Imagem de Ângulo e lugar de impacto fizeram asteroide dizimar vida na Terra no megacurioso

Se tivesse caído em outro lugar, talvez a história da evolução teria sido diferente

H&aacute; 66 milh&otilde;es de anos, um asteroide atingiu um dos poucos pontos que continham a "mistura perfeita" para eliminar quase toda a vida na Terra: a costa do M&eacute;xico. Rica em enxofre e hidrocarbonetos, as temperaturas escaldantes na cratera de impacto acenderam esse combust&iacute;vel. Isso gerou inc&ecirc;ndios que deram uma volta ao globo, bem como jogou fuligem e enxofre na estratosfera em uma quantidade suficiente para apagar o Sol e mudar o clima. A hist&oacute;ria teria sido diferente se esse asteroide tivesse ca&iacute;do em um &acirc;ngulo diferente e em outro lugar.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/28/28160302341253.jpg" alt="Mapa de gradiente horizontal da anomalia gravitacional de Bouguer da Cratera Chicxulub. A linha branca &eacute; o litoral e os pontos brancos, cenotes." />Mapa de gradiente horizontal da anomalia gravitacional de Bouguer da cratera Chicxulub. A linha branca &eacute; o litoral, e os pontos brancos s&atilde;o cenotes.
Em 2016, uma equipe de pesquisadores, liderada pelo ge&oacute;logo Sean Gulick, da Universidade do Texas, e Joanna Morgan, do Imperial College London, perfurou a Cratera Chicxulub para recuperar as rochas que se formaram ap&oacute;s o impacto que mudou a vida na Terra. As an&aacute;lises feitas e simula&ccedil;&otilde;es em computador sugerem que o asteroide perfurou a crosta terrestre em uma inclina&ccedil;&atilde;o de at&eacute; 60 graus, o que foi devastador para o planeta.
"De 45 a 60 graus, o impacto &eacute; muito eficiente na vaporiza&ccedil;&atilde;o e eje&ccedil;&atilde;o de detritos para grandes altitudes. Se o impacto ocorrer em &acirc;ngulos mais rasos ou muito mais agudos, a quantidade de material que &eacute; lan&ccedil;ada na atmosfera causaria significativamente menos mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas", explicou Gareth Collins, ge&oacute;logo e geof&iacute;sico do Imperial College London.
<h2>Cratera com 30 km de profundidade</h2>
Apenas 13% da superf&iacute;cie do planeta cont&ecirc;m a mistura capaz de provocar o que os pesquisadores chamaram de &ldquo;a tempestade perfeita&rdquo;. Quando ela foi jogada para o ar depois do impacto do asteroide, misturou-se ao vapor-d&rsquo;&aacute;gua da atmosfera e produziu um "inverno global" &mdash; prolongado e intensificado pelo &acirc;ngulo de entrada do asteroide.
A lembran&ccedil;a desse evento catacl&iacute;smico pode ser observado na costa do porto de Chicxulub, na Pen&iacute;nsula de Yucat&aacute;n, no M&eacute;xico. Ali, uma metade sob o mar e a outra escondida por cobertura vegetal, est&aacute; uma estrutura de 200 km de largura.&nbsp;
Segundo Collins, &ldquo;&eacute; dif&iacute;cil entender a escala das for&ccedil;as que a produziram&rdquo;. O asteroide, com cerca de 12 km de di&acirc;metro, ao atingir a Terra perfurou instantaneamente um buraco que, estima-se, tinha cerca de 30 km de profundidade.&nbsp;
<h2>Um Everest de rocha derretida</h2>
As rochas fluidificadas na base dessa cratera acabariam por criar, em minutos, uma montanha mais alta do que o Everest. Essa forma&ccedil;&atilde;o recuou e formou dois an&eacute;is assim&eacute;tricos, o que deu pistas sobre o &acirc;ngulo de impacto do asteroide. Collins usou a Pesquisa Distribu&iacute;da em Computa&ccedil;&atilde;o Avan&ccedil;ada (ou DiRAC, sigla em ingl&ecirc;s) no Centro de Computa&ccedil;&atilde;o de Alta Tecnologia do Reino Unido (STFC) para simular a entrada do asteroide na atmosfera da Terra.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/28/gif-28183939773320.gif" alt="gif" />
Segundo ele, somente um asteroide vindo do nordeste e atingindo a Terra em um &acirc;ngulo de 60 graus faria o estrago que matou tr&ecirc;s quartos da vida no planeta. "Modelos em diferentes &acirc;ngulos de impacto, como a 30 ou 45 graus, n&atilde;o correspondem ao que observamos em Chicxulub. Se o impacto tivesse sido direto, ou seja, a 90 graus, os centros estariam simetricamente dispostos, um em cima do outro", explicou o especialista.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/bfrHoGlFLwk" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Sean Gulick, coautor do estudo publicado agora na revista Nature Communications, disse &agrave; BBC que "um &acirc;ngulo de 60 graus &eacute; um dos piores, pois tem a for&ccedil;a para vaporizar grandes volumes de rochas ricas em enxofre e ejet&aacute;-las na atmosfera. Esses resultados s&atilde;o cr&iacute;ticos para a compreens&atilde;o do impacto de corpos celestes na Terra".<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153616-angulo-lugar-impacto-asteroide-dizimar-vida-terra.htm">Ângulo e lugar de impacto fizeram asteroide dizimar vida na Terra</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

thumb-image-2024-02-29T14:04:43.650Z

Ângulo e lugar de impacto fizeram asteroide dizimar vida na Terra

Imagem de China pode assumir a liderança pela busca por ETs no megacurioso

Gigantesco radiotelescópio FAST é o maior trunfo do país na radioastronomia mundial

