Imagem de Conheça os 10 destaques científicos de 2018 no megacurioso

A lista foi montada pela famosa revista científica Nature

Quando utilizamos nossos telefones celulares, n&atilde;o nos damos conta da quantidade de pesquisa e inova&ccedil;&atilde;o que foi necess&aacute;ria para que um produto como esse se tornasse vi&aacute;vel comercialmente. As pesquisas nem sempre t&ecirc;m objetivos comerciais, mas em muitos casos os avan&ccedil;os obtidos em trabalhos n&atilde;o t&atilde;o relevantes s&atilde;o essenciais para que uma solu&ccedil;&atilde;o revolucion&aacute;ria seja alcan&ccedil;ada.
As novidades cient&iacute;ficas s&atilde;o publicadas em revistas cient&iacute;ficas, e uma das mais famosas e antigas do mundo &eacute; a brit&acirc;nica Nature. Anualmente, ela monta uma lista de 10 cientistas de diversas &aacute;reas de conhecimento pelo mundo que se destacaram por suas realiza&ccedil;&otilde;es ou descobertas. Veja abaixo os selecionados de 2018 e um pequeno resumo do trabalho deles:
<h2 dir="ltr">1. Yuan Cao, o g&ecirc;nio do grafeno</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/12/23/23130550289025.jpg" alt="" />
Esse chin&ecirc;s de apenas 22 anos est&aacute; atualmente estudando no Massachusetts Institute of Technology (MIT) e foi respons&aacute;vel pela descoberta do que est&aacute; sendo chamado de &ldquo;&acirc;ngulo m&aacute;gico&rdquo; para a supercondutividade do grafeno. Ainda n&atilde;o se sabe exatamente como essa propriedade funciona, mas a resolu&ccedil;&atilde;o desse desafio pode levar &agrave; solu&ccedil;&otilde;es mais eficientes no uso da energia el&eacute;trica.
<h2 dir="ltr">2. Viviane Slon, a historiadora da humanidade</h2>
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Quando Viviane iniciou a an&aacute;lise do f&oacute;ssil de um osso em seu laborat&oacute;rio, n&atilde;o imaginou que os resultados seriam t&atilde;o impressionantes. Com previs&atilde;o de ter andado pela superf&iacute;cie terrestre h&aacute; 50 mil anos, a dona do osso possu&iacute;a material gen&eacute;tico de dois tipos de homin&iacute;deos: de neandertais e do homin&iacute;deo de Denisova.
<h2 dir="ltr">3. He Jiankui, o pol&ecirc;mico geneticista</h2>
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Ainda existe muito cuidado dentro da comunidade cient&iacute;fica quando se fala sobre modifica&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas. Da mesma forma que a tecnologia CRISPR pode trazer grandes benef&iacute;cios para a humanidade, seu uso pode ser desvirtuado e as altera&ccedil;&otilde;es comecem a criar vantagens f&iacute;sicas em quem pode pagar por isso. Apesar de ter sido suspenso da universidade em que atuava por sua atitude fora da &eacute;tica acad&ecirc;mica, He Jiankui entrou nessa lista por alterar os genes de dois beb&ecirc;s, tornando-os imunes a doen&ccedil;as graves, inclusive o HIV.
<h2 dir="ltr">4. Jess Wade, a defensora das causas feministas</h2>
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Certo dia, a f&iacute;sica Jess Wade reparou que na Wikipedia quase n&atilde;o existiam perfis de mulheres com trabalhos cient&iacute;ficos. Com um pouco mais de an&aacute;lise, percebeu tamb&eacute;m que 90% dos editores eram homens e apenas 18% dos perfis cient&iacute;ficos eram de mulheres, algo que n&atilde;o condiz com a realidade. Por isso, ela come&ccedil;ou a inserir no site o perfil de uma cientista por dia, chegando a 400 novas mulheres com trabalhos divulgados. Al&eacute;m dessa tarefa, ela tamb&eacute;m &eacute; reconhecida por trabalhar na elimina&ccedil;&atilde;o de disparidades de g&ecirc;nero na comunidade cient&iacute;fica.
<h2 dir="ltr">5. Val&eacute;rie Masson-Delmotte, a vigilante global</h2>
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O aquecimento global &eacute; um dos assuntos mais abordados atualmente e o trabalho de Val&eacute;rie trouxe n&uacute;meros palp&aacute;veis para essa discuss&atilde;o. Ela produziu um relat&oacute;rio que foi apresentado a l&iacute;deres de diversos pa&iacute;ses e apontou que um aumento superior a 1,5&deg; C na temperatura global pode trazer consequ&ecirc;ncias grav&iacute;ssimas. Apenas com essa diferen&ccedil;a, a previs&atilde;o &eacute; de que 6% dos ecossistemas terrestres desapare&ccedil;am, junto com mais de 70% dos recifes de corais pelo mundo.
<h2 dir="ltr">6. Anthony Brown, o cart&oacute;grafo das estrelas</h2>
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Anthony Brown &eacute; diretor da Ag&ecirc;ncia Espacial Europeia e respons&aacute;vel pelo ambicioso projeto Gaia, que pretende mapear nossa Gal&aacute;xia em um modelo tridimensional. At&eacute; agora j&aacute; foram catalogadas mais de 1,3 bilh&atilde;o de estrelas e os 400 pesquisadores que atuam nessa tarefa ainda tem muito trabalho pela frente.
<h2 dir="ltr">7. Bee Yin Yeo, a ministra do meio ambiente</h2>
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Os objetivos de Bee Yin Yeo como Ministra de Energia, Ci&ecirc;ncia, Tecnologia, Meio Ambiente e Mudan&ccedil;a Clim&aacute;tica da Mal&aacute;sia s&atilde;o bem ambiciosos, tanto que est&atilde;o inspirando diversos l&iacute;deres de outros pa&iacute;ses. Entre os principais pontos est&aacute; o aumento do uso de energias renov&aacute;veis, al&eacute;m da miss&atilde;o de eliminar o uso de pl&aacute;stico de uso &uacute;nico em seu pa&iacute;s nos pr&oacute;ximos 12 anos.
<h2 dir="ltr">8. Barbare Rae-Venter, a detetive de DNA</h2>
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Reunindo as qualifica&ccedil;&otilde;es de bioqu&iacute;mica, advogada e detetive, Babare Rae-Venter conseguiu encontrar o respons&aacute;vel por uma s&eacute;rie de assassinatos que ocorreram nos anos 1980, nos EUA. Para isso, ela inseriu o material gen&eacute;tico do criminoso em um banco de dados p&uacute;blico, encontrando pessoas que eram parentes do assassino e em consequ&ecirc;ncia ele mesmo. O m&eacute;todo foi criticado, pois seria uma invas&atilde;o de privacidade, mas mesmo assim o criminoso est&aacute; preso e as discuss&otilde;es sobre o assunto ainda est&atilde;o longe de terminar.
<h2 dir="ltr">9. Robert-Jan Smits e a ci&ecirc;ncia para todos</h2>
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Robert-Jan Smits &eacute; o autor do que foi chamado de &ldquo;Plano S&rdquo;, projeto que busca aumentar o acesso a artigos cient&iacute;ficos. Apesar dos avan&ccedil;os obtidos com a iniciativa, ainda existe um longo caminho a se trilhar para que as informa&ccedil;&otilde;es sobre pesquisas consigam uma ampla divulga&ccedil;&atilde;o.
<h2 dir="ltr">10. Makoto Yoshikawa, o ca&ccedil;ador de asteroides</h2>
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Makoto &eacute; o respons&aacute;vel pela sonda japonesa Hayabusa2, que tem como objetivo a coleta de material do asteroide Ryugu, trazendo as amostras de volta para a Terra. Al&eacute;m do conhecimento geral sobre esse tipo de corpo celeste, as informa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o importantes pois existe possibilidade de que o objeto caia sobre a Terra no futuro.

