Cientistas descobrem que o cérebro não descansa quando dormimos; ele se dedica à intrigante tarefa de tentar prever o futuro durante o sono.

Uma pesquisa inovadora liderada pelos cientistas Kamran Diba, da Universidade de Michigan, e Caleb Kemere, da Rice University, revelou uma capacidade extraordinária do cérebro durante o sono: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128630-superprevisores-seria-realmente-possivel-prever-o-futuro-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a previsão de eventos futuros</a>.Os pesquisadores treinaram ratos para correr em uma pista elevada, observando a atividade dos neurônios no hipocampo enquanto os animais navegavam no labirinto. O estudo, publicado na Nature, demonstrou que os neurônios no hipocampo de ratos são capazes de ajustar suas representações espaciais e prever eventos futuros enquanto eles dormem.<h2>Memória espacial durante o sono</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/10/10212209492028.jpg" alt="A atividade cerebral durante o sono contribui para a consolidação da memória. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A atividade cerebral durante o sono contribui para a consolidação da memória. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A pesquisa revelou a notável capacidade dos neurônios de estabilizar representações espaciais durante o sono. Neurônios específicos, conhecidos como células de lugar, apresentaram uma ativação padronizada refletindo as trajetórias anteriores dos ratos em um labirinto. Esse processo, observado por meio de ondulações de ondas agudas, desempenha um papel crucial na consolidação de novas memórias.Durante o sono, os neurônios do córtex visual, que normalmente respondem a estímulos visuais específicos, demonstraram uma preferência espacial, disparando em locais específicos do labirinto. Essa observação sugere que o cérebro revisita e fortalece as memórias associadas a essas experiências espaciais durante o período de descanso.<h2>Adaptação e aprendizado de novas rotas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/10/10212358200029.jpg" alt="Durante o sono, os ratos 'praticam' mentalmente novas rotas no labirinto, preparando-se para futuras navegações. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Durante o sono, os ratos "praticam" mentalmente novas rotas no labirinto, preparando-se para futuras navegações. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Além de estabilizar memórias passadas, os pesquisadores descobriram que alguns <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121394-acredite-e-possivel-criar-novos-neuronios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neurônios</a> ajustam suas representações espaciais para antecipar futuras navegações. Ao treinar ratos para correr em uma pista elevada, os cientistas observaram que os campos de localização dos neurônios se ajustavam para refletir uma nova compreensão espacial.Essa adaptação exige um rastreamento detalhado da atividade neuronal durante o descanso. Usando técnicas avançadas de aprendizado de máquina, os pesquisadores puderam mapear a atividade dos neurônios e prever onde os ratos "sonhavam" estar. Esse avanço permitiu uma compreensão mais profunda de como o cérebro processa e armazena novas informações durante o sono.Além disso, os pesquisadores descobriram que, enquanto os ratos dormiam, seus cérebros ajustavam as representações espaciais de maneira a antecipar a navegação em novas rotas no futuro. Quando os ratos eram expostos ao mesmo ambiente pela segunda vez, suas respostas neurais indicavam que o cérebro havia aprendido algo novo durante o sono. Isso sugere que o cérebro ensaia possíveis futuros cenários enquanto dormimos, ajustando suas redes neurais para enfrentar desafios futuros.Essas descobertas oferecem uma visão revolucionária sobre o papel do repouso na aprendizagem e na memória. Durante o sono, o cérebro não apenas revisita e consolida experiências passadas, mas também se prepara para futuras interações com o ambiente, demonstrando uma capacidade impressionante de prever o futuro. O estudo abre novas possibilidades para entender a complexidade da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128188-o-mito-da-neuroplasticidade-a-verdade-por-tras-da-adaptabilidade-cerebral.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neuroplasticidade</a> e o poder do sono no desenvolvimento cognitivo.

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Cérebro tenta prever o futuro durante o sono

O cérebro humano pode armazenar mais informações do que se pensava anteriormente, de acordo com um estudo recente.

