Pesquisadores identificaram neuroquímicos que podem levar a novas terapias para hipertensão em pacientes com apneia do sono.

A <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125625-apneia-do-sono-projeto-brasileiro-e-selecionado-pela-oms-como-experiencia-inspiradora-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">apneia do sono</a> é uma condição comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, caracterizada por interrupções na respiração durante o sono. Além de causar fadiga e problemas cognitivos, a apneia do sono está fortemente associada à hipertensão, aumentando o risco de doenças cardiovasculares.Um estudo recente conduzido pelo professor David Kline, da Universidade de Missouri, e publicado no Journal of Physiology, revelou os mecanismos cerebrais que contribuem para esses problemas, abrindo caminho para o desenvolvimento de novos tratamentos.<h2>Os neuroquímicos e a resposta cerebral à apneia do sono</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/29/29200357639013.jpg" alt="A apneia do sono ativa o prosencéfalo, que sinaliza o tronco cerebral para aumentar a pressão arterial. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A apneia do sono ativa o prosencéfalo, que sinaliza o tronco cerebral para aumentar a pressão arterial. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Quando os níveis de oxigênio no sangue caem durante os episódios de apneia do sono, o prosencéfalo envia sinais de alerta para o tronco cerebral, que controla as funções cardíacas e pulmonares. Esse processo de alerta envolve dois neuroquímicos principais: a oxitocina e o hormônio liberador de corticotrofina (CRH). Esses neuroquímicos fazem com que o tronco cerebral se torne hiperativo, o que, ao longo do tempo, leva à hipertensão.A hipertensão induzida pela apneia do sono aumenta o risco de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122136-avc-silencioso-o-que-e-e-quando-voce-deve-procurar-ajuda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">acidente vascular cerebral</a> e complicações metabólicas, e afeta significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Além disso, a privação de sono resulta em problemas cognitivos, de memória e uma maior propensão a lesões no trabalho devido à sonolência.<h2>Novas abordagens terapêuticas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/29/29200058875012.jpg" alt="Muitas pessoas que sobre com apneia do sono usam CPAP para dormir. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Muitas pessoas que sofrem com apneia do sono usam CPAP para dormir. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Aproximadamente 30% da população mundial sofre de apneia do sono, e milhões de pessoas usam máquinas de pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) para controlar a condição. No entanto, essas máquinas são muitas vezes desconfortáveis e caras, levando muitos a desistirem do tratamento.Identificar o papel da oxitocina e do CRH na apneia do sono pode revolucionar o tratamento da hipertensão associada à condição. Segundo Kline, o objetivo é desenvolver medicamentos que visem esses neuroquímicos ou as proteínas às quais eles se ligam, ajudando a normalizar a pressão arterial. Esse avanço pode trazer alívio significativo para os pacientes com apneia do sono, e também abrir novas oportunidades para o tratamento de outros distúrbios cardiovasculares e respiratórios.A recente pesquisa oferece uma nova perspectiva sobre como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/cerebro-humano-pode-armazenar-10-vezes-mais-informacoes-do-que-se-imaginava" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a> responde à apneia do sono e suas consequências para a saúde cardiovascular. As descobertas sobre a oxitocina e o CRH podem levar ao desenvolvimento de terapias mais eficazes e menos incômodas do que as máquinas CPAP atuais. Continuar explorando esses mecanismos cerebrais é essencial para melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas afetadas por essa condição debilitante.

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Como o cérebro reage à falta de oxigênio durante a apneia do sono?

A redução persistente da atividade e conectividade cerebral mostra como os psicodélicos podem ser usados como alternativas terapêuticas aos tratamentos convencionais.

