Imagem de 4 hábitos que podem causar perda da memória no megacurioso

Há coisas que talvez você esteja fazendo agora que prejudicam o seu cérebro.

<head></head><body>A questão da saúde mental está sendo cada vez mais debatida pelas pessoas. E uma coisa que se sabe é que, se você quer envelhecer preservando seus processos cognitivos, deve começar a tomar cuidados mesmo quando é jovem.&nbsp;Por isso, é bem importante saber que alguns hábitos que você nem imagina possam estar causando estragos na sua mente. Neste texto, compartilhamos 4 destes casos.<h2>1. Benadryl pode estar relacionado à demência e problemas de memória</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/08/08102253340001.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O Benadryl é um <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/25259-saiba-diferenciar-um-resfriado-de-uma-simples-alergia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antialérgico</a> muito popular. Quem tem alergias crônicas pode se habituar ao uso frequente do remédio. Mas estudos têm sugerido que o uso extensivo do medicamento pode causar uma demência precoce e outros problemas de perda de memória.Isso aconteceria porque o Benadryl bloqueia a ação de uma substância química chamada acetilcolina, que transmite mensagens através do sistema nervoso. Ela também está ligada ao processo de aprendizagem e à consolidação da memória.A questão no remédio, na verdade, é a difenidramina, que, em altas quantidades, pode aumentar o risco de demência nos pacientes. As pesquisas apontam que tomar medicamentos com difenidramina por três anos ou mais aumenta em 54% o risco de demência.<h2>2. Tirar muitas fotos pode prejudicar a memória</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/08/08102712642003.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Hoje, a maioria das pessoas tem o costume de tirar fotos com seus celulares. Estima-se que 1,81 trilhão de fotos sejam tiradas anualmente. Mas isso não necessariamente é um hábito saudável.Já há pesquisas que discutem o efeito do excesso de fotos em nossa memória. A sugestão é que o nosso cérebro tende a observar e a guardar menos coisas, como se transferisse essa tarefa para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119686-a-evolucao-da-fotografia-com-o-passar-das-decadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fotografia</a>. Ou seja, ele é condicionado a entender que não precisa mais da memória, pois a foto está ali.<h2>3. Trabalho por turnos pode levar à perda da memória</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/08/08103322949005.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O trabalho por turnos é uma prática de emprego destinada a fazer uso das 24 horas diárias sem nunca cessar. Quando acaba o turno de um trabalhador, outro assume o seu lugar, num ciclo que nunca para. Pense, por exemplo, no posto de um atendente de hotel, em que muitas vezes o funcionário reveza entre turnos de madrugada e de dia.Vários estudos têm mostrado que essa modalidade de trabalho pode ser bem prejudicial à saúde. Ela pode levar a níveis mais baixos de foco, estado de alerta constante, <a href="https://www.megacurioso.com.br/neurociencia/37700-conheca-alguns-disturbios-bastante-estranhos-do-sono.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">distúrbios do sono</a> e do humor e doenças cardiovasculares.Pesquisas feitas com estes trabalhadores notaram que eles têm uma significativa perda de memória. Em estudos empíricos, notou-se que eles tinham um desempenho pior nesse quesito em relação a quem trabalhava em horários tradicionais. Isso se torna ainda mais assustador quando notamos que este tipo de trabalho é muitas vezes desempenhado por profissionais da saúde, como médicos e enfermeiros.<h2>4. Jogos de tiro em primeira pessoa podem causar danos no hipocampo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/08/08112350522009.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A essa altura, todo mundo já sabe que jogos de videogame podem trazer benefícios ao desenvolvimento das funções cognitivas nas crianças. Mas nem tudo é preto no branco, e pesquisadores afirmam que alguns tipos de jogos podem ser bem prejudiciais. Os jogos&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/neurociencia/98855-4-atividades-que-podem-deixar-voce-mais-inteligente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">First-Person Shooters&nbsp;</a>(em estilo "tiro em primeira pessoa") podem danificar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119668-como-a-insonia-atrapalha-o-nossa-memoria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hipocampo</a>, a parte do cérebro que está associada à aquisição de novas memórias e ao aprendizado.&nbsp;Uma pesquisa rastreou por quatro anos gamers que jogam esse tipo de jogo por mais de 6 horas por semana. Os resultados mostraram uma diminuição na parte do cérebro em que memórias de curto prazo ficam armazenadas.&nbsp;Mas não é necessário entrar em pânico, pois esta é uma pesquisa que ainda demanda de outros estudos para atingir resultados mais definitivos. De todo modo, convém maneirar no videogame.</body>

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4 hábitos que podem causar perda da memória

Imagem de Os 6 melhores alimentos para o cérebro no megacurioso

Para turbinar a concentração, a memória e mandar o mau humor para longe, escolher os alimentos certos é o primeiro passo

