Imagem de Buracos negros na verdade são projeções holográficas, propõe estudo no megacurioso

Estudo explicaria sua gravidade tanto pela teoria de Einstein como pela física quântica

<p>A ideia de que vivemos em um holograma &eacute; controversa, mas, segundo dois pesquisadores da Scuola Internazionale Superiore di Studi Avanzati (SISSA), pode explicar muito sobre buracos negros, que teriam uma superf&iacute;cie bidimensional, produzindo uma imagem tridimensional.</p>
<p>Esses sorvedouros c&oacute;smicos se tornaram um ponto de conflito entre a teoria da relatividade de Einstein e a&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/fisica/" target="_blank" title="F&iacute;sica">f&iacute;sica</a> qu&acirc;ntica por causa da gravidade. Enquanto o f&iacute;sico alem&atilde;o afirmava que eles seriam "tridimensionais, simples, esf&eacute;ricos e suaves", f&iacute;sicos qu&acirc;nticos defendem que buracos negros s&atilde;o "os mais complexos sistemas existentes no Universo", acumulando dentro de si muita informa&ccedil;&atilde;o, como um monstruoso disco r&iacute;gido de computador.</p>
<p>Toda essa informa&ccedil;&atilde;o estaria guardada em sua superf&iacute;cie bidimensional, que projetaria uma imagem de si mesma, exatamente como um holograma.</p>
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<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 57.665%;"><iframe width="300" height="150" style="border: 0; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" src="http://cdn.iframe.ly/SR2OceT" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></div>
</div>
<p>Segundo o f&iacute;sico Francesco Benini, coautor do estudo, "esse princ&iacute;pio prop&otilde;e que a gravidade em uma determinada regi&atilde;o do cosmos possa estar apenas ao longo de certa parte desta; portanto, em uma dimens&atilde;o a menos. A gravidade n&atilde;o aparece explicitamente: o princ&iacute;pio hologr&aacute;fico nos permite descrev&ecirc;-la sem cit&aacute;-la, evitando o atrito com a mec&acirc;nica qu&acirc;ntica".</p>
<p>O princ&iacute;pio hologr&aacute;fico tamb&eacute;m tornou mais compreens&iacute;veis as propriedades termodin&acirc;micas dos buracos negros nas duas teorias em conflito: "Se os observarmos em termos da mec&acirc;nica qu&acirc;ntica, e levando em conta que esses corpos t&ecirc;m uma grande entropia, &eacute; poss&iacute;vel descrev&ecirc;-los como um holograma: eles t&ecirc;m duas dimens&otilde;es, nas quais a gravidade desaparece, mas reproduzem um objeto em tr&ecirc;s dimens&otilde;es", explicou o f&iacute;sico Paolo Milan, o outro autor da pesquisa.</p>
<h2>O princ&iacute;pio hologr&aacute;fico do Universo</h2>
<p>No obitu&aacute;rio do f&iacute;sico Jacob Bekenstein, morto em 2015, o jornal <em>The New York Times</em> descreveu como ele deu partida no futuro princ&iacute;pio hologr&aacute;fico do Universo, proposto pelo f&iacute;sico Gerard 't Hooft. Ainda aluno de gradua&ccedil;&atilde;o em Princeton, ele tomava ch&aacute; com um professor, o f&iacute;sico John Wheeler (entre outras contribui&ccedil;&otilde;es &agrave; f&iacute;sica te&oacute;rica, &eacute; dele a express&atilde;o "buraco negro"), quando este lan&ccedil;ou a pergunta que revolucionou boa parte da f&iacute;sica: "O que aconteceria se voc&ecirc; jogasse uma x&iacute;cara quente de ch&aacute; dentro de um buraco negro?".</p>
<p>A pegadinha: tragada deste Universo, a x&iacute;cara e sua entropia (ou o grau de desordem de um sistema) desapareceriam &mdash; o que &eacute; imposs&iacute;vel, j&aacute; que a segunda lei da termodin&acirc;mica diz que a entropia tende a aumentar em um sistema fechado, seja ele um buraco negro, seja uma x&iacute;cara de ch&aacute;.</p>
<p>Bekenstein ent&atilde;o achou um meio de salvar a lei: atribuir entropia aos buracos negros. "Minha ideia era que, quando voc&ecirc; joga em um buraco negro alguma entropia, a &aacute;rea de superf&iacute;cie dele cresce um pouco. A entropia criada no buraco negro compensaria a do ch&aacute; ou de qualquer outra coisa jogada dentro nele".</p>
<h2>Teorias hoje inconcili&aacute;veis</h2>
<p>Essa vers&atilde;o &eacute;, hoje, a pedra angular de uma teoria que una a f&iacute;sica qu&acirc;ntica &agrave; gravidade de Einstein. Entropia &eacute; desordem, mas tamb&eacute;m informa&ccedil;&atilde;o perdida. A quantidade de informa&ccedil;&atilde;o armazenada em uma regi&atilde;o do espa&ccedil;o &eacute; determinada pela &aacute;rea de uma superf&iacute;cie ao seu redor, e n&atilde;o, como seria de se esperar, pelo seu volume interno.</p>
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<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 100%;"><iframe width="300" height="150" style="border: 0; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" src="http://cdn.iframe.ly/KKQMHZU" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></div>
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<p>O Universo seria, ent&atilde;o, um holograma, no qual informa&ccedil;&otilde;es tridimensionais s&atilde;o codificadas em superf&iacute;cies bidimensionais. Seria como os personagens de um filme na tela da TV: eles n&atilde;o teriam como saber que vivem em um mundo de apenas duas dimens&otilde;es, assim como n&oacute;s.</p>
<p>Para alguns f&iacute;sicos, nosso mundo 3D &eacute; apenas uma ilus&atilde;o. Toda a informa&ccedil;&atilde;o estaria codificada em duas dimens&otilde;es, acondicionada em pequenos pacotes (seriam os pixels da tela da TV) com 1/10 trilh&otilde;es de trilh&otilde;es (ou um 10 seguido de 25 zeros) do tamanho de um &aacute;tomo cada.</p>
<p><strong>Leia mais sobre o tema</strong>:</p>
<ul>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/154666-cientistas-ter-descoberto-luz-buraco-negro.htm" target="_blank" title="Cientistas podem ter descoberto luz em buraco negro">Cientistas podem ter descoberto luz em buraco negro</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154515-buraco-negro-fundindo-objeto-misterioso.htm" target="_blank" title="Buraco negro est&aacute; se fundindo a um objeto misterioso">Buraco negro est&aacute; se fundindo a um objeto misterioso</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153920-limite-aproximacao-buraco-negro.htm" target="_blank" title="Qual o limite para a aproxima&ccedil;&atilde;o de um buraco negro?">Qual o limite para a aproxima&ccedil;&atilde;o de um buraco negro?</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153918-visite-buraco-negro-supermassivo-via-lactea-novo-simulador.htm" target="_blank" title="&lsquo;Visite&rsquo; buraco negro supermassivo da Via L&aacute;ctea com novo simulador">"Visite" buraco negro supermassivo da Via L&aacute;ctea com novo simulador</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153853-arrotos-buraco-negro-originaram-bolotas-energia-via-lactea.htm" target="_blank" title="'Arrotos' de buraco negro originaram bolotas de energia na Via L&aacute;ctea">"Arrotos" de buraco negro originaram bolotas de energia na Via L&aacute;ctea</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152836-danca-buracos-negros-confirma-teorias-einstein-hawking.htm" target="_blank" title="Dan&ccedil;a de buracos negros confirma teorias de Einstein e Hawking">Dan&ccedil;a de buracos negros confirma teorias de Einstein e Hawking</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152885-buraco-negro-proximo-terra-visto-telescopio.htm" target="_blank" title="Buraco negro pr&oacute;ximo da Terra pode ser visto sem telesc&oacute;pio">Buraco negro pr&oacute;ximo da Terra pode ser visto sem telesc&oacute;pio</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153774-pi-elevado-espaco-confirma-teoria-einstein.htm" target="_blank" title="Pi elevado ao espa&ccedil;o confirma teoria de Einstein">Pi elevado ao espa&ccedil;o confirma teoria de Einstein</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151192-cosmos-coalhado-buracos-negros-primordios.htm" target="_blank" title="Cosmos era &ldquo;coalhado&rdquo; de buracos negros em seus prim&oacute;rdios">Cosmos era "coalhado" de buracos negros em seus prim&oacute;rdios</a></li>
</ul><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154792-buracos-negros-verdade-projecoes-holograficas-propoe-estudo.htm">Buracos negros na verdade são projeções holográficas, propõe estudo</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

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Buracos negros na verdade são projeções holográficas, propõe estudo