Utilizando um método inovador para medir a força das sinapses, cientistas descobriram que a capacidade de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/como-o-cerebro-decide-quais-lembrancas-manter-na-mente" rel="noopener noreferrer" target="_blank">armazenamento do cérebro</a> é muito maior do que se pensava. Liderada por Terrence Sejnowski, do Instituto Salk de Estudos Biológicos, a equipe de pesquisa também contou com a colaboração de especialistas da Universidade de Chicago e da Universidade de Cardiff.Essa descoberta, publicada na revista Neural Computation, oferece informações cruciais para entendermos sobre aprendizagem, memória, envelhecimento e doenças neurológicas.<h2>A capacidade de armazenamento do cérebro</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/09/09182015088005.jpg" alt="A aprendizagem e a memória dependem fundamentalmente das sinapses. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A aprendizagem e a memória dependem fundamentalmente das sinapses. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>As sinapses são fundamentais para a aprendizagem e memória, pois são os pontos onde as células cerebrais se comunicam. Historicamente, acreditava-se que as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126889-como-as-sinapses-impulsionam-nossa-mente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sinapses do cérebro</a> existiam em um número restrito de tamanhos e intensidades, o que limitava a capacidade de armazenamento de informações. No entanto, o novo estudo desafia essa suposição.Os pesquisadores usaram um método preciso para avaliar a força das sinapses no cérebro de ratos, determinado quanta informação essas conexões podem armazenar. O estudo revelou que a plasticidade sináptica — a capacidade das sinapses de se fortalecerem ou enfraquecerem — é muito mais precisa do que se pensava, permitindo uma maior capacidade de armazenamento de informações.<h2>Metodologia e descobertas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/09/09184646388006.jpg" alt="O estudo sugere que há mais capacidade de armazenamento no cérebro do que se pensava. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O estudo sugere que há mais capacidade de armazenamento no cérebro do que se pensava. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os cientistas aplicaram a teoria da informação para medir a força sináptica e a plasticidade, uma abordagem matemática que permitiu quantificar a quantidade de informação transmitida pelas sinapses, considerando o "ruído de fundo" cerebral. A análise concentrou-se no hipocampo de ratos, vital para a aprendizagem e memória, mostrando que pares de sinapses ativados por sinais cerebrais semelhantes se fortaleciam ou enfraqueciam de maneira precisa e idêntica, indicando alta precisão na modulação da força sináptica.Esses estudos revelaram que cada sinapse do hipocampo de um rato é capaz de armazenar entre 4,1 e 4,6 bits de informação, sugerindo uma notável capacidade de armazenamento cerebral. Ao extrapolar essa capacidade para o cérebro humano, com mais de 100 trilhões de sinapses, é possível inferir que o cérebro pode armazenar pelo menos 1 petabyte de informação, equivalente aos dados contidos em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/90530-cerebro-humano-teria-capacidade-para-armazenar-a-internet-inteira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">toda a Internet</a>. &nbsp;O estudo não apenas amplia nosso conhecimento sobre memória e aprendizagem, mas também traz novas perspectivas de pesquisa, especialmente em relação ao envelhecimento e doenças neurológicas, como o Alzheimer, onde sinapses enfraquecidas prejudicam a capacidade de armazenamento e recuperação de informações. Além disso, o método utilizado pelos pesquisadores possibilita comparações entre áreas cerebrais saudáveis e afetadas, abrindo caminho para uma análise mais aprofundada do papel das sinapses na função cognitiva e nas consequências de sua deterioração na memória e na aprendizagem.

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Cérebro humano pode armazenar 10 vezes mais informações do que se imaginava

novo estudo revela que a amplitude do som desempenha um papel crucial na forma como nosso cérebro distingue entre música e fala. 

Como o cérebro distingue música de fala? Esta questão intrigou cientistas por décadas, mas uma pesquisa recente revelou que o sistema auditivo humano usa parâmetros acústicos simples para diferenciar esses sons, abrindo novas possibilidades terapêuticas para <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128061-psicodelicos-podem-ser-a-solucao-para-os-disturbios-alimentares.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">diversos distúrbios</a> de linguagem.Apesar de suas diferenças aparentes – com a música variando em tom, timbre e textura sonora, e a fala caracterizada por sua fluidez e ritmo – a distinção entre os dois é feita pelo cérebro de forma surpreendentemente básica.&nbsp;Cientistas da Universidade de Nova Iorque revelaram que a principal diferença está na taxa de modulação de amplitude, ou seja, como o volume do som muda ao longo do tempo. A música tende a ter uma modulação mais lenta e constante, enquanto a fala apresenta uma modulação mais rápida e irregular.<h2 style="text-align:justify;">O estudo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/05/05202344462023.jpg" alt="Sons com maior amplitude são entendidos como fala. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Sons com maior amplitude são entendidos como fala. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os pesquisadores utilizaram a unidade de medida Hertz (Hz) para avaliar essas taxas. Sons mais lentos, como uma música com batida de 1,6 Hz, soam mais como música para nossos ouvidos. Em contraste, a fala ocorre geralmente a uma taxa de 4-5 Hz, duas a três vezes mais rápida do que muitos ritmos musicais.Para aprofundar essa compreensão, mais de 300 participantes foram submetidos a quatro <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125530-os-4-experimentos-psicologicos-mais-perturbadores-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">experimentos distintos</a>. Eles ouviram segmentos de áudio sintetizados que mimetizavam características de música e fala, com diferentes velocidades e regularidades de modulação de amplitude.&nbsp;Os clipes de áudio eram deliberadamente ambíguos, contendo apenas pistas sobre volume e velocidade. Os participantes então classificaram esses sons como música ou fala, baseado apenas nessas características.Os resultados foram reveladores: clipes com taxas mais lentas, ou seja, com menos de 2 Hz, e modulações mais regulares foram geralmente classificados como música, enquanto aqueles com taxas mais rápidas — acima de 4 Hz — e modulações irregulares foram percebidos como fala.&nbsp;Essa distinção é similar ao fenômeno da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/pareidolia-auditiva-o-que-e-o-fenomeno-que-nos-faz-ouvir-vozes" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pareidolia</a> (onde vemos rostos felizes em tomadas ou escutamos chamar nosso nome em meio a ruídos), que é quando o nosso cérebro usa pistas simples para identificar formas complexas. Assim, até mesmo um clipe de ruído branco, com as características certas, pode ser percebido como música ou fala.<h2 style="text-align:justify;">Mas por que saber disso?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/05/05202547797024.jpg" alt="É preciso descobrir novas formas de tratar doenças como a afasia, que acomete o ator Bruce Willis. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>É preciso descobrir novas formas de tratar doenças como a afasia, que acomete o ator Bruce Willis. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Essas descobertas têm implicações importantes para o tratamento de diversas doenças, como é o caso da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121512-afasia-entenda-a-doenca-que-afeta-o-ator-bruce-willis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">afasia</a>, um distúrbio de linguagem que afeta milhares de pessoas anualmente, inclusive o ator norte-americano Bruce Willis.&nbsp;A terapia de entonação melódica, por exemplo, já utiliza a música para ajudar pacientes com afasia a recuperar a capacidade de falar, aproveitando seus mecanismos musicais intactos.&nbsp;Por isso, compreender melhor como o cérebro distingue música de fala pode levar a programas de reabilitação mais eficazes, beneficiando não apenas pacientes com afasia, mas também aqueles com outros distúrbios auditivos ou de linguagem.Em suma, a capacidade do cérebro de diferenciar entre música e fala baseia-se em parâmetros acústicos básicos, como a taxa e a regularidade da modulação de amplitude. Esta compreensão não apenas revela mais sobre como processamos o som, mas também abre novas possibilidades terapêuticas, trazendo esperança e novas ferramentas para aqueles que lutam contra distúrbios de comunicação.

