Imagem de Existem microplásticos em nosso cérebro — e agora? no megacurioso

A presença deles no nosso organismo pode trazer consequências graves

<head></head><body>Em 2004, um estudo italiano publicado na revista científica Polymers descobriu quantidades significativas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123280-microplasticos-sao-descobertos-no-leite-materno-pela-primeira-vez.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">microplástico no leite materno</a> de 26 das 34 mães saudáveis que foram estudadas uma semana após terem dado à luz. As amostras de leite estavam contaminadas por polipropileno, PVC e polietileno, que são extremamente nocivos à saúde.Os pesquisadores apontaram que a presença dessa quantidade de plástico se dá pelo consumo de bebidas e alimentos comercializados em embalagens plásticas, bem como a ingestão de frutos-do-mar contaminados. Uma vez que os microplásticos se tornaram onipresentes no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125239-franceses-e-americanos-ja-debateram-projeto-para-inundar-o-saara.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">meio ambiente</a>, ficou praticamente impossível evitar a exposição do ser humano a eles, e recentemente isso têm aumentado.Além de terem sido detectados no sangue e no leite de vaca, microplásticos foram encontrados no cérebro humano.<h2>O fator desconhecido</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/25/25215359436001.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Um estudo publicado em 19 de abril de 2023 no MDPI, realizado por um time de pesquisa da Universidade de Viena, na Áustria, também detectou microplásticos no cérebro de ratos apenas duas horas após ingerirem água potável contendo o material. Ou seja, as minúsculas partículas conseguiram saltar a barreira hematoencefálica em apenas duas horas após a ingestão. Uma vez lá, o plástico pode aumentar o risco de inflamação, distúrbios neurológicos ou mesmo de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer ou Parkinson. Isso muda muito o que conhecemos sobre de onde vêm essas doenças.Além disso, Lukas Kenner, um dos pesquisadores, acredita que a contaminação microplástica em nossos cérebros pode causar efeitos de saúde a curto prazo, como comprometimento cognitivo, neurotoxicidade e níveis alterados de neurotransmissores, que contribuem para mudanças comportamentais. Outros potenciais problemas de saúde associados às partículas no nosso corpo são doenças autoimunes, problemas reprodutivos e certos tipos de câncer.A equipe de pesquisa usou modelos de computador para rastrear a dispersão dos plásticos durante o estudo no corpo dos camundongos, que foram infectados pelas partículas com menos de 0,001 milímetro por meio de um mecanismo de transporte biológico até então desconhecido. Geralmente, esses plásticos são absorvidos pelas moléculas de colesterol na superfície da membrana cerebral e, ao serem guardados em seus pequenos pacotes lipídicos, só então atravessam a barreira hematoencefálica – que protege o cérebro de toxinas e outras substâncias nocivas.<h2>Ritmos diferentes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/25/25215527499003.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Essa, no entanto, não é a primeira vez que os humanos acabam consumindo plástico de maneira diferente. Ano passado, um estudo na China relatou que os humanos estão inalando nanoplásticos que podem afetar o cérebro. Uma vez aspiradas, essas partículas levam ao exercício reduzido de certas enzimas cerebrais que também funcionam mal no cérebro de pacientes com doença de Parkinson e Alzheimer.Tudo isso mostra que os plásticos não só dominaram o meio ambiente como também cada canto de nossos corpos, do cérebro à placenta. Ainda é incerto em quais circunstâncias os plásticos afetam essas diferentes partes do nosso corpo, apesar de muitos produtos químicos encontrados em vários tipos de plásticos sejam conhecidos como cancerígenos e responsáveis por serem desreguladores hormonais, podendo ser associados até à obesidade e deficiências neurológicas em fetos.O Observatório Global de Saúde Planetária do Boston College foi o primeiro a analisar os riscos à saúde que o plástico causa em todo seu ciclo de vida, descobrindo que os padrões atuais de produção, uso e descarte de plástico não são sustentáveis, além de responsáveis por danos significativos à saúde humana.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/25/25215713098004.jpg" alt="(Fonte:GettyImages/Reprodução)">(Fonte:GettyImages/Reprodução)Muito embora isso seja sabido, piora o cenário descobrir que a produção de plástico acelera a cada ano. A organização Plastic Ocean aponta que os humanos produzem mais de 380 milhões de toneladas de plástico por ano, sendo que 50% disso é para fins de uso único, e isso permanece no planeta por centenas de anos.Atualmente, mais de 100 países proibiram total ou parcialmente sacolas plásticas descartáveis, que se enquadram na categoria "plástico de consumo único".&nbsp;É bom saber que 75% das pessoas em todo mundo apoiam que o plástico causa complicações na saúde humana e que precisa ser reduzido imediatamente, mas a regulamentação global de plásticos continua muito fora de sintonia com a opinião pública e, sobretudo, a comunidade científica.</body>

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Existem microplásticos em nosso cérebro — e agora?

Imagem de Hemisférios do cérebro: o que é verdade e o que é mentira? no megacurioso

Embora você possa ter lido diferente por aí, não existe um hemisfério do cérebro que seja mais importando do que o outro

