Imagem de Apophis: o que é o mensageiro do caos e por que se aproxima da Terra? no Megacurioso

Asteroide estará mais perto do que qualquer outro corpo em 2029; astrônomos ainda não descartam choque em 2068


<p>Todos os anos, astrônomos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116775-cientistas-recalculam-chance-de-impacto-do-asteroide-apophis.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">atualizam o risco de o asteroide Apophis</a> (oficialmente, 99942 Apophis) se chocar com a Terra, através das medições do efeito Yarkovsky (um impulso minúsculo, mas significativo, que a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206391-luz-sol-alterando-trajetoria-do-asteroide-apophis.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">luz do Sol dá aos asteroides</a> que circulam pelo nosso sistema). A medida tem como objetivo prever, com cada vez mais acurácia, o quão perto chegarão, em 2068, o planeta e a rocha de 350 metros de diâmetro.</p>



<p>Haverá antes desse mais dois encontros: em 2029 e em 2036 – em ambos, os astrônomos já descartaram o apocalipse. Mesmo a passagem do Apophis na segunda metade deste século tem uma chance em 380 mil de produzir um impacto (em porcentagem, isso significa que há 99,99974% de chance de o asteroide errar a Terra). Para refinar essa estimativa, na próxima passagem do Apophis pelas vizinhanças, a partir de <a rel="noopener noreferrer" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/211037-asteroide-apophis-aproximara-terra-marco.htm" target="_blank">março deste ano</a>, os astrônomos usarão o telescópio espacial infravermelho NEOWISE da NASA.</p>



<figure class="wp-block-video"><video controls src="https://cdn.iframe.ly/files/8084343371b67a937fca2f90a2a9152d.mp4"></video></figure>



<p>Segundo um de descobridores do asteroide, o astrônomo Dave Tholen, do Observatório Nacional Kitt Peak, &#8220;já sabemos há algum tempo que um impacto com a Terra não acontecerá durante a aproximação de 2029. As novas observações no início deste ano mostram que o asteroide está se afastando de uma órbita puramente gravitacional em cerca de 170 metros por ano – ainda assim, insuficiente para descartamos o cenário de impacto de 2068&#8221;.</p>



<p>Em 2029, ele estará visível a olho nu. “Será uma oportunidade incrível para observarmos o asteroide com telescópios ópticos e de radar – com estes últimos, poderemos ver características de apenas alguns metros de tamanho em sua superfície”, disse a cientista de radar do Laboratório de Propulsão a Jato da <a rel="noopener noreferrer" href="http://www.tecmundo.com.br/NASA" target="_blank">NASA</a> Marina Brozovic.</p>



<figure class="wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-block-embed-youtube wp-embed-aspect-4-3 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Path Along Earth Where Apophis Astroid Will Be Visible on April 13, 2029" width="1333" height="1000" src="https://www.youtube.com/embed/1PLIAgXjV9o?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<p>A previsão é que o planeta inteiro mire na rocha espacial para estudar em detalhes seu tamanho, a forma, sua composição e mesmo o que há em seu interior, já que, em 13 de abril de 2029, ele estará mais próximo da Terra do que jamais outro asteroide esteve (à exceção, é claro, daqueles que <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153616-angulo-lugar-impacto-asteroide-dizimar-vida-terra.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">caíram aqui</a>): menos de 32 mil quilômetros da superfície do nosso planeta.</p>



<h2>Mensageiro do caos</h2>



<p>Quando foi descoberto, seu potencial de <a rel="noopener noreferrer" href="https://www.megacurioso.com.br/terra/39490-16-de-marco-de-2880-a-nova-data-para-o-possivel-fim-do-mundo.htm" target="_blank">dizimar a civilização humana</a> foi provavelmente o incentivo para que os astrônomos dessem ao asteroide o nome da divindade egípcia que personificava o caos, representada por uma serpente maligna. Desde 19 de  junho de 2004, quando Tholen e mais os astrônomos Roy Tucker e Fabrizio Bernardi avistaram o Apophis pela primeira vez, ele é acompanhado de perto.</p>



<figure class="wp-block-video"><video controls src="https://media.giphy.com/media/26gR2jg8m6gJLFX0c/giphy.mp4"></video></figure>



<p>Sua trajetória alcança, no ponto mais distante de nós, 2 UA (uma unidade astronômica equivale à distância entre a Terra e o Sol). Sua órbita cruza a da Terra todos os anos – por isso, ele é classificado como um asteroide “Atens”, grupo que reúne os corpos cujas órbitas são menores em largura do que a largura da órbita da Terra, ou 1 UA.</p>



<p>(Em 2029, com sua aproximação da Terra, ele alargará sua trajetória e, por isso, será promovido a outro grupo, conhecido como “Apollo”, dos asteroides cuja órbita é maior que 1 UA.)</p>



