Imagem de Estudo conclui que o fim do homem virá antes do fim das florestas no megacurioso

Estudo mostra que há 10% de chances de a humanidade sobreviver ao desmatamento desenfreado no planeta

<p>"N&atilde;o &eacute; realista imaginar que a sociedade humana s&oacute; seria afetada pelo desmatamento quando a &uacute;ltima &aacute;rvore fosse cortada.&rdquo; Essa declara&ccedil;&atilde;o fatalista resume a situa&ccedil;&atilde;o da civiliza&ccedil;&atilde;o humana, segundo um estudo que modelou as taxas atuais de crescimento populacional e desmatamento em rela&ccedil;&atilde;o ao consumo de recursos. O resultado da chance de a ra&ccedil;a humana entrar em colapso nas pr&oacute;ximas d&eacute;cadas &eacute; de 90%.</p>
<p style="text-align: center;"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/IESYMFtLIis" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></p>
<p>&ldquo;Do ponto de vista estat&iacute;stico, a probabilidade de nossa civiliza&ccedil;&atilde;o sobreviver a si mesma &eacute; inferior a 10%, no cen&aacute;rio mais otimista. Mantidas as taxas reais de crescimento populacional e de consumo de recursos, teremos apenas algumas d&eacute;cadas antes de um colapso irrevers&iacute;vel de nossa civiliza&ccedil;&atilde;o&rdquo;, disseram, no estudo publicado pela revista <em>Nature Scientific Reports</em>, os f&iacute;sicos Gerardo Aquino, do Alan Turing Institute, e Mauro Bologna, da Universidad de Tarapac&aacute;.</p>
<p>Antes que a &uacute;ltima &aacute;rvore caia, sofreremos com o fim dos sistemas planet&aacute;rios que suportam a vida, a menor produ&ccedil;&atilde;o de oxig&ecirc;nio, o esgotamento do solo, a quebra do ciclo da &aacute;gua e, principalmente, a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153823-mundo-vive-onda-extincoes-massa-provocada-homem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extin&ccedil;&atilde;o de animais</a> essenciais &agrave; produ&ccedil;&atilde;o de comida (como as abelhas) &ndash; levando n&atilde;o apenas o homem, mas todas as cadeias alimentares abaixo dele &agrave; fome. Esse &eacute; o chamado &ldquo;ponto de n&atilde;o retorno&rdquo;, que &eacute; quando o processo n&atilde;o poder&aacute; mais ser revertido.</p>
<h2>Energia diretamente do Sol</h2>
<p>Segundo os pesquisadores, sem alterar os n&iacute;veis de crescimento e consumo populacional, s&oacute; evitar&iacute;amos a decad&ecirc;ncia da civiliza&ccedil;&atilde;o com a eleva&ccedil;&atilde;o da produ&ccedil;&atilde;o de energia a limites hoje inalcan&ccedil;&aacute;veis, atrav&eacute;s de um grau sem precedentes de desenvolvimento tecnol&oacute;gico &ndash; como a constru&ccedil;&atilde;o de uma esfera de Dyson, hipot&eacute;tica megaestrutura ao redor do Sol que absorveria e enviaria &agrave; Terra a energia produzida pela estrela.</p>
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<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 56.25%;"><iframe width="300" height="150" style="border: 0; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" src="http://cdn.iframe.ly/3SzY74f?media=1" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></div>
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<p>&ldquo;O consumo dos recursos naturais, em particular as florestas, est&aacute; em concorr&ecirc;ncia com o nosso n&iacute;vel tecnol&oacute;gico. A esfera de Dyson representa um valor energ&eacute;tico a ser produzido, por exemplo, via fus&atilde;o nuclear&rdquo;, disse Aquinos.</p>
<p>A equa&ccedil;&atilde;o que une progresso com aumento populacional e o uso da natureza &eacute;, segundo os pesquisadores, delicada. &ldquo;Um n&iacute;vel tecnol&oacute;gico mais alto leva ao aumento da popula&ccedil;&atilde;o e ao maior consumo florestal, mas tamb&eacute;m ao emprego mais eficaz de energia. Se f&ocirc;ssemos mais avan&ccedil;ados, poder&iacute;amos desenvolver solu&ccedil;&otilde;es t&eacute;cnicas para evitar o colapso ecol&oacute;gico do nosso planeta ou mesmo reconstruir a civiliza&ccedil;&atilde;o no espa&ccedil;o extraterrestre&rdquo;.</p>
<p>Como abandonar o planeta n&atilde;o &eacute; uma solu&ccedil;&atilde;o vi&aacute;vel, os dois pesquisadores usaram seu modelo de intera&ccedil;&otilde;es entre o ser humano e as florestas, aplicando as taxas de crescimento populacional e de avan&ccedil;o tecnol&oacute;gico, para medir as chances de a humanidade conseguir atravessar a crise ecol&oacute;gica via progresso. Assim eles chegaram aos 10% mencionado.</p>
<p>O modelo foi baseado em n&uacute;meros de hoje, sem avaliar probabilidades de mudan&ccedil;as e mostrando o que o futuro nos reserva se nada for feito: ele registra as tend&ecirc;ncias atuais e as extrapola no tempo.</p>
<h2>Tarde demais</h2>
<p>Enquanto estudos apontam que a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155322-populacao-mundial-deve-encolher-fim-deste-seculo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">popula&ccedil;&atilde;o mundial deve encolher at&eacute; 2100</a>, um relat&oacute;rio da Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas para Alimenta&ccedil;&atilde;o e Agricultura (FAO) mostrou que as taxas globais de desmatamento v&ecirc;m diminuindo nas &uacute;ltimas d&eacute;cadas.&nbsp;</p>
<p>N&atilde;o h&aacute; motivos para comemorar, por&eacute;m, segundo o projeto Global Forest Watch, a perda de floresta prim&aacute;ria foi 2,8% maior em 2019 do que em 2018 (abaixo, Porto Velho e Rond&ocirc;nia entre 1975 e 2014. Imagens: Reuters/Nacho Doce).</p>
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<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 66.6667%;"><iframe width="300" height="150" style="border: 0; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" src="http://cdn.iframe.ly/W8U5EBk?media=1" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></div>
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<p>Para os pesquisadores, &eacute; preciso &ldquo;redefinir a nossa sociedade para privilegiar o ecossistema acima do interesse individual do ser humano e, eventualmente, de acordo com as necessidades da comunidade.&rdquo;</p><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155788-estudo-conclui-fim-homem-vira-do-fim-florestas.htm">Estudo conclui que o fim do homem virá antes do fim das florestas</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

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Estudo conclui que o fim do homem virá antes do fim das florestas