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Música ou fala? Como o cérebro distingue uma coisa da outra?

Fobia envolve ansiedade sobre o resultado do corte e faz pessoas até deixarem o cabelo crescer por anos.

Cortar o cabelo é uma atividade cotidiana e normalizada na sociedade, mas um grupo de pessoas tenta ao máximo evitar a ida a um cabeleireiro, barbeiro ou salão de beleza. O motivo não tem nada a ver com a estética: trata-se de um medo genuíno e documentado.O nome dessa aversão é tonsurafobia&nbsp;e envolve um comportamento ansioso, de irritação ou até desespero só ao pensar na ideia de sair de casa para cortar o cabelo. Em alguns casos, isso se manifesta apenas com a pessoa já sentada na cadeira do estabelecimento.<h2>O que é e quais os sintomas da tonsurafobia</h2>A palavra tonsura&nbsp;vem do latim e significa corte ou tosa de cabelo, ou barba. Esse é também o nome do penteado tradicional e ritualístico de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123375-o-que-sao-as-ordens-medicantes-da-igreja-catolica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">monges de diversas ordens católicas</a>, em que a coroa da cabeça do religioso é raspada.O medo do corte de cabelo envolve uma série de pensamentos relacionados ao ato de ir ao cabeleireiro. Eles variam conforme o caso, mas compartilham em comum receios em relação ao resultado.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/25/25170005475003.jpg" alt="O medo envolve acredita que o resultado não será o esperado"><figcaption>O medo envolve acredita que o resultado não será o esperado. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Quem sofre de tonsurafobia tem medo de que o corte fique ruim e vire motivo de piadas, de que o cabelo fique curto demais ou até que não volte a crescer na mesma proporção anterior. Há relatos também do medo dos instrumentos usados pelos profissionais da área, como lâminas e tesouras, e irritação por ter o cabelo tocado por um desconhecido.Sites que reúnem fobias específicas e suas características apontam que esse medo faz com que a pessoa chore, trema ou grite pensando na ideia do corte.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124219-pogonofobia-conheca-o-curioso-medo-de-barbas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pogonofobia: conheça o curioso medo de barbas</a></li></ul>Como resultado, quem sofre desse medo tende a deixar cabelo, barba ou pelos do corpo no geral crescerem o máximo possível.<h2>Como evitar a tonsurafobia?</h2>Já são vários os medos pouco convencionais ou curiosos documentados pela ciência. Alguns dos mais famosos dessa lista incluem a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127930-novo-estudo-tenta-explicar-a-coulrofobia-o-medo-irracional-de-palhacos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coulrofobia</a>, que é a aversão a palhaços, ou até a moderna <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124671-nomofobia-entenda-o-medo-de-ficar-sem-celular.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nomofobia</a>, que é o medo de ficar sem o telefone celular.A tonsurafobia é outra característica que recebeu mais visibilidade na era digital. Em fóruns e redes sociais como o Reddit, são vários os relatos de pessoas que se identificam com esse medo e encontram outros casos parecidos.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128322-por-que-algumas-criancas-sentem-medo-do-papai-noel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que tantas crianças sentem medo do Papai Noel?</a></li></ul>Até por isso, conversar sobre o assunto por quem também sofre dessa fobia e já superou o medo pode ajudar no processo de cura. Tratar do tema em terapia também é altamente indicado para examinar a raiz do sentimento, que pode envolver um corte mal sucedido ou traumático na infância.&nbsp;Além disso, ele pode ser apenas um derivado de outra condição, como ansiedade ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118675-5-pessoas-famosas-que-sofrem-de-agorafobia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">agorafobia</a>, que é o pânico relacionado a situações desconhecidas, incomuns e de pressão.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/25/25170122471004.jpg" alt="Crianças costumam ter tonsurafobia com maior frequência."><figcaption>Crianças costumam ter tonsurafobia com maior frequência. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Como a tonsurafobia costuma se originar mais frequentemente em crianças, tentar transformar o corte em algo divertido para os clientes mais jovens é uma tarefa para os responsáveis ou o cabeleireiro.&nbsp;No caso de pessoas mais velhas, cortar o cabelo com alguém de confiança e em volumes pequenos a cada sessão ajuda a reduzir o medo de forma gradativa.

