Imagem de Linguagem humana pode ter surgido há 25 milhões de anos no megacurioso

Ancestrais do homem teriam aprendido a falar unindo dois sistemas de comunicação presentes na natureza

A&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/" target="_blank" title="Ci&ecirc;ncia">ci&ecirc;ncia</a> sabe, com alguma certeza, quando o homem se p&ocirc;s de p&eacute;; quando come&ccedil;ou a plantar, a ca&ccedil;ar, a cozinhar e a enterrar seus mortos. Mas ainda n&atilde;o faz ideia de quando ele come&ccedil;ou a falar &ndash; essa caracter&iacute;stica &uacute;nica que nos separa do restante do mundo vivo. &nbsp;A pista que surgiu agora, gra&ccedil;as ao trabalho de uma equipe internacional de cientistas, &eacute; que a linguagem j&aacute; estava abrindo caminho no c&eacute;rebro do nosso ancestral h&aacute; pelo menos 25 milh&otilde;es de anos.
Tecidos cerebrais n&atilde;o fossilizam; por isso, a conclus&atilde;o do estudo est&aacute; sendo comparado, nas palavras do cientista neurocognitivo e professor da Faculdade de Ci&ecirc;ncias M&eacute;dicas da Universidade de Newcastle (UK) Chris Petkov, como &ldquo;encontrar um novo f&oacute;ssil de um ancestral perdido h&aacute; muito tempo; &eacute; empolgante que exista uma origem [da linguagem] mais antiga ainda por descobrir.&rdquo;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/22/22160823292100.jpg" alt="Os ancestrais humanos Proconsul (centro) e Dendropithecus (acima) devem ter sido os primeiros a adquirir linguagem como a conhecemos." />Os ancestrais humanos Proconsul (centro) e Dendropithecus (acima) devem ter sido os primeiros a adquirir linguagem como a conhecemos.
A vers&atilde;o mais aceita do surgimento da linguagem humana datava o acontecimento h&aacute; cinco milh&otilde;es de anos, em um ancestral comum de macacos e humanos. Embora a linguagem &eacute; exclusividade humana, h&aacute; semelhan&ccedil;as em como a fala &eacute; processada no c&eacute;rebro de outros primatas, sugerindo uma base evolutiva na cogni&ccedil;&atilde;o auditiva e na comunica&ccedil;&atilde;o vocal.
O resultado da pesquisa, publicado pela revista Nature Neuroscience, se baseou na compara&ccedil;&atilde;o de exames cerebrais de primatas e de humanos. e na an&aacute;lise dos mecanismos da audi&ccedil;&atilde;o e do som via ondas cerebrais. Isso levou &agrave; descoberta de um caminho no c&eacute;rebro humano por onde a linguagem passa e que interconecta o c&oacute;rtex auditivo com as regi&otilde;es do lobo frontal (onde s&atilde;o processadas a fala e a linguagem).
Para o neurologista da Universidade de Newcastle e um dos autores do estudo Timothy Griffiths, &ldquo;essa descoberta pode esclarecer aspectos ainda obscuros sobre a cogni&ccedil;&atilde;o auditiva e a linguagem humanas.&rdquo;
<h2>Linguagem &uacute;nica na natureza</h2>
Saber quando o homem adquiriu a linguagem &eacute; fonte de estudo de muitas vertentes. Uma das mais conhecidas e revolucion&aacute;rias afirma que os animais ensinaram o ancestral do homem a falar.
Segundo o linguista do Massachusetts Institute of Technology (MIT) em Cambridge Shigeru Miyagawa, uma das raz&otilde;es de a linguagem humana ser t&atilde;o &uacute;nica &eacute; que ela tem, na verdade, duas camadas de compreens&atilde;o.&nbsp;
Em uma, est&atilde;o as palavras que usamos (chamada por Miyagawa de estrutura lexical). "Manga&rdquo;, &ldquo;Amanda&rdquo; e &ldquo;comer&rdquo; s&atilde;o componentes dessa estrutura. As regras que nos dizem como essas palavras devem ser reunidas para serem compreendidas comp&otilde;em a segunda camada &ndash; a chamada estrutura de express&atilde;o, que surge quando as palavras s&atilde;o combinadas, dando &agrave;s senten&ccedil;as significados diferentes: "Amanda come a manga", "Coma a manga, Amanda" ou "Amanda comeu a manga?".
<h2>L&eacute;xico e express&atilde;o, &uacute;nicos do homem</h2>
Miyagawa descobriu que as duas estruturas existem separadamente na natureza, Macacos -vervet emitem diferentes gritos de alarme, cada um para um determinado predador, mas sempre no mesmo contexto, ou seja, usam estrutura lexical mas n&atilde;o, expressiva.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/22/22160411885096.jpg" alt="Um macaco-vervet d&aacute; o alerta de predador do alto de uma &aacute;rvore na Reserva Natural de Samburu, no Qu&ecirc;nia." />Um macaco-vervet d&aacute; o alerta de predador do alto de uma &aacute;rvore na Reserva Natural de Samburu, no Qu&ecirc;nia.
Rouxin&oacute;is se comunicam usando apenas uma estrutura expressiva, manipulando os padr&otilde;es de 200 melodias diferentes. A estrutura de uma m&uacute;sica pode variar, mas significa sempre a mesma coisa. Segundo o linguista, a linguagem humana deve ter evolu&iacute;do pela combina&ccedil;&atilde;o dos dois sistemas, formando uma estrutura &uacute;nica.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152407-linguagem-humana-ter-surgido-ha-25-milhoes-anos.htm">Linguagem humana pode ter surgido há 25 milhões de anos</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Linguagem humana pode ter surgido há 25 milhões de anos

