Imagem de O que leva uma mulher a trabalhar com prostituição? A psicologia explica no megacurioso

O psicólogo Breno Rosostolato explica os motivos ocultos por trás de uma garota de programa e as necessidades que o homem sente de recorrer a esse serviço

Todo mundo j&aacute; est&aacute; careca de saber que a prostitui&ccedil;&atilde;o &eacute; uma das profiss&otilde;es mais antigas do mundo &mdash; temos que concordar que, se ela era popular desde a Idade M&eacute;dia e persiste at&eacute; hoje em tempos de crise, &eacute; porque existe um &oacute;timo motivo para isso. Mas, afinal, que motivos levam uma mulher a trabalhar como garota de programa? Enquanto alguns tentam buscar respostas no &acirc;mbito social e financeiro, n&atilde;o podemos nos esquecer do aspecto psicol&oacute;gico.
&ldquo;Tratando-se de sexo, desejo, prazer e tabu, a prostitui&ccedil;&atilde;o segue, mesmo diante de tantas metamorfoses sexuais, com os pr&oacute;prios neg&oacute;cios em ascens&atilde;o. Ali&aacute;s, diga-se de passagem, a prostituta &eacute; um personagem muito antigo na hist&oacute;ria da sociedade. Na Antiguidade, eram tratadas com respeito e faziam sexo com os sacerdotes, o que era considerado um ato de celebra&ccedil;&atilde;o aos deuses&rdquo;, afirma Breno Rosostolato, psic&oacute;logo e especialista em educa&ccedil;&atilde;o sexual. O Mega Curioso procurou o especialista para que ele pudesse explicar alguns detalhes sobre a prostitui&ccedil;&atilde;o pelo ponto de vista da psicologia &mdash; um aspecto importante que &eacute; comumente ignorado.
Os padr&otilde;es sexuais se tornavam est&aacute;veis com a presen&ccedil;a das prostitutas
Como bem observado por Breno, mulheres vendem seus corpos desde a Idade M&eacute;dia. A atividade, naqueles tempos, sofria mais preconceito do que nos dias atuais, mas desde j&aacute; todos entendiam que a profiss&atilde;o era necess&aacute;ria para organizar os desejos da sociedade. Atrav&eacute;s da prostitui&ccedil;&atilde;o, jovens rapazes tinham sua inicia&ccedil;&atilde;o ao sexo afirmando sua masculinidade.
&ldquo;Os padr&otilde;es sexuais se tornavam est&aacute;veis com a presen&ccedil;a das prostitutas, pois a ordem e a estabilidade social aconteciam mediante a satisfa&ccedil;&atilde;o carnal. A prostitui&ccedil;&atilde;o estava instalada tanto nos bairros nobres quanto naqueles frequentados por marinheiros e camponeses. Os bord&eacute;is eram lugares terap&ecirc;uticos, nos quais homens casados, depois de uma discuss&atilde;o com a esposa ou preocupa&ccedil;&otilde;es rotineiras com a casa e com o trabalho, buscavam os servi&ccedil;os da prostituta para extravasar a raiva, a ansiedade e o conflito vivido&rdquo;, explica.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/24/24122601674120.jpg" />A prostitui&ccedil;&atilde;o &eacute; uma profiss&atilde;o antiga e popular desde a Idade M&eacute;dia
<h2>Necessidade ou escolha?</h2>
A maioria das pesquisas apontam problemas financeiros e sociais como as causas da prostitui&ccedil;&atilde;o &mdash; falta de oportunidade de emprego, conflitos familiares, necessidade emergencial de dinheiro e assim por diante. Algumas vertentes do feminismo discordam da figura da mulher que se prostitui por vontade pr&oacute;pria e culpa o machismo embutido na sociedade. Por&eacute;m, para Breno, existem outras quest&otilde;es importantes que costumam ser ignoradas.
O brasileiro, que se diz t&atilde;o cordial, se revela reacion&aacute;rio e um povo conservador e preconceituoso
&ldquo;N&atilde;o sou ing&ecirc;nuo de n&atilde;o considerar que, de fato, existe um sistema patriarcal e que sempre violentou as mulheres como objetos, mas n&atilde;o seria radical a ponto de discordar das escolhas individuais. Existem outros fatores que levam a pessoa a se prostituir que passam por uma quest&atilde;o de desejo e vontades pr&oacute;prias tamb&eacute;m, levando em considera&ccedil;&atilde;o uma pluralidade desse desejo e da sexualidade&rdquo;, comenta o especialista.
Quando questionado se &eacute; poss&iacute;vel observar um perfil psicol&oacute;gico exato entre as garotas de programa, o entrevistado nega a exist&ecirc;ncia de caracter&iacute;sticas em comum nas prostitutas da atualidade, mas ressalta que, na maioria das vezes, as mulheres t&ecirc;m entre 18 e 27 anos, possuem ensino superior, se intitulam modelos e trabalham como acompanhantes de luxo. Elas quase sempre descrevem sua profiss&atilde;o como &ldquo;algo passageiro&rdquo; e frequentam estabelecimentos com um p&uacute;blico bastante seleto.
&ldquo;Al&eacute;m disso, outros agravantes &agrave; sa&uacute;de como a depress&atilde;o e o uso de drogas s&atilde;o comuns. Fato &eacute; que o n&uacute;mero de pessoas que se prostituem aumenta porque existe demanda; logo, devemos nos atentar para este movimento social e superar hipocrisias. Afinal, o brasileiro, que se diz t&atilde;o cordial, se revela reacion&aacute;rio e um povo conservador e preconceituoso&rdquo;, diz.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/24/24122650814121.jpg" />Existe um perfil psicol&oacute;gico em comum entre quem trabalha nesse ramo?
<h2>Na mente dos clientes</h2>
Breno tamb&eacute;m &eacute; a favor da legaliza&ccedil;&atilde;o da prostitui&ccedil;&atilde;o. Para ele, &eacute; essencial que a sociedade participe de encontros, debates e confer&ecirc;ncias sobre o tema, pois, em um mundo igualit&aacute;rio e justo, &eacute; importante ouvir o que tais trabalhadoras t&ecirc;m a dizer.
&ldquo;A legalidade, al&eacute;m dos benef&iacute;cios trabalhistas como contrato de trabalho e seguridade social (incluindo aposentadoria),&nbsp;impactaria diretamente na viol&ecirc;ncia sofrida por muitas mulheres que s&atilde;o exploradas por agenciadores e aproveitadores que lucram &agrave;s custas dessas profissionais. In&uacute;meros fatores levam algu&eacute;m a se prostituir, desde necessidade de sobreviv&ecirc;ncia at&eacute; vontade e desejos pr&oacute;prios. O sofrimento se d&aacute; quando n&atilde;o reconhecemos essa profiss&atilde;o como qualquer outra. N&atilde;o olhar para a prostitui&ccedil;&atilde;o de maneira digna &eacute; violentar&rdquo;, ressalta.
A solid&atilde;o vivida por muitos homens facilita a procura pelo servi&ccedil;o da prostituta, pois o indiv&iacute;duo &eacute; cada vez mais exigido das mulheres quanto ao seu desempenho sexual
Por fim, o psic&oacute;logo falou um pouco sobre os clientes que procuram o universo da prostitui&ccedil;&atilde;o, e, acredite ou n&atilde;o, existem motivos bem interessantes por tr&aacute;s da necessidade masculina de visitar um prost&iacute;bulo. &ldquo;A solid&atilde;o vivida por muitos homens facilita a procura pelo servi&ccedil;o da prostituta, pois o indiv&iacute;duo &eacute; cada vez mais exigido das mulheres quanto ao seu desempenho sexual. Essas cobran&ccedil;as fazem com que ele se refugie com uma garota de programa, que o acolhe sem essas exig&ecirc;ncias, diminuindo o sentimento de ang&uacute;stia e frustra&ccedil;&atilde;o&rdquo;, explica o psic&oacute;logo.
&ldquo;O pagamento ainda refor&ccedil;a a falta de preocupa&ccedil;&atilde;o do homem quanto &agrave; satisfa&ccedil;&atilde;o da prostituta. O dinheiro pago o isenta de qualquer d&iacute;vida, o livrando de v&iacute;nculos; al&eacute;m disso, os homens se sentem poderosos e no controle da situa&ccedil;&atilde;o. O instinto sexual masculino e a virilidade s&atilde;o preservados e garantidos. Eles n&atilde;o se sentem questionados ou avaliados pelo que fazem ou deixam de fazer. Tudo est&aacute; pautado na individualidade e na autossufici&ecirc;ncia. &Eacute; o imediatismo da satisfa&ccedil;&atilde;o atrelada ao narcisismo, que n&atilde;o admite o descontentamento do outro&rdquo;, finaliza.
Como diria Oscar Wilde: tudo no mundo tem a ver com sexo, menos sexo. Sexo tem a ver com poder.
.....
Este texto &eacute; uma adapta&ccedil;&atilde;o de um cap&iacute;tulo de &ldquo;A grande ca&ccedil;a &agrave;s borboletas&rdquo;, livro estilo gonzo escrito pelo redator Ramon de Souza. A obra, que est&aacute; sendo desenvolvida desde 2015, aborda a prostitui&ccedil;&atilde;o e a comercializa&ccedil;&atilde;o do sexo como um todo, apresentando as experi&ecirc;ncias do pr&oacute;prio autor no universo da libertinagem comercial.&nbsp;<a href="http://www.megacurioso.com.br/restrito/?url=https://www.wattpad.com/story/84208143-a-grande-ca&ccedil;a-&agrave;s-borboletas/parts" target="_blank">Voc&ecirc; pode conferir outros cap&iacute;tulos do t&iacute;tulo atrav&eacute;s deste link, pelo Wattpad</a>.
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O que leva uma mulher a trabalhar com prostituição? A psicologia explica

