youtube.com/embed/sxwn1w7MJvk" title="The Rubber Hand Illusion - Horizon: Is Seeing Believing? - BBC Two" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Para o experimento, os cientistas usaram um grupo de voluntários saudáveis que se sentaram com os antebraços apoiados em uma mesa e a mão direta escondida em um caixa. Uma mão de borracha então foi colocada a frente de cada um dos participantes e alinhada ao ombro direito. Apenas um pano cobria o coto da mão, mas os dedos permaneciam visíveis.O teste começou a acontecer quando um dos pesquisadores passou a acariciar o dedo médio da mão real do participante enquanto fazia o mesmo com o dedo da mão de borracha. A ilusão surgiu quando as mãos reais e falsas foram acariciadas ao mesmo tempo e velocidade.É a combinação dessas informações visuais e sensoriais que faz o cérebro concluir erroneamente que a mão falsa deve fazer parte do corpo da pessoa. Ao serem questionados sobre o que sentiam, os voluntários disseram que parecia que sua própria mão que estava na caixa havia desaparecido e a mão falsa havia se tornado sua.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/31/31142007885253.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Todo o experimento foi monitorado por meio de uma técnica chamada Estimulação Magnética Transcraniana, que desencadeia pequenos pulsos elétricos em partes do cérebro que controlam o movimento das mãos. Com isso, os sinais viajam pela medula espinhal ao longo do braço e até a mão, onde são registrados como contrações musculares.Garbarini descobriu que, quando as pessoas experimentavam a ilusão da mão de borracha, a força dos pulsos elétricos que chegavam a mão escondida diminuíam drasticamente. Ou seja, como o cérebro não considera mais a mão como parte do corpo, nos tornamos menos capazes de usá-la.As descobertas feitas pelo estudo italiano foram publicadas na revista eLife e serviram para reforçar outras pesquisas que sugerem que o movimento está intimamente conectado à criação de um senso de propriedade do corpo pelo cérebro. Ao que parece, realmente o movimento é “a cola que liga o corpo ao eu”, como bem descreveram Luke Miller e Alessandro Farn, do Centro de Pesquisa em Neurociência de Lyon, na França.</body>

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Por que o cérebro acha que membros falsos são parte do nosso corpo?

Imagem de Microplásticos no cérebro podem provocar mudanças no comportamento no megacurioso

Estudo conduzido em camundongos demonstrou quais efeitos da presença de microplásticos no cérebro podem ser percebidos no curto prazo

<head></head><body>Já falamos aqui no Mega Curioso que os impactos do acúmulo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125283-existem-microplasticos-em-nosso-cerebro-e-agora.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">microplásticos</a> no oceano já podem ser observados de várias formas, afetando o desenvolvimento das cianobactérias, e possivelmente de nós, seres humanos, dada a detecção dessas partículas extremamente pequenas no pulmão e no coração humano.Para quem se pergunta que tipo de dano os microplásticos podem gerar no cérebro, um estudo inovador publicado no&nbsp;International Journal of Molecular Sciences trouxe dados alarmantes ao mostrar o impacto percebido em camundongos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/31/31140921388240.jpg" alt="Presença de microplástico no cérebro de camundongos gerou mudança de comportamento. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Presença de microplástico no cérebro de camundongos gerou mudança de comportamento. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Efeitos da absorção de microplásticos no organismo</h2>O estudo teve como proposta avaliar quais seriam os danos identificados em um grupo camundongos a partir da exposição a microplásticos. Enquanto em organismos marinhos essas partículas são associadas à redução da viabilidade celular, em camundongos, tanto nos mais jovens, quanto nos de idade mais avançada, os efeitos já foram percebidos no curto prazo.&nbsp;Os animais foram avaliados durante três semanas. E assim como já era esperado, as partículas, que foram administradas por meio de água potável, começaram a se acumular no interior dos órgãos dos animais.Pesquisadores relataram no estudo que os roedores apresentaram sinais de inflamação em tecidos do fígado. Mas além de avançar pelos sistemas excretor e digestivo, nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/22503-quer-vender-o-seu-rim-saiba-quanto-ele-vale-no-mercado-negro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rins</a> e intestino, os microplásticos conseguiram ir além, chegando ao cérebro deles. Em suma, essas partículas invadiram todos os sistemas do organismo.E uma vez no cérebro, o microplástico ainda provocou mudanças no comportamento — algo que foi, inclusive, observado com uma maior intensidade nos animais mais velhos. Essa alteração se assemelhou ao que ocorre em casos de demência em humanos, apesar da dose de microplásticos empregada ter sido baixa.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/31/31141020351242.jpg" alt="Estudo aponta que microplástico se acumula em todos os sistemas do organismo de camundongos, mesmo no curto prazo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Estudo aponta que microplástico se acumula em todos os sistemas do organismo de camundongos, mesmo no curto prazo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Danos do microplástico ao cérebro de camundongos</h2>Inclusive, o estudo identificou que a presença dessas partículas pode provocar a redução da proteína ácida fibrilar glial (GFAP). Trata-se de uma proteína associada a vários processos celulares, e a sua redução já tem sido ligada ao desenvolvimento de doenças, como o Alzheimer e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122908-depressao-conheca-os-6-tipos-mais-comuns-da-doenca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">depressão</a>.Para Jaime Ross, que é professora da Universidade de Rhode Island e participou da pesquisa, essas descobertas fazem com que surjam novos questionamentos acerca do desdobramento desses efeitos que foram observados: "você fica mais suscetível à inflamação sistêmica causada por esses microplásticos à medida que envelhece? Seu corpo pode se livrar deles com a mesma facilidade? Suas células respondem de maneira diferente a essas toxinas?".Considerando que os efeitos em mamíferos ainda não são inteiramente conhecidos, o estudo representa um avanço importante para auxiliar na compreensão acerca dos possíveis malefícios aos seres humanos. Para ter uma melhor dimensão de como essa dinâmica se dá, no entanto, ainda será necessário conduzir outros estudos.</body>