<head></head><body>Se você já leu qualquer tipo de artigo a respeito do funcionamento do cérebro humano na internet nos últimos anos, provavelmente já deve ter ouvido falar em algum lugar sobre como determinado hemisfério do órgão é mais importante do que o outro ou algo do gênero. Na realidade, porém, não é assim que as coisas funcionam.Assim como o restante do nosso organismo, o cérebro é formado por bilhões de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122789-atlas-de-celulas-humanas-o-projeto-que-vai-mapear-37-trilhoes-de-celulas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">células</a> com funções específicas, mas que trabalham perfeitamente sincronizadas e conectadas. Além disso, ele é composto por duas metades: os hemisférios direito e esquerdo. E quais as diferenças entre eles? Conheça mais sobre o assunto nos próximos parágrafos!<h2>Lados conectados</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/19/19154429009249.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Os hemisférios do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124398-cerebros-humanos-vem-diminuindo-de-tamanho-ha-3-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro humano</a> funcionam tal como uma empresa com diversos departamentos. Cada parte tem sua própria função, mas ao mesmo tempo trabalham interligadas. Além disso, elas mantêm uma comunicação estreita entre vi, visto que dependem uma das outras para poder operar corretamente.&nbsp;Portanto, os hemisférios esquerdo e direito sempre estão trabalhando de forma coordenada para realizar determinada ação — mesmo que um dos lados tenha mais representatividade do que o outro para aquele momento.&nbsp;<h2>Hemisfério dominante</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/19/19154447619250.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Nos últimos anos, tornou-se comum lermos na internet que cada pessoa possui um "hemisfério dominante" em seu cérebro. Esse tipo de segmentação, por exemplo, predeterminaria quem é uma pessoa criativa ou quem é uma pessoa racional. De acordo com essa teoria, pessoas com talento para matemática, linguagem ou lógica teriam o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124528-o-que-acontece-se-voce-separar-os-dois-lados-do-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hemisfério</a> esquerdo dominante.Por outro lado, indivíduos artísticos, com vocação para a pintura ou para a música, apresentariam predominância no hemisfério direito. Esta teoria, no entanto, erra gravemente ao categorizar as pessoas do mundo em dois tipos: os analíticos e os passionais.&nbsp;No entanto, é impossível colocar um ser humano dentro de uma dessas "caixas". Todo esse engano provavelmente começou em 1865 durante uma reunião da Sociedade Antropológica de Paris, na França. Naquele evento, o médico francês Paul Broca assegurou que o hemisfério esquerdo está relacionado à função da linguagem. Porém, como explicamos anteriormente, toda ação é um trabalho conjunto de hemisférios.<h2>Análise científica</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/19/19154502289253.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Nas últimas décadas, uma série de estudos já foram feitos neste campo da ciência. Inclusive, alguns deles chegaram a examinar imagens obtidas por ressonância magnética do cérebro de mais de 1 mil pessoas. A resposta obtida é sempre a mesma: todos os seres humanos usam os dois hemisférios igualmente, mas a atividade registrada em cada lado dependerá do que estamos fazendo no momento.Outro fato curioso é que alguns estudos demonstraram que o lado do cérebro utilizado para uma determinada atividade não necessariamente é o mesmo de pessoa para pessoa. Enquanto alguns indivíduos podem usar o hemisfério esquerdo para pensamentos linguísticos, outra pessoa pode usar o hemisfério direito para o mesmo trabalho.Até hoje, existem muitos mitos a respeito do "hemisfério dominante" perambulando pela nossa sociedade. No entanto, isso só acontece porque existem muitos aspectos que ainda não entendemos muito bem sobre o cérebro humano e não estamos nem um pouco perto de decifrar toda a sua complexidade.&nbsp;</body>

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Hemisférios do cérebro: o que é verdade e o que é mentira?

Imagem de Inteligência: desvendando os mistérios de um pensamento brilhante no megacurioso

Você sabia que a inteligência é uma habilidade mental incrível que nos permite raciocinar, planejar, resolver problemas e até mesmo pensar de forma abstrata?

Voc&ecirc; sabia que a intelig&ecirc;ncia &eacute; muito mais que apenas o conhecimento dos livros? &Eacute; uma habilidade mental incr&iacute;vel que nos permite raciocinar, planejar, resolver problemas e at&eacute; mesmo pensar de forma abstrata. &Eacute; como se fosse um superpoder da mente, capaz de compreender ideias complexas, aprender rapidamente e extrair sabedoria de nossas experi&ecirc;ncias.
Mas n&atilde;o para por a&iacute;! A intelig&ecirc;ncia vai al&eacute;m do simples aprendizado acad&ecirc;mico e das habilidades de fazer testes. Ela &eacute; a chave para desvendar o mundo ao nosso redor, entender seu significado e descobrir o melhor caminho a seguir. Em suma, a intelig&ecirc;ncia &eacute; a arte de resolver problemas com agilidade e precis&atilde;o.
Para analisar a intelig&ecirc;ncia de algu&eacute;m, existem v&aacute;rias ferramentas importantes. Um teste de QI &eacute; um excelente ponto de partida, fornecendo um panorama da capacidade intelectual. No entanto, para uma compreens&atilde;o mais completa, tamb&eacute;m &eacute; importante considerar os tra&ccedil;os de personalidade. A combina&ccedil;&atilde;o dessas informa&ccedil;&otilde;es nos revela um retrato &uacute;nico do brilhantismo humano.
E se voc&ecirc; est&aacute; se perguntando se a intelig&ecirc;ncia &eacute; algo imut&aacute;vel ao longo da vida, temos boas not&iacute;cias! Estudos sugerem que o teste gen&eacute;tico pode nos oferecer insights valiosos sobre a rela&ccedil;&atilde;o entre o QI e a inf&acirc;ncia, al&eacute;m de revelar como ele pode aumentar de forma not&aacute;vel durante a fase adulta. &Eacute; como se a mente fosse uma esponja sedenta por conhecimento, sempre pronta para expandir seus limites.
A pergunta que surge &eacute;: "Qu&atilde;o confi&aacute;veis s&atilde;o essas medidas de intelig&ecirc;ncia?" Bem, a estabilidade teste-reteste &eacute; surpreendentemente alta! Imagine que as pontua&ccedil;&otilde;es dos testes de intelig&ecirc;ncia permanecem consistentes ao longo dos anos. Desde a idade de 11 anos at&eacute; os 80 anos, as habilidades intelectuais continuam a brilhar, demonstrando uma fidelidade extraordin&aacute;ria. Estudos comprovaram que a intelig&ecirc;ncia &eacute; mantida e que h&aacute; poucas varia&ccedil;&otilde;es ao longo da vida caso n&atilde;o haja interfer&ecirc;ncias como traumas e dist&uacute;rbios. E esses s&atilde;o mais dif&iacute;ceis quanto maior for a intelig&ecirc;ncia.
Al&eacute;m disso, a intelig&ecirc;ncia, quando mensurada por meio de testes cognitivos, revela um fen&oacute;tipo marcante, uma estabilidade not&aacute;vel ao longo do tempo e at&eacute; mesmo uma capacidade de prever realiza&ccedil;&otilde;es futuras na educa&ccedil;&atilde;o, carreira e sa&uacute;de. S&atilde;o como pistas preciosas que nos conduzem a uma compreens&atilde;o mais ampla desse constructo t&atilde;o fascinante.
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Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias, mestre em Psicologia, p&oacute;s-graduado em Neuropsicologia entre outras p&oacute;s-gradua&ccedil;&otilde;es, licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em Antropologia, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, e professor e investigador cientista na Universidad Santander.

