Imagem de Lenda conta que túmulo de Jesus estaria no Japão no megacurioso

Na Terra do Sol Nascente, a teoria que Jesus fugiu da crucificação ganhou fama

<head></head><body>A história de Jesus Cristo é conhecida mesmo por aqueles que não possuem alguma religião. E ainda que haja discordância acerca de como ocorreram certos eventos, você consegue imaginar que um segundo túmulo de Jesus possa existir?Há uma lenda que ganhou fama justamente por afirmar que a tumba estaria bem longe do Santo Sepulcro, em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118794-por-que-jerusalem-nao-e-a-capital-de-israel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jerusalém</a> — e seria nada mais, nada menos que um povoado japonês o local que abrigaria a sepultura de Jesus Cristo.Já adiantamos que, de cara, a história contada é bem diferente: Jesus teria ido ao Japão aos 21 anos e retornado para a Judeia aos 33 anos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/08/08234030309022.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>O que reza a lenda:</h2>Esse destino inusitado indica que a história de Jesus teria tido um desfecho bem diferente do que consta na Bíblia: Em Shingo, povoado localizado na província de Aomori, há escritos que apontam que <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122739-as-representacoes-mais-antigas-de-jesus-cristo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jesus</a> não teria sido crucificado após ser capturado pelos romanos. Mas, afinal, então quem teria morrido em seu lugar?A história aponta que teria sido seu irmão mais novo quem teria se sacrificado. Após a troca de lugar, Cristo teria fugido para o Japão atravessando a região da Sibéria, levando consigo uma mecha do cabelo de sua mãe, a Virgem Maria, e uma das orelhas de seu irmão.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/08/08233512166020.jpg" alt="Num local onde a principal atividade econômica é movida pela agricultura, uma lenda urbana tem ajudado a promover a cidade. (Fonte: Wikimedia/Reprodução)">Num local onde a principal atividade econômica é movida pela agricultura, uma lenda urbana tem ajudado a promover a cidade. (Fonte: Wikimedia/Reprodução)E, sim, ainda tem mais: morando em Shingo, Jesus teria se casado com uma moradora local e tido três filhos, vivendo nas terras japonesas até falecer aos 106 anos. Isso é o que explica a existência do túmulo de Cristo indicado com placas pela região.Inclusive, no <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118627-7-fatos-curiosos-que-provam-que-o-japao-e-um-pais-unico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Japão</a>, Cristo também teria adotado um novo nome: Daitenku Taro Jurai. E as relíquias que ele carregava consigo na fuga para a Ásia estariam num monte próximo de sua suposta tumba. Além disso, espalhou-se a teoria que os membros da família Sajiro Sawaguchi poderiam ser descendentes dele.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/08/08233810945021.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Mas afinal, como surgiu essa história toda?</h2>Esse relato veio à tona nos documentos Takenouchi, que foram destruídos em meio à Segunda Guerra Mundial após serem encontrados em 1936. Acredita-se que eles abrigavam vários relatos fantasiosos, mas ainda assim, ganharam fama local por mencionar a vida de um pregador que viveu em Jerusalém.Apesar do descrédito atribuído a esses supostos acontecimentos, já que apenas cerca de 1% da população japonesa aderiu à fé <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123410-as-4-religioes-mais-comuns-no-japao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cristã</a>, ainda há por lá quem acredite sobre a possibilidade do túmulo ser real ou mesmo que os habitantes de Shingo teriam algo de diferente. Afinal, isso poderia ser um sinal da influência de Jesus em seus descendentes.E mais do que isso, por lá é anualmente celebrado o Festival de Cristo, num evento de relativo destaque onde convidados participam de danças cerimoniais e até padre e autoridades políticas locais comparecem.</body>

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Lenda conta que túmulo de Jesus estaria no Japão

Imagem de Elisa e Marcela: o casal de lésbicas que enganou a Igreja Católica no megacurioso

Com planos de se casar na Igreja Católica de São Jorge, na Espanha, o casal elaborou um grande disfarce para poder realizar a cerimônia

<head></head><body>Em 1901, a Igreja Católica de São Jorge, na cidade de La Coruña, abriu-se para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123156-o-que-diz-a-constituicao-brasileira-sobre-o-casamento-gay.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">casamento</a> do casal Marcela e Mário. O noivo tinha sido batizado naquele mesmo dia, afirmando ser filho de pais ingleses protestantes e afirmando seu desejo de se converter ao catolicismo. O que os presentes não sabia, porém, é que aquela história era uma farsa.Na realidade, o nome verdadeiro de Mário era Elisa Sánchez Loriga, que se disfarçou de homem para conseguir se casar dentro da Igreja. Segundo os registros históricos, esse foi o único casamento do mesmo sexo conhecido na história da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121451-6-fatos-curiosos-sobre-a-igreja-catolica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Igreja Católica</a> espanhola — tornando-se um caso pioneiro de união homossexual no mundo todo. Conheça mais sobre a história!<h2>Criando um disfarce</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/26/26182533635442.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Por volta dos anos 1880, o par Elisa e Marcela Gracia Ibeas se conheceu em La Coruña. Enquanto Marcela passava seu tempo como aluna da escola de magistério, Elisa tinha estudado anteriormente para seguir a mesma carreira e trabalhava dentro da escola. Após algumas interações pelos corredores locais, elas se apaixonaram e engataram um relacionamento.Como qualquer <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122433-conheca-o-gateways-o-bar-lesbico-mais-antigo-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">casal homossexual</a> da época, as duas sofreram com a rejeição das famílias. A família de Marcela, inclusive, a enviou para Madri para que ficasse longe de sua amada — o que não adiantou de nada. Mesmo com tantos empecilhos, elas encontraram uma forma de continuar se vendo e estabeleceram os primeiros planos para se casar.Para enganar a todos, o casal simulou uma briga e ambas passaram a dizer que não estavam mais juntas. Além disso, Marcela estava grávida de um homem não identificado e anunciou que se casaria com um primo de Elisa, chamado Mário, que teria sido criado em Londres. Esse foi o personagem encontrado para que Elisa pudesse se vestir de homem.<h2>Pressão social</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/26/26182604025443.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O plano de Marcela e Elisa funcionou perfeitamente e a cerimônia na Igreja aconteceu. Contudo, não demorou muito tempo para que fotos das duas aparecessem na primeira página de um jornal local estampando a frase "Um casamento sem um noivo". O caso ultrapassou fronteiras e também repercutiu em lugares como França, Bélgica e Argentina.Com tamanho assédio da imprensa e sendo perseguidas pela Igreja e polícia, elas decidiram fugir para Porto, em Portugal. Em seu novo lar provisório, Elisa passou a se chamar de Pepe e viver sob o disfarce de um casal heterossexual. Nessa mesma época, a filha de Marcela nasceu.Em 1901, porém, elas foram detidas e levadas para a prisão em Portugal a pedidos da polícia espanhola. De todo modo, a extradição nunca aconteceu porque o casal conseguiu escapar da cadeia e fugir para a Argentina, onde mudaram completamente de identidade. Em solo sul-americano, Marcela passou a se chamar Carmen e Elisa assumiu o nome de Maria.&nbsp;Sabe-se que, posteriormente, Elisa acabou se casando com um homem de origem dinamarquesa, mas foi denunciada por se recusar a ter relações sexuais com o marido. Entretanto, essa é a última informação disponível sobre a trajetória das duas, deixando em aberto o desfecho de uma história completamente fascinante de amor.&nbsp;</body>