Um estudo recente, liderado por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington em St. Louis, nos EUA. e publicado na revista Nature,&nbsp;confirmou que uma dose única de psilocibina, o princípio ativo dos chamados cogumelos mágicos, "produz efeitos terapêuticos rápidos e persistentes em ensaios clínicos com humanos", afirmam os autores. &nbsp;Embora as pessoas que consomem esse tipo de substância psicodélica experimentem "viagens" alucinantes, em que seu senso de espaço, tempo e self é alterado, é possível, segundo os pesquisadores, que essas experiências, aplicadas sob certas condições, consigam aliviar o sofrimento mental.&nbsp;Nesse sentido, o estudo fornece não apenas uma explicação neurobiológica para os efeitos surreais do alucinógeno, mas sugere alguns princípios para o desenvolvimento de terapias para doenças mentais apoiadas por psilocibina. Entre esses transtornos, estão a depressão e o TEPT (transtorno do estresse pós-traumático).&nbsp;<h2>Como foram feitas as "viagens" controladas de cogumelos mágicos?</h2><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/Df1uyZwSXps" title="A heat map of brain activity shows the effect of psilocybin" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Para testar suas hipóteses, a equipe recrutou sete voluntários para consumir 25 mg de psilocibina ou 40 mg de metilfenidato (nome genérico da Ritalina, dose correspondente para efeitos de excitação). Os participantes realizaram cerca de 18 exames de ressonância magnética cerebral antes, durante e depois da "viagem", para mostrar os efeitos agudos e persistentes da droga.O uso da psilocibina alterou de forma profunda e generalizada, mas não permanente, as redes funcionais do cérebro dos participantes. Um dos efeitos observados foi a dessincronização da rede de modo padrão (DMN na sigla em inglês), um conjunto de regiões cerebrais que é mais ativo quando estamos em repouso ou não focados em tarefas externas.&nbsp;Quando os efeitos da droga passaram, a DMN se reconstituiu da perda de sincronia, mas foram detectadas pequenas diferenças quando comparada ao mapeamento cerebral anterior à psilocibina. Essas discrepâncias permaneceram por semanas, enquanto, nas pessoas que tomaram o metilfenidato, a DMN permaneceu estável.&nbsp;<h2>O que os cientistas concluíram sobre o uso controlado da psilocibina?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/24/24225551436000.jpg" alt="X. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>No longo prazo, a psilocibina deixou o cérebro dos participantes mais relaxado. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Para o primeiro autor do artigo, Joshua Siegel, "a ideia é que você está pegando esse sistema que é fundamental para a capacidade de o cérebro pensar sobre o eu em relação ao mundo e o está dessincronizando completamente, de forma temporária", explicou o psiquiatra em um comunicado.Embora tenha criado uma viagem psicodélica no curto prazo, a droga teve um efeito relaxante no cérebro a longo prazo, tornando-o mais capaz de entrar em um estado mais saudável. Essa desconexão dentro da DMN permitiu aos participantes diminuírem a sua verborragia mental constante, e remodelarem seus padrões de pensamento mais facilmente.Para o coautor sênior Nico Dosenbach, "há um efeito enorme inicialmente, e quando ele passa, um efeito pontual permanece". Ou seja, "é exatamente isso que você gostaria de ver em um medicamento em potencial", conclui o neurologista.

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Cogumelos mágicos dessincronizam o cérebro humano por até 3 semanas

Muitas pessoas diagnosticadas com demência podem ter, na verdade, encefalopatia hepática.

A demência, que se caracteriza pelo declínio cognitivo gradual, é uma das questões de saúde que mais atingem as pessoas à medida que elas envelhecem. Registra-se cerca de 10 milhões de novos casos de demência a cada ano.No entanto, um novo estudo publicado por pesquisadores dos Estados Unidos sugere que até 13% das pessoas diagnosticadas com demência podem estar com um diagnóstico errado, o que dificulta enormemente o seu tratamento.<h2>Diagnóstico equivocado</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/22/22174313126263.jpg" alt="X"><figcaption>A encefalopatia hepática afeta 40% dos pacientes com cirrose. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O estudo feito por pesquisadores da Universidade Virginia Commonwealth indica que muitas pessoas podem estar, na verdade, com encefalopatia hepática, um comprometimento cognitivo causado por insuficiência hepática e que afeta mais de 40% dos pacientes com <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/61934-6-fatos-interessantes-sobre-o-funcionamento-do-figado-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cirrose</a>, entre outras enfermidades. Entretanto, é difícil de distinguir os sintomas dessa doença dos apresentados em casos de demência."Os profissionais de saúde precisam estar cientes dessa potencial sobreposição entre <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128818-a-demencia-era-mesmo-uma-doenca-comum-entre-os-antigos-gregos-e-romanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">demência</a> e encefalopatia hepática, que é tratável", afira o hepatologista Jasmohan Bajaj, um dos autores da pesquisa.&nbsp;Em outras palavras, muitas pessoas podem estar com o diagnóstico de demência, que é incurável, mas poderiam estar tratando sua condição e desfrutando de uma qualidade de vida muito maior.<h2>O que é a encefalopatia hepática?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/22/22174331102265.jpg" alt="X"><figcaption>A encefalopatia hepática costuma ocorrer em pessoas com doença hepática crônica. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A encefalopatia hepática geralmente ocorre em pessoas com doença hepática crônica, como cirrose ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119744-hepatite-conheca-os-6-tipos-de-inflamacao-no-figado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hepatite</a>. Acontece que o fígado serve para regular os níveis da maioria dos produtos químicos em nossos corpos, atuando em questões como a filtragem do sangue e a digestão.Quando o fígado começa a ser danificado (por questões como o vírus da hepatite, colesterol alto, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/103781-9-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-a-obesidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">obesidade</a> e cirrose), a pessoa pode passar a apresentar sintomas de confusão mental. Só que, caso a encefalopatia hepática for diagnosticada cedo e o tratamento for eficiente, os danos podem ser revertidos.O que se observou, segundo os pesquisadores, é que pelo menos dois pacientes que haviam sido diagnosticados com demência tiveram seu quadro (que incluía perda de memória, quedas, tremores e <a href="https://www.megacurioso.com.br/neurociencia/85482-por-que-as-vezes-enxergamos-coisas-que-nao-existem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alucinações</a>) resolvido após o tratamento para a encefalopatia.Na pesquisa realizada pela equipe de Jasmohan Bajaj, foram revisados os registros médicos de 177.422 veteranos dos Estados Unidos que haviam sido diagnosticados com demência entre 2009 e 2019. O que foi observado é que nenhum deles tinha sido diagnosticado com doença hepática, mas a equipe verificou que mais de 10% tinham altos níveis de fibrose 4 (FIB-4), o que sugere probabilidade para a cirrose."As prevalências e determinantes de um FIB-4 alto são impressionantes. Embora não tenhamos estudado os fatores específicos por trás dessas disparidades, a falta de acesso à terapia ou aos cuidados médicos tanto no cuidado da demência quanto no cuidado da comorbidade pode contribuir", afirmou a equipe.Isso pode indicar a necessidade de novas averiguações de muitos casos de demência, que podem ser falsos. "Esta importante ligação entre a demência e a saúde do fígado enfatiza a importância de rastrear os pacientes em busca de contribuintes potencialmente tratáveis para o declínio cognitivo", finaliza Bajaj.