Imagem de Neutrinos raros mostram como o Sol produz energia no megacurioso

Estudo confirma teoria de como fusão nuclear alimenta estrelas

<p>"&Eacute; intelectualmente belo confirmar uma das previs&otilde;es fundamentais da teoria da estrutura estelar", disse o astrof&iacute;sico&nbsp;Marc Pinsonneault, da Ohio State University em Columbus. Esse &eacute; o sentimento geral dos pesquisadores que conseguiram captar neutrinos emanados do&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/101543-fusao-nuclear-novo-recorde-em-teste-nos-aproxima-mais-dessa-tecnologia.htm" target="_blank" title="Fus&atilde;o nuclear: novo recorde em teste nos aproxima mais dessa tecnologia">n&uacute;cleo do Sol</a> &ndash; a primeira detec&ccedil;&atilde;o direta dessas part&iacute;culas e a prova para previs&otilde;es de d&eacute;cadas sobre como a fus&atilde;o nuclear acontece em estrelas.</p>
<p>"Com esse resultado, desvendamos os dois processos que alimentam o Sol", disse o f&iacute;sico da Universit&agrave; di Milano Gioacchino Ranucci, um dos autores do estudo, durante a confer&ecirc;ncia virtual Neutrino 2020.</p>
<p>No n&uacute;cleo do Sol, a rea&ccedil;&atilde;o CN funde quatro pr&oacute;tons para formar um n&uacute;cleo de h&eacute;lio, liberando algumas part&iacute;culas subat&ocirc;micas &ndash; entre elas, dois neutrinos, as part&iacute;culas elementares mais leves conhecidas da mat&eacute;ria &ndash; e quantidades abundantes de energia. Essa fus&atilde;o &eacute; respons&aacute;vel por menos de 1% da energia do Sol, mas &eacute; o processo que sustenta <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115127-cinzas-de-estrelas-podem-desvendar-origem-do-carbono-na-via-lactea.htm" target="_blank" title="Cinzas de estrelas podem desvendar origem do carbono na Via L&aacute;ctea">estrelas maiores</a>.</p>
<div style="max-width: 100vh;">
<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 100%;"><video width="300" height="150" style="top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" autoplay="autoplay" loop="loop" muted=" poster="https://thumbs.gfycat.com/RegularUniqueDwarfrabbit-mobile.jpg">Your browser does not support HTML5 video.<source src="https://thumbs.gfycat.com/RegularUniqueDwarfrabbit-mobile.mp4" type="video/mp4"></video></div>
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<h2>Pesquisa subterr&acirc;nea</h2>
<p>O experimento foi levado a cabo pelo Borexino, um detector de neutrinos instalado no Laboratori Nazionali del Gran Sasso (nomeado por conta do maci&ccedil;o de montanhas Gran Sasso, que se ergue 1,4 km acima do laborat&oacute;rio, no interior da It&aacute;lia), o maior centro de pesquisa subterr&acirc;nea do mundo.&nbsp;</p>
<p>Poucos meses antes de ser desativado, depois de uma d&eacute;cada de funcionamento, o Borexino conseguiu confirmar que parte da energia do Sol &eacute; produzida por uma cadeia de rea&ccedil;&otilde;es envolvendo n&uacute;cleos de carbono e nitrog&ecirc;nio (CN).</p>
<p>O processo para capturar os neutrinos &eacute;, em tese, simples: dentro do Borexino, h&aacute; um bal&atilde;o gigante de nylon, que &eacute; inflado com 278 toneladas de &aacute;gua com hidrocarbonetos. Os neutrinos produzidos pelo Sol seguem em linha reta atravessando a Terra, mas uma pequena parte, em seu trajeto pelo Borexino, ricocheteia ao encontrar os el&eacute;trons dos hidrocarbonetos, produzindo flashes de luz que s&atilde;o, por sua vez, captados por sensores de f&oacute;tons que revestem o tanque com &aacute;gua.</p>
<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 66.5625%;"><video width="300" height="150" style="top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" autoplay="autoplay" loop="loop" muted=" poster="https://thumbs.gfycat.com/NeglectedEminentKentrosaurus-mobile.jpg">Your browser does not support HTML5 video.<source src="https://thumbs.gfycat.com/NeglectedEminentKentrosaurus-mobile.mp4" type="video/mp4"></video></div>
<h2>Imobilidade quase absoluta</h2>
<p>Parece f&aacute;cil e r&aacute;pido, mas n&atilde;o &eacute;: esses neutrinos s&atilde;o relativamente raros e facilmente confundidos com as part&iacute;culas produzidas pelo decaimento radioativo do bismuto-210, um is&oacute;topo que vaza do nylon do bal&atilde;o para a mistura de hidrocarbonetos.</p>
<p>Mesmo que essa contamina&ccedil;&atilde;o seja m&iacute;nima (algumas d&uacute;zias de n&uacute;cleos de bismuto por dia), separar neutrinos por sua origem ocupou os pesquisadores desde 2014. O trabalho consistiu ent&atilde;o em ignorar o que ocorria nas bordas do bal&atilde;o, &aacute;rea onde a ocorr&ecirc;ncia do bismuto-210 era quase certa.&nbsp;</p>
<p>Para que n&atilde;o houvesse mistura, o tanque foi envolto em um cobertor isolante, mantendo a sopa de hidrocarbonetos sempre com a mesma temperatura para evitar correntes de convec&ccedil;&atilde;o. &nbsp;"O l&iacute;quido deve estar extraordinariamente parado, movendo-se no m&aacute;ximo alguns d&eacute;cimos de cent&iacute;metros por m&ecirc;s", explicou o astrof&iacute;sico&nbsp;Aldo Serenelli, do Instituto de Ciencias Espaciales (CSIC-IEEC).</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;INFN/LNGS/Divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="http://borex.lngs.infn.it/pictures/Borexino/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/29/29184018392132.jpg" alt="Na imagem, pode-se ver o Borexino, com o bal&atilde;o inflado, sendo enchido de &aacute;gua, em 2006." /><span class="desc">Na imagem, pode-se ver o Borexino, com o bal&atilde;o inflado, sendo enchido de &aacute;gua em 2006.</span></span></p>
<h2>Antes de os planetas surgirem</h2>
<p>Os resultados s&oacute; apareceram em 2019, quando finalmente o bismuto foi retirado da equa&ccedil;&atilde;o e os&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115296-rarissimas-particulas-fantasmas-do-sol-sao-capturadas-na-italia.htm" target="_blank" title="Rar&iacute;ssimas part&iacute;culas 'fantasmas' do Sol s&atilde;o capturadas na It&aacute;lia ">neutrinos do Sol</a> se destacaram. Em janeiro deste ano, j&aacute; havia registro suficiente de part&iacute;culas para que os pesquisadores afirmassem que tinham sido detectados neutrinos da cadeia de fus&atilde;o nuclear CN.</p>
<p>"&Eacute; a primeira evid&ecirc;ncia realmente direta de que a queima de hidrog&ecirc;nio atrav&eacute;s da rea&ccedil;&atilde;o CN opera em estrelas", comemorou Serenelli.</p>
<p>Para o f&iacute;sico&nbsp;Mainz Michael Wurm, da Johannes Gutenberg-Universit&auml;t, "esses resultados confirmam nosso entendimento dos processos de fus&atilde;o dentro do Sol e aprofundam nosso conhecimento sobre os est&aacute;gios iniciais da vida da estrela, antes do surgimento dos planetas".</p><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155693-neutrinos-raros-mostram-sol-produz-energia.htm">Neutrinos raros mostram como o Sol produz energia</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

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Neutrinos raros mostram como o Sol produz energia

