Imagem de Manteiga de amendoim e Wi-Fi? Saiba o que é ajuda humanitária no megacurioso

A ajuda humanitária é crucial para mitigar os efeitos de uma tragédia como a de Gaza, mas o tipo de auxílio depende das particularidades da crise

<head></head><body>Os constantes ataques israelenses em áreas densamente povoadas da faixa de Gaza, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127603-palestina-e-israel-5-palavras-chave-para-entender-o-conflito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">em busca de militantes do grupo Hamas</a>, têm representado um grande desafio para as agências internacionais e organizações sem fins lucrativos especializadas na prestação de ajuda humanitária a populações em situação de emergência.Primeiramente porque a guerra provocou o deslocamento de cerca de 1,4 milhão de palestinos de suas casas em Gaza. Em segundo lugar, porque a recusa de ambos os lados em estabelecer um cessar-fogo temporário faz com que os comboios de ajuda humanitária fiquem estacionados na fronteira do Egito.&nbsp;De acordo com o diretor-executivo do Laboratório de Pesquisa Humanitária da Escola de Saúde Pública de Yale, Nathaniel Raymond, uma das maiores causas de morte na guerra não são balas e bombas, mas as mortes que ocorrem por desnutrição. Falando à Popular Science, o ativista afirma que só uma entrega rápida de suprimentos pode evitar que a crise se torne ainda mais mortal.<h2>Manteiga de amendoim é ajuda humanitária?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/01/01192845018564.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Os pressupostos básicos de qualquer tipo de ajuda humanitária envolvem o acesso à água potável, alimentos e medicamentos que possam ajudar os feridos, que já chegam à casa dos 30 mil na região do conflito no Oriente Médio. No entanto, embora as necessidades humanas básicas sejam as mesmas em qualquer lugar do mundo, existem algumas regras criadas pelos especialistas para simplificar a assistência emergencial. &nbsp;No contexto de calorias fáceis, o item preferido das agências humanitárias é <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124717-alimentar-manteiga-de-amendoim-a-bebes-reduz-risco-de-alergias-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o tradicional recheio de manteiga de amendoim e geleia de frutas</a> que compõem os sanduíches PBJ, uma maneira rápida de saciar a fome na falta de outros alimentos. Pelo seu alto teor calórico, proteínas e nutrientes, a manteiga de amendoim tem sido um dos suprimentos econômicos e estáveis que estão ajudando a reduzir a fome no mundo, principalmente entre crianças.Para a diretora-geral do Gabinete de Assistência Humanitária da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Danielle Mutone-Smith, "nós podemos resgatar a maioria das crianças em situação de insegurança alimentar do ponto de inanição", o que levou a OMS a recomendar atualmente um único produto alimentício para jovens gravemente desnutridos.<h2>Importância do Wi-Fi e do dinheiro na ajuda humanitária</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/11/01/01205247463000.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Quando conflitos armados provocam blecaute nas comunicações de um país, como ocorreu na Faixa de Gaza, o acesso à internet se torna um dos principais itens da agenda de ajuda humanitária.&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/238034-starlink-tem-150-mil-usuarios-diarios-ucrania-diz-governo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Esses sinais de banda larga tornam-se necessários</a> não só no compartilhamento de notícias, mas também para pessoas encontrarem seus entes queridos desabrigados, e as próprias organizações humanitárias sistematizarem suas estratégias de emergência.Finalmente, os especialistas consideram o velho dinheiro como o “rei” em qualquer emergência. O recurso permite que as pessoas possam escolher e diversificar suas refeições, respeitando "a dignidade das populações, dando-lhes o poder de escolha”, destaca Raymond.&nbsp;</body>

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Manteiga de amendoim e Wi-Fi? Saiba o que é ajuda humanitária

Imagem de Hands Across America: o maior fracasso beneficente da História no megacurioso

Por que a maior campanha beneficente do século XX dos EUA é visto como um ato de vergonha até hoje?

