Imagem de Rajadas de rádio misteriosas têm periodicidade confirmada  no megacurioso

Origem pode ser um pulsar nas imediações de um buraco negro há 457 milhões de anos-luz

Astr&ocirc;nomos do Radiotelesc&oacute;pio Canadense para Experimento de Mapeamento de Intensidade de Hidrog&ecirc;nio (acr&ocirc;nimo em ingl&ecirc;s CHIME) confirmaram a periodicidade de uma explos&atilde;o r&aacute;pida de r&aacute;dio (Fast Radio Burst, ou FRB) cujo sinal &eacute; captado a cada 16,35 dias &ndash; o primeiro a se repetir regularmente. O estudo acaba de ser publicado na revista Nature.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/18/18131909367280.jpg" alt="O radiotelesc&oacute;pio CHIME, onde o primeiro FRB repetitivo foi registrado." />O radiotelesc&oacute;pio CHIME, onde o primeiro FRB repetitivo foi registrado.
A FRB 180916.J10158 + 56 viaja desde uma gal&aacute;xia a 457 milh&otilde;es de anos-luz da Terra, e foi captada pela primeira vez em setembro de 2018. At&eacute; janeiro deste ano, foram registradas 38 explos&otilde;es: por cinco dias, o FRB emite suas rajadas, desaparecendo por 11 dias at&eacute; ser captado de novo, em ciclos de 16 dias.
A segunda explos&atilde;o r&aacute;pida de r&aacute;dio de repeti&ccedil;&atilde;o descoberta foi a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154123-sinal-intergalactico-cuja-fonte-misterio-repete-ciclos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">FRB 121102</a>, que emite rajadas de r&aacute;dio durante 90 dias, para ent&atilde;o silenciar por 67 dias, repetindo esse ciclo a cada 157 dias. "Uma periodicidade na escala de semanas &eacute; raramente prevista em teorias propostas anteriormente", disse a coautora do estudo e astrof&iacute;sica da Universidade de Toronto Dongzi Li ao site Space.com.
Segundo ela, a origem dos FRB seria uma estrela de n&ecirc;utrons, e a periodicidade das rajadas seria culpa de uma estrela massiva. Nesse sistema bin&aacute;rio, as estrelas girariam uma ao redor da outra a cada 16 dias; na Terra, os sinais da estrela de n&ecirc;utrons s&oacute; seriam captados quando sua companheira estelar n&atilde;o a ocultasse.
<h2>Origem em um pulsar</h2>
<iframe width="640" height="360" title="vimeo-player" src="https://player.vimeo.com/video/293891308" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Hoje, pulsares s&atilde;o a explica&ccedil;&atilde;o mais aceita para a origem das FRBs, substituindo a ideia anterior de que as rajadas (captadas ent&atilde;o uma &uacute;nica vez) seriam consequ&ecirc;ncia de cat&aacute;strofes estelares, como supernovas.
Entre as teorias formuladas, uma postula que as FRBs se originariam de magnetares, estrelas de n&ecirc;utrons com um campo magn&eacute;tico poderoso. Essa explica&ccedil;&atilde;o, por&eacute;m, n&atilde;o se aplica &agrave; FRB 180916.J0158 + 65: magnetares giram r&aacute;pido demais para que as rajadas se repetissem somente a cada 16 dias. Nesse caso, a fonte seria um pulsar, afetado pela for&ccedil;a gravitacional de um buraco negro nas redondezas.
Leia mais sobre o tema:
<ul>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/154123-sinal-intergalactico-cuja-fonte-misterio-repete-ciclos.htm" target="_blank" title="Sinal intergal&aacute;ctico cuja fonte &eacute; um mist&eacute;rio se repete em ciclos">Sinal intergal&aacute;ctico cuja fonte &eacute; um mist&eacute;rio se repete em ciclos</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/152838-nascimento-magnetares-ligado-rajadas-rapidas-radio.htm" target="_blank" title="Nascimento de magnetares pode estar ligado a rajadas r&aacute;pidas de r&aacute;dio">Nascimento de magnetares pode estar ligado a rajadas r&aacute;pidas de r&aacute;dio</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/152719-rajada-rapida-radio-detectada-1-vez-via-lactea.htm" target="_blank" title="Rajada r&aacute;pida de r&aacute;dio &eacute; detectada pela 1&ordf; vez na Via L&aacute;ctea">Rajada r&aacute;pida de r&aacute;dio &eacute; detectada pela 1&ordf; vez na Via L&aacute;ctea</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/150331-identificados-pulsos-cosmicos-emitidos-cada-16-dias.htm" target="_blank" title="Identificados pulsos c&oacute;smicos que s&atilde;o emitidos a cada 16 dias">Identificados pulsos c&oacute;smicos que s&atilde;o emitidos a cada 16 dias</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/149143-cientistas-rastreiam-pulsos-radio-misteriosos-vindos-cosmos.htm" target="_blank" title="Cientistas rastreiam pulsos de r&aacute;dio misteriosos vindos do cosmos">Cientistas rastreiam pulsos de r&aacute;dio misteriosos vindos do cosmos</a></li>
</ul>
<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154307-rajadas-radio-misteriosas-tem-periodicidade-confirmada.htm">Rajadas de rádio misteriosas têm periodicidade confirmada </a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Rajadas de rádio misteriosas têm periodicidade confirmada 

Imagem de Primeiros dinossauros botavam ovos de casca mole, revela estudo no megacurioso

Mais resistentes ao clima e a predadores, ovos de casca dura mudaram a evolução das linhagens dos grandes répteis

Foi no deserto de Gobi, na Mong&oacute;lia, que o paleont&oacute;logo americano e geneticista molecular Mark Norell, do Museu Americano de Hist&oacute;ria Natural de Nova York, encontrou um ninho que suscitou uma pergunta n&atilde;o respondida por 15 anos: ovos de dinossauro sempre tiveram cascas duras?
Os beb&ecirc;s f&oacute;sseis de Protoceratops (um dinossauro herb&iacute;voro e quadr&uacute;pede), mortos entre 75 e 71 milh&otilde;es de anos, estavam em posi&ccedil;&atilde;o fetal e envoltos por uma fina pel&iacute;cula &ndash; mas nada foi achado que lembrasse fragmentos de cascas de ovos fossilizadas. O mesmo se deu com embri&otilde;es preservados de um Mussauro (um dinossauro tamb&eacute;m herb&iacute;voro e quadr&uacute;pede que viveu h&aacute; 200 milh&otilde;es de anos): pel&iacute;cula fina, sem cascas fossilizadas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/17/17182229728378.jpg" alt="Os beb&ecirc;s f&oacute;sseis de Protoceratops provavelmente morreram dentro de ovos de cascas moles." />Os beb&ecirc;s f&oacute;sseis de Protoceratops provavelmente morreram dentro de ovos de cascas moles.
Em dezenas de escava&ccedil;&otilde;es pelo mundo, ovos de dinossauro fossilizados s&atilde;o encontrados, mas eles recuam no tempo apenas at&eacute; a primeira metade do registro f&oacute;ssil dos dinossauros. Enquanto para algumas esp&eacute;cies h&aacute; ovos demais, nunca foi encontrado um &uacute;nico ovo de Triceratops (dinossauro do mesmo grupo do Protoceratops).
<h2>Muitos ossos, mas nenhum ovo</h2>
"Nos &uacute;ltimos 20 anos, encontramos ovos de dinossauros em todo o mundo, mas eles representam apenas tr&ecirc;s grupos. Ao mesmo tempo, achamos milhares de restos esquel&eacute;ticos de dinossauros de outros grupos, mas quase nenhum de seus ovos. Por qu&ecirc;? Porque eles eram de casca mole, e provamos isso com esse estudo". disse Norell.
A ideia que ocorreu ao paleont&oacute;logo tem correla&ccedil;&atilde;o com a natureza atual: assim como tartarugas, lagartos e cobras, ovos de alguns dinossauro tamb&eacute;m teriam a casca mole, que n&atilde;o fossilizam e oferecem pouca prote&ccedil;&atilde;o contra predadores e mesmo o clima.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/17/17185247786008.jpg" alt="Os ovos de tartaruga t&ecirc;m casca macia, e suas prote&iacute;nas se mineralizam de maneira diferente da dos ovos de casca dura." />Os ovos de tartaruga t&ecirc;m casca macia, e suas prote&iacute;nas se mineralizam de maneira diferente da dos ovos de casca dura.
Para provar a ideia de Norell, foi preciso uma abordagem mais sofisticada, e ela veio atrav&eacute;s do trabalho da paleontologista molecular da Universidade de Yale Jasmina Wiemann. Ao examinar a pel&iacute;cula que envolvia os filhotes fossilizados de Protoceratops, ela descobriu que ela continha restos degradados de prote&iacute;nas do ovo.
O uso de um banco de dados sobre ovos de 112 r&eacute;pteis e p&aacute;ssaros vivos e extintos, relacionados entre si evolutivamente, provou que ovos de casca dura e de casca mole t&ecirc;m prote&iacute;nas que fossilizam de maneira diferente. "As prote&iacute;nas encontradas nos f&oacute;sseis beb&ecirc;s de Protoceratops e Mussaurodois combinavam com a de ovos de casca mole."
<h2>Ovos gigantes de animais idem</h2>
Outro achado confirmou a ideia de Norell: o primeiro ovo f&oacute;ssil de mosassauro (um predador marinho de 18 metros do fim do Cret&aacute;ceo) encontrado na Ant&aacute;rtica. Sempre se pensou que esse animal desse &agrave; luz indiv&iacute;duos formados e n&atilde;o que pusessem ovos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/17/17181357091375.jpg" alt="Um filhote de mosassauro, nascendo no mar nas proximidades da Ant&aacute;rtida." />Um filhote de mosassauro, nascendo no mar nas proximidades da Ant&aacute;rtida.
O ovo foi chamado de "A Coisa" por muito tempo, j&aacute; que n&atilde;o se tinha sequer a certeza do que ele seria. Somente em 2018, a paleont&oacute;loga Julia Clarke, em visita ao colega David Rubilar-Rogers no Museu Nacional de Hist&oacute;ria Natural do Chile, mostrou o achado. Clark na mesma hora identificou "A Coisa" como um ovo &ndash; gigantesco (30 cm), mas um ovo, e de casca mole.&nbsp;
Para o paleont&oacute;logo da Universidade do Texas em Austin e principal autor do estudo publicado na revista Nature, Lucas Legendre, a confirma&ccedil;&atilde;o de que "ovos de casca mole crescessem tanto assim sem desmoronar e que pudessem ser postos por animais t&atilde;o grandes" pode mudar definitivamente o entendimento da linha evolutiva de dinossauros e, por consequ&ecirc;ncia, de animais modernos, como p&aacute;ssaros.
Veja tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114284-qual-foi-o-lugar-mais-perigoso-da-terra-em-todos-os-tempos.htm" target="_blank" title="Qual foi o lugar mais perigoso da Terra em todos os tempos?">Qual foi o lugar mais perigoso da Terra na Hist&oacute;ria?</a><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154272-primeiros-dinossauros-botavam-ovos-casca-mole-revela-estudo.htm">Primeiros dinossauros botavam ovos de casca mole, revela estudo</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Primeiros dinossauros botavam ovos de casca mole, revela estudo