Imagem de Pandemia silencia o planeta e cientistas ouvem a Terra no megacurioso

Segundo pesquisa, ruído produzido pelo homem caiu 50%

<p>O ser humano &eacute; barulhento, e isso ficou evidente quando uma pesquisa, liderada pelo&nbsp;Observat&oacute;rio Real da B&eacute;lgica envolvendo seis institui&ccedil;&otilde;es, conseguiu determinar o quanto o mundo ficou silencioso entre mar&ccedil;o e maio de 2020: as vibra&ccedil;&otilde;es emitidas pela vida humana ca&iacute;ram, em m&eacute;dia, 50% no per&iacute;odo em que o <a href="http://www.tecmundo.com,br/coronavirus" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coronav&iacute;rus</a> for&ccedil;ou um ter&ccedil;o da popula&ccedil;&atilde;o mundial a se isolar.</p>
<p style="text-align: center;"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/v9YwxKRel9E" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></p>
<p>"Esse &eacute; o per&iacute;odo silencioso mais longo e mais pronunciado do ru&iacute;do s&iacute;smico j&aacute; registrado desde que come&ccedil;amos a monitorar a Terra via redes de sism&ocirc;metros. Nosso estudo destaca o quanto as atividades humanas afetam a Terra e pode nos permitir ver o que diferencia o ru&iacute;do humano do natural", explicou o ge&oacute;grafo e sism&oacute;grafo Stephen Hicks, da Imperial College London, um dos coautores do estudo.</p>
<p>N&atilde;o somente terremotos sacodem a superf&iacute;cie da Terra como tamb&eacute;m a &aacute;gua correndo dos rios para o mar ou milhares de torcedores pulando nas arquibancadas de um est&aacute;dio de futebol &mdash; os seres humanos s&atilde;o a terceira maior fonte de ru&iacute;do captado por sism&oacute;grafos, abafando a atividade s&iacute;smica natural.</p>
<h2>Sil&ecirc;ncio para escutar a Terra</h2>
<p>Ao se iniciar o per&iacute;odo de quarentena em boa parte do mundo, as ruas desertas, o com&eacute;rcio fechado, os est&aacute;dios vazios e o transporte urbano parado com as cidades silenciadas pela pandemia representaram uma oportunidade &uacute;nica para os pesquisadores ouvirem o ru&iacute;do s&iacute;smico.</p>
<p>Os sons do planeta foram captados n&atilde;o apenas por 268 esta&ccedil;&otilde;es de monitoramento s&iacute;smico em 117 pa&iacute;ses, equipadas com sism&oacute;grafos alojados em institui&ccedil;&otilde;es acad&ecirc;micas e respons&aacute;veis por 60% dos dados coletados, como tamb&eacute;m pelos chamados "cientistas cidad&atilde;os", usando Raspberry Shakes, que s&atilde;o sism&oacute;grafos pessoais constru&iacute;dos e usados por entusiastas. Vieram deles os 40% restantes das informa&ccedil;&otilde;es para a pesquisa, que reuniu quase uma centena de cientistas.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Imperial College London/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.imperial.ac.uk/news/200454/covid-19-lockdown-causes-50-global-reduction/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/26/26023653525003.jpg" alt="Os sism&oacute;grafos Raspberry Shakes, respons&aacute;veis por 40% dos dados coletados." /><span class="desc">Os sism&oacute;grafos Raspberry Shakes, respons&aacute;veis por 40% dos dados coletados.</span></span></p>
<p>Os dados s&iacute;smicos consolidados pela an&aacute;lise das amostras de 185 esta&ccedil;&otilde;es indicaram redu&ccedil;&otilde;es significativas de ru&iacute;do em compara&ccedil;&atilde;o ao per&iacute;odo antes das medidas de isolamento social. A queda se mostrou como uma onda, come&ccedil;ando na China, em janeiro, e rumando primeiro em dire&ccedil;&atilde;o &agrave; Europa e depois para o restante do mundo, seguindo o avan&ccedil;o do Sars-CoV-2.</p>
<h2>Metr&oacute;poles desertas</h2>
<p>Grandes centros urbanos, como Singapura e Nova York (EUA), mostraram maior queda nas vibra&ccedil;&otilde;es usualmente registradas, mas tamb&eacute;m em &aacute;reas escassamente povoadas, como a cidade de Rundu, na Nam&iacute;bia, ou a alem&atilde; Floresta Negra.</p>
<p>Enquanto os sism&oacute;grafos de institui&ccedil;&otilde;es de pesquisa captaram os ru&iacute;dos em grandes &aacute;reas, os aparelhos de particulares foram respons&aacute;veis pelos dados locais, desde a Cornualha, no Reino Unido, a Boston, nos EUA. Distritos escolares mostraram queda 20% maior do que a registrada durante as f&eacute;rias de inverno no hemisf&eacute;rio norte &mdash; destinos tur&iacute;sticos, como Barbados, revelaram diminui&ccedil;&atilde;o de 50% do ru&iacute;do s&iacute;smico.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Imperial College London/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.imperial.ac.uk/news/200454/covid-19-lockdown-causes-50-global-reduction/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/26/26024606607004.jpg" alt="No mapa, &eacute; poss&iacute;vel ver as &aacute;reas onde houve queda de ru&iacute;do antropog&ecirc;nio (quadrados vermelhos) de onde n&atilde;o houve (quadrados azuis)." /><span class="desc">No mapa, &eacute; poss&iacute;vel ver as &aacute;reas onde houve queda de ru&iacute;do antropog&ecirc;nico (quadrados vermelhos) e onde n&atilde;o houve (quadrados azuis).</span></span></p>
<p>Essa queda do barulho antropog&ecirc;nico (causado pelo ser humano) possibilitou n&atilde;o apenas medir o quanto nossa esp&eacute;cie gera de polui&ccedil;&atilde;o sonora como tamb&eacute;m ouvir os sinais de terremotos anteriormente ocultos em alertas que a Terra d&aacute; sobre desastres naturais.</p>
<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 56.25%;"><video width="300" height="150" style="top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" autoplay="autoplay" loop="loop" muted="" poster="https://thumbs.gfycat.com/QuickTemptingDeer-mobile.jpg">Your browser does not support HTML5 video.<source src="https://thumbs.gfycat.com/QuickTemptingDeer-mobile.mp4" type="video/mp4"></video></div>
<p>"Com o aumento da popula&ccedil;&atilde;o e da urbaniza&ccedil;&atilde;o, mais pessoas viver&atilde;o em &aacute;reas geologicamente perigosas; &eacute; preciso saber isolar o ru&iacute;do antropog&ecirc;nico ao monitorarmos os movimentos do solo", explicou o sismologista Thomas Lecocq, do Observat&oacute;rio Real da B&eacute;lgica, principal autor do trabalho.</p>
<h2>Trabalhando de casa</h2>
<p>O estudo em si foi um produto da pandemia: enquanto escrevia um c&oacute;digo para separar o ru&iacute;do s&iacute;smico do antropog&ecirc;nico, Lecocq come&ccedil;ou a trocar mensagens no <a href="http://www.tecmundo.com.br/Twitter" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Twitter</a> com alguns colegas que&nbsp; rapidamente se organizaram, primeiro em grupos no <a href="http://www.tecmundo.com.br/Whatsapp" rel="noopener noreferrer" target="_blank">WhatsApp</a> e depois no Slack, e passaram a compartilhar informa&ccedil;&otilde;es e consolidar os dados coletados em tempo recorde.</p>
<p>"N&atilde;o &eacute; todo dia que voc&ecirc; publica resultados depois de menos de 4 meses de trabalho. Agora, podemos estudar as rela&ccedil;&otilde;es entre a atividade humana e a sismologia e entender o que gera ru&iacute;do em determinado momento: se a Terra ou os seres humanos", disse o sism&oacute;grafo da Universidade Nacional Aut&ocirc;noma do M&eacute;xico Raphael De Plaen, coautor do artigo.</p><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155579-pandemia-silencia-planeta-cientistas-ouvem-terra.htm">Pandemia silencia o planeta e cientistas ouvem a Terra</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

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Pandemia silencia o planeta e cientistas ouvem a Terra

Imagem de Neurocientistas descobrem o que permite ao ser humano se adaptar  no megacurioso