Imagem de Miniórgãos replicam os originais em laboratório no megacurioso

Cientistas conseguem cultivar cérebro, pulmões, rins, intestinos, fígado e outros órgãos em placas de Petri

<p>Durante s&eacute;culos, a&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/medicina/" target="_blank" title="Medicina">medicina</a> precisou testar em cobaias (animais e humanas) desde cosm&eacute;ticos at&eacute; medicamentos. Enquanto o primeiro segmento hoje conta com pele artificial, o segundo avan&ccedil;ou mais um passo para dispensar o uso de animais em testes cl&iacute;nicos: s&atilde;o cada vez mais comuns os bancos de organoides, mini-&oacute;rg&atilde;os que reproduzem os originais em placas de Petri.</p>
<p>C&eacute;lulas-tronco e precursoras permitem desenvolvimentos espantosos at&eacute; mesmo para profissionais como a bi&oacute;loga Madeline Lancaster, que lidera o grupo que estuda doen&ccedil;as cerebrais no Laborat&oacute;rio de Biologia Molecular do Conselho de Pesquisa M&eacute;dica em Cambridge, no Reino Unido. Em 2011, trabalhando com c&eacute;lulas-tronco embrion&aacute;rias humanas, ela acidentalmente criou um minic&eacute;rebro.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;MRC Laborartory of Molecular Biology/Madeline Lancaster&nbsp;" data-fonte-url="https://www2.mrc-lmb.cam.ac.uk/group-leaders/h-to-m/madeline-lancaster/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/30/30154906385413.jpg" alt="Organoides conseguem reproduzir, at&eacute; certo ponto, as estruturas dos &oacute;rg&atilde;os originais" /><span class="desc">Organoides conseguem reproduzir, at&eacute; certo ponto, as estruturas dos &oacute;rg&atilde;os originais</span></span></p>
<p>Olhando as c&eacute;lulas de aspecto leitoso que se recusavam a grudar no fundo da placa de Petri, ela percebeu, em uma, um pequeno ponto escuro: era uma retina em desenvolvimento &mdash; os olhos se originam de uma diferencia&ccedil;&atilde;o de uma parte do c&eacute;rebro. Boiando na cultura, estava um c&eacute;rebro embrion&aacute;rio.</p>
<h2>C&eacute;lulas se organizam sozinhas</h2>
<p>"N&atilde;o &eacute; preciso nenhuma bioengenharia supersofisticada. N&oacute;s apenas deixamos as c&eacute;lulas fazerem o que elas querem fazer, e elas formam um c&eacute;rebro", explicou em entrevista &agrave; revista <em>Nature</em> o bi&oacute;logo molecular especialista em c&eacute;lulas-tronco, J&uuml;rgen Knoblich, ent&atilde;o supervisor de Lancaster.</p>
<p>Ainda em 2011, a equipe do neurocientista Alysson Muotri, da Universidade da Calif&oacute;rnia, conseguiu captar padr&otilde;es el&eacute;tricos, registrados em eletroencefalogramas (EEG), na superf&iacute;cie de minic&eacute;rebros.</p>
<p>Abaixo, pesquisadores da&nbsp;Universidade Yale registraram dois organoides de diferentes &aacute;reas do c&eacute;rebro se fundindo em uma mesma rede de neur&ocirc;nios, reproduzindo a organiza&ccedil;&atilde;o do c&eacute;rebro fetal humano.</p>
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<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 75.0988%;"><iframe width="300" height="150" style="border: 0; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" src="http://cdn.iframe.ly/bzQEkH5" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></div>
</div>
<h2>O corpo humano em laborat&oacute;rio</h2>
<p>Organoides cerebrais deram fama &agrave; t&eacute;cnica, mas, depois de quase 1 d&eacute;cada, pesquisadores est&atilde;o criando estruturas que se assemelham a olhos, intestinos, f&iacute;gados, rins, p&acirc;ncreas, pr&oacute;statas, pulm&otilde;es, est&ocirc;magos e mamas. N&atilde;o apenas &eacute; estudado seu funcionamento como tamb&eacute;m s&atilde;o testados novos medicamentos, a a&ccedil;&atilde;o de agentes patog&ecirc;nicos e a reconstitui&ccedil;&atilde;o e a regenera&ccedil;&atilde;o de &oacute;rg&atilde;os originais.</p>
<p>Foi o trabalho em culturas de c&eacute;lulas de mama da bi&oacute;loga celular e molecular Mina Bissel, do Laborat&oacute;rio Nacional de Lawrence Berkeley, que espalhou a outros ambientes de pesquisa o conceito de culturas 3D &mdash; c&eacute;lulas crescem de maneira diferente nesse ambiente, em compara&ccedil;&atilde;o com culturas convencionais planas (que grudam no fundo das placas de Petri).</p>
<h2>Reprodu&ccedil;&atilde;o em detalhes</h2>
<p>O Matrigel (nome comercial de uma mistura de prote&iacute;nas gelatinosas obtida de c&eacute;lulas tumorais de camundongo e comumente usada como matriz para cultivo de c&eacute;lulas-tronco) foi o meio escolhido em 2008 pelo imunologista e bi&oacute;logo molecular Hans Clevers, do Hubrecht Institute, para desenvolver c&eacute;lulas-tronco intestinais de camundongo.</p>
<p>Ao cortar as c&eacute;lulas que haviam se reproduzido por meses, ele observou estruturas que se assemelhavam &agrave;s encontradas no intestino, em detalhes. "Para nossa total surpresa, pareciam intestinos de verdade", disse Clevers. Sua equipe havia criando um mini-intestino em laborat&oacute;rio. Desde ent&atilde;o, o gel &eacute; usado para cultivar organoides, popularizando a reprodu&ccedil;&atilde;o de estruturas em 3D.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Flickr/Myles Hurlburt&nbsp;" data-fonte-url="https://www.flickr.com/photos/myleshurlburt/26426161019/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/30/30161051425424.jpg" alt="Um organoide intestinal - pode-se notar as vilosidades que absorvem nutrientes no &oacute;rg&atilde;o original." /><span class="desc">Um organoide intestinal, no qual pode-se notar as vilosidades que absorvem nutrientes no &oacute;rg&atilde;o original.</span></span></p>
<p>A t&eacute;cnica precisa ser refinada e aperfei&ccedil;oada, pois quase nenhum organoide avan&ccedil;a al&eacute;m das primeiras etapas de desenvolvimento, permanecendo em est&aacute;gio embrion&aacute;rio. Os pesquisadores agora trabalham para que eles se tornem cada vez mais complexos, tendo como resultado um &oacute;rg&atilde;o igual ao original.</p>
<p>(N&atilde;o, minic&eacute;rebros n&atilde;o s&atilde;o capazes de pensar ou desenvolver qualquer tipo de racioc&iacute;nio.)</p>
<p style="text-align: center;"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/s_LxZx42sIk" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></p>
<p><strong>Veja tamb&eacute;m</strong>:&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/154549-miniorgaos-mostram-efeito-devastador-coronavirus.htm" target="_blank" title="Mini&oacute;rg&atilde;os mostram o efeito devastador do coronav&iacute;rus">Mini&oacute;rg&atilde;os mostram o efeito devastador do coronav&iacute;rus</a></p><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154731-miniorgaos-replicam-originais-laboratorio.htm">Miniórgãos replicam os originais em laboratório</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

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Miniórgãos replicam os originais em laboratório

Imagem de A busca incessante por notícias da pandemia pode acabar com você no megacurioso

O termo 'doomscrolling' expressa o ato de procurar sem parar por informações, o que pode gerar ansiedade e depressão