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Inteligência: desvendando os mistérios de um pensamento brilhante

Imagem de Por que ainda acreditamos que a paralisia do sono é misteriosa? no megacurioso

Mesmo que a paralisia do sono seja explicada pela ciência, ela continua cercada de mitos

<head></head><body>Alguns distúrbios reais parecem ter saído de histórias de horror. Com certeza, a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/231584-paralisia-sono-evitar-que-aconteca-voce.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">paralisia do sono</a> é um desses casos. Ela se caracteriza pela sensação muito perturbadora de estar com a mente ativa e consciente, mas mesmo assim não conseguir movimentar o corpo, falar ou fazer qualquer tipo de movimento. Para completar, podem acontecer alucinações.Esse distúrbio do sono é descrito pelos seus portadores como realmente desesperador. Os episódios costumam acontecer na transição entre o sono e a vigília, ou seja, quando a pessoa está despertando ou pegando no sono.O mais intrigante é que, mesmo que a ciência já tenha explicado as razões deste fenômeno, essa parassonia (nome dado para as perturbações do sono) continua muito viva nas superstições e crendices espalhadas pelo mundo.<h2>Paralisia do sono na cultura</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;El País&nbsp;" data-fonte-url="https://imagens.brasil.elpais.com/resizer/aao7fNMkOID_DKGXC4nRQkpzhcA=/1960x1470/arc-anglerfish-eu-central-1-prod-prisa.s3.amazonaws.com/public/KFNASAAEMAEIB677GAF4BUEP6M.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/13/13102800677002.jpg" alt="(Fonte: El País)">(Fonte: El País)Antes de houver qualquer tipo de explicação científica sobre a paralisia do sono — o que começou a ocorrer durante o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119307-as-7-imagens-mais-estranhas-em-pinturas-renascentistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Renascimento</a> —, acreditava-se que ela era causada por bruxas malévolas. Quem apresentasse os sintomas provavelmente estava sendo dominado por bruxas.Há também remissão à paralisia do sono no famoso episódio das <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122612-a-historia-da-ultima-bruxa-de-salem-que-foi-perdoada.htm#:~:text=O%20julgamento%20das%20bruxas%20de,julgamentos%2C%2020%20pessoas%20foram%20executadas." rel="noopener noreferrer" target="_blank">bruxas de Salem</a>. A professora Alice Vernon, autora do livro&nbsp;Night Terrors, acessou documentos do julgamento e notou que muitas acusações envolvem encontros com "bruxas" ligadas a episódios de paralisia do sono. "No testemunho de Richard Coman contra Bridget Bishop em 2 de junho de 1692, ele descreve Bishop abrindo as cortinas ao pé da cama, deitando-se sobre seu corpo e esmagando-o para que ele não pudesse falar ou se mover. Bishop foi a primeira a ser executada", conta.O cinema é outro espaço em que as superstições sobre bruxas e paralisia do sono foram constantemente renovadas. Em Babadook, filme de 2014, a personagem de Essie Davis fica paralisada na cama enquanto vê o monstro deslizar no seu quarto. Já em Noite Passada em Soho,&nbsp;de 2021, uma personagem fica presa também na cama, mas pelas mãos fantasmagóricas de homens assassinados.<h2>A renovação da superstição</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/13/13102937833003.jpg" alt="(Fonte: Tatler Asia)">(Fonte: Tatler Asia)O que se observa, segundo a professora de literatura Alice Vernon, é que a superstição sobre a paralisia do sono está sendo sempre renovada pela ficção. Cada vez que o distúrbio aparece em livros e filmes, ele é mostrado de forma a confundir as fronteiras entre o "herói" e a "bruxa" — mesmo que esta última seja um personagem apenas imaginado.&nbsp;Nas obras, os problemas emocionais dos protagonistas se mostram por meio de "demônios" que se manifestam na paralisia do sono. Ou seja, o terror — que aparece no espaço pessoal e doméstico do lar — seria algo criado por nós mesmos e por nossos "monstros" internos. E o problema de tudo isso é criar um estigma em torno de um fenômeno físico, e não psicológico.Para completar a equação, vivemos numa época em que há muita preocupação com o sono. Ele é estudado pela neurociência e há uma ampla discussão sobre os hábitos em torno dele, como a chamada <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122842-7-dicas-para-ter-melhores-noites-de-sono.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">"higiene do sono</a>". Embora tenhamos nos afastado temporalmente da época em que se via o sono como algo extremamente misterioso, a paralisia do sono permanece dentro do imaginário como algo que teria explicações sobrenaturais.</body>

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Por que ainda acreditamos que a paralisia do sono é misteriosa?

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Existe um extenso debate se robôs um dia conseguirão pensar como os seres humanos