<head></head><body>Nos instantes iniciais do filme Nós, do aclamado cineasta Jordan Peele, a personagem Adelaide Wilson se depara com uma imagem ao olhar pela janela da casa onde mora: uma família de mãos dadas formando uma corrente. Momentos depois, ela descobre, da pior maneira o possível, que essa família é um clone da sua, literalmente, e que viveu no subterrâneo dos Estados Unidos como outras milhares de pessoas que também foram parte de um experimento científico que deu errado.Ao longo do filme, nós, espectadores, descobrimos que Nós&nbsp;replica a mesma fórmula de Corra, também de Peele: o terror da realidade. Nós é sobre a dualidade da natureza humana, o inconsciente, opressão sistêmica e, sobretudo, a culpa do privilégio.Uma das características mais marcantes é que os clones das pessoas da superfície formam, no final do filme, uma corrente humana que atravessa todo o país, em referência a Hands Across America, a campanha beneficente mais fracassada da História dos EUA.<h2>A união faz a força</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/30/30141324487270.jpg" alt="(Fonte: YouTube/Reprodução)">(Fonte: YouTube/Reprodução)Todo mundo conhece a canção "We Are The World" – ou pelo menos deveria –, que reuniu 40 artistas da indústria musical em um estúdio, incluindo nomes imortais, como Michael Jackson e Diana Ross, mas poucos sabem por qual motivo. A música, um sucesso até hoje, foi uma iniciativa do empresário e produtor musical Ken Kragen para arrecadar fundos para o combate à fome na África, no apogeu da miséria na Etiópia, considerada um dos piores desastres humanitários do século passado, responsável pela morte de mais de 1 milhão de pessoas.A apresentação ao vivo da canção e seu lançamento foram marcados para 13 de junho de 1985, no mesmo dia do American Music Awards (AMA), um dos maiores prêmios de música norte-americana, esperando que alcançasse o máximo de espectadores o possível – e assim aconteceu. "We Are The World" se tornou um sucesso global sem precedentes, vendendo mais de 7,5 milhões de cópias só nos EUA. O álbum USA For Africa: We Are The World vendeu 3 milhões de cópias, sendo que o montante arrecadado chegou a US$ 50 milhões.Todo o dinheiro foi processado pela organização que surgiu em prol da iniciativa, a USA For Africa. Uma vez que Kragen viu que sua campanha deu certo, ele decidiu , em 1986, criar o Hands Across America, um evento beneficente com intuito de aumentar a conscientização sobre a questão da fome e pobreza nos EUA.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/30/30141640328273.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Kragen convidou os norte-americanos a formarem uma corrente humana que se estenderia por cerca de 6.500 quilômetros durante 15 minutos, da costa leste a oeste dos EUA. Com isso, ele planejava arrecadar entre US$ 50 milhões a US$ 100 milhões com os participantes doando entre US$ 10 e US$ 35 para reservar seus lugares na fila e receber uma camiseta comemorativa.O Hands Across America foi disseminado fortemente pela mídia, tornando-se uma das peças publicitárias beneficentes de maior sucesso do século XX, mas isso não foi o suficiente para evitar o fracasso. Em 25 de maio de 1986, as principais cidades dos EUA, começando por Nova York, formaram a rota do evento, que reuniu cerca de 6 milhões de pessoas em meio a populares e famosos, como Liza Minnelli, e políticos, como o então governador Bill Clinton.Um dos motivos pelos quais o evento fracassou foi porque, geograficamente, é impossível formar uma fila de pessoas cruzando vários estados, passando por condições climáticas adversas e terrenos inacessíveis.&nbsp;As várias lacunas entre os participantes foram preenchidas com fitas, cordas ou faixas para minimizar o impacto do fracasso. O pior, no entanto, é que foram arrecadados apenas US$ 34 milhões, sendo que US$ 15 milhões foram distribuídos para caridade após deduzidos os custos para produzir o evento.<h2>O problema da América</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/30/30141909502275.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Em Nós, Peele transmite a ideia de que os norte-americanos fecham constantemente os olhos para as mazelas sociais que existem logo abaixo da superfície do país. Em 1986, cerca de 35 milhões de pessoas viviam abaixo do nível da pobreza nos EUA, ou seja, 13% da população. O Departamento de Comércio estimou que uma família de quatro pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza naquela época tinha menos de US$ 10 por dia para gastar com comida. A Força-Tarefa dos Médicos sobre a Fome nos EUA, com sede em Harvard, estimou que até 20 milhões de americanos passavam fome vários dias da semana.Apesar disso, dois dias antes de se juntar ao Hands Across America, o então presidente Ronald Reagan foi a público dizer que o problema da fome nos EUA era causado pela “falta de conhecimento” sobre onde obter ajuda. “Não acredito que haja alguém passando fome na América simplesmente devido à negação ou falta de capacidade em alimentá-los”, disse.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/30/30141957687276.jpg" alt="Ronald Reagan. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Ronald Reagan. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Para piorar, Reagan ainda completou dizendo que "onde há fome, você precisa determinar que isso é provavelmente devido a uma falta de conhecimento por parte das pessoas sobre as coisas disponíveis". Ou seja, basicamente que, com os programas governamentais e privados, o motivo para as pessoas passarem fome era que “não sabem onde ou como obter ajuda”.Mas parece que Reagan esqueceu que a classe pobre dos EUA da década de 1980 foi esmagada ainda mais por suas políticas oriundas de sua "economia de gotejamento", cuja ideia se baseava em um corte de impostos para os ricos que resultaria, teoricamente, em maior prosperidade aos pobres. Além disso, a administração de Reagan eliminou programas para informar as pessoas sobre os benefícios do vale-alimentação, considerado um verdadeiro fracasso pelos especialistas, e que o político sempre enalteceu.No final das contas, o Hands Across America entrou para os anais da história americana e para a cultura popular como um evento pretensioso que tentou, por meio de uma música e peças de merchandising, se posicionar como a solução para o fim de um problema que a própria sociedade acreditava que não existia.&nbsp;</body>

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Hands Across America: o maior fracasso beneficente da História

Imagem de Por que é difícil doar para universidades no Brasil? no megacurioso

Ao contrário dos EUA, a cultura de doações às vezes até a atrapalha o orçamentos das universidades do Brasil