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Elisa e Marcela: o casal de lésbicas que enganou a Igreja Católica

Imagem de 6 seitas envolvidas em escândalos que continuam ativas no megacurioso

De extorsão a tiroteios, esses cultos viraram notícia por acusações criminais, e mesmo caindo no esquecimento, continuam ativos

Hist&oacute;rias macabras envolvendo <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120571-por-que-uma-pessoa-entra-para-um-culto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cultos</a> n&atilde;o s&atilde;o nenhuma novidade, chocando o p&uacute;blico h&aacute; muitas d&eacute;cadas quando finalmente se tornam not&iacute;cia. E por mais que v&aacute;rios desses grupos acabem sendo esquecidos depois de um tempo, isso n&atilde;o significa que n&atilde;o continuam ativos, com suas cren&ccedil;as sendo propagadas por v&aacute;rias pessoas, e &agrave;s vezes, pelo mundo.&nbsp;
Pensando nisso, separamos seis grupos origin&aacute;rios dos Estados Unidos que j&aacute; foram acusados de crimes graves, mas que continuam realizando suas atividades no pa&iacute;s e at&eacute; internacionalmente. Confiram abaixo:
<h2>6. A Fam&iacute;lia Internacional</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/26/26165031318381.png" alt="Berg lendo com seu filho adotivo. (Fonte: David Berg/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Berg lendo com seu filho adotivo. (Fonte: David Berg/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Fundado por David Berg em 1968 na Calif&oacute;rnia, este movimento religioso crist&atilde;o era originalmente chamado "Adolescentes por Cristo". Trocando de nome v&aacute;rias vezes, ele passou a ganhar notoriedade sob a alcunha de "Meninos de Deus" (Children of God, ou COG, em ingl&ecirc;s).
Em 1978, depois de problemas envolvendo abuso de poder e m&aacute; gest&atilde;o financeira, o criador decidiu reorganiz&aacute;-lo por completo, com um ter&ccedil;o total dos membros abandonando a seita ou sendo exclu&iacute;dos.&nbsp;
Aqueles que ficaram passaram a pertencer &agrave; nova vers&atilde;o conhecida como "A Fam&iacute;lia do Amor", que infelizmente n&atilde;o fugiu de esc&acirc;ndalos por acusa&ccedil;&otilde;es de abuso sexual infantil, explora&ccedil;&atilde;o de vulner&aacute;veis e estimular participantes consideradas atraentes a trazerem mais homens por meio de sedu&ccedil;&atilde;o.
Aparentemente, o l&iacute;der tamb&eacute;m desencorajava seus seguidores a trabalhar e deixar que as crian&ccedil;as fossem para escola. Al&eacute;m disso, os integrantes eram obrigados a viver em comunas de quatro ou cinco fam&iacute;lias dentro da mesma casa, esperando a chegada do apocalipse.
Ap&oacute;s a morte do criador em 1994, esta seita foi esquecida por muitos, por&eacute;m ela continua ativa como "A Fam&iacute;lia Internacional", tendo centros em v&aacute;rios lugares do mundo, inclusive no Brasil.
<h2>5. Na&ccedil;&atilde;o de Yahweh</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/26/26164418660379.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 1978, Hulon Mitchell Jr. decidiu abandonar a Na&ccedil;&atilde;o do Isl&atilde; por acreditar que o grupo n&atilde;o era radical o bastante. Assumindo o nome Yahweh Ben Yahweh &ndash; que essencialmente significa Deus, o Filho de Deus &ndash; ele fundou em 1979 um movimento religioso negro chamado Na&ccedil;&atilde;o de Yahweh, cujo objetivo era levar afro-americanos, que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123795-5-fatos-misteriosos-sobre-seitas-e-cultos-antigos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">culto</a> acredita ser os verdadeiros israelitas, de volta para Israel.
A seita se tornou muito popular, com templos espalhados por todo o pa&iacute;s e lucrando com complexos de apartamentos, hot&eacute;is, lojas e frotas de &ocirc;nibus e carros caros. Por&eacute;m, sua cren&ccedil;a de que pessoas caucasianas eram "dem&ocirc;nios brancos" com "poderes perversos" passou a gerar muitas cr&iacute;ticas.
A situa&ccedil;&atilde;o s&oacute; piorou quando o l&iacute;der foi acusado de extors&atilde;o e conspira&ccedil;&atilde;o para cometer homic&iacute;dio, sendo condenado em 2001. Depois da pris&atilde;o e do falecimento de Yahweh em 2007, o grupo logo perdeu sua notoriedade, mas segue ativo com os seguidores que ainda consideram o fundador como o pr&oacute;prio Messias.
<h2>4. Movimento LaRouche</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/26/26164232603378.jpg" alt="(Fonte: Museras/Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Museras/Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Apesar de ter se originado no final dos anos 1960 do ativismo estudantil de esquerda, este movimento pol&iacute;tico-cultural mudou para pontos de vista de extrema-direita a partir de meados da d&eacute;cada de 1970.
Seu fundador, Lyndon LaRouche, concorreu &agrave; presid&ecirc;ncia dos Estados Unidos oito vezes sem sucesso e era conhecido por mudar suas vis&otilde;es ideol&oacute;gicas conforme achasse conveniente. Ele tamb&eacute;m tinha a fama de promover teorias da conspira&ccedil;&atilde;o, e os membros do Larouchismo negam situa&ccedil;&otilde;es como o aquecimento global e mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas.
Sob o comando de LaRouche, os integrantes eram submetidos a um r&iacute;gido controle e a um estilo de vida de total imers&atilde;o, com clima de tens&atilde;o. Em 1973, ele ordenou que seus seguidores atacassem membros do Partido Comunista, resultando em v&aacute;rias brigas e muitas pris&otilde;es. Lyndon LaRouche morreu em 2019, mas o movimento ainda participa da pol&iacute;tica americana, al&eacute;m de estar presente em muitas organiza&ccedil;&otilde;es e empresas em todo o mundo.
<h2>3. Igreja da Sociedade Remanescente</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/26/26164017736376.jpg" alt="(Fonte: Scott Sabo/Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Scott Sabo/Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Com sede em Brentwood, no Tenessi, esse <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124652-culto-de-blackburn-a-bizarra-historia-de-anjos-crimes-e-escandalos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">culto</a> prega a perda de peso como um dever espiritual. Ele foi fundado por Gwen Shamblin Lara, que afirmava que a ora&ccedil;&atilde;o poderia substituir os desejos por comida.&nbsp;
Apesar de promover a cultura da dieta, seus ensinamentos diziam ao seguidores para se curvarem apenas a Deus e n&atilde;o a suas geladeiras. No entanto, Lara tamb&eacute;m usou sua influ&ecirc;ncia para controlar as finan&ccedil;as, casamentos e paternidade dos membros, al&eacute;m de os encorajar a cortar os la&ccedil;os com o mundo exterior.
Ela tamb&eacute;m impunha passar uma imagem externa de pura felicidade e perfei&ccedil;&atilde;o aos integrantes, mesmo se estivessem sofrendo. Em 2021, Lara e outros l&iacute;deres morreram em um acidente de avi&atilde;o, causando o decl&iacute;nio da igreja da dieta sagrada, mas alguns membros ainda defendem seus ensinamentos.
<h2>2. Heaven&rsquo;s Gate</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/26/26163244412375.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Heaven's Gate foi uma seita OVNI fundada em 1974 por Bonnie Nettles e Marshall Applewhite, que acreditavam ser as duas testemunhas do Apocalipse. O grupo atraiu centenas de seguidores, nos anos 1990, que pretendiam se transformar em seres extraterrestres imortais, rejeitando sua natureza humana e ascendendo ao c&eacute;u &ndash; que eles chamavam de "Pr&oacute;ximo N&iacute;vel".&nbsp;
Em 1997, para seguir os ensinamentos propagados, o culto chocou a na&ccedil;&atilde;o ao cometer o maior suic&iacute;dio em massa em solo americano, resultando na morte de 39 membros. Embora o movimento n&atilde;o seja mais amplamente conhecido, duas pessoas ainda continuam a ensinar sua doutrina online.
<h2>1. Ramo Davidiano</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/26/26163049807373.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Este culto apocal&iacute;ptico acredita em uma interpreta&ccedil;&atilde;o estrita da B&iacute;blia, com &ecirc;nfase no livro do Apocalipse. Ele foi fundado em 1955 por Benjamin Roden, e se considera uma continua&ccedil;&atilde;o da Adventistas Davidianos do S&eacute;timo Dia, estabelecido em 1935 como um movimento reformista da Igreja Adventista do S&eacute;timo Dia.
Em 1983, um homem chamado David Koresh assumiu a organiza&ccedil;&atilde;o. Sob sua lideran&ccedil;a, a seita tornou-se mais radicalizada, com o l&iacute;der sendo considerado um mentor criminal pelos policiais, que suspeitavam que o grupo estava convertendo ilegalmente rifles semiautom&aacute;ticos em armas totalmente autom&aacute;ticas.
Quando as autoridades norte-americanas descobriram as atividades do Ramo, eles enviaram agentes disfar&ccedil;ados para investigar. Mas Koresh estava preparado para isso, e a investiga&ccedil;&atilde;o logo se transformou em um cerco de 51 dias que envolveu tiroteio pesado entre o culto e as for&ccedil;as da lei. No final, 76 membros, incluindo Koresh, morreram no ataque, al&eacute;m de mais quatro agentes abatidos e 16 feridos.
De forma surpreendente, o Ramo Davidiano existe at&eacute; hoje e mant&eacute;m uma presen&ccedil;a em Waco, Texas. No entanto, o grupo tornou-se mais reservado e menos vis&iacute;vel desde os tr&aacute;gicos acontecimentos.

