Saúde/bem-estar
21/10/2013 às 12:15•2 min de leitura
Adolf Hitler foi uma figura tão marcante na história da humanidade que às vezes nos esquecemos de relacionar sua vida aos seus familiares. Espalhados em boa parte do mundo, os Hitlers se esconderam durante muitos anos sob nomes falsos e escolheram não falar sobre sua relação com o ditador alemão. No entanto, a ligação de Hitler a um de seus sobrinhos nos permite ter um novo olhar sobre a história do Führer.
Personagem central de um livro e de um documentário que tratam dessa relação, William Patrick Hitler nasceu no Reino Unido, filho do meio-irmão do Führer com uma irlandesa. Com pouco mais de 20 anos, o jovem se mudou para a Alemanha antes da Segunda Guerra Mundial para tirar vantagens dos contatos do tio para conseguir bons empregos e obter posições privilegiadas.
Quando Hitler já estava cansado da situação, ele passou a chamar William Patrick publicamente de seu “sobrinho repugnante”. Logicamente, o jovem não ficou nada contente com o posicionamento do tio, que também parou de dar apoio e oferecer oportunidades para ele.
Frustrado e descontente, William voltou para o Reino Unido e tentou se alistar no exército para lutar contra o tio. Tendo seu pedido negado, mudou-se para os Estados Unidos em 1940 e começou a promover campanhas para espalhar a má reputação de seu tio. Sua ameaça ainda contava com supostos documentos que revelavam parentes judeus que fariam parte da linhagem de Hitler.
William Patrick Hitler é aceito na marinha americana em 1944. Fonte da imagem: Reprodução/NY Daily News
Depois de escrever para o presidente Franklin Roosevelt em 1942 e praticamente implorar por um lugar no exército americano, William teve seu pedido aceito e passou a ocupar uma vaga junto aos médicos da marinha americana, onde poderia ajudar a combater o nazismo lutando contra seu tio.
Após esse episódio, o nome de William Patrick Hitler nunca mais foi mencionado. O anonimato em que viveu parte da sua vida para poder esconder sua relação com o ditador alemão permitiu que sua morte não fosse noticiada. William Hitler deixou três filhos que, até o lançamento do livro “The Last of the Hitlers” (de David Gardner), não haviam perpetuado o nome da família por novas gerações.