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13% dos diagnósticos de demência podem estar errados

Os cientistas ainda não têm um entendimento completo e definitivo sobre como funciona a criatividade, mas um novo estudo começa a mostrar um caminho.

A <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/110253-6-maneiras-simples-de-aumentar-a-sua-criatividade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">criatividade</a>, essa habilidade que muitas vezes parece surgir do nada, sempre intrigou cientistas e curiosos. Recentemente, um estudo inovador trouxe uma nova percepção sobre o assunto, mostrando que a criatividade envolve a interação de diversas partes do cérebro, especialmente a rede de modo padrão (RMP) e a rede de controle frontoparietal (RCF).O cérebro humano não é apenas uma massa uniforme de células; ele é organizado em diversas regiões interconectadas, cada uma responsável por funções específicas, como processamento visual ou controle motor. No entanto, a criatividade não está confinada a uma área específica. Ela emerge da atividade coordenada de várias regiões cerebrais, como descobriram pesquisadores da University of Utah Health e do Baylor College of Medicine.<h2 style="text-align:justify;">Rede dominante</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/20/20200053266000.jpg" alt="As imagens capturadas ajudaram a entender como o cérebro funciona — em partes — durante atividades criativas. (Fonte: Bartoli, Devara, et al./ Divulgação)"><figcaption>As imagens capturadas ajudaram a entender como o cérebro funciona — em partes — durante atividades criativas. (Fonte: Bartoli, Devara, et al. / Divulgação)</figcaption></figure></figure>Em uma pesquisa fascinante, os cientistas pediram a 13 participantes que pensassem em usos alternativos para <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128311-santo-graal-busca-pelo-objeto-comecou-antes-do-rei-artur.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">objetos</a> cotidianos, observando a atividade cerebral durante a tarefa. Eles descobriram que a rede de modo padrão é fundamental para a geração de ideias criativas.A rede de modo padrão é um conjunto de regiões do cérebro que estão ativas quando estamos em repouso e não focados em tarefas externas específicas, com objetivos claros. Esta rede fica "ligada" durante estados de descanso, como quando estamos sonhando acordados, lembrando do passado, imaginando o futuro ou refletindo sobre nós mesmos.Usando métodos avançados de imagens cerebrais, a equipe conseguiu captar a atividade da rede em tempo real durante tarefas criativas. Eles notaram que, nos primeiros milissegundos de uma tentativa criativa, a RMP se ativa antes de sincronizar com outras regiões.<h2 style="text-align:justify;">Outras interações</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/20/20200906857001.jpg" alt="Pesquisadores usaram eletrodos para capturar as atividades elétricas que geraram as imagens. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Pesquisadores usaram eletrodos para capturar as atividades elétricas que geraram as imagens. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Para testar a ligação entre a rede de modo padrão e a criatividade, os pesquisadores interromperam temporariamente a atividade da RMP em alguns participantes. O resultado? A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111653-criatividade-nem-sempre-e-algo-positivo-voce-sabia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">originalidade das ideias</a> desses participantes diminuiu significativamente, indicando que&nbsp;há um nexo causal entre a atividade da RMP e o pensamento criativo.Contudo, por mais que tenha um papel importante,&nbsp;ela não trabalha sozinha. Conforme os participantes começavam a listar os usos alternativos dos objetos, a rede de controle frontoparietal, associada à resolução de problemas e atenção, também se ativava.&nbsp;Isso sugere que a RMP pode ser responsável por gerar novas ideias, enquanto a RCF avalia e refina essas ideias. Essa interação entre as duas redes parece ser crucial para o pensamento criativo. Tal fato reforça o entendimento de que as ideias criativas começam na RMP e depois são refinadas por outras partes do cérebro.&nbsp;<h2 style="text-align:justify;">Possibilidades futuras</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/20/20201119731002.jpg" alt="A criatividade está em todos nós. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>A criatividade está em todos nós. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Essa descoberta aprofunda nosso entendimento sobre a criatividade e abre portas para novas intervenções. Compreendendo melhor a interação entre RMP e demais redes, podemos desenvolver técnicas para estimular a criatividade em pessoas com <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124209-transtornos-mentais-distintos-podem-ter-origem-em-comum-sugere-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">transtornos mentais</a>, por exemplo.&nbsp;De acordo com os especialistas, a atividade da RMP é alterada em vários transtornos, como a depressão ruminativa, onde ela pode contribuir para pensamentos negativos persistentes. Compreender melhor como a RMP opera pode levar a tratamentos mais eficazes para essas condições. Afinal, a criatividade é uma função cerebral única e valiosa para todos, não apenas para artistas e inventores.No futuro, <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128097-10-dicas-para-estimular-o-cerebro-e-ficar-mais-inteligente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">técnicas de estimulação cerebral</a> que modulam a atividade da RMP e da RCF podem ser desenvolvidas para melhorar o pensamento criativo. Esse avanço promete não apenas expandir nosso conhecimento sobre o cérebro, mas também transformar a maneira como abordamos a criatividade, o aprendizado e a saúde mental.