<p>O isolamento social imposto como forma de combater a pandemia de covid-19 acabou por cunhar um novo termo, derivado do ingl&ecirc;s <em>doom</em> (desgra&ccedil;a) e <em>scrolling</em> (rolar a tela de um dispositivo eletr&ocirc;nico, como <a href="http://www.tecmundo.com.br/celular/" target="_blank" title="Celular">celular</a>), em um trocadilho com d<em>ownscrolling</em> (rolar para baixo): vivemos agora tempos de <em>doomscrolling</em>, o ato de procurar incessantemente not&iacute;cias sobre o alastramento do SARS-CoV-19 pelo mundo, para encontrar a desgra&ccedil;a em forma de post.</p>
<p>O veterano rep&oacute;rter do jornal <em>Los Angeles Times</em> Mark Barabak descreveu o <em>doomscrolling</em> como "uma quantidade excessiva de tempo dedicado &agrave; leitira, em dispositivos eletr&ocirc;nicos, &agrave; absor&ccedil;&atilde;o de not&iacute;cias dist&oacute;picas".&nbsp;</p>
<p>Um termo similar (<em>doomsurfing</em>) foi cunhado pelo colunista de tecnologia do jornal <em>The New York Times</em> para descrever essa mania quase masoquista de procurar desgra&ccedil;as sobre a pandemia nas <a href="http://www.tecmundo.com.br/redes-sociais/" target="_blank" title="Redes sociais">redes sociais</a>, principalmente antes de dormir.&nbsp;</p>
<div>
<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 56.25%;"><iframe width="300" height="150" style="border: 0; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" src="http://cdn.iframe.ly/n3CiBMy?media=1" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></div>
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<p>Redes sociais se tornaram a fonte de informa&ccedil;&atilde;o de toda uma gera&ccedil;&atilde;o, e s&atilde;o nelas que o pior vem sendo mostrado &ndash; n&atilde;o apenas sobre o avan&ccedil;o da pandemia no pa&iacute;s e pelo mundo, como tamb&eacute;m os protestos antirraciais nos EUA e antigoverno no Brasil.&nbsp;</p>
<h2>Multiplicador de ansiedade</h2>
<p>Para a professora de Comunica&ccedil;&atilde;o da University of Michigan Nicole Allison, que estuda m&iacute;dias sociais, &ldquo;as pessoas est&atilde;o vivendo em um momento sem solu&ccedil;&otilde;es f&aacute;ceis, um momento com muitos acontecimentos conflitantes em um cen&aacute;rio em r&aacute;pida mudan&ccedil;a. O processamento cognitivo &eacute; muito exigido, e n&atilde;o h&aacute; narrativa abrangente que nos ajude. Isso apenas aumenta o estresse e a ansiedade que as pessoas j&aacute; est&atilde;o sentindo&rdquo;.</p>
<p>Em vez de informar (um dos pap&eacute;is das redes sociais quando usadas de maneira respons&aacute;vel), <a href="http://www.tecmundo.com.br/Twitter" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Twitter</a>, <a href="http://www.tecmundo.com.br/Facebook" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Facebook</a> e <a href="http://www.tecmundo.com.br/Instagram" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Instagram</a>, entre outras plataformas, est&atilde;o multiplicando a ansiedade em quem passa os dias lendo posts.</p>
<p>&ldquo;Em uma situa&ccedil;&atilde;o como essa, nos envolvemos em comportamentos mais restritos e imediatos, orientados &agrave; sobreviv&ecirc;ncia: estamos no modo de luta ou de fuga. A isso some-se o fato de muitos estarem sozinhos, trabalhando de casa, sem o contato direto com colegas e amigos dando sentido &agrave; coletividade do dia a dia. O resultado &eacute; que temos poucos recursos sociais dispon&iacute;veis para lidarmos com essa situa&ccedil;&atilde;o", explicou Allison em entrevista ao site <em>Wired</em>.</p>
<h2>O melhor humor na pior hora</h2>
<p>Algumas forma de contornar essa ang&uacute;stia foram a cria&ccedil;&atilde;o e o compartilhamento de memes e g&iacute;rias relacionadas &agrave; doen&ccedil;a.</p>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/01/01002754582065.jpg" alt="jjjj" /> <a class="fonte_imagem" href="https://twitter.com/escoladepress1/status/1277280859037618179">&nbsp;Twitter/Escola da Depress&atilde;o</a></figure>
<p>Entre as g&iacute;rias, as que mais fazem sucesso s&atilde;o &nbsp;&ldquo;coronavidiota&rdquo; (a pessoa que, mesmo com mais de dez milh&otilde;es de contaminados e 500 mil mortos, ignora a necessidade de distanciamento social e de quarentena) e "coronnial" (a gera&ccedil;&atilde;o que est&aacute; sendo concebida durante a quarentena). O termo <em>doomscrolling</em>, por&eacute;m, n&atilde;o &eacute; novo: foi resgatado de um tweet de 2018.</p>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/01/01003303191074.jpg" alt="hhh" /> <a class="fonte_imagem" href="https://twitter.com/Callamitys/status/1049014001831763968">&nbsp;Twitter/Callamity&nbsp;</a></figure>
<p>A desgra&ccedil;a tamb&eacute;m vira humor via redes sociais &ndash; e elas n&atilde;o s&atilde;o t&atilde;o culpadas assim pela onda de pessimismo e ang&uacute;stia gerada pela propaga&ccedil;&atilde;o do coronav&iacute;rus. Para o cientista pesquisador da T.H. Chan School of Public Health de Harvard Mesfin Bekalu, as redes sociais entregam somente aquilo o que as pessoas querem ver, alimentadas pelos algoritmos de prefer&ecirc;ncias.</p>
<p>&ldquo;Embora muitas publica&ccedil;&otilde;es sejam sobre coisas ruins, como seres humanos temos uma tend&ecirc;ncia 'natural' de prestar mais aten&ccedil;&atilde;o a not&iacute;cias negativas. Desde a d&eacute;cada de 1970, conhecemos a S&iacute;ndrome do Mundo Mau, a cren&ccedil;a de que o mundo &eacute; um lugar mais perigoso para se viver do que realmente &eacute;, como resultado da exposi&ccedil;&atilde;o a longo prazo a conte&uacute;dos relacionados &agrave; viol&ecirc;ncia na <a href="http://www.tecmundo.com.br/televisao/" target="_blank" title="Televis&atilde;o">televis&atilde;o</a>&rdquo;, disse o pesquisador em entrevista ao <em>Wired</em>.</p><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154746-busca-incessante-noticias-pandemia-acabar-voce.htm">A busca incessante por notícias da pandemia pode acabar com você</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

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A busca incessante por notícias da pandemia pode acabar com você

Imagem de Estudo mostra por que é tão difícil achar planetas iguais à Terra no megacurioso

Só detectamos um planeta semelhante ao nosso, apesar da previsão de existirem 6 bilhões deles na Via Láctea