<p>Além de estar perigosamente dando rasantes nas proximidades da Terra, o Apophis ganhou este nome por sua composição: ele é do tipo S (pedregoso) – em outras palavras, rochoso, de uma mistura de níquel metálico e ferro, ideal para provocar o fim do mundo (pelas imagens captadas pelo Radiotelescópio de Arecibo, ele parece um amendoim espacial, com dois lóbulos em uma forma alongada). </p>



<figure class="wp-block-video"><video controls src="https://media.giphy.com/media/W5g5W5hMkzrJQDpN3P/giphy.mp4"></video></figure>



<p>Há muito ele vaga pelo espaço: estima-se que ele seja o que restou da formação de nosso sistema solar, há 4,6 bilhões de anos. Seu ponto de partida foi o cinturão de asteroides que existe entre Marte e Júpiter, saindo para vagar entre os planetas, sendo empurrado de um lado para outro pela influência gravitacional dos grandes planetas (Júpiter, principalmente). O resultado é que, agora, ele orbita o Sol nas vizinhanças da Terra e espera-se que, em sua passagem por aqui, ele não decida ficar de vez.</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:19.161Z

Apophis: o que é o mensageiro do caos e por que se aproxima da Terra?

Imagem de Mito das Plêiades pode ter surgido no alvorecer do ser humano no Megacurioso

Apesar de serem apenas seis estrelas, culturas ao redor do planeta se referem a ela como sendo sete jovens


<p>As <a href="https://www.megacurioso.com.br/astronomia/86869-localize-as-pleiades-e-descubra-se-voce-tem-a-visao-digna-de-um-guerreiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Plêiades</a>, um aglomerado de estrelas jovens e azuis conhecidas também como “As Sete Irmãs”, eram filhas de Atlas e Pleione, segundo a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/110411-10-fatos-que-voce-ainda-nao-sabe-sobre-a-mitologia-grega.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mitologia grega</a>: Alcíone, Asterope, Electra, Maia, Mérope, Taigete e Celeno. Mas a constelação tem seis, não sete estrelas. Segundo os gregos, Mérope se tornou humana; para o astrônomo britânico Ray Norris, da Western Sydney University, o tempo a escondeu – mas, há cem mil anos, ela ainda iluminava a noite.</p>



<p>“Muitas culturas ao redor do mundo falam das Plêiades como as ‘sete irmãs’. Depois de estudar de perto o movimento das estrelas, acreditamos que essas histórias podem remontar a uma época em que a constelação era bem diferente”, disse ele, em um artigo para o site <em>The Conversation</em>.</p>



<p>O mito grego fala das sete filhas do titã Atlas e da ninfa Pleiane. Condenado a carregar, por toda a eternidade, o mundo sobre os ombros, ele nada pôde fazer para impedir que elas fossem violentadas pelo gigante Órion. Zeus então transformou as irmãs em estrelas – Mérope, porém, se apaixonou por Sísifo e, como humana, viveu na Terra.</p>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://en.wikipedia.org/wiki/Pleiades_(Greek_mythology)"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/04/04113134656112.jpg" alt="" /></a><figcaption>&#8220;As Plêiades&#8221;, na visão do pintor simbolista Elihu Vedder.</figcaption></figure>



<h2>Céus africanos</h2>



<p>Norris, com o físico Barnaby Norris, encontrou ecos da narrativa em outras culturas e em outros tempos: “Histórias sobre a &#8216;estrela perdida&#8217; estão nas culturas europeia, africana, asiática, indonésia, americana nativa e australiana aborígene, e muitas consideram o aglomerado como tendo sete estrelas, mas reconhecem que apenas seis são visíveis, com uma história para explicar o desaparecimento. Como elas compartilham as mesmas histórias?”</p>



<p>Para Norris, “todos os humanos modernos descendem de pessoas que viveram na África antes de iniciarem suas longas migrações pelo globo, há cem mil anos. Será que o mito das sete irmãs seria tão antigo?”, questiona o astrônomo.</p>



<p>As evidências científicas dessa hipótese vieram do telescópio espacial Gaia e de simulações que retrocederam no tempo e mostraram que Pleiade e Atlas, duas estrelas que hoje estão tão coladas que parecem uma só, há cem mil anos eram distinguíveis.&nbsp;</p>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://theconversation.com/the-worlds-oldest-story-astronomers-say-global-myths-about-seven-sisters-stars-may-reach-back-100-000-years-151568"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/04/04111442599109.jpg" alt="." /></a></figure>



<h2>Dados desatualizados</h2>



<p>&#8220;Você tem duas evidências circunstanciais que, juntas, constroem uma hipótese interessante&#8221;, disse Norris ao site <em>LiveScience</em>.</p>