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Conheça os 10 destaques científicos de 2018

Imagem de Homem se cura de tumor cerebral no dia anterior à cirurgia no megacurioso

Por mais que a ci&ecirc;ncia avance a passos largos, ainda vai levar um tempo para que tudo o que acontece no mundo seja explicado &mdash; isso se esse dia chegar. Milagre, coincid&ecirc;ncia ou uma rea&ccedil;&atilde;o natural do corpo? Situa&ccedil;&otilde;es como a do americano Paul Wood intrigam m&eacute;dicos e abrem precedentes para a cria&ccedil;&atilde;o de todo tipo de teoria.
<h2 dir="ltr">Not&iacute;cia nada agrad&aacute;vel</h2>
Quando Paul Wood foi ao m&eacute;dico, queixando-se de fortes dores de cabe&ccedil;a e tontura, n&atilde;o imaginou que o diagn&oacute;stico seria t&atilde;o grave. O radiologista que realizou o exame percebeu a mancha branca, descobrindo de forma precoce que se tratava de um tumor.
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Por mais que isso j&aacute; n&atilde;o fosse um bom sinal, Paul precisava que seu neurocirurgi&atilde;o analisasse os resultados. O m&eacute;dico diagnosticou que a mancha provavelmente se tratava de uma hemorragia cerebral, mas seria necess&aacute;rio realizar um procedimento cir&uacute;rgico complicado para confirmar a suspeita. Independente do resultado final&nbsp;&mdash; tumor ou hemorragia &mdash;, a &uacute;nica forma de resolver o problema seria atrav&eacute;s de uma cirurgia.
Uma not&iacute;cia como essa &eacute; devastadora para qualquer um, mas Paul buscou apoio em sua igreja, a Gravity Church. Ap&oacute;s informar aos colegas que estava com um grave problema de sa&uacute;de, a divulga&ccedil;&atilde;o correu entre toda a comunidade religiosa. Isso gerou uma onda de ora&ccedil;&otilde;es, desejando sua melhora por toda a Calif&oacute;rnia, estado norte-americano onde a igreja possui unidades.
<h2 dir="ltr">Milagre?</h2>
Todas as prepara&ccedil;&otilde;es para a cirurgia foram feitas, j&aacute; que opera&ccedil;&otilde;es como essa s&atilde;o consideradas de alto risco. Por isso, foi preciso realizar uma nova tomografia no dia anterior ao procedimento. O grande problema, ou solu&ccedil;&atilde;o, &eacute; que a mancha tinha sumido!
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Os m&eacute;dicos n&atilde;o souberam explicar o que aconteceu, mas Paul creditou o sumi&ccedil;o &agrave;s ora&ccedil;&otilde;es feitas pelos membros de sua igreja. Ele disse em entrevista que, ap&oacute;s esse diagn&oacute;stico dos sonhos, seu telefone n&atilde;o parou de tocar e em sua p&aacute;gina do Facebook pessoas comemoravam o acontecimento, comentando fotos em que ele pedia ora&ccedil;&otilde;es.
Segundo o neurocirurgi&atilde;o que seria respons&aacute;vel pelo procedimento cancelado, situa&ccedil;&otilde;es como essa n&atilde;o s&atilde;o incomuns e deixam toda a equipe de boca aberta. As ora&ccedil;&otilde;es podem ter feito com que Paul se sentisse confiante e relaxado, n&atilde;o tornando o quadro pior. Mesmo assim, uma equipe de m&eacute;dicos solicitou que ele participasse de pesquisas no futuro para que fosse determinado o real motivo da remiss&atilde;o do prov&aacute;vel tumor.
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Um pastor de sua igreja afirmou que foi a f&eacute; inabal&aacute;vel do homem que causou o sumi&ccedil;o do problema, por isso Paul passou a propag&aacute;-la de forma mais enf&aacute;tica ap&oacute;s o ocorrido. Ora&ccedil;&otilde;es e pensamentos positivos podem ter auxiliado; por&eacute;m, apesar da falta de explica&ccedil;&otilde;es sobre os motivos da remiss&atilde;o, &eacute; bom lembrar que o conhecimento m&eacute;dico ainda &eacute; essencial em situa&ccedil;&otilde;es como essa.
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Homem se cura de tumor cerebral no dia anterior à cirurgia

Imagem de Veja o que a civilização Harappa pode nos ensinar sobre mudanças climáticas no megacurioso

A alteração do ciclo de chuvas prejudicou a produção de alimentos e pode ter sido um dos motivos do colapso da civilização