<p>Almo&ccedil;ando no refeit&oacute;rio do Laborat&oacute;rio Nacional de Los Alamos, o f&iacute;sico Enrico Fermi pensava em relat&oacute;rios sobre avistamento de objetos voadores n&atilde;o identificados (OVNIs); de repente, levantou os olhos do prato e perguntou: "Onde est&atilde;o todos?". Algo parecido com o Paradoxo de Fermi (a contradi&ccedil;&atilde;o entre a falta de evid&ecirc;ncias de civiliza&ccedil;&otilde;es extraterrestres e a alta probabilidade matem&aacute;tica de elas existirem) surgiu em um artigo do <em>The Astronomical Journal</em>: &nbsp;se a Via L&aacute;ctea teria 6 bilh&otilde;es de planetas Terras, mas apenas 1 se parece com o nosso (o Kepler-1649c), onde est&atilde;o os outros?</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;NASA/Ames Research Center/Daniel Rutter&nbsp;" data-fonte-url="https://www.nasa.gov/press-release/earth-size-habitable-zone-planet-found-hidden-in-early-nasa-kepler-data"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/29/29143107221051.jpg" alt="O Kepler-1649c, &uacute;nico exoplaneta parecido com a Terra, entre mais de 4.000 catalogados." /><span class="desc">O Kepler-1649c, &uacute;nico exoplaneta parecido com a Terra, entre mais de 4mil catalogados.</span></span></p>
<p>Os astrof&iacute;sicos de exoplanetas da&nbsp;Universidade da Col&uacute;mbia Brit&acirc;nica, Michelle Kunimoto e Jaymie Matthews, definiram como "padr&atilde;o Terra" planetas com tamanho entre tr&ecirc;s quartos e 1,5 vez o do nosso, orbitando uma estrela a uma dist&acirc;ncia entre 0,99 e 1,7 vez o espa&ccedil;o entre n&oacute;s e o Sol. Esses crit&eacute;rios, aplicados em nosso sistema solar, s&oacute; s&atilde;o atendidos pela Terra; os candidatos que n&atilde;o passam por pouco s&atilde;o Marte (muito pequeno) e V&ecirc;nus (muito perto do Sol).</p>
<p>Corpos aprovados com louvor devem coalhar a Via L&aacute;ctea, mas (ainda) n&atilde;o temos meios eficientes para detect&aacute;-los diretamente. Para determinar se uma estrela tem planetas a orbit&aacute;-la &eacute; preciso registrar pelo menos tr&ecirc;s vezes o tr&acirc;nsito de cada um, e isso se faz atrav&eacute;s da varia&ccedil;&atilde;o do brilho do sol em quest&atilde;o.</p>
<div style="max-width: 576px;">
<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 78.3333%;"><iframe width="300" height="150" style="border: 0; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" src="http://cdn.iframe.ly/TDIWgzF" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></div>
</div>
<h2>Estrelas amarelas s&atilde;o raras</h2>
<p>S&oacute;is amarelos s&atilde;o apenas 7% entre cerca de 400 bilh&otilde;es de estrelas da Via L&aacute;ctea. O tipo mais comum &eacute; a an&atilde; vermelha, capaz de incinerar planetas em sua &oacute;rbita. Zonas habit&aacute;veis ocupariam as extremidades desses sistemas, o que faria com que seus planetas levassem centenas de dias para completar suas &oacute;rbitas em torno da estrela. Para serem detectados ao menos tr&ecirc;s vezes, eles precisam ser observados continuamente por anos.</p>
<p>Como uma maneira de refinar a busca por candidatos a Terra 2.0 na lista de exoplanetas encontrados, foi usado o m&eacute;todo desenvolvido em 2018 pelo astr&ocirc;nomo da&nbsp;Universidade Estadual da Pensilv&acirc;nia, Danley Hsu. Os planetas foram <span style="background-color: initial;">divididos em categorias segundo tamanho e &oacute;rbita. A nova classifica&ccedil;&atilde;o difere do cat&aacute;logo oficial, estruturado com os dados coletados pelo telesc&oacute;pio espacial Kepler.</span></p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;NASA/Ames Research Center/Daniel Rutter&nbsp;" data-fonte-url="https://www.nasa.gov/image-feature/kepler-1649c-earth-size-habitable-zone-planet-hides-in-plain-sight"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/29/29144553601061.jpg" alt="A ilustra&ccedil;&atilde;o mostra como o Kepler-1649c poderia ser." /><span class="desc">A ilustra&ccedil;&atilde;o mostra como o Kepler-1649c poderia ser.</span></span></p>
<p>O estudo estipula que, por alto, uma em cada cinco estrelas amarelas na Via L&aacute;ctea poderia ter em seu sistema uma Terra (em uma estimativa mais modesta, a propor&ccedil;&atilde;o cai para uma em dez). "Esse n&uacute;mero ainda &eacute; um pouco grosseiro, mas &eacute; mais restrito do que os estipulados em trabalhos anteriores, que sugeriam 1 Terra para 50 s&oacute;is", reconhece Kunimoto.</p>
<h2>Muito distante da Terra 2.0&nbsp;</h2>
<p>"Os planetas realmente semelhantes &agrave; Terra n&atilde;o est&atilde;o se escondendo; a sensibilidade de nossos telesc&oacute;pios ainda n&atilde;o &eacute; boa o suficiente para encontrar aqueles que s&atilde;o iguais &agrave; Terra", disse ao site Popular Science o astrobi&oacute;logo da Universidade T&eacute;cnica de Berlim, Dirk Schulze-Makuch.</p>
<p>Ele adverte, por&eacute;m, que "os crit&eacute;rios limitados de &oacute;rbita, tamanho e tipo de estrela dizem muito pouco sobre os planetas: se eles t&ecirc;m atmosferas protetoras, blindagem magn&eacute;tica ou &aacute;gua, o que &eacute; necess&aacute;rio para a vida emergir". Segundo Schulze-Makuch, o maior trunfo do novo trabalho &eacute; promover o refinamento das buscas atrav&eacute;s de instrumentos que examinem mundos individualmente, e n&atilde;o por amplas varreduras, como no m&eacute;todo hoje empregado.</p>
<p>"Usando a tecnologia que temos agora, estamos a anos-luz de descobrir uma verdadeira Terra 2.0, feita perfeitamente para sustentar vida como a nossa", defendeu Schulze-Makuch.</p><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154655-estudo-mostra-tao-dificil-achar-planetas-iguais-terra.htm">Estudo mostra por que é tão difícil achar planetas iguais à Terra</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

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Estudo mostra por que é tão difícil achar planetas iguais à Terra

