Imagem de Lua apresenta sinais de atividade tectônica recente no megacurioso

Atividade em seu interior ecoa a colisão que quase a destruiu há bilhões de anos

A poeira lunar foi um inconveniente para os astronautas do projeto Apollo: grudava em tudo. No entanto, foi esse p&oacute; fino, chamado regolito, que forneceu a pista para que astr&ocirc;nomos conclu&iacute;ssem que a Lua n&atilde;o &eacute; t&atilde;o "pl&aacute;cida e quieta" como aparenta.
Mo&iacute;do h&aacute; bilh&otilde;es de anos pelo impacto de meteoritos grandes e pequenos que caem na Lua, o regolito cobre quase todo o sat&eacute;lite &mdash; &aacute;reas com rochas expostas s&atilde;o muito raras. Por&eacute;m, o Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), da <a href="http://www.tecmundo.com.br/nasa/" target="_blank" title="NASA">NASA</a>, detectou estranhos pontos nus dentro e ao redor dos maria lunarium&nbsp;(ou mares lunares): as grandes manchas escuras na superf&iacute;cie do sat&eacute;lite.
Segundo a pesquisa liderada pelo estudante de p&oacute;s-gradua&ccedil;&atilde;o&nbsp;Adomas Valantinas, da Universidade de Berna, o mist&eacute;rio repousa em cordilheiras cujos cumes limpos parecem ser "a evid&ecirc;ncia de processos tect&ocirc;nicos ativos". Estes seriam causados pelo impacto de um planeta-an&atilde;o que deformou a Lua e quase a destruiu, h&aacute; 4,3 bilh&otilde;es de anos.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/151030-nova-pesquisa-explica-colisao-resultou-terra-na-lua.htm" target="_blank" title="Nova pesquisa explica a colis&atilde;o que resultou na Terra e na Lua">Nova pesquisa explica a colis&atilde;o que resultou na Terra e na Lua</a>
<h2>&Aacute;reas sem a onipresente poeira lunar</h2>
"Impactos gigantescos t&ecirc;m efeitos duradouros. A Lua tem uma mem&oacute;ria longa. O que estamos vendo hoje na superf&iacute;cie &eacute; um testemunho de segredos que ela ainda guarda&rdquo;, explicou o astr&ocirc;nomo Peter Schultz, professor do Departamento de Ci&ecirc;ncias Ambientais e Planet&aacute;rias da Terra da Universidade Brown e coautor da pesquisa.
Para o estudo, Valantinas (que &eacute; aluno visitante na Brown) mediu a temperatura da superf&iacute;cie lunar usando as observa&ccedil;&otilde;es noturnas do Diviner &mdash; o radi&ocirc;metro infravermelho a bordo do LRO. Isso forneceu um mapa com mais de 500 &aacute;reas de rochas expostas e revelou que, durante a noite lunar, elas ret&ecirc;m mais calor do que as superf&iacute;cies cobertas de regolito.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/06/06164613833440.jpg" alt="A an&aacute;lise em infravermelho (acima, &agrave; esquerda) revelou onde o regolito est&aacute; ausente." />A an&aacute;lise em infravermelho (acima, &agrave; esquerda) revelou onde o regolito est&aacute; ausente.
"O cume dessas montanhas ficar&aacute; assim por pouco tempo, j&aacute; que o regolito est&aacute; constantemente se acumulando na superf&iacute;cie. Pedras nuas exigem uma explica&ccedil;&atilde;o de como e por que est&atilde;o expostas&rdquo;, diz Schultz que, junto com Valantinas, encontrou uma correla&ccedil;&atilde;o interessante entre os dados coletados pelo Diviner e outra miss&atilde;o lunar.
<h2>Superf&iacute;cie e profundezas alinhadas</h2>
A Gravity Recovery and Interior Laboratory (GRAIL) foi uma miss&atilde;o americana da NASA que mapeou a Lua interna e externamente, revelando uma rede de fissuras que serviam como canais para o magma fluir &agrave; superf&iacute;cie e formar profundas intrus&otilde;es (uma rocha &iacute;gnea que se cristaliza no interior da crosta). A dupla de pesquisadores apontou o alinhamento quase perfeito das cordilheiras com as intrus&otilde;es reveladas pelo GRAIL.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/06/06184852585520.jpg" alt="A miss&atilde;o GRAIL revelou atividade tect&ocirc;nica antiga sob a superf&iacute;cie lunar" />A miss&atilde;o GRAIL revelou atividade tect&ocirc;nica antiga sob a superf&iacute;cie lunar.
Para a dupla de pesquisadores, as montanhas ainda est&atilde;o se erguendo do solo lunar: a crosta do sat&eacute;lite se rompe, e o regolito escorrega pelas fendas deixando os blocos expostos.&nbsp;
&ldquo;Como tudo na Lua &eacute; coberto rapidamente, isso ainda deve estar acontecendo&rdquo;, explica Schutz. Esse especialista em Geologia planet&aacute;ria e crateras de impacto refere-se ao processo como Sistema Tect&ocirc;nico Pr&oacute;ximo Ativo (ANTS), ativado pela colis&atilde;o da Lua com o planeta-an&atilde;o.
O choque foi t&atilde;o poderoso que esmigalhou internamente o lado oposto do sat&eacute;lite (aquele voltado para a Terra). O espa&ccedil;o vazio foi preenchido por magma, formando o padr&atilde;o revelado pelo GRAIL. &ldquo;As cordilheiras est&atilde;o respondendo hoje ao que aconteceu h&aacute; 4,3 bilh&otilde;es de anos", concluiu Schultz.
Veja tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/152574-nasa-desenvolve-mapa-caleidoscopio-detalha-geologia-lunar.htm" target="_blank" title="NASA desenvolve mapa caleidosc&oacute;pio que detalha a geologia lunar">NASA desenvolve mapa caleidosc&oacute;pio que detalha a geologia lunar</a>
<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152892-lua-apresenta-sinais-atividade-tectonica-recente.htm">Lua apresenta sinais de atividade tect&ocirc;nica recente</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Lua apresenta sinais de atividade tectônica recente