Imagem de Por que um cristão heterossexual fingiu ser gay por um ano? no megacurioso

A seguir, conheça a história do norte-americano Timothy Kurek, que colocou empatia em prática de um jeito bastante diferente e corajoso

Timothy Kurek nasceu e cresceu em uma fam&iacute;lia crist&atilde; evang&eacute;lica. Estudou em escolas crist&atilde;s e se graduou em uma universidade considerada conservadora. Heterossexual, Kurek tinha uma opini&atilde;o muito bem formada a respeito da homossexualidade: para ele, a rela&ccedil;&atilde;o entre pessoas do mesmo sexo tinha origem pecaminosa e isso poderia ser curado com a ajuda da igreja.
Em 2008, por&eacute;m, uma situa&ccedil;&atilde;o espec&iacute;fica fez com que Kurek tivesse uma epifania que mudou sua vida e, especialmente, a forma como enxerga as quest&otilde;es de sexualidade e g&ecirc;nero. Em uma noite desse ano, ele estava se divertindo com um grupo de amigos em um karaok&ecirc; e conversava com uma jovem que tinha acabado de conhecer, a Liz.
A certa altura da conversa, Liz perguntou ao novo amigo: &ldquo;Como &eacute; poss&iacute;vel que voc&ecirc; seja crist&atilde;o?&rdquo;. Antes de Kurek elaborar qualquer resposta, a jovem come&ccedil;ou a contar a sua hist&oacute;ria. L&eacute;sbica, ela estava vivendo um momento particularmente dif&iacute;cil, que foi a rejei&ccedil;&atilde;o da pr&oacute;pria fam&iacute;lia, tamb&eacute;m crist&atilde;, ao saber sobre sua orienta&ccedil;&atilde;o sexual.
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O pai de Liz a deserdou assim que soube de sua orienta&ccedil;&atilde;o sexual e disse que n&atilde;o poderia dar suporte a uma filha l&eacute;sbica. A m&atilde;e falou que ela s&oacute; poderia voltar para casa quando tivesse &ldquo;curada&rdquo;. Ao ouvir a hist&oacute;ria da jovem que, a essa altura, chorava nos ombros de Kurek, tudo o que ele pensava era em encontrar uma forma de curar a homossexualidade da mo&ccedil;a. Para ele, esse era o seu papel como crist&atilde;o: ler para ela os seis trechos da B&iacute;blia que condenam as rela&ccedil;&otilde;es homossexuais.
Antes de come&ccedil;ar a falar alguma coisa a respeito da tal cura, Liz acabou indo embora e Kurek teve uma esp&eacute;cie de epifania: de repente, ele percebeu que talvez seu papel como crist&atilde;o n&atilde;o devesse ser o de propor uma cura ou citar trechos b&iacute;blicos para aquela mulher. Em vez disso, ele imaginou que ela talvez precisasse de um amigo com quem pudesse conversar, desabafar. Ela n&atilde;o precisava de cura, mas sim de aten&ccedil;&atilde;o e respeito.
&ldquo;Talvez aquela voz [que dizia para ele citar os trechos b&iacute;blicos e propor a cura] n&atilde;o fosse a de Deus. Talvez aquela voz fosse o resultado de duas d&eacute;cadas de conv&iacute;vio em uma bolha religiosa hiperconservadora&rdquo;, disse Kurek em sua apresenta&ccedil;&atilde;o no TEDx Talks.
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Assim que teve esse clique de que possivelmente Liz precisava de aten&ccedil;&atilde;o, e n&atilde;o de cura, Kurek sentiu a necessidade de entender os conflitos pelos quais a jovem estava passando. E como um heterossexual pode entender perfeitamente os conflitos pelos quais um homossexual passa? N&atilde;o tem como. E foi por isso que Kurek resolveu dizer para sua fam&iacute;lia, seus amigos e os membros da igreja que frequentava que ele era gay, mesmo n&atilde;o sendo.
Essa declara&ccedil;&atilde;o foi a forma que ele encontrou para entender como uma pessoa passa a ser vista por aqueles com os quais convive a partir do momento em que fala a respeito da pr&oacute;pria orienta&ccedil;&atilde;o sexual. Por um ano, Kurek viveu como se fosse gay: ele se revelou para as pessoas que conhecia e come&ccedil;ou a frequentar os espa&ccedil;os voltados &agrave; comunidade LGBT.
A primeira rea&ccedil;&atilde;o dos amigos, familiares e membros da igreja de Kurek, ao descobrirem que ele era gay foi um sil&ecirc;ncio absoluto: &ldquo;Da noite para o dia eu deixei de existir [para eles]&rdquo;, resumiu. A verdade &eacute; que Kurek sentiu na pele a rejei&ccedil;&atilde;o que tinha feito Liz chorar naquela noite no karaok&ecirc;. Assim como aconteceu com ela, o jovem agora via aqueles com os quais conviveu a vida inteira o tratando como se ele fosse um completo desconhecido.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/08/24/24113609289645.jpg" />Empatia: colocar-se no lugar do outro para tentar entender pelo que ele est&aacute; passando
Foi a&iacute; que ele sentiu n&atilde;o apenas o poder dos r&oacute;tulos sociais nos quais nos encaixamos, mas o medo que alguns desses r&oacute;tulos, como o de &ldquo;gay&rdquo;, podem trazer para uma pessoa e para aquelas que fazem parte da vida dela. Uma vez que foi ignorado por sua fam&iacute;lia, seus amigos e sua igreja, Kurek passou a frequentar os ambientes LGBT.
A partir da&iacute;, ele decidiu integrar times esportivos para gays, participou de projetos sociais que arrecadam dinheiro para ajudar portadores de HIV, fez parte da organiza&ccedil;&atilde;o e da parada gay e ainda conseguiu um emprego em uma cafeteria cujos frequentadores s&atilde;o homossexuais, em sua maioria.
No dia em que conseguiu o emprego, Kurek saiu do estabelecimento e acabou entrando em um karaok&ecirc;, tamb&eacute;m voltado para o p&uacute;blico LGBT. Ele disse ter entrado no estabelecimento esperando ouvir m&uacute;sicas da Madonna, da Cher ou da Lady Gaga. Em vez do estere&oacute;tipo, Kurek encontrou uma m&uacute;sica completamente diferente e que ele j&aacute; tinha ouvido antes.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/08/24/24113652002651.jpg" />
Depois de passar por duas portas duplas, Kurek se deparou com uma cena que n&atilde;o esperava: &ldquo;Nunca mais vou esquecer o que vi. No palco, um homem estava vestido com roupas de mulher, com as m&atilde;os erguidas e os olhos fechados. Eu olhei para a plateia e todos estavam fazendo exatamente a mesma coisa. E, ent&atilde;o, ela falou o refr&atilde;o e meu queixo caiu: &lsquo;Nosso Deus &eacute; um Deus maravilhoso que reina acima do c&eacute;u com sabedoria, poder e amor&rsquo;&rdquo;, contou ele.
Esse mesmo refr&atilde;o j&aacute; tinha sido ouvido por Kurek in&uacute;meras vezes na igreja que frequentava antes. Ao contr&aacute;rio do que esperava, aquele crist&atilde;o se passando por gay acabou escutando, dentro da comunidade LGBT, a mesma m&uacute;sica gospel que ouviu durante toda a sua vida na igreja onde foi educado religiosamente. &ldquo;E eu fui educado a crer que pessoas gays n&atilde;o acreditavam em Deus&rdquo;, revelou.
Essa experi&ecirc;ncia o fez confrontar mais um de seus preconceitos: gays, l&eacute;sbicas, bissexuais e transg&ecirc;neros podem, sim, ter uma f&eacute; religiosa e expressar essa f&eacute; da mesma forma que os heterossexuais fazem. &ldquo;Eu aprendi que o r&oacute;tulo &lsquo;gay&rsquo; e o r&oacute;tulo &lsquo;crist&atilde;o&rsquo; eram termos autoexcludentes&rdquo;, explicou Kurek, que se viu surpreso ao presenciar um ritual religioso dentro da pr&oacute;pria comunidade LGBT mostrando que f&eacute; independe da orienta&ccedil;&atilde;o sexual do fiel.
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Durante um ano, Kurek teve uma conviv&ecirc;ncia intensa com homossexuais e transg&ecirc;neros, de modo que foi, aos poucos, derrubando um a um seus preconceitos. Conviver com essas pessoas fez com que ele entendesse que elas eram normais, que n&atilde;o precisavam de cura, j&aacute; que orienta&ccedil;&atilde;o sexual n&atilde;o &eacute; doen&ccedil;a.
O que Kurek quer nos mostrar com tudo isso &eacute; o poder da empatia, que &eacute; o exerc&iacute;cio de se colocar no lugar do outro. Se dizer para todos que conhecia que era gay, mesmo n&atilde;o sendo, foi o exerc&iacute;cio que ele precisou fazer para respeitar homossexuais, &oacute;timo. A experi&ecirc;ncia de empatia vivida por ele acabou rendendo a publica&ccedil;&atilde;o de um livro, no qual aborda o tema de maneira mais profunda.
&Eacute; f&aacute;cil julgarmos as atitudes alheias sem saber com base no que elas s&atilde;o tomadas. Quando um julgamento &eacute; f&aacute;cil, possivelmente ele tem base em preconceitos, e n&atilde;o em informa&ccedil;&atilde;o. Se voc&ecirc; quiser conhecer mais detalhes da experi&ecirc;ncia de Kurek, assista ao v&iacute;deo acima &ndash; as legendas em portugu&ecirc;s podem ser ativadas nas configura&ccedil;&otilde;es do v&iacute;deo. Aqui no Mega n&oacute;s tamb&eacute;m j&aacute; falamos um pouco a respeito da suposta &ldquo;<a href="https://www.megacurioso.com.br/polemica/72863-voce-sabe-como-funciona-a-cura-gay.htm" target="_blank">cura gay</a>&rdquo;. Conte para a gente qual &eacute; a sua opini&atilde;o sobre o assunto.&nbsp;
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Por que um cristão heterossexual fingiu ser gay por um ano?

Imagem de Estátua de Jesus que teve cabeça arrancada ganha PIOR restauração do mundo no megacurioso

Mulher se voluntaria para restaurar estátua danificada, mas deixa a obra ainda pior