Em setembro do ano passado, o FAST (acr&ocirc;nimo de Five-hundred-meter Aperture Spherical Telescope, ou Telesc&oacute;pio Esf&eacute;rico de Abertura de 500 Metros) capturou <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/145829-telescopio-chines-capta-sinais-misteriosos-vindos-espaco-profundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sinais misteriosos vindos do espa&ccedil;o profundo</a>. Agora, ele ser&aacute; usado na busca por intelig&ecirc;ncia extraterrestre (em ingl&ecirc;s, search for extraterrestrial intelligence, ou SETI), conforme artigo publicado no The Astrophysical Journal.
O site Space ouviu astrobi&oacute;logos para que avaliassem o papel cada vez maior da China no campo da radioastronomia mundial.
"Qualquer pessoa que espere refazer a 'corrida espacial' dos anos 1960 vai perder seu tempo. Na SETI, a coopera&ccedil;&atilde;o internacional vence a concorr&ecirc;ncia", acredita o astrobi&oacute;logo Douglas Vakoch.
<h2>Avessa ao livre acesso de informa&ccedil;&otilde;es</h2>
A d&uacute;vida que paira sobre a comunidade cient&iacute;fica e leiga &eacute; se, por ser a China historicamente avessa ao compartilhamento de informa&ccedil;&otilde;es, o pa&iacute;s comunicar&aacute; ao restante do mundo se encontrar o mais leve ind&iacute;cio de vida al&eacute;m da Terra.
"Astr&ocirc;nomos de qualquer pa&iacute;s teriam um orgulho especial em serem os primeiros a detectar alien&iacute;genas inteligentes, mas aqueles que insistem em fazer isso sem o apoio de colegas de outros pa&iacute;ses correm o risco de perder a confirma&ccedil;&atilde;o de sua descoberta", disse Vakoc.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/25/25185228250021.jpg" alt="Chamado de Tianyan, o radiotelesc&oacute;pio est&aacute; no centro do programa astrobiol&oacute;gico chin&ecirc;s." />Chamado de Tianyan, o radiotelesc&oacute;pio est&aacute; no centro do programa astrobiol&oacute;gico chin&ecirc;s.
Pela superf&iacute;cie do planeta existem grandes radiotelesc&oacute;pios que captam e processam sinais vindos do espa&ccedil;o, todos com sofisticados recursos para detectar transmiss&otilde;es de civiliza&ccedil;&otilde;es avan&ccedil;adas. Al&eacute;m disso, cada astr&ocirc;nomo simplesmente n&atilde;o apaga a luz quando a estrela que est&aacute; em estudo sai da sua &aacute;rea de alcance.
"Eles entram em contato com colegas que podem come&ccedil;ar a observar quando a estrela se eleva em sua localiza&ccedil;&atilde;o. Na melhor das hip&oacute;teses, os observat&oacute;rios de todo o mundo est&atilde;o rastreando os sinais 24 horas por dia, sete dias por semana e, de prefer&ecirc;ncia, em v&aacute;rios locais ao mesmo tempo", disse Vakoc.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/25/25191705006033.jpg" alt="Os astrobi&oacute;logos Zhi-Song Zhang e Dan Werthimer (segundo e terceiro &agrave; esquerda) escreveram o artigo sobre o uso do FAST na busca por ETs." />Os astrobi&oacute;logos Zhi-Song Zhang e Dan Werthimer (segundo e terceiro &agrave; esquerda) escreveram o artigo sobre o uso do FAST na busca por ETs.
<h2>SETI colaborativa&nbsp;</h2>
Por isso &eacute; que, com a China implementando sua Pesquisa R&aacute;pida em Radioastronomia Comensal (CRAFTS), ser&atilde;o captados fen&ocirc;menos t&atilde;o diferentes como rajadas r&aacute;pidas de r&aacute;dio, pulsares e (com sorte) sinais extraterrestres de intelig&ecirc;ncia. Por&eacute;m, sem a confirma&ccedil;&atilde;o de outros centros astron&ocirc;micos, a informa&ccedil;&atilde;o de nada valer&aacute;.
"A menos que voc&ecirc; possa observar os mesmos sinais vindos do espa&ccedil;o em dois locais da Terra, &eacute; dif&iacute;cil descart&aacute;-los como resultado de uma falha t&eacute;cnica ocorrendo em um &uacute;nico local. Se cientistas chineses detectarem um bom sinal candidato a extraterrestre via FAST, eles precisar&atilde;o esperar at&eacute; que o mesmo sinal seja captado e confirmado como n&atilde;o natural por outros centros <a href="http://www.tecmundo.com.br/astronomia/" target="_blank" title="Astronomia">astron&ocirc;micos</a>, como o Radiotelesc&oacute;pio Parkes, na Austr&aacute;lia, ou o Observat&oacute;rio Green Bank, nos Estados Unidos&rdquo;, explicou Vakoch.
Para o astrobi&oacute;logo Steven Dick, "as consequ&ecirc;ncias de uma descoberta podem ser bastante profundas. Mesmo que um sinal tenha sido detectado nos EUA, &eacute; prov&aacute;vel que seja amb&iacute;guo, e os astr&ocirc;nomos levar&atilde;o tempo para descobrir se &eacute; ou n&atilde;o um sinal extraterrestre real".
<h2>O que importa &eacute; o primeiro contato</h2>
Ele n&atilde;o acredita que exista, hoje, uma corrida por SETI, oficial ou n&atilde;o, entre China e EUA; em caso de recebermos uma mensagem codificada, qualquer disputa pela primazia estar&aacute; em segundo plano.
"Esse ser&aacute; um empreendimento que envolver&aacute; n&atilde;o apenas astr&ocirc;nomos, mas especialistas em comunica&ccedil;&atilde;o e estudiosos em ci&ecirc;ncias sociais e humanas. Em um sentido mais amplo, &eacute; prov&aacute;vel que o contato com vida extraterrestre mude nossas vis&otilde;es de mundo religiosas, filos&oacute;ficas e cient&iacute;ficas de maneiras que ainda n&atilde;o podemos prever", acredita ele.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/cc9Wv14bcis" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153487-china-assumir-lideranca-busca-ets.htm">China pode assumir a liderança pela busca por ETs</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

thumb-image-2024-02-29T14:04:43.155Z

China pode assumir a liderança pela busca por ETs

Imagem de Por que quase morrer é relatado como uma 'experiência feliz'? no megacurioso

Ainda é um mistério como o momento em que o cérebro luta para sobreviver é interpretado pela mente como algo positivo

H&aacute; muito que m&eacute;dicos e cientistas tentam entender o que s&atilde;o as Experi&ecirc;ncias de Quase Morte (EQMs) e por que elas s&atilde;o descritas como &ldquo;felizes&rdquo; ou &ldquo;pac&iacute;ficas&rdquo;. A morte &eacute; assim t&atilde;o doce? &Eacute; isso que o neurocientista e cientista-chefe do Instituto Allen de Ci&ecirc;ncia do C&eacute;rebro, Christof Koch, quer descobrir. Para ele, a felicidade e a paz que pacientes experimentam frente &agrave; morte iminente tem uma resposta na biologia &ndash; ainda n&atilde;o se sabe qual.&nbsp;
"Aceito a realidade dessas experi&ecirc;ncias intensamente sentidas. Como cientista, por&eacute;m, sei que todos os nossos pensamentos, mem&oacute;rias, percep&ccedil;&otilde;es e experi&ecirc;ncias s&atilde;o consequ&ecirc;ncia inelut&aacute;vel da natureza do nosso c&eacute;rebro, e n&atilde;o de qualquer agente sobrenatural. Por que a mente interpreta a luta para viver como positiva e feliz, em vez de indutora de p&acirc;nico, permanece um mist&eacute;rio&rdquo;, escreveu ele em um artigo na revista Scientific American.
Segundo Koch, um em cada dez pacientes com parada card&iacute;aca em ambiente hospitalar passa pela EQM, relatando ao acordar que flutuaram pela sala e voaram al&eacute;m, ou ainda caminharam em dire&ccedil;&atilde;o a uma luz brilhante (mas nem todos os relatos s&atilde;o felizes; segundo Koch, &ldquo;alguns podem ser assustadores, marcados por intenso terror, ang&uacute;stia, solid&atilde;o e desespero&rsquo;&rdquo;).
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/25/25140643614330.jpg" alt="Apesar da cren&ccedil;a geral que EQM s&atilde;o felizes, h&aacute; relatos de experi&ecirc;ncias angustiantes e dolorosas." />Apesar da cren&ccedil;a geral que EQM s&atilde;o felizes, h&aacute; relatos de experi&ecirc;ncias angustiantes e dolorosas.
<h2>Neur&ocirc;nios silenciam para poupar recursos</h2>
O processo por que passa nosso c&eacute;rebro quando estamos morrendo &eacute; quimicamente angustiante. Quando o cora&ccedil;&atilde;o para, o c&eacute;rebro deixa de receber oxig&ecirc;nio. Os neur&ocirc;nios, ent&atilde;o, tentam impedir a inevit&aacute;vel morte que se aproxima, mesmo que o sistema que gera suas cargas el&eacute;trica fique cada vez mais dif&iacute;cil de ser mantido.
Sem oxig&ecirc;nio, os neur&ocirc;nios tentam a &uacute;ltima cartada para evitar morrer. Como enviar sinais entre eles, como normalmente ocorre, torna-se um desperd&iacute;cio de recursos, ent&atilde;o eles se "calam" e usam suas reservas de energia para manter suas cargas el&eacute;tricas internas, esperando o retorno de um fluxo de sangue que nunca vir&aacute;.
Ocorre ent&atilde;o o que os neurocientistas chamam de "tsunami cerebral", quando o equil&iacute;brio eletroqu&iacute;mico que mant&eacute;m as c&eacute;lulas vivas entra em colapso e h&aacute; grande libera&ccedil;&atilde;o de calor, levando &agrave; destrui&ccedil;&atilde;o das c&eacute;lulas. A atividade el&eacute;trica silencia em todo o c&eacute;rebro e a morte chega.
<h2>Desligamento do c&eacute;rebro&nbsp;</h2>
&ldquo;Quando o cora&ccedil;&atilde;o para de bater, paciente n&atilde;o morreu, porque existe a ressuscita&ccedil;&atilde;o cardiopulmonar. A morte moderna requer perda irrevers&iacute;vel da fun&ccedil;&atilde;o cerebral", diz Koch. Como uma cidade que fica sem luz um bairro por vez, as regi&otilde;es do c&eacute;rebro v&atilde;o silenciando uma ap&oacute;s a outra.
"A mente, com a energia que os neur&ocirc;nios ainda conseguem gerar, faz o que sempre faz: conta uma hist&oacute;ria moldada pela experi&ecirc;ncia, mem&oacute;ria e expectativas culturais da pessoa&rdquo;, escreveu o neurocientista.
<h2>EQM provocada</h2>
N&atilde;o apenas pacientes em hospitais tiveram EQM: pilotos de teste da For&ccedil;a A&eacute;rea Americana e astronautas da <a href="http://www.tecmundo.com.br/NASA" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NASA</a> tamb&eacute;m foram afetados.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/25/gif1-25160618383398.gif" alt="Gif1" />
Ap&oacute;s desmaiarem ao treinar em simuladores de alta gravidade, eles relataram o que Koch chamou de &ldquo;uma leve EQM": vis&atilde;o de t&uacute;nel e luzes brilhantes, sensa&ccedil;&atilde;o de flutua&ccedil;&atilde;o pac&iacute;fica, experi&ecirc;ncias extracorp&oacute;reas, sensa&ccedil;&otilde;es de prazer e at&eacute; euforia etc.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/25/25161350460402.gif" alt="Gif2" />
&ldquo;Neurocirurgi&otilde;es s&atilde;o capazes de induzir sentimentos de &ecirc;xtase ao estimular eletricamente uma parte do c&oacute;rtex em pacientes epil&eacute;ticos com eletrodos implantados no c&eacute;rebro.&rdquo; O resultado &eacute; semelhante &agrave; EQM: em geral, felicidade e experi&ecirc;ncias extracorp&oacute;reas.
Segundo Koch, &ldquo;esse v&iacute;nculo entre padr&otilde;es de atividade induzidos por um m&eacute;dico e a experi&ecirc;ncia vivida de quase morte fornece suporte para uma origem biol&oacute;gica, e n&atilde;o espiritual, das EQMs&rdquo;.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153481-morrer-relatado-experiencia-feliz.htm">Por que quase morrer é relatado como uma 'experiência feliz'?</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