Imagem de Penhasco revela que Marte teve rios e chuvas abundantes no megacurioso

<head></head><body>Há 3,5 bilhões de anos, a vida emergia dos oceanos terrestres e, talvez, em Marte, igualmente coberto de água. Hoje, o planeta está seco, mas permaneceram evidências de rios e, agora, do ciclo da água que os alimentou. Essa é a conclusão do trabalho de uma equipe internacional de cientistas a partir dos dados enviados pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) da <a href="http://www.tecmundo.com.br/NASA" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NASA</a>.Imagens obtidas pela câmera High Resolution Imaging Science Experiment (ou HiRISE) conseguiram capturar detalhes da orla da Hellas Planitia (uma das maiores crateras de impacto do sistema solar, com 2.300 km de diâmetro e profundidade de 9km), em especial de um penhasco rochoso, com cerca de 200 metros de altura.Ali, é possível distinguir camadas de sedimentos acumulados ao longo do tempo, contando a história de rios que percorreram seu caminho por pelo menos cem mil anos, arrastando detritos e formando os depósitos agora encontrados.<iframe src="https://player.vimeo.com/video/414660682" width="640" height="360" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe><h2>Pouco para a imaginação</h2>Segundo os pesquisadores, esse penhasco em particular ergue-se em um ângulo perfeito, o que possibilitou que o orbital fotografasse, em detalhes, os padrões de empilhamento nos depósitos rochosos criados pela ação de rios antigos – o que serviu de base para a criação de modelos em 3D."Esses rochedos nos permitem visualizar rios que mudavam de curso, criando bancos de areia – exatamente como os do nosso planeta. As semelhanças impressionantes com as rochas sedimentares na Terra deixam muito pouco para a imaginação", disse um dos autores do estudo, o geólogo da Universidade de Utrecht Francesco Salese.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/07/07162204314359.jpg" alt="As faces do penhasco preservam rastros de rios ativos há 3,7 bilhões de anos.">As faces do penhasco preservam rastros de rios ativos há 3,7 bilhões de anos.<h2>Rochas sedimentares registram eras</h2>Como acontece na Terra, rochas sedimentares são formadas pelo depósito, ao longo das eras geológicas, de detritos. Seu acúmulo registra a história da região em sucessivas camadas.“Os rios levaram muito tempo para formar essas rochas, como evidenciado por uma infinidade de bancos de areia criados a partir de voçorocas. Não foi um evento único – esses cursos d’água permaneceram ativos entre dezenas a centenas de milhares de anos", explicou o geólogo planetário e coautor do estudo Joel Davis.Pelas imagens captadas foi possível determinar que os canais desses antigos rios marcianos tinham cerca de três metros de profundidade.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/05/07/07153427927320.jpg" alt="O penhasco, pelas lentes do HiRISE.">O penhasco, pelas lentes do HiRISE.<h2>Chuvas abundantes e, talvez, vida</h2>“É claro que essas rochas registram apenas uma fração do tempo pelo qual a água moveu e depositou sedimentos. A erosão é uma força poderosa e pode apagar camadas da história nas rochas. Marte abriga um registro de rochas sedimentares que se estende ainda mais no tempo do que o nosso", disse outro autor do estudo, o também geólogo da Universidade de Utrecht William McMahon.O estudo de como o sedimento foi depositado nas diversas camadas levou os pesquisadores a afirmar que Marte experimentou o mesmo ciclo da água terrestre – ou seja, os rios eram alimentados pela chuva."Para formar depósitos de 200 metros de espessura, esses rios de fluxo constante exigiriam um ambiente capaz de manter volumes significativos de água líquida por longos períodos de tempo, com um ciclo hidrológico causado pela precipitação. Uma paisagem aquática de vida longa é crucial em nossa busca por indícios de vida no planeta", disse Salese.</body><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152929-penhasco-revela-marte-teve-rios-chuvas-abundantes.htm">Penhasco revela que Marte teve rios e chuvas abundantes</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Penhasco revela que Marte teve rios e chuvas abundantes

Imagem de O que havia antes do Big Bang? no megacurioso

A teoria do Grande Salto, que fala de um Universo cíclico, pode estar correta; só falta uma física nova para testá-la

&ldquo;No princ&iacute;pio, Deus criou os c&eacute;us e a terra. A terra estava informe e vazia; as trevas cobriam o abismo e o Esp&iacute;rito de Deus pairava sobre as &aacute;guas. E Deus disse: Fa&ccedil;a-se a luz! E a luz foi feita.&rdquo; Esse trecho b&iacute;blico do Livro de G&ecirc;nesis instiga muita gente a perguntar o que existia antes de Deus criar a luz e, na sequ&ecirc;ncia, os dias e as noites, o c&eacute;u e a terra, os animais e vegetais e, por fim, o homem. O que havia antes?
Se formos hereges o bastante para fazer um paralelo entre Deus e o Universo, a resposta (ao menos, uma parte dela e mais cient&iacute;fica) pode estar no artigo dos f&iacute;sicos Robert Brandenberger e Ziwei Wang, ambos da Universidade McGill, no Canad&aacute;, publicado em janeiro no reposit&oacute;rio de artigos arXiv.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/HdPzOWlLrbE" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
A teoria do Big Bang &eacute; t&atilde;o popular que d&aacute; nome at&eacute; a uma s&eacute;rie de TV. Segundo ela, o Universo inteiro estava condensado em uma singularidade do tamanho de uma bola de t&ecirc;nis, h&aacute; 13,8 milh&otilde;es de anos e a quatrilh&otilde;es de graus. Em minutos, a bola explodiu, formando mat&eacute;ria e antimat&eacute;ria, dia e noite, a humanidade, as estrelas e o cosmos como o conhecemos.
<h2>Evid&ecirc;ncias, s&oacute; do nascimento</h2>
&ldquo;Os astr&ocirc;nomos fizeram de tudo, desde observar a radia&ccedil;&atilde;o eletromagn&eacute;tica restante do jovem Universo at&eacute; medir a abund&acirc;ncia dos elementos mais leves, e descobriram que tudo se alinha com o que o Big Bang prev&ecirc;. Tanto quanto podemos dizer, esse &eacute; um retrato preciso do nosso Universo primitivo&rdquo;, diz o astrof&iacute;sico Paul Sutter em um artigo para o site Space.
Esse teria sido o nascimento do Universo. Quanto &agrave; morte, os cientistas divergem. Entre as teorias, a do Big Crunch (ou o Grande Colapso) diz que o Universo come&ccedil;aria a encolher por conta da atra&ccedil;&atilde;o gravitacional entre seus corpos, concentrando toda a energia de 10 trilh&otilde;es de bilh&otilde;es de estrelas e colapsando em um &uacute;nico ponto &ndash; uma bola de t&ecirc;nis densa e quente, pronta para explodir. Isso lembra alguma coisa?
Big Bang e Big Crunch, unidas, formam uma terceira teoria, a do Big Bounce, ou o Grande Salto. Com a explos&atilde;o (de novo) do Universo, o ciclo se repetiria, e a mat&eacute;ria escura seguiria em seu papel de espalhar energia e mat&eacute;ria pelo Universo para que, aqui e talvez ali, a vida surgisse. &Eacute; a teoria de um ciclo c&oacute;smico, que foi deixada de lado por falta de evid&ecirc;ncias ou novas ideias &ndash; at&eacute; o artigo de Brandenberger e Wang.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/28/28192025389170.jpg" alt="O Big Bounce seria o recome&ccedil;o c&iacute;clico do nosso Universo." />O Big Bounce seria o recome&ccedil;o c&iacute;clico do nosso Universo.
Se a&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/fisica/" target="_blank" title="F&iacute;sica">f&iacute;sica</a> e a cosmologia conseguiram retroceder at&eacute; quando o Universo tinha 380 mil anos de idade, falta saber o que havia entre esse momento e marco zero &ndash; os primeiros momentos do cosmos. N&atilde;o existe (ainda) uma f&iacute;sica que os explique. O trabalho dos dois pesquisadores mostra que a teoria do Big Bounce n&atilde;o est&aacute; errada &ndash; os cientistas &eacute; que ainda n&atilde;o t&ecirc;m as ferramentas certas para estrutur&aacute;-la corretamente.
&ldquo;Robert Brandenberger e Ziwei Wang descobriram que, para explicar o momento do Grande Salto, &eacute; poss&iacute;vel alinhar tudo para obter o resultado apropriado e observacionalmente testado. Mas, para testar esse modelo, teremos que esperar uma nova gera&ccedil;&atilde;o de experimentos de cosmologia,&rdquo; diz Paul Sutter em seu artigo.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114178-neutrinos-podem-explicar-um-dos-maiores-misterios-da-fisica.htm" target="_blank" title="Neutrinos podem explicar um dos maiores mist&eacute;rios da f&iacute;sica">Neutrinos podem explicar um dos maiores mist&eacute;rios da f&iacute;sica</a><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152615-havia-big-bang.htm">O que havia antes do Big Bang?</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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O que havia antes do Big Bang?