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6 seitas envolvidas em escândalos que continuam ativas

Imagem de 6 deuses ancestrais ligados a festas, bebidas e prazeres carnais no megacurioso

Essas divindades antigas apoiavam a libertinagem

<head></head><body>Quando pensamos em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121251-os-12-deuses-mais-importantes-do-olimpo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">deuses</a> antigos, normalmente lembramos daqueles associados com elementos da natureza ou de características como bondade, sabedoria, etc. Porém, os panteões de diversas mitologias também apresentam divindades conectadas com um lado mais sombrio e selvagem dos seres humanos.Pensando nisso, montamos uma lista com seis deidades que curtiam uma boa libertinagem. Confira abaixo!<h2>1. Akan</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/26/26142634142282.jpg" alt="(Fonte: David Chavez/Reprodução)">(Fonte: David Chavez/Reprodução)Embora não se saiba muito sobre este deus <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124482-maias-os-costumes-peculiares-e-sangrentos-desta-civilizacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">maia</a>, acredita-se que ele era relacionado à bebida, morte e doença. Aparentemente, Akan adorava se embriagar de balché, uma preparação alcoólica feita com a casca de uma árvore embebida em mel e água e depois fermentada.Por mais que o conhecimento sobre esta divindade seja limitado, ele ainda tem um grande impacto na cultura mexicana, com muitas pessoas apreciando tomar um ou dois copos de balché ocasionalmente.<h2>2. Baco</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/26/26142408497279.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Também conhecido como Dionísio na mitologia grega, é o deus do vinho, da fertilidade, da vegetação, das artes e do teatro na mitologia romana. Ele é frequentemente retratado como um jovem alegre e animado, com uma coroa de folhas de videira em sua cabeça, uma taça de vinho em uma mão e um cajado de hera na outra.Com um escopo tão grande nos prazeres mais carnais, é óbvio que os festivais em sua homenagem não poderiam ser contidos e púdicos. Conhecidas como bacanálias, essas festividades tomavam conta da cidade, regadas com muito vinho e diversão desenfreada.As festas eram tão intensas que passaram a ser proibidas em 186 a.C. pelo Senado Romano, sob a alegação que a corrupção moral e a falta de supervisão estariam levando os indivíduos a sair do controle, realizando orgias e até sacrifícios humanos.<h2>3. Xochipilli</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/26/26142307713278.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Xochipilli é um deus <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122623-purepechas-o-povo-que-os-astecas-nao-conseguiram-dominar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">asteca</a> patrono do amor, fertilidade, arte, beleza, flores e homossexualidade. Retratado como um jovem alegre e belo, ele também é conhecido como "Príncipe das Flores" ou "Senhor das Flores", além de frequentemente associado ao ciclo da vida, morte e renascimento.Acredita-se que esta divindade estava ligada a cogumelos alucinógenos, que eram consumidos por seus adoradores durante as cerimônias, juntamente com o pulque, uma bebida alcoólica feita de agave. Além disso, suas celebrações supostamente também envolviam muita prostituição masculina.Atualmente, Xochipilli desapareceu da cultura mexicana, com suas estátuas sendo encontradas basicamente em museus.<h2>4. Sekhmet</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/26/26143309240295.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Esta deusa da mitologia egípcia é frequentemente representada como uma leoa ou uma mulher com cabeça de leão, sendo associada à guerra, vingança e medicina.&nbsp;Segundo uma das lendas de sua criação, Ra a incumbiu de destruir os mortais que estavam conspirando contra ele. Porém, a sede de sangue da divindade não foi saciada no fim desse combate, o que a levou a destruir quase toda a humanidade. Para finalmente detê-la, o deus inundou os campos com cerveja tingida de vermelho.Sekhmet não percebeu que o líquido vermelho não era a sua bebida favorita, e tomou tanto que acabou adormecendo, salvando o resto dos humanos da destruição. Em homenagem a essa história, os festivais em sua honra incluíam beber o bastante para cair no sono e, ao acordar, a adoração passava a ser realizada por meio de danças e sexo.<h2>5. Tlazoltéotl</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/26/26142114184273.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Tlazoltéotl é uma divindade asteca também conhecida como "Deusa do Prazer" ou "Deusa da Imoralidade". Ela era associada à sexualidade, atos imorais, fertilidade e banhos de vapor, além de ser considerada a padroeira dos adúlteros.Seu nome significa "Comedora de Impurezas", com seus adoradores acreditando que ela tentava os mortais a cometerem pecados, parar depois devorar tais erros uma única vez, como uma forma de purificação.Por mais que os festivais e rituais em sua homenagem não contassem com nenhum ato realmente depravado, não há dúvidas que ela tinha uma ligação especial com a libertinagem.<h2>6. Como</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/26/26142839653286.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)De acordo com a mitologia grega, Como, ou Kómos, é um filho de Dionísio, o que parece amplificar a predileção pelos prazeres terrenos de seu pai. Ele era uma divindade associada a festas, excessos e flertes noturnos, frequentemente retratado como um jovem alegre e dançante que acompanhava o deus do vinho em procissões e celebrações.Sendo visto como jovial e brincalhão, era conhecido por sua capacidade de fazer as pessoas esquecerem suas preocupações e se entregarem à alegria da vida. Os festivais em sua homenagem ocorriam todos os anos, carregando o estranho costume de homens e mulheres trocando roupas no final.Embora não fosse tão reverenciado quanto outras figuras importantes na mitologia grega, sua influência na cultura e na tradição era significativa. Seus rituais e celebrações eram populares em toda a Grécia antiga e sua imagem ainda é frequentemente associada à comemoração, ao prazer e à alegria.</body>

