Imagem de Rãs amazônicas emitem luz — e cientistas querem entender o porquê no megacurioso

Cientistas brasileiros e argentinos descobriram capacidade de luminescência em rãs em 2017. Desde então, o número de animais que brilham no escuro só aumenta. 

<head></head><body>À noite, a Floresta Amazônica pode ser um tanto assustadora, devido aos predadores e à escuridão. Mas toda essa escuridão pode não ser totalmente verdadeira. Muitos animais emitem luzes que não são enxergadas a olho nu pelas pessoas e isso está fascinando os cientistas de vários países.Em 2017, cientistas brasileiros e argentinos descobriram a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121376-ra-sapo-ou-perereca-qual-e-a-diferenca-entre-esses-animais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">existência de rãs</a> que brilham no escuro. Tratava-se da espécie Hypsiboas punctatus, presente em praticamente toda a América do Sul. &nbsp;Desde então, o número de espécies com essa capacidade não para de aumentar."Descobrimos um fenômeno fotobiológico, por assim dizer (...). Quando fomos olhar os animais que estavam em cativeiro e detectamos esta fluorescência tão intensa, ficamos emocionados. Foi bastante desconcertante", disse o pesquisador Carlos Taboada à AFP na época.<h2>Número de espécies de rãs fluorescentes já chega a 151</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Arquivo Pessoal: COURTNEY WHITCHER&nbsp;" data-fonte-url="https://img.atlasobscura.com/QnaCKl6v6t13RcpxIj7TWFyxwan9Lj-30fb3D2ZhsYg/rt:fill/w:1200/el:1/q:81/sm:1/scp:1/ar:1/aHR0cHM6Ly9hdGxh/cy1kZXYuczMuYW1h/em9uYXdzLmNvbS91/cGxvYWRzL2Fzc2V0/cy81NWQwMDJkNS04/ZjE2LTQ1YzgtOGE5/Yi04NDU5ODM3MWFj/NjIzNzY2Nzk1MDQ4/MTU4NmRmZjdfRmll/bGRwaG90bzEuSlBH.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/30/30144605978234.jpg" alt="Cientista mostra rã emitindo luz. Fonte: Arquivo Pessoal: COURTNEY WHITCHER">Cientista mostra rã emitindo luz. Fonte: Arquivo Pessoal: COURTNEY WHITCHERNeste ano, pesquisadores de vários países, incluindo o Brasil, estudaram o comportamento fluorescente em mais de 151 <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111668-animais-incriveis-maior-sapo-do-mundo-pode-saltar-ate-3-metros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espécies de rãs&nbsp;</a>da região amazônica. Isso é incrível, pois desde a primeira descoberta de fluorescência nesse tipo de animal, o número de espécies com essa capacidade não para de aumentar.A hipótese dos pesquisadores é que esses animais emitam luz para se comunicarem uns com os outros e também para passarem mensagens aos predadores, como a de que seriam tóxicos se comidos.“É bastante provável que essas espécies estejam usando a sua visão para realizar tarefas complexas, como sinalização. Os pesquisadores não encontraram esse tipo de fluorescência em espécies aquáticas, que têm olhos muito menores e vivem em águas turvas, então parece que isso é algo que evoluiu por um impulso sensorial para servir a um propósito muito específico.”, disse Amartya Tashi Mitra, doutoranda da Universidade de Cincinnati ao site americano Atlas Obscura.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Arquivo Pessoal: COURTNEY WHITCHER&nbsp;" data-fonte-url="https://img.atlasobscura.com/VhSWxdm77tAWr9C0j55puGO0ckTA4XeCnVdlcS6pnBU/rt:fill/w:1200/el:1/q:81/sm:1/scp:1/ar:1/aHR0cHM6Ly9hdGxh/cy1kZXYuczMuYW1h/em9uYXdzLmNvbS91/cGxvYWRzL2Fzc2V0/cy8xZDNjYzE0Yy0y/YjYxLTRkNmItYWNm/OC01Y2NiODA4Zjkx/YzZjNDc4ZDgyY2U2/OGJiYmM2MmVfQkZm/cm9nMy5qcGVn.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/30/30144713486235.jpg" alt="Fonte: arquivo Pessoal: COURTNEY WHITCHER">Fonte: arquivo Pessoal: COURTNEY WHITCHERA fluorescência de cada animal é diferente. Alguns emitem cores alaranjadas, o que indicaria que o objetivo seria afugentar predadores. Outros animais emitem cores azuladas, esverdeadas, o que pode mostrar que a luz é uma das maneiras com as quais esses anfíbios se comunicam entre si, ainda que eles também emitam sons.Toda essa atividade fluorescente só é visível com a ajuda de luz ultravioleta (luz negra). Isso explicaria o porquê dessa capacidade ter demorado tanto para ser descoberta pela ciência.<h2>Cientistas recrutam pessoas comuns para ajudá-los</h2>Para entender quais animais têm a capacidade de brilharem no escuro, um projeto está pedindo que pessoas comuns usem luz ultravioleta para iluminar os animais que encontrarem em seus quintais, como os insetos. Depois, carreguem imagens de suas descobertas ao site da iniciativa (em inglês).O site existe desde 2019 e conta com imagens de insetos, anfíbios e plantas que brilham no escuro quando expostos à luz negra.“Não é apenas uma atividade divertida levar uma luz negra para o seu quintal e observar coisas brilhantes e legais, mas também pode ajudar legitimamente os cientistas a fazer novas descobertas. Vivemos neste mundo brilhante que qualquer um tem a capacidade de descobrir.”, diz a pesquisadora Courtney Whitcher, uma das cientistas que estuda as rãs da Floresta Amazônica.</body>

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Rãs amazônicas emitem luz — e cientistas querem entender o porquê