Imagem de Pesquisa descobre quais células são invadidas pelo Sars-CoV-2 no megacurioso

A má notícia: parece que o Interferon, droga usada no combate à doença, também ajuda o vírus a sinalizar que células invadir

Uma for&ccedil;a-tarefa com pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT), Massachusetts General Hospital (MGH) e de Harvard conseguiu identificar as c&eacute;lulas mais visadas pelo v&iacute;rus Sars-CoV-2, respons&aacute;vel pela pandemia de covid-19. A pesquisa traz tamb&eacute;m uma m&aacute; not&iacute;cia: o v&iacute;rus pode estar usando o Interferon (droga-chave no tratamento de pacientes infectados) para encontrar seus alvos.
O v&iacute;rus usa suas esp&iacute;culas (como as pontas de uma coroa &ndash; corona em latim, da&iacute; seu nome) para se ligar &agrave; membrana da c&eacute;lula, em um sistema conhecido como chave e fechadura (sendo a esp&iacute;cula, a chave). Ele introduz sua &ldquo;chave falsa&rdquo; nos receptores ACE2 (a fechadura) na membrana da c&eacute;lula, usado por uma enzima conversora da prote&iacute;na angiotensina. Outra prote&iacute;na, a enzima TMPRSS2, facilita a entrada do v&iacute;rus na c&eacute;lula hospedeira.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/29/29201252406003.jpg" alt="Micrografia eletr&ocirc;nica de varredura colorida de uma c&eacute;lula humana infectada pelo v&iacute;rus SARS-CoV-2 (em rosa)." />Micrografia eletr&ocirc;nica de varredura colorida de uma c&eacute;lula humana infectada pelo v&iacute;rus Sars-CoV-2 (em rosa).
Os pesquisadores rastrearam as c&eacute;lulas que produzem as duas prote&iacute;nas facilitadoras do Sars-CoV-2 &nbsp;&ndash; e, como se desconfiava, elas est&atilde;o nos pulm&otilde;es, nas vias nasais e no intestino. "Assim que confirmamos bioquimicamente o papel dessas prote&iacute;nas, come&ccedil;amos a procurar onde elas estavam para saber que c&eacute;lulas o v&iacute;rus pode atingir", explicou o imunologista Jose Ordovas-Montanes, um dos autores do estudo publicado na revista cient&iacute;fica Cell.
<h2>C&eacute;lulas mais visadas</h2>
O laborat&oacute;rio do f&iacute;sico-qu&iacute;mico Alex K. Shalek (tamb&eacute;m autor da pesquisa) uniu-se a outros pelo mundo para sequenciar, em larga escala, o RNA de dezenas de milhares de c&eacute;lulas humanas, primatas e de camundongos. O DNA envia o RNA do n&uacute;cleo para o citoplasma com as instru&ccedil;&otilde;es do que deve ser sintetizado pela c&eacute;lula &ndash; incluindo prote&iacute;nas e enzimas.
Desde 2019 o MIT vem construindo um banco de dados celulares e conta com a colabora&ccedil;&atilde;o de in&uacute;meros laborat&oacute;rios &ndash; inclusive os do Human Cell Atlas (ou Atlas de C&eacute;lulas Humanas). Usando todas essas informa&ccedil;&otilde;es, foi poss&iacute;vel rastrear as c&eacute;lulas que cont&ecirc;m as duas prote&iacute;nas ajudantes do Sars-CoV-19. Nas dos pulm&otilde;es, das passagens nasais e do intestino, foi encontrado o RNA dessas duas prote&iacute;nas em muito mais quantidade do que em outras c&eacute;lulas.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;IOC/Fiocruz/D&eacute;bora F. Barreto Vieira/Divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://portal.fiocruz.br/noticia/covid-19-imagens-mostram-o-momento-da-infeccao-em-celula"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/29/29202002905007.jpg" alt="No canto inferior esquerdo (c&iacute;rculo claro), &eacute; poss&iacute;vel ver uma c&eacute;lula, morta e infestada de v&iacute;rus." />No canto inferior esquerdo (c&iacute;rculo claro), &eacute; poss&iacute;vel ver uma c&eacute;lula, morta e infestada de v&iacute;rus.
Nas passagens nasais, as c&eacute;lulas que produzem muco apresentaram RNA para as duas prote&iacute;nas que o v&iacute;rus usa para infectar c&eacute;lulas. Nos pulm&otilde;es, ele est&aacute; nas c&eacute;lulas que revestem os alv&eacute;olos (onde ocorre a troca de g&aacute;s carb&ocirc;nico e oxig&ecirc;nio). No intestino, o RNA est&aacute; presente nos enter&oacute;citos (c&eacute;lulas que absorvem alguns nutrientes).
<h2>Interferon pode estar ajudando o v&iacute;rus</h2>
Uma surpresa preocupante surgiu da pesquisa: ao tratar as c&eacute;lulas que revestem as vias a&eacute;reas com Interferon (droga que est&aacute; sendo usada no tratamento de doentes da covid-19), os pesquisadores descobriram que ele ativa o receptor ACE2, o mesmo usado pelo Sars-CoV-2 para entrar na c&eacute;lula. Isso sugere que o v&iacute;rus est&aacute; evoluindo para usar as defesas naturais das c&eacute;lulas em proveito pr&oacute;prio.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/29/29201023078002.jpg" alt="O interferon, droga usada no tratamento dos infectados pelo SARS-CoV-2, pode estar mostrando ao v&iacute;rus que c&eacute;lulas atacar." />O Interferon, droga usada no tratamento dos infectados pelo Sars-CoV-2, pode estar mostrando ao v&iacute;rus que c&eacute;lulas atacar.
Para a equipe de cientistas do MIT, o papel do Interferon no combate &agrave; doen&ccedil;a pode ser mais complexo do que se imagina: se ele ajuda o organismo a combater a infec&ccedil;&atilde;o, tamb&eacute;m parece indicar ao v&iacute;rus quais c&eacute;lulas ele deve atacar. &ldquo;S&oacute; saberemos atrav&eacute;s de ensaios cl&iacute;nicos controlados&rdquo;, diz Shalek.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152627-pesquisa-descobre-celulas-invadidas-sars-cov-2.htm">Pesquisa descobre quais células são invadidas pelo Sars-CoV-2</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Pesquisa descobre quais células são invadidas pelo Sars-CoV-2

Imagem de Instituto de Oxford está mais próximo da vacina contra a covid-19 no megacurioso

Testes clínicos com humanos já começaram; se derem certo, vacina começará a ser produzida ainda neste ano