Cecilia Gimenez, a &ldquo;<a href="https://www.megacurioso.com.br/feitos-absurdos/34142--restauradora-do-ecce-homo-leiloa-quadro-no-ebay.htm" target="_blank" title="'Restauradora' do Ecce Homo leiloa quadro no eBay">pior restauradora do mundo</a>&rdquo;, acaba de ganhar uma concorrente &agrave; altura: Heather Wise. A mulher se voluntariou para refazer a cabe&ccedil;a de uma est&aacute;tua do Menino Jesus, localizada na igreja St. Anne, em Sudbury, no Canad&aacute;. A imagem teve a cabe&ccedil;a arranca h&aacute; cerca de 1 ano, e Heather achou que poderia colocar outra no lugar.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/21/21172159530788.jpg" />
Entretanto, sua obra de arte parece mais uma atrocidade: ela colocou uma cabe&ccedil;a feita de argila sobre uma est&aacute;tua branca, destoando de todo o conjunto art&iacute;stico. Mas esse &eacute; o menor dos problemas, j&aacute; que s&atilde;o as fei&ccedil;&otilde;es no novo Menino Jesus que d&atilde;o medo em qualquer pessoa. Algumas tamb&eacute;m rolam de dar risadas, afinal, &eacute; dif&iacute;cil se conter diante dessa &ldquo;arte&rdquo;.
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&ldquo;&Eacute; s&oacute; uma primeira tentativa.&nbsp;Eu espero que resultado final agrade a todos.&nbsp;Eu ainda n&atilde;o estava bem treinada para isso&rdquo;, revelou a suposta artista. Ela tamb&eacute;m revela que estava triste de ver a est&aacute;tua sem cabe&ccedil;a na sua igreja e por isso se voluntariou para arrum&aacute;-la. J&aacute; o padre Gerard Lajeunesse explica que uma restaura&ccedil;&atilde;o oficial custaria o equivalente a R$ 20 mil, por isso aceitou os servi&ccedil;os de Heather.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/21/21172224796790.jpg" />
A artista aprendeu t&eacute;cnicas de restaura&ccedil;&atilde;o em uma faculdade local, mas nunca trabalhou em pedras. Por isso ela optou por fazer a cabe&ccedil;a em argila como algo tempor&aacute;rio, at&eacute; substituir por uma cabe&ccedil;a de pedra no ano que vem. Heather tamb&eacute;m considerou uma honra poder ter a restaura&ccedil;&atilde;o do Menino Jesus no curr&iacute;culo &ndash; mas ser&aacute; que ela ainda pensa desse jeito?

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Estátua de Jesus que teve cabeça arrancada ganha PIOR restauração do mundo

Imagem de 8 aplicativos de paquera, namoro e sexo para gays no megacurioso

Se a sua ideia é encontrar um parceiro sexual ou, quem sabe, um amor para toda a vida, estes são os aplicativos essenciais para você ter em seu smartphone

<h2>1. Grindr</h2>
Um dos mais populares aplicativos de pega&ccedil;&atilde;o entre homens foi lan&ccedil;ado em 2009 e j&aacute; tem mais de 6 milh&otilde;es de usu&aacute;rios. Diariamente, mais de 10 mil rapazes de todas as idades aderem ao aplicativo em busca principalmente de sexo. O Grindr funciona por geolocaliza&ccedil;&atilde;o, ou seja, voc&ecirc; poder&aacute; encontrar o parceiro ideal que estiver mais pr&oacute;ximo de voc&ecirc;. Para a alegria dos viajantes, o app est&aacute; dispon&iacute;vel em 192 pa&iacute;ses.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/21/21160431929657.jpg" />
<h2>2. Scruff</h2>
Parecido com o Grindr, o Scruff tamb&eacute;m trabalha com geolocaliza&ccedil;&atilde;o, mas &eacute; poss&iacute;vel refinar os resultados de acordo com o seu gosto pessoal. O aplicativo alega ter uma base com mais de 8 milh&otilde;es de usu&aacute;rios ao redor do mundo. Nele, &eacute; poss&iacute;vel criar &aacute;lbuns particulares e dividir apenas com quem voc&ecirc; tiver afinidade. O objetivo principal tamb&eacute;m s&atilde;o os encontros casuais.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/21/21160440758658.jpg" />
<h2>3. Manhunt</h2>
O Manhunt &eacute; o maior site de encontro gay do mundo, por isso o aplicativo j&aacute; vem com toda uma bagagem hist&oacute;rica entre seus usu&aacute;rios. A principal diferen&ccedil;a est&aacute; na funcionalidade do bate-papo, que n&atilde;o &eacute; instant&acirc;neo, funcionando mais como uma caixa de emails. Mesmo assim, muitos usu&aacute;rios n&atilde;o fogem das origens.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/21/21160617195661.jpg" />
<h2>4. Hornet</h2>
A maioria dos aplicativos nasce para aproximar seus usu&aacute;rios, mas n&atilde;o que sejam realmente atrav&eacute;s de encontros sexuais &ndash; algo que funciona mais na teoria do que na pr&aacute;tica. O Hornet &eacute; diferente: aqui, as pessoas est&atilde;o atr&aacute;s de parceiros, mas n&atilde;o est&atilde;o dispostos a trocar muitas informa&ccedil;&otilde;es. Tudo muito r&aacute;pido para um sexo sem compromisso.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/21/21160654304662.jpg" />
<h2>5. Tinder</h2>
O Tinder talvez seja o aplicativo em que o sexo n&atilde;o &eacute; prioridade: como as pessoas precisar fazer login com o Facebook, a grande maioria exp&otilde;e seu rosto, algo que pode ser evitado em outros apps. O Tinder funciona como um cat&aacute;logo em que voc&ecirc; diz se curte ou n&atilde;o a pessoa: se a curtida for rec&iacute;proca, voc&ecirc;s ser&atilde;o informados disso. Ele funciona tanto para o p&uacute;blico h&eacute;tero quanto para o homossexual.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/21/21160901367663.jpg" />
<h2>6. DaddyHunt</h2>
Um dos maiores fetiches do p&uacute;blico gay &eacute; a de fazer sexo com homens mais velhos. Dessa forma, ao se cadastrar, voc&ecirc; deve informar sua idade: se voc&ecirc; for novinho, apenas os coroas estar&atilde;o vis&iacute;veis, e vice-versa. O aplicativo alega que j&aacute; possui mais de 500 mil &ldquo;papais&rdquo;, ou seja, homens mais velhos cadastrados.
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<h2>7. Happn</h2>
Este n&atilde;o &eacute; um aplicativo exclusivamente gay, mas &eacute; bastante usado por essa comunidade. O principal diferencial &eacute; que ele mostra pessoas com quem voc&ecirc; cruzou na rua e tamb&eacute;m possuem o aplicativo instalado. Se ambos se curtirem, &eacute; poss&iacute;vel come&ccedil;ar uma intera&ccedil;&atilde;o. Assim como no Tinder, muitos usu&aacute;rios est&atilde;o buscando um relacionamento est&aacute;vel.
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<h2>8. GROWLr</h2>
Este &eacute; um aplicativo espec&iacute;fico para os &ldquo;ursos&rdquo; e para quem se interessa por esse tipo de homossexual. Para quem n&atilde;o est&aacute; acostumado, esses s&atilde;o aqueles homens mais cheinhos e peludos, quase sempre com barba. Se este &eacute; o seu tipo ideal, baixe o GROWLr agora mesmo! Valem desde encontros casuais at&eacute; relacionamentos.
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8 aplicativos de paquera, namoro e sexo para gays

Imagem de Entrevista: leitor conta como é namorar um homem que se dizia hetero  no megacurioso

A polêmica levantada em uma publicação do Mega há alguns dias nos rendeu um depoimento pra lá de honesto – confira!