Neurônios são responsáveis por fazer com que ele inove e absorva mudanças

<p>Al&eacute;m do polegar opositor, o homem possui outra caracter&iacute;stica que o possibilitou a dominar o planeta: sua quase inesgot&aacute;vel capacidade de adapta&ccedil;&atilde;o. De onde ela vem &eacute; o que come&ccedil;ou a ser descoberto por neurocientistas da Vanderbilt University, ao identificarem as c&eacute;lulas cerebrais que ajudam os humanos a mudar para permanecerem no topo.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikipedia Commons/Lindsay Hanford/Geoff B Hall&nbsp;" data-fonte-url="https://en.wikipedia.org/wiki/Striatum"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/21/21220151170424.jpg" alt="A mancha em vermelho indica o corpo estriado, respons&aacute;vel pelos sistemas motor e de recompensas do c&eacute;rebro." /><span class="desc">A mancha em vermelho indica o corpo estriado, respons&aacute;vel pelos sistemas motor e de recompensas do c&eacute;rebro.</span></span></p>
<p>Dentre os 86 bilh&otilde;es de neur&ocirc;nios que o c&eacute;rebro humano adulto carrega, uma pequena parte &eacute; a respons&aacute;vel pela chamada flexibilidade cognitiva, ou capacidade humana, de se ajustar ao ambiente. O&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/comportamento/" target="_blank" title="Comportamento">comportamento</a> adaptativo n&atilde;o significa reagir a tudo: escolhemos o que &eacute; importante no momento e o restante &eacute; desprezado.&nbsp;</p>
<p>Essa fun&ccedil;&atilde;o cabe &agrave; parte anterior do corpo estriado, uma &aacute;rea do c&eacute;rebro que avalia as a&ccedil;&otilde;es, rea&ccedil;&otilde;es e consequentes recompensas que o ser humano pode ter.</p>
<h2>Repetir ou inovar</h2>
<p>Segundo os pesquisadores, &ldquo;normalmente, as pessoas oscilam entre repetir comportamentos gratificantes e explorar o novo com recompensas potencialmente melhores. &Eacute; essa a equa&ccedil;&atilde;o a qual o c&eacute;rebro est&aacute; constantemente tentando resolver, principalmente quando h&aacute; altera&ccedil;&otilde;es no ambiente".</p>
<p>O corpo estriado &eacute; uma das &aacute;reas do c&eacute;rebro mais afetadas por doen&ccedil;as, como Alzheimer, Parkinson e epilepsia, al&eacute;m de estar associado &agrave; s&iacute;ndrome de Tourette, ao transtorno obsessivo-compulsivo e &agrave; bipolaridade.</p>
<p>Para medir a atividade cerebral enquanto macacos rhesus resolviam essa &ldquo;equa&ccedil;&atilde;o cerebral&rdquo;, foram projetados em uma tela dois c&iacute;rculos listrados, um com uma seta para cima e o outro com uma seta para baixo. Antes ou depois do aparecimento das setas, os c&iacute;rculos se tornavam verdes e vermelhos. Se o c&iacute;rculo verde acendia, a seta para cima indicava que o macaco deveria olhar para cima; se o fizesse, ele receberia uma recompensa.</p>
<h2>Confian&ccedil;a adquirida</h2>
<p>Depois de aproximadamente 30 vezes acendendo &rdquo;verde/seta para cima&rdquo; e &ldquo;vermelho/seta para baixo" as cores foram trocadas: o vermelho tornou-se a cor para a a&ccedil;&atilde;o. Depois de uma s&eacute;rie de mais 30 sinais, as cores novamente mudaram e, a cada mudan&ccedil;a, os macacos precisavam treinar sua resposta &agrave; cor para agir. Durante todo o processo, os pesquisadores registraram a atividade el&eacute;trica de 350 neur&ocirc;nios no corpo estriado.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Vanderbilt University/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.pnas.org/content/early/2020/07/10/2001348117/tab-figures-data"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/21/21215723371423.jpg" alt="No esquema, pode-se ver o desempenho dos dois macacos rhesus usados no experimento." /><span class="desc">No esquema, pode-se ver o desempenho dos dois macacos rhesus usados no experimento.</span></span></p>
<p>O resultado foi a identifica&ccedil;&atilde;o de dois tipos de c&eacute;lulas cerebrais que respondem de maneira diversa, mas complementar &agrave;s mudan&ccedil;as apresentadas. Um padr&atilde;o chamou a aten&ccedil;&atilde;o da equipe: a atividade dos neur&ocirc;nios aumentava em meio &agrave; mudan&ccedil;a e diminu&iacute;a &agrave; medida que o animal adquiria mais confian&ccedil;a no resultado de sua a&ccedil;&atilde;o.</p>
<h2>Reconfigura&ccedil;&atilde;o e transi&ccedil;&atilde;o</h2>
<p>"Esses neur&ocirc;nios parecem ajudar os circuitos cerebrais a se reconfigurar, facilitando a transi&ccedil;&atilde;o de informa&ccedil;&otilde;es anteriormente relevantes para as novas e importantes", explicou o neurocientista Kianoush Banaie Boroujeni, coautor do estudo agora publicado na revista <em>Proceedings of the National Academy of Sciences</em> (PNAS).</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Vanderbilt University/Thilo Womelsdorf&nbsp;" data-fonte-url="https://news.vanderbilt.edu/2020/07/15/neuroscientists-at-vanderbilt-identify-the-brain-cells-that-help-humans-adapt-to-change/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/21/21220636547426.jpg" alt="O neurocientista Kianoush Banaie Boroujeni explica os resultados alcan&ccedil;ados com o experimento." /><span class="desc">O neurocientista Kianoush Banaie Boroujeni explica os resultados alcan&ccedil;ados com o experimento.</span></span></p>
<p>Para o principal pesquisador do estudo, o psic&oacute;logo e neurocientista Thilo Womelsdorf, essa descoberta abre campos para o entendimento de algumas doen&ccedil;as neurol&oacute;gicas, bem como de dist&uacute;rbios neuropsiqui&aacute;tricos e poss&iacute;veis tratamentos.&nbsp;</p>
<p>"O enfraquecimento dessas c&eacute;lulas cerebrais pode resultar em comportamentos obsessivo-compulsivos ou em uma luta para se ajustar a novas situa&ccedil;&otilde;es. No extremo oposto, a aten&ccedil;&atilde;o se dispersa, e as pessoas experimentam um mundo sempre incerto, por serem incapazes de se concentrar em informa&ccedil;&otilde;es importantes".</p><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155420-neurocientistas-descobrem-permite-humano-adaptar.htm">Neurocientistas descobrem o que permite ao ser humano se adaptar </a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

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Neurocientistas descobrem o que permite ao ser humano se adaptar 

Imagem de DNA de cadeia quádrupla abre caminho para terapia contra o câncer no megacurioso

Visualizada pela primeira vez em células saudáveis, a estrutura pode levar a terapias que inibam o processo de reprodução de tumores

<p>Pesquisadores da Cambridge University descobriram que a h&eacute;lice dupla do DNA (onde toda a informa&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica dos seres vivos est&aacute; guardada) pode dobrar sobre si mesma, formando uma cadeia qu&aacute;drupla (DNA G-quadruplexes, ou G4s) est&aacute;vel em c&eacute;lulas humanas saud&aacute;veis. Ela j&aacute; havia sido identificada apenas em c&eacute;lulas cancer&iacute;genas e em experimentos de laborat&oacute;rio.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;University of Cambridge/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.nature.com/articles/s41557-020-0506-4"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/21/21182050263341.jpg" alt="G4s s&atilde;o estruturas que se formam brevemente dentro das c&eacute;lulas." /><span class="desc">G4s s&atilde;o estruturas que se formam brevemente dentro das c&eacute;lulas.</span></span></p>
<p>Essa estrutura s&oacute; &eacute; poss&iacute;vel por causa de uma das quatro bases hidrogenadas &ndash; a guanina, que, juntamente com a citosina, a adenina e a timina, une as duas fitas de polinucleot&iacute;deos, formando os degraus da &ldquo;escada&rdquo;. A dobradura acontece quando a guanina se liga a si mesma, criando uma estrutura semelhante a um quadrado.</p>
<p>Para visualizar o rearranjo, a equipe anexou um novo tipo de marcador fluorescente ao DNA de c&eacute;lulas vivas. Antes, para ver a forma&ccedil;&atilde;o do DNA qu&aacute;druplo era necess&aacute;rio matar as c&eacute;lulas ou, ainda, usar altas concentra&ccedil;&otilde;es de sondas qu&iacute;micas &ndash; por&eacute;m, isso fazia com que estas se inserissem no DNA, interrompendo-o e causando a forma&ccedil;&atilde;o de G4s (e n&atilde;o a observando se formar naturalmente).</p>
<p>Um dos coautores do estudo e respons&aacute;vel pelo desenvolvimento da nova t&eacute;cnica, o biof&iacute;sico da University of Leeds Aleks Ponjavic, explica que &ldquo;a sonda se liga &agrave; G4 por apenas milissegundos sem afetar sua estabilidade, o que nos permite estudar o comportamento do DNA sem influ&ecirc;ncia externa e entender seu papel biol&oacute;gico&rdquo;.</p>
<h2>Novas terapias contra o c&acirc;ncer</h2>
<p>As G4s se formariam para manter a mol&eacute;cula aberta, facilitando a leitura do c&oacute;digo gen&eacute;tico na forma&ccedil;&atilde;o do RNA e, consequentemente, a produ&ccedil;&atilde;o de prote&iacute;nas e a quantidade de cada uma. Essa fun&ccedil;&atilde;o &eacute; desempenhada normalmente por marcadores qu&iacute;micos no DNA, cujo papel &eacute; aumentar ou diminuir a atividade dos genes. A estrutura qu&aacute;drupla do DNA teria papel semelhante.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;University of Cambridge/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.balasubramanian.co.uk/g-quadruplex-nucleic-acids"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/21/21182947147348.jpg" alt="G4s foram identificadas anteriormente em c&eacute;lulas cancerosas, como no caso acima." /><span class="desc">G4s foram identificadas anteriormente em c&eacute;lulas cancerosas, como no caso acima.</span></span></p>
<p>"Essa descoberta nos for&ccedil;a a repensar a&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/biologia/" target="_blank" title="Biologia">biologia</a> do DNA e pode melhorar nossa compreens&atilde;o de como o material gen&eacute;tico divulga suas informa&ccedil;&otilde;es. &Eacute; uma nova &aacute;rea, com potencial para abrir caminhos no diagn&oacute;stico e na terapia de doen&ccedil;as como o c&acirc;ncer&rdquo;, diz o cientista molecular Marco Di Antonio, pesquisador do Imperial College e principal autor do estudo publicado agora na revista <em>Nature Chemistry</em>.</p>
<p>Para os pesquisadores, a t&eacute;cnica vai permitir que as G4s encontradas em c&eacute;lulas de tumores sejam rastreadas, determinando seu papel na express&atilde;o da doen&ccedil;a e revelando novos alvos para terapias e medicamentos que interrompam o processo.</p><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155414-dna-cadeia-quadrupla-abre-caminho-terapia-cancer.htm">DNA de cadeia quádrupla abre caminho para terapia contra o câncer</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

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DNA de cadeia quádrupla abre caminho para terapia contra o câncer

Imagem de É possível se reinfectar com o novo coronavírus? no megacurioso

A pergunta, ainda sem resposta, tem preocupado pesquisadores em busca da vacina contra a doença