Imagem de Miniórgãos mostram o efeito devastador do coronavírus no megacurioso

Organoides também são usados para testar tratamentos contra a doença

<p>Entre tantas incertezas sobre o Sars-CoV-2, h&aacute; uma unanimidade: ele tem um efeito devastador no corpo humano, atacando pulm&otilde;es, intestinos, rins, cora&ccedil;&atilde;o, c&eacute;rebro, f&iacute;gado&hellip; <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154055-coronavirus-ataca-vasos-sanguineos-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nada parece escapar</a>. Nessa corrida contra o tempo, pesquisadores agora conseguem ver como o v&iacute;rus causador da atual pandemia age, gra&ccedil;as aos organoides, pequenas bolas de tecido diferenciado cultivadas em laborat&oacute;rio e que mostram para onde o v&iacute;rus viaja, quais c&eacute;lulas infecta e que danos causa.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Maastricht University/ K&egrave;vin Knoops&nbsp;" data-fonte-url="https://www.hubrecht.eu/coronavirus-sars-cov-2-infects-cells-of-the-intestine/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/25/25150147598486.jpg" alt="Uma c&eacute;lula intestinal sendo atacada pelo SARS-CoV-9 (pontos pretos)." /><span class="desc">Uma c&eacute;lula intestinal sendo atacada pelo Sars-CoV-9 (pontos escuros).</span></span></p>
<p>A a&ccedil;&atilde;o do <a href="http://www.tecmundo.com.br/coronavirus" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coronav&iacute;rus</a> em seu &oacute;rg&atilde;o preferido, o pulm&atilde;o, &eacute; o que est&aacute; sendo estudado na Kyoto University, no Jap&atilde;o. O bi&oacute;logo de c&eacute;lulas-tronco Kazuo Takayama e sua equipe desenvolveram organoides como br&ocirc;nquios. Infectados com Sars-CoV-2, eles mostraram que o v&iacute;rus ataca principalmente c&eacute;lulas-tronco que se diferenciam em c&eacute;lulas basais nesse tecido.</p>
<p>O pr&oacute;ximo passo do trabalho, publicado no reposit&oacute;rio de artigos sobre ci&ecirc;ncias biol&oacute;gicas <em>bioRxiv</em>, ser&aacute; estudar se o v&iacute;rus pode se espalhar para outras c&eacute;lulas.</p>
<h2>Pulm&otilde;es, o principal alvo</h2>
<p>Pulm&otilde;es tamb&eacute;m foram os escolhidos para serem reproduzidos em placas de Petri pelo bi&oacute;logo de c&eacute;lulas-tronco Shuibing Chen, da Weill Cornell Medicine. Seu estudo mostrou n&atilde;o apenas a morte das c&eacute;lulas atacadas como tamb&eacute;m que a investida do v&iacute;rus pode ter, como resposta, uma produ&ccedil;&atilde;o maci&ccedil;a de citocinas, o que leva a uma a&ccedil;&atilde;o imune devastadora e, por vezes, fatal.</p>
<p>"Por que as c&eacute;lulas do pulm&atilde;o est&atilde;o morrendo nos pacientes continua sendo um mist&eacute;rio; sabemos o que as mata, mas n&atilde;o sabemos bem como", disse Chen, que tamb&eacute;m publicou os resultados de sua pesquisa no <em>bioRxiv</em>.</p>
<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 56.25%;"><video width="300" height="150" style="top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" autoplay="autoplay" loop="loop" muted="" poster="https://thumbs.gfycat.com/ScaredSolidKookaburra-mobile.jpg">Your browser does not support HTML5 video.<source src="https://thumbs.gfycat.com/ScaredSolidKookaburra-mobile.mp4" type="video/mp4"></video></div>
<p>Para a bi&oacute;loga de c&eacute;lulas-tronco N&uacute;ria Montserrat, do Institute for Bioengineering of Catalonia, que tamb&eacute;m est&aacute; estudando os efeitos do v&iacute;rus nos pulm&otilde;es, a pesquisa avan&ccedil;a mais r&aacute;pido porque "organoides podem ser cultivados para incluir v&aacute;rios tipos de c&eacute;lulas e assumir a forma do &oacute;rg&atilde;o original em semanas".</p>
<h2>A destrui&ccedil;&atilde;o se espalha pelo sangue</h2>
<p>Organoides mimetizando o tecido que reveste os vasos sangu&iacute;neos (endot&eacute;lio) mostraram que o v&iacute;rus pode infect&aacute;-lo, permitindo que part&iacute;culas virais vazem para o sangue, entrando na corrente sangu&iacute;nea e alcan&ccedil;ando todo o corpo.</p>
<p>Pelo sangue, o v&iacute;rus circula at&eacute; alcan&ccedil;ar &oacute;rg&atilde;os como rins e f&iacute;gado, segundo o trabalho do bi&oacute;logo celular Bing Zhao, da Fudan University, em Xangai (China), que publicou seu trabalho com organoides na revista <em>Protein &amp; Cell</em>.&nbsp;</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Fudan University/Bing Zhao&nbsp;" data-fonte-url="https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32358202/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/25/25144924483474.jpg" alt="O organoide de c&eacute;lulas do f&iacute;gado mostra o ataque do v&iacute;rus SARS-CoV-2 (em vermelho)." /><span class="desc">O organoide de c&eacute;lulas do f&iacute;gado mostra o ataque do v&iacute;rus Sars-CoV-2 (em vermelho).</span></span></p>
<p>Um estudo publicado na <em>Science</em> revelou, ainda, que o v&iacute;rus se replica tamb&eacute;m nas c&eacute;lulas que revestem os intestinos delgado e grosso.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Hubrecht Institute/Joep Beumer&nbsp;" data-fonte-url="https://www.hubrecht.eu/coronavirus-sars-cov-2-infects-cells-of-the-intestine/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/25/25145539580483.jpg" alt="Em branco, pode-se distinguir as regi&otilde;es atacadas pelo coronav&iacute;rus no organoide intestinal &agrave; direita." /><span class="desc">Em branco, pode-se distinguir as regi&otilde;es atacadas pelo coronav&iacute;rus no organoide intestinal &agrave; direita.</span></span></p>
<h2>Cura <em>in vitro</em></h2>
<p>Na outra ponta, os mesmos organoides infectados que mostram a destrui&ccedil;&atilde;o do Sars-CoV-2 s&atilde;o usados como modelos de como as drogas testadas para futuras terapias contra a covid-19 reagem no corpo humano &mdash; algumas j&aacute; na fase de ensaios cl&iacute;nicos.</p>
<p>Com os minipulm&otilde;es cultivados, Shuibing Chen testou 1,2 mil medicamentos aprovados pelo governo norte-americano e descobriu que um deles, oncol&oacute;gico, suprime o Sars-CoV-2. Ainda n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel, por&eacute;m, reproduzir em laborat&oacute;rio o que acontece nos hospitais nem as sequelas que a doen&ccedil;a pode deixar em quem sobrevive a ela.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Twitter/Cherie Antoinette&nbsp;" data-fonte-url="https://twitter.com/sheriantoinette/status/1272146292182056960"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/25/25143700634466.jpg" alt="Em placas de Petri, a fal&ecirc;ncia de um &oacute;rg&atilde;o n&atilde;o prejudica os restantes." /><span class="desc">Em placas de Petri, a fal&ecirc;ncia de um &oacute;rg&atilde;o n&atilde;o prejudica os restantes.</span></span></p>
<p>"Os estudos em organoides infectados n&atilde;o refletem o que acontece no corpo; os resultados precisam ser validados em modelos animais e estudos cl&iacute;nicos", disse &agrave; <em>Nature</em> o virologista Bart Haagmans, da Erasmus University Medical Center.</p>
<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152503-respostas-principais-perguntas-covid-19-mapas-graficos.htm" target="_blank"><span data-fonte="" data-fonte-url="" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/18/legenda-corona-18103356737131.jpg" alt="Legenda Corona" /></span></a></p>
<p><strong>Leia tamb&eacute;m</strong>:</p>
<ul>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154234-estudo-indica-1-cada-5-mundo-corre-riscos-covid-19.htm" target="_blank" title="1 a cada 5 pessoas no mundo corre mais riscos com a covid-19, diz estudo">1 a cada 5 pessoas no mundo corre mais riscos com a covid-19, diz estudo</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154230-dexametasona-reduzir-mortes-covid-19-apontam-cientistas.htm" target="_blank" title="Dexametasona pode reduzir mortes por covid-19, apontam cientistas">Dexametasona pode reduzir mortes por covid-19, apontam cientistas</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154055-coronavirus-ataca-vasos-sanguineos-cerebro.htm" target="_blank" title="Coronav&iacute;rus ataca tamb&eacute;m vasos sangu&iacute;neos e o c&eacute;rebro">Coronav&iacute;rus ataca tamb&eacute;m vasos sangu&iacute;neos e o c&eacute;rebro</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154044-pacientes-assintomaticos-transmitem-novo-coronavirus.htm" target="_blank" title="Afinal, pacientes assintom&aacute;ticos transmitem o novo coronav&iacute;rus?">Afinal, pacientes assintom&aacute;ticos transmitem o novo coronav&iacute;rus?</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153964-coronavirus-estudos-calculam-eficacia-medidas-restritivas.htm" target="_blank" title="Coronav&iacute;rus: estudos calculam a efic&aacute;cia de medidas restritivas">Coronav&iacute;rus: estudos calculam a efic&aacute;cia de medidas restritivas</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153749-covid-perguntas-ainda-intrigam-cientistas-coronavirus.htm" target="_blank" title="Coronav&iacute;rus: 6 perguntas que ainda intrigam os cientistas">Coronav&iacute;rus: 6 perguntas que ainda intrigam os cientistas</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153223-covid-19-numero-mortos-maior.htm" target="_blank" title="Covid-19: por que o n&uacute;mero de mortos pode ser muito maior?">Covid-19: por que o n&uacute;mero de mortos pode ser muito maior?</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152832-brasil-novo-epicentro-covid-19-mundo-diz-estudo.htm" target="_blank" title="Brasil ser&aacute; novo epicentro da covid-19 no mundo, diz estudo">Brasil ser&aacute; novo epicentro da covid-19 no mundo, diz estudo</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151648-impactos-quarentena-brasil-visao-economistas-especialistas.htm" target="_blank" title="Sa&uacute;de e Economia: impactos da quarentena no Brasil, segundo especialistas">Sa&uacute;de e economia: impactos da quarentena no Brasil, segundo especialistas</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151189-quantos-morrer-coronavirus-brasil-cientistas-respondem.htm" target="_blank" title="Quantos podem morrer pelo coronav&iacute;rus no Brasil? Cientistas respondem!">Quantos podem morrer pelo coronav&iacute;rus no Brasil? Cientistas respondem!</a></li>
</ul><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154549-miniorgaos-mostram-efeito-devastador-coronavirus.htm">Miniórgãos mostram o efeito devastador do coronavírus</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

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Miniórgãos mostram o efeito devastador do coronavírus

Imagem de Buraco negro está se fundindo a um objeto misterioso no megacurioso

Seu companheiro pode ser a mais massiva das estrela de nêutrons que se tem notícia ou o menor buraco negro já visto