<head></head><body>Desde novembro de 2022, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124827-chatgpt-alcanca-nota-do-enem-maior-do-que-79-dos-estudantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ChatGPT</a>, uma espécie de assistente virtual inteligente no formato de chatbot online, desenvolvido pelo laboratório de pesquisa OpenAI, se tornou uma atração principal nas manchetes e pela internet devido as suas impressionantes habilidades. Isso alimentou discussões sobre a possibilidade desse tipo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122203-o-que-aconteceria-se-uma-ia-se-tornasse-completamente-consciente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inteligência artificial</a> ameaçar a capacidade de pensar do ser humano, ou até mesmo substituir o trabalho de pessoas que usam as palavras para viver, como jornalistas e autores.Essa onda de chatbots deu início a uma verdadeira disputa para determinar se a tecnologia poderia derrubar a economia da internet, transformando as potências de hoje em passado e criando os próximos gigantes do setor. Segundo os especialistas, esses robôs serão capazes de realizar tarefas básicas sem programação espacial, podendo servir um copo de refrigerante, preparar o almoço ou pegá-lo do chão após uma queda, tudo por meio de comandos simples.Faz tempo que existe uma discussão se é possível separar a inteligência do corpo humano e, enquanto alguns alegam que os chatbots e robôs já dizem por si só, outros ainda acham que a inteligência em seu amplo espectro é algo que apenas o cérebro pode manter.<h2>Tentando superar a capacidade humana</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The New York Times&nbsp;" data-fonte-url="https://static01.nyt.com/images/2023/04/11/multimedia/11SCI-MIND-embodiment-01-cvjp/11SCI-MIND-embodiment-01-cvjp-articleLarge.jpg?quality=75&amp;auto=webp&amp;disable=upscale"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/25/25213740982000.jpg" alt="(Fonte: The New York Times/Reprodução)">(Fonte: The New York Times/Reprodução)Pode ser no mínimo assustador o quanto as máquinas estão cada vez mais aguçadas. Pesquisadores da Alphabet, empresa controladora do Google, anunciou o sucesso de um robô chamado PalM-E. Ele é capaz de absorver recursos visuais do seu ambiente e informações sobre a posição do próprio corpo, traduzindo isso tudo para uma linguagem natural, permitindo com que ele abra uma gaveta e pegue um saco de batatas fritas, por exemplo.Nos primeiros anos da inteligência artificial, em meados de 1950, os cientistas acreditavam piamente que a inteligência semelhante à humana estava ao alcance. Herbert Simon, ex-professor da Universidade Carnegie Mellon e um dos fundadores da inteligência artificial, disse ainda em 1965 que as máquinas seriam capazes, em até 20 anos, de fazer qualquer trabalho que um homem desempenha.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/25/25213854945001.jpg" alt="(Fonte: PBS/Reprodução)">(Fonte: PBS/Reprodução)Naquela época, o pensamento predominante era que a cognição envolvia a manipulação de símbolos abstratos seguindo regras explícitas, tanto que a cognição foi descrita como uma "peça de xadrez", portanto, as mentes funcionariam em cérebros como o software é executado no hardware de um computador. Para descrever a abordagem, o professor emérito e escritor John Haugeland cunhou o termo Good Old-Fashioned Artificial Intelligence (GOFAI) – "A boa e velha inteligência artificial", em tradução livre.O GOFAI fez sentido em resolver problemas com base em regras explícitas, como os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123832-deep-blue-o-computador-que-derrotou-um-mestre-de-xadrez.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">computadores que jogavam xadrez</a>, resolviam problemas algébricos e manipulavam textos. No entanto, quando tratou de simular o comportamento natural humano inerente à inteligência, programados para funcionar em um ambiente desconhecido, o GOFAI fracassou. Isso aconteceu porque os primeiros robôs tinham processadores fora do corpo.<h2>Perceber, reagir e sentir</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/25/25213947147002.jpg" alt="(Fonte: Tech Talks/Reprodução)">(Fonte: Tech Talks/Reprodução)A ideia de que o pensamento é o processamento de símbolos sofre uma influência forte até hoje, em que tendemos a fazer distinção entre a mente e o cérebro. Isso surgiu nos séculos XV e XVI, quando os pensadores Copérnico e Galileu descreveram a natureza em termos de figuras geométricas e fórmulas matemáticas.No século XVII, Thomas Hobbes estendeu essa ideia à cognição humana ao propor que a realidade era fundamentalmente matemática, assim como o pensamento. Materialista, para ele, os pensamentos eram semelhantes às partículas. Enquanto isso, René Descartes considerava os pensamentos como representações simbólicas da realidade, em que o pensamento e o corpo eram duas entidades inteiramente diferentes, com a mente usando o corpo apenas para receber entrada e produzir saída.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/25/25214416092003.jpg" alt="(Fonte: Meio e Mensagem/Reprodução)">(Fonte: Meio e Mensagem/Reprodução)“Uma vez que você está preso nessa visão de mundo cartesiana de que o pensamento é algoritmos ou um programa de computador, é extremamente difícil se libertar disso. Parece tão óbvio, afinal, há entrada, processamento e saída. Então de que outra forma poderia ser?”, argumentou Rolf Pfeifer, professor de Ciência da Computação do Departamento de Informática da Universidade de Zurique.Pfeifer explicou que ao olhar para a inteligência de uma perspectiva evolutiva, é possível perceber que os cérebros sempre se desenvolverão no contexto de um corpo que interage com o mundo para sobrevier. Ou seja, não há éter algorítmico no qual os cérebros surgem, portanto, nem mesmo os melhores programas de xadrez jogam da mesma maneira que as pessoas, deixando claro que máquinas não conseguem pensar como um ser humano.Os últimos 50 anos no campo da psicologia e os últimos 20 anos em inteligência artificial viram uma mudança na maneira de pensar sobre a natureza da cognição."Colocar um corpo em um cérebro não é inteligência incorporada. Tem que empurrar para o mundo e observar o mundo reagindo", disse o Dr. Bongard, da Universidade de Vermont, que passou as últimas décadas desenvolvendo pequenos robôs feitos de células de sapos que podem estar mais próximos do tipo de inteligência mecânica que nos interessa.Mas alguns pesquisadores ainda sustentam a convicção de que a tecnologia não alcançará jamais a verdadeira inteligência humana, ou a verdadeira compreensão do mundo, até que seja combinada com um corpo que possa perceber, reagir e sentir seu ambiente.</body>

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É possível separar a inteligência do corpo?

Imagem de AVC: falar mais de um idioma pode ajudar na recuperação do derrame no megacurioso

Estudos realizados com falantes de espanhol e inglês e de alemão e árabe apontam que pessoas bilíngues se recuperam melhor do AVC