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6 deuses ancestrais ligados a festas, bebidas e prazeres carnais

Imagem de Santo Sudário: o que a ciência diz sobre peça ligada a Jesus? no megacurioso

Segundo crentes, pedaço de pano de linho teria sido usado para envolver Jesus Cristo após sua crucificação

Conforme a cren&ccedil;a crist&atilde;, o Santo Sud&aacute;rio de Turim &eacute; um grande peda&ccedil;o de linho que teria sido usado para envolver o corpo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122739-as-representacoes-mais-antigas-de-jesus-cristo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jesus Cristo</a> ap&oacute;s a sua crucifica&ccedil;&atilde;o pelas m&atilde;os dos romanos. O pano cont&eacute;m uma imagem, embora fraca, que costuma ser vista como o rosto do filho de Deus, completo com uma coroa de espinhos e potenciais manchas de sangue.
Assim como acontece com outras supostas rel&iacute;quias religiosas, no entanto, a autenticidade do objeto tem sido fortemente contestada. Ent&atilde;o, o que se sabe sobre esse artefato at&eacute; hoje? Para entendermos mais sobre o assunto, n&oacute;s procuramos saber o que a ci&ecirc;ncia tem a dizer sobre o Sud&aacute;rio de Turim.
<h2>Olhar no passado</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/20/20030511355004.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)" />(Fonte: GettyImages)
O primeiro registro hist&oacute;rico feito sobre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/108269-seria-o-sudario-de-turim-falso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sud&aacute;rio de Turim</a> aconteceu em 1354, quando a pe&ccedil;a ainda pertencia ao Cavaleiro Templ&aacute;rio Geoffroi de Charny. 35 anos depois, o bispo de Troyes rotulou o peda&ccedil;o de linho como uma fraude e chamou-o de "pintado com ast&uacute;cia, sendo a verdade atestada pelo artista que o pintou".
De qualquer forma, os papas que vieram ao longo dos anos seguiram acreditando na autenticidade da suposta rel&iacute;quia, realizando peregrina&ccedil;&otilde;es para idolatr&aacute;-la at&eacute; 2015. O sud&aacute;rio &eacute; raramente exibido hoje em dia, mas passou por alguns testes cient&iacute;ficos com o passar dos anos na tentativa de determinar com precis&atilde;o quando e onde foi feito.
Na d&eacute;cada de 1980, o objeto foi submetido &agrave; data&ccedil;&atilde;o por <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116060-datacao-por-radiocarbono-ganha-melhorias-importantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">radiocarbono</a>, juntamente de tr&ecirc;s amostras de controle e com testes conduzidos por tr&ecirc;s equipes distintas de cientistas &mdash; todas trabalhando de forma independente. Os resultados, para a infelicidade dos mais fi&eacute;is, n&atilde;o conectaram a pe&ccedil;a a Jesus Cristo.&nbsp;
<h2>Data&ccedil;&atilde;o por radiocarbono</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/20/20030446506000.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)" />(Fonte: GettyImages)
Os estudos feitos por pesquisadores do Arizona, Oxford e Zurique forneceram uma faixa de idade sobre o Sud&aacute;rio de Turim com precis&atilde;o de pelo menos 95%. Segundo os estudiosos, o linho que teria "envolvido Jesus" datava para algo entre 1260 e 1390 d.C.
Logo, o artigo afirma que existem evid&ecirc;ncias bastante conclusivas de que o linho do Sud&aacute;rio de Turim possui origem medieval. Isso conecta a pe&ccedil;a ao per&iacute;odo hist&oacute;rico em que surgiu pela primeira vez nos registros, perto da &eacute;poca em que o bispo de Troyes chamou-a de uma "fraude astuta".
Desde ent&atilde;o, h&aacute; quem argumente que os estudos foram feitos sobre uma amostra do sud&aacute;rio que teria sido reparada entre os anos 12 e 1300 d.C., ou at&eacute; mesmo que o sud&aacute;rio foi contaminado durante um inc&ecirc;ndio em Chambery, na Fran&ccedil;a, em 1532. Por&eacute;m, por mais questionamentos que possam ser gerados, as evid&ecirc;ncias cient&iacute;ficas at&eacute; agora contam uma hist&oacute;ria concreta.
Por mais que o desenrolar da hist&oacute;ria forne&ccedil;a um dos desfechos mais mon&oacute;tonos que um ser humano poderia esperar sobre uma pe&ccedil;a com tamanho potencial de raridade, tudo indica que o Sud&aacute;rio de Turim possui exatamente a idade hist&oacute;rica em que apareceu para o mundo pela primeira vez.&nbsp;

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Santo Sudário: o que a ciência diz sobre peça ligada a Jesus?