<p>Em agosto de 2019, dois interfer&ocirc;metros captaram o sinal de uma onda gravitacional (chamado de GW190814) originado de um buraco negro a 790 milh&otilde;es de anos-luz. O evento, denominado S190814bv, acaba de se desdobrar em um mist&eacute;rio: o buraco negro tem um "companheiro", mas n&atilde;o se sabe o que ele &eacute;.</p>
<p style="text-align: center;"><iframe width="640" height="360" title="vimeo-player" src="https://player.vimeo.com/video/413180380" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></p>
<p>Um estudo publicado no <em>The Astrophysical Journal Letters</em> mostra que o buraco negro tem uma massa correspondente a 23 vezes a do Sol e est&aacute; se fundindo a outro objeto menor, com 2,6 massas solares &mdash; a mais massiva estrela de n&ecirc;utrons que se tem not&iacute;cia ou o menor buraco negro j&aacute; visto.</p>
<p>Esse estranho sistema bin&aacute;rio &eacute; in&eacute;dito na astrof&iacute;sica. "Nunca vimos um sinal de onda gravitacional gerado de um sistema em que as massas individuais dos corpos envolvidos s&atilde;o t&atilde;o diferentes&rdquo;, diz o astrof&iacute;sico&nbsp;Abhirup Ghosh, do Max Planck Institute for Gravitational Physics.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;LIGO-Virgo/ Frank Elavsky &amp; Aaron Geller (Northwestern)&nbsp;" data-fonte-url="https://www.ligo.caltech.edu/image/ligo20200623a"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/24/24202015979081.jpg" alt="O gr&aacute;fico mostra as massas de buracos negros detectados por observa&ccedil;&otilde;es eletromagn&eacute;ticas (roxo) e ondas gravitacionais (azul); e estrelas de n&ecirc;utrons detectadas por observa&ccedil;&otilde;es eletromagn&eacute;ticas (amarelo) e ondas gravitacionais (laranja). O sinal GW190814 est&aacute; no meio do gr&aacute;fico como a fus&atilde;o de um buraco negro e um objeto misterioso." /><span class="desc">O gr&aacute;fico mostra as massas de buracos negros detectados por observa&ccedil;&otilde;es eletromagn&eacute;ticas (roxo) e ondas gravitacionais (azul); e estrelas de n&ecirc;utrons detectadas por observa&ccedil;&otilde;es eletromagn&eacute;ticas (amarelo) e ondas gravitacionais (laranja). O sinal GW190814 est&aacute; no meio do gr&aacute;fico como a fus&atilde;o de um buraco negro e um objeto misterioso.</span></span></p>
<h2>Mist&eacute;rio e escurid&atilde;o</h2>
<p>Essa &eacute; uma das inc&oacute;gnitas que intrigam os astr&ocirc;nomos: "Como as massas dos objetos s&atilde;o muito diferentes, identificamos claramente o 'zumbido' das ondas gravitacionais. Isso nos permite a medir com mais precis&atilde;o algumas propriedades astrof&iacute;sicas desse sistema e a fazer novos testes da Teoria da Relatividade Geral de Einstein", explicou o astrof&iacute;sico Jonathan Gair, do Albert Einstein Institute (Potsdam).</p>
<p style="text-align: center;"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/p4xHz-If6kw" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></p>
<p>Outro mist&eacute;rio que desperta a curiosidade dos astr&ocirc;nomos &eacute; a falta de luz. Ao captarem ondas gravitacionais, os interfer&ocirc;metros LIGO e Virgo emitem um alerta para astr&ocirc;nomos de todo o mundo, que acionam telesc&oacute;pios terrestres e espaciais para encontrar o brilho do evento. No caso do GW190814, apesar de uma busca intensa, ele jamais foi captado.</p>
<p><span>Leia mais sobre o tema</span>:</p>
<ul>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/153920-limite-aproximacao-buraco-negro.htm" target="_blank" title="Qual o limite para a aproxima&ccedil;&atilde;o de um buraco negro?">Qual o limite para a aproxima&ccedil;&atilde;o de um buraco negro?</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153918-visite-buraco-negro-supermassivo-via-lactea-novo-simulador.htm" target="_blank" title="&lsquo;Visite&rsquo; buraco negro supermassivo da Via L&aacute;ctea com novo simulador">&lsquo;Visite&rsquo; buraco negro supermassivo da Via L&aacute;ctea com novo simulador</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153853-arrotos-buraco-negro-originaram-bolotas-energia-via-lactea.htm" target="_blank" title="'Arrotos' de buraco negro originaram bolotas de energia na Via L&aacute;ctea">'Arrotos' de buraco negro originaram bolotas de energia na Via L&aacute;ctea</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152836-danca-buracos-negros-confirma-teorias-einstein-hawking.htm" target="_blank" title="Dan&ccedil;a de buracos negros confirma teorias de Einstein e Hawking">Dan&ccedil;a de buracos negros confirma teorias de Einstein e Hawking</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152885-buraco-negro-proximo-terra-visto-telescopio.htm" target="_blank" title="Buraco negro pr&oacute;ximo da Terra pode ser visto sem telesc&oacute;pio">Buraco negro pr&oacute;ximo da Terra pode ser visto sem telesc&oacute;pio</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153774-pi-elevado-espaco-confirma-teoria-einstein.htm" target="_blank" title="Pi elevado ao espa&ccedil;o confirma teoria de Einstein">Pi elevado ao espa&ccedil;o confirma teoria de Einstein</a></li>
<li><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151192-cosmos-coalhado-buracos-negros-primordios.htm" target="_blank" title="Cosmos era &ldquo;coalhado&rdquo; de buracos negros em seus prim&oacute;rdios">Cosmos era &ldquo;coalhado&rdquo; de buracos negros em seus prim&oacute;rdios</a></li>
</ul><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154515-buraco-negro-fundindo-objeto-misterioso.htm">Buraco negro está se fundindo a um objeto misterioso</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

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Buraco negro está se fundindo a um objeto misterioso

Imagem de Tecido cerebral neandertal é recriado em laboratório no megacurioso

Estudos tentam entender como se desenvolveu o cérebro desse ancestral do homem moderno

<p>Em 2010, o geneticista Svante P&auml;&auml;bo conseguiu extrair e sequenciar o DNA a partir de ossos de tr&ecirc;s mulheres neandertais; uma d&eacute;cada depois, os genes desse ancestral humano agora florescem, em placas de vidro, na forma de tecido cerebral neandertal.</p>
<p>Tr&ecirc;s elementos foram usados para criar os "minic&eacute;rebros": DNA neandertal, o editor de genoma CRISPR e organoides (estruturas com origem em c&eacute;lulas-tronco e que se parecem com um tecido original espec&iacute;fico &ndash; nesse caso, o tecido cerebral). &nbsp;</p>
<p>Uma equipe da University of California, San Diego (UCSD), liderada pela geneticista Alysson Muotri, conseguiu que essas bolhas de tecido modificado se expressassem como o c&oacute;rtex cerebral. Na apar&ecirc;ncia, eles t&ecirc;m tamanhos diferentes, formando redes neurais de maneira diversa &agrave; de organoides com DNA humano moderno. "Estamos tentando recriar mentes neandertais", disse Muotri &agrave; <em>Science Magazine</em>.</p>
<h2>Forma e estrutura diversas</h2>
<p>A pesquisa (ainda n&atilde;o publicada) usa um dos 200 genes neandertais que mudaram no <em>H. sapiens</em> &ndash; especificamente, o que codifica a prote&iacute;na NOVA1, ligada ao autismo e &agrave; esquizofrenia (entre homem moderno e ancestral, a diferen&ccedil;a &eacute; de apenas um par de bases).</p>
<p>Usando o CRISPR, a equipe inseriu as &ldquo;bases neandertais&rdquo; no gene humano. Depois de meses, as c&eacute;lulas-tronco com DNA ancestral se converteram em organoides (ou &ldquo;neanderoides&rdquo;, como diz Muotri) at&eacute; o est&aacute;gio em que foram detectados sinais el&eacute;tricos. E as diferen&ccedil;as surgiram logo &agrave; vista: os &ldquo;neanderoides&rdquo; t&ecirc;m a forma de uma pipoca, enquanto os &ldquo;humanroides&rdquo; s&atilde;o redondos.&nbsp;</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Alysson Muotri/Divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.nbcnews.com/mach/science/why-tiny-neanderthal-brains-are-now-growing-petri-dishes-ncna886986"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/23/23004825587506.jpg" alt="C&eacute;lulas modificadas com gene neandertal (&agrave; esquerda) se desenvolvem de maneira diferente das com gene humano (&agrave; direita)." /><span class="desc">C&eacute;lulas modificadas com gene neandertal (&agrave; esquerda) se desenvolvem de maneira diferente das com gene humano (&agrave; direita).</span></span></p>
<p>Por uma raz&atilde;o ainda desconhecida, os neur&ocirc;nios modificados migram dentro das bolhas de tecido mais rapidamente ao se organizarem em estruturas, formam menos conex&otilde;es sin&aacute;pticas e criam redes neurais anormais.</p>
<p>Segundo Muotri, esse desenvolvimento tem similaridade com o que ela encontrou em tecido cerebral de crian&ccedil;as com autismo. &ldquo;Nos humanos modernos, essas mudan&ccedil;as est&atilde;o ligadas a defeitos no desenvolvimento cerebral necess&aacute;rio &agrave; socializa&ccedil;&atilde;o. Se acreditamos que essa &eacute; uma das nossas vantagens sobre os neandertais, a descoberta &eacute; relevante".</p>
<h2>Longe de um c&eacute;rebro real</h2>
<p>Para Svante P&auml;&auml;bo, hoje diretor do Max Planck Institute for Evolutionary Anthropology, &eacute; muito dif&iacute;cil descobrir quais diferen&ccedil;as gen&eacute;ticas s&atilde;o "funcionalmente relevantes", j&aacute; que organoides "est&atilde;o longe de nos dizer como os c&eacute;rebros adultos funcionam".</p>
<p>O geneticista fez parte de um estudo, publicado na revista <em>Stem Cell Reports</em>, que tamb&eacute;m usou organoides de tecido cerebral a partir de c&eacute;lulas-tronco humanas modificadas com DNA e prote&iacute;nas neandertais.&nbsp;</p>
<p>O objetivo &eacute; entender como neandertais e humanos modernos se relacionam. Como exemplo de genoma humano moderno, os geneticistas escolheram o de indiv&iacute;duos do Reino Unido e do norte da Europa &mdash; popula&ccedil;&atilde;o altamente prov&aacute;vel de ter genes ancestrais. O neandertal usado foi o de refer&ecirc;ncia, extra&iacute;do em 2010 por P&auml;&auml;bo.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Max Planck Institute for Evolutionary Anthropology/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="http://genome.ucsc.edu/Neandertal/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/23/23005410292508.jpg" alt="A maior parte do DNA ancestral foi extra&iacute;do de ossos de tr&ecirc;s mulheres neandertais, encontrados na caverna Vindija, na Cro&aacute;cia." /><span class="desc">A maior parte do DNA ancestral foi extra&iacute;do de ossos de tr&ecirc;s mulheres neandertais, encontrados na caverna Vindija, na Cro&aacute;cia.</span></span></p>
<p>"Quer&iacute;amos descobrir quais partes derivam dos neandertais &ndash; cada indiv&iacute;duo tem entre 1% e 4% do genoma ancestral", disse &agrave; <em>CNN</em> o geneticista da University of Basel Grayson Camp, principal autor do estudo.</p>
<p>A equipe tamb&eacute;m criou organoides com genes de chimpanz&eacute;s para determinar a linha evolutiva do c&eacute;rebro humano e de outros grandes primatas.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;University of Basel/Grayson Camp&nbsp;" data-fonte-url="https://edition.cnn.com/2020/06/18/world/brain-organoids-neanderthal-dna-scn-trnd/index.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/23/23005938107509.jpg" alt="A equipe europeia criou ainda organoides com genes de chimpanz&eacute;s." /><span class="desc">A equipe europeia criou ainda organoides com genes de chimpanz&eacute;s.</span></span></p>
<p>&ldquo;N&atilde;o s&atilde;o &lsquo;c&eacute;rebros neandertais cultivados em laborat&oacute;rio&rsquo;; s&atilde;o c&eacute;lulas humanas que possuem DNA neandertal dentro delas", frisou Camp.&nbsp;</p>
<p>Segundo ele, futuramente tecidos de outros &oacute;rg&atilde;os poder&atilde;o ser cultivados e estudados dessa maneira, como forma de entender como os genes neandertais teriam moldado o homem moderno.</p><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154444-tecido-cerebral-neandertal-recriado-laboratorio.htm">Tecido cerebral neandertal é recriado em laboratório</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