Doar para <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127524-como-era-a-vida-dos-estudantes-nas-primeiras-universidades-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">universidades</a> brasileiras t&ecirc;m sido uma pr&aacute;tica desafiadora, apesar do potencial de impacto positivo que isso pode ter na educa&ccedil;&atilde;o superior do pa&iacute;s. V&aacute;rias raz&otilde;es contribuem para essa dificuldade, sejam entraves legais, a falta de uma cultura de doa&ccedil;&atilde;o e, at&eacute; mesmo, uma discuss&atilde;o sobre a moral e a raz&atilde;o das doa&ccedil;&otilde;es.
<h2>Barreiras legais</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18143722259366.jpg" alt="Atualmente &eacute; mais f&aacute;cil fazer doa&ccedil;&atilde;o de bens m&oacute;veis ou im&oacute;veis, do que de dinheiro para universidades brasileiras. (Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Atualmente &eacute; mais f&aacute;cil fazer doa&ccedil;&atilde;o de bens m&oacute;veis ou im&oacute;veis, do que de dinheiro para universidades brasileiras. (Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Uma das principais dificuldades de doar para <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/118766-6-mitos-sobre-a-universidade-publica-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">universidades p&uacute;blicas no Brasil</a> &eacute; entender a legisla&ccedil;&atilde;o sobre o tema &mdash; ou a falta dela. Como a maioria das universidades s&atilde;o federais ou estaduais, elas ficam sujeitas &agrave;s normas do Governo Federal. Uma regra que afetou as institui&ccedil;&otilde;es foi a Emenda Constitucional 241/95. Instaurada em 2016, ela imp&ocirc;s um teto dos gastos p&uacute;blicos, ou seja, o crescimento dos gastos do governo ficou limitado &agrave; varia&ccedil;&atilde;o da infla&ccedil;&atilde;o. Na pr&aacute;tica, isso impede que as universidades federais e estaduais possam aceitar algumas doa&ccedil;&otilde;es, j&aacute; que a verba passa a incorporar o or&ccedil;amento da institui&ccedil;&atilde;o, que agora tem limites.
Em 2019, a Lei 13.490/2017 foi promulgada para tentar facilitar as doa&ccedil;&otilde;es. Com ela foi permitido que as doa&ccedil;&otilde;es fossem direcionadas a setores ou projetos espec&iacute;ficos das institui&ccedil;&otilde;es benefici&aacute;rias. Essa lei modificou a Lei de Diretrizes e Bases da Educa&ccedil;&atilde;o Nacional (LDB) de 1996, que impedia a aloca&ccedil;&atilde;o direta de recursos de doa&ccedil;&otilde;es para &aacute;reas espec&iacute;ficas das universidades.
Esta medida, por&eacute;m, tamb&eacute;m gera algumas cr&iacute;ticas, j&aacute; que a destina&ccedil;&atilde;o da verba n&atilde;o seria feita pela Universidade. Na pr&aacute;tica, os doadores privados poderiam investir apenas em projetos que lhe interessassem, at&eacute; em termos de conseguir retorno financeiro futuro. Isso p&otilde;e em cheque a raz&atilde;o de uma educa&ccedil;&atilde;o para todos.
Outra barreira para a doa&ccedil;&atilde;o nas <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/113172-politicas-de-inclusao-em-universidades-brasileiras-funcionam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">universidades brasileiras</a> &eacute; a complexidade dos processos. Muitas vezes, os interessados em contribuir enfrentam burocracia e dificuldades ao tentar fazer doa&ccedil;&otilde;es. Simplificar e agilizar os procedimentos para doa&ccedil;&otilde;es poderia ser uma maneira eficaz de encorajar as pessoas a contribuir.
Atualmente, as universidades lutam para conseguir que a legisla&ccedil;&atilde;o avance no sentido de permitir as doa&ccedil;&otilde;es, mas tamb&eacute;m para conseguir um controle maior sobre a verba. Isso garantiria que &aacute;reas do saber de menor interesse financeiro n&atilde;o ficassem sem recursos.
<h2>Outras op&ccedil;&otilde;es de doa&ccedil;&otilde;es</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/31/a-31184214913470.jpg" alt="a" />(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
No momento, as doa&ccedil;&otilde;es de bens m&oacute;veis, im&oacute;veis e de consumo s&atilde;o mais comuns e menos complicadas. Com isso, muitos filantropos chegam a doar at&eacute; mesmo im&oacute;veis que podem ser incorporados ao patrim&ocirc;nio das Universidades.&nbsp;
Outro modo de doa&ccedil;&atilde;o que tem ganhado apoiadores e tentativas de instaura&ccedil;&atilde;o no Brasil s&atilde;o os endowments. Nessa modalidade, o dinheiro doado seria investido no mercado financeiro e apenas os rendimentos gerados seriam utilizados para apoiar iniciativas da universidade. Isso garantiria que o fundo fosse perene e que seu lucro fosse usado por longo per&iacute;odo na institui&ccedil;&atilde;o.
<h2>Quando as doa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o o problema</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/31/a-31184227020471.jpg" alt="a" />(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A quest&atilde;o das doa&ccedil;&otilde;es tamb&eacute;m reca&iacute; sobre um problema ideol&oacute;gico. Parte da popula&ccedil;&atilde;o t&ecirc;m a percep&ccedil;&atilde;o de que a educa&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica &eacute; um dever somente do Estado e, portanto, n&atilde;o veem a necessidade de contribuir com institui&ccedil;&otilde;es de ensino. Isso contrasta com pa&iacute;ses onde as universidades dependem muito mais de doa&ccedil;&otilde;es e t&ecirc;m uma cultura forte de contribui&ccedil;&otilde;es, e at&eacute; de incentivos fiscais para quem doa.
Muitas das cr&iacute;ticas dirigidas &agrave; dificuldade de fazer doa&ccedil;&otilde;es no Brasil apontam para os&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127697-quem-financia-os-projetos-da-nasa.htm" target="_blank" title="Quem financia os projetos da NASA?">Estados Unidos</a> como um sistema a ser copiado. Por outro lado, esta cultura de doa&ccedil;&otilde;es pode ser bastante problem&aacute;tica.&nbsp;
Uma das quest&otilde;es &eacute; que por l&aacute; as doa&ccedil;&otilde;es, muitas vezes, geram corrup&ccedil;&atilde;o. Em 2019, um grande esquema de facilita&ccedil;&atilde;o de entrada de alunos nas mais renomadas universidades foi revelado. Celebridades do cinema, grandes empres&aacute;rios e qualquer um com muito dinheiro conseguia colocar seus filhos na universidade que quisesse, mediante, &eacute; claro, a grandes doa&ccedil;&otilde;es. Isto tamb&eacute;m coloca em xeque o processo de admiss&atilde;o das universidades dos EUA, que deveria procurar os &ldquo;melhores candidatos&rdquo;.
Al&eacute;m disso, a entrada na universidade &eacute; bem diferente. As principais universidades s&atilde;o mantidas, majoritariamente, com fundos privados, muitas vezes abastecidos por doa&ccedil;&otilde;es. Al&eacute;m disso, as taxas de admiss&atilde;o (tuition) s&atilde;o exorbitantes, afastando a maioria das pessoas ou, pelo menos, fazendo-as contrair grandes d&iacute;vidas para terminarem o Ensino Superior. Segundo a Forbes, no final de 2022, 43 milh&otilde;es de americanos ainda detinham d&iacute;vidas estudantis totalizando US$ 1,7 trilh&otilde;es.
Manter um sistema de educa&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica com a qualidade que as universidades brasileiras t&ecirc;m &eacute; um trabalho herc&uacute;leo. Por&eacute;m, olhar para novas maneiras de financiar as institui&ccedil;&otilde;es pode impedir que elas fiquem paradas no tempo.

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Por que é difícil doar para universidades no Brasil?

Imagem de O geólogo injustiçado: quando Walter Karl Link sugeriu o mar à Petrobrás no megacurioso

Na década de 1960, a descoberta de petróleo no mar marcou um ponto de virada na história da exploração petrolífera no Brasil

<head></head><body>Em outubro de 1968, a Petrobras anunciou ao mundo que o Brasil havia encontrado petróleo no mar. Essa descoberta marcou um momento crucial na história da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127414-voce-sabe-de-onde-vem-o-petroleo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">exploração de petróleo</a> no país. No entanto, a transição da exploração onshore (em terra) para a exploração offshore (no mar) não foi apenas um marco geológico, mas também uma batalha política e ideológica. Um personagem-chave nesse cenário foi o geólogo norte-americano Walter Karl Link, cujas ideias revolucionárias provocaram debates acalorados.<h2>A chegada de Walter Karl Link</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Arquivo Nacional&nbsp;" data-fonte-url="http://imagem.sian.an.gov.br/acervo/derivadas/br_rjanrio_ol/0/fcn/rte/021709027/br_rjanrio_ol_0_fcn_rte_021709027_d0001de0001.pdf"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/30/30213210132020.jpg" alt="(Fonte: Arquivo Nacional/Reprodução)">(Fonte: Arquivo Nacional/Reprodução)Na década de 1950, a exploração de petróleo no Brasil estava focada principalmente em áreas terrestres, mas a escassez de descobertas significativas estava se tornando aparente. Nesse contexto, em 1954, a Petrobras contratou o geólogo norte-americano Walter Karl Link para liderar os esforços de exploração de petróleo no Brasil, devido à sua vasta experiência na indústria petrolífera.<h2>O Relatório Link</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/30/30213751395026.jpg" alt="Exploração onshore. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Exploração onshore. (Fonte: Getty Images/Reprodução)Em meados de 1960, Walter Link e sua equipe apresentaram o famoso "Relatório Link". Neste relatório, eles defendiam a mudança da exploração em bacias sedimentares terrestres para a exploração offshore, no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122354-vida-nas-profundezas-5-fatos-incriveis-sobre-o-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mar</a>. Link argumentava que as bacias sedimentares brasileiras não tinham o potencial para produzir petróleo em larga escala e recomendava investir em plataformas continentais.<h2>A saída de Walter Karl Link</h2>A recomendação de mudar o foco da exploração de petróleo para o mar foi recebida com ceticismo e, em alguns casos, hostilidade. Muitos figurões, tanto na Petrobras quanto no governo, discordaram da avaliação de Link, e as repercussões políticas e econômicas foram imediatas. A partir desse ponto, a saída de Walter Link da Petrobras tornou-se inevitável. Ele retornou aos Estados Unidos em 1960, mas suas previsões começaram a se concretizar com o tempo.<h2>A busca por petróleo offshore</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/30/30213544144022.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Após a saída de Walter Link, novas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124795-os-problemas-destrutivos-e-mortais-da-perfuracao-por-petroleo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">descobertas de petróleo</a> no mar corroboraram suas previsões, consolidando sua reputação como um visionário. Assim, a Petrobras gradualmente mudou seu foco para a exploração offshore. A empresa começou a investir em tecnologias e infraestrutura para explorar as vastas reservas de petróleo no litoral brasileiro.<h2>Legado duradouro</h2>O legado de Walter Link na Petrobras e na indústria petrolífera brasileira é indiscutível. Seu papel na introdução da exploração offshore no Brasil não apenas transformou a indústria, mas também contribuiu para a autossuficiência energética do país.A história da exploração de petróleo no Brasil foi marcada pela transição da exploração onshore para offshore, em uma narrativa complexa e cheia de reviravoltas. Walter Karl Link desempenhou um papel central nessa transição, desafiando as convenções e defendendo uma visão audaciosa que, com o tempo, provou estar correta. As ideias de Link moldaram o curso da indústria petrolífera brasileira e contribuíram para o país se tornar um dos maiores produtores de petróleo do mundo.</body>