H&aacute; alguns dias, n&oacute;s publicamos aqui no Mega um texto que gerou bastante discuss&atilde;o entre nossos leitores. Na <a href="https://www.megacurioso.com.br/sexo/100739-por-que-o-numero-de-homens-heteros-cresce-em-aplicativos-de-encontros-gays.htm" target="_blank">publica&ccedil;&atilde;o em quest&atilde;o</a>, falamos sobre homens heterossexuais casados com mulheres que &ldquo;pulam a cerca&rdquo; e acabam se relacionando com outros homens.
A maior discuss&atilde;o foi sobre orienta&ccedil;&atilde;o sexual, afinal tem quem afirme que esses homens s&atilde;o homossexuais e tem quem diga que na verdade eles s&atilde;o bissexuais &ndash; e, claro, h&aacute; quem ache que s&atilde;o heterossexuais curiosos, digamos assim. Em termos de sexualidade, vale sempre lembrar: as possibilidades s&atilde;o muito maiores do que os r&oacute;tulos.
O fato &eacute; que um leitor paulista que estava de passagem por Curitiba resolveu conhecer a reda&ccedil;&atilde;o do Mega e a conversa com ele acabou se transformando em um depoimento sobre a mesma tem&aacute;tica. Embora tenha pedido para n&atilde;o ser identificado, o visitante, a quem chamaremos de Andr&eacute;, nos contou alguns detalhes de sua vida amorosa.
<h2>Perfil</h2>
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Andr&eacute; tem 26 anos, mora sozinho, j&aacute; tem um curso superior e atualmente cursa a segunda faculdade. Desde crian&ccedil;a, sabe que sente atra&ccedil;&atilde;o sexual por outros homens, ainda que considere que sua inf&acirc;ncia tenha sido bastante reprimida em termos sexuais. O namorado de Andr&eacute;, que chamaremos de Lucas, tem 32 anos e s&oacute; assumiu sua sexualidade h&aacute; alguns meses.
Lucas foi casado com uma mulher com quem havia namorado por alguns anos antes de dizer o &ldquo;sim&rdquo; no altar. Ainda que tenha feito tudo isso por espont&acirc;nea vontade, ele j&aacute; sabia, no dia de seu casamento, que era um homem no m&iacute;nimo bissexual.
Com o passar do tempo, Lucas e a esposa foram perdendo o interesse um pela vida do outro &ndash; ela trabalhava exaustivamente e mal parava em casa e ele, que trabalha com administra&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica, se via cada vez mais interessado sexualmente por homens.
<h2>Conflitos</h2>
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Ao contr&aacute;rio de Andr&eacute;, que j&aacute; falou sobre sua orienta&ccedil;&atilde;o sexual com amigos e familiares, Lucas vive em uma fam&iacute;lia mais conservadora e, apesar de ser independente h&aacute; anos, seus pais n&atilde;o t&ecirc;m no&ccedil;&atilde;o de sua orienta&ccedil;&atilde;o sexual. Antes de decidir se divorciar, Lucas chegou a trair a esposa com outros homens, ainda que se sentisse culpado ap&oacute;s os relacionamentos, que foram sempre casuais.
O casamento de Lucas chegou ao fim no in&iacute;cio deste ano, ap&oacute;s tr&ecirc;s anos de uni&atilde;o, e logo em seguida, ele encontrou Andr&eacute; pelo aplicativo <a href="http://www.tecmundo.com.br/apps/60737-happn-app-mostra-par-ideal-que-imagina.htm" target="_blank">Happn</a>. De acordo com Andr&eacute;, os dois tiveram uma conex&atilde;o instant&acirc;nea e, desde ent&atilde;o, n&atilde;o se desgrudam mais. O relacionamento, que agora &eacute; namoro s&eacute;rio, j&aacute; dura seis meses, e Andr&eacute; conta que est&aacute; muito feliz ao lado do amado.
Lucas, aos poucos, come&ccedil;ou a contar a alguns amigos mais pr&oacute;ximos sobre o relacionamento dos dois, e todos lidaram muito bem com a situa&ccedil;&atilde;o. Para a fam&iacute;lia e para os amigos de trabalho, no entanto, ele n&atilde;o pretende contar.
<h2>Outras experi&ecirc;ncias</h2>
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Perguntei a Andr&eacute; se ele j&aacute; se ficou com homens que mant&ecirc;m relacionamentos heterossexuais, e ele disse que n&atilde;o na posi&ccedil;&atilde;o de amante, mas que j&aacute; saiu com homens que estavam come&ccedil;ando a ficar com outros homens, e que essa fase de transi&ccedil;&atilde;o &eacute; geralmente delicada.
Da mesma maneira, Andr&eacute; me contou que j&aacute; foi assediado por homens que se dizem heterossexuais. O caso mais marcante foi o de um vizinho, que o viu pela janela com um namorado antigo e deixou um bilhete na portaria do pr&eacute;dio de Andr&eacute;. A nota era clara: tinha um n&uacute;mero de telefone e uma oferta &ndash; basicamente, o vizinho queria pagar para que Andr&eacute; fizesse sexo com ele.
Chocado, Andr&eacute; buscou informa&ccedil;&otilde;es e, por meio do n&uacute;mero de telefone, chegou ao perfil do homem no Facebook: ele &eacute; um engenheiro famoso, que trabalha em uma grande construtora, &eacute; casado, tem dois filhos e aparenta ter 60 anos. O primeiro bilhete foi entregue h&aacute; dois anos, mas at&eacute; hoje esse vizinho tenta abordar Andr&eacute;, que sempre recusa suas ofertas.
<h2>Medos novos</h2>
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Agora que Lucas finalmente aceitou seu relacionamento com um homem e est&aacute; feliz assim, os dois fazem planos para um futuro juntos &ndash; segundo Andr&eacute;, esses planos incluem morar fora do pa&iacute;s, ter um cachorro e, depois, filhos.
Segundo seu namorado, Lucas hoje &eacute; uma pessoa mais feliz e em paz consigo mesmo, especialmente por n&atilde;o se envolver mais em relacionamentos extraconjugais &ndash; antes da separa&ccedil;&atilde;o, ele vivia com peso na consci&ecirc;ncia pelas trai&ccedil;&otilde;es e se sentindo mal por estar casado com algu&eacute;m por quem n&atilde;o tinha interesse sexual.
A gente sabe que isso gera pol&ecirc;mica, mas acreditamos que toda discuss&atilde;o, quando feita com respeito, &eacute; produtiva &ndash; caso contr&aacute;rio, &eacute; s&oacute; troca de farpas desnecess&aacute;rias. O que voc&ecirc; pensa sobre o assunto? Conte para a gente nos coment&aacute;rios!
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Entrevista: leitor conta como é namorar um homem que se dizia hetero 

Imagem de Transmissão de HIV entre heterossexuais é a que mais cresce no Brasil no megacurioso

Comportamento de risco é responsável pelo aumento substancial de casos de AIDS entre casais