<head></head><body>As lesões provocadas pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122136-avc-silencioso-o-que-e-e-quando-voce-deve-procurar-ajuda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">acidente vascular cerebral</a> (AVC), popularmente conhecido como derrame, tem um impacto direto na capacidade da expressão oral e escrita e no uso da linguagem. No entanto, estudos recentes mostram que falar mais de um idioma pode contribuir para uma melhor recuperação das pessoas.Os efeitos do AVC na capacidade de linguagem pode incluir dificuldade em falar, compreender, ler ou escrever. As complicações do derrame podem provocar uma afasia expressiva, quando há dificuldade em expressar a linguagem falada ou escrita, ou afasia receptiva, quando há dificuldade em entender a linguagem falada ou escrita.O acidente vascular pode gerar também a apraxia, uma dificuldade em planejar e coordenar os movimentos necessários para falar. A apraxia pode causar problemas com a articulação e pronúncia das palavras, além de afetar a capacidade de ler e escrever, causando problemas como dificuldade em reconhecer palavras, ler em voz alta ou escrever palavras corretamente.<h2>O que dizem os estudos sobre a recuperação do derrame em pessoas bilíngues?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/17/17210015321006.jpg" alt="A arquitetura do cérebro muda quando se aprende uma nova língua. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">A arquitetura do cérebro muda quando se aprende uma nova língua. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Se o derrame pode ter consequências graves para a comunicação, aprender mais de uma língua pode ser um fator positivo na recuperação. Diversos pesquisadores acreditam que o desafio mental de falar vários idiomas pode aumentar a reserva cognitiva do cérebro, ou seja, a habilidade que o cérebro tem para lidar com influências prejudiciais, como AVC ou demência.Um estudo realizado na Universidade de Edimburgo, na Escócia, com 600 pessoas que foram vítimas de AVC mostrou que 40,5% das pessoas bilíngues não apresentaram <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114966-sem-falar-por-2-meses-mulher-agora-mistura-sotaques-estrangeiros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sequelas mentais</a> após evento, enquanto esse índice foi de apenas 19,6% entre as pessoas que falavam apenas uma língua.Uma pesquisa mais ampla e mais recente acompanhou 1.096 mexicanos-americanos no Texas após passarem por um derrame. A conclusão foi que os pacientes que falam inglês e espanhol tiveram resultado neurológicos melhores após três meses do evento do que as pessoas que falavam apenas a língua espanhola.<h2>Por que falar mais de uma língua melhora o desempenho do cérebro?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/17/17210139307008.jpg" alt="Aprender um novo idioma aumenta a capacidade cognitiva cerebral. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Aprender um novo idioma aumenta a capacidade cognitiva cerebral. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121446-ser-bilingue-muda-a-arquitetura-do-cerebro-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bilíngues</a> apresentam uma melhoria da função cognitiva geral, incluindo habilidades como memória, atenção, resolução de problemas e habilidades de pensamento crítico. Isso porque aprender uma nova língua envolve cria conexões neurais no cérebro para adaptar-se a novos padrões linguísticos.Isso pode melhorar o desempenho do cérebro, especialmente no aumento da criatividade e a flexibilidade cognitiva. Aprender uma nova língua pode ajudar a estimular a mente e a pensar de novas maneiras, o que pode levar a insights criativos e uma maior capacidade de adaptação a novas situações.Além disso, falar mais de uma língua também pode ter benefícios sociais e culturais, permitindo uma melhor comunicação e interação com pessoas de diferentes origens e culturas. Isso pode levar a uma maior compreensão e empatia em relação aos outros e ajudar a promover a diversidade e a inclusão.</body>

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AVC: falar mais de um idioma pode ajudar na recuperação do derrame

Imagem de 6 distúrbios neurológicos extremamente raros e horripilantes no megacurioso

Pouco conhecidos, alguns distúrbios neurológicos raros podem ser fascinantes. Elaboramos uma lista com os mais intrigantes e horripilantes

<head></head><body>Existe uma quantidade grande de distúrbios neurológicos, as disfunções do Sistema Nervoso Central que ocorrem no <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120947-enxaqueca-como-ela-pode-afetar-seu-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a>, medula espinhal e nervos e que podem causar desequilíbrio e alterações nas condições físicas e/ou mentais. Algumas são bastante conhecidas e debatidas, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123601-alzheimer-como-identificar-a-doenca-precocemente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alzheimer</a> e Parkinson. Outros, ainda que devastadores, mal ouvimos falar.Estes distúrbios neurológicos raros costumam chocar as pessoas, tamanha debilidade que causam em que é acometido por elas. Ainda assim, é inegável que sejam fascinantes pelo que envolvem na saúde humana. Conheça alguns deles.<h2>1. Síndrome de Alice no País das Maravilhas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/17/17163453817291.png" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Popularmente conhecida como <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123232-conheca-a-sinistra-sindrome-de-alice-no-pais-das-maravilhas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Síndrome de Alice no País das Maravilhas</a>, a Síndrome de Todd é uma condição neurológica bastante rara. Ela foi batizada desta forma porque se conecta às experiências de mudança de tamanho da personagem da história de Lewis Carroll.O distúrbio é caracterizado por distorções perceptivas, como alterações na imagem corporal, tamanho, forma e cor dos objetos. Indivíduos afetados pela síndrome podem apresentar micropsia (alteração na percepção visual causada por inchaço nas córneas, fazendo com que os objetos pareçam menores do que realmente são) e macropsia (o oposto: vê-se tudo maior).<h2>2. Síndrome de Cotard</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/39/Miraculous_cadaver_of_Maria_Diana_Alvarez_in_Gandara%2C_Samar%2C_Philippines.jpg/640px-Miraculous_cadaver_of_Maria_Diana_Alvarez_in_Gandara%2C_Samar%2C_Philippines.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/17/17163952869297.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Imagine conviver com uma doença que te leva a crer que você ou uma pessoa viva que você conheça está, na realidade, morta, nunca existiu ou que perdeu seus órgãos internos e é um esqueleto. Essa é a <a href="https://www.megacurioso.com.br/neurociencia/41854-conheca-a-historia-do-homem-que-tinha-certeza-de-que-estava-morto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">síndrome de Cotard</a>, nomeada em homenagem a Jules Cotard, neurologista francês que primeiro descreveu a condição em 1880.Os sintomas do distúrbio variam de pessoa para pessoa, mas os mais comuns são depressão, ansiedade, autonegligência, delírios e alucinações. Pacientes diagnosticados com a forma mais grave podem se recusar a comer e beber, pois creem que não precisam, já que estão mortos.<h2>3. Síndrome da Mão Alienígena</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/17/17164350795300.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Não é Arquivo X, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117380-sindrome-da-mao-alienigena-karen-byrne-era-atacada-por-sua-mao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Síndrome da Mão Alienígena</a> é uma doença neurológica séria e rara, que afeta o controle dos movimentos dos membros. Indivíduos afetados pela condição experimentam movimentos involuntários de uma das mãos, como se ela houvesse adquirido vontade própria.Os sintomas da Síndrome da Mão Alienígena variam de pessoa a pessoa, mas costumam tocar algo que a pessoa deseja evitar, quando não agarrando e segurando algo com muita força. Ela é causada por danos ao cérebro, comumente resultantes de cirurgias ou lesões na comunicação entre diferentes partes do órgão.<h2>4. Sinestesia Espelho-Toque</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/09/Socrates_Looking_in_a_Mirror_MET_DP836598.jpg/597px-Socrates_Looking_in_a_Mirror_MET_DP836598.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/17/17164648856306.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A Sinestesia Espelho-Toque é uma condição neurológica em que a estimulação de um sentido ocasiona estimulação em outro. Pessoas afetadas podem até mesmo experimentar a sensação que outro indivíduo está sentindo, mesmo sem serem tocadas fisicamente. A intensidade e a duração variam, com casos de momentos breves e outros com longa duração.Pesquisadores acreditam que todos os seres humanos nascem com alguma sinestesia, que é essa mistura de diferentes sentidos. Por essa razão, há uma ala de cientistas que questiona que ela seja vista como um distúrbio, preferindo encará-la como uma condição.<h2>5. Prosopagnosia (cegueira facial)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/17/17164903860312.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O nome é <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122425-prosopagnosia-condicao-de-brad-pitt-dificulta-a-identificacao-de-pessoas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">prosopagnosia</a>, mas quem conhece chama de "cegueira facial". Ela é um distúrbio neurológico bastante raro, cujos afetados têm prejudicada a capacidade de reconhecer rostos. Geralmente, é causada por danos cerebrais, mas também pode ser congênito.Indivíduos com prosopagnosia enxergam e percebem as características faciais das pessoas, mas não conseguem associá-las a ninguém em específico. Isso pode fazer com que não reconheçam o rosco mesmo de amigos e familiares. É ainda mais raro quando as pessoas não conseguem reconhecer objetos, como carros e lugares.<h2>6. Síndrome de Kleine-Levin</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/78/Prince_Florimund_finds_the_Sleeping_Beauty_-_Project_Gutenberg_etext_19993.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/17/17165123613316.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Distúrbio neurológico raro, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/118336-sindrome-da-bela-adormecida-doenca-faz-dormir-por-ate-48-horas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Síndrome de Kleine-Levin</a>, conhecida popularmente como "síndrome da Bela Adormecida", atinge uma pessoa a cada milhão, especialmente adolescentes. Entre seus sintomas estão: sono excessivo, comportamento alterado e distúrbios cognitivos. Suas causas são desconhecidas e não há cura conhecida para ela.Os episódios podem ocorrer em períodos de semanas ou meses, causando períodos de sono por até 20 horas por dia, diminuindo a necessidade de alimentos e de água, levando a sensações como confusão, desorientação, perda de memória e hipersexualidade.</body>