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O geólogo injustiçado: quando Walter Karl Link sugeriu o mar à Petrobrás

Imagem de Corte de boleta: por que os argentinos têm preguiça de votar? no megacurioso

O voto em papel nas eleições argentina é feito através de grandes encartes com os nomes dos candidatos que devem ser recortados se forem de coligações diferentes

No domingo (22), enquanto as imagens das eleições argentinas eram divulgadas nas mídias sociais, um fato chamou a atenção dos brasileiros: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119603-voto-impresso-ou-eletronico-vantagens-e-desvantagens-de-cada-um.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">as cédulas de votação</a>. Em forma de encartes de papel dobráveis, as listas são encabeçadas pelo candidato a presidente, mas estampam também os nomes dos postulantes a outros cargos em disputa, que fazem parte da mesma aliança.Mas isso não significa que o voto seja vinculado. Se o eleitor preferir votar em candidatos de outras coalizões,&nbsp;ele tem que usar uma tesoura para recortar os nomes desejados em outras pilhas de células, colocar tudo em um envelope e inserir na urna. No caso de voto apenas nos candidatos de uma única aliança, basta dobrar o encarte e colocar na urna.Nas "elecciones generales" de domingo, os argentinos votaram para eleger, além do presidente, também deputados, senadores, governadores (nas províncias de Buenos Aires e Entre Rios) e prefeito (em Buenos Aires). A forma de votar faz com que, além do DNI, emitido pelo Registro Nacional de las Personas, o eleitor leve também uma tesoura às mesas de votación.&nbsp;<h2>Como funciona o "corte de boleta"?</h2><blockquote class="twitter-tweet">. <a href="https://twitter.com/arielpalacios?ref_src=twsrc%5Etfw">@arielpalacios</a> mostra como são as cédulas de papel para a votação nas eleições na Argentina. ? Assista na <a href="https://twitter.com/hashtag/GloboNews?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#GloboNews</a>: <a href="https://t.co/bFwcwLpLU9">https://t.co/bFwcwLpLU9</a> <a href="https://t.co/jtrAgSVZZv">pic.twitter.com/jtrAgSVZZv</a>— GloboNews (@GloboNews) <a href="https://twitter.com/GloboNews/status/1716203413946380477?ref_src=twsrc%5Etfw">October 22, 2023</a></blockquote>Em uma postagem na rede social X com mais de 3,2 milhões de visualizações, o colunista da GloboNews, Ariel Palacios, explica <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123977-por-que-o-mickey-mouse-aparece-nas-cedulas-de-votacao-dos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como se vota em nosso país vizinho</a>: "Tem que levar uma tesoura, cortar de uma forma muito bem-cortada, senão podem anular seu voto. [Em seguida] Vai na outra pilha, pega [a outra cédula], corta na linha pontilhada... Isso se chama corte de boleta (a cédula eleitoral)".O sistema, que pode ser considerado arcaico <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/127074-por-que-a-argentina-usa-6-tipos-de-dolares-diferentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quando comparado à nossa urna eletrônica</a>, tem um impacto direto no resultado das eleições. Como as pessoas não têm, segundo Palácios, muita paciência para ficar recortando cédulas, elas preferem pegar o encarte inteiro, dobrar e enfiar na urna, o que implica em uma maioria parlamentar para o presidente eleito.&nbsp;Desta vez, no entanto, a situação se inverteu. O candidato Sergio Massa foi o mais votado no primeiro turno das eleições presidenciais, mas seu partido, o Unión por la Patria, perdeu dez assentos na Câmara dos Deputados. Já o segundo mais votado na eleição presidencial, Javier Milei, viu seu partido, La Libertad Avanza conquistar 34 novas cadeiras na câmara e oito no senado. "Isso complica mais o esquema político do próximo governo", como previu Palácios.

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Corte de boleta: por que os argentinos têm preguiça de votar?

Imagem de De Elvis Presley a Kennedy: quem quase já foi esculpido no Monte Rushmore? no megacurioso

Quatro presidentes estão esculpidos no monumento, mas se dependesse das pessoas, a lista seria bem maior