Em janeiro, a vacinologista da Universidade de Oxford Sarah Gilbert soube que cientistas chineses estavam estudando um v&iacute;rus misteriosos surgido em Wuhan. Ela pediu uma cepa para seu laborat&oacute;rio. &ldquo;Pensei: &lsquo;Ser&aacute; um pequeno projeto de laborat&oacute;rio para publicarmos um artigo&rsquo;&rdquo;, disse ela ao jornal The New York Times.
Esse "pequeno projeto de laborat&oacute;rio" pode agora ser aquele que resultar&aacute; na primeira vacina, a ChAdOx1 nCoV-19, contra o novo <a href="http://www.tecmundo.com.br/coronavirus/" target="_blank" title="Coronav&iacute;rus">coronav&iacute;rus</a>.
Ela e o tamb&eacute;m vacinologista Adrian Hill, diretor do Instituto Jenner e professor de gen&eacute;tica humana na Universidade de Oxford, lideram a pesquisa que est&aacute; &agrave; frente das outras: o Jenner trabalha h&aacute; d&eacute;cadas com inocula&ccedil;&otilde;es j&aacute; testadas em humanos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/29/29132753793485.jpg" alt="O vacinologista Adrian Hill est&aacute; &agrave; frente da pesquisa no Instituto Jenner, na Universidade de Oxford." />O vacinologista Adrian Hill est&aacute; &agrave; frente da pesquisa no Instituto Jenner, na Universidade de Oxford.
Nessa corrida contra o tempo e o v&iacute;rus, um dos problemas que a equipe do instituto brit&acirc;nico enfrenta &eacute;, ironicamente, a conten&ccedil;&atilde;o da pandemia. A &eacute;tica m&eacute;dica impede que participantes de testes cl&iacute;nicos sejam infectados com uma doen&ccedil;a grave; &eacute; preciso que o v&iacute;rus ainda esteja se espalhando naturalmente.
<h2>Dados cl&iacute;nicos embasaram permiss&atilde;o</h2>
Os reguladores de&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/saude/" target="_blank" title="Sa&uacute;de">sa&uacute;de</a> brit&acirc;nicos permitiram a testagem em humanos baseados nos dados de seguran&ccedil;a oriundos de testes cl&iacute;nicos, acumulados em d&eacute;cadas de estudos do instituto para vacinas contra ebola, S&iacute;ndrome Respirat&oacute;ria do Oriente M&eacute;dio (Mers) e mal&aacute;ria.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/29/29132935293486.jpg" alt="Testes cl&iacute;nicos com outras doen&ccedil;as deram ao Instituto Jenner vantagem na corrida contra a covid-19." />Testes cl&iacute;nicos com outras doen&ccedil;as deram ao Instituto Jenner vantagem na corrida contra a covid-19.
O ensaio cl&iacute;nico da Fase I come&ccedil;ou no &uacute;ltimo dia 23 de abril, com 1,1 mil pessoas; outras 5 mil far&atilde;o parte das fases II e III em maio.
Na Gr&atilde;-Bretanha, a taxa de novas infec&ccedil;&otilde;es come&ccedil;ou a cair, e o medo de Hill e sua equipe &eacute; que o ensaio cl&iacute;nico falhe por falta de infectados. O instituto talvez precise ir atr&aacute;s do v&iacute;rus onde a pandemia n&atilde;o arrefeceu, como na &Aacute;frica e na &Iacute;ndia. "N&atilde;o descartamos a ideia de ter que acabar testando a vacina nos EUA em novembro", disse Hill.
<h2>Macacos vacinados e saud&aacute;veis</h2>
Pesquisadores do Laborat&oacute;rio das Montanhas Rochosas do Instituto Nacional de Sa&uacute;de de Montana, EUA, inocularam em mar&ccedil;o seis macacos rhesus (a mesma esp&eacute;cie que forneceu ao mundo o fator sangu&iacute;neo Rh) com a vacina produzida pelo Instituto Jenner. Um m&ecirc;s depois, todos continuavam saud&aacute;veis.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;China Daily/REUTERS/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://de.reuters.com/article/us-china-health/china-clones-gene-edited-monkeys-for-sleep-disorder-research-idUSKCN1PI045"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/29/29133739776493.jpg" alt="Macacos rhesus s&atilde;o usados em experimentos em laborat&oacute;rio por sua fisiologia, a mais pr&oacute;xima da humana." />Macacos rhesus s&atilde;o usados em experimentos em laborat&oacute;rio por sua fisiologia, a mais pr&oacute;xima da humana.
O sucesso do laborat&oacute;rio americano pode n&atilde;o se repetir em seres humanos. Mesmo assim, os cientistas em Oxford est&atilde;o otimistas: a maioria das etapas que envolvem a descoberta de uma nova vacina j&aacute; ficou para tr&aacute;s no Instituto Jenner, ao contr&aacute;rio de outros laborat&oacute;rios.
<h2>Americanos exigiram exclusividade</h2>
"&Eacute; um programa cl&iacute;nico muito r&aacute;pido. De qualquer maneira, ser&aacute; preciso mais de uma vacina; isso ajudar&aacute; a evitar gargalos na fabrica&ccedil;&atilde;o&rdquo;, disse o diretor do programa de vacinas da Funda&ccedil;&atilde;o Bill e Melinda Gates, Emilio Emini, que est&aacute; financiando institutos e laborat&oacute;rios em busca da vacina.
O cl&iacute;nico acad&ecirc;mico de Oxford Alexander Douglas j&aacute; est&aacute; em negocia&ccedil;&otilde;es com meia d&uacute;zia de laborat&oacute;rios da Europa e &Aacute;sia para a produ&ccedil;&atilde;o de bilh&otilde;es de doses no menor prazo poss&iacute;vel, se a vacina for aprovada.&nbsp;
Fabricantes dos EUA foram descartados por exigirem licen&ccedil;as mundiais exclusivas. At&eacute; agora, nenhum dos fabricantes europeu ou asi&aacute;tico pediu ou recebeu exclusividade (um deles &eacute; o maior fornecedor mundial de vacinas, o Serum Institute of India).<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152598-instituto-oxford-proximo-vacina-covid-19.htm">Instituto de Oxford está mais próximo da vacina contra a covid-19</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Instituto de Oxford está mais próximo da vacina contra a covid-19

Imagem de Voo dos pterossauros pode resolver problemas modernos da aviação no megacurioso

A maneira como alcançavam altura e se sustentavam no ar seria a resposta para drones mais eficientes e voos mais seguros