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Tecido cerebral neandertal é recriado em laboratório

Imagem de Novo mapa do Universo revela a violência do cosmos no megacurioso

Explosões em supernova, buracos negros massivos e fusões de estrelas de nêutrons estão no levantamento em raios X

<p>O cosmos h&aacute; bilh&otilde;es de anos explode em viol&ecirc;ncia: buracos negros engolindo estrelas, que s&atilde;o destro&ccedil;adas, expelindo g&aacute;s e mat&eacute;ria incandescente; estrelas em colapso, ejetando sua mat&eacute;ria no espa&ccedil;o, gal&aacute;xias colidindo umas com as outras. &Eacute; esse o retrato captado pelo telesc&oacute;pio espacial de raios X eROSITA, do Max Planck Institute for Extraterrestrial Physics (MPE).</p>
<p style="text-align: center;"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/z8M-80aMDO0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></p>
<p>Parte alem&atilde; do observat&oacute;rio espacial Spektr-Roentgen-Gamma (ou Spektr-RG), o eROSITA come&ccedil;ou o trabalho em dezembro passado. O resultado &eacute; um mapa do Universo com um milh&atilde;o de objetos &ndash; quatro vezes mais rico que o anterior, feito h&aacute; 30 anos, e com dez vezes mais fontes de raios X.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;MPE/NASA&nbsp;" data-fonte-url="https://apod.nasa.gov/apod/ap961008.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/22/22195404498430.jpg" alt="O mapa em raios X feito pelo observat&oacute;rio espacial ROSAT, em 1996." /><span class="desc">O mapa em raios X feito pelo observat&oacute;rio espacial ROSAT, em 1996.</span></span></p>
<p><a class="fonte_imagem" href="https://twitter.com/erosita_srg"></a>"O acr&eacute;scimo &eacute; praticamente o mesmo n&uacute;mero do que foi detectado em 60 anos de astronomia de raios X", disse &agrave; BBC o astrof&iacute;sico Kirpal Nandra, diretor do MPE.</p>
<h2>Prim&oacute;rdios do cosmos</h2>
<p>Segundo a astrof&iacute;sica do MPE Mara Salvato, l&iacute;der da equipe que vai combinar as observa&ccedil;&otilde;es com as de outros telesc&oacute;pios, o novo mapa se revelou "uma fonte preciosa de fen&ocirc;menos raros, como fus&otilde;es de estrelas de n&ecirc;utrons e buracos negros em pleno ato de engolir sistemas solares".&nbsp;</p>
<p>O eROSITA varre as profundezas do Universo em todas as dire&ccedil;&otilde;es, representando a esfera do c&eacute;u em uma elipse (a chamada Proje&ccedil;&atilde;o de Mollweide), combinando o centro da Via L&aacute;ctea (o equador) e do mapa no mesmo ponto. As cores representam a energia contida na radia&ccedil;&atilde;o captada: azuis, raios X de maior energia; &nbsp;verdes, de energia intermedi&aacute;ria; vermelhos, menor energia.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;MPE/IKI&nbsp;" data-fonte-url="https://www.fau.de/2020/06/news/beeindruckender-blick-in-den-himmel/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/22/22191548952414.jpg" alt="A mancha amarela brilhante &agrave; direita &eacute; uma concentra&ccedil;&atilde;o de restos de supernovas (principalmente a da Vela); as manchas em vermelho, amarelo e verde s&atilde;o g&aacute;s quente; os pontos brancos, buracos negros supermassivos, alguns da inf&acirc;ncia do Universo." /><span class="desc">A mancha amarela brilhante &agrave; direita &eacute; uma concentra&ccedil;&atilde;o de restos de supernovas (principalmente a da Vela); as manchas em vermelho, amarelo e verde s&atilde;o g&aacute;s quente; os pontos brancos, buracos negros supermassivos, alguns da inf&acirc;ncia do Universo.</span></span></p>
<p>Este &eacute; apenas o primeiro dos oito mapas a serem elaborados pelo eROSITA at&eacute; fins de 2023 (o segundo j&aacute; est&aacute; em andamento). Espera-se que eles elucidem, entre outras quest&otilde;es, a natureza da energia escura, respons&aacute;vel pela expans&atilde;o do cosmos.</p><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154425-novo-mapa-universo-revela-violencia-do-cosmos.htm">Novo mapa do Universo revela a violência do cosmos</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

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Novo mapa do Universo revela a violência do cosmos

Imagem de Hubble revela morte de estrelas no interior de nebulosas no megacurioso

Gigantes vermelhas estão lentamente devorando suas companheiras

<p>Estrelas devoradas pelas companheiras, ejetando g&aacute;s quente em sua agonia: &eacute; esse cen&aacute;rio de morte e destrui&ccedil;&atilde;o que o telesc&oacute;pio espacial Hubble revelou &agrave; equipe do astrof&iacute;sico do Rochester Institute of Technology (RIT) Joel Kastner, ao examinar duas nebulosas pr&oacute;ximas (a NGC 6302 e a NGC 7027) no espectro infravermelho pr&oacute;ximo</p>
<p>"As imagens fornecem a vis&atilde;o mais abrangente at&eacute; agora dessas duas nebulosas espetaculares", diz Kastner, principal autor do estudo publicado agora na revista <em>Galaxies</em>.</p>
<p>No sistema estelar bin&aacute;rio no interior da nebulosa NGC 6302, a estrela de menor massa est&aacute; sendo absorvida pela companheira, uma gigante vermelha, ejetando em sua agonia g&aacute;s aquecido a 20.000&deg;C. Esse processo aparece nas imagens captadas no espectro infravermelho pr&oacute;ximo pelo Hubble como um &ldquo;S&rdquo;, &nbsp;causado pelo emiss&atilde;o de &aacute;tomos de ferro ionizados.&nbsp;</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;NASA/ESA/J. Kastner&nbsp;" data-fonte-url="https://hubblesite.org/contents/news-releases/2020/news-2020-31#section-id-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/22/22161021798334.jpg" alt="A Nebulosa da Borboleta: asas formadas por g&aacute;s incandescente." /><span class="desc">A Nebulosa da Borboleta: asas formadas por g&aacute;s incandescente.</span></span></p>
<h2>Raridade em nebulosas</h2>
<p>"Isso &eacute; observado em remanescentes de supernovas, n&uacute;cleos gal&aacute;cticos ativos e estrelas rec&eacute;m-nascidas, mas &eacute; muito raro detectar esse padr&atilde;o em nebulosas&rdquo;, explica o astr&ocirc;nomo da Universidade de Washington em Seattle Bruce Balick, coautor do estudo.</p>
<p>"O fato de a emiss&atilde;o de ferro se dar em dire&ccedil;&otilde;es opostas implica que sua fonte oscila com o tempo, como um pi&atilde;o que est&aacute; prestes a cair. Esse &eacute; outro sinal revelador da presen&ccedil;a de um companheiro estelar bin&aacute;rio", complementa Kastner.</p>
<h2>Morte silenciosa</h2>
<p>A nebulosa NGC 7027 tamb&eacute;m est&aacute; emitindo &aacute;tomos de ferro ionizados e, silenciosamente, dobrando sua massa e mudando de forma e de estrutura. "Algo deu muito errado em seu centro, com material sendo disparado em dire&ccedil;&otilde;es espec&iacute;ficas", explica o astrof&iacute;sico do RIT.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;NASA/ESA/J. Kastner&nbsp;" data-fonte-url="https://hubblesite.org/contents/news-releases/2020/news-2020-31#section-id-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/22/22160223967325.jpg" alt="A Nebulosa conhecida como &quot;Joia do Inseto&quot; est&aacute; mudando de forma h&aacute; s&eacute;culos." /><span class="desc">A Nebulosa conhecida como "Joia do Inseto" est&aacute; mudando de forma h&aacute; s&eacute;culos.</span></span></p>
<p>As novas imagens s&atilde;o semelhantes &agrave;s captadas pelo Observat&oacute;rio de Raios-X Chandra da NASA em 2000 e 2014 pela equipe do astrof&iacute;sico Rodolfo Montez Jr. "Essa nebulosa &eacute; um &oacute;timo exemplo do que acontece quando uma gigante vermelha engole sua companheira", disse Montez Jr.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;NASA/RIT/ J.Kastner et al&nbsp;" data-fonte-url="https://chandra.harvard.edu/photo/2001/1252/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/06/22/22160702156329.jpg" alt="A nebulosa NGC 7027 e sua bolha de g&aacute;s de 3.000.000&deg;C, fotografada pelo Observat&oacute;rio de Raio X Chandra." /><span class="desc">A nebulosa NGC 7027 e sua bolha de g&aacute;s de 3.000.000&deg;C, fotografada pelo Observat&oacute;rio de Raio X Chandra.</span></span></p><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154410-hubble-revela-morte-estrelas-interior-nebulosas.htm">Hubble revela morte de estrelas no interior de nebulosas</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