Imagem de O mítico Planeta Nove pode ser só isso: um mito no megacurioso

Novo estudo não encontra nenhuma evidência de que ele seria real

O m&iacute;tico Planeta Nove pode ser somente isso: um mito. A conclus&atilde;o de astr&ocirc;nomos da Universidade da Pensilv&acirc;nia se baseou em dados do Dark Energy Survey, programa de pesquisa que usa o infravermelho para estudar, entre outras coisas, como acontece a expans&atilde;o do universo.
Segundo eles, n&atilde;o h&aacute; evid&ecirc;ncias de um "objeto transnetuniano&rdquo; na &aacute;rea onde deveria estar o Planeta Nove. "A ideia de um Planeta Nove n&atilde;o teria sido formulada se os dados do Dark Energy Survey fossem os &uacute;nicos existentes&rdquo;, declarou &agrave; New Scientist o f&iacute;sico brasileiro Pedro Bernardinelli, principal autor do artigo enviado no in&iacute;cio de abril para o reposit&oacute;rio de pesquisas arXiv (onde n&atilde;o h&aacute; revis&atilde;o do trabalho por outros profissionais).
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/6poHQ2h00ZA" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Uma coisa os astr&ocirc;nomos concordam: existe algo al&eacute;m da &oacute;rbita de Netuno &ndash; s&oacute; n&atilde;o se sabe o qu&ecirc;. "A hip&oacute;tese sobre a exist&ecirc;ncia do Planeta Nove foi constru&iacute;da de tal modo que &eacute; completamente imposs&iacute;vel falsific&aacute;-la. A &uacute;nica maneira de provar que ele n&atilde;o existe &eacute; procurar em cada cent&iacute;metro quadrado do c&eacute;u e n&atilde;o encontr&aacute;-lo", disse &agrave; New Scientist a astrof&iacute;sica da Universidade de Regina, no Canad&aacute;, Samantha Lawler.
<h2>Corpos estranhos com &oacute;rbitas esquisitas</h2>
S&atilde;o muitas as hip&oacute;teses para explicar o comportamento err&aacute;tico dos corpos que orbitam o Sol depois de Netuno. Os defensores do Planeta Nove alegam que ainda n&atilde;o h&aacute; dados suficientes que comprovem que ele n&atilde;o existe.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/22/22204535554237.jpg" alt="A exist&ecirc;ncia de um nono planeta &eacute; uma das explica&ccedil;&otilde;es para a causa das &oacute;rbitas esdr&uacute;xulas de seis objetos transnetunianos." />A exist&ecirc;ncia de um nono planeta &eacute; uma das explica&ccedil;&otilde;es para a causa das &oacute;rbitas esdr&uacute;xulas de seis objetos transnetunianos.
A busca se expandiu agora com o uso do telesc&oacute;pio espacial Transiting Exoplanet Survey Satellite (Sat&eacute;lite de Pesquisa por Tr&acirc;nsito de Exoplanetas, ou TESS), segundo um artigo publicado no Research Notes of the AAS.
O TESS encontra planetas medindo o brilho de uma estrela. Ao orbit&aacute;-la, o planeta provoca o decaimento regular da luz captada. Esse m&eacute;todo seria imposs&iacute;vel de usar (o Planeta Nove n&atilde;o est&aacute; entre o Sol e o telesc&oacute;pio), mas o TESS observa e captura &aacute;reas espec&iacute;ficas do firmamento por longos per&iacute;odos de tempo.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/22/22202908381234.gif" alt="O TESS mede a intensidade do brilho de uma estrela, registrando o decaimento da luz se um objeto se interp&otilde;e &agrave; sua frente." />O TESS mede a intensidade do brilho de uma estrela, registrando o decaimento da luz se um objeto se interp&otilde;e &agrave; sua frente.
Para tentar achar um planeta orbitando o sol nos confins do sistema solar &eacute; preciso calcular sua &oacute;rbita e direcionar o TESS para acompanhar sua hipot&eacute;tica trajet&oacute;ria, sobrepondo depois as milhares de imagens para captar o planeta em movimento. A t&eacute;cnica j&aacute; foi usada pelo telesc&oacute;pio Hubble, levando &agrave; descoberta de objetos al&eacute;m da &oacute;rbita de Netuno.
<h2>Planeta ou buraco negro?</h2>
Os pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Calif&oacute;rnia (Caltech) Mike Brown e Konstantin Batygin foram os autores da hip&oacute;tese do <a href="https://www.megacurioso.com.br/astronomia/89508-planeta-x-evidencias-apoiam-possibilidade-de-sistema-solar-ter-9-mundos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Planeta Nove em 2016</a>. Tr&ecirc;s anos depois, os astr&ocirc;nomos Jakub Scholtz, da Universidade de Durham, e James Unwin, da Universidade de Illinois, publicaram um estudo sugerindo que o que existe, na verdade, &eacute; um <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/146509-planeta-nove-verdade-buraco-negro-primordial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">buraco negro primordial</a> (PBH), formado pela extrema densidade da mat&eacute;ria encontrada nos prim&oacute;rdios da expans&atilde;o do universo.&nbsp;
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;NASA James Webb Space Telescope/Divulga&ccedil;&atilde;o&nbsp;" data-fonte-url="https://webbtelescope.org/resource-gallery/articles/pagecontent/filter-articles/how-do-we-know-there-are-black-holes"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/22/22205357007240.jpg" alt="Nas cercanias do sistema solar haveria n&atilde;o um planeta, mas um buraco negro primordial." />Nas cercanias do sistema solar haveria n&atilde;o um planeta, mas um buraco negro primordial.
Scholtz e Unwin argumentam que "a captura de um planeta errante pela gravidade do Sol &eacute; uma das explica&ccedil;&otilde;es para a exist&ecirc;ncia do Planeta Nove, e pode ser tamb&eacute;m para um buraco negro primordial".&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152379-mitico-planeta-nove-so-mito.htm">O mítico Planeta Nove pode ser só isso: um mito</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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O mítico Planeta Nove pode ser só isso: um mito

Imagem de Idade do campo magnético da Terra divide a ciência no megacurioso

Como ou quando ele realmente nasceu ainda permanece um mistério

Em <a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/" target="_blank" title="Ci&ecirc;ncia">ci&ecirc;ncia</a>, certezas n&atilde;o existem porque, a qualquer momento, novas evid&ecirc;ncias surgem para implodir tudo o que se acreditava como certo. Dessa vez, elas apareceram em Jack Hill (Austr&aacute;lia), um afloramento rochoso conhecido por reunir as rochas mais antigas do planeta, contendo min&uacute;sculos cristais de um mineral resistente chamado zirc&atilde;o. Por sua vez, estes s&atilde;o lascas de um bloco ainda mais antigo, as chamadas rochas hadeanas, que datam de 4,2 bilh&otilde;es de anos, formadas a partir do magma resfriado.
Esses cristais preservam evid&ecirc;ncias de um antigo campo magn&eacute;tico, de acordo com uma equipe internacional de pesquisadores, liderada pelo geof&iacute;sico da Universidade de Rochester John Tarduno. Segundo as an&aacute;lises do grupo publicadas em janeiro, nosso escudo protetor surgiu 750 milh&otilde;es de anos antes do que hoje se acredita.
"Nem todos est&atilde;o convencidos desse resultado, porque isso jogaria para tr&aacute;s a data de nascimento aceita do campo magn&eacute;tico da Terra, que &eacute; de 3,5 bilh&otilde;es de anos. H&aacute; pesquisadores tentando provar que nossas conclus&otilde;es est&atilde;o erradas, mas isso faz parte da ci&ecirc;ncia", disse Tarduno &agrave; Science Mag.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/15/15205929936330.jpg" alt="Zirc&otilde;es s&atilde;o cristais encontrados nas rochas mais antigas do planeta." />Zirc&otilde;es s&atilde;o cristais encontrados nas rochas mais antigas do planeta.
O grupo citado &eacute; formado por cientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT), que conclu&iacute;ram que zirc&otilde;es talvez n&atilde;o sejam confi&aacute;veis como gravadores de campos magn&eacute;ticos antigos.
Um dos autores do artigo publicado agora na Science Advances, Caue Borlina (Ph.D. em Ci&ecirc;ncia Planet&aacute;ria e, atualmente, aluno do Departamento de Ci&ecirc;ncias da Terra, Atmosf&eacute;ricas e Planet&aacute;rias do MIT) explica que &ldquo;entre 4,4 bilh&otilde;es e 3,5 bilh&otilde;es de anos, a vida surgiu na Terra. O fato de existir nessa &eacute;poca um campo magn&eacute;tico tem implica&ccedil;&otilde;es para o ambiente no qual a vida floresceu no planeta.&rdquo;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/17/campo-magnetico-17182437855013.gif" alt="Campo magn&eacute;tico" />
<h2>Mist&eacute;rio sobre o que havia antes</h2>
A cada segundo, o Sol lan&ccedil;a em nossa dire&ccedil;&atilde;o 1,5 milh&atilde;o de toneladas de material &ndash; plasma e g&aacute;s eletrificado. Viajando a centenas de quil&ocirc;metros por segundo, esse incessante vento solar atinge a Terra h&aacute; mais de 4 bilh&otilde;es de anos mas, gra&ccedil;as ao campo magn&eacute;tico do planeta, ele &eacute; desviado para o espa&ccedil;o aberto.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/17/gif-17182538058014.gif" alt="GIF" />
Primeiro, acreditou-se que o campo magn&eacute;tico teria sido gerado quando o n&uacute;cleo do planeta esfriou e se cristalizou, h&aacute; um bilh&atilde;o de anos. O ferro l&iacute;quido onde est&aacute; mergulhado o cora&ccedil;&atilde;o da Terra acompanha a rota&ccedil;&atilde;o do planeta, criando correntes el&eacute;tricas que s&atilde;o a origem do campo de ondas magn&eacute;ticas que se estende espa&ccedil;o adentro.
Por&eacute;m, se o campo existe h&aacute; 3,5 bilh&otilde;es de anos, algo antes de o n&uacute;cleo tornar-se s&oacute;lido gerava as ondas magn&eacute;ticas, e &eacute; isso que os cientistas est&atilde;o tentando descobrir: quando nosso escudo protetor se formou. "N&atilde;o h&aacute; ainda evid&ecirc;ncias s&oacute;lidas de um campo magn&eacute;tico antes de 3,5 bilh&otilde;es de anos atr&aacute;s e, mesmo que houvesse um, ser&aacute; muito dif&iacute;cil encontrar evid&ecirc;ncias&rdquo;, explica Borlina.
<h2>Hipn&oacute;tica mar&eacute; de metal l&iacute;quido</h2>
Na impossibilidade de se estudar in loco o interior da Terra, resta aos cientistas criarem simula&ccedil;&otilde;es no computador. Uma das mais conhecidas foi feita por pesquisadores do Instituto de Ci&ecirc;ncias da Terra, na Fran&ccedil;a, e mostra a sopa de ferro e n&iacute;quel fundidos em diferentes temperaturas formando v&oacute;rtices e fluxos de material nem sempre uniformes.
O trabalho, posteriormente publicado no&nbsp;Geophysical Journal International, ajudou a entender melhor como se comporta o campo magn&eacute;tico terrestre, que n&atilde;o &eacute; gerado de maneira igual por todo o planeta. &nbsp;Confira:
<iframe width="640" height="640" src="https://player.vimeo.com/video/223309160" frameborder="0" allow="autoplay; fullscreen" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152236-idade-campo-magnetico-terra-divide-ciencia.htm">Idade do campo magnético da Terra divide a ciência</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Idade do campo magnético da Terra divide a ciência