Construir a infraestrutura de uma cidade n&atilde;o &eacute; algo simples nem barato, tanto que, mesmo hoje em dia, h&aacute; lugares que n&atilde;o contam com solu&ccedil;&otilde;es consideradas comuns nos grandes centros. Por isso, &eacute; necess&aacute;rio um motivo muito bom para abandonar um local onde grande parte dessa estrutura j&aacute; existe.
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A civiliza&ccedil;&atilde;o Harappa, que viveu no vale do rio Indo h&aacute; 4 mil anos, provavelmente passou por um dilema assim. Ocupando a regi&atilde;o onde hoje fica o Paquist&atilde;o, esse povo deixou vest&iacute;gios de uma economia pr&oacute;spera e intercultural, mas, por volta de 1800 a.C., abandonou cidades altamente estruturadas e se mudou para os arredores do Himalaia. A an&aacute;lise das mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas na regi&atilde;o mostrou que esse provavelmente foi um dos motivos para essa migra&ccedil;&atilde;o, o que pode servir como um sinal de alerta para n&oacute;s.
<h2 dir="ltr">Mudan&ccedil;as naturais</h2>
Nosso problema atual &eacute; o aquecimento global; por&eacute;m, uma pesquisa recente, que analisou informa&ccedil;&otilde;es de sedimentos do mar Ar&aacute;bico, apontou que o povo Harappa sofreu com uma "mini Era do gelo". As mudan&ccedil;as fizeram com que os invernos se tornassem mais &uacute;midos, diminuindo assim a quantidade de chuva durante o ver&atilde;o. Sem irriga&ccedil;&atilde;o suficiente para a agricultura, a &uacute;nica op&ccedil;&atilde;o foi migrar para um local com condi&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas mais favor&aacute;veis.
Para Liviu Gosan, ge&oacute;logo e autor principal do <a href="https://www.clim-past.net/14/1669/2018/">estudo</a>, &ldquo;embora as precipita&ccedil;&otilde;es irregulares do ver&atilde;o tornassem a agricultura dif&iacute;cil ao longo do rio Indo, no sop&eacute; das montanhas a umidade e a chuva vinham de forma mais previs&iacute;vel. As tempestades de inverno do Mediterr&acirc;neo atingiam o Himalaia e criavam chuva no lado paquistan&ecirc;s, alimentando pequenos c&oacute;rregos. O volume de &aacute;gua era bem menor do que os Harappas estavam acostumados, mas pelo menos eles podiam contar com o fen&ocirc;meno&rdquo;.
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A an&aacute;lise s&oacute; foi poss&iacute;vel gra&ccedil;as a tipos espec&iacute;ficos de sedimentos presentes no fundo do mar Ar&aacute;bico. As altera&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas foram identificadas atrav&eacute;s de um pl&acirc;ncton, chamado de foraminifera, que se desenvolvia de forma acentuada durante as mon&ccedil;&otilde;es de inverno. Nessas ocasi&otilde;es, os ventos traziam nutrientes do fundo do oceano at&eacute; a superf&iacute;cie, causando uma onda de vida vegetal e animal.
O pl&acirc;ncton serviu como um indicador de quais camadas representavam a &eacute;poca de mon&ccedil;&otilde;es, e, como o ambiente apresenta baixo n&iacute;vel de oxig&ecirc;nio, os pesquisadores puderam analisar o DNA de outros f&oacute;sseis que tamb&eacute;m estavam muito bem preservados. Isso criou condi&ccedil;&otilde;es para a identifica&ccedil;&atilde;o de grande parte da fauna e flora que habitou a regi&atilde;o na &eacute;poca.
<h2 dir="ltr">Efeitos potencializados</h2>
Apesar da grande quantidade de informa&ccedil;&otilde;es sobre o ambiente em que os Harappas viviam, n&atilde;o foi poss&iacute;vel afirmar os reais motivos da mudan&ccedil;a deles. O fato &eacute; que isso aconteceu, e as altera&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas podem ter desempenhado um papel relevante nessa empreitada. As encostas do Himalaia proporcionaram condi&ccedil;&otilde;es de vida razo&aacute;veis por um tempo, mas as chuvas acabaram diminuindo por l&aacute; tamb&eacute;m, culminando na extin&ccedil;&atilde;o da civiliza&ccedil;&atilde;o.
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Giosan e sua equipe acreditam que a chegada da cultura indo-ariana na regi&atilde;o, com ferramentas da Idade do Ferro, cavalos e carro&ccedil;as, tamb&eacute;m tenha um papel relevante no ocorrido. A combina&ccedil;&atilde;o de mudan&ccedil;as pode ter sido o que culminou no fim da civiliza&ccedil;&atilde;o Harappa, algo que j&aacute; foi identificado em diversas ocasi&otilde;es na hist&oacute;ria da humanidade.
Hoje, al&eacute;m das altera&ccedil;&otilde;es que acontecem naturalmente, contamos com a potencializa&ccedil;&atilde;o dos efeitos da polui&ccedil;&atilde;o, produzida de forma deliberada. Apesar das tentativas de conter essa escalada na temperatura global, muitos l&iacute;deres nacionais se recusam a enxergar as consequ&ecirc;ncias que a produ&ccedil;&atilde;o indiscriminada de agentes poluentes pode causar.
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No passado, migrar para uma regi&atilde;o em que as condi&ccedil;&otilde;es s&atilde;o mais prop&iacute;cias para uma vida confort&aacute;vel n&atilde;o era t&atilde;o simples, mas n&atilde;o existiam barreiras como as de hoje. Pesquisadores de todo o mundo apontam que as mudan&ccedil;as apenas come&ccedil;aram e regi&otilde;es sujeitas a inunda&ccedil;&atilde;o frequente, como a cidade de Bangladesh, ou muito favor&aacute;veis ao surgimento de tornados, como o sul dos EUA.
Em um planeta cada vez mais inst&aacute;vel, o aumento dos desastres naturais pode ser o estopim para uma revolta social ou uma migra&ccedil;&atilde;o em massa, causando problemas humanit&aacute;rios de ordem global. A solu&ccedil;&atilde;o de uma situa&ccedil;&atilde;o como essa passa longe do simples, por isso a melhor sa&iacute;da &eacute; prevenir, pois talvez n&atilde;o seja poss&iacute;vel remediar.
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Veja o que a civilização Harappa pode nos ensinar sobre mudanças climáticas

Imagem de A história da bela adormecida do Everest vai impressionar você no megacurioso

