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Especialistas em comportamento canino têm investigado por que alguns ruídos causam sofrimento em alguns cães e oferecem dicas para tratar do problema

<head></head><body>Quem tem cães em casa sabe o clima de terror e ansiedade que se instale quando os animais são expostos a eventos ruidosos, como fogos de artifício e gritos. <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122292-estalinho-de-festa-junina-entenda-como-ele-funciona.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A cada rojão de festa junina</a>, a cada final de campeonato e, horror dos horrores, a cada réveillon, uma multidão de cachorros de todas as idades corre para os banheiros ou rasteja para debaixo da cama.&nbsp;No entanto, enquanto alguns desses bichos começa a uivar em desespero ao som de um simples estalinho, muitos permanecem impassíveis ante explosões violentas de foguetes e bombas. Em um estudo publicado em 2015 na revista Applied Animal Behaviour Science, 49% dos tutores afirmaram que seus cães tinham medo de ruídos altos.&nbsp;Buscando entender o motivo pelo qual essas reações são diferentes em animais expostos à mesma fonte de ruído, cientistas do mundo inteiro têm realizado pesquisas sobre o assunto. O objetivo é usar esses insights para melhorar a qualidade de vidas dos cães e eventualmente estabelecer uma melhor compreensão das fobias em humanos.&nbsp;<h2>Por que os cães têm medo de fogos de artifício?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/05/05165847386297.jpg" alt="Fonte: GettyImages.">Fonte: GettyImages.Um dos motivos geralmente apontados para explicar <a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/educacao/124664-por-que-pinscher-e-cachorros-pequenos-tremem-tanto.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwj2jtGrwvj_AhW4E1kFHUgFCJk4ChAWegQIARAC&amp;usg=AOvVaw1Qdnd_9lLr6ksyplEu6INt" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o pavor que alguns cães têm de fogos de artifício</a> é sua notável sensibilidade auditiva. Os cães são capazes de ouvir mais do que o dobro das frequências que os humanos ouvem, e escutam ruídos quatro vezes mais distantes. No entanto, como reagir a todos esses sons demandaria muita energia, eles têm um mecanismo que determina quais sons podem ser "desligados".&nbsp;Outra explicação frequente apresentada pode ser o temperamento, pois, diferentemente do humor e da personalidade (que são estados emocionais), aquele aspecto pode ser afetado e moldado pela epigenética. Isso pode ajudar a esclarecer como fatores ambientais são capazes de mudar o comportamento de nossos amigos peludos.<h2>Prevenindo o medo de fogos de artifício em cães</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/07/05/05175825826334.jpg" alt="Fonte: GettyImages.">Fonte: GettyImages.<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116679-fogos-de-artificio-veja-uma-dica-simples-para-acalmar-seu-pet.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Um estudo de junho de 2020</a> publicado na revista Journal of Veterinary Behavior&nbsp;tomou um caminho inverso de pesquisa. Nele, a bióloga comportamental e professora da Universidade de Berna, Stefanie Riemer, analisou a eficácia de tratamentos já testados para medo de fogos de artifício em cães domésticos.&nbsp;Ao todo, foram analisados métodos de manejo e tratamento usados por 1.225 tutores de cachorros que responderam a uma pesquisa e correlacionaram suas estratégias pessoais com uma pontuação de medo. Foram usados métodos como CDs de ruído para abafar som, difusores de feromônios, produtos fitoterápicos/homeopáticos, medicamentos, relaxamento, contracondicionamento e uso de coletes calmantes.Riemer concluiu que o contracondicionamento doméstico “seria provavelmente o conselho mais importante para qualquer tutor, especialmente com um filhote novo”. O procedimento indica que, assim que os fogos começarem, os donos brinquem com o cachorro, forneçam guloseimas e expressem emoções positivas. Cães que receberam esse tratamento mostraram-se 70% menos assustados com fogos do que os que não receberam.&nbsp;</body>

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Por que alguns cachorros têm medo de fogos de artifício e outros não?

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Seus níveis de radiação residual podem explicar por que apenas uma delas continua inabitável