Imagem de Neutrinos podem explicar um dos maiores mistérios da física no megacurioso

Até hoje, o desequilíbrio entre matéria e antimatéria no universo é um dos maiores enigmas da ciência

O conceito de mat&eacute;ria e antimat&eacute;ria &eacute; conhecido por todo f&atilde; de fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica, em que mundos paralelos, com c&oacute;pias inversas do que somos, j&aacute; fez a alegria de cada trekker deste universo: uma &eacute; igual &agrave; outra, mas com algumas propriedades f&iacute;sicas opostas, como carga el&eacute;trica (el&eacute;tron, com carga negativa, e seu semelhante antimat&eacute;ria p&oacute;sitron, carregado positivamente).
A&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/fisica/" target="_blank" title="F&iacute;sica">f&iacute;sica</a> diz que as duas s&atilde;o a cria&ccedil;&atilde;o primeira do Big Bang, h&aacute; 13,8 bilh&otilde;es de anos, surgindo em quantidades iguais depois da grande explos&atilde;o que formou nosso universo. O que n&atilde;o se consegue entender &eacute; por que, hoje, h&aacute; mais mat&eacute;ria do que antimat&eacute;ria &mdash; se as quantidades fossem iguais, elas se aniquilariam, convertendo-se em energia pura; ser&iacute;amos uma grande sopa de f&oacute;tons e mat&eacute;ria escura.
Esse excesso de mat&eacute;ria sobre antimat&eacute;ria se resume a uma &uacute;nica part&iacute;cula por bilh&atilde;o de pares de mat&eacute;ria/antimat&eacute;ria, mas &eacute; o suficiente para estarmos aqui.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/16/16155145227135.jpg" alt="Apesar de terem sido formados juntas pelo Big Bang, h&aacute; mais mat&eacute;ria do que antimat&eacute;ria no universo." />Apesar de terem sido formados juntas pelo Big Bang, h&aacute; mais mat&eacute;ria do que antimat&eacute;ria no universo.
<h2>A pista est&aacute; nos neutrinos</h2>
O pretenso desequil&iacute;brio vem sendo pensado desde 1956, quando os f&iacute;sicos nucleares Clyde Cowan e Frederick Reines descobriram os neutrinos, que s&atilde;o part&iacute;culas subat&ocirc;micas sem carga el&eacute;trica e muito dif&iacute;ceis de detectar porque quase n&atilde;o interagem com outras formas de mat&eacute;ria, e sua contrapartida, os antineutrinos.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/16/16155419039138.jpg" alt="Uma c&acirc;mara de bolhas mostra vest&iacute;gios de neutrinos, durante experimento realizado em 16 de janeiro de 1978, no Acelerador Fermi, em Chicago, EUA.." />Uma c&acirc;mara de bolhas mostra vest&iacute;gios de neutrinos durante experimento realizado em 16 de janeiro de 1978, no Acelerador Fermi, em Chicago (EUA).
Nos anos 1960, outra descoberta: quarks e antiquarks n&atilde;o se comportam exatamente da mesma maneira. Os ind&iacute;cios existiam, mas n&atilde;o para explicar a disparidade entre mat&eacute;ria e antimat&eacute;ria. Em 1964, o f&iacute;sico russo Andrei Sakharov sugeriu que a simetria c&oacute;smica n&atilde;o seria perfeita, afinal, com cada componente exibindo propriedades um pouco diferentes.
<h2>Experimento subterr&acirc;neo costa a costa</h2>
&Eacute; nesse conceito de desequil&iacute;brio que pesquisadores se apoiam para tentar explicar um dos mais renitentes mist&eacute;rios da f&iacute;sica, e para isso usam as diferen&ccedil;as entre neutrinos e antineutrinos. O experimento, chamado de Tokai to Kamioka (ou T2K), publicado na Nature, reuniu centenas de cientistas no Complexo de Pesquisa do Acelerador de Pr&oacute;tons do Jap&atilde;o, em Tokai, na costa leste do pa&iacute;s.
Foram disparados neutrinos no subsolo (n&atilde;o h&aacute; nenhum problema: neutrinos passam atrav&eacute;s de tudo todo o tempo) em dire&ccedil;&atilde;o ao Super-Kamiokande, um observat&oacute;rio de neutrinos localizado a 295 quil&ocirc;metros, na costa oeste japonesa, e cuja parte principal comp&otilde;e-se de um tanque de &aacute;gua gigante alinhado com milhares de detectores que capturam a luz emitida quando os neutrinos interagem com a &aacute;gua.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/16/16154118242130.jpg" alt="O interior do Observat&oacute;rio de Neutrinos Super Kamiokande, quase um quil&ocirc;metro abaixo do Monte Ikeno, no Jap&atilde;o." />O interior do Observat&oacute;rio de Neutrinos Super-Kamiokande, quase 1 quil&ocirc;metro abaixo do Monte Ikeno, no Jap&atilde;o.
Foi um exerc&iacute;cio de paci&ecirc;ncia e perseveran&ccedil;a: levou 1 d&eacute;cada para que o T2K conseguisse detectar 90 neutrinos e 15 antineutrinos e medisse as chances de um neutrino oscilar entre diferentes propriedades f&iacute;sicas durante a viagem atrav&eacute;s do Jap&atilde;o. O mesmo foi feito com antineutrinos.
Se mat&eacute;ria e antimat&eacute;ria est&atilde;o simetricamente em equil&iacute;brio, as probabilidades deveriam ser as mesmas; os resultados sugerem que n&atilde;o s&atilde;o. O T2K registrou que existe uma chance mais alta de os neutrinos oscilarem entre propriedades f&iacute;sicas no trajeto costa a costa do que sua contrapartida.
<h2>De hip&oacute;tese a teoria</h2>
Como tudo na <a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/" target="_blank" title="Ci&ecirc;ncia">ci&ecirc;ncia</a>, essa experi&ecirc;ncia precisar&aacute; ser replicada, e isso ainda levar&aacute; alguns anos. Al&eacute;m disso, o resultado alcan&ccedil;ado n&atilde;o satisfez o n&iacute;vel de confian&ccedil;a necess&aacute;rio em f&iacute;sica de part&iacute;culas (o chamado de 5-sigma ou 5s) para que os dados conseguidos sejam considerados "uma descoberta". Os resultados do T2K ganharam um 3s (2s, se a simetria mat&eacute;ria/antimat&eacute;ria for completamente descartada).
Para chegar a 5s, os f&iacute;sicos ter&atilde;o que usar a pr&oacute;xima gera&ccedil;&atilde;o de detectores de neutrinos que ainda nem est&aacute; em opera&ccedil;&atilde;o. Tr&ecirc;s deles devem estar funcionando em breve: o chin&ecirc;s Jiangmen Underground Neutrino Observatory &mdash; JUNO (2022), o Deep Underground Neutrino Experiment &mdash; DUNE, nos EUA (2025), e o Hyper-Kamiokande, que vai funcionar ao lado do irm&atilde;o mais velho, o Super-Kamiokande (2027).<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152179-neutrinos-explicar-maiores-misterios-fisica.htm">Neutrinos podem explicar um dos maiores mistérios da física</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Neutrinos podem explicar um dos maiores mistérios da física