Imagem de Crucificação: qual foi o primeiro povo a crucificar seus inimigos? no megacurioso

A crucificação se tornou famosa pelos romanos, mas outros impérios também crucificavam seus inimigos

<head></head><body>A pena de morte é até hoje um tema polêmico. Contudo, esse debate não começou hoje. Povos antigos tinham na execução de condenados uma forma de punir aqueles que erraram, mas, também, de amedrontar outros indivíduos visando evitar que também afrontassem a liderança local — e um dos piores modos de se matar alguém durante a história <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/106933-fatos-que-voce-talvez-nao-saiba-sobre-a-pena-de-crucificacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">foi a crucificação.</a>É natural que quando falemos em crucificação pensemos na trajetória de Jesus Cristo, mas, durante séculos, outras pessoas menos famosas foram condenadas a morrer na cruz, uma tortura incorporada como método punitivo em várias civilizações.<h2>Qual foi o primeiro povo a crucificar seus inimigos?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/19/19123707315138.jpg" alt="A tortura era parte da cultura dos assírios. Fonte: Getty Images">A tortura era parte da cultura dos assírios. Fonte: Getty ImagesEmbora os romanos tenham deixado essa forma de matar eternamente famosa, essa ideia não surgiu em Roma. Séculos antes, os assírios já crucificavam — e é creditada a eles a criação desse método.Os assírios criaram um império mesopotâmico em um território que hoje compreenderia partes da Turquia, do Iraque e da Palestina, chegando em épocas até o Egito. Essa civilização, também chamada de neo-assíria, teria surgido no ano de 900 a.C. e sobrevivido até o ano de 600 a.C.Eles se impunham pela violência e crucificar aqueles que consideravam inimigos era uma forma de amedrontar as pessoas que sobreviviam, além de fazer crescer a fama dos seus guerreiros.Outras civilizações, como os babilônicos e os persas, incorporaram a crucificação como método punitivo, até que essa tortura chegasse ao Império Romano.<h2>O que tornava a crucificação tão cruel?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/19/19123759005139.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesMuitos métodos odiosos de tortura foram e ainda são aplicados aos prisioneiros, mas a crucificação traz requintes de crueldade que surpreendem.Em primeiro lugar, há a espetacularização da morte. Métodos de tortura, como os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124781-como-operacao-condor-ensinou-a-tortura-ao-brasil-da-ditadura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">empregados pela Ditadura Militar brasileira</a>, eram feitos às escondidas, por exemplo. Na crucificação, a morte era acompanhada por todos os cidadãos da cidade — para não ver o chicoteamento do condenado era preciso se esforçar, pois ele começava nas vias públicas.Em seguida, temos o tempo que se levava para que a morte ocorresse. Dependendo dos ferimentos, o condenado agonizava por dias. Como os guardas romanos só poderiam abandonar o local após a morte do prisioneiro, muitos aceleravam o processo. O crucificado lidava com hemorragias, insolação, desidratação, confusão mental, dificuldade para respirar, parada cardíaca, entre outras situações que lhe traziam dor.O filósofo romano Cícero teria deixado clara a sua indignação com a crucificação: "Somente a palavra 'cruz' por si só deveria estar longe não apenas do corpo de um cidadão romano, mas também de seus pensamentos, de seus olhos, de seus ouvidos.".<h2>Quando a crucificação deixou de ser aplicada?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/19/19123838401140.jpg" alt="Busto de Constantino I Fonte: Getty Images">Busto de Constantino I Fonte: Getty ImagesA crucificação deixou de ser usada apenas 400 anos após a morte de Jesus. Foi durante o governo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/religiao/42226-5-das-primeiras-seitas-cristas-mais-estranhas-que-ja-existiram.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Constantino I</a>, o primeiro imperador romano a se tornar cristão.Em 2018, arqueólogos italianos divulgaram um estudo sobre um cadáver de um homem de 30 anos crucificado na Itália. Trata-se da segunda evidência arqueológica de crucificação realizada pelo Império Romano — o primeiro havia sido encontrado em 1968, em Jerusalém.Em sua sepultura, não havia nenhuma informação sobre a sua identidade, mas sabe-se que ele não era romano, pois essa pena só era aplicada a escravos, estrangeiros — como os judeus — e, posteriormente, cristãos.</body>

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Crucificação: qual foi o primeiro povo a crucificar seus inimigos?

Imagem de Por que a Igreja considerava a prostituição um "mal necessário"? no megacurioso

A Igreja Católica condenou moral e espiritualmente a prática, mas também ponderou para se beneficiar dela