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6 distúrbios neurológicos extremamente raros e horripilantes

Imagem de Existem sinais de amor cientificamente comprovados? no megacurioso

Os sinais de amor estão relacionados à química no cérebro

<head></head><body>Talvez você tenha experimentado alguns indícios de que está apaixonado. Ser<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123736-conheca-o-museu-dos-coracoes-partidos-localizado-na-croacia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;incapaz de se desvencilhar de alguém da sua mente</a>? Fantasiar acordado com essa pessoa enquanto deveria estar concentrado no trabalho? Projetar um futuro compartilhado juntos? Esses pensamentos embriagadores são apenas alguns dos sintomas reveladores do amor.Os estudiosos descobriram precisamente o que significa "apaixonar-se". Especialistas revelaram que&nbsp;o cérebro de alguém apaixonado é substancialmente distinto de alguém que experimenta simples luxúria, e ainda mais diferenciado do cérebro de alguém em um relacionamento duradouro e comprometido. Estudos realizados por Helen Fisher, uma antropóloga da Universidade Rutgers e uma das maiores especialistas em bases biológicas do amor, indicam que a fase "apaixonada" do cérebro é uma etapa temporal distinta e bem delimitada.A seguir listamos alguns dos “sinais de amor” revelados pelo estudo de Fisher. Acompanhe!<h2>Não existe ninguém igual</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/16/16145716655008.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)">(Fonte: GettyImages/ Reprodução)Quando você está enamorado, surge a percepção de que a pessoa amada é singular e exclusiva. Essa convicção está ligada à impossibilidade de experimentar sentimentos românticos por qualquer outra pessoa. Conforme analisa a especialista e sua equipe, essa fixação é causada por altos níveis de dopamina central — um composto químico que participa da regulação da atenção e do foco — presentes no cérebro.<h2>Sem defeitos</h2>As pessoas que estão realmente apaixonadas tendem a enfatizar as características positivas de seus parceiros, negligenciando suas características negativas.Além disso, elas fixam a atenção em eventos e objetos aparentemente triviais que evocam lembranças de seus amados, imersas em devaneios sobre esses momentos preciosos e lembranças afetivas. Acredita-se que essa intensa concentração seja resultado da presença de níveis elevados de dopamina central e um pico de norepinefrina central, um composto químico associado ao fortalecimento da memória na presença de estímulos novos.<h2>Você não consegue parar de pensar na pessoa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/16/16145623744007.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)">(Fonte: GettyImages/ Reprodução)Fisher denomina esse fenômeno como "pensamento intrusivo".Segundo ela, "pensamentos sobre o objeto do amor" começam a se infiltrar na mente, levando a questionamentos sobre a opinião do amado em relação ao livro que se está lendo, ao filme recém-assistido ou ao problema enfrentado no ambiente de trabalho. Além disso, ocorre uma revisitação mental de todos os momentos vividos juntos.Muitas pessoas relatam que esses pensamentos são tão invasivos que acabam por prejudicar sua capacidade de concentração no trabalho ou nos estudos.<h2>Hipomania</h2>O termo "Hipomania" é utilizado para descrever um estado de intensa energia, que geralmente está relacionado com o início de um sentimento amoroso. Segundo Fisher, esse estado pode se manifestar de diversas formas, como tremores, palidez, rubor, fraqueza geral, constrangimento, gagueira, sudorese, taquicardia, sensação de borboletas no estômago&nbsp;e dificuldade para comer ou dormir.<h2>Sou um desastre</h2>Como é amplamente conhecido, a paixão muitas vezes causa instabilidade emocional e fisiológica. As emoções oscilam entre alegria, euforia, aumento de energia, insônia, perda de apetite, tremores, coração acelerado e respiração rápida, além de ansiedade, pânico e desespero quando o relacionamento enfrenta até mesmo a menor dificuldade.&nbsp;Essas flutuações de humor são comparáveis ao comportamento dos dependentes químicos. De fato, quando pessoas apaixonadas visualizam imagens de seus entes queridos, as mesmas áreas do cérebro são ativadas como no caso de um viciado em drogas. Os estudiosos afirmam que estar apaixonado é uma forma de dependência.<h2>&nbsp;Lidando problemas com o amor</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/16/16145521053005.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)">(Fonte: GettyImages/ Reprodução)O <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124293-por-que-rosas-vermelhas-sao-simbolo-de-romantismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">amor pode ser uma das experiências mais intensas&nbsp;</a>e gratificantes da vida, mas também pode trazer dor, tristeza e sofrimento quando as coisas não saem como planejado. Problemas relacionados ao amor podem afetar a saúde mental de uma pessoa, e é por isso que buscar ajuda de um profissional especializado em saúde mental é tão importante.Um terapeuta pode ajudar a explorar e entender melhor os sentimentos relacionados ao amor, bem como fornecer ferramentas para lidar com a dor emocional associada ao término de um relacionamento, conflitos com um parceiro ou a falta de confiança em si mesmo para encontrar um amor saudável.Muitas pessoas se sentem envergonhadas ou julgadas por buscar ajuda profissional para lidar com questões relacionadas ao amor, mas a verdade é que não há nada de errado em procurar ajuda. A terapia pode ajudar a construir autoestima e autoconfiança, aumentar a capacidade de comunicação e estabelecer limites saudáveis em relacionamentos.Além disso, um profissional de saúde mental pode ajudar a detectar e tratar problemas subjacentes, como ansiedade, depressão ou transtornos de personalidade, que podem estar afetando a capacidade de uma pessoa de encontrar um amor saudável e duradouro.Encontrar um amor saudável&nbsp;é uma das maiores alegrias da vida, mas também pode ser um desafio. É importante lembrar que buscar ajuda profissional não é um sinal de fraqueza, mas sim de força e coragem para <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121401-amor-platonico-entenda-o-que-e-e-descubra-se-voce-ja-o-viveu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">enfrentar e superar problemas relacionados ao amor</a>. Se você estiver enfrentando dificuldades nesse sentido, não hesite em procurar a ajuda de um profissional de saúde mental.&nbsp;</body>