Imagem de Portadores silenciosos ajudam a espalhar o vírus da pandemia  no megacurioso

Eles não têm sintomas e, por isso, não procuram hospitais nem são testados, aumentando assim as cadeias de contaminação comunitária

Enquanto o mundo se esconde com medo, nos bastidores a&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/medicina/" target="_blank" title="Medicina">medicina</a> e a matem&aacute;tica tentam ficar &agrave; frente do SARS-CoV-2, o v&iacute;rus que deixa um rastro de 1,98 milh&atilde;o de infectados e 125 mil mortos em seu avan&ccedil;o pelo planeta. Uma certeza une os dois grupos: faltam dados precisos de quantas pessoas j&aacute; foram atingidas pela doen&ccedil;a.
&ldquo;H&aacute; evid&ecirc;ncias de que o SARS-CoV-2 se espalha silenciosamente", disse ao site NPR.org a modeladora de doen&ccedil;as infecciosas da Universidade de Georgetown Shweta Bansal.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Getty Images/David Ramos&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/metropolitan-police-officer-halts-tourists-strolling-foto-jornalistica/1212541960"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/14/14210032278175.jpg" alt="Um policial det&eacute;m turistas passeando por Barcelona, Espanha, em 15 de mar&ccedil;o; o pa&iacute;s contava ent&atilde;o com 1.809 mortos e quase 25 mil contaminados." />Um policial det&eacute;m turistas passeando por Barcelona, Espanha, em 15 de mar&ccedil;o; o pa&iacute;s contava ent&atilde;o com 1.809 mortos e quase 25 mil contaminados.
Segundo ela, os silent spreaders (ou propagadores silenciosos) se dividem entre assintom&aacute;ticos (pessoas com o v&iacute;rus ativo, sem manifestar sintomas), pr&eacute;-sintom&aacute;tico (quem est&aacute; incubando o v&iacute;rus e ainda n&atilde;o tem sintomas) e os levemente sintom&aacute;ticos (quem se sente indisposto e ainda mant&eacute;m contato com outras pessoas).
<h2>Cont&aacute;gio via assintom&aacute;ticos&nbsp;</h2>
Sem ser descoberto, o assintom&aacute;tico age como uma <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Mary_Mallon" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Maria Tifoide</a> &ndash; se n&atilde;o estiver em isolamento social, espalhar&aacute; a doen&ccedil;a por onde quer que v&aacute;. &ldquo;Ele n&atilde;o tem febre, problemas gastrointestinais ou respirat&oacute;rios, tosse, nada ", explica a epidemiologista da Faculdade de Sa&uacute;de P&uacute;blica da Kent State University Tara C. Smith.
N&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel, sem serem testadas, nem mesmo saber que impacto essas pessoas t&ecirc;m na propaga&ccedil;&atilde;o da doen&ccedil;a. Na cidade chinesa de Nanjing, um estudo cl&iacute;nico restrito acompanhou 24 indiv&iacute;duos (idade m&eacute;dia de 14 anos) que testaram positivo para a doen&ccedil;a; tr&ecirc;s semanas depois, sete ainda n&atilde;o apresentavam quaisquer sintomas.
A maior preocupa&ccedil;&atilde;o &eacute; que essas pessoas interagem com familiares, vizinhos, amigos e mesmo estranhos, transmitindo o v&iacute;rus sem saber &ndash; o mesmo vale para pr&eacute;-sintom&aacute;ticos.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;AFP/Lillian Suwanrumpha&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/social-distancing-markers-are-pictured-on-food-court-foto-jornalistica/1207695773"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/14/14211903747184.jpg" alt="Em Bangcog, restaurante marcou as mesas para manter os clientes afastados." />Em Bangcog, restaurante marcou as mesas para manter os clientes afastados.
<h2>Tempo para infectar bairros inteiros</h2>
Uma das caracter&iacute;sticas mais perversas do SARS-CoV-2 &eacute; seu longo tempo de incuba&ccedil;&atilde;o &ndash; de cinco dias at&eacute; duas semanas, de acordo com o Annals of Internal Medicine. &nbsp;Mesmo que a Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial de Sa&uacute;de (OMS) tenha divulgado que o cont&aacute;gio maior se d&aacute; quando os sintomas aparecem, &ldquo;temos evid&ecirc;ncias de que pessoas pr&eacute;-sintom&aacute;ticas podem transmitir o v&iacute;rus at&eacute; tr&ecirc;s dias antes de apresentarem sinais de infec&ccedil;&atilde;o&rdquo;, disse Tara Smith.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Getty Images/David Ramos&nbsp;" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/people-keep-their-distance-as-they-wait-their-turn-foto-jornalistica/1212709501"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/14/14212252867187.jpg" alt="Pessoas mant&ecirc;m dist&acirc;ncia enquanto esperam na fila para entrar em um supermercado em Barcelona, Espanha." />Pessoas mant&ecirc;m dist&acirc;ncia enquanto esperam na fila para entrar em um supermercado em Barcelona, Espanha.
Um estudo recente publicado pelo British Medical Journal (BMJ) mostra que 78% das pessoas com covid-19 n&atilde;o apresentam sintomas. O resultado aponta na mesma dire&ccedil;&atilde;o de pesquisas na China e na It&aacute;lia e dos dados da OMS: 80% dos quadros infecciosos s&atilde;o leves ou assintom&aacute;ticos; 15% s&atilde;o graves e 5%, cr&iacute;ticos.
A pesquisadora e professora de Modelagem Matem&aacute;tica da University College London (UCL) Jasmina Panovska-Griffiths, em artigo para o site The Conversation, acredita que &ldquo;esses dados s&atilde;o importantes porque esta pandemia &eacute; diferente de outras como a da SARS, quando a maioria dos casos era sintom&aacute;tica e rastre&aacute;vel.&rdquo;
<h2>Testagem ampla para determinar imunidade</h2>
A ampla testagem para anticorpos de covid-19 tornar&aacute; mais preciso os modelos matem&aacute;ticos sobre a dissemina&ccedil;&atilde;o da doen&ccedil;a, ao revelar um n&uacute;mero total mais realista de infectados. "Hoje s&oacute; temos incertezas; embora a modelagem tenha um forte poder preditivo, ela &eacute; t&atilde;o boa quanto os dados que usa&rdquo;, explicou a <a href="http://www.tecmundo.com.br/matematica/" target="_blank" title="Matem&aacute;tica">matem&aacute;tica</a>.
&ldquo;Se o teste de anticorpos sugerir que grande parte da popula&ccedil;&atilde;o j&aacute; teve covid-19, h&aacute; uma chance menor de casos assintom&aacute;ticos e n&atilde;o diagnosticados disseminarem a infec&ccedil;&atilde;o assim que as restri&ccedil;&otilde;es forem levantadas. Caso contr&aacute;rio, o fim das medidas de distanciamento social ter&aacute; que ser adiado at&eacute; que uma vacina esteja dispon&iacute;vel", completa.
Leia tamb&eacute;m:
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<li><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114135-brasil-pode-ser-o-2-pais-mais-infectado-por-coronavirus-no-mundo.htm" target="_blank" title="Brasil pode ser o 2&ordm; pa&iacute;s mais infectado por coronav&iacute;rus no mundo">Brasil pode ser o 2&ordm; pa&iacute;s mais infectado por coronav&iacute;rus no mundo</a></li>
<li><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114120-covid-19-e-dez-vezes-mais-mortal-que-h1n1-revela-oms.htm" target="_blank" title="Covid-19 &eacute; dez vezes mais mortal que H1N1, revela OMS">Covid-19 &eacute; dez vezes mais mortal que H1N1, revela OMS</a></li>
<li><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114108-covid-19-mundo-deve-sofrer-com-ondas-de-contagios-por-ate-2-anos.htm" target="_blank" title="Covid-19: mundo deve sofrer com ondas de cont&aacute;gios por at&eacute; 2 anos">Covid-19: mundo deve sofrer com ondas de cont&aacute;gios por at&eacute; 2 anos</a></li>
</ul><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/152085-portadores-silenciosos-ajudam-espalhar-virus-pandemia.htm">Portadores silenciosos ajudam a espalhar o vírus da pandemia </a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Portadores silenciosos ajudam a espalhar o vírus da pandemia 

