Covid-19 muda a maneira de consumir do brasileiro

08/04/2020 às 05:512 min de leitura

Um retrato do consumo no Brasil em tempos de quarentena foi delineado pela empresa de pesquisas de mercado Kantar, com um levantamento realizado entre os dias 16 e 19 de março com 542 pessoas de todo o país. A entidade descobriu que o brasileiro se preocupa mais com a pandemia de covid-19 do que os chineses. Isolados em casa, os brasileiros estão comendo melhor (mas se entupindo de sorvete para enfrentar a ansiedade) enquanto se informam pela TV.

A saúde dos filhos e das outras crianças da família tira o sono de 21% dos brasileiros, seguido do bem-estar dos mais velhos (17%) e, em terceiro, das pessoas em geral (16%). Por isso, 74% dos entrevistados saem raramente (somente para ir ao supermercado, ao banco ou à farmácia).

Adquirir alimentos frescos é uma das razões para as pessoas saírem do isolamento.Adquirir alimentos frescos é uma das razões para as pessoas saírem do isolamento.

Cresceu o consumo de frutas, verduras e legumes, considerados importantes para 27% das pessoas. Estocar itens básicos da alimentação, como feijão e arroz, é relevante para 20% dos entrevistados. O isolamento social forçado provocou um aumento nas entregas em domicílio em 7%. As compras mais citadas são alimentos, produtos de limpeza e remédios, como analgésicos e antigripais.  

Olhando o mundo de dentro de casa

O isolamento forçado trouxe estresse, que vem sendo aliviado pelo aumento do consumo de itens como sorvetes (30%), salgadinhos e petiscos (17%), e bebidas como café e chá (7%). Na hora da compra, 80,6% dos entrevistados buscam informações em blogs e mídias sociais, já 83,3% por meio de opiniões de clientes e 82% nos sites das próprias lojas.

A TV é a principal fonte de informação para os brasileiros.A TV é a principal fonte de informação para os brasileiros.

Para se informar, a TV ainda é o meio mais confiável para 77% da população, batendo a internet (60% não sabiam que existe um aplicativo com informações sobre o coronavírus). A audiência dos programas jornalísticos subiu 17% e dos infantis, 14%.

Para conseguir manter a rotina de trabalho e estudo, os entrevistados lançaram mão de consultas online (34% das pessoas), ensino a distância (33%) e softwares de trabalho remoto (29%).

Covid-19 muda a maneira de consumir do brasileiro via TecMundo

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