<p>Há, porém, quem discorde. Para o astrônomo Bradley Schaefer, da Louisiana State University, além de ser inerente ao ser humano personificar a natureza, a dupla de autores da Western Sydney University usou dados desatualizados para simular o céu há cem mil anos: as duas estrelas estariam duas vezes mais próximas e pareceriam, como hoje, uma só.</p>



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://esahubble.org/projects/fits_liberator/fitsimages/davidedemartin_5/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/02/04/04113525798115.jpg" alt="A constelação, vista pelo telescópio espacial Hubble." /></a><figcaption>A constelação, vista pelo telescópio espacial <a href="http://www.tecmundo.com.br/Hubble" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hubble</a>.</figcaption></figure>



<p>Mas Norris também se apoia no fato de que o brilho das estrelas também variou ao longo do tempo: hoje quase apagada, Pleione seria muito mais visível nos céus ancestrais. “É possível que a hipótese esteja correta, mas ela não é muito convincente”, disse Schaefer à <em>Live Science</em>.</p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:17.253Z

Mito das Plêiades pode ter surgido no alvorecer do ser humano

Imagem de Brasil vai participar do Projeto Artemis, da NASA no megacurioso

Acordo foi assinado no momento que a ciência nacional sofre um dos maiores cortes de verbas dos últimos anos


<p>O Brasil volta a um programa espacial da NASA depois que o ministro da <a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Ciência</a>, Tecnologia e Inovações (MCTI), Marcos Pontes assinou a Declaração Conjunta de Intenções, juntamente com o administrador da <a href="http://www.tecmundo.com.br/NASA" rel="noreferrer noopener" target="_blank">NASA</a>, Jim Bridenstine, em dezembro. O documento inseriu o Brasil entre os países que desejam colaborar com o <a href="http://www.tecmundo.com.br/Programa-Artemis" rel="noreferrer noopener" target="_blank">Programa Artemis</a>, missão que deve levar o ser humano de volta à Lua. A contribuição brasileira deve se concretizar em um rover lunar.</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/12/12000121778058.jpg" alt="O ministro Marcos Pontes (à esquerda) e o administrador da NASA, Jim Bridenstine.">O ministro Marcos Pontes (à esquerda) e o administrador da NASA, Jim Bridenstine.</p>



<p>A parceria será tocada pelo Programa Espacial Brasileiro, que tem 19 projetos e verba de R$ 106 milhões já inscrita no Orçamento da União deste ano. Em entrevista ao jornal <em>O Estado de S. Paul</em>o, o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Moira, disse que “se formos pensar estritamente dentro do âmbito fiscal, não poderíamos nos lançar em novos projetos. Esperamos que os congressistas se sensibilizem por essa oportunidade tão promissora e disponibilizem uma pequena quantia”.</p>



<p>A intenção, segundo ele, é o governo ser o primeiro investidor do programa e, assim, atrair a iniciativa privada; um dos primeiros projetos a ser viabilizado partirá de uma chamada pública para o desenvolvimento de ferramentas de pesquisa na Lua, nos moldes de como a NASA hoje atua.</p>



<h2>Peças para a ISS</h2>



<p>Este não é o primeiro acordo que o Brasil firma com a agência espacial americana. Em 1997, a AEB se comprometia a fornecer à NASA, para a Estação Espacial Internacional (ISS) em construção, seis peças; em contrapartida, o país poderia ter acesso à estação espacial, enviando para lá um astronauta (o atual ministro Marcos Pontes).</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/11/11232834772040.jpg" alt="O atual ministro do MCTI, o então astronauta Marcos Pontes, a bordo da ISS">O atual ministro do MCTI, o então astronauta Marcos Pontes, a bordo da ISS</p>



<p>Um dos objetivos do acordo era capacitar a indústria nacional. Só a peça mais importante (Express Pallet) tinha custo de fabricação de US$ 300 milhões. A AEB tinha um orçamento de US$ 120 milhões.</p>



<p>Se em 2002 a NASA começou a questionar o Brasil sobre o cumprimento do acordo, em 2007 o país finalmente foi retirado da lista de fabricantes de equipamentos para a ISS pela agência espacial americana. “Já é tarde demais para o Brasil fazer qualquer coisa, a não ser como usuário da estação”, disse à época um dos membros do Conselho da NASA, John Logsdon.</p>



<h2>Ciência em tempos de pandemia</h2>



<p>O acordo entre MCTI e NASA chega no momento em que a pasta sofre cortes de 34% em seu orçamento de 2021: R$ 2,7 bilhões, ou menos de um terço do orçamento de dez anos atrás. Além disso, a liberação dos recursos dependerá do cumprimento da meta fiscal e da aprovação de orçamento suplementar ao longo deste ano.</p>