<head></head><body>Para quem está em busca de obter benefícios específicos para o cérebro, por mais que uma dieta equilibrada seja fundamental, investir no consumo de determinados alimentos é o que pode fazer toda a diferença na rotina, seja para turbinar a concentração, a memória, ou mesmo para mandar o mau humor para longe. Pensando nisso, confira 6 alimentos perfeitos para melhorar o desempenho da mente sem abrir mão da energia.<h2>1. Folhas verdes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/06/06213119867012.jpg" alt="Acelga, alface, brócolis, espinafre e rúcula são algumas das opções para enriquecer a dieta. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Acelga, alface, brócolis, espinafre e rúcula são algumas das opções para enriquecer a dieta. (Fonte: Getty Images/Reprodução)As folhas verdes são bastante relacionadas aos benefícios que promovem para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121520-por-que-o-intestino-e-o-nosso-segundo-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">intestino</a>, por isso nunca é mais lembrar do papel delas para o cérebro. Isso porque elas são fontes de ácido fólico, vitamina E, K e também as vitaminas do complexo B.Estas, em específico, desempenham papéis importantes, seja no desempenho cognitivo, ou mesmo na preservação da atenção e do bom humor. Flavonoides também estão presentes nas folhas verdes e merecem destaque, já que são associadas por atuar na redução do risco de declínio cognitivo e demência.<h2>2. Chá e café</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/06/06213249353013.jpg" alt="A cafeína, presente tanto no café, quanto em uma grande variedade de chás, exerce impacto positivo no cérebro — desde que consumida com moderação. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">A cafeína, presente tanto no café, quanto em uma grande variedade de chás, exerce impacto positivo no cérebro — desde que consumida com moderação. (Fonte: Getty Images/Reprodução)Quem não subestima o poder do café da manhã sabe como o dia só começa de verdade após consumir a sua bebida favorita, seja ela chá ou café.E considerando os benefícios que elas promovem, por apresentarem cafeína, são a escolha ideal para melhorar a função mental e turbinar a concentração, ainda que por um período limitado. Como exemplo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123943-tomar-cha-realmente-ajuda-na-digestao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chás</a> úteis nesse sentido, temos o chá preto, vermelho e também o mate.<h2>3. Nozes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/06/06213335254014.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Além de serem ricas em proteínas, as nozes também apresentam doses generosas de ácidos graxos <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119523-qual-a-relacao-do-omega-3-com-o-aumento-da-expectativa-de-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ômega-3</a>, que são bastante benéficos para a mente e a memória, já que atuam tanto na transmissão de informação neuronal, quanto auxiliam na formação de novas células da região cerebral.Seus benefícios ainda incluem efeitos anti-inflamatórios. Para quem se pergunta sobre a quantidade diária recomendada, 1/4 de xícara é o suficiente.<h2>4. Peixes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/06/06213417580015.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)A carne branca, proveniente de peixes, não poderia ficar de fora de lista, não apenas pelo menor teor de gorduras, mas pela presença de proteínas e compostos importantes para a atividade cerebral, como os ácidos graxos ômega-3 e as vitaminas do complexo B, que já falamos anteriormente.Para variar o cardápio, é possível apostar no consumo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118720-os-6-melhores-frutos-do-mar-para-quem-tem-diabetes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">salmão</a>, bacalhau e mesmo no atum enlatado. Para quem prefere outras opções ricas nesses nutrientes, linhaça e abacate também podem ser adotados.<h2>5. Frutas vermelhas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/06/06213557853016.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Frutas vermelhas também são ricas em flavonoides, que ajudam a evitar o declínio cognitivo. Dentre elas, opções não faltam, como os mirtilos e os morangos. Polifenóis também estão presentes no açaí, na amora e mesmo na jabuticaba, sendo os compostos responsáveis por proteger o tecido cerebral de inflamações.Pensando nisso, além de investir numa salada de frutas, vitaminas também podem facilitar a ingestão desses nutrientes — tudo isso sem falar no sabor!<h2>6. Chocolate amargo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/06/06213639481017.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)E a lista não poderia terminar melhor, já que, às vezes, apenas um doce é capaz de salvar o dia. Isso é verdade justamente porque o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124057-por-que-chocolate-e-tao-gostoso-cientistas-podem-ter-encontrado-o-segredo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chocolate</a> amargo possui o neurotransmissor feniletilamina em sua composição, o que ajuda a preservar o bom humor e a sensação de bem-estar.Assim como a cúrcuma, o iogurte natural e a beterraba, o cacau está no rol de alimentos que podem reduzir o desânimo e a ansiedade. E apesar de não dispensar o acompanhamento de um especialista nos casos em que a situação exigir, ele dá uma amostra importante do poder dos alimentos para uma vida mais equilibrada.</body>

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Os 6 melhores alimentos para o cérebro

Imagem de Encefalopatia traumática crônica (ETC) diagnosticada pela 1ª vez em uma atleta feminina no megacurioso

A ETC está associada principalmente a lesões cerebrais traumáticas, incluindo concussões, encontradas em esportes de contato e em casos de exposição crônica a impactos repetitivos

A Encefalopatia Traum&aacute;tica Cr&ocirc;nica (ETC) &eacute; uma condi&ccedil;&atilde;o neurodegenerativa caracterizada pela acumula&ccedil;&atilde;o progressiva de prote&iacute;na tau anormal no c&eacute;rebro, resultante de traumas repetidos na cabe&ccedil;a. A tau anormal forma emaranhados neurofibrilares, levando &agrave; disfun&ccedil;&atilde;o celular e morte neuronal.
A ETC est&aacute; associada principalmente a les&otilde;es cerebrais traum&aacute;ticas, incluindo concuss&otilde;es, encontradas em esportes de contato e em casos de exposi&ccedil;&atilde;o cr&ocirc;nica a impactos repetitivos, como no boxe e outras pr&aacute;ticas. A doen&ccedil;a apresenta um espectro de sintomas, como deteriora&ccedil;&atilde;o cognitiva, problemas de mem&oacute;ria, dist&uacute;rbios de humor e comportamentais, al&eacute;m de afetar a fun&ccedil;&atilde;o executiva.
O diagn&oacute;stico definitivo requer a an&aacute;lise neuropatol&oacute;gica p&oacute;s-morte do c&eacute;rebro e foi, at&eacute; recentemente, realizado exclusivamente em homens. No entanto, esta semana, os resultados da aut&oacute;psia realizada no corpo da jogadora de futebol australiana Heather Anderson, morta no ano passado aos 28 anos, mudaram essa perspectiva ap&oacute;s diagnosticar pela primeira vez um caso de ETC em uma mulher.
De acordo com o professor Michael Buckland, coautor do estudo, foram identificadas les&otilde;es claras no c&eacute;rebro de Anderson, inclusive em regi&otilde;es respons&aacute;veis pela regula&ccedil;&atilde;o de movimento, mem&oacute;ria, resolu&ccedil;&atilde;o de problemas, comportamento e linguagem, gerando sintomas que, de acordo com a fam&iacute;lia de Heather Anderson, &ldquo;faziam muito sentido&rdquo;. O c&eacute;rebro da jogadora foi doado para a realiza&ccedil;&atilde;o de estudos mais aprofundados.
O diagn&oacute;stico pode ser a ponta do iceberg para casos de ETC em mulheres, tendo em visto que a participa&ccedil;&atilde;o feminina em esportes e eventos esportivos aumentou exponencialmente nos &uacute;ltimos anos.
Com isso, reitero meu posicionamento, que venho refor&ccedil;ando h&aacute; algum tempo em paralelo a diversos ex-atletas e entidades que pedem uma melhor regulamenta&ccedil;&atilde;o e defini&ccedil;&atilde;o de melhores normas para prevenir e lidar com casos de concuss&atilde;o, que s&atilde;o rotineiros em diversos esportes e podem, comprovadamente, gerar uma s&eacute;rie de condi&ccedil;&otilde;es cerebrais graves que podem levar &agrave; morte ou invalidez.
Os protocolos atuais s&atilde;o rasos e pouco direcionados, o que faz com que em alguns casos os jogadores retornem &agrave; partida pouco depois de sofrer uma concuss&atilde;o ou que a pr&aacute;tica sequer seja listada como infra&ccedil;&atilde;o, por isso, o movimento em prol da defini&ccedil;&atilde;o mais clara e r&iacute;gida de normas a esse respeito &eacute; fundamental para a pr&aacute;tica esportiva.