Imagem de Khopesh: a espada que ajudou o Egito a se tornar um império forte no megacurioso

De origem suméria, foi no Egito Antigo que a espada khopesh se tornou fundamental em batalhas

<head></head><body>O antigo Império Egípcio é reconhecido até hoje como o berço de muitas descobertas científicas nas mais diversas áreas, como a medicina e a agricultura. Tudo isso só foi possível porque os egípcios tinham acesso às mais modernas ferramentas de sua época, como a khopesh.A khopesh era, inicialmente, uma ferramenta com um desenho bastante inovador para a época. Em forma de foice, ela era útil em várias ocasiões — como ferramenta de trabalho no campo, como uma foice, mas também poderia ser usada em batalhas, como uma espada, que era o seu uso mais comum.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/24/24170709006387.jpg" alt="Fonte: Reprodução: Swordencyclopedia">Fonte: Reprodução: SwordencyclopediaÉ verdade que não foram os egípcios que a inventaram. Há registros da khopesh na civilização suméria há cerca de 3 mil anos antes de Cristo, mas foram os egípcios que fizeram melhor uso dela, aproveitando-a para eliminar seus inimigos em batalha. No Egito, essa espada teria chegado no ano de 1500 a.C.&nbsp;<h2>Por que a khopesh era tão especial?</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Fonte: Reprodução/ Wikimedia Commons&nbsp;" data-fonte-url="https://allthatsinteresting.com/wordpress/wp-content/uploads/2023/08/khopesh-sword-dedicated-to-ramasses-ii.jpeg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/24/24170132894382.jpg" alt="Um khopesh dedicado ao faraó Ramsés II. Fonte: Reprodução/ Wikimedia Commons">Um khopesh dedicado ao faraó Ramsés II. Fonte: Reprodução/ Wikimedia CommonsA khopesh tinha sua lâmina em forma de foice. Com uma alta probabilidade de ferir em combate, ela era uma espada muito eficiente, principalmente porque as vestes usadas pelos soldados eram menos resistentes a esse tipo de ataque. Não havia armadura de metal.&nbsp;Ademais, o seu formato aumentava as chances de os soldados egípcios desarmarem seus oponentes ou de derrubarem os seus escudos. Isso aumentava a vantagem dos egípcios em combate.Os egípcios também desenvolveram eficientes veículos de batalha. Suas carruagens eram leves e mais rápidas, o que somado ao uso da khopesh gerava ataques precisos e fatais.O seu formato de foice ainda fazia com que ela se tornasse útil para defesa, resistindo a ataques de outras espadas e machados.&nbsp;Feita de bronze, o metal mais usado em armas e ferramentas nessa época, a khopesh geralmente tinha cerca de 60 cm de comprimento e era composta de três partes. Um punho, que media aproximadamente 18 cm, uma base reta sem fio, que media mais 18 cm e a sua lâmina em formato de meia-lua, altamente afiada e com uma extremidade pontiaguda.<h2>Peça símbolo do poder egípcio</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/24/24170348934385.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesA khopesh se tornou um símbolo do poder do Antigo Egito. Réplicas dessa espada eram usadas em <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122871-os-6-mais-importantes-deuses-do-egito-antigo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cerimônias religiosas</a> e ela pode ser vista em muitas representações de faraós, incluindo os mais famosos, como Ramsés II e a rainha Nefertiti.A espada foi incorporada em batalhas egípcias a partir do reinado do faraó Tutmés III, que é considerado uma espécie de Napoleão do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122063-o-que-os-faraos-do-egito-antigo-guardavam-nas-piramides.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Egito Antigo</a>. Ele governou o Egito por 50 anos, conquistando áreas estratégicas às margens dos rios Nilo e Eufrates, provavelmente com a ajuda de muitas espadas khopesh.O sucesso da espada fez com que ela inspirasse outros modelos, como a kopis, usada pelos gregos — inclusive o nome kopis tem origem na palavra egípcia.</body>

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Khopesh: a espada que ajudou o Egito a se tornar um império forte

Imagem de Conheça o "avião do juízo final", projetado pelos EUA para sobreviver a uma guerra nuclear no megacurioso

A aeronave E-6B Mercury tem capacidade de voo de três dias e foi projetada para ser usada em caso de guerra nuclear 