Engana-se quem pensa que no Brasil o maior &iacute;ndice de transmiss&atilde;o do v&iacute;rus HIV &eacute; registrado entre os homossexuais ou usu&aacute;rios de drogas injet&aacute;veis. Desde os anos 90, a contamina&ccedil;&atilde;o heterossexual se tornou a principal forma de dissemina&ccedil;&atilde;o da doen&ccedil;a no pa&iacute;s, com um salto no n&uacute;mero de casos de 43% para 62% s&oacute; entre os anos de 1996 e 2006.
De modo geral, a faixa et&aacute;ria mais atingida no Brasil &eacute; a de 30 a 49 anos de idade, em especial as mulheres de baixa renda &mdash; a maioria donas de casa casadas ou em relacionamentos est&aacute;veis. Para voc&ecirc; ter uma ideia, de todos os casos notificados de AIDS entre indiv&iacute;duos do sexo feminino em 2012, quase 87% foram resultado de rela&ccedil;&otilde;es heterossexuais com parceiros contaminados.
<h2>Problema complexo</h2>
Essa tend&ecirc;ncia, de donas de casa infectadas pelo HIV, n&atilde;o &eacute; uma exclusividade aqui do Brasil, n&atilde;o. O aumento substancial de casos entre essa parcela da popula&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m foi registrado em outros pa&iacute;ses em desenvolvimento, afetando mulheres que mant&ecirc;m rela&ccedil;&otilde;es sexuais sem preservativos &mdash; seja porque os parceiros se recusam a us&aacute;-los ou porque elas dispensam a camisinha por acreditar que os relacionamentos de longa dura&ccedil;&atilde;o se baseiam na fidelidade.
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O fato &eacute; que, em muitos casos, a contamina&ccedil;&atilde;o n&atilde;o acontece porque a iniciativa de se relacionar com outras pessoas parte das mulheres. Quase sempre, s&atilde;o os maridos quem buscam aventuras fora do casamento, seja com outras mulheres, com profissionais do sexo e, algumas vezes, at&eacute; <a href="https://www.megacurioso.com.br/sexo/100739-por-que-o-numero-de-homens-heteros-cresce-em-aplicativos-de-encontros-gays.htm" target="_blank">com homens</a> mais jovens, e acabam trazendo o HIV para dentro de suas casas por nem sempre usar preservativos durante as suas escapadelas.
Ali&aacute;s, vale ressaltar que o grande problema aqui n&atilde;o s&atilde;o os relacionamentos extraconjugais em si &mdash; indiferente de que eles sejam com pessoas do mesmo sexo ou n&atilde;o &mdash;, mas sim a falta de prote&ccedil;&atilde;o durante os encontros!
Entretanto, um aspecto interessante a respeito dos homens casados que procuram a companhia de outros homens para encontros casuais &eacute; que parte deles n&atilde;o considera esse comportamento bi ou homossexual e, portanto, acaba bagun&ccedil;ando as estat&iacute;sticas levantadas pelas pesquisas relacionadas com a transmiss&atilde;o da doen&ccedil;a. Falando nisso, voc&ecirc; j&aacute; ouviu hist&oacute;rias de pessoas que tenham sido contaminadas dessa forma? Conte para a gente nos coment&aacute;rios ou atrav&eacute;s de uma colabora&ccedil;&atilde;o!
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Transmissão de HIV entre heterossexuais é a que mais cresce no Brasil

Imagem de Por que o número de homens heteros cresce em aplicativos de encontros gays? no megacurioso

Gostemos disso ou não, a verdade é que os apps de encontros homossexuais estão cada vez mais cheios de homens que namoram ou são casados com mulheres

Em um dia desses dias, durante uma conversa com um grande amigo, que &eacute; homossexual, acabei descobrindo que o &ldquo;carma&rdquo; da vida dele &eacute; encontrar homens heteros em aplicativos de encontros gays, como o famoso Grindr. A plataforma tem como objetivo promover o encontro casual ou n&atilde;o entre homens gays &ndash; por isso o meu espanto: h&aacute; muitos homens que n&atilde;o s&atilde;o gays por l&aacute; tamb&eacute;m. Homens que t&ecirc;m namoradas, inclusive, e muitos, muitos homens que s&atilde;o casados com mulheres.
Em casa, cheguei a conversar com o meu noivo sobre o assunto. Na discuss&atilde;o, falei sobre a famosa Escala Kinsey e ele, que entende muito mais de gr&aacute;ficos e estat&iacute;sticas do que eu, me explicou que essa escala &eacute; v&aacute;lida no sentido de que tira a sexualidade humana dos espectros &ldquo;gay&rdquo;, &ldquo;hetero&rdquo;, &ldquo;l&eacute;sbica&rdquo; e &ldquo;bissexual&rdquo;, mas que &eacute; complicado encaixar pessoas dentro desses padr&otilde;es, uma vez que in&uacute;meros s&atilde;o os fatores que ajudam a moldar a sexualidade de algu&eacute;m.
De fato, &eacute; dif&iacute;cil pensar em escalas gr&aacute;ficas de um assunto assim t&atilde;o cheio de variantes, e a&iacute; a conversa que tive com o meu amigo e a que tive com o meu noivo acabaram por embolar ainda mais a minha cabe&ccedil;a. O fato, no entanto, &eacute; que homens heterossexuais, casados ou que namoram, buscam sexo casual com homens homossexuais, e a&iacute; esse meu amigo, que chamarei de Jo&atilde;o (embora esse n&atilde;o seja seu nome verdadeiro), topou responder a algumas perguntas sobre o tema.
<h2>N&atilde;o estamos falando de exce&ccedil;&otilde;es, n&atilde;o</h2>