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Desvendando a criatividade: como o cérebro gera ideias brilhantes?

Um avanço significativo no estudo das enxaquecas revela uma nova rota entre o cérebro e os nervos periféricos.

Um estudo recente, conduzido por pesquisadores da Universidade de Copenhague e publicado na renomada revista Science, revelou uma descoberta revolucionária sobre as enxaquecas. A pesquisa identificou uma nova rota, até então desconhecida, entre o cérebro e os nervos periféricos, oferecendo informações importantes sobre como as auras estão conectadas às dores de cabeça intensas que caracterizam essa condição debilitante.<h2>A descoberta da conexão</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/13/13232903572002.jpg" alt="Os pesquisadores rastrearam o fluxo do LCR em ratos geneticamente modificados. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Os pesquisadores rastrearam o fluxo do LCR em ratos geneticamente modificados. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os cientistas sempre souberam que as auras estão associadas à depressão cortical disseminada, caracterizada por ondas de atividade anormal no cérebro que inativam temporariamente neurônios específicos. Essas ondas parecem desencadear os nervos detectores de dor fora do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124184-cientistas-descobrem-nova-camada-na-anatomia-do-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a>, por meio da liberação de substâncias químicas no líquido cefalorraquidiano (LCR). No entanto, como esses produtos químicos atingiam os nervos era desconhecido.No novo estudo, os pesquisadores utilizaram camundongos geneticamente modificados, cujos neurônios brilham na presença de cálcio, para rastrear o fluxo do LCR. Eles descobriram que o LCR pode transportar moléculas para fora do cérebro através do gânglio trigeminal, um conjunto de células que transmite sinais dos nervos da face e mandíbula para o cérebro.Além disso, eles observaram que durante a aura as proteínas que podem ativar e sensibilizar os nervos sensoriais são liberadas no LCR e transportadas para o gânglio trigeminal, onde ativam os nervos sensoriais mediadores da dor. Essa descoberta liga diretamente a fase de aura à dor de cabeça da enxaqueca.<h2>Novos alvos terapêuticos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/13/13233043198003.jpg" alt="As descobertas podem abrir novas opções de tratamentos para quem sofre com enxaquecas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>As descobertas podem abrir novas opções de tratamentos para quem sofre com enxaquecas. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Das proteínas identificadas como ativadoras dos nervos sensíveis à dor, apenas uma — o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP) — é alvo das atuais terapias para <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120947-enxaqueca-como-ela-pode-afetar-seu-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">enxaqueca</a>. Embora medicamentos que bloqueiam o CGRP aliviem os sintomas em metade dos pacientes, milhões continuam sem tratamento eficaz. A descoberta de novas moléculas responsáveis pela dor de cabeça pode abrir novas opções terapêuticas.Os pesquisadores acreditam que identificar essas moléculas pode levar ao desenvolvimento de novos tratamentos para pacientes que não respondem bem às terapias atuais. Esse novo caminho para a entrega de moléculas do cérebro para os gânglios periféricos pode ter relevância além das enxaquecas, potencialmente beneficiando outras condições de dor de cabeça.Apesar das descobertas promissoras, todos os experimentos foram realizados em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127866-embrioes-de-camundongos-sao-cultivados-com-sucesso-no-espaco-pela-primeira-vez.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">camundongos</a>, cujo cérebro é muito mais liso em comparação com o cérebro humano. As ondas anormais ligadas à enxaqueca podem não viajar tão eficientemente no nosso organismo, afetando a rapidez com que o LCR flui para fora do cérebro e se ativa ou não os nervos sensíveis à dor. O próximo passo será examinar esses processos em humanos ou em animais mais semelhantes à nossa fisiologia.

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Estudo revela novo motivo que pode ser causa das enxaquecas

Estudo publicado por pesquisador brasileiro aponta que crianças com autismo podem ter alterações em sua microbiota intestinal.