<head></head><body>O lançamento do filme sobre a vida do físico Oppenheimer lançou luz sobre um tema que sempre apavorou o mundo: a possibilidade de uma guerra nuclear. Ao contrário do que muita gente pensa, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121529-se-a-russia-iniciar-uma-guerra-nuclear-qual-arma-ela-pode-usar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">maiores potências</a> mundiais seguem preparadas para se defender — e atacar — ao sinal da menor possibilidade desse tipo de conflito.Recentemente, a empresa Northrop Grumman entregou ao governo dos EUA a aeronave E-6B Mercury totalmente atualizada. Esse é um dos aviões apelidados de “avião do juízo final”. Trata-se de uma aeronave com autonomia de voo de três dias — sete dias, se conseguir reabastecer. Com capacidade para 22 pessoas, o avião foi projetado para servir de base de comando no caso de ataques inimigos ao Pentágono e a Casa Branca.Caso algo assim acontecesse, o E-6B Mercury daria ao presidente (ou à próxima pessoa na linha de comando) a possibilidade de comandar um contra-ataque diretamente dos céus. Por isso, esse avião tem uma alta capacidade de comunicação por canais de rádio, oferecendo linhas de comunicações consideradas altamente seguras e outras mais vulneráveis.<h2>Preparado para ataques nucleares</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodução: Marinha dos EUA&nbsp;" data-fonte-url="https://s3.amazonaws.com/cms.ipressroom.com/295/files/20235/647f27dab3aed33f7cc83747_Northrop+Grumman+Delivers+First+Modified+E-6B+Mercury+to+US+Navy/Northrop+Grumman+Delivers+First+Modified+E-6B+Mercury+to+US+Navy_06b6f959-f5f4-4184-bfb1-09cd27a1d1be-prv.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/21/21162050609299.jpg" alt="E-6B Mercury. (Fonte: U.S. Navy/Reprodução)">E-6B Mercury. (Fonte: U.S. Navy/Reprodução)Pilotos e copilotos do E-6B Mercury conseguiriam enxergar o seu trajeto sem grandes dificuldades, uma vez que a aeronave conta com máscaras especiais para darem à equipe de pilotagem capacidade de visão em caso de explosões nucleares.O E-6B Mercury é um avião que pertence à Marinha estadunidense. Ele está em serviço desde 1998 e é uma variante do Boeing 707-320. Aquele que estiver a bordo dessa aeronave poderá ordenar o lançamento de armas nucleares.“Como parte da missão crítica de comunicações estratégicas 'Take Charge and Move Out', o E-6B opera em um amplo espectro de frequência para transmitir e receber informações seguras ou não de voz e dados. A aeronave fornece comando aéreo, controle e comunicações sobreviventes, confiáveis e suportáveis em apoio ao Presidente, Secretário de Defesa e Comando Estratégico dos Estados Unidos”, contou a empresa em comunicado à imprensa.Uma outra aeronave criada para servir de base para comunicação do alto comando militar dos EUA, o E-4B, tem comunicação direta com o E-6B Mercury e também está em alerta constante.“Este jato não desliga — 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano, há pessoas lá atrás se certificando de que esses 42 sistemas de comunicação diferentes estejam conectados quando precisam ser usados, e eles estão constantemente mantendo isso. Eles também estão recebendo notificações, recebendo mensagens e fornecendo essas informações para a equipe de batalha”, disse o tenente-coronel Mike Shirley, comandante do 1º Esquadrão de Controle de Comando Aerotransportado, ao site Air Force Times.<h2>Um excelente negócio para a indústria da guerra</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodução: Daniel Woolfolk/ Air Force Times&nbsp;" data-fonte-url="https://www-airforcetimes-com.translate.goog/resizer/RyS7BAqKI2TjBHGku24ndmZQpgA=/1440x0/filters:format(jpg):quality(70)/cloudfront-us-east-1.images.arcpublishing.com/archetype/DND3KVJDAZDILDJN4JNBXFFPPM.jpg?_x_tr_sl=auto&amp;_x_tr_tl=pt&amp;_x_tr_hl=pt-BR&amp;_x_tr_pto=wapp"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/21/21162232644304.jpg" alt="(Fonte: Daniel Woolfolk/Air Force Times/Reprodução)">(Fonte: Daniel Woolfolk/Air Force Times/Reprodução)Pensar em um cenário em que essas aeronaves seriam usadas pode causar medo. Mas os acionistas das empresas que atuam nesse mercado não têm do que se queixar.A Northrop Grumman, responsável pelas modernizações do E-6B Mercury, recebeu US$ 111 milhões do governo dos EUA pelo serviço. A empresa deverá faturar ainda mais em breve, pois outros aviões serão atualizados com tecnologia de ponta.Desde o início da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123248-como-a-guerra-na-ucrania-influencia-o-relogio-do-juizo-final.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">guerra na Ucrânia</a>. A Northrop Grumman ganhou US$ 12,8 bilhões em valor de mercado. Ao todo, as empresas estadunidenses que atuam no mercado da guerra já ganharam mais de US$ 40 bilhões em valor de mercado.</body>

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Conheça o 'avião do juízo final', projetado pelos EUA para sobreviver a uma guerra nuclear

Imagem de Produção recorde de metano na Terra pode causar mudança drástica no meio ambiente no megacurioso

Pesquisadores afirmam que a emissão de metano na atmosfera atingiu um pico nos últimos 16 anos, o que poderia indicar uma drástica mudança no clima