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Microplásticos no cérebro podem provocar mudanças no comportamento

Imagem de Cérebro x sociedade: estudo aponta sistemas cerebrais responsáveis pelo foco no megacurioso

Como o cérebro humano desenvolveu complexos sistemas de foco e atenção, adaptando-se às demandas ambientais e sociais?

Ao longo da evolu&ccedil;&atilde;o, o&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127238-como-nosso-cerebro-conseguiu-evoluir-para-o-seu-tamanho-atual.htm" target="_blank" title="Como nosso c&eacute;rebro conseguiu evoluir para o seu tamanho atual?">c&eacute;rebro humano</a> desenvolveu complexos sistemas de foco e aten&ccedil;&atilde;o, adaptando-se &agrave;s demandas ambientais e sociais. Regi&otilde;es cerebrais fundamentais, como o&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/26296-ciencia-explica-por-que-criancas-nao-gostam-de-compartilhar-objetos.htm" target="_blank" title="Ci&ecirc;ncia explica por que crian&ccedil;as n&atilde;o gostam de compartilhar objetos">c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal</a> dorsolateral e o c&oacute;rtex parietal superior, est&atilde;o envolvidas na regula&ccedil;&atilde;o da aten&ccedil;&atilde;o seletiva e focalizada. Essas &aacute;reas permitem que os indiv&iacute;duos se concentrem em est&iacute;mulos mais importantes ligados a recompensas e suprimam distra&ccedil;&otilde;es, otimizando o processamento cognitivo.
A&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/evolucao" target="_blank" title="Evolu&ccedil;&atilde;o">evolu&ccedil;&atilde;o</a> favoreceu a capacidade de foco para aprimorar a efic&aacute;cia na busca por recursos essenciais, detec&ccedil;&atilde;o de amea&ccedil;as e intera&ccedil;&otilde;es sociais. A necessidade de concentrar-se em atividades espec&iacute;ficas, como ca&ccedil;ar ou construir abrigos, conferiu vantagens adaptativas. A aten&ccedil;&atilde;o focada permitia o processamento detalhado e a resolu&ccedil;&atilde;o de problemas, maximizando a sobreviv&ecirc;ncia e reprodu&ccedil;&atilde;o.
A exist&ecirc;ncia e a import&acirc;ncia desse processo foram refor&ccedil;adas por um novo estudo promovido pela Universidade da Pensilv&acirc;nia e publicada pela revista cient&iacute;fica Neuron, que identificou a a&ccedil;&atilde;o de um grupo de neur&ocirc;nios relacionados ao movimento visual localizados no c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal lateral que atua com um padr&atilde;o de atividades chamado &ldquo;explos&otilde;es beta&rdquo;, respons&aacute;veis por suprimir a interven&ccedil;&atilde;o de est&iacute;mulos distratores em face de uma atividade central.
Essa descoberta apoia um desenvolvimento evolucional voltado ao foco em atividades espec&iacute;ficas por vez, no entanto, em um contexto contempor&acirc;neo repleto de est&iacute;mulos variados e demandas multitarefa, a habilidade de foco tem sido cada vez mais posta &agrave; prova.
Compreender melhor os sistemas que modulam o foco e a regula&ccedil;&atilde;o de distra&ccedil;&otilde;es &eacute; fundamental para entender os impactos que a cultura de informa&ccedil;&otilde;es r&aacute;pidas e em massa no c&eacute;rebro humano e na sua capacidade de manter a aten&ccedil;&atilde;o em tarefas e atividades espec&iacute;ficas, podendo tamb&eacute;m ser importante para o tratamento de condi&ccedil;&otilde;es que afetam o foco, como&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/neurociencia/102593-pesquisa-comprova-pessoas-com-tdah-tem-cerebros-diferentes.htm" target="_blank" title="Pesquisa comprova: pessoas com TDAH t&ecirc;m c&eacute;rebros diferentes">TDAH</a>.
***
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias, mestre em Psicologia, p&oacute;s-graduado em Neuropsicologia entre outras p&oacute;s-gradua&ccedil;&otilde;es, licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em Antropologia, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, e professor e investigador cientista na Universidad Santander.