<p>Quem mais perdeu dinheiro na pasta foi o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que sofrerá um corte de R$ 4,8 bilhões. Criado em 1969, o FNDCT recebe recursos de diversas fontes para financiar o desenvolvimento científico e tecnológico do país. Entre 2006 e 2020, ele arrecadou cerca de R$ 25 bilhões, mas a maior parte desse dinheiro foi retida e usada pelo governo federal para outros fins, como o pagamento de juros da dívida pública.</p>



<figure class="mt-2"><a href="https://jornal.usp.br/universidade/politicas-cientificas/congresso-aprova-projeto-que-pode-liberar-r-9-bilhoes-para-a-ciencia-em-2021/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/01/11/11232746850036.jpg" alt="." /></a></figure>



<p>A previsão para 2021 é que o fundo arrecade R$ 5,3 bilhões; pelo Projeto de Lei Orçamentária para este ano, enviado ao Congresso pela equipe econômica do governo, 90% desse valor será posto como reserva de contingência, ou seja, indisponível.</p>



<p><a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/209264-brasil-participar-projeto-artemis-nasa.htm?f" target="_blank">Brasil vai participar do Projeto Artemis, da NASA</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:14.238Z

Brasil vai participar do Projeto Artemis, da NASA

Imagem de Eclipse solar 2020: veja como o fenômeno foi registrado no megacurioso

Milhares de pessoas observaram o breve desaparecimento do Sol nos céus do Chile, na Argentina e de parte do Sul e Sudeste do Brasil


<p>Teve foto embaçada, profissional, montada, do ano passado, clip de grupo de kpop, <a rel="noreferrer noopener" href="http://www.tecmundo.com.br/memes/" target="_blank">meme</a> – o mundo registrou o eclipse solar total (o último do ano) além dos relatos científicos.</p>







<p>O espetáculo foi visto por quem estava em uma estreita faixa de 90 quilômetros abrangendo a costa sul do Chile, a cordilheira dos Andes e a Argentina, além de parte do Brasil. É a segunda vez, em um ano e meio, que a sombra da Lua percorre a região.</p>



<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="en" dir="ltr">there&#039;s no shit happening here in Bangladesh ig <a href="https://twitter.com/hashtag/Eclipse2020?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#Eclipse2020</a> <a href="https://t.co/auzrftayc3">pic.twitter.com/auzrftayc3</a></p>— mahi (@DESIZGIRL) <a href="https://twitter.com/DESIZGIRL/status/1338532992529022976?ref_src=twsrc%5Etfw">December 14, 2020</a></blockquote> 



<p>O eclipse desse ano foi especial: aconteceu perto do meio-dia, quando o Sol estava a pino (o do ano passado ocorreu no fim da tarde; o de 2021 só poderá ser observado em sua plenitude na Antártida). </p>



<p>No Brasil, ele foi visto parcialmente nos estados do Sul e Sudeste (Norte e o Nordeste ficaram de fora). No Rio Grande do Sul, foi possível ver 60% do disco do Sol escurecer; no Paraná, 50%; em São Paulo e no Rio de Janeiro, apenas 40%. Obviamente, nem todo mundo ficou feliz com isso.</p>



<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">mais uma vez e o norte e o nordeste sendo excluídos de uma coisa que vai ser visível de todo Brasil ???????<a href="https://twitter.com/hashtag/Eclipse2020?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#Eclipse2020</a> <a href="https://t.co/yFRJbT553A">pic.twitter.com/yFRJbT553A</a></p>— kesita ? (@k_keska) <a href="https://twitter.com/k_keska/status/1338492809200984069?ref_src=twsrc%5Etfw">December 14, 2020</a></blockquote> 



<h2>O que e onde</h2>



<p>Muita gente ainda se confunde sobre quais as condições para que aconteça um eclipse total do Sol: a Lua passa entre a Terra e a estrela, lançando sua sombra sobre a superfície do planeta.</p>



<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="en" dir="ltr">It&#039;s that time again! (More info on the South American eclipse happening now: <a href="https://t.co/1TLxUiYgjJ">https://t.co/1TLxUiYgjJ</a>) <a href="https://twitter.com/hashtag/Eclipse2020?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#Eclipse2020</a> <a href="https://t.co/IcIpsrEioN">https://t.co/IcIpsrEioN</a></p>— Katie Mack (@AstroKatie) <a href="https://twitter.com/AstroKatie/status/1338502172598824960?ref_src=twsrc%5Etfw">December 14, 2020</a></blockquote>  



<p>A imagem projetada do eclipse, por ser parcial em alguns lugares, encantou muita gente.</p>