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Existem sinais de amor cientificamente comprovados?

Imagem de Teste inovador pode detectar Parkinson com 90% de certeza no megacurioso

O estudo, da Fundação Michael J. Fox, pode revolucionar o tratamento da doença de Parkinson, que acomete o patrono da instituição

Um realizado pela Funda&ccedil;&atilde;o Michael J. Fox, que ser&aacute; publicado pela revista Lancet, promete trazer grandes avan&ccedil;os no diagn&oacute;stico e tratamento da doen&ccedil;a de Parkinson. Isso porque um biomarcador, que indica que a pessoa pode desenvolver a doen&ccedil;a antes que ela se manifeste, foi descoberto pelos cientistas da Funda&ccedil;&atilde;o.
A estrela da s&eacute;rie <a href="https://www.megacurioso.com.br/cinema/71813-30-curiosidades-nos-30-anos-do-filme-de-volta-para-o-futuro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">De Volta para o Futuro</a>&nbsp;descobriu que tem essa doen&ccedil;a em 1998 e criou a Funda&ccedil;&atilde;o em 2000. Desde ent&atilde;o, Michael J. Fox patrocinou diversos estudos cient&iacute;ficos que trouxeram avan&ccedil;os para a &aacute;rea.&nbsp;
Agora, definir a doen&ccedil;a de Parkinson geneticamente ser&aacute; importante para desenvolver novos m&eacute;todos de diagn&oacute;stico, assim como tratamentos mais assertivos &mdash; que "mirem" diretamente na subst&acirc;ncia identificada, podendo curar os pacientes de forma eficaz. Quem sabe, pode at&eacute; ser poss&iacute;vel prevenir a doen&ccedil;a antes que qualquer sintoma apare&ccedil;a. O uso de biomarcadores com esse fim <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/100673-muito-importante-7-mitos-sobre-o-cancer-de-mama.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">j&aacute; existe em v&aacute;rios tipos de c&acirc;ncer</a>, por exemplo.&nbsp;
At&eacute; hoje, a ci&ecirc;ncia n&atilde;o conhece as causas exatas da doen&ccedil;a de Parkinson, uma condi&ccedil;&atilde;o que &eacute; neurodegenerativa e causa rigidez muscular, lentid&atilde;o de movimentos, al&eacute;m dos conhecidos tremores. Os tratamentos focam em diminuir o inc&ocirc;modo causado pelos sintomas &mdash; mas n&atilde;o h&aacute; uma cura definitiva.
<h2>O papel da alfa-sinucle&iacute;na</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/19/a-19181009430310.jpg" alt="a" />A doen&ccedil;a de Parkinson causa rigidez muscular, lentid&atilde;o de movimentos, al&eacute;m dos conhecidos tremores. (Fonte: Getty Images)
O biomarcador identificado pelos pesquisadores da Funda&ccedil;&atilde;o Michael J. Fox chama-se alfa-sinucle&iacute;na. Essa prote&iacute;na &eacute; encontrada nos neur&ocirc;nios e come&ccedil;a a apresentar mal-forma&ccedil;&atilde;o em pessoas com Parkinson. Com o tempo, aglomerados de prote&iacute;nas defeituosas se juntam no c&eacute;rebro &mdash; uma forma&ccedil;&atilde;o chamada de "corpos de Lewy".
A ci&ecirc;ncia ainda n&atilde;o pode afirmar que os corpos de Lewy s&atilde;o a causa do Parkinson, mas sabe que eles s&atilde;o um dos primeiros vest&iacute;gios da doen&ccedil;a no c&eacute;rebro humano.&nbsp;
O ensaio de amplia&ccedil;&atilde;o de amostras da alfa-sinucle&iacute;na (identificado pela sigla aSyn-SAA, em ingl&ecirc;s) foi aplicado em 1.100 pacientes de um programa da Funda&ccedil;&atilde;o, incluindo pessoas com outros fatores de risco, pessoas com marcadores gen&eacute;ticos do Parkinson e outros grupos.&nbsp;
Nas pessoas com <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123261-6-fatos-sobre-a-doenca-de-parkinson-que-voce-nao-conhece.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Doen&ccedil;a de Parkinson</a> t&iacute;pica, o ensaio teve 90% de certeza na identifica&ccedil;&atilde;o do biomarcador. Em pessoas com perda de olfato e muta&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas desconhecidas, os testes foram ainda mais eficazes. Mesmo em pessoas que n&atilde;o foram diagnosticadas com a Doen&ccedil;a, mas apresentam sinais (como perda de olfato e problemas no sono REM), o ensaio teve 90% de efic&aacute;cia.
Mais do que isso, ele identificou altera&ccedil;&otilde;es na alfa-sinucle&iacute;na antes mesmo dos exames de imagem que indicam a perda de dopamina &mdash; um dos m&eacute;todos para detectar a doen&ccedil;a em est&aacute;gios iniciais. Contudo, ainda &eacute; cedo para dizer se o ensaio ser&aacute; capaz de identificar as chances de desenvolver Parkinson antes de qualquer sintoma, j&aacute; que os estudos indicaram uma efici&ecirc;ncia muito menor em alguns grupos.&nbsp;
A partir disso, a Funda&ccedil;&atilde;o Michael J. Fox vai expandir o estudo para 2 mil pessoas sem diagn&oacute;stico de Parkinson para validar os resultados. De qualquer maneira, trata-se de um grande avan&ccedil;o no estudo dessa doen&ccedil;a, com in&uacute;meras possibilidades.