A deflagra&ccedil;&atilde;o da guerra entre R&uacute;ssia e Ucr&acirc;nia, em fevereiro do ano passado, trouxe ao imagin&aacute;rio mundial os perigos de uma nova guerra nuclear com consequ&ecirc;ncias devastadoras para a humanidade. Afinal, em menos de um s&eacute;culo, o conhecimento humano foi capaz de produzir cat&aacute;strofes at&ocirc;micas que arrasaram tr&ecirc;s cidades: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124550-os-5-desastres-ambientais-mais-terriveis-causados-pelo-homem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hiroshima, Nagasaki e Chernobyl</a>.
No caso das duas primeiras trag&eacute;dias, ambas no Jap&atilde;o, que provocaram a morte de 129 mil pessoas em Hiroshima e 226 mil em Nagasaki &mdash; a maioria civis &mdash; <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125261-4-fatos-historicos-horrendos-que-a-escola-nao-ensina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">foi uma execu&ccedil;&atilde;o promovida pelos EUA no final da Segunda Guerra Mundial</a>. J&aacute; o desastre de Chernobyl, causado pela explos&atilde;o de um reator nuclear defeituoso em 1986, foi encoberto pelo governo da antiga Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica.
Nos anos seguintes, muitos dos sobreviventes das tr&ecirc;s hecatombes registraram epis&oacute;dios de leucemia, c&acirc;ncer e problemas no desenvolvimento infantil. Por&eacute;m, um mist&eacute;rio persiste at&eacute; os dias atuais: por que as pessoas conseguiram voltar a viver, e at&eacute; progredir, em Hiroshima e Nagasaki, mas n&atilde;o em Chernobyl?
<h2>Diferen&ccedil;as entre as trag&eacute;dias</h2>
<span data-fonte="Junko Kimura/Getty Images" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/visitor-passes-by-a-wall-displaying-a-picture-of-the-foto-jornalistica/51145018" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/29/junko-kimura-getty-images-29173032366363.jpg" alt="Junko Kimura/Getty Images" />(Fonte: Junko Kimura/Getty Images)
A grande diferen&ccedil;a entre os epis&oacute;dios ocorridos nas cidades japonesas e o da usina nuclear (hoje em territ&oacute;rio ucraniano) &eacute; quanto &agrave; natureza da contamina&ccedil;&atilde;o, que envolve, em &uacute;ltima inst&acirc;ncia, o n&iacute;vel de radia&ccedil;&atilde;o espalhada pela explos&atilde;o de uma bomba at&ocirc;mica e de um reator nuclear ativo.&nbsp;
Primeiramente, &eacute; preciso levar em conta que as bombas lan&ccedil;adas sobre Hiroshima e Nagasaki foram detonadas muito acima do n&iacute;vel do solo para que as explos&otilde;es &ldquo;rendessem mais&rdquo;, ou seja, aumentassem o n&iacute;vel de devasta&ccedil;&atilde;o.
No entanto, esse fato contribuiu para que a radia&ccedil;&atilde;o se espalhasse por uma &aacute;rea maior, fazendo com que ao longo dos anos seus n&iacute;veis <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124602-qual-a-melhor-forma-de-sobreviver-a-um-apocalipse-nuclear.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fossem considerados seguros para a habita&ccedil;&atilde;o</a>. A explos&atilde;o de Chernobyl, por outro lado, embora de intensidade menor, ocorreu ao n&iacute;vel do solo, deixando grande ac&uacute;mulo de detritos e at&eacute; peda&ccedil;os do reator contaminado no local.&nbsp;
<h2>Por que Chernobyl continua insegura para habita&ccedil;&atilde;o?</h2>
<span data-fonte="Sean Gallup/Getty Images" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/visitor-touring-the-former-chernobyl-nuclear-power-foto-jornalistica/492209720" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/29/sean-gallup-getty-images-29173107066364.jpg" alt="Sean Gallup/Getty Images" />(Fonte: Sean Gallup/Getty Images)
Um dos principais <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124602-qual-a-melhor-forma-de-sobreviver-a-um-apocalipse-nuclear.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">impedimentos para se viver em Chernobyl</a> &eacute; a quantidade de material f&iacute;ssil existente no local. Essa subst&acirc;ncia &mdash; o ur&acirc;nio enriquecido com altas concentra&ccedil;&otilde;es de ur&acirc;nio-235 (U-235) &mdash;&nbsp;&eacute; um is&oacute;topo que pode sustentar uma fiss&atilde;o nuclear, na qual o n&uacute;cleo do &aacute;tomo se divide em dois n&uacute;cleos menores, com libera&ccedil;&atilde;o significativa de energia.
Como uma arma nuclear, como as bombas de Hiroshima e Nagasaki, maximizam a quantidade de energia liberada, isso significa consumir o m&aacute;ximo de ur&acirc;nio em um menor tempo poss&iacute;vel. Ou seja, n&atilde;o &eacute; necess&aacute;rio muito ur&acirc;nio para que uma explos&atilde;o seja consider&aacute;vel. Em Hiroshima, por exemplo, a bomba conhecida como Little Boy tinha 64 quilos de ur&acirc;nio.&nbsp;
J&aacute; o reator nuclear demanda quantidades muito maiores de ur&acirc;nio enriquecido para funcionar. No caso de Chernobyl, esse combust&iacute;vel chegava a 180 toneladas. Al&eacute;m disso, todo o ur&acirc;nio j&aacute; gasto permanece armazenado no reator, at&eacute; ser descartado.

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Por que é possível morar em Hiroshima e Nagasaki, mas não em Chernobyl?

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Antes da aprovação do primeiro Código de Ética pela APA, muitos experimentos perturbadores foram aplicados em seres humanos