<p>Enquanto o mundo acompanha ansiosamente o desenvolvimento das vacinas que podem colocar um fim na pandemia provocada pelo novo <a href="https://www.tecmundo.com.br/coronavirus" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coronav&iacute;rus</a>, uma pergunta come&ccedil;ou a surgir em centros de pesquisa e hospitais: a reinfec&ccedil;&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel? A resposta para ela &eacute;: n&atilde;o sabemos.</p>
<p>Em abril, a Coreia do Sul detectou o v&iacute;rus no sangue de centenas de pacientes que estariam curados da doen&ccedil;a. A conclus&atilde;o a que chegaram as autoridades da Sa&uacute;de do pa&iacute;s &eacute; que se tratava de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114356-recontaminacao-por-covid-19-e-descartada-na-coreia-do-sul.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fragmentos inativos do v&iacute;rus</a> que ainda circulavam pelo organismo.</p>
<p><span style="background-color: transparent; font-family: inherit; font-size: 32px;">Brasil j&aacute; apresenta casos</span></p>
<p>Por&eacute;m, esse n&atilde;o foi apenas um caso; outros j&aacute; foram relatados, sempre com o mesmo roteiro: o paciente tem alta, recupera-se, mas&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155189-sintomas-covid-19-persistir-meses.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os sintomas reaparecem</a>&nbsp;algumas semanas depois e, assim, o teste para a covid-19 d&aacute; positivo.</p>
<p>Em Minas Gerais, um t&eacute;cnico de enfermagem foi diagnosticado com covid-19 em abril e se curou, mas o teste dele deu positivo novamente no fim de junto, o homem morreu 10 dias depois. Em S&atilde;o Paulo, o Hospital das Cl&iacute;nicas est&aacute; investigando o caso de 2 pacientes na mesma situa&ccedil;&atilde;o: doentes em maio e voltaram a testar positivo para a doen&ccedil;a este m&ecirc;s.</p>
<p>Casos de reinfec&ccedil;&atilde;o preocupam a comunidade m&eacute;dica porque atingem um conceito caro em se tratando de doen&ccedil;as infecciosas: a chamada imunidade do rebanho ou coletiva, em que 60% ou mais indiv&iacute;duos de um grupo, depois de contra&iacute;rem a doen&ccedil;a, tornam-se imunes a ela e interrompem as cadeias de transmiss&atilde;o. Se a imunidade contra a covid-19 durar pouco, o v&iacute;rus continuar&aacute; a circular.</p>
<p>O primeiro estudo sobre o assunto foi divulgado no in&iacute;cio de julho pelo King&rsquo;s College, respeitada universidade p&uacute;blica inglesa. A pesquisa testou diversas vezes, entre mar&ccedil;o e junho, a resposta imune de 96 pacientes e profissionais da Sa&uacute;de.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;King's College/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2020.07.09.20148429v1"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/23/23203029404196.jpg" alt="A curva descendente mostra a quantidade de anticorpos detectados no organismo dos pacientes recuperados; os pontos coloridos indicam o grau de severidade da infec&ccedil;&atilde;o." /><span class="desc">A curva descendente mostra a quantidade de anticorpos detectados no organismo dos pacientes recuperados; os pontos coloridos indicam o grau de severidade da infec&ccedil;&atilde;o.</span></span></p>
<h2>Menos de 20%</h2>
<p>Os pesquisadores descobriram que os n&iacute;veis de anticorpos contra o Sars-CoV-2 atingiram o pico cerca de tr&ecirc;s semanas ap&oacute;s o in&iacute;cio dos sintomas, mas deca&iacute;ram rapidamente nas semanas seguintes.</p>
<p>Embora 60% dos participantes tenham produzido uma resposta imunol&oacute;gica no auge da doen&ccedil;a, apenas 17% guardavam os mesmos n&iacute;veis de anticorpos depois de 3 meses. Al&eacute;m disso, eles se mostraram maiores e mais duradouros em pessoas que sofreram casos mais graves da covid-19; nos casos leves, eram quase indetect&aacute;veis.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;REUTERS/Dado Ruvic&nbsp;" data-fonte-url="https://pictures.reuters.com/archive/HEALTH-CORONAVIRUS-VACCINE-RC2M1G9ZU8TC.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/23/23201853946192.jpg" alt="A imuniza&ccedil;&atilde;o contra a covid-19 pode ter que entrar no calend&aacute;rio anual de vacina&ccedil;&atilde;o do planeta." /><span class="desc">A imuniza&ccedil;&atilde;o contra a covid-19 pode ter que entrar no calend&aacute;rio anual de vacina&ccedil;&atilde;o do planeta.</span></span></p>
<h2>Imunidade do rebanho</h2>
<p>&ldquo;Se isso acontece com a pr&oacute;pria infec&ccedil;&atilde;o, a vacina potencialmente far&aacute; a mesma coisa. Uma dose somente pode n&atilde;o ser o bastante", disse a principal autora do estudo, a bioqu&iacute;mica Katie Doores.</p>
<p>Enquanto chegam do mundo inteiro relatos (poucos, mas crescentes) de pacientes que, aparentemente, foram reinfectados, o consenso no meio cient&iacute;fico &eacute; que pegar a doen&ccedil;a &ldquo;logo de uma vez&rdquo; n&atilde;o &eacute; a resposta, principalmente por conta da <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154549-miniorgaos-mostram-efeito-devastador-coronavirus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lista de sequelas</a>&nbsp;(como <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154055-coronavirus-ataca-vasos-sanguineos-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">les&otilde;es permanentes</a> em pulm&otilde;es, rins, cora&ccedil;&atilde;o, f&iacute;gado e c&eacute;rebro). Outra linha de pesquisa investe nas chamadas c&eacute;lulas T como forma de produzir a imunidade contra a doen&ccedil;a.</p>
<p>&ldquo;&Eacute; importante que o p&uacute;blico entenda que se infectar com esse v&iacute;rus n&atilde;o &eacute; uma coisa boa. O estudo do King&rsquo;s College confirmou um <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154353-corpo-humano-nao-cria-resistencia-covid-19-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crescente corpo de evid&ecirc;ncias</a> de que a imunidade &agrave; covid-19 tem vida curta. Mais importante, ela p&otilde;e 'outro prego no caix&atilde;o' do perigoso conceito de imunidade de rebanho&rdquo;, disse Jonathan Heeney,&nbsp;virologista da Universidade de Cambridge, ao jornal <em>The Guardian.</em></p><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155532-possivel-reinfectar-novo-coronavirus.htm">É possível se reinfectar com o novo coronavírus?</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

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É possível se reinfectar com o novo coronavírus?

Imagem de Buraco negro dentro do 'Fantasma de Mirach' intriga astrônomos no megacurioso