<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="en" dir="ltr">living the moment of the day under a rain of little moons? <a href="https://t.co/387OEsd2xJ">pic.twitter.com/387OEsd2xJ</a></p>— ?? (@miliddaeng) <a href="https://twitter.com/miliddaeng/status/1338546182168211456?ref_src=twsrc%5Etfw">December 14, 2020</a></blockquote>  



<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="en" dir="ltr"><a href="https://twitter.com/hashtag/Eclipse2020?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#Eclipse2020</a> en Montevideo <a href="https://t.co/nnRaEKz9DE">pic.twitter.com/nnRaEKz9DE</a></p>— Bitch-Chan (@Bel_Rose62) <a href="https://twitter.com/Bel_Rose62/status/1338519614779764741?ref_src=twsrc%5Etfw">December 14, 2020</a></blockquote>  



<h2>Criatividade para assistir</h2>



<p>Às vésperas de acontecer um eclipse solar, especialistas recomendam uma série de medidas, como não olhar diretamente para o Sol e usar equipamentos adequados, como óculos especiais feitos especialmente para isso.</p>



<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr"><a href="https://twitter.com/hashtag/EclipseSolar2020?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#EclipseSolar2020</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/Eclipse2020?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#Eclipse2020</a> <br>o Brasil inteiro dps de ir olhar o eclipse sem nenhum equipamento: <a href="https://t.co/oVvEgYqUFC">pic.twitter.com/oVvEgYqUFC</a></p>— Kauan (@kkauan_) <a href="https://twitter.com/kkauan_/status/1338518888401743879?ref_src=twsrc%5Etfw">December 14, 2020</a></blockquote>  



<p>Como são caros, os oftalmologistas recomendam usar um vidro de máscara de solda – conselho que muita gente seguiu.</p>



<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="es" dir="ltr">Como se ve un eclipse en el primer mundo / como se ve en argentina <a href="https://twitter.com/hashtag/Eclipse2020?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#Eclipse2020</a> <a href="https://t.co/OI4x6f9570">pic.twitter.com/OI4x6f9570</a></p>— Lucas Julian (@lujualvares) <a href="https://twitter.com/lujualvares/status/1338522477799026694?ref_src=twsrc%5Etfw">December 14, 2020</a></blockquote>  



<p>Mas teve quem resolvesse improvisar, lançando mão do filtro 2 em 1:</p>



<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="es" dir="ltr">Mi mamá no conquista el mundo porq no quiere. <a href="https://twitter.com/hashtag/Eclipse2020?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#Eclipse2020</a> ?? <a href="https://t.co/kJ21CHJfXw">pic.twitter.com/kJ21CHJfXw</a></p>— BAS (@basnvm) <a href="https://twitter.com/basnvm/status/1338505777707945984?ref_src=twsrc%5Etfw">December 14, 2020</a></blockquote>  



<h2>Registro no espaço</h2>



<p>A cada 11 anos, o Sol encerra um ciclo de atividades e começa outro – o que em astrofísica quer dizer um mínimo e um máximo solares, marcados pelo surgimento e o desaparecimento de manchas solares. Isso faz com que o Sol mude de uma estrela relativamente calma para tempestuosa. </p>



<p>Pelo início das medições, o Sol entrou em seu 25º ciclo oficialmente em dezembro de 2019 e se encaminha para o ápice, que acontecerá em julho de 2025.</p>



<p>O aumento da atividade solar também proporcionou um eclipse solar como há muito a Terra não presenciava. Quando a Lua se alinha à estrela, a coroa solar torna-se visível a olho nu e, quanto mais manchas solares (como está ocorrendo agora), mais longe as gigantescas chamas sobem.</p>



<p>Mesmo em lugares onde o céu estava nublado, foi possível apreciar o desaparecimento do Sol.</p>



<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="en" dir="ltr">Timelapse <a href="https://twitter.com/hashtag/Eclipse2020?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#Eclipse2020</a> Villarrica Chile. <a href="https://t.co/yVJPcWpJ2W">pic.twitter.com/yVJPcWpJ2W</a></p>— ?????????????? (@EarthquakeChil1) <a href="https://twitter.com/EarthquakeChil1/status/1338530940365238272?ref_src=twsrc%5Etfw">December 14, 2020</a></blockquote>  



<p>No Brasil o mau humor do Sol não ajudou a visibilidade do fenômeno.</p>



<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">Hoje é dia de Eclipse solar Total. No Brasil, parcial para algumas regiões do país. <a href="https://twitter.com/hashtag/EclipseSolar2020?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#EclipseSolar2020</a><br><br>Expectativa X Realidade<a href="https://twitter.com/hashtag/cacoaldazueira?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#cacoaldazueira</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/cacoal?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#cacoal</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/Eclipse2020?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#Eclipse2020</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/EclipseSolar?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#EclipseSolar</a> <a href="https://t.co/lVFjouwL1G">pic.twitter.com/lVFjouwL1G</a></p>— Cacoal da Zueira? (@Cacoaldazueira) <a href="https://twitter.com/Cacoaldazueira/status/1338501382626828299?ref_src=twsrc%5Etfw">December 14, 2020</a></blockquote>  