<head></head><body>Pesquisadores estão atentos a um fenômeno complexo que pode sinalizar mais mudanças climáticas para as próximas décadas: o expressivo aumento da emissão de metano para a atmosfera. Esse aumento é tão significativo que ele seria capaz de encerrar uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115290-chuva-da-era-glacial-pode-dar-pistas-sobre-as-mudancas-climaticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">era glacial</a>, caso o planeta estivesse vivendo em um período assim.O que torna esse aumento mais curioso é que ele não vem diretamente da atividade humana, mas da decomposição de materiais biológicos em selvas tropicais, principalmente biomas localizados no continente africano.A hipótese dos cientistas é que as mudanças climáticas aumentaram a concentração de matéria biológica como algas, galhos, folhas etc. nessas florestas. Ao se decomporem, esses materiais aumentam a emissão de metano.Esse metano, somado ao que já é emitido naturalmente no planeta, mais o que é produzido pela atividade humana, pode fazer com que a temperatura da Terra se eleve ainda mais nos próximos anos.Estaríamos presenciando um “pico de metano” nos últimos 16 anos, o que é curioso, pois a emissão de metano vinda da atividade humana não está crescendo. Ela se estabilizou há anos, ainda que em patamares elevados. &nbsp;<h2>O ciclo natural de metano</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/24/24153546224325.jpg" alt="Emissão natural de metano ocorrem em muitos biomas, como áreas alagadas. Fonte: Getty Images">Emissão natural de metano ocorrem em muitos biomas, como áreas alagadas. Fonte: Getty ImagesBiomas que estimulam a decomposição de matéria orgânica, como os mangues e os pântanos, emitem metano naturalmente. Isso não é necessariamente ruim, pois ajudou a encerrar grandes períodos glaciais, fazendo com que sociedades tivessem como progredir, plantando e colhendo.No entanto, a partir do crescimento da sociedade, do uso de combustíveis fósseis, do aumento da agropecuária e do surgimento de lixões a céu aberto, o homem passou a contribuir ativamente para o aumento da emissão de metano, sendo que nossas atividades fizeram a emissão desse gás mais do que dobrar desde a Revolução Industrial.<h2>Por que a emissão de metano precisa ser controlada?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/24/24153640391327.jpg" alt="Acabar com os lixões ajudaria a reduzir a emissão de metano. Fonte: Getty Images">Acabar com os lixões ajudaria a reduzir a emissão de metano. Fonte: Getty ImagesO metano contribui muito mais para o aquecimento do planeta do que outros gases poluentes. Ele retém 80 vezes mais calor do que o dióxido de carbono (CO2). Portanto, emissões descontroladas desse gás têm impacto imediato nas metas mundiais relacionadas às <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127091-nacoes-em-risco-5-paises-vulneraveis-as-mudancas-climaticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudanças climáticas</a>.Por outro lado, o metano tem uma característica muito útil: ele desaparece da atmosfera em cerca de dez anos, ao contrário do CO2 que leva séculos para se decompor.Portanto, entender o que está causando esse pico de metano e trabalhar para combatê-lo pode ajudar a controlar a temperatura da Terra para as próximas décadas.<h2>Desde quando os pesquisadores estão alertando sobre o pico de metano?</h2>Em 2010, cientistas notaram um aumento da emissão de metano, indicando que havia a possibilidade de um novo ciclo de emissão desse gás ter começado. Na época, as emissões teriam crescido em regiões árticas.O aumento da temperatura fez com que matéria orgânica que estava congelada descongelasse e iniciasse seu processo de decomposição, aumentando a emissão de metano e contribuindo com um aumento de temperatura em um ciclo.Agora, outras regiões do globo, como as selvas africanas, estariam emitindo mais metano, fortalecendo esse ciclo de aumento na temperatura.É fato que houve um aumento na emissão de metano nos últimos 16 anos. O que ainda não se sabe é se esse fenômeno faz parte de um pico de metano, como o que teria encerrado a última era do gelo, ou se faz parte de outro fenômeno climático.</body>

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Produção recorde de metano na Terra pode causar mudança drástica no meio ambiente

Imagem de Chimpanzé Washoe: o primeiro animal a se comunicar com humanos  no megacurioso

Washoe usava adequadamente a linguagem de sinais para se comunicar com seus tratadores e até para dar entrevistas aos jornais

<head></head><body>A comunicação entre humanos e animais nem sempre é bem-sucedida. Mesmo entre os cachorros, animais muito próximos da gente, é muito difícil saber o que esses bichos sentem, afinal, uma coisa é treiná-los e outra é compreendê-los.Mas um animal conseguiu um nível de comunicação impressionante com as pessoas: o chimpanzé fêmea Washoe, o primeiro animal a apreender a linguagem de sinais.O feito desse chimpanzé é tão notável que ele entrou para a história — e até hoje intriga os cientistas de todo o mundo.<h2>Washoe era órfã e foi enviado aos EUA</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/OUwOvF7TqgA?si=KdcjfLMGAXn-nS6c" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Washoe nasceu no continente africano, na década de 1960. É provável que sua mãe tenha sido abatida, sendo que Washoe, ainda filhote, tenha sido capturada por traficantes de animais.Ela foi resgatada por militares dos EUA e enviada ao país. O casal de pesquisadores Dr. Allen e Beatrix Gardner adotou o chimpanzé fêmea com o objetivo de estudá-lo.O animal que tinha menos de um ano de idade foi criado pelos cientistas como uma criança não-humana. O casal se revezava para acompanhá-lo e se comunicavam usando linguagem de sinais. A ideia era que a macaca passasse a compreender os significados dos sinais, o que deu certo.Washoe tomava mamadeira, alimentava-se como uma criança, recebia orientações sobre como ir ao banheiro, escovava os dentes antes de ir para a cama, tinha seus próprios brinquedos, saía para passear etc.Contudo, todas essas atividades eram supervisionadas em laboratório. <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122550-travis-o-pior-ataque-de-chipanze-de-todos-os-tempos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ela não era um pet</a>, mas parte de um estudo.<h2>Inteligência desse chimpanzé surpreendeu o mundo</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Fonte: Reprodução; Jornal Opinião RJ&nbsp;" data-fonte-url="http://memoria.bn.br/DocReader/Hotpage/HotpageBN.aspx?bib=123307&amp;pagfis=874&amp;url=http://memoria.bn.br/docreader#"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/24/24134040340174.jpg" alt="Trecho de reportagem da década de 1970 publicada em jornal brasileiro. Fonte: Reprodução; Jornal Opinião RJ">Trecho de reportagem da década de 1970 publicada em jornal brasileiro. Fonte: Reprodução; Jornal Opinião RJNa metade da década de 1970, o mundo todo conheceu a história do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126716-chimpanze-e-bonobo-quais-semelhancas-eles-possuem-com-o-ser-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chimpanzé&nbsp;</a>Washoe. Naquela época, ela já conseguia se comunicar por linguagem de sinais, o que é considerado um feito notável até hoje.Uma reportagem do extinto jornal carioca Opinião RJ relata como foi bem-sucedida uma entrevista de Washoe a um repórter. Usando a língua de sinais, ela pediu um cigarro a ele e ele perguntou a ela se ela sabia o que ele segurava. Ela respondeu rapidamente que era uma caneta.Durante a entrevista, o repórter mostrou a ela uma flor e ela a pediu de presente. Depois, ele a mostrou um vidro cheio de óleo. Ela o cheirou e respondeu: “Cheira à comida”.Ao todo, ela compreendia o significado de 250 sinais, usando-os para construir frases complexas.<h2>Washoe ensinou outro animal a usar linguagem de sinais</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Fonte: Reprodução/ Central Washington University&nbsp;" data-fonte-url="https://www.iflscience.com/chimpanzee-washoe-was-the-first-animal-to-learn-a-human-language-70201"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/24/24134757908192.jpg" alt="Washoe já adulta. Fonte: Reprodução/ Central Washington University">Washoe já adulta. Fonte: Reprodução/ Central Washington UniversityA primata foi levada a um centro de estudos de primatas, em Washington. Lá, se juntou aos chimpanzés Loulis, Tatu, Moja e Dar. Após oito dias de contato, a chimpanzé Loulis aprendeu alguns sinais com Washoe — e essa foi a primeira vez na história que um animal ensinou a língua de sinais para outro.A macaca Washoe morreu de causas naturais em 2007 e seu falecimento foi notícia em todo o mundo.Outro primata também alcançou êxito se comunicando com humanos. Koko, a Gorila, teria aprendido entre 350 e 1000 palavras, na década de 1970.</body>