Supermassivo, seu tamanho contradiz as teorias existentes para a sua formação 

<p>Um buraco negro nasce do colapso de uma estrela supermassiva &ndash; mas um buraco negro supermassivo nasce de qu&ecirc;? Uma gal&aacute;xia p&aacute;lida parecia esconder em seu n&uacute;cleo a resposta &ndash; mas somente acrescentou mais mist&eacute;rio &agrave; g&ecirc;nese dos buracos supermassivos (ou SMBH, sua sigla em ingl&ecirc;s).</p>
<p>A gal&aacute;xia em quest&atilde;o &eacute; a NGC 404, a cerca de 10 milh&otilde;es de anos-luz, na constela&ccedil;&atilde;o de Andr&ocirc;meda. Da Terra, ela aparece obscurecida pelo brilho da estrela Mirach, o que rendeu &agrave; NGC 404 o apelido de &ldquo;Fantasma de Mirach".</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;NASA/JPL-Caltech/DSS&nbsp;" data-fonte-url="https://www.nasa.gov/mission_pages/galex/ghost.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/20/20223503750429.jpg" alt="A NGC 404 &eacute; o pequeno ponto luminoso no centro da imagem, ofuscado pelo brilho da estrela Mirach." /><span class="desc">A NGC 404 &eacute; o pequeno ponto luminoso no centro da imagem, ofuscado pelo brilho da estrela Mirach.</span></span></p>
<p>Existem duas hip&oacute;teses para a g&ecirc;nese de SMBHs. Em uma delas, eles seriam formados atrav&eacute;s de um processo chamado &ldquo;colapso direto&rdquo; logo depois do Big Bang. Eles j&aacute; nasceriam monstruosamente massivos e com um tamanho m&iacute;nimo.</p>
<p>A outra hip&oacute;tese sustenta que eles seriam os restos de uma estrela massiva em colapso e, por isso, relativamente pequenos (100 vezes a massa do nosso Sol), crescendo &agrave; medida que devoram tudo &agrave; sua volta.</p>
<p>O astrof&iacute;sico Timothy Davis, da Cardiff University, e sua equipe come&ccedil;aram a procurar os menores SMBHs que pudessem encontrar, usando o Atacama Large Millimeter/Submilimeter Array (ALMA), um telesc&oacute;pio localizado nos Andes chilenos. E foi assim que eles acharam o que buscavam, dentro do &ldquo;Fantasma de Mirach&rdquo;.</p>
<h2>Segredo guardado pelo "Fantasma"</h2>
<p>Por muito tempo, pensou-se que a NGC 404 estivesse morta; qual n&atilde;o foi a surpresa quando, sob a luz ultravioleta, ela mostrou a presen&ccedil;a de estrelas jovens em um anel de poeira jamais visto? O que interessava aos astr&ocirc;nomos, por&eacute;m, era o SMBH em seu interior.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;NASA/JPL-Caltech/DSS&nbsp;" data-fonte-url="https://www.nasa.gov/mission_pages/galex/ghost.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/20/20224404675430.jpg" alt="Vista sob luz ultravioleta, a mesma gal&aacute;xia (o ponto brilhante no meio da imagem) revelou um anel de estrelas jovens." /><span class="desc">Vista sob luz ultravioleta, a mesma gal&aacute;xia (o ponto brilhante no meio da imagem) revelou um anel de estrelas jovens.</span></span></p>
<p>"O SMBH no centro da NGC 404 est&aacute; atualmente ativo e engolindo g&aacute;s; portanto, alguns dos modelos mais extremos baseados nessa hip&oacute;tese e que apenas produziriam SMBHs muito grandes n&atilde;o podem ser verdadeiros", disse Davis ao site <em>Live Science</em>.</p>
<p>O buraco negro supermassivo no interior dessa gal&aacute;xia lenticular &eacute; o de menor massa j&aacute; encontrado: ele pesa menos de 1/1 milh&atilde;o a massa de nosso Sol &ndash; o que, pelos c&aacute;lculos de Davis e sua equipe, significa que ele tinha a metade desse peso quando nasceu.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;HST/NASA/ESA/ALMA/T. Davis&nbsp;" data-fonte-url="https://www.cardiff.ac.uk/news/view/2418015-breakthrough-in-deciphering-birth-of-supermassive-black-holes"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/20/20224603457431.jpg" alt="O telesc&oacute;pio ALMA revelou, dentro da NGC 404 (&agrave; esquerda), um turbilh&atilde;o de g&aacute;s como jamais registrado (&agrave; direita)." /><span class="desc">O telesc&oacute;pio ALMA revelou, dentro da NGC 404 (&agrave; esquerda), um turbilh&atilde;o de g&aacute;s como jamais registrado (&agrave; direita).</span></span></p>
<p>A equipe de Davis mediu a velocidade do mon&oacute;xido de carbono presente no sistema &agrave; medida que ele &eacute; atra&iacute;do em dire&ccedil;&atilde;o ao SMBH. Segundo Davis, &ldquo;&eacute; como a &aacute;gua circulando um ralo: o g&aacute;s viaja cada vez mais rapidamente conforme se aproxima do buraco negro". Esse turbilh&atilde;o &eacute; produto direto da massa do buraco negro, de modo que a velocidade do redemoinho permitiu aos pesquisadores descobrirem quanto pesa o SMBH.</p>
<p>Para o astr&ocirc;nomo, buracos negros supermassivos pequenos podem n&atilde;o ter tido tempo de consumir grandes quantidades de mat&eacute;ria desde seu nascimento. Por&eacute;m, nem isso esclarece a quest&atilde;o de como eles se formaram: SMBHs geralmente t&ecirc;m bilh&otilde;es de vezes a massa do nosso Sol, em compara&ccedil;&atilde;o com a de estrelas pesadas que formam buracos negros comuns ao colapsarem.</p>
<p>&ldquo;Se existe uma massa m&iacute;nima para um buraco negro supermassivo, ainda n&atilde;o a encontramos. Hoje, conhecemos duas maneiras principais de como nascem buracos negros supermassivos, e nenhuma delas explica como esse SMBH se formou", disse ao site <em>Live Science</em> o pesquisador da Cardiff University.</p><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155385-buraco-negro-dentro-fantasma-mirach-intriga-astronomos.htm">Buraco negro dentro do 'Fantasma de Mirach' intriga astrônomos</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

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Buraco negro dentro do 'Fantasma de Mirach' intriga astrônomos

Imagem de Chuva da era glacial pode dar pistas sobre as mudanças climáticas no megacurioso

Estalagmites mostram que o clima pode sofrer com eventos a milhares de quilômetros de distância

<p>Assim como o exame do gelo profundo dos polos, a an&aacute;lise geoqu&iacute;mica de estalagmites e estalactites pode dar pistas sobre como era o planeta durante a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/147842-queda-asteroide-ter-causado-gelo-extincoes-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&uacute;ltima era glacial</a> (entre 14 mil e 37 mil anos atr&aacute;s), e foi esse o estudo realizado por uma equipe de pesquisadores da Universidade Vanderbilt.</p>
<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 56.25%;"><video width="300" height="150" style="top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" autoplay="autoplay" loop="loop" muted="" poster="https://thumbs.gfycat.com/SkeletalSpicyCricket-mobile.jpg">Your browser does not support HTML5 video.<source src="https://thumbs.gfycat.com/SkeletalSpicyCricket-mobile.mp4" type="video/mp4"></video></div>
<p>A paleoclimatologista Jessica Oster desceu &agrave;s profundezas das cavernas do Lago Shasta, ao norte da Calif&oacute;rnia, para recolher estalagmites. A regi&atilde;o &eacute; considerada uma importante zona clim&aacute;tica de transi&ccedil;&atilde;o entre o noroeste do Pac&iacute;fico e o sudoeste dos Estados Unidos por apresentar climas diversos entre si e responder de maneira diferente &agrave;s mudan&ccedil;as que levaram &agrave; era glacial.</p>
<h2>Milhares de anos para crescer</h2>
<p>Estalactites (no teto) e estalagmites (no ch&atilde;o) s&atilde;o forma&ccedil;&otilde;es que resultam da sedimenta&ccedil;&atilde;o e da cristaliza&ccedil;&atilde;o de minerais dissolvidos na &aacute;gua, em especial o carbonato de c&aacute;lcio. Podem levar milhares de anos para crescer: gotas de &aacute;gua provenientes da chuva na superf&iacute;cie atravessam a terra e se infiltram em fraturas no teto das cavernas, levando com elas minerais dissolvidos.</p>
<p>O estudo se concentrou nas estalagmites, que se formam quando a &aacute;gua com o carbonato de c&aacute;lcio dissolvido pinga das estalactites para o ch&atilde;o (as duas terminar&atilde;o por se unir, criando uma coluna).&nbsp;</p>
<p>Essas forma&ccedil;&otilde;es guardam registros precisos das mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas que podem ser lidos atrav&eacute;s da medi&ccedil;&atilde;o dos is&oacute;topos de ur&acirc;nio e t&oacute;rio presos na estalagmite &agrave; medida que ela cresce. &Eacute; poss&iacute;vel, assim, retroceder at&eacute; 500 mil anos (a data&ccedil;&atilde;o por radiocarbono d&aacute; aos pesquisadores uma vis&atilde;o de, no m&aacute;ximo, 60 mil anos atr&aacute;s).</p>
<h2>Chuvas influenciadas pela Groenl&acirc;ndia</h2>
<p>A equipe da paleoclimatologista analisou duas estalagmites, dando especial aten&ccedil;&atilde;o &agrave; quantidade de is&oacute;topos est&aacute;veis de oxig&ecirc;nio e de carbono. Os resultados encontrados mostraram que a quantidade de chuvas na regi&atilde;o variava com as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas conhecidas durante e ap&oacute;s a &uacute;ltima era glacial, j&aacute; determinadas por outros registros paleoclim&aacute;ticos.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Vanderbilt University/Jessica Osten&nbsp;" data-fonte-url="https://news.vanderbilt.edu/2020/07/14/geochemical-analysis-from-the-last-ice-age-may-hold-clues-for-future-climate-change-and-preparedness-strategies/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/19/19213124761110.jpg" alt="Se&ccedil;&atilde;o de uma estalagmite cortada e polida; as datas em que cada parte se formou pode ser vista na imagem." /><span class="desc">Se&ccedil;&atilde;o de uma estalagmite cortada e polida; as datas em que cada parte se formou podem ser vistas na imagem.</span></span></p>
<p>As evid&ecirc;ncias das grandes e r&aacute;pidas varia&ccedil;&otilde;es nas chuvas registradas nas estalagmites das cavernas do Lago Shasta mostraram que o clima ao norte da Calif&oacute;rnia &eacute; sens&iacute;vel &agrave;s mudan&ccedil;as que acontecem em outras partes do mundo. Oster descobriu que as chuvas na regi&atilde;o aumentavam ou diminu&iacute;am em resposta a altera&ccedil;&otilde;es relativamente pequenas no clima global. Essa revela&ccedil;&atilde;o veio do cruzamento das informa&ccedil;&otilde;es da an&aacute;lise geoqu&iacute;mica das estalagmites com os registros do n&uacute;cleo de gelo profundo da Groenl&acirc;ndia.</p>
<h2>Clima local, mudan&ccedil;as globais</h2>
<p>Segundo a cientista, &eacute; plaus&iacute;vel supor que se as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas na Groenl&acirc;ndia e no norte da Calif&oacute;rnia estavam relacionadas h&aacute; 30 mil anos tamb&eacute;m podem estar agora, com o derretimento acelerado da camada de gelo no extremo do hemisf&eacute;rio norte.</p>
<p>"Essas descobertas nos oferecem pistas sobre o comportamento do sistema clim&aacute;tico da regi&atilde;o em resposta &agrave;s mudan&ccedil;as no clima que j&aacute; podem estar ocorrendo em todo o mundo. O ambiente semi&aacute;rido ao redor do lago &eacute; sens&iacute;vel &agrave;s mudan&ccedil;as nas chuvas, e o Shasta &eacute; o maior reservat&oacute;rio de &aacute;gua do estado. Qualquer mudan&ccedil;a tem potencial para impactar os recursos h&iacute;dricos de todo o estado da Calif&oacute;rnia", disse Osten.</p>
<p>A pesquisa, publicada na revista <em>Quaternary Science Reviews</em>, ser&aacute; unida a outras que, hoje, tentam esclarecer se e como a Terra est&aacute; entrando em mais uma era glacial, prevista para acontecer a partir de 2030.</p><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155329-chuva-glacial-dar-pistas-mudancas-climaticas.htm">Chuva da era glacial pode dar pistas sobre as mudanças climáticas</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