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Tonsurafobia: como é o medo de cortar o cabelo?

A resposta aparentemente é sim, mas o assunto ainda é um enigma e pode ter um papel crucial em doenças neurológicas.

Apesar de sabermos que vivemos em constante comensalismo com pequenos seres celulares que habitam nosso corpo, sempre pensamos em nosso cérebro como algo sagrado, imaculado e livre de bactérias e outros pequenos invasores, mas aparentemente, podemos estar errados.Um estudo apontou para a possibilidade do nosso cérebro também possuir uma colonização própria. Em geral, a especulação sobre o tema ocorreu em 2013, e foi publicada revista Plos One, mas não pareceu gerar tanta comoção.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/28/28102922054071.jpg" alt="Nosso cérebro é um órgão muito sensível a mudanças, será que realmente ele suportaria ser colonizado? (GettyImages/Reprodução))"><figcaption>Nosso cérebro é um órgão muito sensível a mudanças, será que realmente ele suportaria ser colonizado? (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A ideia de que nosso órgão de maior prestígio possa estar colonizado por um microbioma específico parece aterradora para alguns especialistas, pois nosso corpo possui todo um "<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120312-exposicao-a-sujeira-aumenta-nossa-imunidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sistema de proteção anti-malware</a>".A barreira hematoencefálica é responsável por regular o que entra em nosso sistema nervoso central, fazendo uma filtragem do sangue e das possíveis toxinas, hormônios ou ainda de microrganismos. Mas talvez ela não seja tão eficiente.<h2 style="text-align:justify;">Uma colônia cerebral</h2>Conforme o estudo, foi realizando um extenso sequenciamento genético da análise de culturas de amostras cerebrais de pessoas com HIV, em comparação com amostras de pessoas sem a doença.&nbsp;O resultado apontou a presença de 173 linhagens de bactérias e fagos. O que indicaria a presença de microrganismos povoando e formando um <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124390-o-que-sao-doencas-neurogeneticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">microbioma instável e patológico no cérebro</a>.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/28/28104605712096.jpg" alt="Fagos são vírus capazes de colonizar e destruir bactérias. (Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>Fagos são vírus capazes de colonizar e destruir bactérias. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Para os pesquisadores, a barreira hematoencefálica pode se tornar mais permeável em decorrência de algumas doenças e conforme a idade avança, propiciando a entrada de novos vetores, capazes gerar desequilíbrio nas relações já existente no sistema nervoso central.Comprovar que de fato já existem organismos não estéreis atuando no nosso cérebro é algo bastante trabalhoso e difícil de concluir, pois o menor contato de líquido cefalorraquidiano ou mesmos a exposição de amostras do encéfalo ao ar ambiente, podem gerar contaminação.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/28/28105215066103.jpg" alt="O que está vivendo no seu cérebro? (Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>O que está vivendo no seu cérebro? (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>É sabido que algumas infecções orais são capazes de romper a barreira e gerar infecções cerebrais. <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/255005-estudo-sugere-bacteria-que-ataca-boca-ligada-alzheimer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Estudos já apontaram</a>&nbsp;alguma relação entre higiene bucal e o desencadeamento de doenças neurodegenerativas.Mas os mecanismos de infecção e como essa invasão ao sistema nervoso central ocorrem ainda não são bem conhecidos. Há também a dúvida se de fato a infecção é a causa primária para o desenvolvimento dessas doenças.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/28/28110039565107.jpg" alt="Doenças periodontais poderiam mesmo desencadear doenças como Parkinson ou Alzheimer? (Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>oenças periodontais poderiam mesmo desencadear doenças como Parkinson ou Alzheimer? (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Compreender como essa invasão e colonização patológica ocorre, alterando possivelmente o equilíbrio do nosso sistema nervoso central poderia ser a chave para compreender fatores de desenvolvimento de doenças demenciais, e até mesmo autoimunes, que afetam nosso cérebro.Ainda que a discussão seja válida, os resultados do estudo supracitado devem ser observados com cautela, pois ainda não houve uma revisão sistemática e controlada que apontem resultados similares.