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Chimpanzé Washoe: o primeiro animal a se comunicar com humanos 

Imagem de Pessoas que falam mais palavrões são honestas pra c******, diz a ciência no megacurioso

Ter uma boca suja pode lhe ajudar a ser mais forte, honesto e até mais inteligente, sugerem diferentes pesquisas

<head></head><body><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123831-por-que-palavroes-sao-considerados-ofensivos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Falar palavrão é considerado algo inadequado</a>, mas nem por isso os palavrões deixaram de existir, não é verdade? Por isso, alguns estudos já foram feitos para entender por que falamos essas palavras chulas e quais os malefícios e benefícios que um vocabulário mais grosseiro poderia trazer aos indivíduos.Um estudo publicado no site Medical Daily conta que pessoas que falam palavrões podem ser mais honestas que aquelas que não falam.“As descobertas consistentes dos estudos sugerem que a relação positiva entre palavrões e honestidade é robusta e que a relação encontrada no nível individual realmente se traduz no nível da sociedade”, diz o estudo.Essa pesquisa ouviu 276 pessoas e foi realizada por meio de um questionário. Nesse questionário, eram feitas perguntas que buscavam saber o quão honestos eram os participantes em diferentes situações cotidianas. Além disso, os pesquisadores também buscaram entender o quanto os palavrões eram usados pelos pesquisados e em que situações.Ademais, o estudo ainda analisou mais de 73 mil perfis do Facebook, buscando a presença de publicações com palavrões. Os dados foram comparados com relatórios mais antigos. Os pesquisadores concluíram que a sinceridade dos indivíduos analisados era maior naqueles que usavam palavrões.<h2>Estudo de 2016 também foi favorável ao uso de palavrões</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/21/21182847613390.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesUm segundo estudo, dessa vez publicado no ano de 2016, mostrou que <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123357-como-falar-palavroes-afeta-nosso-corpo-e-mente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pessoas que usavam palavrões</a> poderiam ter níveis mais alto de inteligência verbal, expressando-se melhor.“A fluência de tabus ou 'palavrões' está positivamente correlacionada com a fluência verbal geral. Quanto mais palavras você gerou em uma categoria, mais palavras você gerou em outra categoria, oral e verbalmente”, disse o Dr. Timothy Jay, do Departamento de Psicologia da Faculdade de Artes Liberais de Massachusetts e autor do estudo, ao Medical Daily.<h2>Xingar também pode ajudar com a dor</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/21/21182928454391.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesUma pesquisa conduzida na Inglaterra mostra que o uso de palavrões faz com que pessoas suportem melhor as dores que estão sentindo. O estudo foi feito usando ciclistas que pedalavam em provas de alta performance. Aqueles que usavam palavrões durante as provas tinham mais resistência do que os atletas que usaram palavras mais educadas.Uma proposta semelhante foi feita em outro experimento, no qual pessoas mergulhavam suas mãos em água bem gelada. Os que falavam palavrões suportavam melhor o desconforto do que quem não falava.“Parece que, ao soltar palavrões, você desencadeia uma resposta emocional em si mesmo, o que produz uma leve resposta ao estresse, que por sua vez traz consigo uma redução da dor induzida pelo estresse.É algo que faz sentido do ponto de vista evolutivo porque você vai ser um lutador melhor e um corredor mais rápido se não estiver sendo atrasado por preocupações com a dor”, explicou o autor do estudo, o professor Richard Stephens, da Universidade Keele, à CNN americana.</body>

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Pessoas que falam mais palavrões são honestas pra c******, diz a ciência

Imagem de IA permite conversa com Jesus e outras figuras da Bíblia no megacurioso

A Catloaf Software usa IA para simular figuras bíblicas, como Jesus e até mesmo o Diabo