Imagem de SARS-CoV-2: imagens mostram o vírus atacando uma célula no megacurioso

A ciência já sabe como ele consegue passar pela membrana, e antigos estudos estão ajudando os pesquisadores a chegar mais rapidamente à vacina

O modo como o SARS-CoV-2 ataca uma c&eacute;lula foi flagrado por uma equipe de infectologistas do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). As imagens d&atilde;o uma cara ao v&iacute;rus respons&aacute;vel pela pandemia que atingiu 1,58 milh&atilde;o de pessoas, matou 95 mil infectados e trancou em casa mais de um ter&ccedil;o da popula&ccedil;&atilde;o do planeta.
As imagens, feitas por microsc&oacute;pio eletr&ocirc;nico de transmiss&atilde;o, foram registradas no estudo que procura saber como o Sars-CoV-2 se replica no corpo humano. A pesquisa identificou os momentos em que o v&iacute;rus invade e infecta c&eacute;lulas saud&aacute;veis.
Ele aproveita suas esp&iacute;culas (estrutura como as pontas de uma coroa &ndash; corona em latim, da&iacute; seu nome) para se ligar &agrave; membrana celular, em um sistema conhecido como "chave e fechadura". J&aacute; se sabe que ele prefere uma fechadura espec&iacute;fica: o receptor ACE2, usado pela enzima da prote&iacute;na angiotensina-2, que reduz a press&atilde;o arterial.
<h2>Devorada de dentro para fora</h2>
"Quando o v&iacute;rus reconhece o ACE2, adere a ele e entra na c&eacute;lula, onde usa tudo o que a c&eacute;lula tem para se reproduzir. Quando ela &eacute; apenas uma casca vazia, o v&iacute;rus rompe a membrana e escapa, infectando o corpo com milhares de c&oacute;pias suas", explicou a professora de imunologia da Universidade Oxford, Sarah Gilbert, &agrave; BBC.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/09/09195739206178.jpg" alt="Usando sua &quot;coroa&quot;, o v&iacute;rus (os pequenos pontos pretos na imagem) se liga &agrave; membrana celular." />Usando sua "coroa", o v&iacute;rus (os pequenos pontos pretos na imagem) se liga &agrave; membrana celular.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/09/09200004190179.jpg" alt="Ao enganar o receptor da enzima, o v&iacute;rus consegue &quot;permiss&atilde;o&quot; para entrar na c&eacute;lula." />Ao enganar o receptor da enzima, o v&iacute;rus consegue "permiss&atilde;o" para entrar na c&eacute;lula.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/09/09200152362181.jpg" alt="O v&iacute;rus usa tudo o que encontra para produzir c&oacute;pias de si mesmo (na imagem, a c&eacute;lula, repleta de r&eacute;plicas do SARS-CoV-2)." />O v&iacute;rus usa tudo o que encontra para produzir c&oacute;pias de si mesmo (na imagem, a c&eacute;lula, repleta de r&eacute;plicas do SARS-CoV-2).
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/09/09200441362182.jpg" alt="Por fim, a c&eacute;lula infectada se rompe e milhares de c&oacute;pias do SARS-CoV-2, ainda arrastando peda&ccedil;os da membrana, seguem para reiniciar o ciclo." />Por fim, a c&eacute;lula infectada se rompe e milhares de c&oacute;pias do SARS-CoV-2, ainda arrastando peda&ccedil;os da membrana, seguem para reiniciar o ciclo.
Esse receptor pode ser encontrado na superf&iacute;cie das c&eacute;lulas que comp&otilde;em os alv&eacute;olos, e por isso o v&iacute;rus &eacute; t&atilde;o perigoso: se reproduz tanto no nariz e na garganta como nos pulm&otilde;es.&nbsp;
Exatamente por isso &eacute; que cientistas do Instituto de Sa&uacute;de de Berlim e da Cl&iacute;nica Thorax do Hospital Universit&aacute;rio Heidelberg se concentraram em descobrir quais c&eacute;lulas do sistema respirat&oacute;rio s&atilde;o alvos primordiais do SARS-CoV-2, usando um estudo que buscava determinar por que pessoas que jamais fumaram desenvolvem c&acirc;ncer de pulm&atilde;o.&nbsp;
Segundo eles, o v&iacute;rus da covid-12 escolhe c&eacute;lulas progenitoras (semelhantes &agrave;s c&eacute;lulas-tronco), as principais respons&aacute;veis pela produ&ccedil;&atilde;o dos receptores do SARS-CoV-2. "Sabendo quais c&eacute;lulas s&atilde;o atacadas, poderemos desenvolver terapias direcionadas", explicou &agrave; BBC o pesquisador Michael Kreuter.
<h2>A mais promissora das vacinas a caminho</h2>
Usar estudos pr&eacute;vios e cortar caminho na busca por uma vacina foi o que fizeram pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh, nos EUA, para criar a PittCoVacc (acr&ocirc;nimo para Pittsburgh Coronavirus Vaccine). Ela usa, como nas vacinas de gripe atuais, peda&ccedil;os de prote&iacute;na viral para desencadear a rea&ccedil;&atilde;o imunol&oacute;gica.
A PittCoVacc provoca a produ&ccedil;&atilde;o de anticorpos espec&iacute;ficos para SARS-CoV-2 em quantidade suficiente para neutralizar o v&iacute;rus. "Depois da SARS-CoV em 2003 e da MERS-CoV em 2014, sab&iacute;amos exatamente como combater esse novo v&iacute;rus. Por isso &eacute; importante financiar a pesquisa de vacinas. Voc&ecirc; nunca sabe quando vir&aacute; a pr&oacute;xima pandemia&rdquo;, disse a microbiologista Andrea Gambotto, da Pitt School of Medicine.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/09/09203518965205.jpg" alt="A nova vacina, se aprovada, ser&aacute; aplicada atrav&eacute;s de um adesivo com microagulhas." />A nova vacina, se aprovada, ser&aacute; aplicada atrav&eacute;s de um adesivo com microagulhas.
A vacina &eacute; ministrada atrav&eacute;s de um adesivo do tamanho da ponta de um dedo. Chamado de &ldquo;matriz de microagulhas&rdquo;, ele se parece com um pequeno curativo, onde est&atilde;o 400 agulhas min&uacute;sculas feitas de a&ccedil;&uacute;car e fragmentos da prote&iacute;na do v&iacute;rus. Ao serem aplicadas na pele, s&atilde;o totalmente absorvidas pelo corpo.
Leia tamb&eacute;m:
<ul>
<li><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114088-20-termos-para-entender-as-informacoes-sobre-o-coronavirus.htm" target="_blank" title="20 termos para entender as informa&ccedil;&otilde;es sobre o coronav&iacute;rus ">20 termos para entender as informa&ccedil;&otilde;es sobre o coronav&iacute;rus</a></li>
<li><a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/113957-saude-e-economia-impactos-da-quarentena-no-brasil-segundo-especialistas.htm" target="_blank" title="Sa&uacute;de e Economia: impactos da quarentena no Brasil, segundo especialistas">Sa&uacute;de e Economia: impactos da quarentena no Brasil, segundo especialistas</a></li>
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SARS-CoV-2: imagens mostram o vírus atacando uma célula