Em um ambiente tão extremo, fica difícil até mesmo ajudar um colega

Existem pessoas que n&atilde;o se satisfazem com uma rotina comum e est&atilde;o sempre em busca de novos desafios. Correr uma ultramaratona, completar um Ironman, atravessar um pa&iacute;s de bicicleta... N&atilde;o faltam op&ccedil;&otilde;es para quem deseja superar seus limites, levando corpo e mente ao extremo.
Essa op&ccedil;&otilde;es s&atilde;o as mais populares, mas, com tempo e dinheiro suficientes, as possibilidades s&atilde;o quase infinitas. Uma delas &eacute; atingir o pico do Monte Everest, o mais alto do mundo. Chegar at&eacute; l&aacute; &eacute; um desafio para poucos, pois, al&eacute;m do preparo f&iacute;sico, &eacute; preciso ter muita determina&ccedil;&atilde;o para suportar o ar rarefeito e as temperaturas congelantes, que podem atingir 160 graus abaixo de zero!
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N&atilde;o foram poucos os alpinistas que perderam a vida durante a escalada, mas mesmo assim Francys Distefano-Arsentiev resolveu tentar a fa&ccedil;anha de alcan&ccedil;ar o cume sem o aux&iacute;lio de oxig&ecirc;nio suplementar. Seu destino foi tr&aacute;gico, mas a forma como ela foi encontrada por outros alpinistas n&atilde;o foi nada usual.
<h2 dir="ltr">Bela adormecida</h2>
No ano do desafio, 1998, Francys Distefano-Arsentiev tinha 40 anos de idade e n&atilde;o era uma alpinista profissional, apesar de ser esposa do famoso montanhista russo Sergei Arsentiev, conhecido por ter escalado as cinco montanhas mais altas de seu pa&iacute;s natal. Juntos, eles decidiram que tentariam chegar ao cume do Everest sem o uso de oxig&ecirc;nio suplementar.
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A montanha n&atilde;o possui fama de desafiadora &agrave; toa, pois &eacute; muito dif&iacute;cil prever as condi&ccedil;&otilde;es do tempo durante o trajeto. Ao longo do processo de subida, os aventureiros sempre se lembram do tamanho da empreitada, visto que s&atilde;o obrigados a passar pelos corpos de alpinistas que sucumbiram no caminho por diversos motivos.
O acesso &eacute; t&atilde;o dif&iacute;cil e as condi&ccedil;&otilde;es t&atilde;o adversas que o resgate das v&iacute;timas &eacute; algo muito complicado, por isso elas s&atilde;o deixadas onde n&atilde;o tiveram mais for&ccedil;as para prosseguir. A temperatura e o ar rarefeito fazem com que n&atilde;o entrem em estado de decomposi&ccedil;&atilde;o, servindo como um alerta para quem est&aacute; querendo chegar ao teto do mundo.
O casal conseguiu realizar o feito e atingiu o topo, mas durante a descida algum problema fez com que eles se tornassem mais dois entre os mortos no local. Ela foi encontrada por outro casal; Ian Woodall e Cathy O&rsquo;Dowd ficaram chocados ao identificarem a jaqueta roxa que tinham visto mais cedo no campo-base.
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Ian e Cathy se aproximaram e confirmaram que era mesmo a mulher, lembrando como ela dizia n&atilde;o ser uma alpinista frequente e como sentia falta de sua casa e seu filho. Deitada na neve, a condi&ccedil;&atilde;o dela era muito diferente, apresentando uma pele branca e dura, levando Ian a descrever Francys como uma &ldquo;bela adormecida&rdquo;, express&atilde;o que foi utilizada extensivamente pela imprensa na divulga&ccedil;&atilde;o do acidente.
Apesar de tudo, ela ainda n&atilde;o estava morta e balbuciava as frases &ldquo;n&atilde;o me deixe&rdquo;, &ldquo;por que est&atilde;o fazendo isso comigo?&rdquo; e &ldquo;sou americana&rdquo; de forma repetitiva, como se tivesse entrado no modo autom&aacute;tico. As condi&ccedil;&otilde;es do tempo come&ccedil;aram a piorar cada vez mais e, infelizmente, o casal n&atilde;o teve op&ccedil;&atilde;o, a n&atilde;o ser deixar Francys para tr&aacute;s.
A atitude pode parecer ego&iacute;sta, mas, em uma situa&ccedil;&atilde;o t&atilde;o extrema, tentar ajudar algu&eacute;m pode ser como assinar sua pr&oacute;pria senten&ccedil;a de morte. O corpo do marido de Francys foi encontrado em outro local, um ano ap&oacute;s o ocorrido, provavelmente tentando buscar ajuda depois de sua esposa sucumbir.
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A imagem da mulher congelada se manteve na mem&oacute;ria de Ian Woodall; por isso, quase 10 anos depois, em 2007, ele resolveu proporcionar um enterro digno para Francys. Ele e uma equipe conseguiram localizar o corpo dela e o envolveram na bandeira americana. Outra atitude tomada por eles foi a remo&ccedil;&atilde;o de Francys do caminho usual dos alpinistas, para que ela pudesse descansar em paz sem mais fotos suas surgindo na internet.
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A história da bela adormecida do Everest vai impressionar você

Imagem de E se existisse um farol para guiar alienígenas até a Terra? no megacurioso

Análise feita por um pesquisador do MIT diz que existem condições para isso

Desde o in&iacute;cio da explora&ccedil;&atilde;o espacial, um dos principais motivos das miss&otilde;es &eacute; encontrar formas de vida fora da Terra. A princ&iacute;pio essa busca parte apenas de n&oacute;s, seres humanos; mas, se o outro lado emite algum sinal no meio de um monte de informa&ccedil;&atilde;o, tudo fica mais f&aacute;cil.
N&oacute;s j&aacute; analisamos os sinais que chegaram at&eacute; aqui, tentando reconhecer alguma mensagem de uma civiliza&ccedil;&atilde;o t&atilde;o avan&ccedil;ada como a nossa. Da mesma forma, esses poss&iacute;veis alien&iacute;genas poderiam estar procurando tamb&eacute;m e, por isso, enviar sinais para locais com potencial de vida seria uma estrat&eacute;gia para que fosse estabelecido algum tipo de contato.
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Diante disso, um novo <a href="http://iopscience.iop.org/article/10.3847/1538-4357/aae380">estudo</a> do MIT prospectou as possibilidades de constru&ccedil;&atilde;o de uma esp&eacute;cie de farol interestelar, que indicaria para algu&eacute;m, com capacidade de decodificar as informa&ccedil;&otilde;es, que n&oacute;s habitamos este pequeno planeta.
<h2 dir="ltr">Antenas ligadas</h2>
Desde os anos de 1980, existe um programa que busca vida extraterrestre inteligente, o SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence), atrav&eacute;s da an&aacute;lise de sinais de r&aacute;dio e poss&iacute;veis sinais de laser. O c&eacute;u &eacute; mapeado de forma geral, mas alguns pontos espec&iacute;ficos recebem mais aten&ccedil;&atilde;o pelo seu potencial em abrigar algum tipo de vida inteligente.
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Diversos sinais j&aacute; chamaram a aten&ccedil;&atilde;o e foram analisados de forma mais profunda, pois podiam conter alguma informa&ccedil;&atilde;o relevante, mas at&eacute; hoje nenhuma mensagem foi encontrada. A ideia de que nossas ondas de r&aacute;dio sejam detectadas por alien&iacute;genas n&atilde;o &eacute; uma novidade, mas o envio intencional de informa&ccedil;&otilde;es &eacute; algo que ainda n&atilde;o foi realizado.
Considerando nossa evolu&ccedil;&atilde;o na ind&uacute;stria aeroespacial nas &uacute;ltimas d&eacute;cadas, n&atilde;o seria surpreendente que uma civiliza&ccedil;&atilde;o, com no m&iacute;nimo nosso n&iacute;vel de desenvolvimento, pudesse investigar sinais vindos do espa&ccedil;o em busca de outras formas de vida. Considerando que queremos ser encontrados, as mensagens precisam se sobressair ao Sol quando analisadas a longa dist&acirc;ncia. As especifica&ccedil;&otilde;es para um equipamento desse porte foram determinadas por James Clark, em um estudo de viabilidade publicado recentemente.
<h2 dir="ltr">Estrela da morte?</h2>
Clark afirma que, apesar de desafiador, o projeto n&atilde;o seria imposs&iacute;vel de se realizar com nossa tecnologia atual. A magnitude com que telesc&oacute;pios e lasers est&atilde;o sendo produzidos atualmente poderia torn&aacute;-los capazes de emitir sinais que chamariam a aten&ccedil;&atilde;o de um astr&ocirc;nomo localizado em outro planeta. N&atilde;o se sabe como ele trataria a situa&ccedil;&atilde;o, mas o pesquisador diz que com certeza identificaria como algo diferente.
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O maior telesc&oacute;pio em opera&ccedil;&atilde;o no mundo possui um di&acirc;metro de 10,3 metros, mas novos equipamentos com at&eacute; 30 metros est&atilde;o com sua constru&ccedil;&atilde;o programada. As an&aacute;lises apontaram que, para a empreitada, seria necess&aacute;ria a combina&ccedil;&atilde;o de um laser com pot&ecirc;ncia de 2 megawatts direcionado em um telesc&oacute;pio com 30 metros de di&acirc;metro. Outra op&ccedil;&atilde;o seria a utiliza&ccedil;&atilde;o de um laser menos potente, com 1 megawatt, mas compensado por espelho refletor com incr&iacute;veis 45 metros de di&acirc;metro.
Essa combina&ccedil;&atilde;o seria capaz de gerar um sinal detect&aacute;vel a 20 mil anos-luz, mas os poss&iacute;veis alvos de uma tentativa de contato est&atilde;o muito mais pr&oacute;ximos. Proxima Centauri b &eacute; o exoplaneta considerado como o primeiro alvo, distante 4 anos-luz, junto com o sistema planet&aacute;rio ao redor de TRAPPIST-1, a 40 anos-luz, que possui caracter&iacute;sticas muito semelhantes ao nosso Sistema Solar.
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Al&eacute;m da quest&atilde;o que envolve os equipamentos dispon&iacute;veis, a intensidade do laser poderia danificar a vis&atilde;o de um ser humano que olhasse diretamente para ele. Sensores de sat&eacute;lites, caso fossem atingidos, tamb&eacute;m poderiam sofrer danos. Por isso, James sugere que o equipamento seja constru&iacute;do no lado escuro da Lua, minimizando os riscos associados ao projeto.
As consequ&ecirc;ncias da realiza&ccedil;&atilde;o de um contato como esse s&atilde;o imprevis&iacute;veis, mas um exemplo do que poderia acontecer foi descrito por Carl Sagan, em seu livro "Contato". Nele, utilizando a mesma ideia de um farol, s&oacute; que sem essa inten&ccedil;&atilde;o, alien&iacute;genas detectam as primeiras ondas de TV emitidas por seres humanos e respondem com informa&ccedil;&otilde;es codificadas, detectadas pelas antenas do SETI.
O tema &eacute; interessante por abrir diversas possibilidades que n&atilde;o consideramos em nosso dia a dia. Ser&iacute;amos bem recebidos ou hostilizados por outras civiliza&ccedil;&otilde;es? Tendo em vista os processos de coloniza&ccedil;&atilde;o que aconteceram entre povos aqui na Terra, as possibilidades s&atilde;o infinitas. De qualquer forma, antes de enviar sinais, &eacute; melhor sabermos muito bem o que fazer com uma poss&iacute;vel rela&ccedil;&atilde;o, pois o contato pode se tornar real.
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E se existisse um farol para guiar alienígenas até a Terra?