<head></head><body>Em alguns momentos da vida, as pessoas se sentem perdidas, querendo bons conselhos. Infelizmente, nem todo mundo é bom conselheiro. Por isso, seria bacana poder contar um problema para uma pessoa caridosa, compreensiva e sábia, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124342-5-questionamentos-sobre-a-existencia-de-jesus-cristo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jesus Cristo</a>, e obter uma resposta instantânea, não é mesmo?Não. Eu não estou falando de fazer uma prece, mas de realmente obter uma resposta imediata de Cristo — ou mais ou menos isso. Acontece que um programador e empresário estadunidense chamado Stéphane Peter decidiu criar uma empresa que possibilitasse às pessoas conversarem online com Cristo.A Catloaf Software é uma empresa de tecnologia com sede na Califórnia, nos EUA. O seu CEO usou a tecnologia de Inteligência Artificial (IA) do ChatGPT para criar um sistema de mensagens em que a IA simulasse Jesus.“Nós estimulamos a IA e dizemos: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122739-as-representacoes-mais-antigas-de-jesus-cristo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">você é Jesus</a>, ou você é Moisés, ou quem quer que seja, e sabendo o que você já tem em seu banco de dados, você responde às perguntas com base em seus personagens”, contou Peter ao site religioso Religion News.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodução: Religion News&nbsp;" data-fonte-url="https://religionnews-com.translate.goog/wp-content/uploads/2023/08/webRNS-Text-Jesus3-807x594.jpg?_x_tr_sl=auto&amp;_x_tr_tl=pt&amp;_x_tr_hl=pt-BR&amp;_x_tr_pto=wapp"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/21/21174703083363.jpg" alt="Layout do sistema. Reprodução: Religion News">Layout do sistema. Reprodução: Religion NewsSe você não estiver precisando de conselhos, pode simplesmente conversar com Cristo ou com qualquer outra figura bíblica.“Em vez de obter apenas um versículo diário da Bíblia, agora você tem a chance, por meio deste aplicativo, de conversar com Jesus ou qualquer outra pessoa da Bíblia”, explicou ele.&nbsp;<h2>Religiosos não aprovaram a ideia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/21/21174759595364.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesA empresa convidou religiosos de várias vertentes do Cristianismo para testarem o aplicativo. Alguns disseram que o tom de voz de Cristo estava inadequado, considerado muito tenso. Outros reclamaram das respostas genéricas, que não traziam referências de versículos bíblicos.De fato, a Catloaf Software não conta com nenhum suporte teológico e todas as respostas vêm do banco de dados do ChatGPT — o que não parece ser um problema para o CEO da empresa.“Eu o atualizei para que ele falasse mais como uma pessoa normal e me assegurei de que não se esquecesse de que deveria obter dados da Bíblia. É um truque constante para encontrar o equilíbrio certo”, explicou ao mesmo site.O aplicativo custa US$ 2,99 mensais e está disponível apenas para iOS e em inglês.<h2>Na verdade, o aplicativo não é necessário</h2>Por se basear no banco de dados do ChatGPT e usar essa ferramenta para gerar conversas, qualquer pessoa poderia propor à IA que ela fingisse ser Cristo e respondesse às perguntas se baseando na Bíblia Sagrada — e nós fizemos isso!Perguntamos ao ChatGPT, se passando por Cristo, qual era a sua opinião sobre pessoas ou sistemas que fingiam ser Jesus, ao que ele disse: "A questão de pessoas ou sistemas que fingem ser eu é uma situação complexa. A Bíblia adverte sobre falsos profetas e ensinamentos enganosos que podem surgir. Em Mateus 24:24, é dito: 'Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos'"."No contexto tecnológico atual, a criação de sistemas que simulam minha persona levanta questões éticas e espirituais. É importante discernir a verdade e não ser enganado por imitações. Apegue-se aos princípios fundamentais do Evangelho e à Palavra de Deus para orientação e discernimento", afirmou Jesus, digo, o ChatGPT.É possível simular outras figuras sagradas, como Buda. O ChatGPT só não aceita simular o profeta Maomé, pois qualquer representação do profeta é considerada ofensiva para o Islamismo.</body>

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IA permite conversa com Jesus e outras figuras da Bíblia

Imagem de Príncipe de Astúrias: conheça a história do "Titanic brasileiro" no megacurioso

Navio naufragou no litoral paulista matando centenas de pessoas — a maioria era de imigrantes europeus