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Cérebro x sociedade: estudo aponta sistemas cerebrais responsáveis pelo foco

Imagem de Cientistas podem estar perto de eliminar a necessidade de dormir  no megacurioso

Pesquisas em ratos de laboratório conseguiu induzir os animais a ficarem acordados e dispostos 

<head></head><body>Dormir não é apenas uma parte muito gostosa do nosso dia. Sem o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124264-5-mitos-famosos-a-respeito-do-sono.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sono adequado</a>, nosso corpo e mente adoecem — ou podem sofrer graves problemas. Um estudo de 2019 revelou que a falta de sono estava relacionada a mais de 40% dos acidentes de trânsito brasileiros.Ainda que as pessoas consumam substâncias estimulantes, como café ou energéticos, é fato que em algum momento precisarão parar para tirar um cochilo.Mas pesquisadores da Universidade de Ohio podem estar perto de criarem uma droga que elimine os impactos negativos que a falta de sono tem em nosso organismo, sem que isso prejudique a capacidade de atenção e foco das pessoas — e a resposta para isso está nos astrócitos.<h2>Estudo sobre astrócitos em ratos foi bem-sucedido</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/28/28163310168348.jpg" alt="Astrócitos alimentam os neurônios. Fonte: Getty Images">Astrócitos alimentam os neurônios. Fonte: Getty ImagesQuando falamos em células que atuam no sistema nervoso, é quase inevitável que lembremos dos neurônios, mas existem outras células trabalhando para o bom funcionamento do nosso cérebro, como os astrócitos.Os astrócitos têm muitas funções em nosso organismo, como a nutrição dos neurônios, mas essas células têm outras demandas — e algumas delas ainda podem estar sendo descobertas.Os pesquisadores conseguiram ativar os astrócitos de ratos de laboratório e isso fez com que os animais ficassem acordados por cerca de seis horas, mesmo já sendo um horário em que eles deveriam estar dormindo.Os animais ainda não apresentaram danos colaterais depois que o efeito da experiência acabou. Eles dormiram normalmente em seu horário habitual, sem demonstrarem <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122551-por-que-algumas-pessoas-precisam-dormir-menos-que-outras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estar mais cansados que o normal</a> ou precisando repor horas de sono perdidas.O estudo concluiu que a nossa necessidade de dormir pode estar diretamente relacionado com essas células cerebrais. “Podemos agora começar a identificar como os astrócitos interagem com os neurônios &nbsp; para desencadear esta resposta e como eles impulsionam a expressão e regulação do sono em diferentes partes do cérebro” afirma Ashley Ingiosi, professora assistente de neurociência na Universidade Estadual de Ohio e uma das autoras do estudo.Agora, os pesquisadores pretendem continuar estudando o comportamento das cobaias para que, quem sabe um dia, iniciem testes em voluntários humanos e verifiquem se a ausência de necessidade de sono também ocorre nas pessoas.<h2>Cientistas brasileiros também estão estudando os astrócitos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/28/28163423888349.jpg" alt="Pesquisadores da USP também estão estudando essas células. Fonte: Getty Images">Pesquisadores da USP também estão estudando essas células. Fonte: Getty ImagesNo início deste ano, pesquisadores do Centro de Pesquisa em Processos Redox em Biomedicina (Redoxoma), da Universidade de São Paulo, publicaram um artigo mostrando que é possível melhorar a cognição de camundongos usando a regulação do mecanismo de glicose dos astrócitos. A descoberta foi publicada na revista científica Journal of Neurochemistry.“Em geral, quando escutamos algo sobre o cérebro, é natural pensarmos logo nos neurônios, as células que transmitem os impulsos elétricos. De fato, a literatura é muito centrada em neurônios. Mas existem vários outros tipos celulares no cérebro, principalmente as chamadas células da glia, das quais os astrócitos fazem parte, que são igualmente importantes”, explica o pesquisador João Victor Cabral-Costa à Agência Fapesp.</body>

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Cientistas podem estar perto de eliminar a necessidade de dormir 