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Encefalopatia traumática crônica diagnosticada pela 1ª vez em uma atleta feminina

Imagem de Por que os cheiros ativam tantas lembranças em nós? no megacurioso

Entenda como a memória olfativa funciona e por que esse sentido é tão importante para a nossa espécie

<head></head><body>Já teve aquela sensação de passar por um lugar e o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122195-por-que-nos-sabemos-o-gosto-de-algo-apenas-pelo-cheiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cheiro da comida</a> o lembrar da casa da sua avó? Ou o fato de um perfume trazer à mente uma pessoa querida? Por mais curioso que possa parecer,&nbsp;todo mundo já experimentou algo do gênero com pelo menos um odor ao longo da vida.Essas associações, inclusive, acontecem de maneira quase imediata por conta da própria composição do nosso cérebro, uma vez que o olfato possui uma ligação direta com o sistema límbico, a parte onde se concentram as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122946-6-fatos-surpreendentes-sobre-a-memoria-em-diferentes-especies.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">memórias</a> e também onde surgem as emoções.<ul><li>Veja também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123443-por-que-algumas-pessoas-gostam-do-cheiro-de-coisas-fedorentas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que algumas pessoas gostam do cheiro de coisas fedorentas?</a></li></ul><h2>Conhecendo a memória olfativa</h2>A resposta mais direta para entender o motivo de alguns cheiros nos trazerem memórias está ligado à memória olfativa, já que o bulbo olfativo, que ajuda a processar os aromas, está em uma região do nosso cérebro que é bem próxima de onde são acionadas as nossas memórias e emoções.&nbsp;É exatamente isso que faz um aroma gerar um gatilho mais forte para as lembranças do que a visão, por exemplo. Nosso corpo tem a capacidade de armazenar um cheiro logo na primeira vez que o sentimos, enviando-o direto para a nossa memória olfativa.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/29/29002013850021.jpg" alt="Nosso corpo é capaz de produzir uma memória associada ao cheiro de maneira imediata. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Nosso corpo é capaz de produzir uma memória associada ao cheiro de maneira imediata. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Outro ponto importante relacionado a esse sentido é que muitas das nossas memórias relacionadas ao cheiro geralmente nos remetem à infância, pois esse é o momento da vida em que presenciamos diversos aromas pela primeira vez.<h2>Quais os tipos de memórias associadas ao cheio?</h2>Um ponto importante acerca de toda essa história referente a cheiros e memórias é que não são todas as situações em que ela vai funcionar (afinal, ter sentido cheiro de hambúrguer no corredor B13 do estacionamento do shopping não vai, necessariamente, ajudá-lo a lembrar onde deixou o carro ao senti-lo de novo), já que os odores estão mais associados às memórias episódicas.As memórias episódicas são aquelas que acabamos presenciando em uma perspectiva em primeira pessoa, ou seja, os odores sentidos em um momento mais específico (como o primeiro encontro com o amor da sua vida) são mais suscetíveis a trazerem boas recordações por serem episódios mais autobiográficos."Muito do que sabemos do poder dos odores é que eles são capazes de associar memórias particulares que são originárias de uma experiência particular de vida que uma pessoa teve. Dessa forma, fazer qualquer experiência envolvendo odores é sempre algo variável, pois as pessoas possuem experiências bem variadas", explicou Theresa White, professora de psicologia do Le Moyne College.</body>

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Por que os cheiros nos ativam tantas lembranças?

Imagem de Falsas memórias: o que é o fenômeno que distorce suas lembranças? no megacurioso

Saiba mais sobre as falsas memórias, como elas se formam e como afetam o cotidiano de milhões de pessoas em todo o mundo