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Chuva da era glacial pode dar pistas sobre as mudanças climáticas

Imagem de Terra está acelerando a inversão de seus polos magnéticos no megacurioso

Mudança está ocorrendo até 10 vezes mais rápido do que os pesquisadores pensavam

<p>O campo magn&eacute;tico da Terra nos protege da radia&ccedil;&atilde;o letal do Sol e mant&eacute;m coesa a nossa atmosfera; sem ele, n&atilde;o haveria vida na Terra.&nbsp;</p>
<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 56.25%;"><video width="300" height="150" style="top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" autoplay="autoplay" loop="loop" muted="" playsinline="" poster="https://thumbs.gfycat.com/EnviousSlowGuppy-mobile.jpg">Your browser does not support HTML5 video. <source src="https://thumbs.gfycat.com/EnviousSlowGuppy-mobile.mp4" type="video/mp4"></video></div>
<p>Ele n&atilde;o &eacute; est&aacute;tico, ou seja, o polo norte magn&eacute;tico nem sempre esteve no polo norte geogr&aacute;fico. Os cientistas j&aacute; sabem que eles novamente est&atilde;o se invertendo, mas o que eles descobriram agora &eacute; que isso est&aacute; ocorrendo dez vezes mais r&aacute;pido do que se imaginava, segundo uma pesquisa publicada agora.</p>
<h2>Enfraquecimento antecede a invers&atilde;o</h2>
<p>Em 1995, o astrof&iacute;sico Gary Glatzmaier e o matem&aacute;tico Paul Roberts criaram um modelo de campo magn&eacute;tico autossustent&aacute;vel. Simulando a passagem de 36 mil anos, ele acabou invertendo seus polos, mostrando exatamente o que os cientistas veem hoje: antes de uma revers&atilde;o, o campo magn&eacute;tico torna-se irregular e enfraquece drasticamente.&nbsp;</p>
<p>As &aacute;reas em azul representam para onde o lado norte de um &iacute;m&atilde; apontaria; as &aacute;reas em laranja, o sul. O oval grande representa a dire&ccedil;&atilde;o do magnetismo na superf&iacute;cie da Terra, e o pequeno, abaixo, a dire&ccedil;&atilde;o na superf&iacute;cie do n&uacute;cleo do planeta.</p>
<p style="text-align: center;"></p>
<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 80.4878%;"><video width="300" height="150" style="top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" autoplay="autoplay" loop="loop" muted="" poster="https://thumbs.gfycat.com/SaltyPlaintiveAuk-  mobile.jpg">Your browser does not support HTML5 video. <source src="https://thumbs.gfycat.com/SaltyPlaintiveAuk-mobile.mp4" type="video/mp4"></video></div>
<p>Estudos baseados em dados coletados por meio de sat&eacute;lites e de an&aacute;lise de amostras de sedimentos marinhos, fluxos de lava resfriada, bem como estruturas e artefatos humanos mostram que as revers&otilde;es do campo magn&eacute;tico da Terra acontecem a cada 250 mil anos &ndash; a &uacute;ltima vez ocorreu h&aacute; 780 mil anos, ent&atilde;o a pr&oacute;xima est&aacute; muito atrasada.</p>
<h2>&Iacute;m&atilde; de ferro fundido</h2>
<p>O campo que protege o planeta &eacute; formado a mais de 2,8 mil quil&ocirc;metros abaixo da superf&iacute;cie, onde o ferro derretido do n&uacute;cleo externo da Terra se movimenta, criando cargas el&eacute;tricas que determinam os polos magn&eacute;ticos e a liga&ccedil;&atilde;o entre eles.&nbsp;</p>
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<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 100%;"><iframe width="300" height="150" style="border: 0; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" src="http://cdn.iframe.ly/7JuRZem?media=1" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></div>
</div>
<p>&ldquo;A intensidade do magnetismo pode variar ao longo do tempo e em diferentes locais, no centro e na superf&iacute;cie da Terra. As intera&ccedil;&otilde;es entre o n&uacute;cleo e o campo magn&eacute;tico s&atilde;o complexas. No n&uacute;cleo, o fluxo de ferro fundido torce e estica o campo magn&eacute;tico que, por sua vez empurra o fluxo, resistindo &agrave;s distor&ccedil;&otilde;es que experimenta&rdquo;, explicou ao site <em>Live Science</em> o principal autor do estudo, o geof&iacute;sico Christopher Davies, da School of Earth and Environment da University of Leeds, no Reino Unido.</p>
<p>No &uacute;ltimo s&eacute;culo e meio, a for&ccedil;a do campo magn&eacute;tico vem decaindo, o que significa que o planeta se prepara para girar seus polos magn&eacute;ticos. Davies e tamb&eacute;m a geof&iacute;sica Catherine Constable, do Scripps Institution of Oceanography, usaram um novo modelo do campo magn&eacute;tico, com dados coletados sobre os &uacute;ltimos 100 mil anos.&nbsp;</p>
<h2>Mudan&ccedil;a dez vezes mais r&aacute;pida</h2>
<p>A simula&ccedil;&atilde;o mostrou que o campo magn&eacute;tico pode mudar de dire&ccedil;&atilde;o em at&eacute; 10 graus por ano em zonas onde ele est&aacute; enfraquecendo &ndash; dez vezes mais r&aacute;pido do que o previsto em modelos anteriores e cem vezes mais do que o observado nos &uacute;ltimos cem anos.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;ESA/DTU&nbsp;" data-fonte-url="http://www.esa.int/ESA_Multimedia/Images/2014/06/Magnetic_field_changes"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/15/15210610047390.jpg" alt="Entre janeiro e junho de 2014, a constela&ccedil;&atilde;o de sat&eacute;lites Swarm registrou mudan&ccedil;as no campo magn&eacute;tico da Terra: tons de vermelho s&atilde;o &aacute;reas onde ele se fortaleceu e azuis, onde ele enfraqueceu." /><span class="desc">Entre janeiro e junho de 2014, a constela&ccedil;&atilde;o de sat&eacute;lites Swarm registrou mudan&ccedil;as no campo magn&eacute;tico da Terra: tons de vermelho s&atilde;o &aacute;reas onde ele se fortaleceu, e azuis, onde ele enfraqueceu.</span></span></p>
<p>Essas mudan&ccedil;as est&atilde;o sendo captadas agora pelos cientistas, por da medi&ccedil;&atilde;o do fortalecimento do magnetismo em altas latitudes; da flutua&ccedil;&atilde;o do campo, que &ldquo;anda&rdquo; pelo globo; e pelo enfraquecimento de um ponto, j&aacute; h&aacute; muito tempo, na regi&atilde;o entre a &Aacute;frica e a Am&eacute;rica do Sul, conhecida como Anomalia Magn&eacute;tica do Atl&acirc;ntico Sul, onde a intensidade de radia&ccedil;&atilde;o &eacute; mais alta do que em qualquer outra &aacute;rea do planeta (o telesc&oacute;pio espacial Hubble, por exemplo, n&atilde;o faz observa&ccedil;&otilde;es quando est&aacute; passando sobre essa regi&atilde;o).</p>
<p><strong>Leia mais sobre o tema</strong>:</p>
<ul>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/155042-astronomos-desvendam-misterio-triangulo-bermudas-espacial.htm" target="_blank" title="Astr&ocirc;nomos desvendam mist&eacute;rio do Tri&acirc;ngulo das Bermudas Espacial">Astr&ocirc;nomos desvendam mist&eacute;rio do Tri&acirc;ngulo das Bermudas Espacial</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/155019-campo-magnetico-terra-origina.htm" target="_blank" title="Como o campo magn&eacute;tico da Terra se origina?">Como o campo magn&eacute;tico da Terra se origina?</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/153621-campo-magnetico-enfraquecendo-regiao-atlantico-sul.htm" target="_blank" title="Campo magn&eacute;tico est&aacute; se enfraquecendo na regi&atilde;o do Atl&acirc;ntico Sul">Campo magn&eacute;tico est&aacute; se enfraquecendo na regi&atilde;o do Atl&acirc;ntico Sul</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/152934-cientistas-explicam-danca-polo-norte-magnetico-terrestre.htm" target="_blank" title="Cientistas explicam a &lsquo;dan&ccedil;a&rsquo; do polo norte magn&eacute;tico terrestre">Cientistas explicam a &lsquo;dan&ccedil;a&rsquo; do polo norte magn&eacute;tico terrestre</a></li>
<li><a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/152236-idade-campo-magnetico-terra-divide-ciencia.htm" target="_blank" title="Idade do campo magn&eacute;tico da Terra divide a ci&ecirc;ncia">Idade do campo magn&eacute;tico da Terra divide a ci&ecirc;ncia</a></li>
</ul><p class="nzn-import"><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/155247-terra-acelerando-inversao-polos-magneticos.htm">Terra está acelerando a inversão de seus polos magnéticos</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a></p>