Imagem de Você sabe a diferença entre massa e peso? no megacurioso

A questão envolve um conceito simples, mas muito importante


A popularidade das aulas de f&iacute;sica no col&eacute;gio nem sempre &eacute; das maiores. Apesar do assunto ser considerado complicado por muita gente, quando os conhecimentos adquiridos s&atilde;o aplicados no mundo real, &eacute; poss&iacute;vel entender melhor o nosso dia a dia.
N&atilde;o existe complexidade alguma em subir em uma balan&ccedil;a &mdash; situa&ccedil;&atilde;o que muda caso ela n&atilde;o mostre o que voc&ecirc; esperava &mdash; mas a padroniza&ccedil;&atilde;o de unidades e o desenvolvimento de um equipamento capaz de realizar essa medi&ccedil;&atilde;o mostram a import&acirc;ncia da f&iacute;sica em nossas vidas.
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A confus&atilde;o entre massa e peso &eacute; muito comum, mas com o aumento de lan&ccedil;amento de foguetes e a poss&iacute;vel coloniza&ccedil;&atilde;o de outros planetas, &eacute; preciso saber diferenciar uma coisa da outra.
<h2 dir="ltr">Diferen&ccedil;a simples</h2>
Peso e massa s&atilde;o duas coisas diferentes e, apesar de parecerem algo redundante, existe um bom motivo para a essa separa&ccedil;&atilde;o. Basicamente, massa &eacute; a quantidade de mat&eacute;ria que existe em um corpo, independente das for&ccedil;as que agem sobre ele, com a mesma medida aqui na Terra ou flutuando no espa&ccedil;o.
O peso varia conforme o ambiente pois, na verdade, &eacute; a for&ccedil;a que um corpo exerce quando est&aacute; sob influ&ecirc;ncia da gravidade. Por isso, se voc&ecirc; viajasse at&eacute; a Lua pesaria muito menos que aqui na Terra, o contr&aacute;rio do que aconteceria em J&uacute;piter, onde a for&ccedil;a gravitacional &eacute; maior. Durante o trajeto at&eacute; esses locais, seu peso seria quase nulo pois nenhum planeta ou sat&eacute;lite estaria pr&oacute;ximo o suficiente para exercer uma for&ccedil;a sobre o seu corpo.
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O Sistema Internacional de Unidades (SI) instituiu que a unidade padr&atilde;o para se medir peso &eacute; o newton (N), que indica uma for&ccedil;a. O grande problema &eacute; que associamos peso a quilograma (kg), unidade padr&atilde;o para massa. Ent&atilde;o, o correto ao subir em uma balan&ccedil;a seria dizer que estamos medindo a nossa massa, ao inv&eacute;s de peso.
Por exemplo: para determinar o peso de uma pessoa na Terra, considerando que ela tenha 70 kg de massa, precisamos multiplicar esse valor pela acelera&ccedil;&atilde;o da gravidade, que vale 9,81 m/s&sup2;. O problema &eacute; que, caso o resultado de 686,7 N fosse mostrado em uma balan&ccedil;a, voc&ecirc; teria certeza de que ela est&aacute; quebrada.
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J&aacute; na Lua, que possui uma acelera&ccedil;&atilde;o gravitacional de 1,6 m/s&sup2;, essa mesma pessoa pesaria 112 N. Esse valor pode n&atilde;o significar muita coisa para a maioria das pessoas, mas se o transformarmos para o equivalente em massa aqui na Terra, tudo fica mais f&aacute;cil. Assim, dividimos os 112 N encontrados pelos 9,81 m/s&sup2;, que representam a acelera&ccedil;&atilde;o da gravidade por aqui. Muitas contas depois, chegamos a uma massa equivalente de 11,4 Kg. Pouco, n&atilde;o acha?
Estamos habituados a chamar de peso o que na verdade seria a massa. Tanto &eacute; que o mecanismo dentro da balan&ccedil;a mede a for&ccedil;a gerada pelo nosso corpo atrav&eacute;s de sensores ou molas, que passam por uma convers&atilde;o para quilogramas antes de ser apresentado. Ou seja, na pr&oacute;xima vez que voc&ecirc; subir em uma balan&ccedil;a j&aacute; sabe que est&aacute; medindo a sua massa, mesmo que ainda pense que &eacute; seu peso.