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O Jo&atilde;o me disse que conhece v&aacute;rios homens que vivem uma vida heteronormativa, mas que buscam sexo casual com outros homens, de uma maneira sigilosa. &ldquo;J&aacute; conheci amigos que namoravam mulheres, mas curtiam &lsquo;experimentar&rsquo; com homens de vez em quando. H&aacute; aqueles que est&atilde;o confusos, que t&ecirc;m medo do que sentem e do que a sociedade poderia pensar&rdquo;, ele me falou.
Por outro lado, o Jo&atilde;o me disse que existem muitos homens certos e seguros sobre sua heterossexualidade, mas que t&ecirc;m experi&ecirc;ncias homossexuais de vez em quando e n&atilde;o encaram isso como um problema. &ldquo;Os aplicativos de encontro &ndash; como o Grindr &ndash; parecem ter apenas facilitado essas &lsquo;puladas de cerca&rsquo; e o sexo casual entre homens&rdquo;, explicou o Jo&atilde;o.
Perguntei sobre o perfil desses homens heterossexuais em aplicativos de encontro, e o Jo&atilde;o me disse que eles costumam ser mais discretos, que n&atilde;o exibem fotos do rosto, &ldquo;mas mostram outras coisas com muita facilidade&rdquo;, revelou ele, que acrescentou que &ldquo;muitos desses homens dizem querer preservar seus relacionamentos e casamentos, portanto tentam n&atilde;o revelar suas identidades&rdquo;. Ele contou que alguns dizem um nome, mas n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel ter certeza de que seja o verdadeiro.
<h2>Sim, eles falam sobre seus relacionamentos com mulheres</h2>
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Outra caracter&iacute;stica que parece ser comum entre esses homens &eacute; o fato de que, logo de cara, eles dizem que t&ecirc;m relacionamentos com mulheres. Muitos, segundo Jo&atilde;o, t&ecirc;m a vontade de experimentar algo diferente, assim como h&aacute; aqueles que j&aacute; tiveram essas experi&ecirc;ncias e buscam um &ldquo;repeteco&rdquo;.
Nesse ponto da conversa, assim como muitas pessoas devem estar se perguntando, eu pensei que, pela l&oacute;gica, s&atilde;o homens homossexuais ou bissexuais, mas ent&atilde;o o Jo&atilde;o me disse algo interessante: &ldquo;Entre os homens casados que encontro na vida e nos aplicativos, eles s&atilde;o, em geral, realmente heterossexuais &ndash; no sentido de que gostam mesmo de mulheres e devem continuar casados&rdquo;.
Por essas e outras &eacute; que o meu amigo diz n&atilde;o acreditar em r&oacute;tulos: &ldquo;Acho que a sexualidade &eacute; mesmo fluida e n&atilde;o me surpreende que cada vez mais apare&ccedil;am homens procurando &lsquo;tirar essa curiosidade&rsquo;&rdquo;. Jo&atilde;o conta que esses homens falam bem e de forma respeitosa sobre suas esposas e namoradas.
<h2>Como eles agem?</h2>
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Sobre a casualidade dos encontros, Jo&atilde;o explica que esses homens geralmente procuram sexo sem compromisso, mas conta que conhece casos de homens que acabam encontrando um parceiro fixo, o que pode ser interpretado como um relacionamento. &ldquo;Particularmente, n&atilde;o entendo quem gostaria de ter um relacionamento com algu&eacute;m casado, acho que &eacute; uma furada, mas encontros casuais com homens casados s&atilde;o bem interessantes&rdquo;, revelou.
Em rela&ccedil;&atilde;o ao comportamento na hora de marcar encontros, Jo&atilde;o me disse que os homens heteros e casados s&atilde;o mais preocupados com rela&ccedil;&atilde;o ao local, &agrave; data e &agrave; dura&ccedil;&atilde;o de encontro, o que acaba gerando bastante nervosismo.
&ldquo;Tive um caso com um rapaz que estava extremamente nervoso, com o cora&ccedil;&atilde;o superacelerado, que parecia que ia ter um treco. Desconfio at&eacute; que tenha sido a primeira vez dele com outro homem. Mas h&aacute; tamb&eacute;m os que sabem o que querem, que s&atilde;o mais pr&aacute;ticos e v&atilde;o direto ao ponto.&rdquo;
<h2>Tempos modernos</h2>
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Curiosa, perguntei ao Jo&atilde;o por que ele acha que a presen&ccedil;a de homens em relacionamentos heterossexuais est&aacute; cada vez maior em aplicativos gays. &ldquo;Eu desconfio que a cada gera&ccedil;&atilde;o h&aacute; uma maior aceita&ccedil;&atilde;o da homossexualidade na sociedade, o que leva a uma maior visibilidade sobre o ser homossexual. Acho que muitos homens podem ter reprimido seus desejos (consciente ou inconscientemente), mas acabaram descobrindo essa curiosidade &ndash; mesmo que apenas para um sexo casual&rdquo;.
Essa mente aberta, digamos assim, parece ter encontrado suporte em novas tecnologias, e Jo&atilde;o concorda muito com isso: &ldquo;Acho ainda que o aplicativo de encontro pode ser uma &oacute;tima ferramenta para a experimenta&ccedil;&atilde;o e tem ajudado muitos homens a explorar sua sexualidade&rdquo;.
Se voc&ecirc; que nos l&ecirc; tem experi&ecirc;ncia nesse assunto, seja como o meu amigo Jo&atilde;o ou como um homem hetero que busca rela&ccedil;&otilde;es casuais com outros homens, mande uma mensagem para a gente <a href="https://www.facebook.com/megacurioso/" target="_blank">em nossa fanpage do Facebook</a> &ndash; sua identidade, assim como a do meu amigo, ser&aacute; mantida em absoluto sigilo.
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Por que o número de homens heteros cresce em aplicativos de encontros gays?