Imagem de Vulcões atrasaram a oxigenação da atmosfera em 1 bilhão de anos no megacurioso

Aumento do percentual do gás no ar dizimou praticamente toda a vida na Terra

H&aacute; cerca de 3,5 bilh&otilde;es de anos, cianobact&eacute;rias come&ccedil;aram a produzir e bombear oxig&ecirc;nio para fora dos oceanos atrav&eacute;s da fotoss&iacute;ntese, o que possibilitou o surgimento de formas de vida mais complexas &mdash; de seres multicelulares a humanos. O chamado Grande Evento de Oxigena&ccedil;&atilde;o se deu por volta de 2,4 bilh&otilde;es de anos, e a grande pergunta entre os cientistas (o que impediu o oxig&ecirc;nio de ser incorporado &agrave; atmosfera?) agora tem uma resposta: o manto terrestre.
"Esse estudo revive uma hip&oacute;tese cl&aacute;ssica para a evolu&ccedil;&atilde;o do oxig&ecirc;nio atmosf&eacute;rico. Os dados demonstram que o manto da Terra pode controlar a evolu&ccedil;&atilde;o da atmosfera e, possivelmente, definir o ritmo do surgimento da vida", disse o astrobi&oacute;logo e principal autor da pesquisa, Shintaro Kadoya.
Essa foi a conclus&atilde;o a que chegaram o especialista e os tamb&eacute;m astrobi&oacute;logos Robert Nicklas, do Scripps Institution of Oceanography; Igor Puchtel, da University of Maryland; Ariel Anbar, da Arizona State University; e David Catling, colega de Kadoya na University of Washington, ao examinarem estromat&oacute;litos (rochas f&oacute;sseis que se formaram da atividade de microrganismos em ambientes aqu&aacute;ticos acumulados no fundo de mares rasos formando recifes) coletados em diferentes locais do planeta.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/14/14184843591075.jpg" alt="Estromat&oacute;litos s&atilde;o a melhor testemunha de como era o planeta h&aacute; 3,5 bilh&otilde;es de anos." />Estromat&oacute;litos s&atilde;o a melhor testemunha de como era o planeta h&aacute; 3,5 bilh&otilde;es de anos.
<h2>Gases ladr&otilde;es de oxig&ecirc;nio</h2>
O per&iacute;odo Arqueano foi mais vulcanicamente ativo do que nos dias de hoje, quando a vida era microbiana e estava espalhada pelos oceanos que cobriam a Terra. O magma (rochas derretidas e semiderretidas originadas no manto terrestre) flu&iacute;a com mais frequ&ecirc;ncia, lan&ccedil;ando na superf&iacute;cie n&atilde;o apenas material originado no interior da Terra como tamb&eacute;m gases, que acabavam reagindo com o oxig&ecirc;nio, formando outros compostos e removendo o g&aacute;s da atmosfera.
Essa ideia come&ccedil;ou a ser explorada em 2019, quando os cinco pesquisadores fizeram parte de um estudo preliminar que concluiu que o manto terrestre (a camada imediatamente abaixo da crosta) se tornou gradualmente mais oxidado h&aacute; 3,5 bilh&otilde;es de anos. Agora, eles analisam como essa mudan&ccedil;a influenciou a produ&ccedil;&atilde;o de gases liberados pela atividade vulc&acirc;nica (se ele fosse menos oxidado, produziria mais gases facilmente combin&aacute;veis com o oxig&ecirc;nio livre).
"Basicamente, o suprimento de gases vulc&acirc;nicos oxid&aacute;veis foi capaz de absorver oxig&ecirc;nio por centenas de milh&otilde;es de anos ap&oacute;s a evolu&ccedil;&atilde;o da fotoss&iacute;ntese. &Agrave; medida que o manto se tornou mais oxidado, menos gases vulc&acirc;nicos capazes de se ligar foram liberados; o oxig&ecirc;nio inundou a atmosfera quando n&atilde;o havia mais g&aacute;s vulc&acirc;nico suficiente para retir&aacute;-lo dela", explicou o cientista planet&aacute;rio e astrobi&oacute;logo David Catling, coautor do trabalho.
<h2>G&aacute;s dizimou quase toda a vida na Terra</h2>
Segundo a pesquisa, h&aacute; 2,5 bilh&otilde;es de anos o oxig&ecirc;nio produzido por cianobact&eacute;rias finalmente superou a perda cont&iacute;nua por conta das liga&ccedil;&otilde;es com gases vulc&acirc;nicos e come&ccedil;ou a se acumular no ar, o que trouxe tr&ecirc;s consequ&ecirc;ncias.&nbsp;
A primeira foi a extin&ccedil;&atilde;o de quase toda a vida na Terra; somente sobreviveram os organismos adaptados &agrave; nova concentra&ccedil;&atilde;o do g&aacute;s no ar. A segunda foi o resfriamento da atmosfera, quando o oxig&ecirc;nio se ligou ao metano (um g&aacute;s do efeito estufa) que havia no ar e desencadeou uma era do gelo. Ap&oacute;s o Grande Evento de Oxigena&ccedil;&atilde;o, os n&iacute;veis de oxig&ecirc;nio ca&iacute;ram (ainda se especula por que) e o planeta conheceu a terceira consequ&ecirc;ncia da eleva&ccedil;&atilde;o dos n&iacute;veis do g&aacute;s na atmosfera: o surgimento de formas mais complexas de vida.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154179-vulcoes-atrasaram-oxigenacao-atmosfera-1-bilhao-anos.htm">Vulcões atrasaram a oxigenação da atmosfera em 1 bilhão de anos</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Vulcões atrasaram a oxigenação da atmosfera em 1 bilhão de anos

Imagem de Sistema triplo estelar prova que Einstein estava certo — de novo no megacurioso

Nova medição da luz de um pulsar comprova que a gravidade age independentemente da massa ou densidade dos corpos