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Você sabe a diferença entre massa e peso?

Imagem de Você conhece a história do pêndulo de Foucault? no megacurioso

Na época de sua descoberta, o experimento se tornou popular e foi replicado em diversas ocasiões

Dentre os diversos pante&otilde;es que existem pelo mundo, est&aacute; o de Paris. Ele foi constru&iacute;do no s&eacute;culo 18 como uma igreja, em homenagem a Santa Genoveva, mas atualmente serve como mausol&eacute;u para grandes personalidades francesas, como Marie e Pierre Curie, Voltaire, Jean Jacques Rousseau e Victor Hugo. Hoje o local se parece muito mais com um museu, sem altar mas com um grande p&ecirc;ndulo preso no centro de sua c&uacute;pula&nbsp;&mdash; o qual foi utilizado por Foucault para provar que a Terra gira em torno de seu pr&oacute;prio eixo.
<h2 dir="ltr">P&ecirc;ndulo de Foucault</h2>
A discuss&atilde;o sobre qual dos modelos do Sistema Solar era o real&nbsp;&mdash; geoc&ecirc;ntrico (com o Sol se movendo ao redor da Terra) ou helioc&ecirc;ntrico (a Terra se movendo ao redor do Sol) &mdash;&nbsp;durou alguns s&eacute;culos. Junto com a falta de tecnologia e conhecimento, existia a Igreja, que n&atilde;o aceitava as novas teorias e tentava com todas as for&ccedil;as manter a sua vis&atilde;o de mundo.
Para ela, a Terra era o centro de tudo, fato que foi aceito por um longo do tempo. Apenas com a pesquisa e o esfor&ccedil;o de grandes nomes da ci&ecirc;ncia, como Nicolau Cop&eacute;rnico e Galileu Galilei, o modelo aceito foi alterado para o heliocentrismo. Essa quest&atilde;o foi debatida exaustivamente, mas a busca por provas da rota&ccedil;&atilde;o da Terra em torno do pr&oacute;prio eixo foi deixada de lado.
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Quem encontrou uma forma de provar esse movimento foi o f&iacute;sico experimental e astr&ocirc;nomo franc&ecirc;s Jean Bernard L&eacute;on Foucault. O m&eacute;todo foi descoberto de modo acidental, quando ele percebeu que o p&ecirc;ndulo de um rel&oacute;gio n&atilde;o era influenciado pelo movimento da estrutura ao seu redor, desde que o ponto de apoio se mantivesse fixo.
<h2 dir="ltr">Rota&ccedil;&atilde;o livre</h2>
Foucault percebeu que ao deixar um p&ecirc;ndulo oscilando, al&eacute;m do movimento esperado, ele realizava um movimento de rota&ccedil;&atilde;o&nbsp;&mdash; causado pelo movimento da Terra em torno do pr&oacute;prio eixo. Atrav&eacute;s de c&aacute;lculos, ele determinou que o per&iacute;odo dessa rota&ccedil;&atilde;o era influenciado diretamente pela latitude do local onde a medi&ccedil;&atilde;o fosse feita.
Nos polos, o movimento levaria exatas 24 horas e exatamente na linha do Equador n&atilde;o existiria movimento circular, com o p&ecirc;ndulo indo e voltando sempre na mesma linha. Em janeiro de 1851, o f&iacute;sico realizou uma demonstra&ccedil;&atilde;o da sua descoberta pela primeira vez para membros da Academia de Ci&ecirc;ncia de Paris. O fato chamou a aten&ccedil;&atilde;o do l&iacute;der franc&ecirc;s na &eacute;poca, Napole&atilde;o Bonaparte, que ordenou a execu&ccedil;&atilde;o de um experimento p&uacute;blico no Pante&atilde;o de Paris.
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Na ocasi&atilde;o, foi fixado no centro da c&uacute;pula um p&ecirc;ndulo de 28 quilos, preso por um cabo medindo 67 metros. O grande p&uacute;blico que prestigiou o evento conseguiu visualizar o movimento atrav&eacute;s de uma gradua&ccedil;&atilde;o posicionada no centro, tornando a descoberta popular por toda a Europa.
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A possibilidade de provar algo t&atilde;o grandioso ati&ccedil;ou a imagina&ccedil;&atilde;o da sociedade, tanto que o experimento foi replicado ao redor do globo, em eventos p&uacute;blicos e privados, por pesquisadores e pessoas comuns. Em um <a href="https://www.researchgate.net/publication/249096284_The_Popular_and_Scientific_Reception_of_the_Foucault_Pendulum_in_the_United_States">artigo</a> que escreveu sobre a repercuss&atilde;o da descoberta nos EUA, Michael Conlin disse que &ldquo;a popularidade do p&ecirc;ndulo de Foucault foi resultado de seu efeito altamente visual, sua ilustra&ccedil;&atilde;o de um princ&iacute;pio da f&iacute;sica, seu uso de aparatos prontamente dispon&iacute;veis e sua capacidade de fascinar observadores&rdquo;.
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Considerando que havia uma grande resist&ecirc;ncia da Igreja em aceitar as novas descobertas sobre a intera&ccedil;&atilde;o entre planetas e estrelas, utilizar um local sagrado para a demonstra&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica do teste foi algo bastante simb&oacute;lico. Hoje o assunto n&atilde;o &eacute; mais um problema, tanto que existem v&aacute;rias igrejas onde se pode ver um p&ecirc;ndulo de Foucault em movimento, como a Catedral de Santo Isaac, na R&uacute;ssia, ou a Igreja de S&atilde;o Pedro e S&atilde;o Paulo, na Pol&ocirc;nia.
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Você conhece a história do pêndulo de Foucault?