"H&aacute; coisas muito legais nos registros f&oacute;sseis que n&atilde;o s&atilde;o exploradas porque os engenheiros geralmente n&atilde;o olham para a Paleontologia quando pensam em solu&ccedil;&otilde;es para problemas aeron&aacute;uticos&rdquo;, declarou&nbsp;Liz Martin-Silverstone, pesquisadora e p&oacute;s-doutoranda da Universidade de Bristol, ao site Sci-News.
Ela se referia &agrave; sua pesquisa, publicada na revista Trends in Ecology &amp; Evolution, que trata da fisiologia dos pterossauros e de outros dinossauros voadores. Esses animais poderiam ensinar velhos truques para solucionar problemas de novas tecnologias, como estabilidade de voo e formas de lan&ccedil;amento de <a href="http://www.tecmundo.com.br/drones/" target="_blank" title="Drones">drones</a>.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;National Geographic/Robert Clark/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://nationalgeographic.sapo.pt/historia/grandes-reportagens/1658-pterossauros-bizarras-maravilhas-aladas"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/27/27004755777116.jpg" alt="Esse f&oacute;ssil de um Jeholopterus mostra vest&iacute;gios do que seria penugem, o que sugere que pterossauros mais evolu&iacute;dos teriam sangue quente." />Esse f&oacute;ssil de um Jeholopterus mostra vest&iacute;gios do que seria penugem, o que sugere que pterossauros mais evolu&iacute;dos teriam sangue quente.
Segundo explicou o paleont&oacute;logo Nizar Habib &agrave; revista National Geographic, pterossauros possu&iacute;am uma membrana que come&ccedil;ava no ombro, indo at&eacute; o tornozelo, formando suas asas. Isso tornava poss&iacute;vel a eles al&ccedil;ar voo, apesar de seu tamanho e peso: algumas esp&eacute;cies tinham asas com mais de dez metros de envergadura e corpos pesando mais de 250 kg, encimados por cabe&ccedil;as de 3 metros de comprimento.
Para Liz Martin-Silverstone, f&oacute;sseis desses animais pr&eacute;-hist&oacute;ricos podem dar &agrave; engenharia aeroespacial uma vis&atilde;o extraordinariamente profunda da anatomia de suas asas e de sua capacidade de voar. &ldquo;Embora voc&ecirc; n&atilde;o saiba exatamente o formato da asa, &eacute; poss&iacute;vel modelar sua efic&aacute;cia e determinar qual seria o melhor desempenho em condi&ccedil;&otilde;es naturais&rdquo;.
<h2>Sobre quatro membros, como corredores</h2>
Por&eacute;m, saber como esses animais gigantescos levantavam voo &eacute; outra hist&oacute;ria. Se no mundo moderno lan&ccedil;ar-se ao ar atrav&eacute;s de um salto &eacute; procedimento comum no reino animal, quanto maior a ave, mais impulso ela precisa.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;National Geographic/Robert Clark/Reprodu&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://nationalgeographic.sapo.pt/historia/grandes-reportagens/1658-pterossauros-bizarras-maravilhas-aladas"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/27/27005418355117.jpg" alt="Modelo de um Quetzalcoatlus northropi &eacute; pintado antes de ser entregue a um museu no Kuwait." />Modelo de um Quetzalcoatlus northropi &eacute; pintado antes de ser entregue a um museu no Kuwait.
Uma das hip&oacute;teses sugere que pterossauros al&ccedil;ariam voo dando um salto potente. Usando cotovelos e pulsos, o animal come&ccedil;aria a voar a partir da altura alcan&ccedil;ada. "Um dos problemas que hoje a tecnologia enfrenta &eacute; que drones precisam de uma superf&iacute;cie plana para ser lan&ccedil;ado. Conhecer a fisiologia de lan&ccedil;amento dos pterossauros pode ajudar a resolver alguns desses problemas ", explicou a pesquisadora.
O paleont&oacute;logo Nizar Habib usou, por sua vez, equa&ccedil;&otilde;es aeron&aacute;uticas para determinar como os pterossauros levantavam voo. Segundo ele, esses animais n&atilde;o se lan&ccedil;avam a partir dos dois p&eacute;s (de acordo com Habib, por causa do peso isso teria despeda&ccedil;ado as pernas do animal na decolagem).&nbsp;
Para ele, a posi&ccedil;&atilde;o ideal seria sobre quatro patas: &ldquo;posicionando-se sobre os membros anteriores e impulsionando-se para o ar", como acontece com um corredor profissional na largada.
<h2>Voar e permanecer no ar</h2>
Era preciso ainda continuar voando e, por isso, o modo como os pterossauros lidavam com a vibra&ccedil;&atilde;o de suas asas gigantescas pode ajudar a resolver problemas de instabilidade no ar.&nbsp;
Para Nizar, apesar de retratados como desengon&ccedil;ados, pterossauros eram elegantes e sofisticadas m&aacute;quinas voadoras. &ldquo;O Nyctosaurus, um pterossauro marinho parecido com um albatroz, tinha um r&aacute;cio de planagem no n&iacute;vel de um planador de corrida contempor&acirc;neo&rdquo;, diz ele.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/mfYuvlE78Nk" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
As estrat&eacute;gias de voo desses animais ainda permanecem ocultas em seus f&oacute;sseis. "Se combinarmos nosso conhecimento de animais vivos e extintos, teremos uma chance muito maior de superar os obst&aacute;culos que ainda dificultam o voo feito pelo homem&rdquo;, resume a pesquisadora.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152513-voo-pterossauros-resolver-modernos-problemas-aviacao.htm">Voo dos pterossauros pode resolver problemas modernos da aviação</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Voo dos pterossauros pode resolver problemas modernos da aviação

Imagem de 'Fique no bunker' é o novo lema dos muito ricos no megacurioso

Quem tem muito dinheiro está se mudando para abrigos equipados com todo o conforto e ventiladores hospitalares

Em um artigo para o site The Conversation, a medievalista inglesa Kathryn McKinley diz que &ldquo;em 1348, o italiano Giovanni Boccaccio escreveu O Decamer&atilde;o, que nos d&aacute; uma amostra da vida medieval durante a Peste Negra. Os ricos se isolaram em casas de campo, onde desfrutavam de vinhos e provis&otilde;es de qualidade, enquanto a classe m&eacute;dia e pobre &lsquo;pegou a praga aos milhares ali mesmo em seu pr&oacute;prio bairro, dia ap&oacute;s dia&rsquo;.&rdquo;&nbsp;
Os milion&aacute;rios n&atilde;o mais se escondem em &ldquo;casas de campo&rdquo;; o destino agora &eacute; um bunker particular na Nova Zel&acirc;ndia, levando &ldquo;provis&otilde;es de qualidade&rdquo; que podem incluem ventiladores hospitalares. A empresa americana Risinng S Company recebeu liga&ccedil;&otilde;es tanto de novos clientes como de antigos &ndash; esses, perguntando como entrar em seus pr&oacute;prios abrigos, j&aacute; que nunca haviam estado l&aacute;.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/27/27184725825320.jpg" alt="Um bunker de tamanho m&eacute;dio custa em torno de US$ 3 milh&otilde;es (ou R$ 16.96 milh&otilde;es)." />Um bunker de tamanho m&eacute;dio custa em torno de US$ 3 milh&otilde;es (ou R$ 16.96 milh&otilde;es).
&ldquo;Um executivo do Vale do Sil&iacute;cio nos ligou para saber como abrir a porta secreta de seu abrigo. Al&eacute;m de checar se a combina&ccedil;&atilde;o da porta ainda valia, fez perguntas sobre a rede el&eacute;trica e o aquecedor de &aacute;gua quente, e se precisava levar &aacute;gua extra ou filtros de ar&rdquo;, contou &agrave; Bloomberg o gerente geral da empresa Gary Lynch.&nbsp;
<h2>Nova Zel&acirc;ndia, destino pr&eacute;-apocalipse</h2>
O empres&aacute;rio de tecnologia, dono do abrigo multimilion&aacute;rio a quatro metros de profundidade em solo neozeland&ecirc;s, n&atilde;o &eacute; o &uacute;nico a fugir para l&aacute;. A Vivos foi a construtora de um bunker para 300 pessoas na Ilha Sul, a maior do pa&iacute;s.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/8PMV6zNrCh8" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
"O que realmente preocupa as pessoas &eacute; o que resultar&aacute; da pandemia. Os ricos temem que um colapso econ&ocirc;mico ou mesmo uma depress&atilde;o global leve a popula&ccedil;&atilde;o a se revoltar. Eles n&atilde;o querem ter que suas casas quando gangues de saqueadores aparecerem", disse Vicino.
A Nova Zel&acirc;ndia &eacute; sede de mais abrigos do que se possa imaginar. A pr&oacute;pria Rising construiu no pa&iacute;s pelo menos dez bunkers nos &uacute;ltimos anos, a um custo m&eacute;dio de US$ 3 milh&otilde;es cada. A cifra pode subir vertiginosamente com a adi&ccedil;&atilde;o de recursos como sal&otilde;es de jogo e para pr&aacute;tica de tiro, academia de gin&aacute;stica, cinema, teatro e mesmo uma ala m&eacute;dica esterilizada e completamente equipada &ndash; incluindo ventiladores hospitalares.
<h2>Ricos disputam com hospitais</h2>
Segundo o jornal New York Times, a escassez de equipamentos de ventila&ccedil;&atilde;o &eacute; cr&ocirc;nica e atinge o mundo inteiro, com hospitais e governos tentando maximizar o uso dos que j&aacute; t&ecirc;m e procurando solu&ccedil;&otilde;es alternativas. Em meio a esse caos, quem tem dinheiro sobrando est&aacute; &agrave; procura de um ventilador hospitalar para chamar de seu.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/27/27184431293318.jpg" alt="Os abrigos maiores da Rising contam com uma unidade m&eacute;dica." />Os abrigos maiores da Rising contam com uma unidade m&eacute;dica.
&ldquo;Administradores de hospitais e funcion&aacute;rios do governo me ligam sem parar &agrave; procura de ventiladores. N&atilde;o somente eles; pessoas ricas tamb&eacute;m, na esperan&ccedil;a de comprar seus pr&oacute;prios ventiladores pessoais&rdquo;, disse o fabricante de ventiladores Ventec Chris Kiple ao jornal americano.
Como diz Kathryn McKinley, &ldquo;O Decamer&atilde;o levanta a quest&atilde;o de como os ricos se relacionam com os pobres em tempos de sofrimento generalizado; qual &eacute; o valor de uma vida? Em nossa pr&oacute;pria pandemia, com milh&otilde;es de desempregados devido a um v&iacute;rus que matou milhares, essas quest&otilde;es s&atilde;o extremamente relevantes&rdquo;, conclui.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152519-fique-bunker-novo-lema-ricos.htm">'Fique no bunker' é o novo lema dos muito ricos</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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'Fique no bunker' é o novo lema dos muito ricos