Um estudo brasileiro, que foi publicado recentemente na revista científica Nature Microbiology, sugere uma possível associação entre o autismo e as alterações no microbioma intestinal de crianças. A hipótese é que haja diferenças no grupo de microrganismos presentes na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122313-homens-que-bebem-cerveja-todo-dia-tem-mais-bacterias-no-intestino.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">microbiota</a> de crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista) e de crianças neurotípicas.A pesquisa sugere que isso pode ter alguma relação com o transtorno. No entanto, é importante ressaltar que ela não elimina a possibilidade de que haja outras explicações possíveis para as alterações constatadas, o que será verificado na continuidade dos estudos.&nbsp;<h2>As possíveis ligações entre autismo e a saúde intestinal</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/15/15135017436222.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Crianças que estão diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista apresentaram alterações intestinais em relação às crianças neurotípicas. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O estudo, conduzido pelo neurocientista Fabiano de Abreu Agrela no CPAH - Centro de Pesquisas e Análises Heráclito, parte de um artigo anterior publicado por ele e que já identificava uma associação entre <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/105270-13-fatos-interessantes-sobre-o-autismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">autismo</a> e as alterações intestinais.“As dores de barriga são um sintoma comum em pessoas com autismo, afetando até 70% da população autista. A constipação é o problema <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/85287-so-para-quem-tem-estomago-veja-como-e-o-processo-de-digestao-video.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gastrointestinal</a> mais prevalente em pessoas com autismo, presente em cerca de 40% dos casos. Outros problemas comuns incluem diarreia, refluxo gastroesofágico e sensibilidade alimentar”, afirma Agrela no estudo.Segundo o artigo, os pesquisadores continuam investigando mais sobre esta relação, apontando que talvez seja possível que as causas abranjam desde problemas gastrointestinais até dificuldades de comunicação e sensibilidade sensorial.<h2>Possíveis causas das alterações intestinais</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/15/15134955145220.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>É possível que os problemas intestinais tenham várias explicações. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Agrela ainda afirma que existem várias hipóteses sobre a relação entre TEA e alterações intestinais. “Estudos complementares devem ser feitos para definir com mais clareza as causas dessa possível relação, mas nosso estudo inicial já aponta algumas hipóteses que podem explicar a correlação”, pontua.Dentre elas, estão as dificuldades de comunicação das necessidades fisiológicas, o que poderia levar à <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117159-homem-morto-por-constipacao-fez-dieta-de-gafanhotos-durante-meses.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">constipação</a> ou à incontinência fecal, mas também a comorbidades associadas ao autismo, como ansiedade e depressão, que poderiam contribuir com problemas no trato gastrointestinal.Ainda que o tema ainda esteja sob análise, o neurocientista ressalta que é importante que as pessoas com autismo sejam encaminhadas a médicos especializados caso apresentem problemas frequentes, como dores abdominais, constipação e incontinência fecal.Vários tratamentos poderão ser sugeridos pelos médicos, o que pode incluir o uso de medicamentos, a fisioterapia para fortalecer os músculos do assoalho pélvico, e até a terapia ocupacional para melhorar habilidades de comunicação e autocuidado. Alterações na dieta também podem ser recomendadas para minimizar os problemas.

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Estudo brasileiro investiga relação entre o autismo e a saúde do intestino

A doença, que afeta mais de 50 milhões de pessoas globalmente, pode dobrar o número de pacientes nos próximos 20 anos.