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Existe microbioma cerebral? E se sim, qual é sua função exatamente?

Pesquisadores especulam que pesadelos podem ser um sistema de alerta precoce para o aparecimento de doenças autoimunes no cérebro.

Um novo estudo liderado por pesquisadores da Universidade de Cambridge descobriu que <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123089-muitos-pesadelos-isso-pode-ser-sinal-de-futura-demencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pesadelos</a>&nbsp;são um dos sinais mais comuns e precoces de um surto de lúpus. Para o levantamento de dados, os investigadores entrevistaram 676 pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES). Desse grupo, um terço relatou ter sonhos interrompidos no ano anterior ao surgimento da doença.As descobertas somam-se aos relatos de que sonhos estão, de alguma forma, interligados ao sistema imunológico. Em comunicado oficial, o neurologista e autor do estudo, Guy Leschziner, disse que ainda há muito sobre as alterações nos sonhos para se desvendar em relação a alterações na saúde física, neurológica e mental.<h2>Indicador de pesadelos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/26/26194513761005.jpg" alt="Estudo é a primeira evidência de como pesadelos podem ajudar a monitorar doenças autoimunes. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Estudo é a primeira evidência de como pesadelos podem ajudar a monitorar doenças autoimunes. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>"Esta é a primeira evidência de que os pesadelos também podem nos ajudar a monitorar uma doença autoimune tão grave como o <a href="https://www.megacurioso.com.br/produto/128721-descoberta-nova-mutacao-genetica-que-pode-causar-o-lupus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lúpus</a>, e é um alerta importante para pacientes e médicos de que os sintomas do sono podem nos informar sobre uma recaída iminente", disse Leschziner. O LES, como também é chamado o lúpus, é uma doença autoimune de causa desconhecida — que normalmente começa entre os 15 e 45 anos.&nbsp;De poucos em poucos anos, essa doença desencadeia crises intermitentes de dores nas articulações, febre, dor no peito, fadiga ou perda de cabelo. Um dos casos mais famosos conhecidos atualmente é o da artista e cantora Selena Gomez. Nem todas as pessoas com LES desenvolvem sintomas neuropsiquiátricos durante os períodos de crise.Porém, para os cerca dos 40% dos pacientes que sofrem com esse problema, o diagnóstico e o tratamento são desafiadores. Isso ocorre porque os sintomas da doença, como pesadelos e alucinações, são subjetivos, o que faz com que muitos pacientes hesitem em discuti-los.<h2>Indícios de doença autoimune;</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/26/26194826903007.jpg" alt="Pesquisadores esperam que médicos possam usar pesadelos para realizar diagnósticos no futuro. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Pesquisadores esperam que médicos possam usar pesadelos para realizar diagnósticos no futuro. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Segundo os pesquisadores, pessoas com doenças autoimunes no cérebro costumam ter sonhos bastante vívidos com carga emocional, mas esses sintomas passam desapercebidos. Recentemente, outros estudos mostraram que muitos pacientes que desenvolvem a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123261-6-fatos-sobre-a-doenca-de-parkinson-que-voce-nao-conhece.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doença de Parkinson</a>, por exemplo, são assolados por pesadelos até uma década antes do diagnóstico.Esses "sonhos" negativos também são potencialmente indicadores de demência, uma vez que esse também é um problema ligado ao sistema imunológico. Agora, o mesmo parece ser verdade para os casos de lúpus. A pesquisa on-line descobriu que mais de 60% dos entrevistados relataram sonhos noturnos cada vez mais interrompidos.Dados desse tipo apoiam observações clínicas recentes feitas por outro estudo do Kings College London, que observou que perguntar aos pacientes com lúpus sobre pesadelos "desencadeava respostas surpreendentes". A pesquisa fornece dados para que mais médicos perguntem aos seus pacientes sobre pesadelos e outros sintomas neuropsiquiátricos.A equipe também entrevistou médicos sobre suas compreensões a respeito da doença. A maioria dos entrevistados se demonstrou aberta a perguntar aos pacientes sobre seus pesadelos para possivelmente detectar e tratar crises precocemente.&nbsp;

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O que os pesadelos podem ter a ver com doenças autoimunes?

Apesar de soar negativo, o "d-lay" não é algo totalmente ruim. Saiba mais sobre ele acontece em pessoas com alto QI