Imagem de Hubble, o telescópio míope que viu mais longe, faz 30 anos no megacurioso

Considerado inicialmente um fracasso bilionário da NASA, ele acabou fornecendo à Ciência as mais belas imagens do universo

Em 1990, o 1&ordm; McDonald's foi aberto em Moscou, a homossexualidade deixou de ser uma doen&ccedil;a, as duas Alemanhas tornaram-se uma s&oacute; e, no Jap&atilde;o, foi lan&ccedil;ado o Super <a href="http://www.tecmundo.com.br/nintendo/" target="_blank" title="Nintendo">Nintendo</a>. Em 24 de abril daquele ano, subiu &agrave; &oacute;rbita terrestre o &ocirc;nibus espacial Discovery, levando a bordo aquele que carregava as esperan&ccedil;as por um novo salto na <a href="http://www.tecmundo.com.br/astronomia/" target="_blank" title="Astronomia">Astronomia</a> e na F&iacute;sica: o telesc&oacute;pio espacial Hubble.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/26/26201609837073.jpg" alt="O Hubble sobe ao espa&ccedil;o a bordo do &ocirc;nibus espacial Discovery." />O Hubble sobe ao espa&ccedil;o a bordo do &ocirc;nibus espacial Discovery.
Em 3 d&eacute;cadas de atividade, ele se provou mais do que uma fonte de &ldquo;imagens bonitinhas&rdquo;, como era desdenhado dentro de alguns c&iacute;rculos da <a href="http://www.tecmundo.com.br/nasa/" target="_blank" title="NASA">NASA</a>. Gra&ccedil;as a ele, os cientistas olharam mais longe e perceberam detalhes antes desconhecidos em nosso quintal planet&aacute;rio. O Hubble nasceu na esperan&ccedil;a, cresceu alimentado de expectativas e falhou miseravelmente quando foi posto em a&ccedil;&atilde;o.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/Lo43Gq_Xe 1M" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
<h2>Espelhos feitos no v&aacute;cuo</h2>
Quando foi posto em &oacute;rbita, os engenheiros de voo soltaram a respira&ccedil;&atilde;o ao perceber que o telesc&oacute;pio havia sobrevivido inc&oacute;lume ao lan&ccedil;amento. Em 20 de maio, as primeiras imagens come&ccedil;aram a chegar, mas a &uacute;nica coisa que se via eram borr&otilde;es. O Hubble era m&iacute;ope.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/26/26202044874076.jpg" alt="A primeira imagem do Hubble era apenas um pouco melhor do que a captada por um telesc&oacute;pio na Terra." />A primeira imagem do Hubble era apenas um pouco melhor do que a captada por um telesc&oacute;pio na Terra.
Um de seus espelhos havia sido polido incorretamente e esse erro (menor que a espessura de um fio de cabelo) tornava-o um dos maiores e mais caros fiascos da hist&oacute;ria da NASA.&nbsp;
<h2>Polido com piche</h2>
A produ&ccedil;&atilde;o do espelho principal come&ccedil;ou em 1977, quando foi feito seu molde em vidro. Ele n&atilde;o tinha um espelho convencional (que o faria muito pesado) e sim, 2 fatias&nbsp;finas de silicato de tit&acirc;nio. Estas n&atilde;o podiam se encostar, ent&atilde;o tubos de vidro &mdash; pelos quais apenas ar passava &mdash; foram colocados entre elas.
Duas empresas rivais foram chamadas: a Perkin-Elmer (empresa americana especializada em instrumentos &oacute;pticos e eletr&ocirc;nicos) e a gigante das m&aacute;quinas fotogr&aacute;ficas Eastman-Kodak. A primeira ganhou o contrato.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;NASA/Cole&ccedil;&atilde;o Marshall Space Flight Center/Divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://www.nasa.gov/centers/marshall/home/marshall50/photos/7995584.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/26/26203001165081.jpg" alt="Um dos espelhos do Hubble sendo polido nas instala&ccedil;&otilde;es da Perkin-Elmer." />Um dos espelhos do Hubble sendo polido nas instala&ccedil;&otilde;es da Perkin-Elmer.
A fase final do polimento envolveu um suporte feito de barras de tit&acirc;nio (cada uma com uma safira em cima) ajustado nas costas do espelho. Deitado nesse ber&ccedil;o caro (US$ 2 milh&otilde;es), o espelho foi polido por meses, dias e noites, usando-se algo como piche e p&oacute; de arroz.
O polimento consistia em esfregar cada mil&iacute;metro do espelho com esse piche e, para que ele n&atilde;o riscasse o vidro, sobre ele os t&eacute;cnicos aplicavam algo parecido ao p&oacute; de arroz. Para saber onde polir, foi usado um laser que, ao deslizar sobre a superf&iacute;cie, produzia um gr&aacute;fico com irregularidades na superf&iacute;cie, em bilion&eacute;simos de mil&iacute;metro.
<h2>Reflex&atilde;o quase perfeita</h2>
Ao fim do processo de polimento, o espelho foi levado para uma c&acirc;mera de v&aacute;cuo &mdash; era novembro de 1981. Os canh&otilde;es de el&eacute;trons come&ccedil;aram seu trabalho de vaporizar o alum&iacute;nio que seria a superf&iacute;cie refletora do espelho (e a camada n&atilde;o poderia ter mais que 80 nan&ocirc;metros de espessura). Tr&ecirc;s minutos depois, os t&eacute;cnicos abriram a c&acirc;mara, mas n&atilde;o havia nada l&aacute;, a n&atilde;o ser uma sala vazia e um teto estranhamente mais alto.
&ldquo;Percebi depois que estava olhando para o reflexo de um espelho de brilho fant&aacute;stico&rdquo;, conta Jack Kurdock, na &eacute;poca engenheiro na Perkin-Elmer. A NASA, nas palavras do engenheiro William Fastie, considerou que &ldquo;o telesc&oacute;pio espacial Hubble tem o espelho mais perfeito j&aacute; constru&iacute;do. N&atilde;o temos d&uacute;vidas de que, com ele, enxergaremos centenas de milh&otilde;es de anos-luz al&eacute;m do que esper&aacute;vamos&rdquo;.
Por tr&ecirc;s anos, o Hubble permaneceu em um galp&atilde;o esterilizado na Calif&oacute;rnia &agrave; espera de seu lan&ccedil;amento, adiado in&uacute;meras vezes por conta dos atrasos no programa espacial americano. Se&nbsp;foi o cl&iacute;max de uma longa espera quando o Discovery lan&ccedil;ou-o na &oacute;rbita terrestre, o fat&iacute;dico 20 de maio de 1990 foi como um anticl&iacute;max: o Hubble "precisava de &oacute;culos", e n&atilde;o havia ningu&eacute;m que pudesse entreg&aacute;-los a 612 km de altitude.
<h2>US$ 1,5 bilh&atilde;o por borr&otilde;es</h2>
No dia em que o telesc&oacute;pio espacial abriu os olhos pela primeira vez, a sala de imprensa do Centro Espacial Goddard estava lotada, obrigando jornalistas atrasados a ocupar o centro de visitantes. "Os astr&ocirc;nomos murmuraram algo. Todos&nbsp; ali ficaram um pouco perplexos e desconfort&aacute;veis quando a imagem apareceu, porque estava muito fora de foco. Algu&eacute;m disse: '&Eacute; isso mesmo?' &ldquo;, lembra o cientista s&ecirc;nior do projeto, o f&iacute;sico e astr&ocirc;nomo Dave Leckrone.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/IOthSu8Nyao" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Mais 3 anos foram necess&aacute;rios para que uma equipe do &ocirc;nibus espacial Atlantis consertasse o Hubble. Foram 35 horas trabalhando no espa&ccedil;o, mas finalmente o telesc&oacute;pio viu o universo.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/26/26203840711084.jpg" alt="Os famosos " pilares="" da="" cria="" o="" aglomerados="" de="" poeira="" e="" g="" s="" na="" nebulosa="" guia="" a="" cerca="" 7="" 000="" anos-luz="" terra="" />Os famosos "Pilares da Cria&ccedil;&atilde;o" aglomerados de poeira e g&aacute;s na nebulosa da &Aacute;guia, a cerca de 7 mil anos-luz da Terra.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/26/26204140430086.jpg" alt="A Nebulosa da Borboleta, a cerca de 2.000 anos-luz da Terra." />A Nebulosa da Borboleta, a cerca de 2 mil anos-luz da Terra.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/26/26205729180094.jpg" alt="O mais longe que o Hubble foi capaz de ver: uma pequena regi&atilde;o do espa&ccedil;o na constela&ccedil;&atilde;o da Fornalha, a 45 milh&otilde;es de anos-luz da Terra." />O mais longe que o Hubble foi capaz de ver: uma pequena regi&atilde;o do espa&ccedil;o na constela&ccedil;&atilde;o da Fornalha, a 45 milh&otilde;es de anos-luz da Terra.
<h2>Em breve, a aposentadoria</h2>
Al&eacute;m de ter popularizado o universo e a Astronomia como nem mesmo Carl Sagan conseguiu, o telesc&oacute;pio espacial ajudou a compreender melhor t&oacute;picos ainda nebulosos para a Ci&ecirc;ncia, como a natureza dos buracos negros e a mat&eacute;ria escura.
O Hubble passou por sua &uacute;ltima manuten&ccedil;&atilde;o em 2009; n&atilde;o haver&aacute; outra. Seu sucessor, o Telesc&oacute;pio Espacial James Webb (JWST), dever&aacute; ser lan&ccedil;ado em 30 de mar&ccedil;o de 2021 &ndash; dessa vez, n&atilde;o na &oacute;rbita terrestre, mas a 1,5 milh&atilde;o de quil&ocirc;metros da Terra. Enquanto ele n&atilde;o &eacute; lan&ccedil;ado, o Hubble continuar&aacute; a fotografar, medir e bisbilhotar o universo para n&oacute;s.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/403-XMKwqk4" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152481-hubble-telescopio-miope-viu-30-anos.htm">Hubble, o telescópio míope que viu mais longe, faz 30 anos</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Hubble, o telescópio míope que viu mais longe, faz 30 anos