&Eacute; estimado que existam cerca de 40 a 42 milh&otilde;es de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123372-como-era-a-vida-das-prostitutas-de-luxo-no-renascimento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">prostitutas</a> no mundo, das quais 80% s&atilde;o mulheres entre 13 a 25 anos. E, segundo os preceitos e a moral crist&atilde;, todas elas est&atilde;o "condenadas ao inferno", uma vez que o corpo &eacute; o templo do Esp&iacute;rito Santo e, portanto, n&atilde;o pode ser profanado.
A religiosidade criou a ideia de que essas pessoas est&atilde;o "perdidas", n&atilde;o se valorizam como seres humanos, e que devem se arrepender e implorar pelo perd&atilde;o de Deus por venderem seus corpos. Afinal, como consta em Deuteron&ocirc;mio (23:18), "n&atilde;o trar&aacute;s o sal&aacute;rio da prostituta nem o aluguel do sodomita para a casa do Senhor teu Deus por qualquer voto, porque uma e outra coisa s&atilde;o igualmente abomin&aacute;veis ao Senhor teu Deus."
Ironicamente, durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/120995-conheca-6-leis-ridiculas-da-idade-media.htm#:~:text=Muita%20gente%20pensa%20na%20Idade,o%20nariz%20at%C3%A9%20jogar%20futebol." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade M&eacute;dia</a>, a&nbsp;Igreja Cat&oacute;lica apoiou a prostitui&ccedil;&atilde;o por consider&aacute;-la um &ldquo;mal necess&aacute;rio&rdquo;.
<h2>As imorais</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Welcome Collection&nbsp;" data-fonte-url="https://images.prismic.io/wellcomecollection/cc1696037811d81ddf91acf30f40f9144ede6621_prostitution_promo2.jpg?auto=compress,format"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/20/20110113557127.jpg" alt="(Fonte: Welcome Collection/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Welcome Collection/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A prostitui&ccedil;&atilde;o &eacute; conhecida como &ldquo;a profiss&atilde;o mais antiga do mundo&rdquo;, e apesar do senso comum achar que se trata de um ditado popular, na verdade, foi cunhada pelo escritor vitoriano Rudyard Kipling, em seu conto On The City Wall (1898).
Na B&iacute;blia Sagrada, uma mulher chamada de "Prostituta da Babil&ocirc;nia" aparece como uma figura de comportamento pecaminoso, significando que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119808-imperio-romano-so-1-a-cada-4-imperadores-morreram-de-causas-naturais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Imp&eacute;rio Romano</a> n&atilde;o era mais que um bando de pessoas profanas, com sua multid&atilde;o de deuses e sua moral errada.
No s&eacute;culo XIII, a Igreja Cat&oacute;lica ditava tudo na sociedade da Idade M&eacute;dia, desde como beijar, qual posi&ccedil;&atilde;o mulheres gr&aacute;vidas com menos de 25 anos poderiam assumir na cama, at&eacute; quando era apropriado ter um filho. De acordo com um estudo feito por Jacques Rossiaud, descrito em seu livro As Pol&iacute;ticas da Prostitui&ccedil;&atilde;o Medieval, foi nesse tempo obscuro de opress&atilde;o que o sexo como trabalho floresceu, sobretudo na Fran&ccedil;a medieval.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/20/20110251238128.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Em uma pesquisa extensa pelos registros judiciais, contratos de casamento e senten&ccedil;as de pris&atilde;o das cidades de Lyon, Dijon e Toulouse, Rossiaud observou ser comum mulheres serem repetidamente v&iacute;timas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123199-uma-garota-de-muita-sorte-os-danos-a-saude-mental-da-vitima-de-estupro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">viol&ecirc;ncia sexual</a> e estupros coletivos, cometidos por grupos organizados de homens.
Com isso, as mulheres foram as &uacute;nicas afetadas, perdendo o direito moral e c&iacute;vico de terem uma vida estruturada, sendo for&ccedil;adas a passarem o resto de suas vidas se vendendo nas ruas, em tavernas sujas ou banheiros p&uacute;blicos para conseguir sobreviver. Isso aconteceu porque as mulheres eram sempre culpadas por qualquer coisa que lhes acontecesse, pois, aos olhos da Igreja e da sociedade, eram fornicadoras por natureza, respons&aacute;veis por despertar a lasc&iacute;via nos homens e seus impulsos malignos.
<h2>"Um mal necess&aacute;rio"</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/20/20110356276129.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Oeuvre du Mus&eacute;e Fabre/Wikimedia Commons)
Enquanto Tom&aacute;s de Aquino lutava contra a Natureza e condenava a fornica&ccedil;&atilde;o, a castidade e a masturba&ccedil;&atilde;o como um mal, a prostitui&ccedil;&atilde;o floresceu e foi autorizada. Isso porque a pr&oacute;pria Igreja a condenava tanto quanto a percebia como "um mal necess&aacute;rio", que protegia a sociedade de males ainda maiores.
Portanto, a Igreja deu suporte &agrave; profiss&atilde;o mais antiga do mundo, acreditando que as "mulheres da noite" eram respons&aacute;veis por guardar a honra e castidade das freiras, que rezavam pelo povo, e chegaram a ser consideradas at&eacute; m&aacute;rtires.
As autoridades municipais tamb&eacute;m apoiavam o trabalho sexual porque entendiam que, aos fornecer seus servi&ccedil;os, as prostitutas diminu&iacute;am a viol&ecirc;ncia e o terror que poderiam ser propagados pela energia sexual n&atilde;o canalizada, n&atilde;o arriscando a pureza das meninas solteiras aos olhos dos meninos que aprendiam como eram os prazeres da carne.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/20/20110503282133.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: <a class="e0WtYb ZClDgf" href="http://centraalmuseum.nl/ontdekken/object/#o:7069/" jsmodel="nDkrdf" target="_blank" rel="noopener" title="Centraal Museum" jsshadow="">Centraal Museum</a>/Wikimedia Commons)
Mas o endosso da Igreja tamb&eacute;m acontecia porque a prostitui&ccedil;&atilde;o era extremamente lucrativa, visto que nenhum trabalho rendia mais do que aquele oferecido pela carne, ainda que esse fosse pecaminoso e conden&aacute;vel. Os bord&eacute;is geravam dinheiro intermin&aacute;vel com os caixeiros-viajantes, homens solteiros, casados e aqueles que queriam iniciar seus filhos para torn&aacute;-los "homens de verdade".
Sem status, influ&ecirc;ncia ou posi&ccedil;&atilde;o social, as prostitutas medievais estabeleceram uma nova ordem social como mulheres agressivas que n&atilde;o precisavam responder aos bons costumes, ofendendo a sociedade machista. Al&eacute;m disso, muitas vezes foram respons&aacute;veis por abrirem caminhos e oportunidades na ascens&atilde;o das mulheres, sustentando umas &agrave;s outras, porque eram tudo o que tinham.

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Por que a Igreja considerava a prostituição um 'mal necessário'?

Imagem de Religião é usada para barrar liberdade e democracia, segundo estudos no megacurioso

Pesquisas demonstram que motivos religiosos são frequentemente usados para dar suporte à autocracias e violações de direitos humanos

<head></head><body>Isso não deve causar surpresa para quem já é crítico da relação entre religião e política. Mas é interessante observar o que uma pesquisa efetivamente demonstrou: a fé das pessoas e os preceitos religiosos têm sido usados, em várias ocasiões, para suporte a regimes ditatoriais ou violar direitos humanos.Apesar das inúmeras evidências empíricas, havia pouca pesquisa sistemática e com todo rigor científico para analisar esse fenômeno. Essa foi a motivação dos cientistas Jeanet Bentzen, da Universidade de Copenhagen, e Gunes Gokmen, da Universidade de Lund (Suécia). Então, os dois compararam fatos históricos de 1.265 sociedades pré-modernas com evidências sobre as leis atuais de 176 países.&nbsp;<h2>Desde os primórdios da humanidades</h2>Essa influência da religião no cerceamento da liberdade pode ser encontrada desde o famoso Código de Hamurabi — um dos primeiros textos legais do qual se tem registro, datado de 1750 anos a.C. Logo no início, <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/102269-quem-foi-hamurabi-o-cara-responsavel-por-criar-o-famoso-codigo-de-leis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o rei babilônico Hamurabi</a> é identificado como legítimo representante dos deuses na Terra. Suas leis, portanto, seriam ordens divinas.&nbsp;Esse é um grande exemplo do que os pesquisadores chamam de "legitimação divina". Ou seja, justificar as leis como ordens dos deuses. É possível observar isso até hoje em diversos países que usam a <a href="https://www.megacurioso.com.br/religiao/99226-as-mulheres-e-o-isla-entenda-o-papel-feminino-no-mundo-muculmano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sharia</a> (lei islâmica), inclusive para condenar pessoas à morte. E mesmo em países de maioria cristã, que baseiam leis na Bíblia para reprimir direitos humanos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/24/24114308283149.jpg" alt="Muitos países utilizam a lei islâmica ou a Bíblia cristã para reprimir direitos humanos (Fonte: GettyImages)">Muitos países utilizam a lei islâmica ou a Bíblia cristã para reprimir direitos humanos (Fonte: GettyImages)A professora Jeanet Bentzen explicou que comparou informações de sociedades semelhantes, que estão no mesmo grupo linguístico, têm o mesmo nível de desenvolvimento e se localizam no mesmo continente. Mesmo observando tais semelhanças, a religião faz bastante diferença para o nível de desigualdade social.&nbsp;Em resumo, a professora explica que sociedades com maior desigualdade social costumam adorar a deuses com personalidades dominantes. "Em média, deuses moralizadores tem 30% a mais de probabilidade de aparecer em sociedades com grandes diferenças sociais, quando comparadas com sociedades mais igualitárias", exemplifica Bentzen, em nota.Até porque os deuses moralizadores e punitivos são mais eficientes para controlar um povo, enquanto os espíritos que não podem punir ou interferir nas ações humanas auxiliam pouco nesse objetivo. Além disso, as sociedades que acreditam nesse tipo de divindade tendem a discriminar ou favorecer certos grupos da sociedade: da restrição de direitos das mulheres à <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124710-alem-de-uganda-paises-onde-ha-pena-de-morte-para-pessoas-lgbtqia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">proibição da homossexualidade</a>, além de leis rígidas contra blasfêmia.<h2>Os ditadores que creem em deus</h2>Nesse ponto, é importante explicar que o estudo não pretende demonizar as religiões — mas demonstrar seu uso político, de forma objetiva, e fazer um alerta contra novos usos da fé para dar suporte à autocracias e retirada de direitos.Na verdade, a professora Jeanet Bentzen comenta que há muitos estudos que comprovam os benefícios da religião para os seres humanos, como conforto pessoal, senso de comunidade e esperança. Contudo, "para os legisladores, ela pode ser uma ferramenta para ganhar um poder inquestionável", afirma. &nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/24/24114418248150.jpg" alt="A religião é cooptada por líderes populistas e autoritários para justificar seu regime (Fonte: GettyImages)">A religião é cooptada por líderes populistas e autoritários para justificar seu regime (Fonte: GettyImages)Os resultados do estudo demonstram que os regimes autocráticos — isto é, governos em que uma pessoa ou um seleto grupo de pessoas detém todo o poder — tendem a institucionalizar as religiões. É um meio de legitimar e assegurar seu poder. Algo que, como dissemos acima, existe desde o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121161-codigo-de-hamurabi-o-primeiro-conjunto-de-leis-da-humanidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Código de Hamurabi</a>, mas persiste até hoje."A legitimação divina da concentração de poder em um grupo muito pequeno de pessoas pode dar suporte à persistência de autocracias. Afinal, o pequeno grupo de governantes recebe seu mandato dos céus e, por isso, não precisa perguntar nada às pessoas", explica a cientista.&nbsp;Isso ocorre em uma via de mão dupla, enquanto os regimes autocráticos fortalecem as instituições religiosas para justificar seu regime e solidificar sua posição de poder. Em vista disso, a pesquisa também apresenta esse alerta contra novas tentativas — ainda mais em um mundo onde o populismo religioso se torna cada vez mais popular.&nbsp;Sendo assim, por mais que a religião tenha aspectos positivos para a sociedade, devemos prevenir que <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118626-el-salvador-7-fatos-sobre-o-pais-que-nao-estao-nas-manchetes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">líderes populistas</a> cooptem a fé das pessoas para fins políticos. Especialmente quando o objetivo final é restringir os direitos e a liberdade da população.</body>