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Nossos cérebros vêm equipados com várias ferramentas de descoberta de padrões para nos ajudar a começar a aprender

Aprender &eacute; algo que os humanos fazem naturalmente, muitas vezes sem perceber, e nossos c&eacute;rebros v&ecirc;m equipados com v&aacute;rias ferramentas de descoberta de padr&otilde;es para nos ajudar a come&ccedil;ar a aprender <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120106-como-os-bebes-entendem-o-perigo.htm" target="_blank" title="Como os beb&ecirc;s entendem o perigo?">desde o momento em que nascemos</a>. Como, por exemplo, quando os pais ensinam as palavras para os beb&ecirc;s. Eles v&atilde;o aprendendo pela repeti&ccedil;&atilde;o e relacionando tudo com as "coisas" novas, para ent&atilde;o come&ccedil;ar a falar. E o aprendizado de idiomas n&atilde;o &eacute; diferente. Mas, voc&ecirc; sabe como tudo isso realmente acontece no nosso c&eacute;rebro?
Uma das mais poderosas ferramentas de aprendizado &eacute; chamada de aprendizado estat&iacute;stico, e funciona nos bastidores para transformar nossos c&eacute;rebros em um dos melhores computadores existentes. No aprendizado estat&iacute;stico, seu c&eacute;rebro&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/63181-entenda-como-lars-andersen-enganou-todo-mundo-em-seu-video-de-arquearia.htm" target="_blank" title="Entenda como Lars Andersen enganou todo mundo em seu v&iacute;deo de arquearia ">observa e conta o que est&aacute; acontecendo</a> ao seu redor, seja ouvindo um idioma, ouvindo m&uacute;sica ou observando o ambiente. Ao calcular com que periodicidade uma coisa acontece antes ou depois de outra, seu c&eacute;rebro aprende com que frequ&ecirc;ncia diferentes combina&ccedil;&otilde;es acontecem juntas &ndash; e se algumas coisas sempre ocorrem juntas, elas podem formar uma unidade que ser&aacute; importante voc&ecirc; se lembrar.
O rastreamento de padr&otilde;es, como o aprendizado estat&iacute;stico, est&aacute; t&atilde;o integrado ao funcionamento do nosso c&eacute;rebro que nem percebemos que estamos fazendo isso. Como nosso c&eacute;rebro n&atilde;o avisa o que aprendeu ou em quais hip&oacute;teses est&aacute; trabalhando a partir de todas essas estat&iacute;sticas, muitas vezes nos parece um&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/74218-intuicao-voce-vai-se-espantar-com-o-que-a-ciencia-tem-a-dizer-sobre-o-tema.htm" target="_blank" title="Intui&ccedil;&atilde;o: Voc&ecirc; vai se espantar com o que a ci&ecirc;ncia tem a dizer sobre o tema">palpite ou instinto</a> de que algo se encaixa ou parece ser o padr&atilde;o certo. Afinal, nossos pensamentos e a&ccedil;&otilde;es s&atilde;o espont&acirc;neos e nem sempre paramos para pensar como fazemos ou sabemos das coisas, certo? &Eacute; uma sensa&ccedil;&atilde;o!
Sempre que seu c&eacute;rebro pensa que pode haver um padr&atilde;o nos dados, ele come&ccedil;a a trabalhar analisando-o... e seu c&eacute;rebro est&aacute; sempre observando! A m&uacute;sica, por exemplo, tem seu pr&oacute;prio tipo de "gram&aacute;tica" musical, e nossos c&eacute;rebros s&atilde;o constru&iacute;dos para essa an&aacute;lise estat&iacute;stica de padr&atilde;o. Ent&atilde;o voc&ecirc; n&atilde;o ficar&aacute; surpreso se seu c&eacute;rebro tamb&eacute;m analisar padr&otilde;es de linguagem! A linguagem &eacute; s&oacute; mais um tipo de dado ao qual seu c&eacute;rebro presta muita aten&ccedil;&atilde;o, e h&aacute; muitos tipos de subpartes da linguagem para rastrear e analisar.
No seu pr&oacute;prio idioma o c&eacute;rebro rastreia ocorr&ecirc;ncias frequentes - ou que ocorrem juntas. Ele ent&atilde;o conta com que frequ&ecirc;ncia uma coisa segue a outra e calcula as probabilidades de transi&ccedil;&atilde;o para entender o que &eacute; prov&aacute;vel que componha palavras e frases. E uma curiosidade: os modelos de IA tamb&eacute;m fazem isso!
Mesmo que voc&ecirc; n&atilde;o esteja ciente dessas regras, elas s&atilde;o padr&otilde;es que seu c&eacute;rebro acompanha desde a inf&acirc;ncia e voc&ecirc; os usa todos os dias. Seu c&eacute;rebro tamb&eacute;m faz o mesmo tipo de rastreamento e an&aacute;lise no idioma que voc&ecirc; est&aacute; aprendendo.
Para os alunos adultos, o desafio da aprendizagem &eacute; muito mais dif&iacute;cil para o seu c&eacute;rebro obter dados suficientes, e o tipo certo de dados, para aprender os padr&otilde;es. Na sua pr&oacute;pria l&iacute;ngua, voc&ecirc; teve anos para acumular uma enorme "biblioteca mental" de todas as formas como as palavras s&atilde;o usadas. Mas, para uma nova l&iacute;ngua, a maioria dos adultos obt&eacute;m apenas alguns dados de cada vez. Isso torna dif&iacute;cil para o seu c&eacute;rebro rastrear todos os padr&otilde;es que voc&ecirc; precisa saber em seu novo idioma! Mas, calma que n&atilde;o &eacute; imposs&iacute;vel e existem dicas para facilitar a jornada de aprendizado.
&Eacute; por isso que &eacute; t&atilde;o importante desenvolver fortes h&aacute;bitos de estudo e encontrar maneiras de praticar o novo idioma todos os dias. Voc&ecirc; pode fazer aulas no Duolingo e obter esses valiosos dados lingu&iacute;sticos da maneira que mais gosta, como tamb&eacute;m atrav&eacute;s de m&uacute;sica, TV e filmes, e at&eacute; mesmo videogames.
Voc&ecirc; pode at&eacute; se surpreender com o poder das m&aacute;quinas atuais, mas seu c&eacute;rebro &eacute; a mais avan&ccedil;ada IA! Nos bastidores, seu c&eacute;rebro conta, rastreia e analisa tudo ao seu redor &ndash; incluindo a linguagem. Ele aprendeu os padr&otilde;es complicados que voc&ecirc; usa em seu pr&oacute;prio idioma todos os dias e tamb&eacute;m est&aacute; trabalhando duro para descobrir esses padr&otilde;es no novo idioma que est&aacute; aprendendo. Ent&atilde;o n&atilde;o tenha medo de dar o que ele quer: mais dados!
Com colabora&ccedil;&atilde;o de Cindy Blanco
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Analigia Martins &eacute; colunista do Mega Curioso e diretora de Marketing no Brasil de Duolingo, a maior plataforma de aprendizado de idiomas do mundo e o aplicativo mais baixado na categoria de Educa&ccedil;&atilde;o no iTunes e na Google Play. Respons&aacute;vel por aumentar a notoriedade e o crescimento do Duolingo no Brasil, segundo maior mercado da empresa, a executiva tem 20 anos de experi&ecirc;ncia em marketing de servi&ccedil;os, especialmente na &aacute;rea de Educa&ccedil;&atilde;o no Brasil e nos Estados Unidos. Analigia &eacute; p&oacute;s-graduada em Administra&ccedil;&atilde;o de Empresas pela Universidade Harvard e bacharel em Publicidade pela Funda&ccedil;&atilde;o C&aacute;sper L&iacute;bero.