O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124398-cerebros-humanos-vem-diminuindo-de-tamanho-ha-3-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a> de pessoas com alto QI funciona de uma forma diferente das pessoas tidas como "comuns". &nbsp;Entretanto, diferente do que muitos imaginam, não são todos os processos que contribuem para uma resposta mais rápida, como o que é conhecido como "d-lay".<h2>O que é o d-lay?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/21/21165218335119.jpg" alt="O d-lay é uma característica vista em pessoas com alto valor de QI, afetando a capacidade de raciocínio. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O "d-lay" é uma característica vista em pessoas com alto valor de QI, afetando a capacidade de raciocínio. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Tal como quando falamos em delay, o "d-lay" é um atraso de resposta no cérebro. Esse fenômeno foi analisado pelo novo estudo "Possíveis razões para o "d-lay" específico em pessoas de alto QI", publicado na revista científica “Veritas de Difusão Científica”.O artigo foi produzido pela cirurgiã plástica Dra. Elodia Ávila, em parceria com Luíza Oliveira, estudante da faculdade mineira de direito da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, e Dr. Fabiano de Abreu Agrela, Pós PhD em neurociências."O 'd-lay' é o processo que ocorre quando o cérebro leva um tempo a mais que o considerado normal para pensar e elaborar uma resposta. Isso acontece com frequência em pessoas com Alto QI, mas não significa que seja um ponto negativo", explica Elodia."É um intervalo maior para pensar bem antes de responder. O termo vem de delay, que é a diferença entre o sinal e a resposta, mas o 'd-lay' é algo específico em pessoas muito inteligentes", continua a doutora, que possui 141 pontos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/8-sociedades-de-alto-qi-que-se-destacam-no-mundo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">QI</a>.<h2>Atraso na resposta não é ponto negativo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/21/21165346221120.jpg" alt="Apesar de soa negativo, o d-lay não é algo totalmente ruim. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>pesar de soa negativo, o "d-lay" não é algo totalmente ruim. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Segundo Elodia, o maior tempo para a resposta é necessário para que o cérebro processe mais variáveis de forma mais eficiente.“Existem teorias para o porquê desse maior tempo de resposta em pessoas com inteligência acima da média. Porém, o que pode parecer à primeira vista um problema, é, na verdade, uma estratégia para permitir ao cérebro um maior tempo para analisar variáveis, realizar raciocínios mais complexos e elaborar uma resposta mais profunda, tudo com um melhor uso de energia”, comenta a pesquisadora.“Analisando bem é um processo lógico, pois para produzir raciocínios mais complexos, é preciso de um tempo maior”, explica Dra. Elodia Ávila.

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"D-lay": entenda o atraso na resposta de pessoas com alto QI

Método associa tipos de doença de Alzheimer à taxa de declínio cognitivo, e pode ser um avanço nas pesquisas sobre a doença

A tecnologia tem se mostrado uma grande aliada da área da saúde no que diz respeito à detecção de doenças. Um estudo divulgado recentemente na revista JAMA Neurology, por exemplo, revelou que cientistas estão usando ferramentas 3D para detectar tipos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128751-alzheimer-pode-ser-transmissivel-em-condicoes-rarissimas-revela-estudo.htm]" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alzheimer</a>.A descoberta foi feita pelos pesquisadores da Mayo Clinic utilizando uma ferramenta de índice corticolímbico, que recolhe dados 3D de várias áreas do cérebro afetadas pela doença. Isso permite que profissionais da saúde e pesquisadores obtenham uma melhor compreensão sobre as diferenças nas experiências das pessoas Alzheimer.<h2>Como a ferramenta funciona?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/21/21000536894002.jpg" alt="Estudo utiliza ferramentas 3D para identificar tipos de Alzheimer em pacientes. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Estudo utiliza ferramentas 3D para identificar tipos de Alzheimer em pacientes. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A ferramenta classifica os casos da doença de Alzheimer em três subtipos, segundo a localização das alterações cerebrais. Dessa forma, descobrir a patologia microscópica da doença pode ajudar os pesquisadores a identificar biomarcadores. Estes, por sua vez, podem impactar os futuros tratamentos e cuidados com os pacientes."Nossa equipe encontrou diferenças demográficas e clínicas notáveis entre sexo, idade no início dos sintomas e taxa de declínio cognitivo", diz a autora sênior Ph.D. Melissa E. Murray, neuropatologista translacional na Mayo Clinic da Flórida.&nbsp;<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/126899-6-sintomas-de-alzheimer-que-as-pessoas-nao-conhecem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 sintomas de Alzheimer que as pessoas não conhecem</a></li></ul>A equipe analisou amostras de tecido cerebral de um grupo multiétnico de quase 1.400 pacientes com doença de Alzheimer, doados entre 1991 e 2020. As amostras estão armazenadas no Banco de Cérebros da Mayo Clinic, derivado de uma parceria com a Iniciativa para a Doença de Alzheimer do estado da Flórida.&nbsp;A população da amostra incluiu asiáticos, negros/afro-americanos, hispânicos/latino-americanos, nativos americanos e brancos não hispânicos. Eles receberam os cuidados em clínicas de distúrbios de memória na Flórida e doaram seus cérebros para a pesquisa.<h2>Colhendo os resultados</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/21/21000628530003.jpg" alt="Tecnologia pode ser uma aliada para aqueles que sofrem com os problemas do Alzheimer. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Tecnologia pode ser uma aliada para aqueles que sofrem com os problemas do Alzheimer. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Para verificar o valor clínico da ferramenta, os pesquisadores investigaram ainda mais os participantes submetidos a neuroimagem enquanto estavam vivos. Os pesquisadores descobriram que os resultados do índice corticolímbico eram condizentes às alterações detectadas pela ressonância magnética (RM), bem como as alterações no córtex detectadas pela tomografia por emissão de pósitrons Tau (Tau-PET)."Ao combinar nossa experiência nas áreas de neuropatologia, bioestatística, neurociência, neuroimagem e neurologia para abordar a doença de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274889-alzheimer-luz-sol-simulada-reduzir-sintomas-doenca-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alzheimer</a> de todos os ângulos, fizemos avanços significativos na compreensão de como ela afeta o cérebro", explica a Dra. Murray.&nbsp;"O índice corticolímbico é um escore que pode incentivar uma mudança de paradigma em direção à compreensão da individualidade dessa doença complexa e ampliar nossa perspectiva. Este estudo marca um passo significativo em direção aos cuidados personalizados, oferecendo esperança para terapias futuras mais eficazes", conclui a pesquisadora.