Voc&ecirc; sabe o que s&atilde;o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119979-como-o-cerebro-define-a-qualidade-das-nossas-memorias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mem&oacute;rias</a> falsas? Mesmo sem saber, &eacute; bem prov&aacute;vel que em algum momento elas tenham marcado presen&ccedil;a no seu cotidiano, j&aacute; que s&atilde;o muito comuns e ocorrem diariamente com pessoas de todo o mundo.
O fen&ocirc;meno, que impacta a sociedade a todo o tempo, muitas vezes tem origens simples e inocentes, mas pode causar danos s&eacute;rios, principalmente nas esferas criminais e jur&iacute;dicas.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125487-misofonia-a-doenca-que-faz-qualquer-som-virar-um-sofrimento-fisico.htm" target="_blank" rel="sponsored">Misofonia: a doen&ccedil;a que faz qualquer som virar um sofrimento f&iacute;sico</a>
<h2>O que s&atilde;o falsas mem&oacute;rias?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/29/29085658659011.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Falsas mem&oacute;rias nada mais s&atilde;o do que lembran&ccedil;as distorcidas, remodeladas ou at&eacute; mesmo&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121055-por-que-lembramos-de-coisas-que-nunca-aconteceram.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">criadas pelo nosso c&eacute;rebro</a>. A coisa toda acontece de maneira autom&aacute;tica, sem interven&ccedil;&atilde;o direta do indiv&iacute;duo &mdash; que simplesmente acaba lembrando das coisas do jeito "errado."
Uma das causas mais comuns das falsas mem&oacute;rias &eacute; a falta de aten&ccedil;&atilde;o, aquela mesmo que leva muita gente a guardar o celular na geladeira, esquecer de ligar a cafeteira na hora de fazer caf&eacute; e procurar o par de &oacute;culos que estava no seu rosto o tempo todo. Essa desaten&ccedil;&atilde;o pode levar &agrave; cria&ccedil;&atilde;o de mem&oacute;rias distorcidas, que por mais que para a pessoa possam parecer reais, na verdade, refletem apenas uma vers&atilde;o daquilo que realmente aconteceu.
<h2>Como as mem&oacute;rias falsas se formam?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/29/29085324911009.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Imagine, por exemplo, que voc&ecirc; acabou de chegar em casa da escola, do trabalho ou da faculdade. O cansa&ccedil;o bateu forte, mas voc&ecirc; manteve seu ritual di&aacute;rio de deixar o celular em cima da mesa, tomar um banho, se vestir e pegar o aparelho novamente para checar as novidades. Mas ao chegar &agrave; mesa... cad&ecirc; o celular?
Por mais que voc&ecirc; lembre de deix&aacute;-lo ali, como faz todos os dias, desta vez, por algum motivo, ele acabou sendo posto em outro lugar, mas voc&ecirc; se recorda claramente de t&ecirc;-lo deixado no lugar habitual. Isto ocorre porque naquele momento sua aten&ccedil;&atilde;o n&atilde;o estava na a&ccedil;&atilde;o executada, mas sim em outros assuntos.
N&atilde;o &eacute; apenas a falta de aten&ccedil;&atilde;o que leva &agrave; cria&ccedil;&atilde;o das mem&oacute;rias falsas. Realizar m&uacute;ltiplas tarefas ao mesmo tempo pode embaralhar a forma como armazenamos informa&ccedil;&otilde;es, levando &agrave; cren&ccedil;a e &agrave; mem&oacute;ria de que algo foi feito de uma forma, quando n&atilde;o foi.
Falhas na percep&ccedil;&atilde;o do mundo &agrave; nossa volta tamb&eacute;m s&atilde;o verdadeiras f&aacute;bricas de mem&oacute;rias falsas. &Eacute; muito dif&iacute;cil prestar aten&ccedil;&atilde;o a 100% dos detalhes ocorridos em eventos que presenciamos, mesmo sem a presen&ccedil;a de preju&iacute;zos, defici&ecirc;ncias ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/neurociencia/102593-pesquisa-comprova-pessoas-com-tdah-tem-cerebros-diferentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dist&uacute;rbios de aten&ccedil;&atilde;o</a>. Quando isto ocorre, nosso c&eacute;rebro tende a preencher os espa&ccedil;os vazios criando lembran&ccedil;as&nbsp;que muitas vezes n&atilde;o refletem o que realmente aconteceu.
<h2>O impacto das mem&oacute;rias falsas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/29/29084933909008.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Por mais que normalmente n&atilde;o seja nocivo, sendo geralmente apenas um inc&ocirc;modo ou algo engra&ccedil;ado, em certos casos elas podem ser prejudiciais.
Por exemplo, uma mem&oacute;ria incorreta pode levar a relatos imprecisos em um julgamento, impactando diretamente o veredito. Veja bem, a pessoa n&atilde;o o faz por maldade, pois ela simplesmente tem convic&ccedil;&atilde;o de que aquele determinado evento ocorreu daquela maneira. E seu depoimento pode levar a um julgamento totalmente injusto e at&eacute; em <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117173-homem-e-libertado-apos-37-anos-preso-por-crime-que-nao-cometeu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">condena&ccedil;&otilde;es equivocadas</a>.
Como a "cria&ccedil;&atilde;o" de mem&oacute;rias falsas &eacute; facilitada com o passar do tempo, &eacute; crucial tomar depoimentos de testemunhas o quanto antes. Nestes casos, as chances de elas misturarem eventos simulares, confundirem datas ou simplesmente recriarem narrativas naturalmente e sem m&aacute;s inten&ccedil;&otilde;es s&atilde;o muito menores.

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Falsas memórias: o que é o fenômeno que distorce suas lembranças?

Imagem de 3 coisas com as quais não conseguimos sonhar no megacurioso

Por que é impossível, por exemplo, sentir cócegas nos sonhos?