thumb-image-2024-02-29T14:04:43.109Z

Por que quase morrer é relatado como uma 'experiência feliz'?

Imagem de Fezes de pinguins produzem gás mais poluente que CO2 no megacurioso

Óxido nitroso é o principal elemento do chamado gás do riso, usado como anestesia em consultórios de dentista

Guano &eacute; como os cientistas chamam o coc&ocirc; de morcegos e de aves. E foi justamente estudando as fezes de pinguins gentoo que cientistas dinamarqueses descobriram outra qualidade para ele, al&eacute;m de ser um excelente fertilizante: o guano tem as mesmas propriedades do chamado g&aacute;s hilariante, composto basicamente de &oacute;xido nitroso.
"O guano de pinguins resulta significativamente em elevados n&iacute;veis de &oacute;xido nitroso em torno de suas col&ocirc;nias. As emiss&otilde;es m&aacute;ximas s&atilde;o intensas; cerca de cem vezes maiores das encontradas em um campo dinamarqu&ecirc;s recentemente fertilizado," explica o biogeoqu&iacute;mico ambiental Bo Elberling, professor e pesquisador do Departamento de Geoci&ecirc;ncias e Gerenciamento de Recursos Naturais da Universidade de Copenhague, na Dinamarca.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/20/20162033476496.jpg" alt="A Ilha Ge&oacute;rgia do Sul abriga col&ocirc;nias com milh&otilde;es de pinguins de v&aacute;rias esp&eacute;cies." />A Ilha Ge&oacute;rgia do Sul abriga col&ocirc;nias com milh&otilde;es de pinguins de v&aacute;rias esp&eacute;cies.
O grupo de Elberling est&aacute; estudando col&ocirc;nias a mais de 1.600 quil&ocirc;metros a leste da Passagem Drake, entre a Am&eacute;rica do Sul e a Ant&aacute;rtica. Ali, fica a Ilha Ge&oacute;rgia do Sul, um territ&oacute;rio ingl&ecirc;s ultramarino conhecido pelos milh&otilde;es de pinguins que passam os dias comendo krill (um pequenino camar&atilde;o), lulas e peixes, alimentando seus filhotes... e produzindo guano.
<h2>Mistura nociva de gases&nbsp;</h2>
A an&aacute;lise das fezes serve para medir a sa&uacute;de dos animais e rastrear n&iacute;veis de contaminantes, como metais pesados, provenientes da polui&ccedil;&atilde;o. Por&eacute;m, os pesquisadores jamais usaram nenhuma prote&ccedil;&atilde;o ao recolher amostras &ndash; pelo menos, at&eacute; agora.
&ldquo;Depois de cutucar, examinar e recolher guano por horas, a pessoa fica completamente desorientada. Primeiro vem o mal estar, seguido por dores de cabe&ccedil;a", diz o pesquisador.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Sophie Elise Elberling/Divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.science.ku.dk/english/press/news/2020/researchers-go-cuckoo-antarctic-penguins-release-an-extreme-amount-of-laughing-gas/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/20/20154804898471.jpg" alt="Pesquisadores da Universidade de Copenhague recolhem amostras de guano." />Pesquisadores da Universidade de Copenhague recolhem amostras de guano.
&Oacute;xido nitroso &eacute; usado principalmente como anest&eacute;sico em consult&oacute;rios dent&aacute;rios e mesmo em salas de cirurgia. Ele entra rapidamente na corrente sangu&iacute;nea via alv&eacute;olos pulmonares, seguindo para o sistema nervoso central.&nbsp;
Ali &eacute; onde ele age, cinco minutos depois de ter sido inalado, mais precisamente no c&oacute;rtex cerebral, regi&atilde;o relacionada ao medo, &agrave; ansiedade e &agrave; autocensura. A pessoa se sente calma e relaxada &ndash; a vontade de rir e ser sincero at&eacute; demais s&atilde;o efeitos secund&aacute;rios.
<h2>Alimenta&ccedil;&atilde;o &eacute; a principal culpada</h2>
A raz&atilde;o de o guano dos pinguins exalarem tanto &oacute;xido nitroso est&aacute; na alimenta&ccedil;&atilde;o: peixes e krill cont&ecirc;m grandes quantidades de nitrog&ecirc;nio absorvido pelo fitopl&acirc;ncton (microalgas) no oceano.
Depois que passar pelo trato digest&oacute;rio das aves, o nitrog&ecirc;nio &eacute; liberado em suas fezes &ndash; que, por sua vez, ser&atilde;o alimento das bact&eacute;rias do solo. Estas v&atilde;o converter o nitrog&ecirc;nio em &oacute;xido nitroso, um g&aacute;s do efeito estufa.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Stephen Roberts/British Antarctic Survey&nbsp;" data-fonte-url="https://www.smithsonianmag.com/smart-news/poo-tells-story-how-volcano-keeps-wiping-out-penguins-180962892/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/20/20155634492475.jpg" alt="As fezes lan&ccedil;adas no solo s&atilde;o diferidas por bact&eacute;rias, que transformam o nitrog&ecirc;nio em &oacute;xido nitroso." />As fezes lan&ccedil;adas no solo s&atilde;o diferidas por bact&eacute;rias, que transformam o nitrog&ecirc;nio em &oacute;xido nitroso.
Os resultados da pesquisa geraram o estudo "Efeitos combinados do recuo glacial e da atividade dos ping&uuml;ins no fluxo de gases de efeito estufa no sul da Ge&oacute;rgia do Sul, regi&atilde;o sub-Ant&aacute;rtica", publicado na revista Science of The Total Environment.
"Est&aacute; claro para n&oacute;s que o n&iacute;vel de &oacute;xido nitroso &eacute; muito alto em locais onde h&aacute; pinguins e, portanto, guano. O &oacute;xido nitroso &eacute; 300 vezes mais poluente que o CO2 mas, embora as emiss&otilde;es de &oacute;xido nitroso neste caso n&atilde;o sejam impactantes globalmente, nossas descobertas contribuem para conhecermos sobre como as col&ocirc;nias de pinguins afetam o ambiente ao seu redor", diz Elberling.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153351-fezes-pinguins-produzem-gas-poluente-co2.htm">Fezes de pinguins produzem gás mais poluente que CO2</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

thumb-image-2024-02-29T14:04:42.788Z

Fezes de pinguins produzem gás mais poluente que CO2

Imagem de Folha artificial pode ser a chave para produção infinita de energia no megacurioso