<head></head><body>Embora <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124414-7-abordagens-da-psicologia-e-suas-diferencas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a Psicologia moderna tenha se organizado como uma ciência</a> em 1873, com o lançamento do livro Princípios de psicologia fisiológica, de Wilhelm Wundt, somente 80 anos depois a Associação Americana de Psicologia (APA) lançou seu primeiro Código de Ética.Relatamos abaixo quatro exemplos de experimentos psicológicos perturbadores em seres humanos. <h2>4. O Monster Study (1939)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/21/21211529767011.jpg" alt="Fonte: Reddit/Reprodução.">Fonte: Reddit/Reprodução.Batizado com esse nome pelos métodos monstruosos e antiéticos empregados, esse estudo foi conduzido pelo professor da Universidade de Iowa, Wendell Johnson, com 22 crianças órfãs da cidade de Davenport. Para testar sua hipótese de que <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/98341-4-tratamentos-medicos-aterrorizantes-que-ja-foram-usados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a gagueira era um comportamento aprendido,</a> metade das crianças recebeu fonoterapia positiva, e as outras — classificadas como "gagas" (mesmo não sendo) — eram repreendidas e menosprezadas.&nbsp;Muitos dos participantes de fala normal, que receberam o estímulo negativo no experimento, acabaram sofrendo impactos psicológico e tiveram problemas de fala pelo resto de suas vidas.<h2>3. A redesignação de sexo forçada em David Reimer (1965)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/21/21204832637000.jpg" alt="Fonte: YouTube/Facebook/Reprodução.">Fonte: YouTube/Facebook/Reprodução.Pais dos gêmeos Bruce e Brian, nascidos em 1965, o casal canadense Ron e Janet Reimer decidiu criar o primeiro filho como menina, depois que um cirurgião queimou seu pênis por acidente em uma operação de fimose.&nbsp;Seguindo orientação do psicólogo americano John Money, que teorizava que crianças eram neutras em termos de gênero até os dois anos de idade, submeteram o filho <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/118141-10-servicos-que-o-sus-oferece-e-voce-nao-sabia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a uma redesignação sexual</a>.Rebatizada como Brenda, a criança lutou durante sua infância com questões de identidade de gênero e bullying até que, já adolescente, descobriu a verdade, escolheu viver como menino, adotou o nome de David e submeteu-se a várias cirurgias. No dia 4 de maio de 2004, desempregado e vivendo um luto pela morte do irmão Brian, Reimer se matou com um tiro na cabeça aos 38 anos.<h2>2. O experimento de Milgram (1961)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/21/21191841264401.jpg" alt="Fonte: Universidade de Yale/Divulgação.">Fonte: Universidade de Yale/Divulgação.Nessa infame pesquisa, o psicólogo da Universidade de Yale, Stanley Milgram, testou os limites da obediência à autoridade, fascinado com <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121171-a-ousada-captura-de-adolf-eichmann-um-dos-mentores-do-holocausto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a defesa do nazista Adolf Eichmann</a> no julgamento realizado em Israel em 1960. Acusado de promover a logística do Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial, ele disse estar “apenas cumprindo ordens”. &nbsp;O experimento consistiu em pedir aos 40 participantes que aplicassem choques elétricos em outra pessoa (na verdade um ator) sempre que esta cometesse um erro. A maioria dos participantes (26) subiu a potência dos choques para “450 volts”, mesmo com o alerta de que a voltagem seria “potencialmente letal”. E nenhum deles hesitou em aplicar choques de 300 volts, apesar dos gritos desesperados dos atores.<h2>1. O experimento do pequeno Albert (1920)</h2><iframe width="480" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/5duLMjaTL0U" title="The Little Albert Experiment" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>O chamado Experimento com o Pequeno Albert foi um estudo de condicionamento, com base na experiência clássica do russo Ivan Pavlov. Só que, enquanto o experimento original lidou com impulso e resposta em cães, a abominável experiência realizada pelos psicólogos comportamentais John B. Watson e Rosalie Rayner utilizou como sujeito um bebê de nove meses.Investigando o desenvolvimento de fobias em seres humanos, os pesquisadores apresentaram ao "pequeno Albert" um rato branco enquanto ele brincava, e a criança foi receptiva ao animal. Para provar sua teoria, o casal fez o lactente temer o bicho, introduzindo um estímulo aversivo — uma martelada barulhenta em uma barra de ferro — todas as vezes que o bichinho era tocado. A criança passou a não tocar mais em animais, ainda que sem a presença do barulho.&nbsp;Mesmo sem saber <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/113256-o-que-aconteceu-com-o-pequeno-albert-cobaia-de-experimento-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o destino da criança apelidada de Albert no experimento</a>, é possível imaginar as consequências desastrosas do antiético experimento na vida dessa pessoa.</body>

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Os 4 experimentos psicológicos mais perturbadores da história 

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Predador do topo da cadeia alimentar, o tubarão-branco viajam longas distâncias no oceano, mas podem se estressar quando em cativeiro

<head></head><body>O filme Tubarão, <a href="https://www.tecmundo.com.br/minha-serie/257249-tubaroes-steven-spielberg-lamenta-impacto-filme-ecossistema-marinho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dirigido por Steve Spielberg</a>, foi lançado há 48 anos e inaugurou um fenômeno de culto por esses peixes cartilaginosos, principalmente ao tubarão-branco, que se tornou o vilão da história em 1975. Vistos em sequências, documentários e programas de TV, esses grandes predadores só não podem ser observados em um local: atrás das paredes de vidro de um aquário.Não é que os grandes aquários restrinjam a presença desse tipo de peixe. Na verdade, é até relativamente fácil observar <a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125469-ovo-de-tubarao-chifre-com-aparencia-inusitada-viraliza-no-tiktok.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwjH3NGz8tT_AhWIFFkFHX4ID0QQFnoECAcQAg&amp;usg=AOvVaw2Nt8lcua-Z6KE-6B-Y-SZB" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alguns tipos de tubarões em aquários</a>. Entre os mais comumente observados, estão o tubarão-touro, o tubarão-martelo, o tubarão-de-recife, o tubarão-bambu, o tubarão-lixa e o tubarão-cabeça-chata.O mais curioso é que a ausência do tubarão-branco, mesmo em aquários oceânicos, não ocorre por falta de tentativas. Com o sucesso do filme na década de 1970, aquários do mundo inteiro buscaram levar o “astro dentuço de Hollywood” para suas instalações, mas as tentativas foram 100% frustradas.<h2>Quais aquários já exibiram tubarões-brancos?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/21/21145705305214.jpg" alt="Fonte: GettyImages/Reprodução.">Fonte: GettyImages/Reprodução.Algumas instituições mundialmente reconhecidas como o SeaWorld e o Steinhart Aquarium, nos EUA, levaram para seus tanques alguns exemplares da espécie tubarão-branco (Carcharodon carcharias) nas três décadas que se seguiram ao fenômeno da “tubarãomania”. Mas, em nenhum dos casos, o peixe durou mais do que uma semana.Em 2004, o Aquário da Baía de Monterey se tornou o único até hoje <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124928-ameacados-de-extincao-tubaroes-zebra-se-reproduzem-sem-macho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a manter um grande tubarão-branco vivo</a> por mais tempo — seis meses — graças a um tanque gigantesco e suporte intensivo. Mas o animal que bateu esse recorde teve que ser solto após 198 dias, depois de atacar dois “colegas”. A instituição desistiu do projeto, chamado de "Open Ocean", em 2011.<h2>Por que os tubarões-brancos não sobrevivem em aquários?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/21/21151051857220.jpg" alt="Fonte: GettyImages/Reprodução.">Fonte: GettyImages/Reprodução.Embora a maioria dos animais marinhos — inclusive os próprios tubarões —&nbsp;consiga se adaptar até com certa facilidade à vida confinada dentro dos tanques de aquário, essa instalação pode ser mortífera para os tubarões-brancos. Isso porque nenhum aquário foi capaz de fornecer comida suficiente, nem espaço suficiente ou mesmo um ambiente livre de estresse do qual <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123790-5-comportamentos-incomuns-de-tubaroes-que-te-deixariam-surpreso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os tubarões-brancos necessitam para sobreviver</a>. &nbsp;Assim que confinados em aquários, os tubarões-brancos começam a bater nas paredes e se ferir. Em alguns casos, eles até param de nadar, o que pode ser fatal para um organismo que necessita de água fluindo pelas brânquias para extrair o oxigênio. Outro mecanismo vital, o sistema de eletrorrecepção usado pelos tubarões-brancos para detectar sinais elétricos de presas em mar aberto, também não funciona dentro de caixas de vidro.O fato é que, independentemente do animal selvagem capturado, o cativeiro não apenas restringe o espaço e o comportamento natural das espécies, como também suas necessidades sociais. Dessa forma, é pouco provável que possamos voltar a ver um belo e assustador tubarão-branco dentro de um aquário.&nbsp;A espécie é considerada vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).</body>