<head></head><body>Ainda não se sabe ao certo por que as pessoas sonham ou de onde os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/41931-15-fatos-que-voce-provavelmente-nao-sabe-sobre-os-sonhos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sonhos&nbsp;</a>vêm. Ao longo dos anos, os especialistas concluíram que sonhar ajuda a consolidar e analisar memórias (como habilidades e hábitos), e serve como um “ensaio” para várias situações e desafios enfrentados durante o dia.A maioria dos nossos sonhos acontece durante o sono REM (movimento rápido dos olhos) pelo qual passamos durante a noite, e estudos do sono já mostraram que nossas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125091-descoberta-inedita-de-onda-cerebral-em-polvos-impressiona-cientistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ondas cerebrais&nbsp;</a>são quase tão ativas durante os ciclos REM quanto quando estamos acordados. Acredita-se que o tronco cerebral gera o sono REM e o prosencéfalo gera os sonhos, portanto, se este for lesionado, as pessoas entram em sono REM, mas não são capazes de sonhar.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/22/22150012466308.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Estudos sugerem que os sonhos derivam mais da nossa imaginação (memórias, pensamentos abstratos e desejos bombeados pelo cérebro) do que da percepção (as experiências sensoriais vívidas que você coleta em seu cérebro anterior).Seja como for, todo mundo sonha, o que varia é o quanto as pessoas se lembram ou não, mas essas são as três&nbsp;coisas com as quais não somos capazes de sonhar.<h2>1. Com celulares</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/22/22150101021310.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)A esmagadora maioria das pessoas simplesmente não consegue sonhar de maneira vívida com um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125349-por-que-nao-posso-usar-normalmente-meu-celular-dentro-do-aviao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">celular</a>. O Psychology Today observou em um estudo com 16 mil entrevistados que os celulares aparecem em apenas 4% dos sonhos. Isso é estranho, afinal, os aparelhos são o que mais tomam tempo e ocupam espaço na vida das pessoas ultimamente.Alice Robb, autora de Why We Dream: The Transformative Power of Our Nightly Journey, disse em entrevista ao The Cut&nbsp;que uma razão provável para qual os celulares tendem a não aparecer em nossos sonhos é que eles são uma invenção relativamente recente.Os sonhos são primordiais e tocam em uma parte da mente humana bastante antiga, denominada "hipótese da simulação de ameaças" – teoria de que os sonhos estão nos preparando para lidar com situações estressantes e de risco de vida com as quais nos deparamos no mundo real. E, uma vez que os aparelhos ainda são muito recentes, eles não conseguem ocupar seu lugar entre os medos mais básicos da humanidade.Mas existe uma exceção, como Robb acrescentou em sua entrevista. Quando os celulares aparecerem com frequência em nossos sonhos, certamente será em um contexto de outra emoção humana crítica, provavelmente a dor. Ou seja, isso significa que é bom que ele esteja ausente no momento.<h2>2. Sentindo cócegas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/22/22150156429311.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)As <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124655-sera-que-e-realmente-possivel-morrer-de-tanto-rir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cócegas</a> são fruto de uma forma primitiva de defesa do nosso corpo. Algumas determinadas regiões da nossa pele são mais suscetíveis do que outras devido às terminações nervosas, como pescoço e costelas, que enviam um sinal de perigo para o cérebro.Existe a teoria de que o fato de algumas pessoas sentirem ou não cócegas está associada com a maneira como cimentamos os laços sociais, principalmente entre pais e filhos, além de ter a ver com mecanismos naturais de defesa do corpo.Seja como for, curiosamente, as pessoas não sentem ou sonham com cócegas. Em um estudo pulicado na revista Frontiers in Human Neuroscience, os pesquisadores trabalharam com sonhadores lúcidos, aquelas pessoas cientes do fato de que estavam sonhando e podiam controlar suas ações ali. Eles não apenas descobriram que não podiam fazer cócegas em si durante o sonho, como também não podiam ver e nem fazer em outros personagens de seus sonhos.Os pesquisadores acreditam que isso sugere que, quando estamos sonhando, ainda estamos conscientes de nossos corpos e sensações durante o estado de sono. Com isso, uma parte do cérebro minimiza o grau em que reagimos aos estímulos.<h2>3. Lendo qualquer coisa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/22/22150241284314.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124525-6-tecnicas-para-ler-mais-rapido-sem-deixar-de-compreender-o-texto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ler&nbsp;</a>também é algo que não fazemos em nossos sonhos. E isso não se aplica apenas a um livro, mas a qualquer coisa escrita. De acordo com Deirdre Barrett, doutora em psicologia pela Universidade de Harvard, a ciência não sabe de ninguém que esteja lendo em sonhos porque as partes do cérebro responsáveis por entender e interpretar a linguagem foram encontradas em sua maioria inativas durante os ciclos de sono.Essa inatividade nos centros de linguagem do cérebro é também o motivo pelo qual a maioria das pessoas não sonha com a linguagem falada da mesma forma que quando desperta. Podemos sonhar com palavras inventadas ou frases que não fazem sentido.&nbsp;Foge à regra os poetas, que são considerados o único grupo de pessoas que conseguem ler consistentemente em sonho, porque mantêm uma relação menos estruturada e mais criativa e fluida com a linguagem.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:59.185Z

3 coisas com as quais não conseguimos sonhar

Imagem de Morte em um submarino: o processo de decomposição em circunstâncias inóspitas no megacurioso

Em situações extremas, como quando o óbito ocorre dentro de um submarino a grandes profundidades, o processo de decomposição pode ser afetado

O processo de decomposi&ccedil;&atilde;o do corpo humano &eacute; formado por etapas bem definidas, onde a presen&ccedil;a de microrganismos possui um papel fundamental. No entanto, em algumas situa&ccedil;&otilde;es extremas, como quando o &oacute;bito ocorre dentro de um submarino a grandes profundidades, esse processo pode ser afetado.
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125493-tudo-que-ha-de-errado-com-o-submarino-turistico-do-titanic.htm" target="_blank" rel="sponsored">Tudo que havia de errado com o submarino tur&iacute;stico do Titanic</a>&nbsp;</li>
</ul>
Normalmente, o processo de decomposi&ccedil;&atilde;o humana inicia-se logo ap&oacute;s o falecimento, com a parada do suprimento de oxig&ecirc;nio para as c&eacute;lulas. As bact&eacute;rias intestinais come&ccedil;am a se proliferar, levando &agrave; putrefa&ccedil;&atilde;o do corpo. O est&aacute;gio inicial &eacute; marcado pela palidez da pele e pelo resfriamento do corpo, posteriormente, ocorrem altera&ccedil;&otilde;es de colora&ccedil;&atilde;o, forma&ccedil;&atilde;o de gases e aparecimento de odores caracter&iacute;sticos. Os tecidos moles se desintegram gradualmente, at&eacute; que restem apenas ossos e cabelos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/22/a-22152646334337.jpg" alt="a" />(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
No entanto, no caso da morte ocorrer um em ambiente ou circunst&acirc;ncias in&oacute;spitas, diversos fatores importantes que contribuem para o processo de decomposi&ccedil;&atilde;o podem ser eliminados, o que pode atrasar bastante o processo.
Por exemplo: no caso do &oacute;bito dentro de um submarino, invariavelmente, o oxig&ecirc;nio ir&aacute; acabar em determinado momento, o que ir&aacute; dificultar a a&ccedil;&atilde;o das bact&eacute;rias na decomposi&ccedil;&atilde;o do corpo. Al&eacute;m disso, a depender da profundidade onde o submers&iacute;vel est&aacute;, ele tamb&eacute;m pode se encontrar em temperaturas muito baixas, o que tamb&eacute;m colaboraria para a preserva&ccedil;&atilde;o dos tecidos do corpo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/22/a-22152826456340.jpg" alt="a" />(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Mas al&eacute;m desses fatores, existem vari&aacute;veis que tamb&eacute;m podem afetar a decomposi&ccedil;&atilde;o do corpo, como, no caso de rompimento, a alta press&atilde;o a qual os corpos estariam expostos em grandes profundidades, que poderia acelerar esse processo, bem como o contato com o in&oacute;spito ambiente externo.
O estado exato do corpo ap&oacute;s um ano dependeria de muitos fatores, incluindo temperatura, umidade e exposi&ccedil;&atilde;o &agrave; luz. Em alguns casos, o corpo pode estar parcial ou totalmente esqueletizado, enquanto em outros pode estar em avan&ccedil;ado estado de decomposi&ccedil;&atilde;o, com alguns tecidos ainda presentes. Por&eacute;m, em condi&ccedil;&otilde;es t&atilde;o singulares, n&atilde;o h&aacute; como determinar exatamente a combina&ccedil;&atilde;o de fatores que podem convergir para determinada situa&ccedil;&atilde;o.
***
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias, mestre em Psicologia, p&oacute;s-graduado em Neuropsicologia entre outras p&oacute;s-gradua&ccedil;&otilde;es, licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em Antropologia, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, e professor e investigador cientista na Universidad Santander.