<h2>18 meses</h2>



<p>A NASA e outras entidades científicas transmitiram ao vivo a passagem da Lua à frente do Sol. Uma das mais belas imagens registradas foi a da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA).</p>



<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="en" dir="ltr"><a href="https://twitter.com/hashtag/SATELLITE?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#SATELLITE</a> SPOTLIGHT: Here&#039;s a closer look at today&#039;s total <a href="https://twitter.com/hashtag/SolarEclipse?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#SolarEclipse</a> from <a href="https://twitter.com/NOAA?ref_src=twsrc%5Etfw">@NOAA</a>&#039;s <a href="https://twitter.com/hashtag/GOES16?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#GOES16</a>??. The moon&#039;s shadow tracked over the southern Pacific Ocean, as well as across <a href="https://twitter.com/hashtag/Chile?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#Chile</a> and <a href="https://twitter.com/hashtag/Argentina?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#Argentina</a>, before moving into the southern Atlantic Ocean just before sunset. <a href="https://t.co/YoO9N36s7c">pic.twitter.com/YoO9N36s7c</a></p>— NOAA Satellites – Public Affairs (@NOAASatellitePA) <a href="https://twitter.com/NOAASatellitePA/status/1338578839975374848?ref_src=twsrc%5Etfw">December 14, 2020</a></blockquote>  



<p>Se você perdeu o espetáculo, ele vai acontecer novamente em 18 meses (podem ocorrer até cinco eclipses por ano, mas não totais). As próximas passagens da Lua em frente ao Sol vão ser vistas na Antártica e na África do Sul em dezembro de 2021; na Indonésia e Austrália, em abril de 2023; nos EUA e no Canadá, em abril de 2024; no sul da Europa e da Groenlândia, em agosto de 2026. e em parte do Norte da África e do Oriente Médio, em agosto de 2027.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208281-eclipse-solar-2020-veja-fenomeno-registrado.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208281-eclipse-solar-2020-veja-fenomeno-registrado.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Eclipse solar 2020: veja como o fenômeno foi registrado</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


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Eclipse solar 2020: veja como o fenômeno foi registrado

Imagem de Agências espaciais se preparam para lidar com vida extraterrestre no megacurioso

Laboratórios com protocolos rígidos de segurança estão sendo equipados para receber amostras de asteroides e de Marte


<p>Com a chegada de amostras de asteroides e o avanço nos planos das bases humanas na Lua e em Marte, como garantir que não haverá contaminação (<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/151770-missoes-space-x-contaminar-sistema-solar.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">reversa ou direta</a>) volta à pauta e aos orçamentos das agências espaciais, principalmente da <a href="http://www.tecmundo.com.br/NASA" rel="noreferrer noopener" target="_blank">NASA</a>, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (<a href="http://www.tecmundo.com.br/JAXA" rel="noreferrer noopener" target="_blank">JAXA</a>) e da Agência Espacial Europeia (<a href="http://www.tecmundo.com.br/ESA" rel="noreferrer noopener" target="_blank">ESA</a>).</p>



<p>Por anos, as agências espaciais tomaram todos os cuidados para que nada do que fosse terrestre contaminasse o espaço extraplanetário. Agora ocorre o contrário: no último dia 5 de dezembro, técnicos da JAXA recolheram no deserto australiano o recipiente ejetado pela sonda Hayabusa2, antes que <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/204573-jaxa-asteroide-sonda-japonesa-retornara-espaco.htm" target="_blank">ela seguisse viagem para outro destino</a>.</p>



<figure class="mt-2 size-large"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/14/14184801795232.jpg" alt="" /><figcaption>A cápsula com amostras do Ryugu</figcaption></figure>



<p>As amostras dentro da cápsula são do Ryugu, um asteroide rico em carbono que provavelmente abriga os chamados blocos de construção da vida.</p>



<figure class="wp-block-video"><video controls src="https://thumbs.gfycat.com/SmoothImpeccableAmericanshorthair-mobile.mp4"></video></figure>



<p>(Em 2011, pesquisadores financiados pela NASA encontraram em 12 meteoritos ricos em carbono uma grande variedade de nucleobases, as moléculas formadoras do DNA – mais especificamente, adenina e guanina, partes do DNA, e hipoxantina e a xantina, usadas em outros processos biológicos.)</p>



<p>O material foi levado para o Centro de Curadoria de Amostras Extraterrestres da JAXA, um complexo nos arredores de Tóquio cuja principal função é manter o material cósmico livre da contaminação terrestre.</p>