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Cientistas identificam tipos de Alzheimer usando ferramentas 3D

Descubra como a falta de um diálogo interno constante pode influenciar significativamente a capacidade de lembrar palavras e encontrar rimas.

Acredita-se amplamente que a maioria das pessoas mantém um diálogo interno contínuo em suas mentes, uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123723-sera-que-todo-mundo-tem-uma-voz-na-cabeca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">voz interior</a> que desempenha um papel crucial na vida cotidiana. No entanto, pesquisas revelam que entre 5 a 10% da população não vivenciam essa experiência de forma consistente.As pessoas que não têm voz interior, recentemente denominada de anendophasia, enfrentam desafios específicos relacionados à memória verbal e outras habilidades cognitivas. É o que diz um estudo pioneiro, publicado na revista científica Psychological Science, e conduzido pelos pesquisadores Johanne Nedergård, da Universidade de Copenhague, e Gary Lupyan, da Universidade de Wisconsin-Madison.<h2>Dificuldades na memória verbal</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/17/17093906239042.jpg" alt="Memória verbal. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Memória verbal. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Nedergård e Lupyan conduziram uma série de experimentos com participantes divididos em dois grupos distintos: aqueles com ausência de voz interior e aqueles com uma voz interior mais ativa. Os participantes foram submetidos a diferentes tarefas de memória verbal.No primeiro experimento, eles foram desafiados a lembrar palavras com grafias ou sons semelhantes, como "comprado", "capturado", "tenso" e "verruga". Os resultados revelaram que os "anendofásicos" tiveram um desempenho significativamente inferior nessa tarefa, indicando dificuldade em associar e memorizar palavras sem uma repetição mental interna eficaz.Em outro experimento, os participantes foram solicitados a identificar rimas em pares de palavras. Novamente, os indivíduos sem voz interior demonstraram menor habilidade na identificação de rimas, sugerindo desafios no processamento fonético interno necessário para essa tarefa de memória verbal.Esses achados sugerem que a falta de uma voz interior prejudica a capacidade dos indivíduos de associar e comparar sons entre palavras, impactando negativamente o desempenho em tarefas que exigem processamento fonético e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122287-e-possivel-pensar-sem-usar-linguagem.htm?f" rel="noopener noreferrer" target="_blank">memorização verbal</a>.<h2>Estratégias alternativas e implicações comportamentais</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/17/17093956301044.jpg" alt="A mente humana ainda está sendo estudada. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>"Anendofásicos" desenvolvem estratégias únicas para pensar. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Os estudos também destacaram que pessoas com anendophasia desenvolvem estratégias alternativas para compensar a falta de diálogo interno em tarefas específicas. Por exemplo, alguns participantes relataram utilizar métodos táteis, como bater com o dedo, para diferenciar tipos de tarefas ou encontrar soluções para desafios cognitivos. Essas adaptações sugerem que a ausência de voz interior pode levar à adoção de abordagens não convencionais para lidar com demandas cognitivas.As implicações comportamentais dessa condição ainda não estão completamente compreendidas, mas os resultados preliminares indicam que a falta de monólogo interno pode afetar seletivamente certos aspectos da memória e do processamento verbal. Essas descobertas têm o potencial de influenciar áreas como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124414-7-abordagens-da-psicologia-e-suas-diferencas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">terapia cognitivo-comportamental</a>, onde padrões de pensamento e linguagem interna desempenham um papel crucial no tratamento de distúrbios mentais.Embora ainda haja muito a explorar sobre as implicações práticas dessa condição, os estudos iniciais oferecem informações valiosas sobre como a ausência de diálogo interno pode moldar o processamento da linguagem e o desempenho em tarefas verbais. Esse campo emergente da psicologia cognitiva está abrindo caminho para pesquisas futuras e potencialmente transformadoras no entendimento da mente humana e suas capacidades linguísticas.

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Você tem uma “voz interna” na sua cabeça? Pois isso pode ser bom para a memória

Entenda o que acontece no seu cérebro que faz com que você fique tanto tempo mexendo no celular.