O PSR J0337 + 1715 &eacute; um pulsar a 4,2 mil anos-luz de dist&acirc;ncia, acompanhado de 2 estrelas an&atilde;s brancas. Esse sistema estelar triplo provou ser o laborat&oacute;rio de testes perfeito da Teoria Geral da Relatividade de Einstein &mdash; em particular, da chamada universalidade da queda livre (segundo ela, a gravidade atrai todos os objetos com a mesma acelera&ccedil;&atilde;o). Mais uma vez, provou-se que Einstein estava certo.
Descoberto em 2007 na constela&ccedil;&atilde;o de Touro, a estrela de n&ecirc;utrons tem 1,44 vezes a massa do Sol e apenas 25 quil&ocirc;metros de di&acirc;metro, girando 366 vezes por segundo. Uma das an&atilde;s brancas move-se ao seu redor a cada 1,6 dia e, orbitando essa dupla a cada 327 dias, h&aacute; outra estrela an&atilde;.
<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 56.25%;"><video width="300" height="150" style="top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" autoplay="autoplay" loop="loop" muted="" poster="https://thumbs.gfycat.com/UnequaledHelpfulAsiantrumpetfish-mobile.jpg">Your browser does not support HTML5 video.<source src="https://thumbs.gfycat.com/UnequaledHelpfulAsiantrumpetfish-mobile.mp4" type="video/mp4"></video></div>
A prova da universalidade da queda livre seria medir se a atra&ccedil;&atilde;o gravitacional da an&atilde; branca externa afeta o pulsar (cuja gravidade &eacute; imensa) tanto quanto a pequenina an&atilde; branca da &oacute;rbita interna.&nbsp;
O esfor&ccedil;o conjunto internacional de radioastr&ocirc;nomos e astrof&iacute;sicos do Jodrell Bank Centre for Astrophysics (GB), do Max Planck Institute for Radio Astronomy (Alemanha) e dos observat&oacute;rios franceses de Paris, de Meuden e do Nan&ccedil;ay Radio Observatory conseguiu determinar, com extrema precis&atilde;o, que os tr&ecirc;s corpos est&atilde;o sujeitos &agrave; mesma acelera&ccedil;&atilde;o da gravidade, mesmo com massas t&atilde;o d&iacute;spares.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/14/14152551505050.jpg" alt="O pulsar e suas companheiras: a malha verde ilustra a curvatura do espa&ccedil;o-tempo causada pelas diferentes massas." />O pulsar e suas companheiras: a malha verde ilustra a curvatura do espa&ccedil;o-tempo causada pelas diferentes massas.
<h2>Restri&ccedil;&otilde;es a teorias alternativas</h2>
&ldquo;A precis&atilde;o com que conseguimos comprovar a universalidade da queda livre constituiu um dos testes mais rigorosos da teoria de Einstein j&aacute; feitos &mdash; e ela passou com honras. Os resultados imp&otilde;em restri&ccedil;&otilde;es muito rigorosas &agrave;s teorias alternativas da gravidade, que competem com a relatividade geral de Einstein para explicar a gravidade e a exist&ecirc;ncia da energia escura no Universo", diz o l&iacute;der do estudo, o astrof&iacute;sico da Universidade de Manchester Guillaume Voisin.
O trabalho concluiu 8 anos de medi&ccedil;&otilde;es, atrav&eacute;s do Nan&ccedil;ay Radio Observatory, dos tempos de chegada dos pulsos de r&aacute;dio &agrave; Terra. "O pulsar emite um feixe de ondas de r&aacute;dio, que cria um flash de luz captado com precis&atilde;o de nanossegundos pelo radiotelesc&oacute;pio de Nan&ccedil;ay. Esse registro, as observa&ccedil;&otilde;es semelhantes feitas em 2018 e a modelagem matem&aacute;tica permitiram inferir o movimento da estrela ", explicou Voisin.
A universalidade da queda livre &mdash; caracter&iacute;stica &uacute;nica da gravidade ao atrair todos os corpos com a mesma acelera&ccedil;&atilde;o, independentemente de sua massa, densidade ou mesmo campo gravitacional &mdash; foi pensada pela primeira vez no s&eacute;culo XVI por Galileu Galilei, que tentou prov&aacute;-la ao largar bolas de diferentes pesos do alto da Torre de Pisa.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/QyeF-_QPSbk" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
<h2>Laborat&oacute;rios fora da Terra</h2>
Um experimento em andamento, dos &uacute;ltimos 50 anos, &eacute; o Teste Lunar de Varia&ccedil;&atilde;o a Laser (LLR). Nele, retrorrefletores postos na Lua refletem raios laser disparados da superf&iacute;cie terrestre. A medi&ccedil;&atilde;o dos intervalos nos quais os feixes retornam provou que a Terra e a Lua &ldquo;caem&rdquo; em dire&ccedil;&atilde;o ao Sol na mesma velocidade.&nbsp;
Isso foi confirmado pelo Microsatellite &agrave; tra&icirc;n&eacute;e Compens&eacute;e pour l'Observation du Principe d'Equivalence (acr&ocirc;nimo Microspore) em 2016, atrav&eacute;s da medi&ccedil;&atilde;o da acelera&ccedil;&atilde;o de pequenos objetos em seu interior.
Em 2018, uma equipe internacional concluiu um estudo semelhante ao publicado agora (um de seus autores &eacute; o astrof&iacute;sico Duncan Lorimer, o mesmo envolvido na pesquisa do <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154123-sinal-intergalactico-cuja-fonte-misterio-repete-ciclos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sinal misterioso FRB 121102</a>). A grande pergunta era se o princ&iacute;pio de Einstein se aplica a corpos extremamente massivos, e o pulsar PSR J0337 + 1715 continua dando a mesma resposta: sim.
Leia tamb&eacute;m:
<ul>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/153774-pi-elevado-espaco-confirma-teoria-einstein.htm" target="_blank" title="Pi elevado ao espa&ccedil;o confirma teoria de Einstein">Pi elevado ao espa&ccedil;o confirma teoria de Einstein</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/152836-danca-buracos-negros-confirma-teorias-einstein-hawking.htm" target="_blank" title="Dan&ccedil;a de buracos negros confirma teorias de Einstein e Hawking">Dan&ccedil;a de buracos negros confirma teorias de Einstein e Hawking</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/152242-ponto-pra-einstein-estrela-orbitando-buraco-negro-arrepiar.htm" target="_blank" title="Ponto pra Einstein: estrela orbitando buraco negro &eacute; de arrepiar">Ponto pra Einstein: estrela orbitando buraco negro &eacute; de arrepiar</a></li>
</ul><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154180-sistema-triplo-estelar-prova-einstein-certo-novo.htm">Sistema triplo estelar prova que Einstein estava certo — de novo</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Sistema triplo estelar prova que Einstein estava certo — de novo