<head></head><body>Você já deve ter visto em filmes e animações dos EUA uma montanha curiosa, em que estão esculpidos os rostos de alguns presidentes daquele país. Trata-se do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121634-6-fatos-interessantes-sobre-o-monte-rushmore.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Monte Rushmore</a>, localizado no estado da Dakota do Sul. Inaugurada em 1941, essa escultura demorou 15 anos para ser concluída — e é a maior escultura do mundo cavada diretamente em uma montanha.Além das faces presidenciais, o monumento conta com uma sala secreta. Nela, estão guardados exemplares da Constituição dos EUA, da Declaração da Independência e uma biografia de Gutzon Borglum, principal artista responsável pela obra.Os quatro presidentes estadunidenses homenageados são George Washington, Thomas Jefferson, Theodore Roosevelt e Abraham Lincoln. A obra fez parte das comemorações pelos 150 anos de independência do país.Os homenageados foram escolhidos devido à sua importância histórica para a política do país. Mas isso não significa que outros nomes não foram cogitados, mesmo que em tom de piada.Conheça algumas pessoas que quase foram eternizadas nesse monumento.<h2>1. Susan B. Anthony</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/16/16113759747156.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Susan B. Anthony foi uma escritora e intelectual estadunidense que se destacou em lutas importantes, como o fim da escravidão e a liberação do voto feminino. Ela chegou a ser presa no ano de 1872 por votar na eleição presidencial daquele ano. Ela faleceu em 1906, aos 86 anos. Apenas 14 anos depois as mulheres teriam direito ao voto.<h2>2. Dwight D. Eisenhower</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/16/16113831581157.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Eisenhower foi um presidente e militar estadunidense. Ele comandou as tropas dos EUA durante a Segunda Guerra Mundial, o que lhe rendeu imensa popularidade no país e o fez vencer as eleições presidenciais de 1952 e 1956 pelo Partido Republicano.Apesar de ser conservador, Eisenhower se mostrou um defensor da Constituição, tomando medidas enérgicas contra a discriminação racial. Em 1957, ele determinou uma intervenção federal no estado de Arkansas para evitar a segregação racial nas escolas.<h2>3. John F. Kennedy</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/16/16113907069158.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)O assassinato do presidente John F. Kennedy enlutou profundamente os cidadãos dos EUA no ano de 1963. Uma parte da sociedade acreditava que incluir o rosto de Kennedy no <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/105783-o-que-ha-na-sala-secreta-atras-do-monte-rushmore.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Monte Rushmore</a> era um tributo adequado para honrar a sua história.Em 1991, uma pesquisa conduzida pela NBC revelou que os entrevistados ainda queriam ver esse presidente eternizado no monumento. Em 2014, uma nova pesquisa apontou Kennedy na segunda posição na busca por um espaço ao lado dos outros presidentes de pedra, perdendo a liderança para Ronald Reagan.<h2>4. Elvis Presley</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/16/16113942421160.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Elvis é um dos artistas mais populares da história da música nos EUA. Sua morte ainda comove uma legião de fãs. Não por acaso, parte desse público pediu que o rosto do astro fosse esculpido ao lado dos presidentes, ainda que ele não tenha sido um político.Em 1991, uma campanha pediu para que fãs enviassem cartas solicitando às autoridades à inclusão de Elvis no monumento, o que não ocorreu. Em compensação, o cantor ganhou outra honraria: estampou um selo oficial no ano de 1993.Embora a lista por novos rostos no Monte Rushmore não pare de crescer, não há previsão para que intervenção assim aconteça.</body>

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De Elvis Presley a Kennedy: quem quase já foi esculpido no Monte Rushmore?

Imagem de Holanda proíbe criação de raças de cães braquicefálicos, como pugs e buldogues no megacurioso

Após nova legislação, raças 'de cara achatada' não poderão mais ser reproduzidas nos Países Baixos

<head></head><body>Em 2014, a Holanda aprovou pela primeira vez uma legislação que proíbe a criação de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127319-o-que-acontece-quando-deixamos-nossos-caes-sozinhos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cães</a> cujas características extremas colocam em risco a sua saúde e qualidade de vida. Contudo, desde então, esse tipo de proibição permaneceu apenas no papel.Foi somente em 2019 que o governo holandês decidiu realmente fazer a lei ser cumprida e passou a reprimir a criação de cães braquicefálicos. E o que isso quer dizer? Com os novos critérios, qualquer cão com focinho menor que um terço do crânio não pode ser reproduzido na região.Sendo assim, espécies de "cara achatada", como pugs e buldogues franceses, devem desaparecer aos poucos dos Países Baixos.<h2>Decisão marcante</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/06/06185733837438.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Após o anúncio feito pelo governo da Holanda, o Kennel Club Holandês — uma organização de criadores caninos — decidiu encerrar os registros de pedigree de 12 raças: <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122943-a-historia-dos-pugs-os-caes-que-acompanharam-monges-e-imperadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pugs</a>, Boston terriers, shih-tzus, buldogues britânicos, buldogues franceses, Cavaliers King Charles spaniels e affenpinschers.&nbsp;Embora o modelo holandês tenha servido de inspiração para outros países, ainda existe um grande medo de que tal decisão pode alimentar ainda mais criadores irresponsáveis, contrabando ilegal de cachorros e compradores desinformados. No entanto, novas decisões têm sido tomadas para preencher essa lacuna.Para a questão dos cães braquicefálicos importados para a Holanda, o governo local anunciou que pretende decretar uma proibição total da posse desses cães. "Tornamos a vida de animais inocentes miserável, simplesmente porque os achamos ‘bonitos’ e ‘fofos’. É por isso que hoje damos um grande passo em direção a uma Holanda onde nenhum animal de estimação tenha de sofrer com a sua aparência", disse o ministro holandês da Agricultura, Natureza e Qualidade Alimentar, Piet Adema, à imprensa.&nbsp;<h2>Próximas etapas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/06/06185800220439.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)A proibição decretada pelos Países Baixos não afetaria apenas as raças de cães braquicefálicos, como também englobaria qualquer animal com características que "podem ser objetivamente determinadas como causadoras de sofrimento permanente". Um exemplo disso são os gatos Scottish Fold, os quais possuem um gene que enfraquece a cartilagem de suas orelhas.Agora, o governo holandês está considerando uma lista de características causadoras de sofrimento permanente para proibi-las definitivamente em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123144-por-que-animais-selvagens-nao-sao-bons-animais-de-estimacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animais de estimação</a>. Em primeiro momento, eles estão se concentrando apenas em cães e gatos por serem os animais de estimação mais comuns no país. “Essa lista começará pequena, mas será expandida ainda mais com base em pesquisas adicionais sobre características prejudiciais que podem ser determinadas objetivamente em cada animal”, diz o comunicado.Ainda não se sabe ao certo como a Holanda colocará essas proibições em prática, o que inclui até mesmo proibições de compartilhar fotos dessas espécies em redes sociais. Porém, vale destacar: os donos de animais proibidos pelo governo não terão seus animais de estimação retirados à força de suas casas. As pessoas que já possuem cães ou gatos com características proibidas serão autorizadas a mantê-los até o fim de suas vidas.No caso de alguém flagrado com um animal de estimação adquirido ilegalmente após a proibição ser promulgada, o governo holandês ainda não elaborou quais as consequências que poderão ocorrer para o proprietário.</body>

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Holanda proíbe criação de raças de cães braquicefálicos, como pugs e buldogues

Imagem de Projeto 4.1: EUA expuseram propositalmente humanos à radiação no megacurioso

Por 12 anos, o governo americano realizou testes nucleares nas Ilhas Marshall, sendo que um dos objetivos era estudar os efeitos radioativos na população de mais de 13 mil pessoas