<head></head><body>É quase impossível não se lembrar do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119582-7-fatos-essenciais-sobre-a-historia-do-naufragio-do-titanic.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">navio Titanic</a> quando o assunto é naufrágio. Eternizado nos cinemas, a história dessa tragédia se tornou extremamente popular.O que muitas pessoas se esquecem é que esse não foi o único grande naufrágio que aconteceu no século passado. Muitos outros acidentes ocorreram e um deles foi no Brasil, com a trágica história do transatlântico Príncipe de Astúrias, que naufragou em Ilhabela, no estado de São Paulo.<h2>Passageiros estavam fugindo da Europa</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodução: Acervo O Globo&nbsp;" data-fonte-url="https://s2-g1.glbimg.com/5jKKqCgklym4XXy4Bleem-fE_dU=/0x0:800x594/1000x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/Q/j/XmcLdqTJArRnR3zlWRwA/principe-1.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/19/19181928260016.jpg" alt="Príncipe de Astúrias. (Fonte: Acervo O Globo)">Príncipe de Astúrias. (Fonte: Acervo O Globo)O naufrágio aconteceu em março de 1916, em pleno Carnaval no Brasil. Os passageiros vinham de Barcelona e tinham como destino a capital argentina. Durante o percurso, o navio também passava pelas cidades de Cadiz e Las Palmas, na Espanha, Canárias, Rio de Janeiro e Santos, no Brasil e Montevidéu, no Uruguai.Os passageiros que vinham da Europa estavam fugindo da miséria e da instabilidade política do velho continente. A Primeira Guerra Mundial estava em curso e regimes autoritários se levantavam em vários países.Por isso, os navios que partiam rumo à América sempre vinham lotados de famílias que estavam deixando tudo para trás em busca de um recomeço — e não foi diferente com os passageiros do Príncipe de Astúrias.<h2>Príncipe de Astúrias era considerado um navio seguro</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodução: Wikimedia&nbsp;" data-fonte-url="https://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%ADncipe_de_Asturias_(navio)#/media/Ficheiro:Naufr%C3%A1gio_do_Pr%C3%ADncipe_de_Ast%C3%BArias.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/19/19182139307019.jpg" alt="Pintura 'Príncipe de Astúrias', do artista Carlos Alfredo Hablitzel, retrata o acidente. (Fonte: Wikimedia)">Pintura 'Príncipe de Astúrias', do artista Carlos Alfredo Hablitzel, retrata o acidente. (Fonte: Wikimedia)O transatlântico Príncipe de Astúrias contava com casco duplo. Era um navio de origem escocesa. Ele já havia feito essa viagem seis vezes, naufragando na sétima. Ele era comandado pelo capitão José Lotina, um experiente profissional.Contudo, mesmo sendo experiente, o clima daquela noite se mostrou desafiador para o comandante. Enquanto os passageiros da primeira classe festejavam o Carnaval nos salões do navio, chovia muito em alto mar e as condições de navegabilidade se tornavam muito ruins.Lotina então decidiu levar o navio para uma área mais rasa, mas ele não sabia que estava conduzindo a embarcação em direção a um recife de corais. Ao se chocar com os corais, começava a tragédia daquela noite.<h2>Passageiros foram sugados para o mar</h2>É muito difícil reconstituir com exatidão os últimos momentos do Príncipe de Astúrias, mas o testemunho dos poucos sobreviventes relatam que a água teria invadido a sala de máquinas, causando explosões que vitimaram muitas pessoas.Na sequência, o imenso furo no casco de cerca de 40 metros sugou para fora dezenas de pessoas. Depois, o navio se partiu em três pedaços, levando à morte o restante da tripulação e passageiros.<h2>Número de mortos é incerto</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/19/19182343921020.jpg" alt="Cartão postal retratando o navio. (Fonte: Divulgação)">Cartão postal retratando o navio. (Fonte: Divulgação)A lista oficial de tripulantes era de 654 pessoas. Dessas, 177 sobreviveram, principalmente porque foram socorridas por outro navio que passava pelo local. Os corpos foram enterrados nas praias de Castelhanos e Serraria, na Ilha Bela — e é aí que o número oficial de mortos gera dúvidas, pois foram feitas mais de mil sepulturas. Há quem acredite que o navio trazia muitos clandestinos escondidos.<h2>Tesouro do Príncipe de Astúrias</h2>O Príncipe de Astúrias também era um navio de cargas e há quem acredite que ele trazia uma carga valiosa de ouro para o continente. Esse tesouro nunca foi encontrado.Sabe-se que estátuas que seriam entregues ao governo argentino estavam entre as cargas, sendo que uma delas foi recuperada e está em exposição no Primeiro Distrito Naval, no Rio de Janeiro. Mergulhadores acharam apenas objetos pessoais dos tripulantes, como brinquedos.Em 1989, os restos do navio foram dinamitados, pois <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124658-naufragios-como-funciona-a-degradacao-de-materiais-no-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">representavam um risco às outras embarcações</a>.</body>

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Príncipe de Astúrias: conheça a história do 'Titanic brasileiro'

Imagem de O curioso comportamento do peixe-trombeta para sobreviver no megacurioso

Peixe-trombeta está seguindo animais herbívoros para sobreviver, escondendo-se atrás deles. Essa é a primeira vez que tal comportamento é visto em animais

<head></head><body>Se você já assistiu a algum filme antigo de suspense, deve ter se deparado com aquela cena em que uma pessoa que está seguindo a outra precisa se esconder rapidamente para não ser flagrada, né?Acontece que biólogos da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, descobriram que uma espécie de peixe tem o costume de fazer exatamente isso. O peixe-trombeta (Aulostomus maculatus) é um peixe de corpo alongado e fino que até lembra uma enguia, ainda que não seja uma.Pesquisadores perceberam que esse animal estava mantendo um comportamento que não havia sido visto ainda no reino animal: esconder-se atrás de outro bicho propositalmente para caçar.Muitos animais se escondem e muitos outros são exímios caçadores. Agora, esconder-se atrás de outro animal, usando-o para se camuflar ao ambiente, com o objetivo de capturar sua presa, é um comportamento visto pela primeira vez na natureza.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodução: Universidade de Cambridge&nbsp;" data-fonte-url="https://th-thumbnailer.cdn-si-edu.com/Xbb4Kb3OcVobZI1FOijHNks0RHc=/1000x750/filters:no_upscale():focal(2600x1758:2601x1759)/https://tf-cmsv2-smithsonianmag-media.s3.amazonaws.com/filer_public/19/bd/19bd7deb-c0aa-44b1-8e5f-9386d717d8e6/gettyimages-146140976.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/17/17235856157002.jpg" alt="Reprodução: Universidade de Cambridge">Reprodução: Universidade de Cambridge“Embora os biólogos de peixes saibam disso há muito tempo, esta é a primeira vez que alguém realmente fez um experimento que demonstrou a vantagem que essa estratégia oferece ao peixe-trombeta”, afirmou Luiz Rocha, especialista em peixes da Academia de Ciências da Califórnia, em entrevista ao The New York Times.<h2>Peixe-trombeta pode estar se adaptando à crise dos corais</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/km9H4A71ieo" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Antes de se esconder atrás de outros peixes, os biólogos já sabiam que os peixes-trombetas usavam os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125192-dubai-reefs-projeto-quer-construir-o-maior-recife-artificial-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">recifes de corais&nbsp;</a>para se esconderem e pegarem suas presas de surpresa. Esses peixes têm focinhos alongados usados para sugar animais menores, como pequenos camarões.Contudo, os recifes de corais já não estão mais tão abundantes como eram antigamente. Os recifes de corais caribenhos correspondem a 9% de todos os recifes de corais do mundo, mas eles estão cada vez menores. Entre os anos de 1970 e 2015 os corais no Caribe perderam 50% do seu tamanho.Isso levanta a hipótese de que para sobreviver os peixes-trombeta passaram a usar os peixes herbívoros, que não competiriam com eles por comida, para se esconderem das presas, evitando a falta dos corais em sua estratégia de caça.Os peixes-papagaios são os esconderijos prediletos dos peixes-trombeta. Por isso, os biólogos imprimiram vários moldes de peixes herbívoros e os lançaram próximos ao habitat dos peixes-trombeta.As imagens captadas pelos pesquisadores mostram os peixes-trombeta se aproximando dos peixes em 3D com o objetivo de usá-los como esconderijos. Essa estratégia se chama “sombreamento” e seu nome é bastante didático, já que o peixe oportunista se comporta como uma sombra do outro animal.“Vemos muitas estratégias incríveis de animais em todo o reino animal em camuflagem e ocultação e as maneiras pelas quais eles se disfarçam e disfarçam suas intenções”, contou o biólogo Sam Matchette, coautor do estudo ao jornal britânico The Guardian.Os pesquisadores acreditam que o uso de sombreamento por essa espécie deve continuar crescendo, acompanhando o ritmo de degradação dos recifes de corais.<h2>Sem corais, muitas pessoas podem ficar sem renda</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/17/17235958790003.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesOs corais do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115248-quer-tal-trocar-seu-home-office-por-uma-ilha-no-caribe-fotos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Caribe&nbsp;</a>estão seriamente ameaçados de extinção e isso vai impactar a vida de muita gente, não só a do peixe-trombeta. Um estudo de 2015, que contou com a participação de 90 especialistas, mostrou que os recifes de corais caribenhos geravam US$ 3 bilhões anuais (na época) em receitas à região e que 43 milhões de pessoas dependiam deles para sobreviverem.</body>