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Por que não vemos grandes tubarões-brancos em aquários?

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A descoberta de uma fonte de água datada de mais de 1,5 bilhão de anos em uma mina canadense permitiu a investigação da biodiversidade microbiana

<head></head><body>Em 2013, uma equipe liderada por geólogos da Universidade de Toronto, no Canadá, fez uma descoberta revolucionária sobre a manutenção de formas de vida em ecossistemas remotos. A três quilômetros de profundidade, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125422-de-onde-vem-a-agua-que-existe-sobre-o-planeta-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">eles encontraram água corrente</a>, cujos testes mostraram uma idade entre 1,5 bilhão a 2,64 bilhões de anos, além de mostrar vestígios de vida.Falando à BBC News, a líder da pesquisa, Barbara Sherwood Lollar, explicou: “Fomos capazes de indicar que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125189-6-misterios-escondidos-abaixo-da-superficie-da-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o sinal que estamos vendo nos fluidos</a> deve ter sido produzido pela microbiologia, e, mais importante, deve ter sido produzido em uma escala de tempo muito longa. Os micróbios que produziram essa assinatura não poderiam ter feito isso da noite para o dia".Para a geóloga, que hoje leciona no Departamento de Ciências Físicas e Ambientais na Universidade de Toronto, não se trata de um pequeno poço aprisionado nas rochas, mas uma verdadeira torrente de água, “fluindo a taxas de litros por minuto”.<h2>A biodiversidade em fluidos profundos</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;B. Sherwood Lollar et al.&nbsp;" data-fonte-url="http://thescienceexplorer.com/sites/thescienceexplorer.com/files/styles/content_image__large/public/blog/imageedit_1_3665162287.jpg?itok=CvUKOgQs&amp;timestamp=1481749812"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/20/20153626731292.jpg" alt="Fonte: B. Sherwood Lollar et al./Divulgação.">Fonte: B. Sherwood Lollar et al./Divulgação.Em dezembro de 2016, Barbara Sherwood Lollar apresentou sua pesquisa no Encontro de Outono da União Geofísica Americana realizado em São Francisco, nos EUA. Após estudar com sua equipe a hidrosfera profunda por várias décadas em diversas minas ao redor do mundo, a professora afirmou que a descoberta de novos sistemas ambientais tem facilitado a investigação da biodiversidade microbiana e sua adaptação a condições extremas.A indicação da presença de organismos vivos "nesses fluidos em uma escala de tempo geológica", diz Sherwood Lollar, é um exemplo de adaptação da vida a condições extremas. Para sobreviver, esses microrganismos usaram substratos produzidos a partir da radiação.&nbsp;Coautor da pesquisa, o professor Long Li, atualmente na Universidade de Alberta, explicou em um release que "o sulfato, como o hidrogênio, é realmente produzido no local por reação entre a água e a rocha". E essa reação poderá continuar de forma natural, e "pode persistir enquanto a água e a rocha estiverem em contato, potencialmente bilhões de anos”.<h2>Afinal, qual é o sabor da água mais antiga do mundo?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/20/20153455728291.jpg" alt="Fonte: CBC Canada.">Fonte: CBC Canada.Mais do que a natural implicação da pesquisa na descoberta de vida em outros locais remotos da Terra (e até mesmo em outros planetas), a professora Sherwood Lollar foi à CNN falar sobre uma questão muito formulada na internet: o sabor da água abissal. A questão não abalou a cientista, que lembrou ao público que, “se você é um geólogo que trabalha com rochas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110799-os-cientistas-tem-um-truque-bem-curioso-para-diferenciar-fosseis-de-rochas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">provavelmente já lambeu muitas delas</a>”.Para quem esperava um sabor salgado, a "degustação" de Sherwood Lollar revelou que a água era "muito mais salgada que a água do mar" e "muito mais amarga". A revelação não surpreendeu os sommeliers: afinal, o líquido envelheceu por mais de dois bilhões de anos.</body>

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Qual é o gosto da água mais antiga da Terra, de 2 bilhões de anos? Cientista responde

Imagem de As 5 "cidades perdidas" mais deslumbrantes da Europa no megacurioso

Cidades perdidas provocam a curiosidade dos arqueólogos e o fascínio dos visitantes quando descobertas