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Teste inovador pode detectar Parkinson com 90% de certeza

Imagem de Homens superestimam sua inteligência e mulheres subestimam seu QI no megacurioso

Estudo indica que os homens agem com arrogância em relação a seus atributos, enquanto as mulheres teriam mais dificuldade em reconhecê-los

<head></head><body>Um estudo recém-publicado pelo departamento de psicologia da Griffith University, Austrália, trouxe informações sobre o comportamento cerebral de homens e mulheres. Segundo a pesquisa, indivíduos do gênero masculino têm uma tendência a acreditar que são mais <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124874-as-6-cidades-mais-inteligentes-na-europa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inteligentes</a> do que realmente são, enquanto as mulheres subestimam seu próprio quociente de inteligência (QI).A pesquisa, liderada pelo psicólogo Adrian Furnham, teve como propósito a análise da afirmação que homens estimavam sua inteligência. Nesse sentido, os especialistas aproveitaram para avaliar a dimensão de <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/101533-ta-precisando-melhorar-a-autoestima-vem-ca-que-a-gente-ensina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">autoestima</a> geral tanto no gênero masculino quanto no feminino, tendo como princípio o viés cognitivo e como essas percepções se estenderiam para características sociais, como honestidade, capacidade de delegar e outros padrões.Segundo o departamento da universidade australiana, nascer homem e ter traços masculinos (<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/111557-cerebros-de-homens-e-mulheres-reagem-igualmente-a-imagens-sexuais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sexo biológico</a> e gênero psicológico) são elementos associados a uma autoimagem intelectual inflada. Nesse caso, o "padrão acima da média" seria taxado como uma espécie de "arrogância masculina", onde indivíduos relacionados a essas tendências pensariam que são mais inteligentes do que realmente são — de acordo com os índices de QI.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/16/16225346309005.jpeg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Vale lembrar que há um consenso entre pesquisadores de psicologia e de inteligência: não há diferenças entre a média de QI de homens e mulheres. Essa questão, inicialmente, foi baseada no tamanho dos crânios de pessoas de sexos contrários, já que o de um indivíduo feminino é menor que o de um indivíduo masculino. Porém, como o cérebro possui as mesmas dimensões em ambos os casos, essa questão foi naturalmente solucionada pelo campo da ciência.Porém, em outro caso, as alterações nos níveis de inteligência são perceptíveis: quando há impacto da atuação familiar na percepção e na disciplina infantil. Um estudo anterior comprovou que os pais estimam a inteligência de filhos como superior à das filhas. Essas expectativas afetaram a autoimagem intelectual dos filhos e impactaram em seus perfis acadêmicos. Além disso, no início da <a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/45166-a-ciencia-explica-por-que-adolescentes-sao-tao-rebeldes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">adolescência</a>, meninas passariam a avaliar sua autoestima como inferior à de meninos.<h2>Homens realmente se superestimam?</h2>O estudo da Griffith University contou com a participação de voluntários e foi baseado na realização de testes de QI logo após as pessoas testadas estimarem a pontuação com o resultado final. Os candidatos à pesquisa também preencheram formulários onde indicaram seu gênero psicológico, já que ele seria visto como um preditor de autoestima melhor que o sexo biológico.No gráfico abaixo, é possível avaliar os dados com mais clareza. Segundo o projeto, homens e mulheres foram bastante consistentes em relação às informações compartilhadas, mas a maioria de pessoas superestimadas é de homens, enquanto a maior parte de subestimadas inclui mais indivíduos do gênero psicológico feminino. Porém, nesse caso, tanto o sexo biológico quanto o gênero psicológico revelaram detalhes semelhantes: quem se classificava como masculino acreditava ter uma inteligência superior.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/16/16225253245004.jpg" alt="(Fonte: Griffith University / Reprodução)">(Fonte: Griffith University / Reprodução)Os líderes do projeto acreditam que esses indicadores podem ser importantes para prever tendências, comportamentos e interesses das pessoas. Quando meninas, por exemplo, subestimam sua inteligência e escolhem se dedicar a conteúdos menos desafiadores na escola, limitam suas opções de carreira e têm mais chances de decidir por empregos com salários menores ou com condições excessivas de trabalho — sem poder de negociação.Essas expectativas deveriam ser trabalhadas desde cedo pelos pais, com diálogos sobre resolução de problemas complexos e de que forma é possível superar barreiras sociais, acadêmicas e de mercado. "Não seria bom se, como pais, educadores e sociedade, pudéssemos construir a confiança de meninas e mulheres jovens a um nível em que elas acreditassem em si mesmas e estivessem livres dessas dúvidas?", conclui Furnham.</body>

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