Projeto usa materiais mais baratos, permitindo sua produção e comercialização em larga escala

Pesquisadores da Rice University conseguiram criar um dispositivo t&atilde;o eficiente e (mais importante) de baixo custo com a mesma fun&ccedil;&atilde;o da j&aacute; existente folha artificial: dividir a &aacute;gua usando luz e produzir combust&iacute;vel (hidrog&ecirc;nio) e eletricidade.
A pesquisa foi liderada pelo engenheiro Jia Liang, integrante do grupo de pesquisa de Lou que, no ano passado, promoveu mudan&ccedil;as nas c&eacute;lulas solares de perovskita. Esse cristal tem estruturas c&uacute;bicas e &eacute; reconhecido como &oacute;timo coletor de luz (tem efici&ecirc;ncia acima de 25% na convers&atilde;o de&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/energia-solar/" target="_blank" title="Energia solar">energia solar</a> em eletricidade). Seu problema: se tornar inst&aacute;vel em ambientes com umidade e calor &ndash; al&eacute;m de ser um material caro.
"O m&oacute;dulo integrado transforma a luz do sol em eletricidade, gerando uma rea&ccedil;&atilde;o eletroqu&iacute;mica para obter combust&iacute;vel. &Eacute; o mesmo conceito da folha artificial, mas inst&aacute;vel ao ar livre&rdquo;, explicou o engenheiro de materiais e um dos autores do trabalho, Jun Lou.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/17/17232453670074.jpg" alt="O pesquisador Jia Liang com as c&eacute;lulas solares de perovskita." />O pesquisador Jia Liang com as c&eacute;lulas solares de perovskita.
<h2>Estabilidade sob o sol</h2>
Em dezembro de 2019, a equipe come&ccedil;ou a testar novos materiais. Com isso, conseguiu que as c&eacute;lulas, que tendiam a falhar rapidamente por conta dessa instabilidade, se tornassem 12% mais eficientes e est&aacute;veis: preparadas em condi&ccedil;&otilde;es ambientais, resistiram &agrave; alta umidade de Houston, Texas e permaneceram &iacute;ntegras ao ar livre por mais de dois meses, ao contr&aacute;rio do modelo anterior, que n&atilde;o resistia a poucos dias de funcionamento.
Basicamente, a plataforma desenvolvida integra eletrodos catal&iacute;ticos e c&eacute;lulas solares de perovskita. Exposta &agrave; luz solar, as c&eacute;lulas do mineral produzem uma corrente el&eacute;trica, que flui para os catalisadores. Estes transformam a &aacute;gua em hidrog&ecirc;nio e oxig&ecirc;nio.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/17/17233200778075.jpg" alt="As c&eacute;lulas da Rice University est&atilde;o pr&oacute;ximas de serem vi&aacute;veis comercialmente." />As c&eacute;lulas da Rice University est&atilde;o pr&oacute;ximas de serem vi&aacute;veis comercialmente.
A novidade est&aacute; justamente a&iacute;: a equipe de Liang uniu os cristais de perovskita e os eletrodos em um &uacute;nico m&oacute;dulo. Quando imerso em &aacute;gua e exposto ao sol, ele produz hidrog&ecirc;nio sem precisar de&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/energia/" target="_blank" title="Energia">energia</a> externa.
"Liang substituiu os componentes mais caros das c&eacute;lulas solares, como a platina, por alternativas como o carbono. Isso fez cair uma das principais barreiras para a produ&ccedil;&atilde;o comercial em larga escala&rdquo;, explicou Lou.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/17/17233312809076.jpg" alt="Uma se&ccedil;&atilde;o transversal da c&eacute;lula solar vista por microsc&oacute;pio eletr&ocirc;nico: de cima para baixo, um eletrodo de carbono, perovskita, &oacute;xido de tit&acirc;nio, &oacute;xido de estanho e vidro (a barra de escala &eacute; igual a 500 nan&ocirc;metros)." />Uma se&ccedil;&atilde;o transversal da c&eacute;lula solar vista por microsc&oacute;pio eletr&ocirc;nico: de cima para baixo, um eletrodo de carbono, perovskita, &oacute;xido de tit&acirc;nio, &oacute;xido de estanho e vidro (a barra de escala &eacute; igual a 500 nan&ocirc;metros).
<h2>O melhor est&aacute; na embalagem</h2>
O pol&iacute;mero que encapsula a c&eacute;lula solar &eacute; a estrela do sistema, protegendo o m&oacute;dulo e permitindo sua imers&atilde;o por longos per&iacute;odos &ndash; ao contr&aacute;rio de outros sistemas catal&iacute;ticos, em que os somente os eletrodos s&atilde;o imersos em &aacute;gua, se conectando &agrave; c&eacute;lula solar por fios.&nbsp;
&ldquo;Usamos um filme de ion&ocirc;mero, que permite que a luz do sol alcance o sistema enquanto o protege, servindo ainda como um isolante entre as c&eacute;lulas e os eletrodos&rdquo;, explicou Liang.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/17/17233748012077.jpg" alt="O desenho mostra a estrutura de um catalisador integrado movido a energia solar." />O desenho mostra a estrutura de um catalisador integrado movido a energia solar.
A perspectiva do grupo &eacute; que o sistema se alimente sozinho. &ldquo;&Eacute; poss&iacute;vel criar um loop autossustent&aacute;vel, mesmo sem luz solar. Basta usar a energia armazenada como combust&iacute;vel qu&iacute;mico, colocando o hidrog&ecirc;nio e o oxig&ecirc;nio em tanques separados e incorporando ao sistema um terceiro m&oacute;dulo, que transformaria esses dois elementos novamente em eletricidade.&rdquo;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153239-folha-artificial-chave-producao-infinita-energia.htm">Folha artificial pode ser a chave para produção infinita de energia</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

thumb-image-2024-02-29T14:04:42.187Z

Folha artificial pode ser a chave para produção infinita de energia

Imagem de ESA anuncia mais uma evidência de água em Europa, uma lua de Júpiter no megacurioso

Pesquisadores da Agência Espacial Europeia usaram dados coletados pela sonda Galileo em 1997