<head></head><body>Por serem descritas em relatos míticos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124170-5-cidades-perdidas-que-estao-sendo-redescobertas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">as cidades perdidas do mundo</a> são muitas vezes consideradas lendas. No entanto, assim que descobertas — como ocorreu com Petra, Mênfis ou Machu Pichu — transformam-se em locais de peregrinação. Já outras continuam a habitar o imaginário popular e as buscas incessantes de arqueólogos e historiadores.Falamos aqui de cidades europeias encontradas há pouco ou há muito tempo, e outras que ainda continuam envoltas em uma aura de mistério.<h2>5. Castro</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/16/16171259945355.jpg" alt="Fonte: Wikimedia Commons.">Fonte: Wikimedia Commons.O que chama a atenção na cidade de Castro foi a forma como foi arrasada. Ao contrário de outras cidades "perdidas" em erupções vulcânicas, tempestades e terremotos, essa comunidade localizada na atual região do Lazio <a href="https://www.megacurioso.com.br/religiao/40052-confira-6-dos-documentos-mais-intrigantes-da-historia-da-igreja.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">foi aniquilada pelos exércitos do Papa Inocêncio X.</a> O pontífice acusou o patriarca da família Farnese, Ranuccio II, de assassinar o recém-nomeado bispo.&nbsp;Da próspera cidade, restaram apenas ruínas fumegantes e uma coluna com a inscrição "Quì fu Castro" (Aqui estava Castro). A cidade jamais foi reassentada. &nbsp;<h2>4. Seuthopolis</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/16/16163544144317.jpg" alt="Fonte: Projeto Seuthopolis.">Fonte: Projeto Seuthopolis.Construída no quarto final do século IV a.C., a cidade de Seuthopolis era a capital do Reino dos Trácios Odrysianos, na época a maior representação política dos Bálcãs Orientais, no que é hoje a Bulgária. Perdida durante séculos, a cidade foi descoberta em 1948 durante a formação do chamado Lago Koprinka, um reservatório artificial resultante da construção de uma barragem do rio Tudzha.&nbsp;<h2>3. Rungholt</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/16/16154121175271.jpg" alt="Fonte: Ruth Blankenfeldt/Universidade Johannes Gutenberg de Mainz.">Fonte: Ruth Blankenfeldt/Universidade Johannes Gutenberg de Mainz.Considerada por muito tempo como uma lenda local e chamada pejorativamente de "Atlântida do Mar do Norte", a cidade de Rungholt realmente existiu na atual Frísia Oriental na Alemanha, segundo <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/125419-rungholt-cidade-que-submergiu-ha-mais-de-600-anos-e-encontrada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma nova pesquisa publicada no final do mês passado</a>. Arqueólogos alemães encontraram os restos de uma igreja da cidade submersa.O último registro que se tinha até então da cidade é de que ela teria sido varrida do mapa por uma tempestade conhecida como Segunda Inundação de São Marcelo, ocorrida em janeiro de 1362. A inundação destruiu mais de 30 assentamentos e matou cerca de 10 mil pessoas na área, além de empurrar a costa por muitos quilômetros.<h2>2. Tartessos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/16/16141518636242.png" alt="Fonte: Wikimedia Commons.">Fonte: Wikimedia Commons.Embora não exista efetivamente como cidade, Tartessos era uma civilização da Idade do Bronze que teria florescido no sudoeste da Espanha como uma das cidades mais ricas de seu tempo, com reservas de cobre, estanho, chumbo, prata e ouro.Entre as evidências da existência de Tartessos, podem ser citados registros escritos (em obras de Heródoto, Estrabão e Plínio, o Velho), artefatos arqueológicos encontrados no vale do rio Guadalquivir, e evidências linguísticas, pois o tartessiano seria uma língua pré-céltica que cedeu muitas palavras para o moderno espanhol.A localização exata da cidade continua sendo objeto de pesquisa de várias equipes arqueológicas.<h2>1. Pompeia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/16/16133010478218.jpg" alt="Fonte: Getty images.">Fonte: Getty images.Enterrada por séculos, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125443-homem-petrificado-em-pompeia-morreu-se-masturbando.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a cidade de Pompeia na Itália</a> talvez seja a cidade "perdida" que mais fascínio causou entre os seus visitantes depois que as escavações da área tiveram início em 1748. Um dos motivos, a sua incrível preservação, se deve ao fato de a cidade ter sido totalmente soterrada em questão de horas por até 25 metros de cinzas vulcânicas.A catástrofe, ocorrida durante a erupção do Monte Vesúvio no ano 79 d.C., matou instantaneamente mais de vinte mil pessoas. Recentemente, cientistas concluíram que a maioria dessas mortes foi causada não por asfixia, mas pelo calor extremo produzido pelo vulcão, que pode ter chegado a 250 °C.&nbsp;</body>

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As 5 'cidades perdidas' mais deslumbrantes da Europa

Imagem de Grande cemitério da Idade do Bronze é encontrado perto de Stonehenge no megacurioso

Embora próximo, não há ainda evidências de ligação do cemitério com o famoso monumento pré-histórico