Imagem de Floresta submersa há 60 mil anos pode ser fonte de novos remédios no megacurioso

Fauna que vive na madeira bem conservada dos troncos abriga mais de cem tipos de bactérias, muitas ainda desconhecidas

&Aacute;rvores conservadas embaixo de lagos e bra&ccedil;os de mar n&atilde;o s&atilde;o incomuns; toda a cidade de Veneza, na It&aacute;lia, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113628-como-veneza-foi-construida-sobre-agua-e-lama-na-idade-media.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">repousa sobre uma floresta de troncos enterrados na lama</a>. Na costa do estado do Alabama, nos EUA, os troncos submersos de ciprestes onde, h&aacute; 60 mil anos, havia um bosque poder&atilde;o vir a ser o elemento principal para a fabrica&ccedil;&atilde;o de medicamentos e produ&ccedil;&atilde;o de enzimas industriais.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/PKm0eRfFFfo" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Hoje sob uma camada protetora de turfa e sedimentos, essas &aacute;rvores est&atilde;o sendo analisadas por cientistas das universidades Northeastern e de Utah, dentro de um programa financiado pelo Escrit&oacute;rio de Explora&ccedil;&atilde;o e Pesquisa Oce&acirc;nica (OER, sigla em ingl&ecirc;s) da Administra&ccedil;&atilde;o Oce&acirc;nica e Atmosf&eacute;rica Nacional (NOAA), parte do Departamento de Com&eacute;rcio dos EUA.
O bosque de ciprestes nasceu, se desenvolveu e morreu &agrave;s margens de um rio pr&eacute;-hist&oacute;rico. E foi o t&uacute;mulo inicial das &aacute;rvores que ca&iacute;am em seu leito, posteriormente coberto pelo mar quando o n&iacute;vel dos oceanos subiu e a linha da costa retrocedeu. Ocultos por sedimentos, os troncos foram revelados pela f&uacute;ria do furac&atilde;o Ivan que, em 2004, varreu a costa do Golfo do M&eacute;xico e revolveu o fundo do mar.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/09/09144336287813.jpg" alt="Um tronco da antiga floresta de ciprestes, agora submersa, &eacute; recolhido no Golfo do M&eacute;xico." />Um tronco da antiga floresta de ciprestes, agora submersa, &eacute; recolhido no Golfo do M&eacute;xico.
<h2>Madeira ainda mant&eacute;m sua cor</h2>
Por&eacute;m, foi somente em dezembro de 2019 que equipes de cientistas come&ccedil;aram a trazer &agrave; superf&iacute;cie amostras dos troncos &ndash; que, mesmo enterrados por 60 mil anos, est&atilde;o inteiros por causa da falta de oxig&ecirc;nio, o que impediu a sua decomposi&ccedil;&atilde;o.
"Mergulhar ali traz uma sensa&ccedil;&atilde;o estranha de voltar no tempo: a madeira ainda range e mant&eacute;m sua cor internamente", disse &agrave; CNN o professor de Ci&ecirc;ncias Marinhas e Ambientais da Northeastern University Brian Helmuth.
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<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 56.25%;"><iframe width="300" height="150" style="border: 0; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" src="http://cdn.iframe.ly/GuU1u1v" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></div>
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Os troncos conservados sob o fundo do antigo rio n&atilde;o apenas deram uma vis&atilde;o do passado geol&oacute;gico da regi&atilde;o como se mostraram uma verdadeira fazenda de animais marinhos e seus micro-organismos simbi&oacute;ticos. Essa fauna &eacute; alvo da pesquisa por seu valor biofarmac&ecirc;utico e biotecnol&oacute;gico.
<h2>Bact&eacute;rias desconhecidas e rob&ocirc;s submarinos</h2>
Dentre os mais de 300 animais encontrados na madeira j&aacute; examinada, um pequenino molusco tornou-se o objeto de estudo das equipes. Ele age como um &ldquo;cupim do mar&rdquo;: como seus primos terrestres, escava a madeira pr&eacute;-hist&oacute;rica, se alimentando dela. &nbsp;
Os cientistas se concentraram nele por conta de um estudo anterior, feito com bact&eacute;rias encontradas em vermes marinhos extra&iacute;dos de madeira de navios, que resultou em um antibi&oacute;tico ainda em testes. Medicamentos feitos a partir de micr&oacute;bios simbi&oacute;ticos produzem menos toxicidade do que bact&eacute;rias de vida livre.
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<div style="left: 0; width: 100%; height: 0; position: relative; padding-bottom: 56.25%;"><iframe width="300" height="150" style="border: 0; top: 0; left: 0; width: 100%; height: 100%; position: absolute;" src="http://cdn.iframe.ly/nLMUhcl" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe></div>
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No caso da floresta submersa do Alabama, os pesquisadores extra&iacute;ram cem estirpes de bact&eacute;rias, muitas desconhecidas. O trabalho de sequenciamento do genoma j&aacute; come&ccedil;ou em 12 cepas, visando novos medicamentos e, no caso das enzimas produzidas por elas na digest&atilde;o da madeira, seu uso na produ&ccedil;&atilde;o de papel, t&ecirc;xteis, alimentos e combust&iacute;veis renov&aacute;veis.
Com a pandemia de covid-19, as universidades restringiram o trabalho aos laborat&oacute;rios. &ldquo;Esperamos conseguir rob&ocirc;s subaqu&aacute;ticos para filmar e fotografar a floresta submersa, o que vai nos permitir simular em 3D como ela era e registr&aacute;-la para o mundo&rdquo;, explicou &agrave; CNN o t&eacute;cnico-chefe do Laborat&oacute;rio Helmuth, no Centro de Ci&ecirc;ncias Marinhas da Northeastern University, Francis Choi.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151946-floresta-submersa-ha-60-mil-anos-fonte-novos-remedios.htm">Floresta submersa há 60 mil anos pode ser fonte de novos remédios</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Floresta submersa há 60 mil anos pode ser fonte de novos remédios