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Religião é usada para barrar liberdade e democracia, segundo estudos

Imagem de Dom Hélder Câmara: o arcebispo perseguido pela ditadura militar no megacurioso

Ele poderia ter ganhado o Prêmio Nobel da Paz nas quatro vezes que foi indicado, mas foi boicotado pela campanha militar difamatória

<head></head><body>Nara Leão, Raul Seixas, Chico Buarque e Paulo Coelho. Esses são alguns nomes das pessoas que foram resistência mesmo em meio a um dos períodos mais repressivos da história do Brasil, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124859-a-linha-dura-da-ditadura-brasileira-quase-deu-outro-golpe-em-1977.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ditadura Militar,</a> imposta após o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/118211-ditadura-militar-como-e-por-que-aconteceu-o-golpe-de-1964.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Golpe de 1964</a>, que derrubou o governo e aparelhou todos os aspectos da vida social brasileira, prometendo uma aceleração econômica ilusória, proteção e prospecção por meio da criminalização de qualquer tipo de oposição ou dissidência.Em meio a isso estava Dom Hélder Câmara, o arcebispo “irmão dos pobres” que foi perseguido pelos militares.<h2>Ideais diferentes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14075737920024.jpg" alt="Dom Hélder Câmara. (Fonte: Wikipedia/Reprodução)">Dom Hélder Câmara. (Fonte: Wikipedia/Reprodução)Nascido Hélder Pessoa Câmara, em Fortaleza, Ceará, em 7 de fevereiro de 1909, o religioso ingressou no Seminário da Prainha em sua mais tenra idade, aos 14 anos, onde foi ensinado sobre filosofia e teologia.Foi lá que ele aprendeu que qualquer tipo de ideal <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120195-comunismo-e-socialismo-existe-diferenca-entre-as-duas-coisas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">comunista</a> deveria ser abominado e rejeitado veementemente. Por se tratar de um ensino muito conservador, Dom Hélder teve que deixar de fora o entendimento sobre os ideais do Iluminismo e da Revolução Francesa.Em 1931, aos 22 anos, o religioso foi ordenado padre sob a tarefa de acompanhar os Círculos Operários Cristãos e a Juventude Operária Católica (JOC), contribuindo para a alfabetização dos adolescentes pobres. Filho de uma professora e um jornalista crítico teatral, Dom Hélder ajudou na organização sindical de mulheres em estado de vulnerabilidade à margem da sociedade, como lavadeiras e empregadas domésticas.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;O Globo&nbsp;" data-fonte-url="https://s2.glbimg.com/_f82d-TY3y0wjHYyEuPKTrQAEsw=/0x0:617x344/924x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/h/t/kZtTH6QCOVXojCC6n1nA/screenshot-32.png"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14075832269025.jpg" alt="(Fonte: O Globo/Reprodução)">(Fonte: O Globo/Reprodução)Nada ironicamente, Dom Hélder acabou simpatizando com movimentos religiosos que rejeitavam o capitalismo, como a Legião Cearense do Trabalho, um grupo político-sindical que flertava com ideias da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124881-manuscrito-de-1-750-anos-traz-modificacao-em-um-capitulo-da-biblia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade Média</a> sobre como a estrutura da sociedade, os costumes e o governos deveriam operar. Ele também fez parte da Ação Integralista Brasileira, que possuía inclinações fascistas ao reunir seus seguidores sob o lema "Deus, Pátria, Família".Todo esse histórico fez o padre se destacar, sobretudo, como um dirigente político, na mesma proporção que líder religioso, tanto que conseguiu resultados expressivos para a Liga Eleitoral Católica no Ceará. Em meados de 1936, com apenas 27 anos, Dom Hélder já trabalhava como secretário estadual de educação no Ministério da Educação, no Rio de Janeiro.Tudo isso mudou em 10 de novembro de 1937, quando <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122813-olga-benario-a-revolucionaria-deportada-aos-nazistas-por-vargas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Getúlio Vargas</a>, por meio de um golpe de Estado, instituiu o então Estado Novo, dando início ao primeiro capítulo da ditadura no Brasil.<h2>De símbolo a pária</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14075931875026.jpg" alt="(Fonte: Adveniat/Reprodução)">(Fonte: Adveniat/Reprodução)Com isso, Dom Hélder se desvinculou da AIB, voltando às raízes do que chamava "verdadeiro comprometimento" — no caso, com a Igreja e o povo. Ao longo dos 10 anos que permaneceu no Rio, onde foi ordenado bispo aos 43 anos, em 1952, ele estabeleceu compromissos com projetos sociais, fundando a Cruzada São Sebastião, o Banco da Providência — para viabilizar moradias populares —, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e o Conselho Episcopal Latino-Americano, com o aval do Vaticano.Semanas antes do Golpe de 1964 de Castelo Branco, Dom Hélder foi designado arcebispo na Arquidiocese de Olinda e Recife, dando início ao seu período de perseguição ao longo de todo o regime opressor que o tornou de um ícone a um pária.Apesar das determinações do AI-5, o religioso continuou falando em conferências e meios de comunicação internacionais sobre os crimes do regime ditatorial brasileiro, mesmo correndo risco de vida.Em 1969, Dom Hélder flertou com a morte quando seu auxiliar, o padre Antônio Henrique Pereira Neto, foi assassinado por um grupo paramilitar chamado Comando de Caça aos Comunistas (CCC), apoiado e financiado pelos militares e empresários locais. Dias antes, a milícia havia metralhado o centro educacional Juvenato Dom Vidal, onde o padre trabalhava, deixando feridos e causando a paraplegia do estudante Cândido Pinto.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14135508370282.jpeg" alt="(Fonte: Brasil de Fato/Reprodução)">(Fonte: Brasil de Fato/Reprodução)O reconhecimento mundial de Dom Hélder como líder contra o autoritarismo e defesa aos Direitos Humanos, provavelmente, foi o que impediu que a ditadura o matasse, mas não que uma campanha difamatória de larga escala, inclusive internacional, fosse criada. Os militares tentaram incriminá-lo de todas as maneiras, acusando-o de contrabandear armas para grupos de guerrilha contra a ditadura.Dom Hélder é o brasileiro que mais foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz por suas ações, reunindo 4 indicações, porém perdeu em todas às vezes devido à imagem que os militares criaram dele.Dom Hélder Câmara deixou o comando da Arquidiocese de Olinda e Recife aos 76 anos, em 1975, para se aposentar e viver em uma pequena casa aos fundos da Igreja de Nossa Senhora das Fronteiras, onde permaneceu até 27 de agosto de 1999, seu último dia de vida.Em 2015, o Vaticano o reconheceu como Servo de Deus, a primeira etapa para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/112491-como-uma-pessoa-se-torna-santa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">processo de canonização</a> por todos os seus feitos históricos na luta pelos pobres e oprimidos.</body>