Imagem de Coreia do Norte: imagens de chimpanzé fumante geram preocupação pelo mundo no megacurioso

Primata se transformou em uma das principais atrações de zoológico da capital norte-coreana

Recentemente, o governo norte-coreano reinaugurou um zool&oacute;gico em Pyongyang, a capital do pa&iacute;s, com o objetivo de oferecer mais &aacute;reas de lazer para a popula&ccedil;&atilde;o. Ali&aacute;s, segundo os rumores, <a href="https://www.megacurioso.com.br/politica/36106-8-curiosidade-sobre-kim-jong-um-o-lider-da-coreia-do-norte.htm" target="_blank">Kim Jong-um</a>, o ditador da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/120235-coreia-do-norte-o-pais-planejado-para-que-ninguem-consiga-escapar.htm" target="_blank">Coreia do Norte</a>, n&atilde;o economizou na reforma e encheu o local com animais de v&aacute;rias partes do mundo, como camelos, primatas, elefantes, girafas, pinguins etc.
No entanto, de acordo com o <a href="https://www.theguardian.com/world/2016/oct/19/chimpanzee-seen-smoking-north-korea-reopened-zoo-pyongyang" target="_blank">The Guardian</a>, quem est&aacute; se transformando rapidamente na estrela do zool&oacute;gico &eacute; a chimpanz&eacute; Dallae &mdash; ou Azaleia, em coreano &mdash;, de 19 anos de idade. S&oacute; que o animal est&aacute; atraindo multid&otilde;es ao local diariamente pelos motivos errados. Muito errados!
<h2>Tabagista</h2>
Come&ccedil;aram a circular pelo mundo fotografias e v&iacute;deos mostrando Dallae fumando diante dos visitantes &mdash; que, aparentemente, acham tudo muito engra&ccedil;ado. Para piorar, segundo o The Guardian, o treinador da chimpanz&eacute; pode ser ouvido incentivando o animal a continuar com a atividade, al&eacute;m de estimular a macaca a fazer outras &ldquo;gra&ccedil;as&rdquo; para o p&uacute;blico, como tocar o pr&oacute;prio focinho, dan&ccedil;ar e fazer rever&ecirc;ncia para os visitantes. Assista a seguir:
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/Q-8usaRMa2Y" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Mas, voltando ao (mau) h&aacute;bito, at&eacute; onde se sabe, Dallae fuma um ma&ccedil;o de cigarros ao dia &mdash; e aprendeu com o treinador a acend&ecirc;-los tanto com o uso de isqueiros como com a brasa de outro. Os respons&aacute;veis pelo zool&oacute;gico se defenderam garantindo que a chimpanz&eacute; n&atilde;o traga a fuma&ccedil;a, o que, na verdade, n&atilde;o melhora muito a situa&ccedil;&atilde;o envolvendo os cuidados com o primata!
Na verdade, desde que o zool&oacute;gico entrou em funcionamento, al&eacute;m de a forma como alguns exemplares foram adquiridos ter sido questionada por in&uacute;meros ativistas, v&aacute;rias den&uacute;ncias foram feitas sobre as condi&ccedil;&otilde;es nas quais muitos animais s&atilde;o mantidos, incluindo algumas sobre maus-tratos.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/20/20123012619528.jpg" />Dallae com seu cigarrinho
Afinal, conforme voc&ecirc; viu no v&iacute;deo acima, ademais da chimpanz&eacute; fumante, o local oferece diversas apresenta&ccedil;&otilde;es com outros bichos, incluindo um macaquinho jogador de basquete e c&atilde;es capazes de fazer c&aacute;lculos com um &aacute;baco &mdash; o que vem despertando a preocupa&ccedil;&atilde;o da opini&atilde;o p&uacute;blica internacional.