A primeira evid&ecirc;ncia de que a lua Europa lan&ccedil;ava vapor de &aacute;gua no espa&ccedil;o foi capturada pelo telesc&oacute;pio espacial Hubble em 2012. Comprovar se esses g&ecirc;iseres realmente eram de &aacute;gua poderia ser uma quest&atilde;o de abordagem, e foi o que fez um grupo de pesquisadores liderados pelo cientista espacial Hans Huybrighs, da Ag&ecirc;ncia Espacial Europeia (ESA).
Eles revisaram os dados captados do campo magn&eacute;tico da lua pela sonda Galileo em 1997. Com uma simula&ccedil;&atilde;o, procuraram entender por que foram registrados, nas proximidades de Europa, menos pr&oacute;tons r&aacute;pidos (part&iacute;culas subat&ocirc;micas com carga positiva) do que se imaginava. O que inicialmente pensaram foi que a lua de J&uacute;piter estaria, ela mesma, interferindo no detector da sonda.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/14/14192852047792.jpg" alt="Imagens captadas em luz ultravioleta pelo Hubble mostram que as plumas s&atilde;o reais, surgindo ocasionalmente na mesma regi&atilde;o de Europa." />Imagens captadas em luz ultravioleta pelo Hubble mostram que as plumas s&atilde;o reais, surgindo ocasionalmente na mesma regi&atilde;o de Europa.
Por&eacute;m, os cientistas descobriram que, na verdade, os pr&oacute;tons r&aacute;pidos estavam sendo dissipados por uma nuvem de vapor de &aacute;gua lan&ccedil;ada no espa&ccedil;o. Essa pluma rompeu a fina atmosfera de Europa e, ao fazer isso, perturbou os campos magn&eacute;ticos da regi&atilde;o, alterando o comportamento e a preval&ecirc;ncia dos pr&oacute;tons r&aacute;pidos na &aacute;rea.
"Essa diminui&ccedil;&atilde;o especial pode ser explicada por uma pluma em erup&ccedil;&atilde;o de vapor de &aacute;gua, fornecendo evid&ecirc;ncias adicionais para uma pluma ativa durante o sobrevoo do Galileo", indica o estudo.
<h2>Pilha de evid&ecirc;ncias</h2>
A pesquisa se junta &agrave; pilha de descobertas que tornam mais forte o argumento de que Europa abriga &aacute;gua l&iacute;quida. O Hubble foi o primeiro, em 2012; no ano seguinte, o telesc&oacute;pio foi usado para detectar hidrog&ecirc;nio e oxig&ecirc;nio (os componentes da &aacute;gua) na atmosfera de Europa; 3 anos depois, tamb&eacute;m foram dele as imagens de poss&iacute;veis g&ecirc;iseres, surgindo em silhueta enquanto a lua orbitava em frente a J&uacute;piter.
Em 2019, foi a vez de pesquisadores da&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/nasa/" target="_blank" title="NASA">NASA</a> aumentarem a teoria. "&Aacute;gua l&iacute;quida &eacute; um pouco dif&iacute;cil de achar fora da Terra. Descobrimos a coisa mais pr&oacute;xima: vapor d'&aacute;gua", disse naquele ano o cientista planet&aacute;rio que liderou a investiga&ccedil;&atilde;o, Lucas Paganini. Os pesquisadores detectaram um jorro de 2,5 mil litros por segundo emergindo de Europa; por&eacute;m, ele n&atilde;o &eacute; frequente &mdash; n&atilde;o em quantidade suficiente para ser detectado da Terra.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/AEyOoZ7JpyY" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
<h2>2 sondas rumo a Europa</h2>
A miss&atilde;o da ESA, a Jupiter Icy Moons Explorer (Juice), deve ser lan&ccedil;ada em 2022 para coletar amostras diretamente das plumas emergentes da lua joviana a fim de analisar o oceano subterr&acirc;neo de Europa. A sonda chegar&aacute; ao sistema de J&uacute;piter em 7 anos: sobrevoar&aacute; a Terra (maio de 2023, setembro de 2024 e novembro de 2026), V&ecirc;nus (outubro de 2023) e Marte (fevereiro de 2025) antes de alcan&ccedil;ar o sistema de J&uacute;piter em outubro de 2029.
<div>
<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 56.25%;"><iframe width="300" height="150" style="border: 0; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" src="http://cdn.iframe.ly/rBMoXBT" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></div>
</div>
A miss&atilde;o vai investigar tamb&eacute;m os oceanos subterr&acirc;neos de Ganimedes e Calisto e avaliar se as tr&ecirc;s luas podem hospedar vida.
A NASA, por sua vez, mandar&aacute; ao sistema joviano a miss&atilde;o Europa Clipper, para procurar vida microbiana e estudar a composi&ccedil;&atilde;o do oceano de Europa, chegando a apenas 25 quil&ocirc;metros de sua superf&iacute;cie. A ag&ecirc;ncia espacial americana, em parceria com o Laborat&oacute;rio de&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/fisica/" target="_blank" title="F&iacute;sica">F&iacute;sica</a> Aplicada da Universidade John Hopkins, programou o lan&ccedil;amento para 2023, podendo ser adiado para 2025.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153207-esa-anuncia-evidencia-agua-europa-lua-jupiter.htm">ESA anuncia mais uma evidência de água em Europa, uma lua de Júpiter</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

thumb-image-2024-02-29T14:04:41.982Z

ESA anuncia mais uma evidência de água em Europa, uma lua de Júpiter

Imagem de Pesquisadores acham o lugar para futura colônia humana em Marte no megacurioso

Tubos de lava no fundo de uma gigantesca cratera poderiam proteger os exploradores da radiação cósmica 

Tubos de lava s&atilde;o abertos nas encostas de vulc&otilde;es quando a rocha derretida busca seu caminho em dire&ccedil;&atilde;o &agrave; superf&iacute;cie, durante uma erup&ccedil;&atilde;o. Quando o fluxo cessa e se resfria, o que resta s&atilde;o t&uacute;neis vazios e endurecidos. Em Marte, eles podem ser a futura casa de col&ocirc;nias de humanos &ndash; e parece que uma s&eacute;rie de t&uacute;neis em particular re&uacute;ne as melhores condi&ccedil;&otilde;es para isso.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/13/13222116928215.jpg" alt="Um tubo de lava na encosta do Pavonis Mons, na regi&atilde;o de Tharsis, em Marte." />Um tubo de lava na encosta do Pavonis Mons, na regi&atilde;o de Tharsis, em Marte.
Desde que a sonda da&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/nasa/" target="_blank" title="NASA">NASA</a> Odyssey Mars come&ccedil;ou a fotografar em 2001 a superf&iacute;cie marciana, os cientistas estudam qual seria o melhor local para instalar uma base permanente no planeta. Uma equipe de pesquisadores do Center for Planetary Science analisou cerca de 1.500 imagens capturadas pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) &agrave; procura desses locais.&nbsp;
Liderado pelo astrof&iacute;sico e cientista planet&aacute;rio Antonio Paris, o grupo contou ainda com o antrop&oacute;logo e m&eacute;dico de emerg&ecirc;ncia Evan Davies, o ge&oacute;logo Laurence Tognetti e a cientista ambiental Carly Zahniser.&nbsp;
<h2>Prote&ccedil;&atilde;o dentro da cratera</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/13/13223535206220.jpg" alt="O Hadriacus Mons, vulc&atilde;o onde se encontram os tubos de lava mais promissores &agrave; ocupa&ccedil;&atilde;o humana." />O Hadriacus Mons, vulc&atilde;o onde se encontram os tubos de lava mais promissores &agrave; ocupa&ccedil;&atilde;o humana.
A expertise dos quatro ajudou a localizar pontos que re&uacute;nem as condi&ccedil;&otilde;es ideais para abrigar astronautas: uma s&eacute;rie de tubos de lava nas encostas do Hadriacus Mons, um vulc&atilde;o na Hellas Planitia &ndash; uma imensa cratera de 2.300 quil&ocirc;metros de di&acirc;metro perto do equador planet&aacute;rio, no hemisf&eacute;rio sul. Sua profundidade de sete quil&ocirc;metros faz com que somente 50% da radia&ccedil;&atilde;o atinjam o fundo da bacia.
O grupo procurou ent&atilde;o, na Terra, tubos de lava que fornecessem dados sobre sua efic&aacute;cia contra a radia&ccedil;&atilde;o vinda do espa&ccedil;o (mesmo com nossa magnetosfera, algumas dessas part&iacute;culas chegam &agrave; superf&iacute;cie terrestre).&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/13/13224139346222.jpg" alt="Tubos de lava na Terra (na foto, acima) e em Marte (embaixo)." />Tubos de lava na Terra (na foto, acima) e em Marte (embaixo).
Os pesquisadores descobriram um efeito significativo de prote&ccedil;&atilde;o contra radia&ccedil;&atilde;o e, extrapolando seus resultados para Marte, calcularam que, vivendo em um tubo de lava em Hellas Planitia, os futuros exploradores poderiam experimentar cerca de 61,64 &micro;Sv /dia.&nbsp;
A dose m&aacute;xima segura de radia&ccedil;&atilde;o, segundo a Comiss&atilde;o Reguladora Nuclear dos EUA, &eacute; de 6.200 &micro;Sv/ano; em Marte, ela pode chegar a 547 &micro;Sv /dia; no fundo de Hellas, ela &eacute; de 342 &micro;Sv/dia; &ndash; ainda assim, muito alta. At&eacute; porque espera-se que, depois de uma viagem de seis meses, os exploradores vivam anos no planeta.&nbsp;
<h2>Abrigo e local de busca por vida</h2>
Segundo o estudo do grupo de cientistas, publicado no reposit&oacute;rio de artigos cient&iacute;ficos arXiv, escorar os t&uacute;neis, selar suas entradas e ent&atilde;o pressuriz&aacute;-los e aquec&ecirc;-los para torn&aacute;-los habit&aacute;veis &eacute; mais vantajoso que permanecer no ve&iacute;culo pousado ou mesmo construir um abrigo do zero.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/13/13224402159223.jpg" alt="Tubos de lava no flanco sul de Pavonis Mons." />Tubos de lava no flanco sul de Pavonis Mons.
Al&eacute;m disso, o subterr&acirc;neo proteger&aacute; a miss&atilde;o contra micrometeoritos, flutua&ccedil;&otilde;es de temperatura e subst&acirc;ncias perigosas, suspensas na poeira da superf&iacute;cie marciana.
Segundo o grupo diz em seu trabalho, &ldquo;os tubos de lava podem servir tamb&eacute;m como locais importantes para observa&ccedil;&atilde;o direta e estudo da geologia e da geomorfologia marciana, al&eacute;m de potencialmente fornecer evid&ecirc;ncias sobre o poss&iacute;vel desenvolvimento da vida microbiana no in&iacute;cio da hist&oacute;ria natural de Marte."
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/tCcx93NIPWM" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Leia tamb&eacute;m:
<ul>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/152929-penhasco-revela-marte-teve-rios-chuvas-abundantes.htm" target="_blank" title="Penhasco revela que Marte teve rios e chuvas abundantes">Penhasco revela que Marte teve rios e chuvas abundantes</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/152682-veja-primeiro-voo-extraterrestre-historia-marte.htm" target="_blank" title="Veja como ser&aacute; o primeiro voo extraterrestre da Hist&oacute;ria em Marte">Veja como ser&aacute; o primeiro voo extraterrestre da Hist&oacute;ria em Marte</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/152558-explorar-marte-poderemos-usar-confetes-movidos-luz.htm" target="_blank" title="Para explorar Marte, poderemos usar confetes movidos a luz">Para explorar Marte, poderemos usar confetes movidos a luz</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/152123-amostras-marte-prejudicar-planeta-terra.htm" target="_blank" title="Amostras de Marte poderiam prejudicar o planeta Terra?">Amostras de Marte poderiam prejudicar o planeta Terra?</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/150857-marte-habitavel-terraformacao-planeta-vermelho.htm" target="_blank" title="Marte habit&aacute;vel? Como seria a terraforma&ccedil;&atilde;o do Planeta Vermelho">Marte habit&aacute;vel? Como seria a terraforma&ccedil;&atilde;o do Planeta Vermelho</a></li>
</ul><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153129-pesquisadores-acham-lugar-futura-colonia-humana-marte.htm">Pesquisadores acham o lugar para futura colônia humana em Marte</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