<head></head><body>Os Estados Unidos do século XX não conheceram limites quando o assunto era vencer <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127603-palestina-e-israel-5-palavras-chave-para-entender-o-conflito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">guerras</a> e defender seus próprios interesses – e nenhum desses aspectos mudaram até hoje. Um levantamento feito pela Macrotrends apontou que cerca de 13 mil pessoas viviam nas Ilhas Marshall, um arquipélago com 29 atóis (ilhas oceânicas em forma de anel), localizada entre o Havaí e a Austrália, quando os americanos decidiram fazer delas um campo para <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126897-como-as-cameras-usadas-em-testes-nucleares-resistiram-as-explosoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">testes nucleares</a>.De 1946 a 1958, o governo americano realizou 67 testes nucleares nos atóis da ilha, como parte da corrida nuclear que tentava superar a temida União Soviética, rumo à Guerra Fria, o período mais nuclear da história mundial. Após o sucesso infame e contraditório das bombas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122615-por-que-hiroshima-e-nagasaki-foram-alvo-de-bombas-atomicas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hiroshima e Nagasaki</a>, os governos concluíram que apenas uma bomba atômica poderia, de certa forma, colocar um fim em qualquer guerra ao mostrar quem estava sob o controle do mundo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/11/11103107944060.jpg" alt="(Fonte: Nuclear Weapon Archive/Reprodução)">(Fonte: Nuclear Weapon Archive/Reprodução)E os americanos não tiveram escrúpulos com isso. Enquanto os soviéticos trabalhavam incansavelmente em seu <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115768-area-de-testes-de-semipalatinsk-desastre-na-uniao-sovietica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Polígono no meio do deserto do Cazaquistão</a>, os norte-americanos traçavam o escopo da Operação Castelo, que lançaria uma bomba termonuclear, também conhecida como bomba de hidrogênio, cujo poder de detonação estava previsto para ser mil vezes mais forte do que as lançadas sobre as cidades japonesas.Nesse plano estava incluso o Projeto 4.1, que visava expôr propositalmente pessoas à radiação para estudar os seus efeitos.<h2>A explosão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/11/11103156473061.jpg" alt="(Fonte: NOAA/Reprodução)">(Fonte: NOAA/Reprodução)Em 1º de março de 1954, os militares do Exército dos EUA levaram para o Atol de Bikini, localizado no oceano Pacífico, nas Ilhas Marshall, o maior empreendimento desenvolvido pelos cientistas do Laboratório de Los Alamos até então: a Bravo, uma bomba de hidrogênio que pesava 10,7 toneladas, media quase 5 metros de comprimento e tinha 137 centímetros de diâmetro. Foi o primeiro dispositivo termonuclear da Operação Castelo.Às 6h45 do horário local, a bomba nuclear foi detonada, formando uma bola de fogo com quase 7,2 quilômetros de diâmetro e que pôde ser vista a mais de 400 quilômetros de distância de Bikini. Em 1 minuto, a nuvem em formato de cogumelo alcançou 40 quilômetros de altura e ganhou 11 quilômetros de diâmetro.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/11/11103346796063.jpg" alt="(Fonte: Nuclear Weapon Archive/Reprodução)">(Fonte: Nuclear Weapon Archive/Reprodução)Dez minutos depois, ela já se expandia em uma velocidade de 360 km/h. Foi só nesse momento que os cientistas perceberam o erro matemático catastrófico da concepção da Bravo — não era para ela ser tão forte assim, mas nada mais podia ser feito.Cinco horas após a explosão da bomba, a precipitação radioativa chegou até os habitantes dos atóis vizinhos, em Rongelap, Ailinginae e Utrik, afetando cerca de 236 moradores. Nenhum deles foram alertados ou evacuados da área imediatamente, pois começava ali o Projeto 4.1, uma seção de pesquisa adicionada ao escopo da Operação Bravo que visava estudar os efeitos da radiação no corpo humano.<h2>Crime e abuso</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/11/11103500917064.jpg" alt="(Fonte: Nuclear Secreacy Blog/Reprodução)">(Fonte: Nuclear Secreacy Blog/Reprodução)O Projeto 4.1 foi apenas o começo da exploração dos impactos destrutivos da radiação no corpo humano, que começou com a Operação Castelo e se estendeu por mais 12 anos de bombardeamento de dispositivos nucleares, acumulando um rendimento radioativo de mais de 7 mil bombas de Hiroshima, afetando os 1.500 habitantes das Ilhas Marshall.As consequências a longo prazo dos testes, e que não eram de interesse do governo americano, começaram a aparecer em 1961, quinze anos após o início das explosões, causando uma grande incidência de distúrbios da tireoide e câncer – e isso foi apenas o começo. Os marshaleses desenvolveram uma predisposição para defeitos congênitos, sendo os bebês-água-viva o mais comum entre eles, em que os fetos nascem sem ossos no corpo e com a pele quase transparente. Eles normalmente não têm pernas, braços ou crânio estruturado.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/11/11103607523065.jpg" alt="(Fonte: Business Insider/Reprodução)">(Fonte: Business Insider/Reprodução)A exposição aos radionuclídeos causou doenças e condições crônicas nos marshaleses a ponto de afetar sua expressão cultural, que acontecia muito por meio do canto, artesanato e percussão corporal. Esses aspectos já haviam sido desgastados por séculos de domínio colonial espanhol, alemão, japonês e, por fim, americano.No livro Elements of Controversy (1994), o autor Barton Hacker diz que o Projeto 4.1 foi iniciado com motivos mistos, que até tinha a intenção de ajudar os ilhéus, mas que os fins políticos e militares se sobressaíram.Os médicos americanos operaram cerca de 117 pacientes com distúrbios de tireoide na ilha, desembolsando um total de US$ 3 milhões em troca de consentimento para cirurgias.&nbsp;“Muitas pessoas tiveram hipotireoidismo com essas cirurgias”, disse Neal Palafox, médico e ex-chefe do programa de saúde do Departamento de Energia nas Ilhas Marshall, ao Los Angeles Times. Muito embora o câncer de tireoide esteja entre os mais bem sucedidos no que diz respeito ao tratamento de cânceres, os ilhéus foram submetidos a cirurgias agressivas e pouca ou nenhuma reabilitação e terapia pós-cirurgia, deixando muitos com deficiências vocais permanentes.<h2>Os descartados</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/11/11104106005066.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)A cantora e compositora Eknilang tinha 8 anos quando a bomba Bravo foi detonada no Atol de Bikini. Os médicos removeram sua glândula tireoide e a deixaram com uma lesão vocal permanente. “O povo confiava nos americanos porque achavam que estavam lá para cuidar deles”, disse Ariana Tibon, especialista em educação na Comissão Nuclear Nacional no atol de Majuro, em entrevista ao Facing South.Mas isso não era verdade, porque o governo americano os descartou assim que as atividades nucleares nas Ilhas Marshall foram encerradas. Em 1972, durante uma sessão no Congresso da Micronésia, o político Ataji Balos disse que a Comissão de Energia Atômica (AEC) dos EUA expôs o povo ilhéu propositalmente à radiação para que pudessem desenvolver e aprimorar capacidades médicas para tratar aqueles expostos durante uma possível guerra nuclear. E que os marshalleses foram escolhidos por não serem brancos e pelo seu status marginalizado nos EUA e no mundo.Um prospecto do Programa Castelo Bravo foi encontrado e exposto em 1994, mostrando que o escopo da operação já incluía a seção do Projeto 4.1, mostrando que o estudo dos efeitos radioativos foi algo premeditado pela AEC. O governo americano, porém, alegou que essa seção foi inclusa depois no documento, mas não usou nada para comprovar isso.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/11/11104203408067.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Em 1988, o governo marshalês formou um tribunal de reivindicações nucleares com financiamento americano para pagar indenizações às vítimas de radiação e àqueles que continuavam sofrendo com o pós-tratamento. Os EUA, no entanto, nunca financiaram adequadamente o tribunal e, em 2006, a verba simplesmente parou de entrar. Até então, o tribunal havia pago US$ 91,4 milhões a quase 2 mil feridos pelos testes, dois terços dos quais tinham doenças da tireoide.Atualmente, em média a cada dois dias, pacientes com câncer procuram o tribunal buscando subsídio para custear seu tratamento. Eles são orientados com palavras evasivas das únicas funcionárias restantes sobre o motivo de não poder ajudá-los.E 77 anos após o início dos testes nucleares e dos experimentos do Projeto 4.1, os EUA ainda não desclassificaram todas as informações sobre as atrocidades e as consequências de sua estadia de 12 anos nas Ilhas Marshall. Para piorar, esse povo ainda é mantido à margem e manipulado como se fossem os vilões, não as vítimas.</body>