<head></head><body>Um extenso cemitério com túmulos da Idade do Bronze e do período Neolítico foi descoberto por empregados de uma empresa de construção da Inglaterra, na estrada de Netherhampton Road, área de West Harnham de Salisbury, cidade em cuja planície se localiza <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/121285-stonehenge-era-um-calendario-solar-na-antiguidade-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o monumento pré-histórico de Stonehenge</a>, considerado dos locais arqueológicos mais famosos do mundo.De acordo com um comunicado de imprensa da Cotswold Archaeology, empresa privada que assumiu as escavações no local, o cemitério possui mais de 20 montes circulares conhecidos como “montículos funerários”. Esses túmulos teriam sido construídos entre 2400 a.C. e 1500 a.C. em uma encosta composta por calcário de giz.Divulgado oficialmente pela empresa no final do mês passado, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121753-os-6-cemiterios-mais-deslumbrantes-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o cemitério foi datado predominantemente na Idade do Bronze</a>, o que o torna milhares de anos mais jovem do que o Stonehenge, cuja construção foi feita em várias fases durante um tempo significativo, sendo a maioria dos trabalhos executada no final do período Neolítico.&nbsp;<h2>Como eram feitos os montículos funerários?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/17/17103853061000.jpg" alt="Fonte: Cotswold Archaelogy.">Fonte: Cotswold Archaelogy.Conforme o release da Cotswold, os túmulos descobertos em Netherhampton Road acabaram nivelados após a ação secular de agricultores na região, ficando somente como valas. No entanto, pelo menos dez enterros e três cremações sem urnas sobreviveram.&nbsp;Agrupados em "pares ou pequenos grupos de seis ou mais" (dos quais cinco já foram escavados), os túmulos se estendem desde a chamada "Borda de Harnham", uma área de colinas e paisagens elevadas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117669-stonehenge-nao-foi-construido-na-inglaterra-diz-novo-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">até o vale do rio Nadder</a>, alguns quilômetros abaixo.Os arqueólogos perceberam que os montículos funerários são multifásicos: dois foram substancialmente ampliados, diz a nota, e um deles começou em uma vala ligeiramente oval que foi posteriormente substituída por outra quase circular. Isso pode ser um indicativo de que sua construção tenha ocorrido antes dos demais, ainda no período Neolítico.&nbsp;<h2>Enterros pré-históricos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/17/17112024844000.jpg" alt="Fonte: Cotswold Archaeology.">Fonte: Cotswold Archaeology.Foi observado pelos pesquisadores que essa vala oval atravessava alguns poços usados para deposição de chifres de veado-vermelho, um elemento muito utilizado durante o Neolítico para fabricar ferramentas, elementos rituais e pequenas utilidades, como alfinetes e pentes. Esses apêndices serão agora analisados para verificar se foram utilizados para esses fins.Em escavações nos restos de nove outros enterros, foram encontrados <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/111428-criancas-descobrem-cemiterio-milenar-em-jardim-de-infancia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vasos de cerâmica em forma de "Bell Beakers"</a>, recipientes redondos para beber que constituíram uma cultura arqueológica que se desenvolveu no final do período do Neolítico e início da Idade do Bronze na Europa Ocidental.Outras ocupações, estas mais recentes, foram também detectadas no sítio arqueológico: uma delas, que pode ter sido uma área de cultivo da Idade do Ferro, tinha mais de 240 poços e postholes (estruturas de madeira para construções). As covas podem ter sido usadas para armazenar grãos ou para descartar lixo. À medida que as escavações terminarem, o material começará a ser analisado, afirma a Cotswold Archaeology.</body>

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Grande cemitério da Idade do Bronze é encontrado perto de Stonehenge

Imagem de O extermínio de cães de Londres que dividiu os habitantes em 1760 no megacurioso

Mais do que uma matança, o abate de cães de Londres inaugurou uma mentalidade sobre o papel dos animais dentro da comunidade

<head></head><body>Chamada de "grande abate dos cães", <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118534-holocausto-pet-quando-os-londrinos-sacrificaram-seus-animais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma matança de animais</a> dividiu, em 1760, a população de Londres entre os que viam os bichos como ameaça à saúde pública e os que os consideravam os melhores amigos do homem. O evento histórico é considerado até hoje um divisor de águas no comportamento dos seres humanos em relação a animais de estimação na Grã-Bretanha.Tudo começou em uma reunião do Conselho dos Comuns da cidade Londres realizada em 26 de agosto de 1760 que, em meio aos relatos sobre um surto de raiva na cidade, determinou o abate generalizado de cães durante um período de dois mese<s>s</s>. Da mesma forma que ocorre com as doenças de gado atuais, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/114109-na-china-caes-ganham-status-de-animais-de-estimacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o abate de animais era uma prática padrão</a> para zoonoses na época.&nbsp;Embora grande parte dos londrinos argumentassem que o extermínio em massa era excessivo e imoral, isso não impediu que o prefeito Sir Thomas Chitty iniciasse os procedimentos para que, durante os meses seguintes, todos os cães encontrados nas ruas da cidade fossem executados e enterrados em valas comuns.&nbsp;<h2>Como foi feito o abate de cães de Londres em 1760?</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Stephanie Howard-Smith/Journal of Eighteenth-Century Studies&nbsp;" data-fonte-url="https://onlinelibrary.wiley.com/cms/asset/a0b90a37-b5ad-4b91-8d5d-cd5deb319f4d/jecs12592-fig-0001-m.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/01/01201105878000.jpg" alt="(Fonte: Stephanie Howard-Smith/Journal of Eighteenth-Century Studies/Reprodução)">(Fonte: Stephanie Howard-Smith/Journal of Eighteenth-Century Studies/Reprodução)<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/109475-confira-13-fatos-e-curiosidades-sinistros-relacionados-com-a-raiva.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Além da iminente disseminação da raiva</a> na cidade, as autoridades londrinas não sabiam o que fazer com matilhas de cães vadios que perambulavam pelas ruas. Ao optar pelo extermínio, a administração municipal acreditava piamente que a eliminação dos cães ajudaria a restringir a propagação de doenças.&nbsp;Embora haja controvérsias entre os detalhes e métodos específicos utilizados na execução de cães vadios no ano de 1760, acredita-se que recompensas monetárias foram oferecidas tanto para os abatedores municipais, como para as pessoas que se dispusessem a capturar os animais e os entregassem às autoridades.&nbsp;Isso acabou gerando situações de violência, com animais de estimação sendo perseguidos nas portas das casas ou afogados quando passeavam com os seus donos. "Não se passa por cima de nada além de pobres cachorros mortos! As criaturas queridas, de boa índole, honestas e sensatas! Cristo! Como alguém pode machucá-los?", registrou o escritor Horace Walpole.<h2>Uma nova consciência sobre a causa animal?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/01/01220246649000.jpg" alt="Hoje, Londres é considerada uma das cidades mais amistosas para cães no mundo.(Fonte: Getty Images)">Hoje, Londres é considerada uma das cidades mais amistosas para cães no mundo.(Fonte: Getty Images)As reações da população londrina ao massacre dos cães de 1760 confundiram e envergonharam os partidários do abate. Um defensor da causa animal escreveu na época que os cachorros de Londres foram vítimas "de homens mais inúteis do que os animais que eles destruíram".A violência do passado acabou inaugurando uma visão de mundo em que os animais de estimação são considerados mais do que companhias desejáveis ou criaturas semelhantes. Muitos consideram os cães modernos seres de pura bondade, superando em alguns aspectos os próprios seres humanos.&nbsp;</body>