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O curioso comportamento do peixe-trombeta para sobreviver

Imagem de Livro de 1885 traz receitas deliciosas (e estranhas) de sorvete no megacurioso

Receitas de sorvete de séculos passados foram digitalizadas e podem ser consultadas gratuitamente

<head></head><body><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121676-sorvete-gelato-e-sorbet-entenda-a-diferenca-entre-as-guloseimas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ir a uma sorveteria</a> é sempre uma experiência gostosa e refrescante. Dependendo do estabelecimento, as opções de sabores podem ser tantas que o cliente sempre achará que deixou de experimentar algo gostoso.Alguns sabores de sorvete parecem que já foram mais populares, como o de milho-verde e o de passas ao rum. Mas se analisarmos os sabores mais antigos, nos depararemos com opções bem inusitadas, como frango, pão integral e brócolis.A empresa britânica English Heritage decidiu convidar os turistas a experimentarem alguns sabores de sorvetes do passado. A marca é responsável por administrar 400 locais históricos e turísticos e achou que o paladar seria uma forma dos visitantes viajarem no tempo.<h2>Receitas saíram de um livro de 1885</h2>Se você for a uma banca de jornais ou loja de livros antigos (os sebos) verá que existem muitas opções de revistas com receitas disponíveis nesses locais. Algumas dessas revistas levam o nome de grandes culinaristas, como a apresentadora Ana Maria Braga e a já falecida cozinheira Palmirinha.Mas na Inglaterra do século XIX, a grande estrela do mundo da cozinha era a culinarista Agnes Marshall, ela é a autora do livro The Book of Ices, publicado em 1885. Nele só há receitas geladas, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122901-quem-inventou-o-sorvete.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sorvetes</a>, suflês e cremes. É dessa obra que saíram algumas receitas reproduzidas pela English Heritage.Muitas receitas são parecidas com aquelas que consumimos hoje, como sorvetes de frutas com xaropes açucarados, sorvetes de nozes etc. Mas alguns são mais criativos, como o de beterraba, o de pão e o de espinafre.Nem todos foram pensados para serem servidos como sobremesa. O sorvete de patê de frango é sugerido como o segundo prato de um jantar.Já o livro de receitas francês L’Art de Bien Faire les Glaces d’Office, escrito por Monsieur Emy, no ano de 1768 trazia receitas de sorvetes cujos ingredientes principais eram queijos, trufas e açafrão (que não é o mesmo que cúrcuma).<h2>Receitas não eram simples e nem baratas</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/19/19225329213006.jpg" alt="Uma das máquinas necessárias para fazer as receitas no livro The Book of Ices. (Fonte: The Book of Ices)">Uma das máquinas necessárias para fazer as receitas no livro The Book of Ices. (Fonte: The Book of Ices)As receitas desses livros exigiam que as pessoas tivessem em suas cozinhas equipamentos específicos para conseguir congelar os cremes feitos. Para alcançar baixas temperaturas, essas máquinas usavam sal e gelo. Ao girar o equipamento, com a ajuda de uma manivela, o creme congelava — e isso era tecnologia de ponta.<h2>Italianos também eram criativos na arte do sorvete</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Reprodução: scarborough museums and galleries&nbsp;" data-fonte-url="https://scarboroughmuseumsandgalleries-org-uk.translate.goog/wp-content/uploads/2022/04/26-penny-lick-glasses-2000x1392.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/19/19224044631005.jpg" alt="Copo em que era servida o sorvete italiano. (Fonte: Scarborough Museums and Galleries)">Copo em que era servida o sorvete italiano. (Fonte: Scarborough Museums and Galleries)Além dos franceses e dos ingleses, os italianos também contribuíram para o desenvolvimento dessa sobremesa. Mas em vez de focarem na criação de receitas, os italianos buscaram popularizar o prato com a oferta de “lambidas por centavos”, em tradução livre.Os sorvetes “penny lick” eram servidos em taças de vidro, cujo objetivo era preservar a temperatura. O cliente comprava o sorvete, lambia e devolvia o copo lambido ao sorveteiro, que imediatamente servia outra pessoa.O acúmulo de saliva no copo, mais o fato de os sorvetes levarem gemas de ovo, leite e nata — todos crus — criou a receita perfeita para intoxicações alimentares, o que não foi o suficiente para tirar a popularidade da ideia italiana.</body>

Everton Lima