thumb-image-2024-02-29T14:04:41.704Z

Pesquisadores acham o lugar para futura colônia humana em Marte

Imagem de NASA usa laser em satélites para medir perda do gelo nos polos no megacurioso

Duas maiores reservas de água doce do planeta, Groenlândia e Antártida estão perdendo sua cobertura rapidamente

Enquanto pelo mundo se discute se a Terra &eacute; plana, vacinas s&atilde;o parte de uma conspira&ccedil;&atilde;o da ind&uacute;stria farmac&ecirc;utica e a crise do clima &eacute; uma trama globalista, a&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/" target="_blank" title="Ci&ecirc;ncia">ci&ecirc;ncia</a> continua a reunir informa&ccedil;&otilde;es de quanto gelo uma atmosfera cada vez mais quente j&aacute; fez desaparecer &ndash; e muito do que se sabe &eacute; gra&ccedil;as aos sat&eacute;lites da <a href="http://www.tecmundo.com.br/nasa/" target="_blank" title="NASA">NASA</a>&nbsp;ICESat e seu sucessor, o ICESat-2.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/OQg5ov6zths" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Os dados, como era de se esperar, n&atilde;o s&atilde;o animadores. O encolhimento da calota do &Aacute;rtico chegou &agrave; Groenl&acirc;ndia: sua camada de gelo est&aacute; perdendo cerca de 200 gigatoneladas de gelo por ano (uma gigatonelada pode encher 400 mil piscinas ol&iacute;mpicas, segundo a NASA). At&eacute; mesmo a Ant&aacute;rtida, aparentemente ainda imune ao aquecimento global, est&aacute; vendo 118 gigatoneladas de gelo virarem &aacute;gua a cada ano.
Veja tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/151323-mudanca-climatica-degelo-antartica-groenlandia-6x-maior.htm" target="_blank" title="Mudan&ccedil;a clim&aacute;tica: degelo na Ant&aacute;rtica e Groenl&acirc;ndia est&aacute; 6x maior">Mudan&ccedil;a clim&aacute;tica: degelo na Ant&aacute;rtica e Groenl&acirc;ndia est&aacute; 6x maior</a>
O ciclo &eacute; cruel: os lagos de &aacute;gua derretida absorvem mais luz solar do que o gelo branco, e isso causa mais aquecimento e leva a mais gelo derretido.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/13/13164428463035.jpg" alt="A &aacute;gua derretida das calotas captura calor, acelerando o processo." />A &aacute;gua derretida das calotas captura calor, acelerando o processo.
A perda combinada de gelo da Groenl&acirc;ndia e da Ant&aacute;rtida (os dois maiores dep&oacute;sitos de &aacute;gua doce do planeta) elevou o n&iacute;vel do mar em 14 mil&iacute;metros, entre 2003 e 2019.&nbsp;
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Nationalmuseet /Geodatastyrelsen/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://earthobservatory.nasa.gov/images/84893/new-insight-from-old-snapshots-of-greenland"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/13/13162042671009.jpg" alt="A geleira de Sukkertoppen, na Groenl&acirc;ndia, em 1935 (acima) e 2013 (abaixo)." />A geleira de Sukkertoppen, na Groenl&acirc;ndia, em 1935 (acima) e 2013 (abaixo).
<h2>Cent&iacute;metros captados do c&eacute;u</h2>
Para os pesquisadores chegarem a esses n&uacute;meros, foram usadas as medi&ccedil;&otilde;es feitas pelos dois sat&eacute;lites, sobrepondo os dados coletados em dezenas de milh&otilde;es de pontos diferentes pelo ICESat entre 2003 e 2009 e pelo ICESat-2 em 2019. Comparando os dois conjuntos de informa&ccedil;&otilde;es, foi poss&iacute;vel avaliar os danos causados na cobertura de gelo das duas localidades.
"Se voc&ecirc; observar uma geleira por um m&ecirc;s ou um ano, n&atilde;o aprender&aacute; muito sobre o que o clima est&aacute; afetando-a. Agora, temos 16 anos de dados consolidados; isso nos traz mais certeza de que o que est&aacute; acontecendo com as camadas de gelo t&ecirc;m a ver com as mudan&ccedil;as de longo prazo no clima", explicou o pesquisador da Universidade de Washington e principal autor do estudo. o geof&iacute;sico e glaciologista Ben Smith.
O uso dos dois sat&eacute;lites, equipados com alt&iacute;metros a laser, foi crucial para a medi&ccedil;&atilde;o precisa da densidade e da massa das camadas de gelo. O ICESat-2, mais sofisticado que seu antecessor, envia dez mil pulsos de luz por segundo para a superf&iacute;cie terrestre. De volta ao sat&eacute;lite, eles registram mudan&ccedil;as na escala de uma polegada (ou 2,54 cm).
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/eKHB2LSSR3c" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
"A nova an&aacute;lise revela a resposta dos mantos de gelo &agrave;s mudan&ccedil;as no clima com detalhes sem precedentes", disse o glaciologista do Laborat&oacute;rio de Propuls&atilde;o a Jato da NASA Alex Gardner, coautor do estudo.
<h2>Engolidos pelo mar</h2>
O Painel Intergovernamental sobre Mudan&ccedil;as Clim&aacute;ticas (IPCC) da Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU) calcula que o n&iacute;vel do mar subiu 120 metros depois da &uacute;ltima era glacial da Terra, h&aacute; 21 mil anos, at&eacute; estabilizar-se. A Revolu&ccedil;&atilde;o Industrial mudou novamente esse quadro, quando as emiss&otilde;es de CO2 dispararam; o n&iacute;vel do mar, ent&atilde;o, voltou a subir.
Um estudo divulgado pela Nature Communications (revista cient&iacute;fica revisada por pares e publicada pela Nature Research desde 2010) revela que, a partir de 2050, &aacute;reas habitadas hoje por cerca de 300 milh&otilde;es de pessoas ser&atilde;o inundadas anualmente.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/msnOHuPep9I" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153122-nasa-usa-laser-satelites-medir-perda-gelo-polos.htm">NASA usa laser em satélites para medir perda do gelo nos polos</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