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O extermínio de cães de Londres que dividiu os habitantes em 1760

Imagem de Ossos revelam brutalidade do trabalho infantil na Revolução Industrial no megacurioso

É a primeira vez que as consequências do trabalho infantil utilizado na Revolução Industrial são analisadas através dos corpos dos trabalhadores

Um estudo publicado em maio na revista cient&iacute;fica PLOS ONE forneceu, pela primeira vez na hist&oacute;ria, evid&ecirc;ncias bioarqueol&oacute;gicas<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109162-13-fotos-que-retratam-os-horrores-do-trabalho-infantil-no-seculo-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;sobre o impacto do trabalho infantil</a> na sa&uacute;de, crescimento e mortalidade de crian&ccedil;as durante a Revolu&ccedil;&atilde;o Industrial na Inglaterra do s&eacute;culo XIX.
A an&aacute;lise das ossadas de jovens aprendizes de f&aacute;bricas localizadas em zonas rurais, feita por cientistas da Universidade de Durham, foram desenterradas por acaso durante uma escava&ccedil;&atilde;o na vila de Fewston, no distrito de Harrogate de North Yorkshire. Os mais de 150 esqueletos foram encontrados ao lado de uma antiga igreja.
O estudo mostra a face sombria de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124831-em-1920-pessoas-tinham-que-ser-convencidas-que-eletricidade-era-util.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um per&iacute;odo de grande progresso na Gr&atilde;-Bretanha</a>, no qual a r&aacute;pida industrializa&ccedil;&atilde;o e novas tecnologias e m&eacute;todos de produ&ccedil;&atilde;o provocaram um aumento consider&aacute;vel na produ&ccedil;&atilde;o de bens e servi&ccedil;os. O fen&ocirc;meno teve reflexos importantes no panorama socioecon&ocirc;mico da &eacute;poca. &nbsp;
<h2>Desenvolvimento econ&ocirc;mico e raquitismo</h2>
<span data-fonte="Edward Gooch Collection/Getty Images" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornal%C3%ADstica/child-labour-in-a-mill-during-the-industrial-foto-jornal%C3%ADstica/3373484" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/07/edward-gooch-collection-getty-07192045094383.jpg" alt="Edward Gooch Collection/Getty" />(Fonte: Edward Gooch Collection/Getty Images)
Da mesma forma que liberais afirmam que "n&atilde;o h&aacute; almo&ccedil;o gr&aacute;tis", tamb&eacute;m &eacute; imposs&iacute;vel pensar em um milagre econ&ocirc;mico sem a exist&ecirc;ncia do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124903-homens-superestimam-sua-inteligencia-e-mulheres-subestimam-seu-qi.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">trabalho mal pago de mulheres e crian&ccedil;as</a>. Isso permitiu com que as manufaturas brit&acirc;nicas fossem competitivas em um mercado cada vez mais globalizado, diz o estudo.&nbsp;
De acordo com os autores, no ano de 1845, 43% dos trabalhadores nas ind&uacute;strias algodoeiras tinham menos de 18 anos, percentual que era ainda maior em outros setores da economia. Embora esse fato seja largamente descrito em documentos hist&oacute;ricos, esta &eacute; a primeira vez que se v&ecirc; mal-estar, desnutri&ccedil;&atilde;o, infec&ccedil;&otilde;es e doen&ccedil;as ocupacionais estampados diretamente nos ossos.
Conhecidas como "moinhos de algod&atilde;o" ou fia&ccedil;&otilde;es, essas f&aacute;bricas eram estrategicamente instaladas em regi&otilde;es rurais onde a mat&eacute;ria-prima &mdash; e a m&atilde;o de obra &mdash; eram mais baratas.
<h2>O que os cientistas descobriram nos ossos dos "aprendizes"?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/04/04154221818000.jpg" alt="Estudo dos dentes mostrou sinais de desnutri&ccedil;&atilde;o. (Fonte: John Buglass Archeology/Durham University/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Estudo dos dentes mostrou sinais de desnutri&ccedil;&atilde;o. (Fonte: John Buglass Archeology/Durham University/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O estudo dos esqueletos dos chamados aprendizes da ind&uacute;stria de Fewston, muitos deles enviados de par&oacute;quias distantes, "revelaram as condi&ccedil;&otilde;es brutais existentes nas f&aacute;bricas". Al&eacute;m de deformados, os ossos das crian&ccedil;as eram claramente menores quando comparados aos de outras crian&ccedil;as daquela &eacute;poca, e apresentavam sinais de defici&ecirc;ncia vitam&iacute;nica e doen&ccedil;as respirat&oacute;rias.&nbsp;
A an&aacute;lise de is&oacute;topos de carbono e nitrog&ecirc;nio mostrou aos cientistas que os menores se alimentavam com baix&iacute;ssimo teor de prote&iacute;nas, resultando em raquitismo e escorbuto. Falando &agrave; BBC, a primeira autora do estudo e professora de Bioarqueologia da Durham, Rebecca Gowland, explica que, "quando uma crian&ccedil;a n&atilde;o se alimenta o suficiente, seu corpo prioriza outras fun&ccedil;&otilde;es biol&oacute;gicas, especialmente o c&eacute;rebro e o sistema imunol&oacute;gico".
Comovida com "as pen&uacute;rias dessas crian&ccedil;as escritas nos seus ossos", Gowland espera que as conclus&otilde;es do estudo sirvam para que a hist&oacute;ria n&atilde;o se repita. "Estas crian&ccedil;as foram desumanizadas e tratadas como &lsquo;o outro&rsquo; ao longo da vida, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123379-shein-como-a-moda-fast-fashion-fatura-as-custas-do-trabalho-escravo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">e o mesmo acontece hoje pelo mundo</a>".