Imagem de Novo telescópio começará a buscar vida extraterrestre no megacurioso

Projeto prevê pares de observatórios em todo o mundo, vasculhando o céu por sinais tecnológicos em flashes de luz visível e infravermelha

O dia 15 de agosto de 1977 &eacute; uma data que todo astr&ocirc;nomo conhece: &agrave;s 23h57m daquela noite, o telesc&oacute;pio do Observat&oacute;rio de R&aacute;dio da Universidade de Ohio captou um sinal que durou exatos 72 segundos, e que entraria para a Hist&oacute;ria da astronomia com o nome de &ldquo;Uau&rdquo; (em ingl&ecirc;s, &ldquo;Wow&rdquo;). Passados 43 anos, o sinal permanece um mist&eacute;rio.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/25/25221031342096.jpg" alt="A admira&ccedil;&atilde;o deixada no papel pelo astr&ocirc;nomo Jerry E. Ehman deu nome ao mais misterioso dos sinais captados do espa&ccedil;o." />A admira&ccedil;&atilde;o deixada no papel pelo astr&ocirc;nomo Jerry E. Ehman deu nome ao mais misterioso dos sinais captados do espa&ccedil;o.
"Quando os astr&ocirc;nomos examinam um peda&ccedil;o ainda inexplorado do c&eacute;u, geralmente topam com algo surpreendente que ningu&eacute;m previu. Nosso objetivo &eacute; buscar sinais muito breves, mas poderosos, de uma civiliza&ccedil;&atilde;o avan&ccedil;ada&rdquo;, explicou um dos envolvidos no projeto PANOSETI, o tecn&oacute;logo-chefe do SETI Research Center da Universidade da Calif&oacute;rnia em Berkeley, Dan Werthimer, h&aacute; 45 anos envolvido na busca de vida inteligente extraterrestre.
<h2>Busca constante por ETs</h2>
Acr&ocirc;nimo para Pulsed All-sky Near-infrared Optical SETI&nbsp;( ou SETI &Oacute;ptico por Infravermelho Pr&oacute;ximo Pulsado em Todo o C&eacute;u), a primeira etapa do projeto PANOSETI estar&aacute; completa quando os 160 telesc&oacute;pios exclusivos para o trabalho estiverem varrendo o firmamento em busca de sinais de vida extraterrestre (SETI quer dizer&nbsp;search for extraterrestrial intelligence, ou busca por intelig&ecirc;ncia extraterrestre).
O PANOSETI vai empreender uma busca constante por flashes de luz &oacute;ptica ou infravermelha, e isso j&aacute; est&aacute; acontecendo no Astrograph Dome do Observat&oacute;rio Lick da Calif&oacute;rnia. O projeto, iniciado h&aacute; dois anos, visa separar pulsos com assinaturas tecnol&oacute;gicas (que poderiam ter sido emitidos, por exemplo, para fins de comunica&ccedil;&otilde;es interestelares ou transfer&ecirc;ncia de energia) daqueles que t&ecirc;m origem natural.
O programa prev&ecirc; pares de observat&oacute;rios por todo o mundo, com c&uacute;pulas geod&eacute;sicas como o olho facetado de uma mosca e 198 telesc&oacute;pios de um metro e meio de di&acirc;metro cada, coletando sinais vindos do c&eacute;u.
<div style="max-width: 720px;">
<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 100%;"><iframe width="300" height="150" style="border: 0; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" src="http://cdn.iframe.ly/fuB2yx9" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></div>
</div>
O local para o segundo observat&oacute;rio ainda n&atilde;o foi escolhido, mas ele n&atilde;o distar&aacute; mais que 1,5 quil&ocirc;metro. Isso &eacute; essencial para que se consiga uma vis&atilde;o em &ldquo;est&eacute;reo&rdquo; do c&eacute;u noturno: o que um v&ecirc;, o outro confirmar&aacute; como vindo do espa&ccedil;o ou descartar&aacute; o sinal como gerado pela atmosfera terrestre.
<h2>Olhos por todo o c&eacute;u</h2>
O que deixa os astr&ocirc;nomos entusiasmados &eacute; o poder do PANOSETI de captar um n&uacute;mero maior de sistemas estelares, estendendo o tempo de monitoramento do espa&ccedil;o e registrando sinais que ocorrem em espa&ccedil;os de tempo m&iacute;nimos (na escala de nanossegundos).
&ldquo;Qual a probabilidade de conseguirmos detectar sinais extraterrestres? N&atilde;o temos ideia&rdquo;, disse a astr&ocirc;noma da Universidade da Calif&oacute;rnia em San Diego e principal pesquisadora do projeto, Shelley Wright.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/25/25222818398103.jpg" alt="A astr&ocirc;noma Shelley Wright brinca com revolucion&aacute;ria lente pl&aacute;stica de um dos telesc&oacute;pios do projeto PANISETI." />A astr&ocirc;noma Shelley Wright brinca com revolucion&aacute;ria lente pl&aacute;stica de um dos telesc&oacute;pios do projeto PANISETI.
Um &uacute;nico telesc&oacute;pio tem um campo de vis&atilde;o amplo o bastante para observar 20 luas cheias de uma vez s&oacute;. Isso se deve a duas tecnologias novas em astronomia. Uma delas &eacute; a lente pl&aacute;stica dos telesc&oacute;pios, leve e plana; a outra vem da medicina: detectores &oacute;pticos e infravermelhos desenvolvidos para scanners de diagn&oacute;stico.
<div>
<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 56.25%;"><iframe width="300" height="150" style="border: 0; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" src="http://cdn.iframe.ly/EJ2PyBo" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></div>
</div>
A equipe agora trabalha para desenvolver c&acirc;meras capazes de capturar com precis&atilde;o o exato momento em que um f&oacute;ton, pulsando por um milion&eacute;simo de segundo, toca o conjunto de lentes do telesc&oacute;pio &ndash; e espera que um "Uau" se repita.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152462-novo-telescopio-comecara-buscar-vida-extraterrestre.htm">Novo telescópio começará a buscar vida extraterrestre</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Novo telescópio começará a buscar vida extraterrestre