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Dom Hélder Câmara: o arcebispo perseguido pela ditadura militar

Imagem de Relíquias sagradas: os restos mortais de santos acumulados pela Igreja no megacurioso

A Igreja Católica já chegou a comercializar de dedos a prepúcios sagrados para seus fiéis

<head></head><body>A Igreja Católica guarda restos mortais de santos, as denominadas "relíquias sagradas", porque nunca enxergou um corpo morto como ele é, ainda mais se tratando de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123607-os-5-santos-martires-com-os-destinos-mais-terriveis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">santo</a>. Essa prática de preservar ou consagrar restos mortais de santos e heróis, além de outros itens associados à sua vida ou morte, remonta à era pré-cristã na Europa.Esses restos foram categorizados como "relíquias sagradas" e se tornaram uma parte essencial do ritual ecumênico cristão durante a Idade Média. As relíquias associadas a Jesus Cristo e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124555-gruta-do-leite-casais-consomem-poeira-para-curar-infertilidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Virgem Maria</a> se tornaram tão valorizadas que, no auge do período medieval, já existia um mercado clandestino para o comércio desses restos que foram roubados ou coletados de maneira ilegal.Foi sob os auspícios de toda uma indústria que o turismo se desenvolveu a partir dos milhares de peregrinos que cruzavam distâncias para visitar os santuários contendo os santos venerados, para que pudessem se sentir minimamente próximos daquela energia que, segundo os cristãos, permanecia mesmo após a morte.<h2>As "relíquias" da Igreja</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14072634083009.jpg" alt="(Fonte: Ancient Origins/Reprodução)">(Fonte: Ancient Origins/Reprodução)O mundo medieval cristão comercializou tudo o que pôde desses santos, de mortalhas, línguas e dedos até olhos e prepúcios. Esses itens não eram só exclusivos, forçando o turismo na região e arrebanhando, consequentemente, mais fiéis, mas também eram vendidos, negociados, comprados, roubados ou anunciados.Nada disso parecia impróprio no auge do século VIII. Hoje é considerado um crime que civis possuam esses itens, mas a Igreja os mantém como uma tradição sagrada. Na Catedral de São Pedro Apóstolo, no Kansas (EUA), existe um relicário com centenas de pedaços de santos em recipientes em conserva atrás do altar-mor.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14072738867010.jpg" alt="(Fonte: Catholic Herald/Reprodução)">(Fonte: Catholic Herald/Reprodução)Os vasos chegaram depois que o bispo Donelly, fundador da arquidiocese da região, escreveu à Roma pedindo algumas relíquias para enriquecer o novo "chão de Deus", e o Vaticano assim o fez. Tudo o que foi entregue à arquidiocese acompanha um certificado de autenticidade escrito em latim, como partes do cadáver do Papa Pio V, falecido em 1572.Muito embora não dê para saber quantas igrejas, capelas, paróquias ou arquidioceses pelo mundo contenham essas relíquias, é certo que muitas delas tenham pelo menos alguma.&nbsp;Acredita-se que a prática tenha começado com o Segundo Concílio de Niceia, em 787, quando foi decidido que, por uma questão de continuidade e respeito com a memória dos antepassados cristãos, cada igreja deveria ter uma instalação de relíquias.<h2>Sob o controle do Vaticano</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Chicago Catholic&nbsp;" data-fonte-url="https://www.chicagocatholic.com/documents/290621/662439/MariaGoretti08_r.jpg/91c49429-4959-40d4-a354-079adc3e771e?t=1507739474000"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14072826050011.jpg" alt="(Fonte: Chicago Catholic/Reprodução)">(Fonte: Chicago Catholic/Reprodução)O Vaticano nunca declarou oficialmente uma relíquia como genuína, apesar de seus certificados de autenticidade que, facilmente, podem ser apenas uma maneira de evitar que o mercado ilegal da Idade Média se repita.Ainda que essa prática seja meio controversa, a ideia da Igreja em reconhecer o significado dessas relíquias como lembranças é considerada válida, afinal, também instrui as pessoas a valorizarem itens que não são religiosos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/14/14072941191012.jpg" alt="(Fonte: CDN/Reprodução)">(Fonte: CDN/Reprodução)Atualmente, a importância de uma relíquia para o Vaticano está classificada em primeira classe, em que são categorizados os pedaços de santos, como cabelos e olhos; segunda classe, onde estão os itens pessoais, como roupas e livros; e terceira classe, objetos que já entraram em contato com as coisas da primeira e da segunda classe ou com seus donos, como um grampo de cabelo.É por essa gama variada que o Vaticano sustenta um depósito imenso para guardar suas relíquias sagradas enquanto esperam para serem distribuídas às igrejas ao redor do mundo.Dada essa amplitude, talvez o Vaticano realmente tenha um depósito gigante de relíquias guardadas esperando para serem distribuídas às igrejas. Muito embora a compra e venda dessas relíquias seja considerada ilegal, os católicos podem resgatar uma se ela aparecer em vendas de garagem ou pela internet.</body>

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