Filhos de mães com histórico de perda de memória podem ter um risco maior de desenvolver Alzheimer do que aquelas em que apenas o pai apresenta esquecimentos constantes. A conclusão está em um novo estudo publicado na revista JAMA Neurology no dia 17 de junho.Conduzida por especialistas das universidades de Stanford e Harvard, nos Estados Unidos, a pesquisa avaliou dados de 4.413 indivíduos com idades entre 65 e 85 anos sem problemas cognitivos ou de memória. Essas pessoas responderam questões do Mini Exame do Estado Mental e se submeteram à Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET).<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/01/01220235834000.jpg" alt="A herança genética materna estaria ligada ao desenvolvimento desse tipo de demência. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A herança genética materna estaria ligada ao desenvolvimento desse tipo de demência. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Enquanto as perguntas permitiram averiguar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120971-cognicao-uma-singela-percepcao-que-pode-mudar-uma-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">função cognitiva</a> de cada participante, a tomografia escaneou o cérebro em busca de placas amiloides, que se formam a partir da aglomeração de pedaços de proteína (beta-amiloides). A presença das placas é um dos principais indícios do desenvolvimento de Alzheimer.Suspeita-se que as placas amiloides danifiquem e matem os neurônios, levando ao surgimento das <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119819-quais-doencas-no-cerebro-levam-a-demencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doenças neurodegenerativas</a>. Outro sinal de que o paciente pode ter a demência, a proteína tau não foi analisada neste estudo.<h2>O que os resultados mostraram?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/01/01220525659003.jpg" alt="Os voluntários tiveram a atividade cerebral analisada. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Os voluntários tiveram a atividade cerebral analisada. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Ao analisar as tomografias, os autores notaram níveis maiores de beta-amiloides nos participantes em que a mãe possuía histórico de comprometimento da memória, independente da idade que os problemas apareceram. O mesmo foi identificado nas pessoas cujos pais apresentaram <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/126700-4-habitos-que-podem-causar-perda-da-memoria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">perda de memória</a> antes dos 65 anos.Já os voluntários que tinham somente um histórico paterno de memória comprometida de início tardio, após os 65 anos, se mostraram com níveis de beta-amiloide dentro do padrão esperado. Os índices normais também foram registrados naqueles sem história familiar de <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/42790-conheca-5-casos-absurdos-de-amnesia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">amnésia</a>.Os pesquisadores ainda não sabem os motivos da relação entre a herança genética materna e os riscos aumentados de Alzheimer. Mas uma das hipóteses é que isso ocorra por causa de uma disfunção nas mitocôndrias, herdadas apenas das mães.Fornecedoras de energia para as células, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112283-ansiedade-pode-estar-relacionada-as-mitocondrias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mitocôndrias</a> possuem DNA próprio que pode sofrer mutações, levando ao mau funcionamento e comprometendo as funções cognitivas. Outras pesquisas já associaram esse problema à demência.<h2>Novos tratamentos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/01/01220750600004.jpg" alt="A perda de memória é um dos sintomas do Alzheimer. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A perda de memória é um dos sintomas do Alzheimer. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Após essa última descoberta, os cientistas querem investigar se o DNA materno influencia o surgimento da doença e compreender melhor a teoria da disfunção mitocondrial. As respostas podem contribuir para o desenvolvimento de novas opções de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127430-estudo-analisa-tratamento-que-pode-ser-efetivo-contra-o-alzheimer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tratamento</a>.O <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128751-alzheimer-pode-ser-transmissivel-em-condicoes-rarissimas-revela-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alzheimer</a> afeta mais de 50 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais 1,2 milhão no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Estima-se que o número de doentes possa dobrar nos próximos 20 anos, exigindo avanços no diagnóstico e na prevenção da enfermidade.

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Risco de Alzheimer tem maior influência da genética materna, aponta estudo

Entenda o fenômeno da subvocalização, seus benefícios e desafios.

Você já notou uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123723-sera-que-todo-mundo-tem-uma-voz-na-cabeca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">"voz" em sua cabeça</a> enquanto lê? Esse fenômeno, chamado de subvocalização, é ato de "falar" mentalmente as palavras enquanto lemos. Vamos compreender como e por que isso acontece?<h2>Por que subvocalizamos?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/18/18225524325003.jpg" alt="A subvocalização é considerada uma prática ligada ao aprendizado inicial da leitura. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A subvocalização é considerada uma prática ligada ao aprendizado inicial da leitura. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A subvocalização não se limita apenas ao cérebro, mas também envolve movimentos sutis em partes do corpo, como lábios, língua e cordas vocais. Embora inaudíveis, esses pequenos movimentos físicos ocorrem de forma similar aos da fala ativa.Acredita-se que a subvocalização derive do processo de aprendizagem em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124952-dia-mundial-do-livro-6-dicas-para-despertar-o-interesse-pela-leitura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">leitura</a>, uma vez que muitos especialistas associam essa prática ao hábito inicial de pronunciar palavras em voz alta ao aprender a ler. Mesmo em pessoas surdas, ela pode ocorrer, manifestando-se por meio de movimentos musculares sutis que acompanham a leitura visual. Esses gestos silenciosos desempenham um papel importante durante a leitura.A principal vantagem da habilidade é sua contribuição para a compreensão e a memória. Ela utiliza o "laço fonológico" da memória para reter informações verbais temporariamente, mantendo-as frescas por meio da repetição silenciosa. Isso facilita a organização das ideias e a compreensão da estrutura sintática e semântica dos textos, especialmente os mais complexos.<h2>Desafios da subvocalização</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/18/18225658471004.jpg" alt="A subvocalização pode impactar a velocidade de leitura. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Especialistas acreditam que a subvocalização pode impactar a velocidade de leitura. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Apesar de ser um fenômeno natural e compartilhado por tantas pessoas, alguns pesquisadores começaram a questionar se a vocalização mental das palavras poderia limitar a eficiência da leitura. Essa suspeita surgiu da observação de que a prática sincroniza o ritmo da leitura com o da fala, o que poderia resultar em uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/103321-7-passos-para-uma-leitura-mais-rapida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">velocidade de leitura</a> considerada lenta para quem busca aumentar sua eficiência.Isso porque os leitores processam, em média, entre 200 e 250 palavras por minuto, uma taxa que se equipara à velocidade média da fala. Além disso, especialistas em leitura rápida alertam que a subvocalização pode induzir à hiperfixação, na qual o leitor se prende excessivamente a palavras individuais, prejudicando a fluidez e a compreensão geral do texto.No entanto, embora a subvocalização seja percebida como um desafio para a leitura eficiente, é importante reconhecer que ela é uma habilidade natural, utilizada de forma intuitiva por muitas pessoas. Assim, eliminar completamente a prática pode ser uma tarefa árdua, e seus impactos na velocidade de leitura podem ser limitados.Como vimos, a subvocalização é uma expressão intrínseca de como nosso cérebro processa e internaliza o texto. Embora alguns vejam a prática como um obstáculo à velocidade da leitura, ela é, na verdade, uma prática que nos conecta intimamente com as palavras que encontramos. Enquanto exploramos seus desafios, descobrimos como reconhecer sua presença e aprender a trabalhar com ela de forma consciente, enriquecendo nossa relação com a linguagem.