thumb-image-2024-02-29T14:07:07.360Z

Como o cérebro aprende com os padrões de linguagem?

Imagem de Implante cerebral transforma pensamentos em palavras em tempo recorde no megacurioso

Estudo realizado com uma paciente com esclerose lateral amiotrófica foi três vezes mais rápido do que registros anteriores

<head></head><body>Já faz algum tempo que cientistas vêm desenvolvendo dispositivos que são capazes de “<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109887-sistema-criado-por-brasileiro-traduz-pensamentos-de-paciente-em-coma.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ler nossa mente</a>” para realizar diferentes funções. Desde ajudar a movimentar membros até permitir que pessoas que perderam a fala, possam falar novamente.E este último caso ganhou um importante avanço, que, no futuro, poderá fazer com que pessoas com <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121765-como-funcionava-o-dispositivo-de-fala-de-stephen-hawking.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esclerose lateral amiotrófica</a> (ELA) possam se comunicar com mais facilidade.<h2>Transformando pensamentos em palavras</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/29/29040157832000.png" alt="(Fonte: Universidade Brown)">(Fonte: Universidade Brown)Pat Bennett foi diagnosticada com ELA em 2012. Desde então, ele começou a perder a capacidade de falar de forma inteligível. Seu cérebro consegue formular as instruções necessárias para se comunicar, porém seus músculos não conseguem mais executar os comandos.Hoje, com 68 anos, ela é voluntária de um estudo que pode mudar isso. Bennett conseguiu gerar uma taxa de 62 palavras por minuto utilizando uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121518-implante-cerebral-traduz-os-pensamentos-de-homem-paralisado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">interface cérebro-computador</a> (BCI). Esse número impressiona por ser mais de três vezes mais rápido do que os registros anteriores para a comunicação assistida por esse tipo de tecnologia.O BrainGate, que é o implante experimental utilizado, foi colocado em duas regiões separadas do córtex cerebral de Bennett, relacionadas à fala. Enquanto ela pensava nas palavras, um algoritmo de inteligência artificial recebia e decodificava as informações produzidas pelo cérebro, que ia aprendendo a distinguir a fala das outras atividades cerebrais.Foram necessárias aproximadamente 25 sessões de quatro horas de treinamento para que o algoritmo pudesse reconhecer padrões de atividade cerebral associados a fonemas específicos.&nbsp;Em um cenário de 125 mil palavras, a taxa de erro foi de quase 24%. Embora seja um valor alto, ele é significativamente mais preciso do que outros, quando comparado com a velocidade da fala gerada. Porém, Leigh Hochberg, neurologista da Universidade Brown e líder do estudo, lembra que o BrainGate ainda é um protótipo e não um dispositivo pronto para uso diário.<h2>Devolvendo a voz</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/29/29041854897001.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Outro estudo similar envolveu uma paciente que sofreu um AVC no tronco cerebral. Ela também perdeu a capacidade de falar e foi submetida a um estudo semelhante, com o uso de deep learning, que avaliava a atividade cerebral enquanto a paciente tentava falar frases silenciosamente.Nesse caso, o resultado obtido depois de duas semanas de treinamento, foi uma taxa média de 78 palavras por minuto e 25% de erro, durante o processamento. Quando o BCI que ela utilizou traduzia o pensamento para uma fala sintetizada, o modelo teve uma taxa de erro de 54,4% para um vocabulário de 1.024 palavras e de 8,2% para um vocabulário de 119 palavras.&nbsp;Assim como o caso de Bennett, trata-se de um estudo em desenvolvimento, que ainda precisa ser validado em outros pacientes com graus variados de paralisia. Porém, um diferencial está no uso de uma voz sintetizada que simula a voz original da paciente. Isso foi possível, ao colocar o modelo usado para o processamento para interpretar um vídeo dela antes da lesão.A paciente disse que “o simples fato de ouvir uma voz semelhante à minha é emocionante. Ser capaz de falar em voz alta é muito importante. Nos primeiros 7 anos após meu AVC, tudo que usei foi um papel timbrado”.</body>