Imagem de Coronavírus ataca também vasos sanguíneos e o cérebro no megacurioso

Combate à infecção desencadeia processo catastrófico para o corpo

Desde o in&iacute;cio da pandemia de <a href="http://www.tecmundo.com.br/coronavirus" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a>, a lista de sintomas e estragos causados pelo Sars-CoV-19 s&oacute; aumenta, e j&aacute; incluem desde insufici&ecirc;ncia renal aguda a les&atilde;o de &oacute;rg&atilde;os e catastr&oacute;ficos co&aacute;gulos sangu&iacute;neos &ndash; o novo v&iacute;rus <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151424-pesquisadores-usam-vr-estudar-danos-covid-19-pulmoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ataca n&atilde;o apenas os pulm&otilde;es</a>, mas tamb&eacute;m vasos sangu&iacute;neos.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/9rgJOBHwTkM" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
A descoberta foi feita pelo cardiologista Frank Ruschitzka, chefe de departamento no Hospital Universit&aacute;rio de Zurique, Su&iacute;&ccedil;a. A aut&oacute;psia de infectados mostrou pequenos co&aacute;gulos e c&eacute;lulas mortas espalhados pelos capilares dos pulm&otilde;es; os vasos sangu&iacute;neos que levam sangue ao restante do corpo estavam distendidos pela inflama&ccedil;&atilde;o generalizada.
Esse ataque ao sistema vascular seria uma segunda etapa na evolu&ccedil;&atilde;o da doen&ccedil;a, uma semana depois de o paciente ser internado.
<h2>Suic&iacute;dio celular</h2>
Os relatos v&atilde;o desde um aumento em at&eacute; nove vezes no surgimento de co&aacute;gulos (em rela&ccedil;&atilde;o a casos de gripe H1N1) a derrames em jovens saud&aacute;veis. Isso explicaria por que obesos, diab&eacute;ticos e doentes card&iacute;acos s&atilde;o pacientes considerados de risco: as c&eacute;lulas que revestem seus vasos sangu&iacute;neos j&aacute; est&atilde;o comprometidas.
Segundo&nbsp;Peter Carmeliet, bi&oacute;logo vascular do instituto de pesquisa belga VIB e coautor de um artigo na Nature Reviews Immunology, &ldquo;a chave &eacute; o dano &agrave;s c&eacute;lulas endoteliais que revestem os vasos sangu&iacute;neos, principalmente nos pulm&otilde;es&rdquo;.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Science/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.sciencemag.org/news/2020/04/how-does-coronavirus-kill-clinicians-trace-ferocious-rampage-through-body-brain-toes"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/10/10164111420180.jpg" alt="C&eacute;lulas imunes se aglomeram em um alv&eacute;olo inflamado, cujas paredes se rompem durante o ataque do v&iacute;rus, diminuindo a capta&ccedil;&atilde;o de oxig&ecirc;nio dos pulm&otilde;es." />C&eacute;lulas imunes se aglomeram em um alv&eacute;olo inflamado, cujas paredes se rompem durante o ataque do v&iacute;rus, diminuindo a capta&ccedil;&atilde;o de oxig&ecirc;nio dos pulm&otilde;es.
Nos pulm&otilde;es, o ataque &eacute; brutal. O Sars-CoV-19 invade as c&eacute;lulas dos alv&eacute;olos; algumas cometem suic&iacute;dio antes mesmo da reprodu&ccedil;&atilde;o do v&iacute;rus em seu interior. &ldquo;A morte das c&eacute;lulas n&atilde;o &eacute; tranquila; todo o seu conte&uacute;do vaza para o exterior&rdquo;, disse &agrave; Science Magazine o m&eacute;dico intensivista pulmonar do Hospital da Universidade da Pensilv&acirc;nia, Nilam Mangalmurti.
<h2>Inflama&ccedil;&atilde;o generalizada</h2>
As c&eacute;lulas endoteliais danificadas nos vasos sangu&iacute;neos avisam outras do ataque, e esse alerta desencadeia vazamentos vasculares, que inundam os alv&eacute;olos com fluido (caracter&iacute;stica da s&iacute;ndrome do desconforto respirat&oacute;rio agudo, ou SDRA).
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/10/10161031177158.jpg" alt="O v&iacute;rus ataca as c&eacute;lulas endoteliais que revestem os vasos sangu&iacute;neos ao redor dos alv&eacute;olos. Elas ent&atilde;o vertem fluidos para dentro dos pulm&otilde;es, desencadeiam coagula&ccedil;&atilde;o e convocam c&eacute;lulas imunes, causando inflama&ccedil;&atilde;o generalizada." />O v&iacute;rus ataca as c&eacute;lulas endoteliais que revestem os vasos sangu&iacute;neos ao redor dos alv&eacute;olos. Elas ent&atilde;o vertem fluidos para dentro dos pulm&otilde;es, desencadeiam coagula&ccedil;&atilde;o e convocam c&eacute;lulas imunes, causando inflama&ccedil;&atilde;o generalizada.
Os gl&oacute;bulos brancos migram em massa para os pulm&otilde;es, e as c&eacute;lulas endoteliais e imunol&oacute;gicas aglutinam ainda mais fatores de coagula&ccedil;&atilde;o e plaquetas. Mais co&aacute;gulos se formam.
Estes acabam por bloquear o suprimento de sangue para todos os &oacute;rg&atilde;os vitais. O corpo, tentando reagir ao invasor, desencadeia um processo final de inflama&ccedil;&atilde;o, inundando os tecidos com c&eacute;lulas de ataque. Nesse ponto, a rea&ccedil;&atilde;o &agrave; covid-19 est&aacute; fora de controle, e o paciente entra em choque. &ldquo;Todo o processo &eacute; um ciclo vicioso&rdquo;, disse Mangalmurti.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Science/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.sciencemag.org/news/2020/04/how-does-coronavirus-kill-clinicians-trace-ferocious-rampage-through-body-brain-toes"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/10/10164514295185.jpg" alt="O v&iacute;rus entra nas c&eacute;lulas endoteliais dos vasos sangu&iacute;neos; a consequente infec&ccedil;&atilde;o pode provocar de co&aacute;gulos sangu&iacute;neos a ataques card&iacute;acos." />O v&iacute;rus entra nas c&eacute;lulas endoteliais dos vasos sangu&iacute;neos; a consequente infec&ccedil;&atilde;o pode provocar de co&aacute;gulos sangu&iacute;neos a ataques card&iacute;acos.
<h2>Morte cerebral</h2>
Fica pior. "&Eacute; razo&aacute;vel supor que o v&iacute;rus chegue at&eacute; o c&eacute;rebro", disse o neuroimunologista Avindra Nath ao site franc&ecirc;s TrustMyScience. Desmaios, convuls&otilde;es e derrames s&atilde;o alguns dos sintomas neurol&oacute;gicos mais graves relatados, al&eacute;m de perda de olfato e de paladar, dores de cabe&ccedil;a e tontura. Alguns pacientes desenvolveram encefalite, uma inflama&ccedil;&atilde;o no c&eacute;rebro potencialmente fatal.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/10/10161635481159.jpg" alt="Imagem do c&eacute;rebro de uma mulher infectada que desenvolveu encefalite, com danos aos tecidos do c&eacute;rebro (setas)." />Imagem do c&eacute;rebro de uma mulher infectada que desenvolveu encefalite, com danos aos tecidos do c&eacute;rebro (setas).
"Temos visto cada vez mais infectados v&iacute;timas de AVCs, les&otilde;es e sangramento no c&eacute;rebro. Isso explicaria por que alguns pacientes, depois de entrarem em suporte de vida, apresentam sinais de danos cerebrais s&eacute;rios ao ponto de a chance de acordarem parecer extremamente baixa", explicou ao TrustMyScience a neurologista vascular intensiva Jenifer Frontera.
<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152503-respostas-principais-perguntas-covid-19-mapas-graficos.htm" target="_blank"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/18/legenda-corona-18103356737131.jpg" alt="Legenda Corona" /></a>
Leia tamb&eacute;m:
<ul>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/154044-pacientes-assintomaticos-transmitem-novo-coronavirus.htm" target="_blank" title="Afinal, pacientes assintom&aacute;ticos transmitem o novo coronav&iacute;rus?">Afinal, pacientes assintom&aacute;ticos transmitem o novo coronav&iacute;rus?</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/153964-coronavirus-estudos-calculam-eficacia-medidas-restritivas.htm" target="_blank" title="Coronav&iacute;rus: estudos calculam a efic&aacute;cia de medidas restritivas">Coronav&iacute;rus: estudos calculam a efic&aacute;cia de medidas restritivas</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153749-covid-perguntas-ainda-intrigam-cientistas-coronavirus.htm" target="_blank" title="Coronav&iacute;rus: 6 perguntas que ainda intrigam os cientistas">Coronav&iacute;rus: 6 perguntas que ainda intrigam os cientistas</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153223-covid-19-numero-mortos-maior.htm" target="_blank" title="Covid-19: por que o n&uacute;mero de mortos pode ser muito maior?">Covid-19: por que o n&uacute;mero de mortos pode ser muito maior?</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152832-brasil-novo-epicentro-covid-19-mundo-diz-estudo.htm" target="_blank" title="Brasil ser&aacute; novo epicentro da covid-19 no mundo, diz estudo">Brasil ser&aacute; novo epicentro da covid-19 no mundo, diz estudo</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151648-impactos-quarentena-brasil-visao-economistas-especialistas.htm" target="_blank" title="Sa&uacute;de e Economia: impactos da quarentena no Brasil, segundo especialistas">Sa&uacute;de e economia: impactos da quarentena no Brasil, segundo especialistas</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151189-quantos-morrer-coronavirus-brasil-cientistas-respondem.htm" target="_blank" title="Quantos podem morrer pelo coronav&iacute;rus no Brasil? Cientistas respondem!">Quantos podem morrer pelo coronav&iacute;rus no Brasil? Cientistas respondem!</a></li>
</ul><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154055-coronavirus-ataca-vasos-sanguineos-cerebro.htm">Coronavírus ataca também vasos sanguíneos e o cérebro</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Coronavírus ataca também vasos sanguíneos e o cérebro

Imagem de Universo estaria girando em múltiplos eixos desde a sua criação no megacurioso

