
Ciência
31/03/2016 às 12:30•2 min de leitura
Sabe a imagem que você acabou de ver — com todas essas cores e pontos? Ela foi criada pelo Instituto Max Plank e representa o mapeamento mais completo de todos os objetos no céu dos quais temos conhecimento. Na verdade, de acordo com David Nield, do portal Science Alert, o instituto já havia criado um mapa supercompleto na década de 90, mas, depois de tantas descobertas nos últimos anos, era hora de ele ser atualizado!
Segundo David, o levantamento original foi criado a partir de dados coletados pelo telescópio orbital ROSAT — Röntgensatellit — entre os anos de 1990 e 1991 e detalha o posicionamento de todos os objetos celestes conhecidos que emitem raios X.
No entanto, os astrônomos do instituto fizeram uma minuciosa revisão das informações e empregaram algoritmos mais modernos e tecnologias de processamento de imagem mais avançadas, além de conduzirem uma série de simulações — criando uma nova versão do catálogo com uma riqueza de detalhes sem precedentes.
O mapa atual, chamado 2RXS Catalogue, substitui o mapeamento anterior (o 1RXS Catalogue), que, na época, aumentou o número de fontes de raios X conhecidas por um fator de aproximadamente 100. No entanto, por conta da extrema sensibilidade e o baixo ruído de fundo dos instrumentos do ROSAT, as fontes cósmicas de raios X podem ser identificadas com a detecção de apenas alguns fótons.
Este é o mapa completo
O problema é que essas detecções podem ser difíceis de diferenciar de flutuações aleatórias, e o novo mapa traz uma avaliação desse efeito com base em simulações conduzidas pelos astrônomos do instituto. Assim, para gerar o novo catálogo, os cientistas criaram, por exemplo, curvas de luz que mostram como as fontes variam de brilho em escalas de tempo dia a dia.
Isso, por sua vez, permite que a comunidade científica possa distinguir com mais confiabilidade e detalhes que tipo de fonte cósmica — como os discos de acreção de buracos negros, aglomerados de galáxias gigantes, estrelas ativas e até os restos de estrelas que explodiram em supernovas — produz os raios X.
Contudo, apesar de o catálogo atualizado ser sensacional e tudo mais, um novo telescópio de rastreio de raios X — o eROSITA — deve ser lançado em órbita no ano que vem. Esse equipamento conta com instrumentos mais modernos e precisos e, portanto, será capaz de realizar varreduras ainda mais minuciosas do céu.
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