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Implante cerebral transforma pensamentos em palavras em tempo recorde

Imagem de Parasita de 8 centímetros é retirado vivo de cérebro de mulher no megacurioso

Essa é a primeira vez que o verme Ophidascaris robertsi, o qual geralmente infecta cobras, é relatado em seres humanos

<head></head><body>Médicos na Austrália recentemente foram surpreendidos ao descobrirem que os sintomas preocupantes de uma paciente de 64 anos foram causados por algo bastante incomum: um verme de 8 centímetros foi retirado vivo do cérebro da mulher. O procedimento cirúrgico é considerado o primeiro caso relatado desse tipo de infecção parasitária em um ser humano.A lombriga Ophidascaris robertsi é nativa do país e é um <a href="https://www.megacurioso.com.br/nojento/85332-veja-8-parasitas-que-vivem-dentro-de-humanos-e-o-que-eles-provocam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">parasita</a> muito comum em seu hospedeiro habitual, a cobra píton-tapete. Normalmente, esses vermes são encontrados em pequenos mamíferos e marsupiais que são presas dessas cobras, permitindo que o ciclo de vida se complete dentro do novo hospedeiro.<h2>Primeira infecção humana</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/29/29153606009340.jpg" alt="(Fonte: Emerging Infectious Diseases/Reprodução)">(Fonte: Emerging Infectious Diseases/Reprodução)Em entrevista ao IFLScience, o especialista em doenças infecciosas e coautor do estudo, Sanjaya Senanayake comentou sobre o raríssimo caso. “Até onde sabemos, este é também o primeiro caso a envolver o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124398-cerebros-humanos-vem-diminuindo-de-tamanho-ha-3-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a> de qualquer espécie de mamífero, humano ou não”, destacou.&nbsp;A paciente, que morava no sudoeste de Nova Gales do Sul, foi internada pela primeira vez no hospital em janeiro de 2021. Ela relatava um histórico de três semanas sentindo fortes dores abdominais, diarreia, suor noturno e tosse seca. Os exames posteriores revelaram lesões nos pulmões, fígado e baço, mas exames adicionais não constataram evidências de câncer, infecção ou doença autoimune.Então, os médicos concluíram que a paciente sofria de pneumonia eosinofílica de etiologia obscura, tratando o caso com esteroides. No entanto, três semanas depois do diagnóstico, a mulher retornou ao hospital e seus sintomas só pioraram. Durante as 18 semanas seguintes, ela recebeu vários tipos de tratamento, mas nada parecia aliviar seus sintomas.<h2>Dificuldades de diagnóstico</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/29/29153636502347.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Em junho de 2022, quase 1 ano e meio após a primeira internação, a paciente começou a demonstrar falhas de memória e sintomas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122908-depressao-conheca-os-6-tipos-mais-comuns-da-doenca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">depressão</a>. Foi então que a equipe médica decidiu realizar uma ressonância magnética em seu cérebro. A coautora Katrina Kennedy, diretora de microbiologia clínica no Hospital de Canberra, explicou que a varredura mostrou uma "lesão atípica no lobo frontal direito do seu cérebro".Nesse momento, o verme foi encontrado dentro do corpo da paciente ainda vivo. Tendo em mente a existência do parasita, os médicos passaram a compreender melhor os sintomas que estavam surgindo. Eles também suspeitaram que larvas pudessem estar presentes em outros órgãos, incluindo pulmões e fígado. Como não existem outros casos desse tipo de infecção em humanos, nenhum outro teste era capaz de identificar o problema.Os pesquisadores acreditam que a paciente foi infectada após consumir uma gramínea encontrada em um lago perto de sua casa, onde uma píton-tapete infectada teria liberado ovos do parasita em suas fezes. Embora O. robertsi nunca tenha sido visto em humanos até agora, existem outras espécies de Ophidascaris que infectam cobras em outras partes do planeta, por isso não é impossível que casos semelhantes sejam encontrados no futuro.&nbsp;Após a remoção do parasita, a paciente em questão apresentou melhora rápida e continua sendo acompanhada por especialistas.</body>