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Subvocalização: o que é a voz silenciosa que acompanha nossa leitura?

Publicado na Nature, estudo faz análise imagiológica do cérebro identificando diferentes biotipos de depressão.

Novo artigo publicado na revista Nature traz luz sobre ação da depressão no cérebro e potenciais tratamentos para o transtorno de humor. O estudo foi conduzido pela Escola de Medicina da Universidade de Stanford, Estados Unidos.A <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128816-nao-sonhar-pode-mesmo-ser-um-sinal-de-depressao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">depressão</a> é um transtorno de humor caracterizado por sintomas como tristeza prolongada, sentimentos de inadequação, desesperança e isolamento autoimposto.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/19/19095704071048.jpg" alt="A depressão pode causar diversos danos à vida de quem desenvolve o transtorno. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A depressão pode causar diversos danos à vida de quem desenvolve o transtorno. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>É uma das doenças mentais mais prevalentes na população e pode ser ocasionada por um desequilíbrio bioquímico no cérebro, que tem dificuldade em produzir e captar os ditos "hormônios da felicidade".Com isso, os tratamentos atuais se baseiam no uso de medicações que devolvem ao cérebro a capacidade de regular adequadamente essas substâncias e, em conjunto com terapia psicológica, tende a levar o paciente à melhora.No entanto, por ser de amplo espectro, esse tipo de abordagem algumas vezes se mostra pouco eficaz e a rota de tratamento precisa ser constantemente recalculada, modificando medicações e técnicas terapêuticas até que o equilíbrio seja finalmente atingido.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/19/19102123804060.jpg" alt="Abordagens mais atuais também utilizam técnicas de neuromodulação no tratamento dos sintomas da depressão."><figcaption>Abordagens mais atuais também utilizam técnicas de neuromodulação no tratamento dos sintomas da depressão. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Mas e se fossemos capazes de identificar com especificidade a região do cérebro "em pane" e realizar um tratamento certeiro? Talvez isso comece a ser possível.<h2 style="text-align:justify;">Os 6 biotipos da depressão</h2>O grupo de estudos da Escola de Medicina da Universidade de Stanford, reuniu os dados das imagens de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113118-voce-ja-viu-uma-ressonancia-magnetica-de-um-pug.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ressonância magnética</a> funcional de 801, previamente diagnosticados com depressão e ansiedade.O escaneamento cerebral foi realizado com os paciente em repouso e posteriormente, durante atividades cognitivas e de evocação emocional.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/19/19103342594072.jpg" alt="A atividade cerebral foi monitorada em diferentes atividades, procurando sinais de ativação neuronal. (Fonte: Getty Images/Reprodução) "><figcaption>A atividade cerebral foi monitorada em diferentes atividades, procurando sinais de ativação neuronal. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Com todos os dados em mãos, o grupo realizou toda varredura das imagens utilizando um software de aprendizagem de máquina. O resultado apontou 6 diferentes biotipos de depressão, atingindo diferentes <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128848-ultrassom-focado-em-area-especifica-do-cerebro-pode-reduzir-dores-afirma-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">regiões do cérebro</a>. E o estudo ainda foi além.Os pesquisadores realizaram um teste randomizado com 250 participantes, testando a eficácia da terapia medicamentosa e psicológica para cada um dos diferentes biotipos identificados.Eles foram capazes de identificar e correlacionar qual a melhor conduta de tratamento dependendo da região cerebral mais acometida pela depressão.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/19/19104417643082.jpg" alt="Com a certeza do alvo, maiores são as chances do tratamento ser mais eficaz. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Com a certeza do alvo, maiores são as chances do tratamento ser mais eficaz. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Para o grupo, esse é o primeiro sinal que&nbsp;os tratamentos para depressão podem ser modificados e personalizados de acordo com as necessidades dos pacientes, diminuindo o tempo de "adequação" às medicações e melhorando o prognóstico de recuperação.A pesquisa irá continuar e se espera que em breve, novos tratamentos possam ser desenvolvidos com foco na minimização de danos e melhora da qualidade de vida das pessoas com depressão.Caso você apresente algum desconforto ou sinais de tristeza e descontentamento com a vida, procure ajuda profissional.

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6 biotipos de depressão? Conheça estudo e possibilidades de tratamento

Algumas doenças que já foram registradas pela medicina parecem desafiar a lógica.