thumb-image-2024-02-29T14:06:58.555Z

Morte em um submarino: o processo de decomposição em circunstâncias inóspitas

Imagem de Distorção da realidade: IA altera o cérebro e aumenta ansiedade e solidão no megacurioso

A tecnologia, em pouco tempo, obteve uma popularização exponencial, gerando entusiasmo na mesma medida em que gerou temor

Recentemente, a&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125374-6-coisas-que-os-robos-ainda-nao-sabem-fazer.htm" target="_blank" title="6 coisas que os rob&ocirc;s (ainda) n&atilde;o sabem fazer">Intelig&ecirc;ncia Artificial</a> se tornou o centro de uma s&eacute;rie de desenvolvimentos tecnol&oacute;gicos e mudan&ccedil;as na sociedade. A tecnologia, em pouco tempo, obteve uma populariza&ccedil;&atilde;o exponencial, gerando entusiasmo na mesma medida em que gerou temor, mas al&eacute;m disso, a IA tamb&eacute;m &eacute; um poderoso fator para potencializar os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118861-6-grandes-avancos-da-medicina-que-aconteceram-ja-no-seculo-xxi.htm" target="_blank" title="6 grandes avan&ccedil;os da medicina que aconteceram j&aacute; no s&eacute;culo XXI">efeitos da tecnologia em nosso c&eacute;rebro</a>.
Desde o &ldquo;boom&rdquo; da internet, das redes sociais e das tecnologias digitais nos anos 2000, pudemos perceber diversos impactos &agrave; nossa sa&uacute;de mental e ao funcionamento do nosso c&eacute;rebro, como ansiedade, depress&atilde;o, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122305-narcisismo-patologico-a-epidemia-invisivel-que-afeta-as-pessoas.htm" target="_blank" title="Narcisismo patol&oacute;gico: a epidemia 'invis&iacute;vel' que afeta as pessoas">narcisismo patol&oacute;gico</a>, falta de foco e uma l&oacute;gica da incoer&ecirc;ncia, mas a IA trouxe consigo uma evolu&ccedil;&atilde;o especialmente delicada que, se n&atilde;o for bem utilizada, pode trazer consequ&ecirc;ncias negativas ainda mais graves.
N&oacute;s somos seres org&acirc;nicos. Nosso c&eacute;rebro &eacute; conduzido por meio de est&iacute;mulos, no entanto, com as redes sociais houve um processo de acelera&ccedil;&atilde;o de digitaliza&ccedil;&atilde;o de uma enorme parcela da intera&ccedil;&atilde;o com a sociedade, o que destoa dos instintos mais b&aacute;sicos que regem nosso c&eacute;rebro h&aacute; milhares de anos e que, a despeito das revolu&ccedil;&otilde;es tecnol&oacute;gicas, persistem.
A IA &eacute;, em &uacute;ltima an&aacute;lise, um processo virtual e abstrato, o que, em larga escala e com uma expressiva presen&ccedil;a no nosso dia a dia, gera confus&otilde;es e altera&ccedil;&otilde;es que reconfiguram nosso c&eacute;rebro de uma forma perigosa e compromete o nosso pensamento, fazendo com que o real fique cada vez mais flex&iacute;vel, fornecendo ferramentas poderosas para pessoas com transtornos criarem uma realidade que lhes pare&ccedil;a mais amig&aacute;vel e a &ldquo;venda&rdquo; como a verdade. Se antes o narcisismo patol&oacute;gico j&aacute; era perigoso com o uso das redes sociais na busca pela &ldquo;imagem perfeita&rdquo;, com a IA praticamente n&atilde;o h&aacute; limite para as ferramentas que estar&atilde;o nas m&atilde;os de narcisistas.
Este tipo de altera&ccedil;&atilde;o anat&ocirc;mica do c&eacute;rebro est&aacute; relacionada a essa cultura das redes sociais por meio da distor&ccedil;&atilde;o da realidade, que grande parte das vezes n&atilde;o &eacute; sequer relacionada aos transtornos que cada vez se tornam mais comuns, mas na verdade s&atilde;o rea&ccedil;&otilde;es &agrave;s mudan&ccedil;as no c&eacute;rebro que n&atilde;o dependem exclusivamente de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112469-heterocromia-condicao-genetica-que-altera-a-cor-dos-olhos.htm" target="_blank" title="Heterocromia: condi&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica de quem tem um olho de cada cor">predisposi&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica</a>.
Atualmente, j&aacute; vivemos em uma era onde as pessoas criam a sua pr&oacute;pria realidade e se convencem dela, muitas vezes atrav&eacute;s dos transtornos mentais que distorcem a verdade para torn&aacute;-la mais aceitas por n&oacute;s mesmos, trazendo um falso al&iacute;vio gerado por uma descarga desregulada de neurotransmissores, o que com ferramentas que alteram t&atilde;o f&aacute;cil e significativamente a realidade como a IA chega a patamares absurdos.
&Eacute; importante refor&ccedil;ar que a Intelig&ecirc;ncia Artificial deve continuar o seu progresso por ser bastante ben&eacute;fica, ajudando no tratamento de doen&ccedil;as, para melhorar a qualidade de vida, otimizar processos, etc., mas isso s&oacute; se aplica se seu uso for feito corretamente e sem excessos.&nbsp;Esse tipo de movimento n&atilde;o &eacute; s&oacute; perigoso individualmente, mas tamb&eacute;m mundialmente, pois com o tempo, uma maioria que acredita em uma distor&ccedil;&atilde;o ir&aacute; &ldquo;engolir&rdquo; a minoria com consci&ecirc;ncia, coer&ecirc;ncia e raz&atilde;o l&oacute;gica da realidade.
Por isso, a preocupa&ccedil;&atilde;o com a Intelig&ecirc;ncia Artificial n&atilde;o &eacute; em v&atilde;o, n&oacute;s temos uma disputa de grandes c&eacute;rebros, em que existem os c&eacute;rebros que pensam em si e n&atilde;o no bem comum, de forma ego&iacute;sta, e existem os c&eacute;rebros que pensam de forma preventiva para proteger a humanidade, o que obviamente &eacute; mais assertivo.
Tudo isso, nos leva a concluir que mesmo com as mais poderosas e avan&ccedil;adas tecnologias, n&oacute;s n&atilde;o somos t&atilde;o poderosos quanto ach&aacute;vamos que &eacute;ramos, a maior prova disso &eacute; que existem animais que s&atilde;o muito mais preparados para a sobreviv&ecirc;ncia do que n&oacute;s, enquanto n&oacute;s ainda precisamos desenvolver nosso lobo frontal. A mesma intelig&ecirc;ncia que desenvolvemos, tamb&eacute;m &eacute; capaz de destruir, &eacute; por isso que grandes c&eacute;rebros se preocupam, por ter uma no&ccedil;&atilde;o muito mais plaus&iacute;vel das consequ&ecirc;ncias para a sociedade, todos querem ser lembrados por seus feitos, deixar o seu legado, mas um legado s&oacute; &eacute; v&aacute;lido se ainda houver algu&eacute;m para v&ecirc;-lo.
***
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias, mestre em Psicologia, p&oacute;s-graduado em Neuropsicologia entre outras p&oacute;s-gradua&ccedil;&otilde;es, licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em Antropologia, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, e professor e investigador cientista na Universidad Santander.