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Parasita de 8 centímetros é retirado vivo de cérebro de mulher

Imagem de Mulher com morte cerebral dá à luz um bebê vivo  no megacurioso

Casos de grávidas com morte cerebral, quando tratados clinicamente, podem resultar em bebês completamente saudáveis

<head></head><body>Conforme foi relatado recentemente na revista Cureus, uma mulher grávida com <a href="https://www.megacurioso.com.br/neurociencia/39127-cientistas-descobrem-sinais-de-vida-apos-a-morte-cerebral.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">morte cerebral</a> constatada conseguir dar à luz um bebê saudável por meio de cesariana. Embora incidentes semelhantes sejam raros na literatura medicinal, uma revisão sistêmica feita por pesquisadores da Universidade da Flórida constatou que 35 casos semelhantes aconteceram nos últimos anos.Dentro desses 35 casos, 27 terminaram no nascimento de uma criança viva, incluindo três partos naturais. O caso mais recente, conforme descrito pelos cientistas, aconteceu com uma mãe de 31 anos que estava grávida de 22 semanas quando se apresentou no hospital com fortes dores de cabeça.<h2>Gravidez de risco</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/29/29150452311313.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Logo após se apresentar ao hospital, a mulher grávida passou a experimentar "atividade semelhante a uma convulsão", antes de parar de responder definitivamente. “Os resultados do exame preencheram os critérios da medicina nuclear para 'morte cerebral' e o paciente foi declarado morto no dia da admissão”, escreveram os autores do estudo.Análises posteriores revelaram que a mulher havia sofrido uma hemorragia no cérebro. Após uma reunião multidisciplinar com neurointensivistas, especialistas em <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123830-delirium-na-uti-leva-pacientes-a-achar-que-foram-sequestrados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Unidade de Terapia Intensiva</a> (UTI) neonatal, obstetras, equipes jurídicas, éticas e assistentes sociais, a família da paciente expressou o desejo de manter a gravidez e procurar por métodos viáveis do feto nascer saudável.Para conseguir realizar tal feito, foi preciso forte intervenção médica. A mãe com morte cerebral foi colocada em um ventilador e teve uma sonda nasogástrica inserida em seu corpo. Além disso, os médicos também tiveram que regular seus níveis de tiroxina e pressão arterial, enquanto anticoagulantes eram administrados para evitar a formação de coágulos.&nbsp;A paciente sofria de inúmeras infecções, resultando em pneumonia e outras complicações. Vários medicamentos, incluindo antibióticos, foram administrados para proteger a saúde do feto. Após 11 semanas de cuidados intensos, os cirurgiões finalmente conseguiram realizar uma cesariana, dando à luz um bebê com 33 semanas de gestação.<h2>Operação bem-sucedida</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/29/29150521420316.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)De acordo com os pesquisadores, a criança passou bem após o parto e não precisou de reanimação. Ela foi diretamente levada à UTI neonatal para internação secundária à idade gestacional. Contudo, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118934-6-fatos-curiosos-sobre-os-recem-nascidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bebê</a> recebeu alta para casa depois de cinco dias no hospital.Embora casos como este sejam extremamente raros, eles não são inéditos. Segundo a revisão médica mencionada anteriormente, cerca de dois terços das mulheres que sofrem morte cerebral durante a gravidez têm um sangramento no cérebro antes do parto. Das 35 pacientes identificadas, 69% necessitaram de tratamento para infecções como pneumonia ou sepse, enquanto 63% desenvolveram instabilidade circulatória.No geral, a idade gestacional no momento do diagnóstico da morte cerebral é o que mais dita o resultado. Somente 50% dos casos que entraram em coma antes das 14 semanas de gravidez tiveram bebês vivos. Em contraste, os nascimentos de bebês vivos aconteceram em 100% dos casos após 24 semanas de gestação.Apesar das estatísticas surpreendentemente positivas, os autores do estudo especulam que as taxas de sobrevivência podem ser inflacionadas devido ao "viés de publicação". Por outras palavras, casos de morte cerebral na gravidez podem ser mais comuns do que o conhecido, mas resultados negativos podem ser subnotificados.</body>