Imagem de Conheça a história da fazenda que acabou cercada por estradas no megacurioso

Por mais incrível que pareça, ela não se manteve no local por implicância do dono

Casos em que pessoas se negam a vender suas propriedades para a constru&ccedil;&atilde;o de estradas ou grandes empreendimentos n&atilde;o s&atilde;o raros. Os motivos para isso nem sempre s&atilde;o os mais nobres, mas esse direito existe.
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Quem viaja pela rodovia M62, que fica na divisa entre os condados de Lancashire e Yorkshire, na Inglaterra, pode achar que o dono da pequena fazenda Stot Hall brigou at&eacute; as &uacute;ltimas consequ&ecirc;ncias para se manter no local, mas a hist&oacute;ria n&atilde;o foi bem assim.
<h2 dir="ltr">Ponto de refer&ecirc;ncia</h2>
Pelos &uacute;ltimos 50 anos, a fazenda &eacute; um ponto de refer&ecirc;ncia para quem se desloca entre as cidades de Liverpool e Hull. A localiza&ccedil;&atilde;o inusitada gera at&eacute; piadas, como a de um motorista que diz conhecer todas as roupas de baixo da mulher do fazendeiro, por observar as pe&ccedil;as penduradas no varal todos os dias.
A primeira constru&ccedil;&atilde;o na propriedade foi erguida h&aacute; 300 anos e, at&eacute; pouco tempo, as &uacute;nicas companhias do fazendeiro eram os p&aacute;ssaros e as ovelhas. O an&uacute;ncio da constru&ccedil;&atilde;o de uma rodovia, junto com diversas cartas de desapropria&ccedil;&atilde;o de vizinhos, pareciam ser o fim do local.
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Os propriet&aacute;rios da fazenda na &eacute;poca, Ken e Beth Wild, provavelmente foram considerados extremamente ranzinzas por n&atilde;o terem aceitado uma poss&iacute;vel oferta do governo, mas o motivo para manter a propriedade n&atilde;o foi o que todos pensavam. Por muita sorte &mdash; ou azar &mdash; a &aacute;rea n&atilde;o foi desapropriada por uma caracter&iacute;stica espec&iacute;fica do terreno.
As edifica&ccedil;&otilde;es foram constru&iacute;das em uma &aacute;rea mais baixa e, como o terreno apresentou muitos problemas com desmoronamento, n&atilde;o seria poss&iacute;vel construir as duas pistas lado a lado e em n&iacute;veis distintos. Por isso, a melhor solu&ccedil;&atilde;o foi desviar de forma sutil o tra&ccedil;ado, mantendo a regi&atilde;o onde ficava a casa intacta no centro.
<h2 dir="ltr">Ponto de aux&iacute;lio</h2>
Para que os fazendeiros pudessem acessar toda a propriedade sem precisar cruzar uma rodovia, foram constru&iacute;das trincheiras que tornam o deslocamento f&aacute;cil e seguro. Tamb&eacute;m foram instalados sistemas de prote&ccedil;&atilde;o, tanto para que os animais n&atilde;o entrassem na pista quanto para evitar que carros entrassem na propriedade, em caso de acidente.
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Outra quest&atilde;o inusitada foi que, por estar ao lado da pista, o local se tornou um posto de aux&iacute;lio para motoristas com problemas. Paul Thorp, morador atual do local, diz que j&aacute; surgiram pessoas pedindo para comprar gasolina do seu carro, emprestar uma chave inglesa ou o favor de conceder uma liga&ccedil;&atilde;o telef&ocirc;nica.
Ele diz que n&atilde;o se importa na maioria das vezes, mas em alguns casos se irrita com a movimenta&ccedil;&atilde;o. Bem humorado, ele brinca dizendo &ldquo;em alguns dias eu gostaria de poder desligar o movimento, mas ainda n&atilde;o encontrei o bot&atilde;o".

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Conheça a história da fazenda que acabou cercada por estradas

Imagem de Por que pombos adoram as grandes cidades? no megacurioso

Eles se adaptaram muito bem ao nosso lado, mas em grande parte por nossa culpa

Basta uma volta pelo centro da cidade para perceber a quantidade de pombos que vivem por ali. Parados em janelas, no ch&atilde;o procurando comida ou atingindo um pedestre desavisado com um proj&eacute;til pastoso, os p&aacute;ssaros j&aacute; fazem parte da paisagem urbana.
Muitas pessoas t&ecirc;m verdadeiro pavor dos animais, que chegam a ser chamados de &ldquo;ratos com asas&rdquo;. O que n&atilde;o percebemos s&atilde;o os motivos que levaram &agrave; exist&ecirc;ncia deles em locais densamente habitados e o nosso papel nessa hist&oacute;ria.
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Hoje, estima-se que 400 milh&otilde;es de pombos vivam em grandes cidades &mdash;&nbsp;e eles com certeza n&atilde;o surgiram espontaneamente da fuma&ccedil;a do escapamento de carros. As aves que conhecemos t&ecirc;m origem nos selvagens pombos-da-rochas (Columbia livia), que costumavam viver em penhascos de costas litor&acirc;neas.
<h2 dir="ltr">Hist&oacute;ria avi&aacute;ria</h2>
Os primeiros registros de intera&ccedil;&atilde;o entre pombos e humanos apareceram h&aacute; 10 mil anos, quando habitantes da Mesopot&acirc;mia e do Egito come&ccedil;aram a alimentar animais que viviam em &aacute;reas afastadas. O objetivo era fazer com que eles passassem a viver mais pr&oacute;ximo de regi&otilde;es habitadas, servindo como uma boa fonte de prote&iacute;nas.
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Com o tempo, pombos come&ccedil;aram a ser criados em cativeiro e novas esp&eacute;cies surgiram, dando origem aos animais que conhecemos hoje. Esse contato mais direto fez com que se percebesse a habilidade dessa esp&eacute;cie para navega&ccedil;&atilde;o, tanto que antigos registros mostram o uso dos animais para guiar navios desorientados at&eacute; a costa. Dentro das cidades eles eram usados como mensageiros, que levavam recados a longas dist&acirc;ncias de forma confi&aacute;vel.
Com o passar do tempo, a cria&ccedil;&atilde;o de p&aacute;ssaros come&ccedil;ou a se tornar cada vez mais popular e, em vez de serem abatidos, os animais passaram a ser colecionados como um hobby. No s&eacute;culo 16, os pombos chegaram aos EUA de navio, junto com os colonizadores. Os registros n&atilde;o s&atilde;o claros, mas especialistas acreditam que a maioria dos animais veio como mercadoria para criadores amadores, e n&atilde;o como comida.
<h2 dir="ltr">Nossa culpa</h2>
Nem todos os p&aacute;ssaros oriundos da Europa se mantiveram em gaiolas; alguns fugiram ou foram soltos deliberadamente. Isso fez com que eles come&ccedil;assem a se reproduzir e viver nas grandes cidades, onde encontraram condi&ccedil;&otilde;es excelentes.
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Elizabeth Carlen estuda a evolu&ccedil;&atilde;o de pombos urbanos na Universidade Fordham, em Nova York, e explicou um pouco melhor isso em entrevista ao <a href="https://www.livescience.com/63923-why-cities-have-so-many-pigeons.html">Live Science</a>: "os pombos s&atilde;o naturalmente moradores de penhascos, e os pr&eacute;dios altos fazem um excelente trabalho imitando essas forma&ccedil;&otilde;es naturais. Especialmente os revestimentos ornamentados, os peitoris de janelas e as unidades de ar-condicionado, que oferecem poleiros fant&aacute;sticos para os animais".
Outro fator que fez toda a diferen&ccedil;a para a prolifera&ccedil;&atilde;o de pombos em grandes cidades &eacute; a alimenta&ccedil;&atilde;o. Enquanto p&aacute;ssaros comuns precisam de frutas, insetos e sementes, eles ingerem todo tipo de restos que jogamos no lixo. Isso, aliado ao fato de que produzem o alimento de seus filhotes em uma gl&acirc;ndula no pesco&ccedil;o, torna as grandes cidades um habitat perfeito para a esp&eacute;cie.
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As adapta&ccedil;&otilde;es que ocorreram ao longo do tempo, desde que come&ccedil;aram a se aproximar de redutos urbanos, transformaram a realidade dos pombos. Os problemas em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; transmiss&atilde;o de doen&ccedil;as realmente existem, mas possu&iacute;mos tecnologia para manter uma dist&acirc;ncia segura, enquanto essas aves vivem de forma controlada.
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Por que será que pombos adoram as grandes cidades?