thumb-image-2024-02-29T14:04:41.668Z

NASA usa laser em satélites para medir perda do gelo nos polos

Imagem de Nada escapa dos telescópios dos caçadores de satélites no megacurioso

Batalhão anônimo de astrônomos amadores também ajuda a ciência a rastrear o que quer que esteja em órbita da Terra

Em 24 de janeiro de 2018, o cientista espacial James L. Burch recebeu um email de um tecn&oacute;logo em eletr&ocirc;nica canadense, Scott Tilley. Na mensagem, a resposta para uma pergunta de 13 anos: que fim havia levado o sat&eacute;lite IMAGE da <a href="http://www.tecmundo.com.br/nasa/" target="_blank" title="NASA">NASA</a>. Tilley o havia localizado.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/hMsE1rxeOw4" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Ele &eacute; apenas um entre milhares de astr&ocirc;nomos amadores que vasculham os c&eacute;us atr&aacute;s de sat&eacute;lites perdidos, desaparecidos, abandonados e, principalmente, inexistentes &ndash; pelo menos, oficialmente.
A IMAGE trouxe fama a Tilley. Lan&ccedil;ada para medir part&iacute;culas na magnetosfera terrestre e estudar sua intera&ccedil;&atilde;o com os ventos solares em mar&ccedil;o de 2000, ela funcionou perfeitamente at&eacute; 2005, quando deixou de se comunicar com a Terra.
Este n&atilde;o foi o &uacute;nico achado entre os chamados &ldquo;sat&eacute;lites zumbis&rdquo; que orbitam o planeta &ndash; o resultado da &uacute;ltima busca de Tilley ele anunciou no Twitter, em fins de mar&ccedil;o.
<blockquote class="twitter-tweet">
Well folks, here's what appears to be a new ZOMBIE SAT! LES-5 [2866, 1967-066E] in a GEO graveyard orbit. Confirmation will occur at ~0445 UTC this evening when the satellite should pass through eclipse. If so this is definitely the oldest emitting GEOsat I know of. <a href="https://t.co/QFSRb5bT1I">pic.twitter.com/QFSRb5bT1I</a>
&mdash; Scott Tilley (@coastal8049) <a href="https://twitter.com/coastal8049/status/1242652814465105920?ref_src=twsrc%5Etfw">March 25, 2020</a></blockquote>
<h2>Um entre milhares&nbsp;</h2>
O site Space conversou com o grupo que se re&uacute;ne em uma lista de discuss&atilde;o, a &nbsp;SeeSat-L. Criada em dezembro de 1994, ela re&uacute;ne quem queira "observar, atualizar o paradeiro de objetos espaciais, desenvolver estrat&eacute;gias para encontrar sat&eacute;lites rec&eacute;m-lan&ccedil;ados, escrever software de computador e tentar descobrir a miss&atilde;o das sondas com base em suas &oacute;rbitas", segundo a descri&ccedil;&atilde;o da lista.
"&Eacute; comum que um participante esteja envolvido em v&aacute;rias atividades ao mesmo tempo&rdquo;, disse ao site Ted Molczan, atualmente um dos que gerenciam a lista.
Molczan passou boa parte dos anos 1980 rastreando sat&eacute;lites espi&otilde;es do governo. Uma de suas miss&otilde;es mais memor&aacute;veis aconteceu no &Aacute;rtico: ele e outros testemunharam, em fevereiro de 1990, o &ocirc;nibus espacial Atlantis lan&ccedil;ar em &oacute;rbita o MISTY, o sat&eacute;lite secreto USA-53 destinado a espionar os advers&aacute;rios da Am&eacute;rica.
<h2>Desprezo e respeito</h2>
Desde a Opera&ccedil;&atilde;o Moonwatch que amadorismo e profissionalismo se complementam. A ideia do diretor do Observat&oacute;rio Astrof&iacute;sico Smithsoniano, Fred Whipple, era que cada astr&ocirc;nomo amador do planeta se juntasse ao esfor&ccedil;o mundial para rastrear os sat&eacute;lites lan&ccedil;ados para o Ano Geof&iacute;sico Internacional de 1957-1958.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/12/12195525518536.jpg" alt="A Opera&ccedil;&atilde;o Moonwatch engajou amadores do mundo inteiro, como esses estudantes japoneses." />A Opera&ccedil;&atilde;o Moonwatch engajou amadores do mundo inteiro, como esses estudantes japoneses.
Primeiro menosprezada, a Opera&ccedil;&atilde;o Moonwatch ganhou respeito quando os sat&eacute;lites russos Sputnik 1 e 2 foram lan&ccedil;ados, sem que houvesse programas de rastreamento operacionais; as observa&ccedil;&otilde;es dos times amadores da iniciativa se tornaram a principal fonte de informa&ccedil;&atilde;o.
<h2>Esfor&ccedil;o amador pela&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/" target="_blank" title="Ci&ecirc;ncia">ci&ecirc;ncia</a> profissional</h2>
Desde meados dos anos 1990, virou um hobby respeitado apontar telesc&oacute;pios para encontrar e rastrear o que esteja em &oacute;rbita baixa. Em 2010, astr&ocirc;nomos amadores ajudaram a identificar todos os grandes objetos em &oacute;rbita terrestre e mais:
&ldquo;Em 2011, a R&uacute;ssia pediu nossa ajuda para encontrar a sonda Phobos-Grunt, com amostras do solo marciano a bordo, antes que ela ca&iacute;sse no Oceano Pac&iacute;fico depois de sua reentrada", contou Molczan, acrescentando que, em 2015, o rastreamento &oacute;ptico e por r&aacute;dio de amadores ajudou a Planetary Society a rastrear seu sat&eacute;lite LightSail.
Agora, esse batalh&atilde;o de an&ocirc;nimos pelo mundo est&aacute; fornecendo aos astr&ocirc;nomos dados sobre o brilho dos Starlink. Isso ajudar&aacute; a determinar o potencial da constela&ccedil;&atilde;o de sat&eacute;lites da <a href="http://www.tecmundo.com.br/spacex/" target="_blank" title="SpaceX">SpaceX</a>&nbsp;para interferir nas imagens obtidas por telesc&oacute;pios terrestres.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/12/12200409753542.jpg" alt="Um exemplo do estrago que a constela&ccedil;&atilde;o de sat&eacute;lites da SpaceX faz em imagens de telesc&oacute;pios." />Um exemplo do estrago que a constela&ccedil;&atilde;o de sat&eacute;lites da SpaceX faz em imagens de telesc&oacute;pios.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114436-astronomos-unem-esforcos-para-monitorar-impactos-na-lua.htm" target="_blank" title="Astr&ocirc;nomos unem esfor&ccedil;os para monitorar impactos na Lua">Astr&ocirc;nomos unem esfor&ccedil;os para monitorar impactos na Lua</a><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153121-nada-escapa-telescopios-dos-cacadores-satelites.htm">Nada escapa dos telescópios dos caçadores de satélites</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

thumb-image-2024-02-29T14:04:41.644Z

Nada escapa dos telescópios dos caçadores de satélites

Imagem de Fim do comércio de animais silvestres pode evitar a próxima pandemia no megacurioso