Imagem de A luta para sair da Antártida e deixar de fora a covid-19 no megacurioso

Equipes que permanecerão no continente durante o inverno trabalham para manter o continente livre da pandemia

<head></head><body>Enquanto a covid-19 avança pelo mundo, um único continente permanece intocado pela doença: a Antártida, que mantém até cinco mil pessoas de 29 nações em 80 bases de pesquisa. Desde o início da pandemia, essa multidão assistiu à propagação do vírus país por país, e agora está tentando voltar, às portas da escuridão e das temperaturas mortais do inverno polar.Com o fechamento das fronteiras, a suspensão de voos comerciais e a quarentena imposta por países pelo caminho, as equipes enfrentam dificuldades para chegar em casa. A Grã-Bretanha reuniu seu pessoal na estação principal de Rothera; quase todos (menos a equipe principal &nbsp;da Pesquisa Antártica Britânica - BAS, em inglês) percorrerão caminhos alternativos, já que a rota usual (pelo Chile) está fechada.&nbsp;<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/YzWdxeXVIfY" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>A solução está sendo levar todos para as Ilhas Malvinas, na costa argentina, e acomodá-los em um navio de cruzeiro (que funcionará como uma quarentena) alugado até o embarque em aviões da Real Força Aérea. &nbsp;Os primeiros 30 de 90 pesquisadores embarcaram de volta à Grã-Bretanha no domingo, cruzando o Atlântico Sul da Argentina para o Senegal, na África Ocidental, onde o avião reabasteceu (a Ilha da Ilha da Ascensão e Cabo Verde, as paradas usuais, estão com seus aeroportos fechados por causa da pandemia).<h2>Missão: manter o Sars-Cov-2 longe</h2>Uma única tarefa agora mobiliza as agências de ciência antártica: manter a coronavírus fora do continente. "Estamos trabalhando duro para fazer isso", disse à BBC a diretora da BAS, Jane Francis. &nbsp;Esse trabalho, porém, pode já ser inútil: no último dia 13, o Programa Antártico dos Estados Unidos (USAP) pediu ajuda à Austrália para retirar um membro de sua equipe.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/08/08183454911358.jpg" alt="Países correm para retirar suas equipes antes que o inverno torne a viagem impossível.">Países correm para retirar suas equipes antes que o inverno torne a viagem impossível.Os australianos enviaram então uma equipe médica à base de McMurdo, a cerca de 3.500 km ao sul da Nova Zelândia e sob temperaturas a - 30°C. &nbsp;Os dois países se recusaram a revelar o que acometeu o americano, integrante de uma recém-chegada expedição.&nbsp;<h2>Mais partidas que chegadas</h2>Os italianos partiram em um navio sul-coreano rumo à Nova Zelândia (onde devem desembarcar nesta quinta, dia 9), sem ideia de como voltarão para casa, já que todos os voos para a Itália foram cancelados.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/08/08180842589328.jpg" alt="A equipe brasileira deixou a Antártida em meados de março.">A equipe brasileira deixou a Antártida em meados de março.Já a equipe brasileira deixou a Estação Comandante Ferraz no último dia 19, a bordo do navio Almirante Maximiano, que parou para reabastecer na cidade argentina de Ushuaia. Ninguém foi autorizado a desembarcar.<h2>O melhor e o pior lugar para se estar em uma pandemia</h2>Se o continente oferece a melhor quarentena do planeta, é também o pior lugar para se estar se a covid-19 surgir: há poucos médicos, auxiliados por um corpo de enfermeiros quase inexistente e com recursos que incluem poucos ventiladores e nenhum material para o tratamento de falhas respiratórias graves.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/08/08174859417325.jpg" alt="A Antártida é, ainda, o único continente ainda intocado pela covid-19.">A Antártida é, ainda, o único continente ainda intocado pela covid-19.“Nenhum continente é imune, incluindo a Antártida. Viver aqui é como estar na Lua ou a caminho de Marte. Não é possível tirar as pessoas daqui. Uma evacuação médica em nove dos doze meses do ano é impossível”, revelou ao jornal The Washington Post o diretor médico da Divisão Antártica Australiana, Jeff Ayton.</body><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151906-luta-sair-antartida-deixar-fora-covid-19.htm">A luta para sair da Antártida e deixar de fora a covid-19</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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A luta para sair da Antártida e deixar de fora a covid-19

Imagem de Covid-19 muda a maneira de consumir do brasileiro no megacurioso

Mesmo usando a internet para trabalhar, comprar e aprender, a TV permanece como principal fonte de informações

Um retrato do consumo no Brasil em tempos de quarentena foi delineado pela empresa de pesquisas de mercado Kantar, com um levantamento realizado entre os dias 16 e 19 de mar&ccedil;o com 542 pessoas de todo o pa&iacute;s. A entidade descobriu que o brasileiro se preocupa mais com a pandemia de <a href="http://www.tecmundo.com.br/covid-19" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid-19</a> do que os chineses. Isolados em casa, os brasileiros est&atilde;o comendo melhor (mas se entupindo de sorvete para enfrentar a ansiedade) enquanto se informam pela TV.
A sa&uacute;de dos filhos e das outras crian&ccedil;as da fam&iacute;lia tira o sono de 21% dos brasileiros, seguido do bem-estar dos mais velhos (17%) e, em terceiro, das pessoas em geral (16%). Por isso, 74% dos entrevistados saem raramente (somente para ir ao supermercado, ao banco ou &agrave; farm&aacute;cia).
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Ag&ecirc;ncia Bras&iacute;lia/Ac&aacute;cio Pinheiro&nbsp;" data-fonte-url="https://www.agenciabrasilia.df.gov.br/2020/04/04/feiras-permanentes-voltam-a-receber-publico/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/06/06222632804554.jpg" alt="Adquirir alimentos frescos &eacute; uma das raz&otilde;es para as pessoas sa&iacute;rem do isolamento." />Adquirir alimentos frescos &eacute; uma das raz&otilde;es para as pessoas sa&iacute;rem do isolamento.
Cresceu o consumo de frutas, verduras e legumes, considerados importantes para 27% das pessoas. Estocar itens b&aacute;sicos da alimenta&ccedil;&atilde;o, como feij&atilde;o e arroz, &eacute; relevante para 20% dos entrevistados. O isolamento social for&ccedil;ado provocou um aumento nas entregas em domic&iacute;lio em 7%. As compras mais citadas s&atilde;o alimentos, produtos de limpeza e rem&eacute;dios, como analg&eacute;sicos e antigripais. &nbsp;
<h2>Olhando o mundo de dentro de casa</h2>
O isolamento for&ccedil;ado trouxe estresse, que vem sendo aliviado pelo aumento do consumo de itens como sorvetes (30%), salgadinhos e petiscos (17%), e bebidas como caf&eacute; e ch&aacute; (7%). Na hora da compra, 80,6% dos entrevistados buscam informa&ccedil;&otilde;es em blogs e m&iacute;dias sociais, j&aacute; 83,3% por meio de opini&otilde;es de clientes e 82% nos sites das pr&oacute;prias lojas.
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Getty Images/John Moore&nbsp;" data-fonte-url="https://www.journalism.org/2020/04/01/cable-tv-and-covid-19-how-americans-perceive-the-outbreak-and-view-media-coverage-differ-by-main-news-source/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/06/06222448789553.jpg" alt="A TV &eacute; a principal fonte de informa&ccedil;&atilde;o para os brasileiros." />A TV &eacute; a principal fonte de informa&ccedil;&atilde;o para os brasileiros.
Para se informar, a TV ainda &eacute; o meio mais confi&aacute;vel para 77% da popula&ccedil;&atilde;o, batendo a <a href="http://www.tecmundo.com.br/internet" rel="noopener noreferrer" target="_blank">internet</a> (60% n&atilde;o sabiam que existe um aplicativo com informa&ccedil;&otilde;es sobre o coronav&iacute;rus). A audi&ecirc;ncia dos programas jornal&iacute;sticos subiu 17% e dos infantis, 14%.
Para conseguir manter a rotina de trabalho e estudo, os entrevistados lan&ccedil;aram m&atilde;o de consultas online (34% das pessoas), ensino a dist&acirc;ncia (33%) e softwares de trabalho remoto (29%).
<a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/151842-covid-19-muda-maneira-consumir-brasileiro.htm">Covid-19 muda a maneira de consumir do brasileiro</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