Imagem de Não se preocupe: seus boletos não transmitem covid-19 no megacurioso

Segundo especialistas ouvidos pelo NYT, a correspondência não tem poder de disseminar o SARS-CoV-1

Muita gente ainda se pergunta onde e por quanto tempo o SARS-CoV-2, v&iacute;rus causador da pandemia de gripe covid-19, pode permanecer ativo. &Eacute; poss&iacute;vel a contamina&ccedil;&atilde;o tocando &nbsp;no cabelo ou na barba? Ou no que os Correios entregam?
O jornal New York Times ouviu especialistas para responder essas d&uacute;vidas.&nbsp;
<h2>Carona no cabelo</h2>
Se voc&ecirc; estiver isolado e respeitando, ao sair, as regras de isolamento social (manter a dist&acirc;ncia entre as pessoas, evitar aglomera&ccedil;&otilde;es, evitar sair se n&atilde;o for extremamente necess&aacute;rio), mesmo se algu&eacute;m chegar perto o suficiente para espirrar na sua nuca a contamina&ccedil;&atilde;o seria improv&aacute;vel.
Segundo o infectologista pedi&aacute;trico da Escola de Medicina da Universidade de Washington Andrew Janowski, "&eacute; preciso uma quantidade X de v&iacute;rus no espirro e Y de gotas de saliva caindo sobre voc&ecirc;. Al&eacute;m disso, voc&ecirc; ainda precisaria tocar no cabelo e, depois, no rosto. Ou seja, &eacute; necess&aacute;ria toda uma sequ&ecirc;ncia de eventos que precisa acontecer na ordem certa e, ainda, carregando a carga viral necess&aacute;ria para que a contamina&ccedil;&atilde;o aconte&ccedil;a. O risco de algu&eacute;m ser infectado pelo pr&oacute;prio cabelo &eacute; muito baixo.&rdquo;
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/152394-tempo-virus-covid-19-vive-roupas-sapatos.htm" target="_blank" title="Quanto tempo o v&iacute;rus da covid-19 vive sobre roupas e sapatos?">Quanto tempo o v&iacute;rus da covid-19 vive sobre roupas e sapatos?</a>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/24/24162940747397.jpg" alt="A barba pode tornar o uso da m&aacute;scara de prote&ccedil;&atilde;o ineficiente." />A barba pode tornar o uso da m&aacute;scara de prote&ccedil;&atilde;o ineficiente.
<h2>V&iacute;rus via PAC</h2>
Segundo o The New England Journal of Medicine, o SARS-CoV-2 permanece ativo em pl&aacute;stico e a&ccedil;o inoxid&aacute;vel at&eacute; tr&ecirc;s dias e em cobre e papel&atilde;o, at&eacute; um dia. A pesquisa n&atilde;o cita tecidos ou papel, mas o que foi observado d&aacute; pistas sobre sua sobrevida em roupas e correspond&ecirc;ncias.&nbsp;
O papel&atilde;o (como o papel) &eacute; um material absorvente, e ele resseca e ajuda a desintegrar o v&iacute;rus mais rapidamente do que quando o covid-19 se deposita em superf&iacute;cies met&aacute;lias, por exemplo.
Em 2015, um estudo foi feito sobre a sobrevida do&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/coronavirus/" target="_blank" title="Coronav&iacute;rus">coronav&iacute;rus</a> da gripe causadora da s&iacute;ndrome respirat&oacute;ria aguda grave (SARS). Os pesquisadores testaram sua viabilidade em papel e em um vestido de algod&atilde;o. Dependendo da sua concentra&ccedil;&atilde;o, foram necess&aacute;rios cinco minutos, tr&ecirc;s horas ou um dia para que o v&iacute;rus se tornasse inativo (neste &uacute;ltimo caso, a concentra&ccedil;&atilde;o do v&iacute;rus foi alt&iacute;ssima).
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/24/24184834030458.jpg" alt="N&atilde;o h&aacute; casos registrados de algu&eacute;m que tenha se contaminado via correios." />N&atilde;o h&aacute; casos registrados de algu&eacute;m que tenha se contaminado via correios.
Por isso, o risco de ser contaminado por aquilo que chega pelos correios (mesmo se forem compras vindas da China) ou mesmo lendo um jornal &eacute; muito baixo e, ainda, te&oacute;rico. Em caso de d&uacute;vidas, lave as m&atilde;os como recomendado depois de manusear jornais, a correspond&ecirc;ncia ou caixas de entregas.&nbsp;
Se for poss&iacute;vel, simplesmente deixe tudo (cartas, pacotes, roupas, bolsa, chaves, sapatos) em uma <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151743-nao-levar-coronavirus-casa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&ldquo;esta&ccedil;&atilde;o de descontamina&ccedil;&atilde;o&rdquo;</a> perto da porta de sa&iacute;da.
Veja tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/151126-saiba-tempo-vida-coronavirus-diferentes-superficies.htm" target="_blank" title="Saiba o tempo de vida do coronav&iacute;rus em diferentes superf&iacute;cies">Saiba o tempo de vida do coronav&iacute;rus em diferentes superf&iacute;cies</a><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152453-nao-preocupe-boletos-nao-transmitem-covid-19.htm">Não se preocupe: seus boletos não transmitem covid-19</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

Julia Marinho