Uma experiência moderna compartilhada por quase todo mundo pode ser descrita assim: você está um pouco à toa e resolve começar a mexer no seu&nbsp;smartphone. Entra em uma rede social e fica rolando até a tela para baixo, em busca de algo interessante para ver. Quando se dá conta, uma hora já se passou, embora sua ideia fosse só "dar uma olhadinha".Se isso soou familiar a você, saiba que não está sozinho, pois tem acontecido com todo mundo. E a explicação este fenômeno está no funcionamento do seu cérebro.<h2>A importância do design das redes sociais</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/15/15185020877331.jpg" alt="A rede social que você usa foi desenhada para que você nunca saia dela. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>A rede social que você usa foi desenhada para que você nunca saia dela. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Talvez você não tenha notado, mas o design das redes sociais e plataformas que usamos foi mudando de acordo com o tempo. Desde o surgimento dos blogs (em que os conteúdos mais novos ficavam sempre no topo), as interfaces foram sendo estudadas e alteradas para gerar cada vez mais engajamento.Algumas das redes sociais mais viciantes (como Instagram e TikTok) funcionam por meio de uma barra de rolagem infinita que sempre vai entregando conteúdos novos definidos por algoritmos. Isso não é por acaso.Éilish Duke, professora de psicologia na Universidade Leeds Beckett, no Reino Unido, afirma que o impulso de ficar rolando a tela sem parar se torna automático. "Em uma pesquisa que fizemos há alguns anos, descobrimos que os participantes achavam que verificavam seus telefones a cada 18 minutos, mas quando usamos gravadores de tela, percebemos que, na verdade, eles verificavam (o celular) com muito mais frequência", declarou em reportagem da BBC.Assim, o nosso hábito constante de mexer na tela é uma união de funções do nosso cérebro com um design sofisticado. O que experimentamos é uma reação nos centros neurais do cérebro ligados ao prazer, semelhante ao que acontece durante o sexo ou no consumo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124397-5-drogas-recreativas-comumente-usadas-na-antiguidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">drogas</a>. "(Nossos cérebros) estão buscando aquela novidade, aquela próxima dose de prazer, seja lá o que for que possamos realmente desfrutar", explica Duke.Deste modo, é possível dizer o que mecanismo é parecido com o de um vício como o de álcool: ficamos esperando que a sensação se repita. "Para muitos de nós, essa novidade vem na forma do nosso telefone", arremata a professora.<h2 dir="ltr">Como lidar com o vício em celular?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/15/15184659730329.jpg" alt="Práticas simples podem ajudar a combater o vício no celular. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Práticas simples podem ajudar a combater o vício no celular. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>De acordo com a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119771-6-funcoes-de-um-psicologo-que-voce-provavelmente-nao-conhecia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">psicologia</a>, segundo Éilish Duke, o que acontece quando rolamos a tela de celular é que entramos num estado de fluxo, que significa um estado mental em que a nossa dificuldade para executar uma tarefa se ajusta ao nível de atenção e habilidade que temos para oferecer neste determinado momento.Aos poucos, nosso cérebro vai sendo "treinado" para isso, levando à dependência. Embora não haja ainda uma categorização psiquiátrica oficial, a medicina já começa a discutir a possibilidade do diagnóstico de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122979-videogame-vicio-de-jovens-brasileiros-esta-acima-da-media-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vício</a>."Nos baseamos nos critérios clássicos de diagnóstico de dependências, como de que existe um impulso incontrolável ou que o comportamento está tendo um impacto funcional negativo no resto da vida da pessoa; por exemplo, que ela está deixando de fazer as coisas que precisa fazer no dia a dia ou apresenta sintomas de abstinência", explica Duke.Por isso, caso você sinta que está adquirindo essa compulsão e não consegue parar de rolar a tela do celular, há algumas orientações. Segundo a professora Ariane Ling, do departamento de psiquiatria do NYU Langone Health, nos Estados Unidos, é preciso condicionar aos poucos o cérebro para se afastar do celular.Uma dica é criar certos rituais para se afastar do smartphone. Ela sugere, por exemplo, hábitos simples, como ir fazer exercícios sem levar o celular junto. "Sempre que você puder deixar o telefone (em casa) e dar um tempo, seja para uma dar uma caminhada ou para ir à academia, é excelente", concorda Duke.Para as pesquisadoras, isso ajuda o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/como-o-cerebro-decide-quais-lembrancas-manter-na-mente" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a> a voltar a se acostumar a não usar o aparelho. Outros hábitos são também úteis, como criar a regra de não usar o celular na mesa quando estiver com amigos."Se você puder reservar períodos de tempo em que não vai usar o telefone — mas, sim, se concentrar em uma tarefa ou apenas estar presente com os amigos – é uma boa ideia", afirma Duke.Outra sugestão dada pelas pesquisadoras é usar relógio de pulso, ao invés de olhar as horas no celular. "Em um dos estudos que fizemos há alguns anos, vimos uma grande diferença entre as pessoas que usavam relógios normais, e aquelas que usavam o celular para ver a hora", compartilha Duke. Pegar o celular para ver as horas é se colocar na situação de "risco" de, mais uma vez, começar a navegar nas redes.

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