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Covid-19 muda a maneira de consumir do brasileiro

Imagem de Missões da Space X podem contaminar todo o sistema solar no megacurioso

Astrobióloga teme que organismos da Terra eliminem a vida extraterrestre antes mesmo de ela ser descoberta

Enquanto&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/elon-musk/" target="_blank" title="Elon Musk">Elon Musk</a> acelera seus planos para mandar sua nave Starship, com capacidade para cem tripulantes, em viagens por todo o sistema solar (e, em particular, para Marte) a partir de 2024, a comunidade de astrobi&oacute;logos come&ccedil;a a se preocupar com o que poderemos deixar nos planetas visitados.
&ldquo;Marte &eacute; um dos principais candidatos a hospedar algum tipo de vida microbiana. No entanto, existe o risco de humanos cheios de micr&oacute;bios contaminarem o planeta. E isso pode amea&ccedil;ar vida alien&iacute;gena ou tornar imposs&iacute;vel descobrir se algum micr&oacute;bio tem origem marciana ou terrestre&rdquo;, explicou a astrobi&oacute;loga e diretora do Observat&oacute;rio de Bayfordbury, Samantha Rolfe, em artigo para o site The Conversation.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/03/03173031746126.jpg" alt="Segundo Elon Musk, ser&atilde;o necess&aacute;rios um milh&atilde;o de humanos para construir uma civiliza&ccedil;&atilde;o vi&aacute;vel e auto-sustent&aacute;vel em Marte," />Segundo Elon Musk, ser&atilde;o necess&aacute;rios um milh&atilde;o de humanos para construir uma civiliza&ccedil;&atilde;o vi&aacute;vel e auto-sustent&aacute;vel em Marte,
Segundo ela, a &ldquo;miss&atilde;o de Elon Musk pode ser mais catastr&oacute;fica do que um passo ousado na <a href="http://www.tecmundo.com.br/exploracao-espacial/" target="_blank" title="Explora&ccedil;&atilde;o espacial">explora&ccedil;&atilde;o espacial</a>. O an&uacute;ncio de que estamos perto de ter naves tripuladas cruzando o sistema solar &eacute; emocionante, mas n&atilde;o posso deixar de ter reservas morais sobre isso; minha preocupa&ccedil;&atilde;o &eacute; principalmente astrobiol&oacute;gica&rdquo;.
Veja tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/151755-novo-prototipo-starship-implode-durante-teste-da-spacex.htm" target="_blank" title="Novo prot&oacute;tipo da Starship implode durante teste da SpaceX">Novo prot&oacute;tipo da Starship implode durante teste da SpaceX</a>
<h2>Na bagagem, quase tudo - menos armas</h2>
Mesmo que todo o trabalho de prepara&ccedil;&atilde;o de uma miss&atilde;o espacial siga protocolos rigorosos, os riscos de contamina&ccedil;&atilde;o existem. O Tratado do Espa&ccedil;o Exterior (homologado em outubro de 1967) s&oacute; pro&iacute;be armas no espa&ccedil;o.
Em abril de 2019, a sonda espacial israelense <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/144733-sonda-israelense-infectou-lua-milhares-organismos-terrestres.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Beresheet caiu na Lua e pode ter espalhado milhares de tard&iacute;grados</a> desidratados e amostras de DNA pela superf&iacute;cie do sat&eacute;lite. Durante as miss&otilde;es Apolo, os astronautas da&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/nasa/" target="_blank" title="NASA">NASA</a> deixaram n&atilde;o apenas pegadas, como tamb&eacute;m fezes humanas. Como ser&aacute; a explora&ccedil;&atilde;o de Marte?
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/03/03172640638124.jpg" alt="A Lua, agora, conta com uma popula&ccedil;&atilde;o de tard&iacute;grados." />A Lua, agora, conta com uma popula&ccedil;&atilde;o de tard&iacute;grados.
&ldquo;A&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/spacex/" target="_blank" title="SpaceX">SpaceX</a> deveria adiar o envio de pessoas a Marte at&eacute; termos os resultados das pr&oacute;ximas miss&otilde;es de detec&ccedil;&atilde;o de vida, os rovers <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/149241-mars-2020-rover-nasa-entra-fase-final-testes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mars</a> e <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151045-russia-europa-adiam-viagem-especial-devido-epidemia-covid-19.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ExoMars</a>&rdquo;, diz a astrobi&oacute;loga. &ldquo;Musk n&atilde;o parece muito preocupado com a contamina&ccedil;&atilde;o. Se levasse esse assunto a s&eacute;rio, esperaria ver em seu site algo como 'Prote&ccedil;&atilde;o planet&aacute;ria da Space X'. Mas esse n&atilde;o &eacute; o caso.&rdquo;
A cientista aponta que o problema n&atilde;o atinge somente a poss&iacute;vel vida existente em Marte. &ldquo;Os astronautas tamb&eacute;m seriam expostos &agrave; radia&ccedil;&atilde;o do espa&ccedil;o profundo durante a viagem de seis meses para o planeta, que n&atilde;o tem atmosfera que os proteja. A tecnologia contra radia&ccedil;&atilde;o est&aacute; ainda engatinhando. Acrescente a isso o impacto ambiental dessas miss&otilde;es, liberando muito di&oacute;xido de carbono. Os riscos de contaminar Marte, ferir astronautas e danificar o meio ambiente s&atilde;o muito reais&rdquo;.
<h2>Contamina&ccedil;&atilde;o nos dois sentidos</h2>
Existem dois tipos de contamina&ccedil;&atilde;o planet&aacute;ria: a reversa (do espa&ccedil;o para a Terra) e a direta (da Terra para outros astros). Um grupo de trabalho chamado Comit&ecirc; de Pesquisa Espacial (COSPAR) se re&uacute;ne a cada dois anos para desenvolver diretrizes sobre a contamina&ccedil;&atilde;o interplanet&aacute;ria, usando como base o Tratado do Espa&ccedil;o Exterior.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/04/03/03180853964146.jpg" alt="A Ag&ecirc;ncia Espacial Europeia trabalha no projeto de m&oacute;dulos para abrigar os primeiros colonos na Lua." />A Ag&ecirc;ncia Espacial Europeia trabalha no projeto de m&oacute;dulos para abrigar os primeiros colonos na Lua.
Segundo a diretora para Prote&ccedil;&atilde;o Planet&aacute;ria da NASA, Catharine Conley, o objetivo &eacute; sempre melhorar os protocolos para miss&otilde;es espaciais. &ldquo;&Eacute; essencial que eles sejam a base norteadora de toda miss&atilde;o desde o seu in&iacute;cio, e os engenheiros precisam segui-los ao projetar sistemas tripulados para viajar al&eacute;m da &oacute;rbita da Terra."<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151770-missoes-space-x-contaminar-sistema-solar.htm">Missões da Space X podem contaminar todo o sistema solar</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

Julia Marinho