Imagem de Você sabia que é possível morrer de tanto trabalhar? no megacurioso

Stress e falta de sono comprometem a saúde de formas bem graves

Em um mundo ideal, ter&iacute;amos o tempo que julg&aacute;ssemos necess&aacute;rio para que tarefas remuneradas fossem realizadas de forma tranquila, garantindo qualidade no resultado final e em nossas vidas. Infelizmente, a realidade n&atilde;o &eacute; bem assim, e trabalho geralmente possui prazos bem apertados, deixando os respons&aacute;veis de cabelo em p&eacute;.
Nesses casos, os primeiros dias com horas al&eacute;m do expediente s&atilde;o encarados com naturalidade, mas ao longo do tempo o corpo come&ccedil;a a apresentar os sinais dos excessos. A situa&ccedil;&atilde;o n&atilde;o &eacute; t&atilde;o incomum, pois, al&eacute;m da cobran&ccedil;a de um superior, quase sempre essa dedica&ccedil;&atilde;o extra gera um retorno financeiro, criando uma situa&ccedil;&atilde;o em que o empregado n&atilde;o considera a sobrecarga um problema. Apesar disso, nosso corpo possui um limite e, quando ele &eacute; extrapolado, as consequ&ecirc;ncias podem ser bem s&eacute;rias.
<h2 dir="ltr">Consequ&ecirc;ncias inevit&aacute;veis</h2>
Jeffrey Pfeffer, professor de Comportamento Organizacional da Universidade de Stanford, publicou um livro no come&ccedil;o deste ano, chamado &ldquo;Dying for a Paycheck&rdquo; (Morrendo por um Sal&aacute;rio, em tradu&ccedil;&atilde;o livre). Na obra, o especialista aponta que, ao redor do globo, pessoas est&atilde;o morrendo por jornadas excessivas. Esse problema &eacute; algo bem acentuado nos EUA e na China, onde ele &eacute; causa da morte de milhares de trabalhadores anualmente.
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Segundo Pfeffer, esse &eacute; um problema que surgiu com o avan&ccedil;o da tecnologia, pois, antes da Segunda Guerra Mundial, as op&ccedil;&otilde;es de trabalho dispon&iacute;veis se dividiam entre f&aacute;bricas e ambientes externos. Os riscos envolvidos nessas possibilidades eram muito mais diretos e f&aacute;ceis de resolver, tanto que a cria&ccedil;&atilde;o de um &oacute;rg&atilde;o fiscalizador foi o suficiente para diminuir bem o n&uacute;mero de mortes no ambiente de trabalho.
A grande diferen&ccedil;a para a realidade atual &eacute; que os problemas se desenvolvem lentamente, atrelados a uma cultura de trabalho excessivo, ansiedade econ&ocirc;mica, vida sedent&aacute;ria, ins&ocirc;nia e estresse. Apesar disso, as solu&ccedil;&otilde;es para esse problema n&atilde;o s&atilde;o algo fora do alcance de pessoas comuns, pois uma <a href="https://redirect.viglink.com/?format=go&amp;jsonp=vglnk_154150439143514&amp;key=909baa5ef8a2918e3d459c8422cd1d89&amp;libId=jo5lo6g201011mhf000DAphy7jdca&amp;loc=https%3A%2F%2Fwww.popsci.com%2Fwork-death%23page-2&amp;v=1&amp;out=http%3A%2F%2Fannals.org%2Faim%2Farticle-abstract%2F2653704%2Fpatterns-sedentary-behavior-mortality-u-s-middle-aged-older-adults&amp;ref=https%3A%2F%2Fkeep.google.com%2F&amp;title=Yes%2C%20you%20really%20can%20work%20yourself%20to%20death%20%7C%20Popular%20Science&amp;txt=average%20worker%20was%20inactive%2012.3%20hours%20a%20day">pesquisa</a> publicada em 2017 mostrou que apenas 1h30 de exerc&iacute;cio por dia &eacute; suficiente para diminuir pela metade os riscos de morte prematura, considerando os problemas gerados pelo sedentarismo.
<h2 dir="ltr">Karoshi</h2>
O Jap&atilde;o possui um longo hist&oacute;rico de mortes por trabalho excessivo, tanto que nos anos 1980 o fen&ocirc;meno ganhou um nome pr&oacute;prio: karoshi. No pa&iacute;s, os aspectos culturais tamb&eacute;m t&ecirc;m grande influ&ecirc;ncia na quest&atilde;o, e o problema &eacute; algo combatido at&eacute; hoje.
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Considerar que voc&ecirc; pode morrer trabalhando &eacute; algo assustador, mas esse &eacute; o resultado de uma sequ&ecirc;ncia de alertas emitidos pelo corpo. Um dos principais reflexos da sobrecarga de tarefas &eacute; a priva&ccedil;&atilde;o ou falta de qualidade do sono. Pontualmente isso n&atilde;o &eacute; um problema, por&eacute;m a recorr&ecirc;ncia faz com que a pessoa se sinta mais ansiosa, perca o controle de suas emo&ccedil;&otilde;es e sofra com um aumento de tend&ecirc;ncias a comportamentos impulsivos, o que pode levar ao consumo excessivo de alimentos, &aacute;lcool ou mesmo outras drogas.
Outro reflexo de uma rotina desregrada &eacute; a altera&ccedil;&atilde;o do ciclo circadiano, que causa o aumento na libera&ccedil;&atilde;o de cortisol pelo corpo. O horm&ocirc;nio &eacute; produzido naturalmente sob condi&ccedil;&otilde;es de estresse, mas sua presen&ccedil;a frequente no organismo &eacute; prejudicial, acarretando principalmente problemas card&iacute;acos.
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O trabalho &eacute; algo inevit&aacute;vel em nossa sociedade. Por mais que empresas sejam fiscalizadas e medidas tomadas para que o ambiente de um escrit&oacute;rio seja o mais saud&aacute;vel poss&iacute;vel, sabemos que em determinados momentos v&atilde;o existir situa&ccedil;&otilde;es de tens&atilde;o. Essa &eacute; uma condi&ccedil;&atilde;o comum, mas o importante &eacute; saber equilibrar trabalho e lazer, para que no fim das contas um poss&iacute;vel lucro n&atilde;o se torne preju&iacute;zo.
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Allan França