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Projeto 4.1: EUA expuseram propositalmente humanos à radiação

Imagem de Precatórios: como as dívidas do governo impactam a sua vida? no megacurioso

Precatórios são dívidas que o governo contraiu, discordou judicialmente e perdeu — e o volume desses débitos é um impressionante

<head></head><body>Você já levou um calote em sua vida? Cobrar alguém que está nos devendo dinheiro é algo necessário, afinal não dá para sair por aí perdoando todas as dívidas que existem, né? Em alguns casos, o devedor até gostaria de pagar os débitos, mas está passando por um problema financeiro. Em outros, ele simplesmente não quer pagar, pois não concorda com o valor, por exemplo.Quando falamos em dívidas, é natural que pensemos em <a href="https://www.megacurioso.com.br/consumo/81523-gastar-demais-pode-ter-fundamento-genetico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pessoas comuns devendo</a> valores relacionados às contas cotidianas, como a água ou a eletricidade. Mas grandes empresas e até mesmo governos têm suas dívidas para pagar — e elas às vezes atrasam. Esse é o caso dos precatórios.O precatório não é uma dívida comum que os governos contraem. Trata-se de um débito definido após uma decisão judicial. Isso quer dizer que a Justiça, em todas as instâncias possíveis, determinou que uma prefeitura, o governo de um estado ou o federal precisa pagar aquele débito.Mas isso não deve ser um problema, né? Afinal, os governos têm dinheiro.Então, não é bem assim.<h2>Como surge um precatório?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/11/11114129850109.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)A palavra precatório tem origem latina e significa “requisitar”, ou seja, alguém requisitou aquele pagamento ao governo — e quem costuma fazer essas requisições? Praticamente todo mundo. Vamos a alguns exemplos.Dona Maria teve sua casa desapropriada porque o terreno foi usado na construção de uma rodovia federal. Ela não concordou com o valor pago de indenização e processou o governo.Anos depois, seu João teve o carro danificado nessa rodovia e processou o governo em busca de uma indenização.Nos dois casos, o governo não aceitou as solicitações e recorreu na Justiça para não pagar nenhum dos dois cidadãos, mas a Justiça deu ganho de causa em todas as instâncias à dona Maria e seu João. Ou seja: o governo não pode mais enrolar e precisa pagar os valores, certo? Nem sempre.<h2>Por que o pagamento dos precatórios é um desafio?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/11/11114216140111.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)As <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120160-o-curioso-caso-da-moeda-de-us-1-trilhao-e-o-problema-de-imprimir-dinheiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dívidas</a> judiciais do Governo são compostas por milhares de pessoas e empresas. Aliás, existe um setor da advocacia especializado em processar governos.Em 2022, o valor da dívida do Governo Federal chegou a R$ 89,1 bilhões. Naquele ano, o governo propôs uma alteração na regra de pagamento, permitindo quitá-las até o ano de 2027, quando devem somar R$ 300 bilhões. Ainda em 2022, foram pagos R$ 57,7 bilhões em precatórios. Entre 2021 e 2022, o volume dessa dívida cresceu mais de 40%.Como a maioria das dívidas, os precatórios são compostos pelo valor do pagamento, mais a correção monetária e os juros. Isso ajuda a explicar os valores gigantescos.Para pagá-los, o governo precisa tirar verba de algum outro lugar e isso pode impactar políticas públicas, pois determinados programas podem precisar reduzir sua atuação para que o orçamento arque com os débitos. Outra possibilidade é que seja necessário aumentar a carga tributária. Nos dois casos, toda a sociedade acaba pagando o pato.</body>

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Precatórios: como as dívidas do governo impactam a sua vida?

Imagem de Palestina e Israel: 5 palavras-chave para entender o conflito no megacurioso

O recente ataque do grupo extremista Hamas contra Israel despertou horror e também confusão entre as pessoas sobre o que está acontecendo e por qual motivo