Estudo se baseou na assimetria no sentido em que rodam as galáxias em espiral

&Eacute; ponto pac&iacute;fico na cosmologia que o Universo est&aacute; em expans&atilde;o, com as gal&aacute;xias distribu&iacute;das sem uma estrutura cosmol&oacute;gica. Agora, um estudo diz que n&atilde;o apenas estamos nos afastando uns dos outros como tamb&eacute;m giramos em torno de m&uacute;ltiplo eixos &mdash; e esse &eacute; um dos in&uacute;meros segredos que as gal&aacute;xias em espiral t&ecirc;m para nos contar.
Para chegar a essa conclus&atilde;o, o grupo liderado pelo astr&ocirc;nomo computacional da&nbsp;Universidade Estadual do Kansas, Lior Shamir, analisou mais de 200 mil gal&aacute;xias para mostrar que o Universo pode ter uma estrutura definida e come&ccedil;ou a girar em seus prim&oacute;rdios.
A pesquisa usou imagens de tr&ecirc;s dos mais modernos telesc&oacute;pios rob&oacute;ticos: Sloan Digital Sky Survey (SDSS), Panoramic Survey Telescope and Rapid Response System (Pan-STARRS) e Hubble. Eles vasculham o c&eacute;u e classificam automaticamente milh&otilde;es de gal&aacute;xias pelo sentido de rota&ccedil;&atilde;o.
<h2>Ponto de vista &eacute; tudo</h2>
"O padr&atilde;o geom&eacute;trico exibido pela distribui&ccedil;&atilde;o das gal&aacute;xias espirais &eacute; claro, mas s&oacute; pode ser observado quando se analisa um n&uacute;mero muito grande de objetos astron&ocirc;micos", disse o pesquisador.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/04/04192957126484.jpg" alt="A NGC 1032 &eacute; uma gal&aacute;xia em espiral, mas da Terra &eacute; vista de perfil." />A NGC 1032 &eacute; uma gal&aacute;xia em espiral, mas da Terra &eacute; vista de perfil.
Shamir achou esses padr&otilde;es em diferentes partes do Universo, separadas pelo espa&ccedil;o e pelo tempo. A dire&ccedil;&atilde;o na qual as gal&aacute;xias em espiral giram est&aacute; relacionada com a maneira como elas se espalham. Observ&aacute;-las n&atilde;o &eacute; f&aacute;cil, porque sua din&acirc;mica depende do observador: quem est&aacute; na Terra v&ecirc; uma gal&aacute;xia espiral girar no sentido hor&aacute;rio, enquanto quem est&aacute; no lado oposto a v&ecirc; em sentido anti-hor&aacute;rio.
At&eacute; agora, astr&ocirc;nomos partiram do pressuposto que o universo &eacute; isotr&oacute;pico e n&atilde;o tem estrutura espec&iacute;fica. Isso indicaria que o n&uacute;mero de gal&aacute;xias que giram no sentido hor&aacute;rio seria aproximadamente igual &agrave; quantidade das que se movem no sentido anti-hor&aacute;rio.
<h2>Muito pouco ao acaso</h2>
Os dados coletados pelos telesc&oacute;pios mostram que isso n&atilde;o acontece. A diferen&ccedil;a &eacute; de apenas 2%, mas, se considerarmos que existem 2 trilh&otilde;es de gal&aacute;xias no Universo observ&aacute;vel, de acordo com a pesquisa h&aacute; menos de 4 bilh&otilde;es de gal&aacute;xias com essa assimetria gra&ccedil;as ao acaso.
As imagens analisadas abarcaram mais de 4 bilh&otilde;es de anos-luz, e a assimetria nesse intervalo de tempo n&atilde;o &eacute; uniforme; ela aumenta quando as gal&aacute;xias est&atilde;o mais distantes da Terra, o que mostra que o Universo em seus prim&oacute;rdios seria mais consistente e menos ca&oacute;tico do que atualmente.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/04/04194238578486.jpg" alt="As gal&aacute;xias NGC 5257 e NGC 5258 (em conjunto, conhecidas como Arp 240) giram em sentidos opostos." />As gal&aacute;xias NGC 5257 e NGC 5258 (em conjunto, conhecidas como Arp 240) giram em sentidos opostos.
Al&eacute;m de indicar a assimetria do Cosmos, o estudo indicou que ela apresenta um padr&atilde;o &uacute;nico de multipolos &mdash; um conceito cosmol&oacute;gico j&aacute; estabelecido na medi&ccedil;&atilde;o do fundo c&oacute;smico de micro-ondas (os ecos da forma&ccedil;&atilde;o do Universo).
"Se o universo tem um eixo, ele n&atilde;o &eacute; simples, como o de um carrossel, e sim um alinhamento complexo de m&uacute;ltiplos eixos", explicou Shamir.
<h2>Sem interfer&ecirc;ncia</h2>
Um dos problemas enfrentados na medi&ccedil;&atilde;o dessa radia&ccedil;&atilde;o de fundo &eacute; a chamada contamina&ccedil;&atilde;o em primeiro plano, como a obstru&ccedil;&atilde;o da pr&oacute;pria Via L&aacute;ctea. Essa dificuldade n&atilde;o afetou o estudo sobre as gal&aacute;xias em espiral porque aquilo que interferir na rota&ccedil;&atilde;o das gal&aacute;xias que giram em sentido hor&aacute;rio em determinado campo necessariamente vai afetar as gal&aacute;xias que giram em sentido anti-hor&aacute;rio.
"N&atilde;o h&aacute; contamina&ccedil;&atilde;o nesses padr&otilde;es &uacute;nicos, complexos e consistentes. Temos pesquisas que mostram exatamente os mesmos padr&otilde;es. N&atilde;o h&aacute; erro que possa levar a isso", afirmou Shamir.
Leia mais sobre o tema:
<ul>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/153878-fisicos-identificam-possivel-discrepancia-peso-universo.htm" target="_blank" title="F&iacute;sicos identificam poss&iacute;vel discrep&acirc;ncia no &ldquo;peso&rdquo; do Universo">F&iacute;sicos identificam poss&iacute;vel discrep&acirc;ncia no &ldquo;peso&rdquo; do Universo</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/153724-cientistas-encontram-materia-perdida-universo.htm" target="_blank" title="Cientistas encontram mat&eacute;ria perdida do Universo">Cientistas encontram mat&eacute;ria perdida do Universo</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/152980-materia-escura-desaparecida-explicaria-misterio-fisica.htm" target="_blank" title="Mat&eacute;ria escura desaparecida explicaria mist&eacute;rio na f&iacute;sica">Mat&eacute;ria escura desaparecida explicaria mist&eacute;rio na f&iacute;sica</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/152615-havia-big-bang.htm" target="_blank" title="O que havia antes do Big Bang?">O que havia antes do Big Bang?</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/151103-via-lactea-dentro-gigantesca-bolha.htm" target="_blank" title="Via L&aacute;ctea poderia estar dentro de uma gigantesca bolha">Via L&aacute;ctea poderia estar dentro de uma gigantesca bolha</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/cultura-geek/150901-neutrinos-ter-impedido-aniquilacao-universo.htm" target="_blank" title="Neutrinos podem ter impedido aniquila&ccedil;&atilde;o do Universo">Neutrinos podem ter impedido aniquila&ccedil;&atilde;o do Universo</a></li>
</ul><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153882-universo-girando-multiplos-eixos-criacao.htm">Universo estaria girando em múltiplos eixos desde a sua criação</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Universo estaria girando em múltiplos eixos desde a sua criação

Imagem de Mundo vive onda de extinções em massa provocada pelo homem no megacurioso

Em 2 décadas, desaparecerá o mesmo número de espécies que a natureza levou 16 mil anos para eliminar