O leque de doenças já registradas é muito plural. Algumas delas, inclusive, parecem fugir da compreensão lógica. Há anomalias genéticas e condições médicas muito raras e impressionantes, mas que conseguem despertar a nossa curiosidade sobre o misterioso funcionamento de nosso organismo.Observar estas patologias não deixa de ser uma maneira de compreender mais sobre a complexidade do ser humano. Olhar para elas é também contemplar os desafios impostos à medicina no que diz respeito ao seu diagnóstico e tratamento.&nbsp;<h2>1. Síndrome da mão alienígena&nbsp;</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/10/10201510002006.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Na síndrome da mão alienígena, a pessoa percebe a própria mão como estranha. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Por mais bizarro que possa parecer, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126757-sindrome-da-mao-alienigena-conheca-a-doenca-que-faz-sua-mao-agir-por-conta-propria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">síndrome da mão alienígena&nbsp;</a>(SMA) realmente existe. Trata-se de um distúrbio que se caracteriza pela atividade motora involuntária no membro superior, que se soma à percepção estranha deste membro.Este distúrbio neurológico costuma surgir após um <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128838-4-fatos-sobre-o-avc-entre-mulheres-que-nao-podem-ser-ignorados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Acidente Vascular Cerebral</a> (AVC) ou como resultado de doenças degenerativas. O paciente sente como se tivesse perdido o controle do cérebro sobre a própria mão, que passa a executar ações estranhas, como agarrar objetos ou tocar o próprio rosto. Dá a impressão de que a mão está independente de sua vontade, e pode ser uma sensação muito perturbadora.Os médicos costumam lidar com a SMA a partir de técnicas comportamentais, mas não há cura para essa doença.<h2>2. Síndrome do odor de peixe podre</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/10/10201958186009.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>A Síndrome do Odor de Peixe Podre causa sérias consequências sociais ao portador. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O nome técnico dessa doença é trimetilaminúria (TMAU), mas ela também é conhecida como síndrome do odor de peixe podre. Trata-se de uma doença metabólica rara que se caracteriza pelo mau cheiro corporal, do hálito e por um gosto muito ruim na boca, semelhante ao cheiro de peixe estragado.Ela ocorre devido a uma incapacidade do corpo de quebrar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127589-por-que-peixe-fede-tanto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">trimetilamina</a>, um composto que é produzido no intestino. Quando armazenada em excesso, a trimetilamina é liberada nos fluidos corporais, gerando o odor característico, que é bem desagradável.O tratamento da doença envolve mudanças na dieta para reduzir a ingestão de trimetilamina, que é metabolizada a partir de elementos presentes em alimentos como peixes, ovos e legumes. Mas, de modo geral, esse é um problema que reduz muito a qualidade de vida do portador, pois prejudica a sua sociabilidade.<h2>3. Doença do homem de pedra</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/10/10202532965011.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>A terrível doença do homem de pedra faz a pessoa desenvolver um segundo esqueleto. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Essa doença rara é cientificamente chamada de fibrodisplasia ossificante progressiva (FOP). Trata-se de um distúrbio genético ocorrido pela mutação do gene ACVR1, que fica no cromossomo 2q23-24, e que tem uma consequência terrível: o corpo passa a transformar os músculos em ossos, levando à perda progressiva dos movimentos.Ou seja, aos poucos, o doente desenvolve um segundo esqueleto que torna os seus movimentos impossíveis. Isso geralmente começa a acontecer na infância e vai avançando ao longo da vida da pessoa.Infelizmente, não há cura para essa doença. Os médicos costumam pedir que os doentes evitem atividades que podem provocar lesões e usar medicamentos para as inflamações. Mas, sem dúvida, as pessoas que carregam essa condição passam por sofrimentos terríveis.<h2>4. Síndrome de Pica</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/10/10202958563015.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Os portadores da síndrome de pica curtem comer coisas que não são alimentos, como pedras. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124448-sindrome-de-pica-a-vontade-de-comer-coisas-nao-comestiveis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">síndrome de pica</a> é um transtorno alimentar realmente assustador: ela se caracteriza pela ingestão de substâncias que não são alimentos. A pessoa que possui o distúrbio pode consumir, por exemplo, sujeira, argila, giz, papel ou mesmo metais.<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124448-sindrome-de-pica-a-vontade-de-comer-coisas-nao-comestiveis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Síndrome de pica: a vontade de comer coisas não comestíveis</a></li></ul>Ainda não se sabe exatamente o que causa esse problema, mas os especialistas creem que ele derive de uma junção de fatores psicológicos, culturais e nutricionais. Pessoas com deficiências de ferro ou zinco podem desejar consumir substâncias estranhas, mas essa vontade também pode estar ligada a questões como estresse e gravidez.Geralmente os portadores da doença correm riscos, como o de sofrer uma séria obstrução intestinal, envenenamento, além de problemas dentários. O tratamento para a síndrome de pica costuma combinar o uso de suplementos nutricionais e terapia comportamental.

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