<head></head><body>Às 6h35, horário local, do último sábado (7), o mundo parou quando o grupo extremista Hamas lançou um ataque inesperado por terra e ar contra Israel, atingindo grandes cidades, como Tel Aviv e Jerusalém. Até o momento, as autoridades locais indicam que ao menos 1.500 pessoas morreram, sendo 900 em Israel e 700 na Faixa de Gaza, sem contar milhares de feridos e desaparecidos.Como o conflito e seus precedentes alcançaram escala mundial, muitas dúvidas surgiram sobre o que está acontecendo e por qual motivo.Essas são 5 palavras para entender o conflito entre Palestina e Israel.<h2>1. Palestina</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/09/09173940033367.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Antes de tudo, é preciso saber que a Palestina não é um país, um Estado, por esse motivo , o povo palestino luta pelo seu reconhecimento internacional após sofrer com o imperialismo do século XX. Como Estado de jure&nbsp;(reconhecido por lei, mas que não possui controle sobre seu território ou governo), a Palestina reivindica os territórios da Cisjordânia (incluindo Jerusalém Ocidental) e a Faixa de Guerra, como foi definido pelos Acordos de Armistício de 1949, que puseram um fim na primeira guerra árabe-israelense após a criação do Estado de Israel.Para entender a situação da Palestina, é preciso voltar no século XVI, quando a região era apenas controlada pelo Império Otomano e assim permaneceu até o final da Primeira Guerra Mundial, quando este foi derrotado e desmantelado. Com isso, em 1922, a Liga das Nações concedeu à Grã-Bretanha um mandato sobre a Palestina como forma de apoiar a criação de um lar nacional para o povo judeu na região, um reflexo da Declaração de Balfour de 1917, ignorando que lá havia uma população árabe com cerca de 800 mil pessoas.<h2>2. Israel</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/09/09174026744369.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)O povo judeu foi expulso da região da Palestina, dando início à sua diáspora (o deslocamento forçado ou incentivado) quando o Império Romano dominou a área em 63 a.C. e os expulsou sete décadas após a morte de Cristo como forma de combater os movimentos nacionalistas que buscavam independência.A diáspora judaica espalhou esse povo por diferentes países, principalmente na Europa, além de Rússia e Estados Unidos. Dependendo da região, suas condições de vida foram variadas, mas, no geral, eles enfrentaram muita discriminação e perseguição, sobretudo na Europa.Como resultado, surgiu o sionismo, um movimento político e ideológico que buscava a criação e preservação de um Estado judaico na região historicamente conhecida como "Terra de Israel", que inclui partes dos territórios palestinos. O termo sionismo teve origem na palavra "Sião", que é um dos nomes dados a Jerusalém na Bíblia.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/09/09174052516371.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)A Declaração de Balfour foi o primeiro flerte e sinal de empatia de uma potência mundial com o sionismo, e foi condenada pelos palestinos que acreditam que a Grã-Bretanha desrespeitou os desejos políticos da população nativa. Isso porque a declaração apoiava o discurso sionista de que a Palestina é a região dos judeus por direito, tendo como base "fontes bíblicas e históricas".Essa ideia de que os interesses dos judeus — sua segurança e liberdade — só estariam preservados se fosse estabelecido um Estado judaico independente cresceu e foi cimentada no final da Segunda Guerra Mundial, após os horrores do Holocausto.Em 3 de setembro de 1947, o Comitê Especial das Nações Unidas sobre a Palestina (UNSCOP) reconheceu a ligação histórica do povo judeu com a Palestina. Antes de expirar o mandato britânico na Palestina, em 14 de maio de 1948, a Agência Judaica para Israel declarou a independência do Estado de Israel, apesar de toda oposição do povo árabe.<h2>3. Hamas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/09/09174126598373.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)A falta de progresso nas negociações para que acordos de paz acontecessem, interferências internacionais unilaterais e as constantes tentativas em inviabilizar os direitos dos palestinos facilitaram para que ideias extremistas fossem reunidas em grupos como o Hamas, que recorrem à violência como uma forma de pressionar por mudanças.Durante a Primeira Intifada, uma revolta palestina contra a ocupação israelense dos Territórios Palestinos, o Hamas foi fundado, em dezembro de 1987, por membros da Irmandade Muçulmana, que visa combater Israel, decretar sua extinção e estabelecer um Estado palestino islâmico na região.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/09/09174149155374.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)A princípio, seus esforços eram concentrados em atividades de resistência armada, como ataques terroristas contra alvos israelenses, porém, ao longo dos anos, o grupo expandiu sua influência e adquiriu uma visão política, principalmente ao vencer as eleições legislativas palestinas em 2006.A partir disso, o grupo passou a controlar a Faixa de Gaza, antes sob a Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), com grande influência israelense. E como ressalta Uriã Fancelli, mestre em relações internacionais pelas universidades de Estrasburgo e Gorningen, confundir os palestinos com o Hamas é o mesmo que dizer que todo afegão é membro da Al-Qaeda. Ou seja, o conflito recente não representa a luta dos palestinos, tampouco coloca Israel em posição de vítima.<h2>4. Faixa de Gaza</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/09/09174224789375.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)A Faixa de Gaza é um território com 41 quilômetros de comprimento, onde habitam pouco mais de 2 milhões de pessoas, localizado entre a costa oeste do território israelense, na fronteira com o Egito, e é banhado pelo Mar Mediterrâneo.Gaza foi tomada do Egito por Israel durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, e entregue aos palestinos só em 2005. Dois anos depois, passou a ser controlada pelo Hamas quando o grupo venceu as eleições legislativas palestinas e expulsou o governo da ANP.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/09/09174244408378.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Israel e Egito então lançaram uma série de restrições de movimento contra Gaza que tornaram sua existência um verdadeiro inferno na Terra, impedindo até mesmo a entrada de recursos básicos, como comida, remédios e energia. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 80% da população da região depende da ajuda internacional, sendo que 1 milhão de habitantes dependem de ajuda alimentar diária. Cerca de 1,7 milhões de refugiados palestinos habitam a Faixa de Gaza.O recente ataque do Hamas, apoiado pelo Irã, foi uma maneira de impedir que a Arábia Saudita estabeleça relações diplomáticas formais com Israel, não só isolando os palestinos e iranianos como fazendo deles alvos ainda maiores. Em meio a tudo isso, os EUA atua como um mediador essencial para que isso aconteça.<h2>5. Estados Unidos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/09/09174316496379.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Desde 1949 que os EUA mantêm relações diplomáticas estáveis com Israel, tanto no âmbito de segurança como de comércio e política, e desde esse tempo elas são consideradas controversas. Um exemplo disso é que, como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, os americanos usam seu poder de veto para bloquear resoluções críticas de Israel na ONU, impedindo que a comunidade internacional tome medidas para pressionar Israel a fazer concessões durante conflitos.Em 2017, o então presidente americano Donald Trump fez dos EUA o primeiro país do mundo a reconhecer formalmente Jerusalém como a capital de Israel ao transferir a embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém. A ação desencadeou uma revolta dos palestinos, que há anos reivindicam, sem sucesso, Jerusalém Oriental como a capital de um futuro Estado palestino.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/09/09174346323380.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Além disso, o governo Trump também apresentou um plano de paz chamado de Acordo do Século, amplamente discutido como unilateral por favorecer apenas a Israel, ao permitir a anexação de partes significativas da Cisjordânia pelos israelenses. O plano foi rejeitado pelos palestinos e pela comunidade internacional.O atual presidente dos EUA, Joe Biden, enviou um porta-aviões, cinco navios de guerra e vários aviões de combate para os israelenses usarem contra a agressão do Hamas, reforçando o que os americanos chamam de "aliança inabalável" com Israel.&nbsp;Há décadas que a ajuda financeira e militar dos EUA permite que as capacidades militares israelenses se mantenham em posição contra os palestinos, que nunca tiveram apoio aberto de nenhuma potência.</body>

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