thumb-image-2024-02-29T14:06:57.581Z

Distorção da realidade: IA altera o cérebro e aumenta ansiedade e solidão

Imagem de Mulher "acorda" depois de 20 anos em estado catatônico no megacurioso

O resultado do tratamento de April Burrell pode causar uma revolução nos estudos da psiquiatria

<head></head><body>Parece história de ficção científica, mas é real. Uma mulher que permaneceu em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123462-zumbis-sao-biologicamente-possiveis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estado catatônico</a> (perturbação neurológica em que a pessoa fica paralisada) por mais de vinte anos "acordou" depois de passar por um tratamento inovador durante um ano.Quando tinha 21 anos, a americana April Burrell passou por um evento traumático que a fez manifestar uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ilustracao-e-pintura/102370-doenca-ilustrada-jovem-com-esquizofrenia-desenha-sua-realidade-sombria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esquizofrenia</a> e entrar num estado constante de alucinações visuais e auditivas. A então estudante universitária perdeu a capacidade de se comunicar, tomar banho e até mesmo de reconhecer a sua família.Internada em uma instituição psiquiátrica, os médicos descobriram que April também sofria de lúpus, doença autoimune em que o sistema imunológico ataca o próprio corpo e afeta os órgãos. Depois de passar por um tratamento combinado de várias técnicas, ela finalmente saiu do estado catatônico em 2020, mas só pode se reintegrar à família no ano seguinte, por conta da pandemia de covid-19.Agora, pesquisadores no mundo todo estudam o que aconteceu com ela na crença de que esse tratamento poderá beneficiar milhares de pessoas.<h2>O tratamento</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/05/05114516283103.jpeg" alt="(Fonte: The Washington Post)">(Fonte: The Washington Post)April foi tratada pela equipe liderada pelo médico Sander Markx, diretor de psiquiatria de precisão da Universidade de Columbia. Ele contou que ela foi sua primeira paciente, a quem começou a atender quando ainda era estudante de Medicina na década de 2000. "Ela é, até hoje, a paciente mais doente que já vi", confessou.Markx e seus colegas notaram que, embora April tivesse um diagnóstico incontestável de esquizofrenia, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118693-dia-internacional-do-lupus-6-artistas-que-vivem-com-a-doenca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lúpus</a> também tinha uma correlação com o seu estado, já que a doença estava atacando seu cérebro. Depois de vários meses de tratamentos direcionados, a paciente finalmente "acordou" de seu estado depois de mais de vinte anos.O resultado do tratamento de April agora está sendo visto como uma esperança para muitas outras pessoas que enfrentam condições semelhantes e que estão definhando em instituições de saúde mental, sem apresentar melhoras.Por isso, cientistas de todo o mundo estão se dedicando a pesquisas semelhantes que correlacionam doenças autoimunes e inflamatórias a síndromes psiquiátricas, o que pode trazer novas possibilidades de tratamento para esses sujeitos.<h2>A história de April Burrell</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/05/05114318256101.png" alt="(Fonte: The Washington Post)">(Fonte: The Washington Post)Quando foi diagnosticada com a esquizofrenia, April Burrell era uma aluna dedicada do curso de Contabilidade, era ótima com números e não aceitava tirar notas baixas. Ela era descrita pela família como uma pessoa extrovertida e que foi oradora de sua turma.Tudo mudou em 1995, quando sua família recebeu um telefonema da escola dizendo que April havia passado por uma experiência traumática (que nunca foi revelada aos jornalistas, para protegê-la) e estava incoerente.&nbsp;Ela foi então internada por alguns meses em um <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/98134-10-fotos-chocantes-da-desumanidade-em-hospitais-psiquiatricos-da-indonesia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hospital psiquiátrico</a>, onde foi diagnosticada com esquizofrenia. Como exigia atenção constante, April acabou sendo deslocada para o Pilgrim Psychiatric Center, em Maryland, para cuidados de longo prazo. Por todo esse tempo, ela permanecia trancada dentro de seu próprio mundo, parecendo desenhar com os dedos e falando sozinha sobre transações financeiras.Depois que a equipe do doutor Sander Markx desenvolveu uma nova aproximação para o seu caso, April Burrell ficou em tratamento por mais de um ano. Para medir sua capacidade cognitiva, os médicos pediam que ela desenhasse um relógio, que aos poucos foi tomando forma e evoluiu de rabiscos para um desenho perfeito. Ela então começou a lembrar de coisas da infância e a reconhecer seus irmãos.Para o médico, o resultado obtido no tratamento de April é muito promissor, e pode ajudar a muita gente que hoje está vivendo em casas psiquiátricas. "Estas são as almas esquecidas. Não estamos apenas melhorando a vida dessas pessoas, mas também trazendo-as de volta de um lugar de onde eu não achava que elas poderiam voltar", afirmou em entrevista ao jornal Daily Mail.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:06:56.248Z