Em 2019, descobriu-se que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112106-tres-bilhoes-de-aves-desapareceram-dos-ceus-dos-eua-e-canada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">existem 2,9 bilh&otilde;es de aves a menos</a> cruzando os c&eacute;us da Am&eacute;rica do Norte do que h&aacute; 50 anos.&nbsp;Agora, uma pesquisa mostrou que a janela cr&iacute;tica para evitar um quadro global irrevers&iacute;vel de extin&ccedil;&otilde;es que impactar&aacute; na sobreviv&ecirc;ncia da humanidade se fechar&aacute; em 10 a 15 anos.
"Estamos destruindo as capacidades de o planeta manter a vida, principalmente a humana", disse o ecologista da Universidade Nacional Aut&ocirc;noma do M&eacute;xico e principal autor do novo estudo, Gerardo Ceballos, em entrevista ao jornal New York Times.
Segundo o grupo de trabalho, estamos no meio de uma extin&ccedil;&atilde;o em massa provocada pelo homem de maneira t&atilde;o acelerada que levar&aacute; &agrave; perda de ecossistemas preciosos para a sobreviv&ecirc;ncia da humanidade, como os que&nbsp;controlam pragas e doen&ccedil;as, fornecem &aacute;gua doce e viabilizam a poliniza&ccedil;&atilde;o de culturas.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/03/03184753595451.jpg" alt="Ca&ccedil;adores de marfim t&ecirc;m matado elefantes envenenando os po&ccedil;os onde esses e outros animais bebem &aacute;gua." />Ca&ccedil;adores de marfim t&ecirc;m matado elefantes envenenando os po&ccedil;os onde esses e outros animais bebem &aacute;gua.
<h2>16 mil anos em 20</h2>
O colapso vir&aacute; mais cedo do que se previa, com a extin&ccedil;&atilde;o de pelo menos 500 esp&eacute;cies nos pr&oacute;ximos 20 anos. Segundo o levantamento, a taxa anual de extin&ccedil;&otilde;es excede em muito aquela provocada apenas pela a&ccedil;&atilde;o da natureza. No &uacute;ltimo s&eacute;culo, 543 esp&eacute;cies sumiram no planeta &mdash; quase o mesmo n&uacute;mero que se espera para as pr&oacute;ximas 2 d&eacute;cadas e o equivalente &agrave;s extin&ccedil;&otilde;es que ocorram naturalmente em 16 mil anos.
"Anualmente, ao longo do s&eacute;culo passado, perd&iacute;amos o mesmo n&uacute;mero de esp&eacute;cies extintas em 100 anos. Agora, a perda provavelmente desencadear&aacute; um efeito domin&oacute; que jogar&aacute; outras esp&eacute;cies em uma espiral descendente, amea&ccedil;ando ecossistemas inteiros", disse Ceballos.
Para saber quantas esp&eacute;cies est&atilde;o &agrave; beira da extin&ccedil;&atilde;o, eles levantaram dados populacionais de 29,4 mil vertebrados terrestres junto &agrave; Uni&atilde;o Internacional para Conserva&ccedil;&atilde;o da Natureza (respons&aacute;vel, desde 1963, pela elabora&ccedil;&atilde;o da Lista Vermelha &mdash; um dos invent&aacute;rios mais detalhados sobre o estado de conserva&ccedil;&atilde;o mundial de esp&eacute;cies).
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Getty Images/Chaideer Mahyuddin&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/graphic-content-the-local-office-of-the-nature-foto-jornalistica/1192030871"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/03/03185654923467.jpg" alt="A pele de um tigre de Sumatra, criticamente amea&ccedil;ado de extin&ccedil;&atilde;o, apreendida pela pol&iacute;cia indon&eacute;sia quando era vendida no mercado negro, em janeiro." />A pele de um tigre de Sumatra, criticamente amea&ccedil;ado de extin&ccedil;&atilde;o, apreendida pela pol&iacute;cia da Indon&eacute;sia quando era vendida no mercado clandestino, em janeiro.
O resultado: 515 esp&eacute;cies (1,7%) est&atilde;o em grave risco de extin&ccedil;&atilde;o e t&ecirc;m menos de mil indiv&iacute;duos restantes; para metade desse grupo, somente restam 250 esp&eacute;cimes ou menos.&nbsp;
Quando os pesquisadores sobrepuseram geograficamente as 388 esp&eacute;cies com mil a 5 mil indiv&iacute;duos &agrave; localiza&ccedil;&atilde;o daquelas criticamente amea&ccedil;adas, descobriram uma combina&ccedil;&atilde;o em 84% das vezes &mdash; em grande parte, nos tr&oacute;picos, o que dele levar conservacionistas a considerar esp&eacute;cies com at&eacute; 5 mil indiv&iacute;duos restantes tamb&eacute;m em s&eacute;rio risco de extin&ccedil;&atilde;o.
"Essas descobertas subestimam grosseiramente o problema, pois n&atilde;o levamos em considera&ccedil;&atilde;o plantas, esp&eacute;cies aqu&aacute;ticas ou invertebradas, e usamos dados de apenas 5% de todos os vertebrados terrestres&rdquo;, alerta o bi&oacute;logo especialista em conserva&ccedil;&atilde;o da Universidade de Stanford e coautor do estudo, Paul Ehrlich.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/03/03190734298472.jpg" alt="Segundo ambientalistas, o rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG) custou a vida (incluindo humanas) de um trilh&atilde;o de organismos vivos." />Segundo ambientalistas, o rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG) custou a vida (incluindo humanas) de um trilh&atilde;o de organismos vivos.
<h2>Extin&ccedil;&atilde;o leva &agrave; superpopula&ccedil;&atilde;o</h2>
O pesquisador lembra do pombo-passageiro, esp&eacute;cie end&ecirc;mica dos EUA e extinta por volta de 1900. A ave era consumidora voraz de sementes, o que limitava o crescimento populacional de esp&eacute;cies como o rato de patas brancas &mdash; reservat&oacute;rio natural da bact&eacute;ria que causa a doen&ccedil;a de Lyme.
&ldquo;Os impactos de sua extin&ccedil;&atilde;o ainda s&atilde;o sentidos 1 s&eacute;culo ap&oacute;s a morte do &uacute;ltimo pombo-passageiro", escreveram os pesquisadores no artigo da Science.
As consequ&ecirc;ncias da destrui&ccedil;&atilde;o de h&aacute;bitat e da vida selvagem podem ser sentidas no surgimento de novas doen&ccedil;as, como a <a href="http://www.tecmundo.com.br/coronavirus" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a>. &ldquo;A pandemia &eacute; um &oacute;timo exemplo de que precisamos entender que o que faremos nos pr&oacute;ximos anos definir&aacute; o futuro da humanidade", lembrou Ceballos.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153823-mundo-vive-onda-extincoes-massa-provocada-homem.htm">Mundo vive onda de extinções em massa provocada pelo homem</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Mundo vive onda de extinções em massa provocada pelo homem

Imagem de Pi elevado ao espaço confirma teoria de Einstein no megacurioso

Ondas gravitacionais foram usadas para testar a relatividade geral

Apurar o valor de&nbsp;<span style="color: #404040; font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: #ffffff; text-decoration-style: initial; text-decoration-color: initial; display: inline !important; float: none;">&nbsp;&pi;, a constante que expressa a raz&atilde;o entre a circunfer&ecirc;ncia e o di&acirc;metro de um c&iacute;rculo, &eacute; algo que supercomputadores fazem sempre, alcan&ccedil;ando o j&aacute; conhecido 3,14, mas seguido de infinitas casas decimais.&nbsp;Carl-Johan Haster, astrof&iacute;sico te&oacute;rico do Institute of Techonology (MIT), chegou a um n&uacute;mero ligeiramente diferente: 3,115.
Essa imprecis&atilde;o n&atilde;o &eacute; nada, dada a real inten&ccedil;&atilde;o do pesquisador: testar a Teoria Geral da Relatividade de Einstein, que liga a gravidade &agrave; din&acirc;mica do espa&ccedil;o e tempo. O resultado de seu trabalho foi publicado no reposit&oacute;rio de artigos cient&iacute;ficos <a target="_blank" class="c-link" data-sk="tooltip_parent" aria-describedby="sk-tooltip-31adea0f-a04e-4481-a048-32bed5904c7e" href="https://slack-redir.net/link?url=http%3A%2F%2FarXiv.org" rel="noopener noreferrer" style="font-family: 'Source Sans Pro', sans-serif; font-size: 18px; font-style: normal; font-variant-ligatures: normal; font-variant-caps: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: start; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: #ffffff;">arXiv.org</a>.
Ondas gravitacionais s&atilde;o aquelas geradas no espa&ccedil;o-tempo quando objetos maci&ccedil;os, como buracos negros ou estrelas massivas, s&atilde;o formados.&nbsp;
<img src="https://66.media.tumblr.com/68d8a75ff667dd92a565162636dd8e9e/tumblr_o2czwwbj481t5fphqo4_500.gifv" class="b-debug__img" />
<h2>Vari&aacute;vel, n&atilde;o constante</h2>
Ao estud&aacute;-las, Haster (que colabora no Observat&oacute;rio de Ondas Gravitacionais com Interfer&ocirc;metro a Laser &mdash; LIGO, acr&ocirc;nimo em ingl&ecirc;s), notou que Pi aparecia nos termos de uma equa&ccedil;&atilde;o que descreve sua propaga&ccedil;&atilde;o.
Apesar de Pi ser uma constante, o astrof&iacute;sico usou o n&uacute;mero como uma vari&aacute;vel (de maneira similar &agrave;s equa&ccedil;&otilde;es em que precisamos achar o valor de x ou de y) e tentou determinar seu valor a partir das observa&ccedil;&otilde;es das ondas gravitacionais. Haster usou os dados de 22 ondas gravitacionais observadas pelo LIGO e mostrou que Pi tem um valor prov&aacute;vel de 3,115.
&ldquo;A teoria de Einstein ainda n&atilde;o parece precisar de ajustes. Para mim, o estudo produziu um teste v&aacute;lido e bastante forte da relatividade geral", diz Haster.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Carl-Johan Haster/Divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.astroblogs.nl/2020/05/24/waarde-van-pi-is-bepaald-met-behulp-van-zwaartekrachtgolven-pi-3115/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/02/02195112252363.jpg" alt="A equa&ccedil;&atilde;o de Haster usou Pi como uma vari&aacute;vel e n&atilde;o, como uma constante." />A equa&ccedil;&atilde;o de Haster usou Pi como uma vari&aacute;vel, e n&atilde;o como uma constante.
Entender por que o valor de Pi aparece em equa&ccedil;&otilde;es para deduzir o caminho de ondas gravitacionais &eacute; um pouco mais complicado, principalmente porque as ondas interagem entre si. Colega de Haster e f&iacute;sica te&oacute;rica da Universidade Johns Hopkins, Emanuele Berti explica:
&ldquo;Ao jogar uma pedra em um lago, ela vai provocar ondula&ccedil;&otilde;es na &aacute;gua. Ao atirar outra, a superf&iacute;cie do lago n&atilde;o estar&aacute; mais lisa, j&aacute; que as ondas provocadas pela primeira pedra ainda estar&atilde;o se propagando e interferindo nas novas ondula&ccedil;&otilde;es. As ondas gravitacionais funcionam da mesma maneira: quando elas viajam, passam pela curvatura do espa&ccedil;o-tempo gerada pelas ondas gravitacionais produzidas no passado."
<h2>Estrelas de n&ecirc;utrons ser&atilde;o as pr&oacute;ximas</h2>
N&atilde;o &eacute; a primeira vez que Pi e o trabalho de Einstein est&atilde;o entre os estudos feitos por pesquisadores do LIGO. Em 2016, uma pesquisa testou a relatividade geral usando Pi em outra abordagem. E, como antes, a quest&atilde;o levantada &eacute; a mesma: a incerteza relativa dos valores encontrados (no caso Haster, variando de 3,027 a 3,163).
Para refinar esse resultado e tentar chegar ao valor matem&aacute;tico aceito, ser&aacute; preciso observar objetos mais leves. Estrelas de n&ecirc;utrons devem ser as escolhidas, j&aacute; que as ondas gravitacionais que emanam delas chegam a durar 300 vezes mais do que as geradas por buracos negros maci&ccedil;os.
<h2>Pi no espa&ccedil;o desde o in&iacute;cio</h2>
Para alguns matem&aacute;ticos, aumentar a sequ&ecirc;ncia conhecida &eacute; um passatempo, mas, para a astrof&iacute;sica, Pi &eacute; mais do que divers&atilde;o. Segundo a <a href="http://www.tecmundo.com.br/NASA" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NASA</a>, a sequ&ecirc;ncia &eacute; usada, entre outras coisas, para:
1. determinar o tamanho do paraquedas das sondas enviadas ao solo de Marte;
2. fazer a sonda Cassini conseguir melhores &acirc;ngulos de Saturno e de sua lua Tit&atilde;;
3. mapear planetas conhecidos e inexplorados;
<div style="max-width: 768px;">
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</div>
4. descobrir mundos potencialmente habit&aacute;veis orbitando estrelas conhecidas;
5. colocar naves espaciais em &oacute;rbita;
6. rastrear os movimentos de asteroides;
7. elaborar as equa&ccedil;&otilde;es matem&aacute;ticas necess&aacute;rias para dirigir&nbsp;sondas, ve&iacute;culos e telesc&oacute;pios espaciais, bem como se comunicar com eles; 
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</div>
8. calcular a largura do feixe do laser que atingir&aacute; o gelo alien&iacute;gena a ser analisado;
9. estudar crateras;
10. revelar do que s&atilde;o feitos os asteroides.
Leia tamb&eacute;m:
<ul>
<li><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114202-ponto-pra-einstein-estrela-orbitando-buraco-negro-e-de-arrepiar.htm" target="_blank" title="Ponto pra Einstein: estrela orbitando buraco negro &eacute; de arrepiar">Ponto pra Einstein: estrela orbitando buraco negro &eacute; de arrepiar</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/150118-astronomos-descobrem-estrelas-invisiveis-distorcem-espaco-tempo.htm" target="_blank" title="Astr&ocirc;nomos descobrem estrelas &ldquo;invis&iacute;veis&rdquo; que distorcem o espa&ccedil;o-tempo">Astr&ocirc;nomos descobrem estrelas &ldquo;invis&iacute;veis&rdquo; que distorcem o espa&ccedil;o-tempo</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/149986-estrela-observada-arrastando-tecido-espaco-tempo.htm" target="_blank" title="Estrela &eacute; observada &ldquo;arrastando&rdquo; tecido espa&ccedil;o-tempo">Estrela &eacute; observada &ldquo;arrastando&rdquo; tecido espa&ccedil;o-tempo</a></li>
</ul>
<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153774-pi-elevado-espaco-confirma-teoria-einstein.htm">Pi elevado ao espa&ccedil;o confirma teoria de Einstein</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Pi elevado ao espaço confirma teoria de Einstein