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Coreia do Norte: imagens de chimpanzé fumante geram preocupação pelo mundo

Imagem de Homem com 97 esposas nega ter morrido e diz: ‘Quero me casar de novo’ no megacurioso

Mohammed Bello Abubakar teve 185 filhos com 107 esposas, porém, 10 dessas mulheres pediram divórcio. Ele alega que só está cumprindo as ordens de Deus

O que voc&ecirc; faria se j&aacute; tivesse 97 esposas? Provavelmente o que qualquer pessoa nessa situa&ccedil;&atilde;o: buscaria novas candidatas. Estamos falando de Mohammed Bello Abubakar, da Nig&eacute;ria, que precisou vir a p&uacute;blico para desmentir os boatos de que havia batido as botas. Ele est&aacute; com 87 anos e quer novas mulheres.
E se voc&ecirc; pensa que ele &ldquo;apenas&rdquo; est&aacute; querendo quebrar a barreira das 100 esposas, saiba que ele j&aacute; fez isso. Abubakar j&aacute; chegou a ser casado com 107 mulheres, mas 10 delas pediram o div&oacute;rcio. Mas antes de julg&aacute;-lo por tantos casamentos, saiba que ele s&oacute; est&aacute; seguindo as ordens de Deus &ndash; ao menos &eacute; isso que ele diz.
A sharia &eacute; uma lei isl&acirc;mica que decreta que os mu&ccedil;ulmanos podem ter at&eacute; 4 esposas. Por isso, autoridades nigerianas entraram em atrito com o senhorzinho, j&aacute; que ele extrapolou um &ldquo;pouquinho&rdquo; essa quantidade. &ldquo;Meu grande n&uacute;mero de esposas?&nbsp;Eu s&oacute; tenho 97!&nbsp;E ainda vou me casar mais. Vou continuar me casando por todo o tempo em que estiver vivo&rdquo;, declarou ao jornal Vanguard, de seu pa&iacute;s.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/19/19153333796175.jpg" />Homem posa para foto com algumas de suas mulheres
<h2>Vontade divina</h2>
Abubakar se tornou famoso na Nig&eacute;ria quando sua hist&oacute;ria foi divulgada, em 2008. Na &eacute;poca, ele era casado com 86 mulheres. Na &eacute;poca, as autoridades locais ordenaram que o pol&iacute;gamo se separasse de 82 esposas ou que aguentasse as consequ&ecirc;ncias. Diante de sua recusa, ele acabou sendo preso, mas liberado pouco depois.
O homem diz que n&atilde;o h&aacute; nenhum lugar no Alcor&atilde;o que indique que um homem deve ser punido se desposar mais de 4 mulheres. Segundo Abubakar, foi o pr&oacute;prio Deus que lhe pediu que se casasse tantas vezes. Al&eacute;m das 97 mulheres, o homem possui 185 filhos! J&aacute; imaginou uma reuni&atilde;o familiar completa?
Para acomodar tantas mulheres, o religioso possui duas casas: uma na cidade de Bida e outra em Lagos, a capital do pa&iacute;s. Abubakar diz que se fosse por vontade pr&oacute;pria ele teria apenas 2 esposas, mas que n&atilde;o d&aacute; para negar os des&iacute;gnios divinos. Entretanto, ele n&atilde;o aconselha nenhum homem a seguir seu exemplo.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2016/10/19/19153420828176.jpg" />Mohammed Abubakar com alguns de seus filhos
E o que deixa a hist&oacute;ria ainda mais bizarra &eacute; que nem Abubakar e nem suas esposas trabalham. Especulou-se que eles sobrevivessem de esmolas mendigadas por seus filhos, mas isso tamb&eacute;m acabou sendo comprovado como uma mentira. O homem diz que Deus lhe fornece tudo. Ent&atilde;o t&aacute;, n&eacute;?

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Homem com 97 esposas nega ter morrido e diz: ‘Quero me casar de novo’

Imagem de Procuram-se exorcistas: Igreja Católica luta para achar sucessores no megacurioso

Com quase três décadas de experiência, padre diz que jovens não querem o trabalho

O Padre Vicente Taraborelli, 79 anos, &eacute; um dos mais requisitados em Roma: em um dia de servi&ccedil;o, ele chega a atender at&eacute; 30 pessoas. Em uma entrevista &agrave; BBC, ele contou que a Igreja Cat&oacute;lica est&aacute; em busca de jovens exorcistas e como este &eacute; um trabalho dif&iacute;cil.
H&aacute; quase tr&ecirc;s d&eacute;cadas, ele atua expulsando maus esp&iacute;ritos e aconselhando as pessoas. Padre Vicente conta que, antes de fazer seu ritual, recomenda que os fi&eacute;is procurem psic&oacute;logos e psiquiatras, mas os pr&oacute;prios profissionais tamb&eacute;m o indicam para alguns desses pacientes.
Em sua mesa, ele mant&eacute;m dezenas de pap&eacute;is, fotos e livros de ora&ccedil;&atilde;o. Na parede, seu certificado de exorcista. Quando as pessoas chegam em sua sala, ele tenta tranquiliz&aacute;-las, convidando-as para uma ora&ccedil;&atilde;o.
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Seu caso mais not&aacute;vel envolveu uma mulher e durou nada menos do que 13 anos. Segundo o padre, outro homem, que era satanista, queria a mo&ccedil;a e, ao ser recusado, teria lan&ccedil;ado feiti&ccedil;os para atra&iacute;-la duas vezes por semana.
&ldquo;Ela veio aqui nesta sala e, quando eu comecei a orar, ela entrou em transe. Logo ela disse muitos insultos e blasf&ecirc;mias e eu entendi que estava possu&iacute;da&rdquo;, conta Vicente. Ele afirma que, quando ordenou em nome de Jesus que o mau esp&iacute;rito a deixasse, a v&iacute;tima come&ccedil;ou a vomitar pequenos pinos met&aacute;licos, cinco de cada vez. &ldquo;Al&eacute;m de&nbsp;pinos, ela vomitou tran&ccedil;as de cabelo, pequenas pedras, peda&ccedil;os de madeira. Soa como algo de outro mundo? Mas &eacute; deste&rdquo;, revela ele.
Dentro da Igreja Cat&oacute;lica, a exist&ecirc;ncia de dem&ocirc;nios e a possess&atilde;o s&atilde;o cren&ccedil;as ainda muito aceitas, mas, fora dela, n&atilde;o crentes argumentam que tudo n&atilde;o passa de supersti&ccedil;&atilde;o medieval. Para o Padre Vicente, algu&eacute;m que n&atilde;o acredita no dem&ocirc;nio n&atilde;o pode saber o que ele quer. &ldquo;Voc&ecirc; s&oacute; precisa ver o mundo, nunca esteve pior. Os atos de viol&ecirc;ncia n&atilde;o s&atilde;o coisas humanas&rdquo;, conclui o exorcista.
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Apesar da idade, Padre Vicente n&atilde;o desiste do trabalho e confessa que est&aacute; cada vez mais dif&iacute;cil para a Igreja encontrar jovens interessados em passar horas presos em uma sala lendo relatos de crentes perturbados.

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