<h2>Sono de milhares de anos</h2>



<p>“Nas minas de ouro da África do Sul, rochas perfuradas revelam reservatórios de água de centenas de milhares de anos, abrigando micróbios. Se você fornecer luz e calor, eles se multiplicarão”, disse à <em>National Geographic</em> o astrobiólogo J. Andy Spry, do Search for Extraterrestrial Intelligence Institute (SETI).</p>



<p>Em fevereiro de 2021, o rover Perseverance vai coletar amostras do fundo da cratera Jezero, lugar no qual se acredita que <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208250-aridez-nao-agua-essencial-surgimento-vida.htm" target="_blank">a vida pode ter surgido em Marte</a>. As amostras do solo serão enviadas de volta à Terra – e ninguém tem a mais pálida ideia do que mais virá, além de rochas e regolito.</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="NASA Mars Perseverance Rover Sample Collection Animation" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/sD_pwr_T2pU?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<p>“Quando o recipiente com as amostras marcianas pousar em 2031 no deserto de Utah, ele será levado para uma instalação com o mais alto nível de proteção de biossegurança”, explicou o astrofísico Scott Hubbard, fundador do Instituto de Astrobiologia da NASA.</p>



<p>As instalações que estão sendo construídas pelo mundo usam a experiência dos mais avançados laboratórios de biossegurança do planeta. A maioria deles trabalha com todas as hipóteses causadoras de catástrofes: falta de luz, vazamentos, ataques cibernéticos, terremotos, explosões, enchentes, bombas, sabotagem – escolha uma.</p>



<h2>Nível 4</h2>



<p>Todos funcionam em níveis hierárquicos de perigo: no nível 1, os cientistas manipulam bactérias como a <em>E. coli</em> e usam equipamentos básicos de proteção pessoal, com práticas de limpeza padrão; o nível 2, mais rigoroso, envolve agentes mais perigosos, como o <em>Staphylococcus aureus </em>(bacilo oportunista que pode provocar infecções respiratórias).</p>



<p>O nível 3 é onde o SARS-CoV-2, <a href="http://www.tecmundo.com.br/coronavirus" rel="noreferrer noopener" target="_blank">coronavírus</a> causador da <a href="http://www.tecmundo.com.br/covid-19" rel="noreferrer noopener" target="_blank">covid-19</a>, é mantido. Os cientistas usam respiradores e acessam o laboratório através de portas duplas vedadas a vácuo. A descontaminação é rigorosa – mas ainda menos que no nível mais alto, o 4: este é reservado para os patógenos mais mortais, como o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/144900-virus-ebola-finalmente-tem-cura.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">vírus Ebola</a>. Entre eles e os cientistas há trajes de proteção completos e reforçados.</p>



<figure class="mt-2"><a href="https://www.cdc.gov/cpr/infographics/biosafety.htm"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/14/14190313010241.jpg" alt="." /></a></figure>



<p>Os centros para análise de amostras extraterrestres trabalharão todos no nível mais alto. “‘O enigma de Andrômeda’ é um bom thriller, mas há muito pouca base científica nele. As chances de acontecer algo como aparece no filme são extremamente pequenas”, disse Hubbard.</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="The Andromeda Strain (1971) Trailer" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/YMbSpnlOOtE?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<p>(Eu sei que você pensou “Ele disse <em>pequenas</em>, não <em>inexistentes</em>“.)</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208279-agencias-espaciais-preparam-lidar-vida-extraterrestre.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208279-agencias-espaciais-preparam-lidar-vida-extraterrestre.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Agências espaciais se preparam para lidar com vida extraterrestre</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


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Agências espaciais se preparam para lidar com vida extraterrestre

Imagem de Aridez, e não apenas água, é essencial para o surgimento da vida no megacurioso

Água encontrada pelo sistema solar pode sustentar vida mas não, dar origem a ela


<p>Um elemento norteia a busca por vida fora da Terra: água líquida, capaz de sustentar vida como a conhecemos. Se ao longo das últimas décadas pesquisadores têm descoberto mais e mais indícios de que, afinal, nosso sistema solar é bem mais úmido do que sempre se pensou, a pergunta agora é quanta água é preciso para a vida surgir.</p>



<p>“Hidrogênio e oxigênio são os elementos mais comuns no Universo, então é fácil deduzir que a água é um dos principais constituintes de muitos corpos celestes”, disse <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/156277-gelo-bizarro-compoe-interior-netuno-urano.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">em agosto</a> o físico Federico Grasselli, pesquisador da Escola Internacional de Estudos Avançados (SISSA).</p>