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Ossos revelam brutalidade do trabalho infantil na Revolução Industrial

Imagem de Qual foi a civilização mais duradoura da Terra? no megacurioso

Embora Egito, China e Mesopotâmia sejam citados como locais das 'civilizações' mais duradouras do mundo, arqueólogos rejeitam a hipótese

Saber se Egito, China ou Mesopot&acirc;mia s&atilde;o as civiliza&ccedil;&otilde;es mais duradouras da Terra pode ser uma pergunta de dif&iacute;cil resposta. Primeiramente porque <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124011-5-civilizacoes-escondidas-debaixo-de-nossos-pes-reveladas-pela-tecnologia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os arque&oacute;logos modernos repudiam a ideia de "civiliza&ccedil;&atilde;o"</a>, preferindo, em vez disso, falar em termos de "culturas e tradi&ccedil;&otilde;es".&nbsp;
Al&eacute;m disso, todas as grandes civiliza&ccedil;&otilde;es da hist&oacute;ria tiveram per&iacute;odos de interven&ccedil;&otilde;es "estrangeiras", como os hicsos no Egito, por exemplo. Finalmente, a cultura do in&iacute;cio de uma civiliza&ccedil;&atilde;o pode ser completamente diferente daquela pr&oacute;xima ao seu fim.&nbsp;
<h2>Egito ou Mesopot&acirc;mia?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/29/29204355593001.jpg" alt="A civiliza&ccedil;&atilde;o da Mesopot&acirc;mia pode ser considerada t&atilde;o duradoura quanto &agrave; eg&iacute;pcia." />A civiliza&ccedil;&atilde;o da Mesopot&acirc;mia pode ser considerada t&atilde;o duradoura quanto &agrave; eg&iacute;pcia. (Fonte: Getty Images)
Por uma quest&atilde;o de estimativa, a civiliza&ccedil;&atilde;o eg&iacute;pcia &eacute; avaliada em cerca de 3,5 mil anos, desde a &eacute;poca dos primeiros fara&oacute;s e do uso dos hier&oacute;glifos, embora o imp&eacute;rio tenha sido governado por dinastias estrangeiras. J&aacute; na Mesopot&acirc;mia, o curador do Penn Museum da Filad&eacute;lfia, Philip Jones, explica &agrave; Live Science que a escrita sum&eacute;ria come&ccedil;ou por volta de 3200 a.C., e a adora&ccedil;&atilde;o dos deuses deve ter durado at&eacute; o s&eacute;culo III d.C.&nbsp;
Em termos de civiliza&ccedil;&otilde;es e imp&eacute;rios, a Mesopot&acirc;mia teve: Sum&eacute;ria, Ac&aacute;dia, Babil&ocirc;nia e Ass&iacute;ria. Por sua vez, o Egito passou por v&aacute;rias dinastias e per&iacute;odos: o Antigo, o M&eacute;dio e Novo Imp&eacute;rio, al&eacute;m do Per&iacute;odo Ptolemaico, entre outros. <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124587-como-era-a-vida-dos-egipcios-que-construiram-as-piramides.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O Antigo Egito &eacute; mais conhecido por suas pir&acirc;mides</a> e ic&ocirc;nicos fara&oacute;s, como Qu&eacute;ops e Rams&eacute;s II.
A "civiliza&ccedil;&atilde;o entre rios", que possu&iacute;a cidades-estado independentes como Uruk e Ur, promulgou o importante C&oacute;digo de Hamurabi e construiu os famosos Jardins Suspensos da Babil&ocirc;nia. Esse predom&iacute;nio cultural e pol&iacute;tico se manteve inc&oacute;lume por quase 2 mil anos, desde 3.500 a.C. at&eacute; a conquista persa em 539 a.C.&nbsp;
<h2>Ent&atilde;o, seria a China a civiliza&ccedil;&atilde;o mais duradoura?</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/29/29212820937012.jpg" alt="Com base na arqueologia, afirma-se que civiliza&ccedil;&atilde;o chinesa tem mais de 5 mil anos." />Com base na arqueologia, afirma-se que civiliza&ccedil;&atilde;o chinesa tem mais de 5 mil anos.&nbsp;(Fonte: Getty Images)
Alguns par&acirc;metros importantes, como uso da escrita, urbaniza&ccedil;&atilde;o ou tradi&ccedil;&otilde;es cont&iacute;nuas, colocam <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124451-por-que-a-tumba-do-primeiro-imperador-da-china-ainda-nao-foi-aberta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a China como a civiliza&ccedil;&atilde;o mais duradoura</a> do mundo, mas a forma de medir isso &eacute; questionada. "Depende de como voc&ecirc; define civiliza&ccedil;&atilde;o e como define chin&ecirc;s, porque acho que existem v&aacute;rias maneiras razo&aacute;veis de definir esses dois conceitos", explica o arque&oacute;logo Rowan Flad, da Universidade de Harvard, &agrave;&nbsp;Live Science.
"Quando voc&ecirc; pensa sobre a l&iacute;ngua escrita [chinesa], n&atilde;o h&aacute; absolutamente nenhuma controv&eacute;rsia de que haja continuidade de 3.250 anos atr&aacute;s ou mais at&eacute; o presente", afirma ele. O mesmo ocorre como a arqueologia das ru&iacute;nas neol&iacute;ticas da cultura Liangzhu no delta do rio Yangtze, que data a civiliza&ccedil;&atilde;o chinesa em mais de 5 mil anos.
No entanto, vendo essa China milenar e a China de hoje, percebe-se que n&atilde;o h&aacute; uma resposta definitiva para a quest&atilde;o da civiliza&ccedil;&atilde;o mais duradoura da Terra. "O que a maioria das pessoas quer dizer com 'civiliza&ccedil;&atilde;o' deve ser entendido como uma extrapola&ccedil;&atilde;o de alto n&iacute;vel que tende a perder o foco quando voc&ecirc; olha mais de perto", conclui Jones.&nbsp;

Jorge Marin