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Mulher com morte cerebral dá à luz um bebê vivo 

Imagem de Irmãos gêmeos podem mesmo ter uma ligação especial? no megacurioso

Há vários relatos de comportamentos curiosos entre gêmeos, como se tivessem algum tipo de telepatia entre eles — e alguns estudos até sugerem que existam mesmo algo

<head></head><body>Os irmãos gêmeos sempre fascinaram a humanidade. Na antiguidade, é possível notar que muitos povos consideravam essas pessoas sagradas. Na Índia, as divindades gêmeas Asvin eram consideradas fortes, belas e caridosas.Na antiga Babilônia, o nascimento de irmãos gêmeos era considerado fruto do alinhamento de constelações específicas, o que demonstrava a raridade e a importância desses seres.Entre os escandinavos, os gêmeos simbolizavam uma dualidade que poderia criar grandes conflitos, levando à destruição. Em uma lenda, os irmãos Holder e Balder teriam se desentendido por causa de uma deusa e sua briga causou a morte de Holder.Já entre os maias os gêmeos tinham ligação direta com a deusa da fertilidade Xochiquetzal. Infelizmente para os gêmeos, os incas consideravam os irmãos gêmeos com os sacrifícios que mais agradariam os deuses.Como vimos, há uma mística entorno dos gêmeos que esteve presente em muitas civilizações ancestrais e que poderia ser uma das razões que explicariam uma das lendas mais comuns entre os gêmeos na atualidade: <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/112490-conheca-experiencias-telepaticas-assustadoras-vividas-por-gemeos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a de que eles têm alguma ligação telepática</a>, que não é encontrada entre outros irmãos.<h2>Gêmeos têm uma ligação telepática?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/17/17125836870156.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesÉ muito comum que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123701-superfecundacao-gemeos-podem-nascer-de-pais-diferentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pais de gêmeos</a> se surpreendam com a grande afinidade desses irmãos na infância, como se um conseguisse sentir o que o outro sente. Essa percepção já chamou a atenção de muitos pesquisadores mundo afora.Estudos com gêmeos monozigotos, aqueles que nasceram de um único óvulo, mostraram que alguns participantes compartilhavam medos e traumas, mas que apenas um deles teria vivido um fato que justificasse esses temores.Outros estudos confirmaram uma afinidade maior entre os gêmeos monozigotos, mas nunca houve uma conclusão sobre a razão dessa causa.Um estudo de Londres e outro de Copenhague tiveram resultados semelhantes. Diversas duplas de voluntários foram submetidos a experiências intensas, como tomar um susto. O objetivo era verificar se o gêmeo que não havia participado do teste conseguia sentir algo, conectando-se ao gêmeo participante.A maioria das duplas de irmãos não apresentou resultados significativos, mas em cerca de 25% dos casos, os pesquisadores notaram uma interação curiosa.Há muitas hipóteses para esses resultados, como o fato dessas pessoas conviverem muito próximas durante toda a vida, o que faria com que identificassem sinais no comportamento do outro que seriam invisíveis aos demais, mas, por enquanto, não houve nenhum estudo que explicasse as causas dessa conexão tão forte.<h2>Individualidade dos gêmeos precisa ser respeitada</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/17/17125931745157.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesO fato de muitos irmãos gêmeos relatarem um comportamento que até sugira o compartilhamento de emoções e de algumas pesquisas terem notado uma interação acima da média, não pode ser um incentivo para que os pais dessas crianças ignorem o fato de que eles, mesmo que idênticos, são pessoas diferentes.Tentar induzir uma interação que não existe pode fragilizar a relação entre os irmãos, em vez de estreitá-la.</body>

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