Imagem de Cientistas encontram matéria perdida do Universo no megacurioso

Descoberta se baseou no estudo das misteriosas rajadas de rádio provenientes do espaço profundo

Com o&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/152615-havia-big-bang.htm" target="_blank" title="O que havia antes do Big Bang?">Big Bang</a>, o material que constituiu o universo se dividiu na "mat&eacute;ria comum" (5%, transformada de estrelas ao cachorro do vizinho), a mat&eacute;ria escura e a energia escura (os outros 95%). Esses dois &uacute;ltimos s&atilde;o pouco conhecidos e detect&aacute;veis; quanto &agrave; mat&eacute;ria comum, somente a metade dela j&aacute; havia sido detectada &ndash; at&eacute; agora.
Uma equipe internacional de astr&ocirc;nomos do australiano Centro Internacional de Pesquisa em Radioastronomia (ICRAR) usou estudos anteriores das chamadas explos&otilde;es r&aacute;pidas de r&aacute;dio (em ingl&ecirc;s, fast radio bursts, ou FRBs) para detectar a "mat&eacute;ria faltante" do universo, encerrando uma busca de tr&ecirc;s d&eacute;cadas.
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"Sabemos pelas medi&ccedil;&otilde;es do Big Bang quanta mat&eacute;ria havia no come&ccedil;o do Universo, mas n&atilde;o consegu&iacute;amos encontrar a metade. O espa&ccedil;o intergal&aacute;ctico &eacute; muito escasso em mat&eacute;ria; a metade que faltava equivalia a apenas um ou dois &aacute;tomos em uma sala do tamanho de uma sala comum e, por isso, muito dif&iacute;cil de detectar usando t&eacute;cnicas e telesc&oacute;pios tradicionais&rdquo;, disse o astrof&iacute;sico Jean-Pierre Macquart, autor principal do estudo publicado agora na revista Nature.
<h2>Sinais misteriosos do c&eacute;u</h2>
Os FRBs s&atilde;o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/145829-telescopio-chines-capta-sinais-misteriosos-vindos-espaco-profundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">explos&otilde;es de sinais de r&aacute;dio</a> carregadas de energia, cuja origem &eacute; o espa&ccedil;o profundo. S&atilde;o captadas pelas 36 antenas do Australian Square Kilometer Arrometer Pathfinder (ou ASKAP), um gigantesco conjunto de telesc&oacute;pios que vasculha o cosmos a partir do interior da Austr&aacute;lia Ocidental.&nbsp;
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<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 56.3333%;"><iframe width="300" height="150" style="border: 0; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" src="http://cdn.iframe.ly/TwBQghI" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></div>
</div>
Ainda n&atilde;o se sabe o que causa os FRBs &ndash; apenas que eles carregam uma quantidade de energia monumental (a mesma que &eacute; liberada pelo Sol em 80 anos). Como essas explos&otilde;es de r&aacute;dios s&atilde;o espor&aacute;dicas e n&atilde;o t&ecirc;m hora nem lugar do espa&ccedil;o para acontecer, o ASKAP monitora continuamente uma grande parcela do c&eacute;u: s&atilde;o dez trilh&otilde;es de medi&ccedil;&otilde;es por segundo, em busca de rajadas de FRBs.
Nas &uacute;ltimas d&eacute;cadas, a busca, segundo Macquart, se concentrou em regi&otilde;es espec&iacute;ficas do cosmos &ndash; o que, segundo o astr&ocirc;nomo, &eacute; &ldquo;tentar adivinhar o tamanho de um cachorro pela sua cauda". O uso dos FRBs, por&eacute;m, possibilita olhar o c&atilde;o inteiro. &nbsp;"O que os FRBs fazem &eacute; ir al&eacute;m dos trechos do espa&ccedil;o onde outras t&eacute;cnicas n&atilde;o v&atilde;o."
<h2>Ondas "sujas"</h2>
As ondas de r&aacute;dio carregadas de energia atravessam extens&otilde;es do espa&ccedil;o que, se daqui parecem vazias, est&atilde;o na verdade cheia de part&iacute;culas como el&eacute;trons. &Agrave; medida que as ondas de r&aacute;dio viajam pelo cosmos, elas interagem com el&eacute;trons livres, &lsquo;manchando&rsquo; o sinal de r&aacute;dio. &Eacute; essa &lsquo;mancha&rsquo; que se mostrou fundamental para encontrar a mat&eacute;ria que faltava.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/01/01195945029385.jpg" alt="Ao atravessar a mat&eacute;ria, os diferentes comprimentos de onda que comp&otilde;em os FRBs desenvolvem velocidades diferentes." />Ao atravessar a mat&eacute;ria, os diferentes comprimentos de onda que comp&otilde;em os FRBs desenvolvem velocidades diferentes.
"A radia&ccedil;&atilde;o dessas <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/145108-inedito-cientistas-captam-sinais-radio-margens-via-lactea.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rajadas r&aacute;pidas de r&aacute;dio</a> se espalha pela mat&eacute;ria que falta da mesma maneira que as cores da luz solar se separam em um prisma. S&oacute; precis&aacute;vamos de seis para encontrar a mat&eacute;ria que faltava", disse Macquart, em comunicado da ICRAR.
<h2>Mapa mais fiel do Universo</h2>
O objetivo agora &eacute; usar a nova t&eacute;cnica n&atilde;o apenas para rastrear mais FRBs como para observar o cosmos mais detalhadamente, mapeando a chamada teia c&oacute;smica &ndash; os filamentos que unem o Universo.
&ldquo;Em cinco anos, pelo menos mais cem FRBs ser&atilde;o usados para montar um mapa mais fiel do universo real", espera o astr&ocirc;nomo da Universidade da Calif&oacute;rnia e coautor do estudo, Xavier Prochaska.
O ASKAP continuar&aacute; a ser a ponta de lan&ccedil;a na busca das <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152719-rajada-rapida-radio-detectada-1-vez-via-lactea.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rajadas r&aacute;pidas de r&aacute;dio</a>. Segundo Macquart, est&aacute; sendo constru&iacute;da uma nova e mais poderosa esta&ccedil;&atilde;o de observa&ccedil;&atilde;o, com uma taxa de detec&ccedil;&atilde;o de FRBs 20 vezes maior que as m&aacute;quinas atuais. &ldquo;Isso vai permitir que captemos cem rajadas no per&iacute;odo de um ano&rdquo;, disse o astr&ocirc;nomo.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153724-cientistas-encontram-materia-perdida-universo.htm">Cientistas encontram matéria perdida do Universo</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Cientistas encontram matéria perdida do Universo