Mulher 'acorda' depois de 20 anos em estado catatônico

Imagem de Tetraplégico volta a andar com ajuda de implantes cerebrais no megacurioso

A nova BSI restaura a comunicação entre o cérebro e a região lesada da medula espinhal que produz a marcha, e o paciente anda

<head></head><body>Cientistas do Instituto Federal Suíço de Tecnologia em Lausanne (EPFL), na Suíça, criaram e implantaram <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124335-o-implante-cerebral-capaz-de-curar-quadros-severos-de-depressao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma interface cérebro-espinhal (BSI) inédita</a> que conecta o cérebro humano à medula espinhal. Com isso, um paciente com tetraplegia crônica conseguiu se levantar e caminhar normalmente em espaços públicos.De acordo com o estudo publicado quarta-feira (24) na revista científica Nature,&nbsp;essa BSI "consiste <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121518-implante-cerebral-traduz-os-pensamentos-de-homem-paralisado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">em sistemas de gravação e estimulação totalmente implantados</a> que estabelecem uma ligação direta entre os sinais corticais e a modulação analógica da estimulação elétrica peridural visando as regiões da medula espinhal envolvidas na produção da caminhada".Como o objetivo da equipe de pesquisa era tirar logo o dispositivo do ambiente laboratorial e levá-lo logo à clínica, um voluntário holandês de 40 anos chamado Gert-Jan Oskam teve os dispositivos eletrônicos implantados em seu cérebro. A delicada cirurgia foi realizada pela neurocirurgiã e professora da Universidade de Lausanne Jocelyne Bloch.<h2>Como foi a implantação da BSI no paciente?</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Lorach et al.&nbsp;" data-fonte-url="https://media.springernature.com/full/springer-static/image/art%3A10.1038%2Fs41586-023-06094-5/MediaObjects/41586_2023_6094_Fig1_HTML.png?as=webp"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/26/26135636699204.jpg" alt="Design, tecnologia e implantação de uma BSI.&nbsp;">Design, tecnologia e implantação de uma BSI.&nbsp;A dra. Bloch, que também é coautora do artigo, fez a operação em Gert-Jan em julho de 2021. O primeiro procedimento foi fazer dois orifícios circulares de 5 cm de diâmetro em cada um dos lados do cérebro, logo acima das regiões envolvidas no controle do movimento.&nbsp;Nos furos, foram colocados dois implantes em forma de disco, que transmitem os sinais cerebrais (as intenções do holandês), via wireless, para dois sensores presos a um capacete.&nbsp;O circuito é "fechado" com um algoritmo desenvolvido pela equipe de pesquisadores, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122854-tecnologia-que-le-mentes-esta-cada-dia-mais-perto-de-existir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que consegue traduzir esses sinais sinápticos em instruções</a> para mover os músculos das pernas e dos pés através de um segundo implante que Bloch também inseriu em volta da medula espinhal de Gert-Jan, nas terminações nervosas relacionadas à caminhada.&nbsp;<h2>Como está vivendo o paciente que recebeu o implante cerebral?</h2><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/wsUyZSRyJIk" title="Paralysed man able to stand and walk with an aid after doctors implant device" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Embora o sistema ainda esteja em fase experimental, fez toda diferença na vida de Gert-Jan Oskam. "Eu me sinto como uma criança aprendendo a andar de novo", disse o ex-ciclista à BBC. Capaz hoje de ficar de pé sozinho e até subir escadas, ele comemora: "Foi uma longa jornada, mas agora posso me levantar e tomar uma cerveja com meus amigos".<a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/257276-neuralink-empresa-musk-criou-chip-implantado-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A tecnologia dos implantes cerebrais</a> se baseia em um trabalho preliminar do professor Grégoire Courtine, da EPFL, que também liderou o atual projeto. No estudo anterior, só o implante espinhal era utilizado para recuperar os movimentos, amplificando os sinais fracos do cérebro para a parte lesada da coluna vertebral.&nbsp;Agora, na nova pesquisa, esses sinais são intensificados ainda mais pelo algoritmo. Com algumas semanas de treinamento, Oskam já conseguia ficar de pé e andar com o auxílio de um andador, disse Courtine à BBC. "Vê-lo andar tão naturalmente é muito comovente. É uma mudança de paradigma em relação ao que existia antes", conclui o professor.</body>

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