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Terra está acelerando a inversão de seus polos magnéticos

Imagem de Sintomas da covid-19 podem persistir por meses no megacurioso

Mesmo curados, pacientes ainda sofrem com fadiga, tosse, dores nas articulações e dificuldade em respirar

<p>H&aacute; algumas semanas, esse tweet de uma enfermeira chamou a aten&ccedil;&atilde;o para o qu&atilde;o inexato pode ser o progn&oacute;stico de recupera&ccedil;&atilde;o para pacientes que contra&iacute;ram a gripe causada pelo novo <a href="http://www.tecmundo.com.br/coronavirus" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coronav&iacute;rus</a>.</p>
<figure style="position: relative; display: inline-block;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/14/14191007000375.jpg" alt=". " /> <a class="fonte_imagem" href="https://twitter.com/sheriantoinette/status/1272146292182056960">&nbsp;Twitter/Cherie Antoinette&nbsp;</a></figure>
<p>No caso da covid-19, &ldquo;recupera&ccedil;&atilde;o&rdquo; n&atilde;o expressa bem o estado de sa&uacute;de dos pacientes que n&atilde;o t&ecirc;m mais o v&iacute;rus no corpo. Muitos dos pacientes que recebem alta continuam a sofrer dos sintomas causados pelo Sars-CoV-2.</p>
<p>&ldquo;Se j&aacute; existem muitos que se recuperaram da covid-19, tamb&eacute;m h&aacute; relatos de pacientes que continuam a sentir efeitos colaterais duradouros decorrentes da infec&ccedil;&atilde;o&rdquo;, diz o imunologista&nbsp;William Petri, da Virginia University , em um artigo publicado no site <em>The Conversation</em>.</p>
<h2>Doentes, mesmo curados</h2>
<p>Um estudo restrito feito na It&aacute;lia e publicado agora &eacute; um dos primeiros a confirmar o que m&eacute;dicos e pacientes do mundo inteiro relatam: os sintomas permanecem por mais de 2 meses depois de o v&iacute;rus n&atilde;o ser mais detectado no organismo. O trabalho rastreou 143 pacientes (com idades entre 19 e 85 anos) de hospitais em Roma e, em m&eacute;dia, o tempo de perman&ecirc;ncia na interna&ccedil;&atilde;o foi de 13 dias, com cerca de 20% deles entubados.</p>
<p>Dois meses depois de terem testado negativo para o v&iacute;rus, somente 18 pessoas (12,6%) n&atilde;o apresentavam mais sintomas da gripe; 32% apresentavam at&eacute; dois sintomas, enquanto 55% sofria com tr&ecirc;s ou mais sintomas t&iacute;picos da doen&ccedil;a &mdash; fadiga (53,1%), dificuldade em respirar (43,4%), dor nas articula&ccedil;&otilde;es (27,3%) e no peito (21,7%). A tosse ainda atormentava mais de 10% dos recuperados; a mesma propor&ccedil;&atilde;o de pacientes ainda n&atilde;o tinha olfato. Para 44,1% dos pacientes, a qualidade de vida piorou depois da doen&ccedil;a.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;JAMA Network/Angelo Carfi&nbsp;" data-fonte-url="https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2768351"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/07/14/14191206892379.jpg" alt="A fadiga &eacute; o sintoma mais persistente depois da cura." /><span class="desc">A fadiga &eacute; o sintoma mais persistente depois da cura.</span></span></p>
<p>Essas s&atilde;o consequ&ecirc;ncias que podem ser tratadas em casa e que trazem, mais do que tudo, desconforto. Outras afetam diretamente em como aqueles que se recuperaram da infec&ccedil;&atilde;o por Sars-CoV-2 v&atilde;o viver.</p>
<h2>Cansa&ccedil;o e confus&atilde;o mental</h2>
<p>&ldquo;Pacientes que foram levados para Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) t&ecirc;m risco substancial de <em>delirium &mdash;&nbsp;</em>estado caracterizado por confus&atilde;o, dificuldade em prestar aten&ccedil;&atilde;o, pela pouca consci&ecirc;ncia de si mesmo, do seu ambiente e do tempo, e at&eacute; mesmo pela inabilidade de interagir com os outros. Essa n&atilde;o &eacute; uma complica&ccedil;&atilde;o espec&iacute;fica da covid-19, mas sim do tratamento em UTI&rdquo;, explica Petri.</p>
<p>Segundo ele, essa confus&atilde;o mental pode permanecer pelos meses seguintes em at&eacute; 75% dos pacientes tratados. Pior que o <em>delirium</em>, por&eacute;m, &eacute; a fadiga, que pode afetar a sa&uacute;de mental daqueles que foram contaminados pelo novo coronav&iacute;rus.&nbsp;</p>
<p>&ldquo;Embora seja muito cedo para termos certeza disso, no caso da epidemia de Sars, em 2003, metade dos sobreviventes entrevistados se queixava de fadiga depois de mais de 3 anos. Isso significa que s&atilde;o importantes as interven&ccedil;&otilde;es na sa&uacute;de mental dos sobreviventes da covid-19, para ajud&aacute;-los a lidar com uma convalescen&ccedil;a prolongada&rdquo;, diz o m&eacute;dico.</p>
<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152503-respostas-principais-perguntas-covid-19-mapas-graficos.htm" target="_blank"><span data-fonte=" data-fonte-url=" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/18/legenda-corona-18103356737131.jpg" alt="Legenda Corona" /></span></a></p>
<p><strong>Leia tamb&eacute;m</strong>:</p>
<ul>
<li><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115138-entenda-por-que-a-vacina-contra-o-coronavirus-pode-chegar-em-tempo-recorde.htm" target="_blank" title="Entenda por que a vacina contra o coronav&iacute;rus pode chegar em tempo recorde">Entenda por que a vacina contra o coronav&iacute;rus pode chegar em tempo recorde</a><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154891-especialistas-indicam-novo-coronavirus-espalha-ar.htm" target="_blank" title="Especialistas indicam que o novo coronav&iacute;rus se espalha pelo ar" style="background-color: transparent;"></a></li>
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Julia Marinho