Cada vez mais vírus pulam as barreiras entre espécies e contaminam seres humanos

No in&iacute;cio do s&eacute;culo XX, a mais letal das tr&ecirc;s variantes do v&iacute;rus HIV e respons&aacute;vel pela pandemia da Aids espalhou-se ao longo do rio Sangha, em Camar&otilde;es. A prolifera&ccedil;&atilde;o ocorreu a partir de chimpanz&eacute;s que habitavam remotos trechos da selva do pa&iacute;s e eram consumidos. Nesse sentido, o ebola come&ccedil;ou a infectar humanos a partir de morcegos tamb&eacute;m consumidos pela popula&ccedil;&atilde;o.
"J&aacute; n&atilde;o era uma quest&atilde;o de &lsquo;se&rsquo;, mas de &lsquo;quando&rsquo; um v&iacute;rus pularia de animais para humanos. Est&aacute;vamos nos preparando para algo assim&rdquo;, disse &agrave; BBC Maria Van Kerkhove, chefe t&eacute;cnica da Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial de Sa&uacute;de (OMS) para a <a href="http://www.tecmundo.com.br/coronavirus" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a>.&nbsp;
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;AFP/Getty Images/Junior D. Kannah/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/vendor-holds-a-monkeys-head-on-display-with-other-foto-jornalistica/961456538"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/05/05205841490022.jpg" alt="Carne de macaco &eacute; oferecida em um mercado de Mbandaka, no Congo." />Carne de macaco &eacute; oferecida em um mercado de Mbandaka, no Congo.
<h2>Intruso silencioso</h2>
&Eacute; quase certo de que jamais se consiga saber quem foi o paciente zero da atual pandemia, mesmo sendo um consenso de que ele foi infectado por um animal silvestre.&nbsp;
"Essas doen&ccedil;as est&atilde;o surgindo com mais frequ&ecirc;ncia nos &uacute;ltimos anos como resultado da invas&atilde;o humana ao h&aacute;bitat selvagem e do aumento do contato e consumo de animais selvagens&rdquo;, explicou Andrew Cunningham, professor da Zoological Society of London.
Para os infectologistas, a maioria das doen&ccedil;as que hoje emerge entre comunidades humanas come&ccedil;ou com um v&iacute;rus saltando, sem ser notado, a barreira entre as esp&eacute;cies. N&atilde;o apenas o Sars-CoV-2, como tamb&eacute;m os v&iacute;rus causadores do ebola, da raiva e das gripes Sars e Mers se originaram de popula&ccedil;&otilde;es de morcegos selvagens.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/B_-rbv0tp2k" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
<h2>O atravessador de v&iacute;rus</h2>
Levar o v&iacute;rus do morcego &agrave; c&eacute;lula humana s&oacute; foi poss&iacute;vel gra&ccedil;as a um intermedi&aacute;rio: o com&eacute;rcio de animais selvagens. Com as evid&ecirc;ncias colhidas de outros surtos, os cientistas acreditam que uma das maneiras de evitar uma futura pandemia &eacute;, em escala global, lutar pelo fim do com&eacute;rcio de animais silvestres (uma fonte de transmiss&atilde;o de doen&ccedil;as entre esp&eacute;cies).
No caso do v&iacute;rus da covid-19, a porta de entrada dele para o mundo dos humanos n&atilde;o foi o mercado popular de Wuhan, o marco zero da pandemia. "O conjunto inicial de infec&ccedil;&otilde;es estava associado ao mercado, mas isso &eacute; circunstancial. A infec&ccedil;&atilde;o poderia ter vindo de outro lugar e, por acaso, ser transmitida por conta da aglomera&ccedil;&atilde;o das pessoas no mercado", explicou o professor James Wood, da Universidade de Cambridge .
Para professor Cunningham, os mercados de vida selvagem s&atilde;o entrepostos para doen&ccedil;as que vivem em animais encontrarem novos hospedeiros. "Misturar um grande n&uacute;mero de esp&eacute;cies que normalmente n&atilde;o t&ecirc;m contato, e ainda em condi&ccedil;&otilde;es prec&aacute;rias de higiene, &eacute; oferecer oportunidades para os pat&oacute;genos passarem de uma esp&eacute;cie para outra&rdquo;, ele explica.
<h2>Come-se de tudo</h2>
No caso da Sars, humanos foram contaminados por civetas (um pequeno animal carn&iacute;voro), comercializadas como alimento no sul da China. As pistas pelo elo que falta na cadeia de transmiss&atilde;o do Sars-CoV-2 levou os cientistas a animais muito diversos, como fur&otilde;es e tartarugas.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/05/05211512970024.jpg" alt="O mercado de rua de Wuhan, na China, onde o SARS-CoV-2 ganhou o mundo." />O mercado de rua de Wuhan, na China, onde o Sars-CoV-2 ganhou o mundo.
Alguns coronav&iacute;rus foram achados tamb&eacute;m em pangolins (animal parecido com um ouri&ccedil;o, amplamente traficado). Por&eacute;m, o sequenciamento do genoma do v&iacute;rus achado nesse animal mostrou uma similaridade de apenas 90.3% em compara&ccedil;&atilde;o com o Sars-CoV-2 (&eacute; preciso 99.8% para que se estabele&ccedil;a um v&iacute;nculo entre as muta&ccedil;&otilde;es).
A &uacute;nica certeza nessa busca &eacute; que o com&eacute;rcio de animais silvestres faz aumentar a possibilidade de a popula&ccedil;&atilde;o humana ser contaminada por doen&ccedil;as desconhecidas e que procuram silenciosamente por um novo hospedeiro.&nbsp;
Leia tamb&eacute;m:
<ul>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/152832-brasil-novo-epicentro-covid-19-mundo-diz-estudo.htm" target="_blank" title="Brasil ser&aacute; novo epicentro da covid-19 no mundo, diz estudo">Brasil ser&aacute; novo epicentro da covid-19 no mundo, diz estudo</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152715-saiba-tudo-remdesivir-nova-aposta-eua-covid-19.htm" target="_blank" title="Saiba tudo sobre o remdesivir, nova aposta dos EUA contra a covid-19">Saiba tudo sobre o remdesivir, nova aposta dos EUA contra a covid-19</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152711-vacina-coronavirus-demorar-chegar.htm" target="_blank" title="Por que a vacina contra o coronav&iacute;rus pode demorar para chegar?">Por que a vacina contra o coronav&iacute;rus pode demorar para chegar?</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152503-teste-coronavirus-brasil.htm" target="_blank" title="Respostas &agrave;s principais perguntas sobre covid-19 em mapas e gr&aacute;ficos">Respostas &agrave;s principais perguntas sobre covid-19 em mapas e gr&aacute;ficos</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151648-impactos-quarentena-brasil-visao-economistas-especialistas.htm" target="_blank" title="Sa&uacute;de e Economia: impactos da quarentena no Brasil, segundo especialistas">Sa&uacute;de e economia: impactos da quarentena no Brasil, segundo especialistas</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151189-quantos-morrer-coronavirus-brasil-cientistas-respondem.htm" target="_blank" title="Quantos podem morrer pelo coronav&iacute;rus no Brasil? Cientistas respondem!">Quantos podem morrer pelo coronav&iacute;rus no Brasil? Cientistas respondem!</a></li>
</ul>
<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152879-fim-comercio-animais-silvestres-evitar-proxima-pandemia.htm">Fim do com&eacute;rcio de animais silvestres pode evitar a pr&oacute;xima pandemia</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

Julia Marinho