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Hubble revela morte de estrelas no interior de nebulosas

Imagem de Astrônomos descobrem estrela de nêutrons 'bebê' no megacurioso

Magnetar é apenas um de cinco conhecidos, em meio a três mil estrelas de nêutrons já registradas

<p>Um "rec&eacute;m-nascido" encheu a comunidade de astr&ocirc;nomos de entusiasmo: a estrela de n&ecirc;utrons batizada como Swift J1818.0-1607, cuja idade estimada &eacute; de apenas 240 anos. O estudo, publicado agora na revista <em>Astrophysical Journal Letters</em>, traz a descoberta da equipe de astr&ocirc;nomos do Observat&oacute;rio Neil Gehrels Swift da <a href="http://www.tecmundo.com.br/NASA" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NASA</a> no &uacute;ltimo dia 12 de mar&ccedil;o, ao detectar uma emiss&atilde;o maci&ccedil;a de raios X a partir da constela&ccedil;&atilde;o de Sagit&aacute;rio.</p>
<p>A estrela &eacute;, na verdade, um magnetar, restos extremamente densos de uma supernova (o Swift J1818.0-1607 tem o dobro da massa e o volume 1/1.000.000.000.000 menor que o nosso Sol). Por isso, seu campo magn&eacute;tico &eacute; mil vezes mais intenso que o de uma estrela de n&ecirc;utrons &ndash; ele &eacute; o magnetar mais jovem j&aacute; descoberto.</p>
<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 56.25%;"><video width="300" height="150" style="top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" autoplay="autoplay" loop="loop" muted="" poster="https://thumbs.gfycat.com/AccurateChiefAustralianfurseal-mobile.jpg">Your browser does not support HTML5 video.<source src="https://thumbs.gfycat.com/AccurateChiefAustralianfurseal-mobile.mp4" type="video/mp4"></video></div>
<p>"Na verdade, esse objeto est&aacute; nos mostrando um per&iacute;odo anterior &agrave; vida de um magnetar. Talvez, se entendermos a sua forma&ccedil;&atilde;o, possamos compreender por que h&aacute; uma diferen&ccedil;a t&atilde;o grande entre o n&uacute;mero de magnetares que encontramos e o n&uacute;mero total de estrelas de n&ecirc;utrons conhecidas", explicou a astrof&iacute;sica do Instituto de Ci&ecirc;ncias Espaciais de Barcelona Nanda Rea.</p>
<h2>Laborat&oacute;rios para as leis da&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/fisica/" target="_blank" title="F&iacute;sica">f&iacute;sica</a></h2>
<p>Ela &eacute; a principal pesquisadora dos projetos de observa&ccedil;&atilde;o do X-ray Multi-Mirror Newton (ou XMM Newton, um sat&eacute;lite de observa&ccedil;&atilde;o de fontes astrof&iacute;sicas de raios X da Ag&ecirc;ncia Espacial Europeia) e do Nuclear Spectroscopic Telescope Array (acr&ocirc;nimo em ingl&ecirc;s NuSTAR), sat&eacute;lite da NASA lan&ccedil;ado para estudar principalmente buracos negros.</p>
<p>Segundo a astrof&iacute;sica, hoje existem catalogados cerca de tr&ecirc;s mil estrelas de n&ecirc;utrons; em contrapartida, s&atilde;o conhecidos apenas 31 magnetares, j&aacute; inclu&iacute;do o beb&ecirc; c&oacute;smico em quest&atilde;o. Por conta de sua gigantesca massa e seu volume pequeno, eles s&atilde;o laborat&oacute;rios naturais para se testar as leis da f&iacute;sica conhecida.</p>
<p>Dentro de uma estrela de n&ecirc;utrons e, principalmente, de um magnetar, os &aacute;tomos s&atilde;o esmagados de tal maneira que se comportam de maneiras sem precedentes no mundo f&iacute;sico como o conhecemos. Observar um deles em sua juventude pode dar pistas de como esses estranhos objetos c&oacute;smicos se desenvolvem.&nbsp;</p>
<p>"O que &eacute; surpreendente &eacute; que eles s&atilde;o bastante diversos como popula&ccedil;&atilde;o. Cada vez que voc&ecirc; encontra um, ele conta uma hist&oacute;ria diferente, e acho que n&atilde;o conhecemos todos os tipos existentes no Universo", acredita a astrof&iacute;sica e diretora do McGill Space Institute da McGill University, Victoria Kaspi, ex-integrante da equipe do NuSTAR.&nbsp;</p>
<h2>Poder para dizimar planetas</h2>
<p>Magnetares s&atilde;o associados pela astrof&iacute;sica a erup&ccedil;&otilde;es poderosas o suficiente para serem captadas em todo o Universo. At&eacute; agora, o Swift J1818.0-1607 somente emitiu amplos feixes de raios X. Normalmente, esses picos de energia duram de dias a semanas, quando ent&atilde;o a estrela come&ccedil;a a diminuir seu brilho ao longo de meses ou mesmo anos, at&eacute; voltar &agrave; sua normalidade.</p>
<p>N&atilde;o apenas raios X s&atilde;o emitidos por magnetares: eles tamb&eacute;m s&atilde;o bombas de raios gama (a forma de energia mais poderosa do cosmos), quando sua crosta sofre um ajustamento s&uacute;bito conhecido como <em>starquake</em> (algo como &ldquo;terremoto estelar&rdquo;), provocado pelo conflito e posterior ajuste das imensas for&ccedil;as a que ela est&aacute; sujeita. O maior desses tremores foi detectado em 2004 a partir de uma estrela de n&ecirc;utrons a 50 mil anos-luz. Se tivesse ocorrido a dez anos-luz, teria dizimado a vida na Terra.</p>
<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 56.25%;"><video width="300" height="150" style="top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" autoplay="autoplay" loop="loop" muted="" poster="https://thumbs.gfycat.com/FormalWeakAdamsstaghornedbeetle-mobile.jpg">Your browser does not support HTML5 video.<source src="https://thumbs.gfycat.com/FormalWeakAdamsstaghornedbeetle-mobile.mp4" type="video/mp4"></video></div>
<p>Ondas de r&aacute;dio, a forma mais baixa de energia conhecida, tamb&eacute;m foram detectadas emanando do Swift J1818.0-1607. Estrelas de n&ecirc;utrons que emitem ondas de longa dura&ccedil;&atilde;o s&atilde;o tamb&eacute;m chamadas de pulsares de r&aacute;dio; existem cinco conhecidos, e o magnetar descoberto agora &eacute; um deles.</p><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154364-astronomos-descobrem-estrela-neutrons-bebe.htm">Astrônomos descobrem estrela de nêutrons 'bebê'</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

Julia Marinho