Imagem de Nova classe de explosões cósmicas é descoberta no megacurioso

Desde 2016, três eventos semelhantes, ocorridos em galáxias anãs, intrigam astrônomos

Em 2018, uma explos&atilde;o c&oacute;smica intrigou astr&ocirc;nomos pelo seu ineditismo. Chamada de AT2018cow, ou The Cow&nbsp;(A Vaca),&nbsp;ela mostrou comportamento e caracter&iacute;sticas ins&oacute;litas. Embora se parecesse em alguns aspectos com supernovas de estrelas massivas, n&atilde;o era a mesma coisa. Outros dois casos semelhantes j&aacute; haviam mostrado as mesmas discrep&acirc;ncias.
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/m2f_vXxokNg?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Estudando essa e as explos&otilde;es denominadas CSS161010 (em uma gal&aacute;xia distante &mdash; 500 milh&otilde;es de anos-luz da Terra) e ZTF18abvkwla (The Koala, ou O Coala, a 3,4 bilh&otilde;es de anos-luz), observou-se as mesmas caracter&iacute;sticas estranhas: um brilho inicial incomum e a rapidez com que o objeto se iluminava e desaparecia em apenas alguns dias.
Duas equipes de astr&ocirc;nomos acompanharam a evolu&ccedil;&atilde;o das explos&otilde;es. Quando os resultados das observa&ccedil;&otilde;es come&ccedil;aram a ser analisados, a rea&ccedil;&atilde;o foi de espanto. &ldquo;Pensei ter cometido um erro quando reduzi os dados", disse Anna Ho &mdash; astrof&iacute;sica&nbsp;do California Institute of Technology (Caltech) e principal autora do estudo sobre o ZTF18abvkwla&nbsp;&mdash; ao descobrir que a emiss&atilde;o de r&aacute;dio do objeto era t&atilde;o brilhante quanto a de uma explos&atilde;o de raios gama.
<h2>Dois anos para entender o fen&ocirc;meno</h2>
O outro time de astr&ocirc;nomos descobriu que o CSS161010 havia lan&ccedil;ado uma quantidade "inesperada" de material no espa&ccedil;o interestelar a mais da metade da velocidade da luz. "O evento foi t&atilde;o incomum que levamos quase 2 anos para descobrir o que realmente t&iacute;nhamos visto&rdquo;, disse uma das coautoras do estudo, a astrof&iacute;sica Raffaella Margutti da Northwestern University.
As duas explos&otilde;es eram semelhantes &agrave; da AT2018cow e pertenciam a uma nova classe de explos&otilde;es c&oacute;smicas, chamadas de Fast Blue Optical Transients&nbsp;(FBOTs) &mdash; em tradu&ccedil;&atilde;o livre, "Transientes &Oacute;pticos Azuis R&aacute;pidos".&nbsp;
Segundo Deanne Coppejans, astrof&iacute;sica da Northwestern University e principal autora do estudo sobre a CSS161010, "sabemos de explos&otilde;es energ&eacute;ticas que ejetam material quase &agrave; velocidade da luz, mas elas apenas lan&ccedil;am uma pequena quantidade de massa, algo como um milion&eacute;simo da massa do Sol. O CSS161010 lan&ccedil;ou 10% da massa do Sol, e isso &eacute; evid&ecirc;ncia de que essa &eacute; uma nova classe de transientes".
<h2>Intensas ondas de r&aacute;dio</h2>
Segundo os astr&ocirc;nomos, elas representam, juntamente com a AT2018cow, um tipo de explos&atilde;o estelar que, assim como certas supernovas, come&ccedil;a quando uma estrela supermassiva explode no fim de sua vida astron&ocirc;mica. As diferen&ccedil;as come&ccedil;am a partir disso.
Na chamada supernova de colapso do n&uacute;cleo, a explos&atilde;o envia uma onda esf&eacute;rica de material para o espa&ccedil;o interestelar. Em algumas ocasi&otilde;es, um disco rotativo de material se forma brevemente ao redor da estrela de n&ecirc;utrons ou buraco negro resultante do colapso da estrela, com a emiss&atilde;o quase &agrave; velocidade da luz, em dire&ccedil;&atilde;o opostas, de jatos estreitos de material. Estes poder&atilde;o ainda emitir feixes estreitos de raios gama.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/28/28190648102331.jpg" alt="Uma supernova, observada na Terra em 1054, produziu uma estrela de n&ecirc;utrons, lan&ccedil;ando jatos de dentro do campo de detritos conhecido como Nebulosa do Caranguejo." />Uma supernova, observada na Terra em 1054, produziu uma estrela de n&ecirc;utrons, lan&ccedil;ando jatos de dentro do campo de detritos conhecido como Nebulosa do Caranguejo.
No caso dos FBOTs, esse roteiro se repete, mas, em vez de explos&otilde;es de raios gama, a estrela colapsada &eacute; envolta por material espesso. Quando ele &eacute; atingido pela onda da supernova, emite o brilho intenso de luz vis&iacute;vel e produz emiss&otilde;es intensas de r&aacute;dio. Essa &eacute; uma das caracter&iacute;sticas que os distingue das supernovas comuns.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/28/28191345399334.jpg" alt="As Fast Blue Optical Transients, em uma concep&ccedil;&atilde;o art&iacute;stica." />As Fast Blue Optical Transients, em uma concep&ccedil;&atilde;o art&iacute;stica.
Os astr&ocirc;nomos ainda descobriram que os tr&ecirc;s eventos ocorreram em gal&aacute;xias an&atilde;s. &ldquo;As propriedades dessas gal&aacute;xias podem permitir &agrave;s estrelas que tomem caminhos evolutivos muito raros, o que levaria a essas explos&otilde;es distintas&rdquo;, disse Coppejans.
Leia tamb&eacute;m:
<ul>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/152719-rajada-rapida-radio-detectada-1-vez-via-lactea.htm" target="_blank" title="Rajada r&aacute;pida de r&aacute;dio &eacute; detectada pela 1&ordf; vez na Via L&aacute;ctea">Rajada r&aacute;pida de r&aacute;dio &eacute; detectada pela 1&ordf; vez na Via L&aacute;ctea</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/150331-identificados-pulsos-cosmicos-emitidos-cada-16-dias.htm" target="_blank" title="Identificados pulsos c&oacute;smicos que s&atilde;o emitidos a cada 16 dias">Identificados pulsos c&oacute;smicos que s&atilde;o emitidos a cada 16 dias</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/149143-cientistas-rastreiam-pulsos-radio-misteriosos-vindos-cosmos.htm" target="_blank" title="Cientistas rastreiam pulsos de r&aacute;dio misteriosos vindos do cosmos">Cientistas rastreiam pulsos de r&aacute;dio misteriosos vindos do cosmos</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/145829-telescopio-chines-capta-sinais-misteriosos-vindos-espaco-profundo.htm" target="_blank" title="Telesc&oacute;pio chin&ecirc;s capta sinais misteriosos vindos do espa&ccedil;o profundo">Telesc&oacute;pio chin&ecirc;s capta sinais misteriosos vindos do espa&ccedil;o profundo</a></li>
</ul><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153619-nova-classe-explosoes-cosmicas-descoberta.htm">Nova classe de explosões cósmicas é descoberta</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

Julia Marinho