<p>Se antes a Terra era único membro do clube dos planetas oceânicos, agora as inscrições <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154495-via-lactea-cheia-mundos-oceanicos-dizem-cientistas.htm" target="_blank">estão abertas para outros integrantes</a> – os planetas anões <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/156085-ceres-teria-mar-agua-salgada-superficie.htm" target="_blank">Ceres</a> e <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154464-plutao-ter-conservado-oceano-primordial.htm" target="_blank">Plutão</a>, assim como as luas de Júpiter <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153207-esa-anuncia-evidencia-agua-europa-lua-jupiter.htm" target="_blank">Europa</a> e <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/176560-submarino-nasa-explorar-oceanos-da-maior-lua-saturno.htm" target="_blank">Encélado</a> já dão mostras de abrigar imensos oceanos de água sob suas crostas de gelo.</p>



<figure class="mt-2 size-large"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/13/13173906632002.jpg" alt="" /><figcaption>As áreas brilhantes em Ceres são depósitos de carbonato de sódio, levados à superfície pela água de um oceano subterrâneo</figcaption></figure>



<h2>Vida a seco</h2>



<p>Achar sinais de vida primitiva é o objetivo da missão a Marte que chegará ao planeta em menos de dois meses. Em 18 de fevereiro de 2021, a Mars 2020 da <a href="http://www.tecmundo.com.br/NASA" rel="noreferrer noopener" target="_blank">NASA</a> pousará o rover <a href="http://www.tecmundo.com.br/Perseverance" rel="noreferrer noopener" target="_blank">Perseverance</a> no equador do planeta, dentro da cratera de Jezero, o leito seco do que foi um lago alimentado por rios há 3,5 bilhões de anos (Marte tinha um ciclo da água que sobreviveu no planeta por mais de cem mil anos).</p>



<p>A escolha partiu, em grande parte, por conta dos argumentos do bioquímico do Laboratório de Biologia Molecular da Universidade de Cambridge John Sutherland, que afirma ter sido em águas rasas – e não em oceanos primitivos – que a vida surgiu na Terra e, possivelmente, em Marte.</p>



<figure class="mt-2 size-large is-resized"><img loading="lazy" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/13/13175213017003.jpg" alt="" width="580" height="340" /><figcaption>A cratera Jezero, o antigo leito de um lago alimentado por rios</figcaption></figure>



<h2>Paradoxo da água</h2>



<p>O ponto principal de sua pesquisa é a resposta a um paradoxo que persiste há décadas: se a água decompõe o DNA e outras moléculas importantes, como este foi o meio em que as primeiras células surgiram? A resposta: ela estava não nos oceanos, mas em terra firme.</p>



<p>Sutherland levou adiante o resultado de estudos que, nos últimos anos, mostraram que as substâncias químicas essenciais ao surgimento da vida precisam existir em alta concentração e receber radiação ultravioleta do Sol para reagirem, além de um ambiente aquoso que não provoque sua diluição – um lugar onde a água eventualmente seque.</p>



<p>Mesmo a hipótese da vida primordial se formando em terra firme não ser uma unanimidade entre a comunidade científica, ela explica o paradoxo da água.</p>



<h2>Sopa primordial</h2>



<p>Em 1952, um experimento provou que expor a chamada sopa primordial (elementos químicos à base de carbono dissolvidos em água) ao calor e à eletricidade gera glicina, um aminoácido simples – o que fez surgir o paradoxo de como moléculas fundamentais da vida, como proteínas e ácidos nucleicos (a base do DNA) sobreviveram à água.</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Where Did Life Come From? (feat. PBS Space Time and Eons!)" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/_uAJY1mqtw4?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<p>As células resolveram o problema limitando a entrada da água em seu interior; se elas aprenderam a fazer isso, a vida provavelmente se formou onde a água esteve presente apenas de tempos em tempos.</p>



<p>A equipe de Sutherland, aquecendo suavemente elementos simples à base de carbono, submetendo-os à radiação ultravioleta e alternando umidade e aridez, produziu precursores de proteínas e lipídios e, em seguida, os blocos de construção do DNA – o que se considerava impossível de fazer. </p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208250-aridez-nao-agua-essencial-surgimento-vida.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208250-aridez-nao-agua-essencial-surgimento-vida.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Aridez, e não apenas água, é essencial para o surgimento da vida</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


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Aridez, e não apenas água, é essencial para o surgimento da vida

Imagem de EUA começam vacinação em massa contra a covid-19 no megacurioso

Primeiros a serem imunizados com a vacina da Pfizer serão profissionais de saúde


<p>Em 145 centros de saúde dos EUA começou hoje a campanha de vacinação contra a covid-19, com a imunização dos profissionais de <a href="http://www.tecmundo.com.br/saude/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">saúde</a>. O rosto da campanha é o de Sandra Lindsay, enfermeira da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Judaico de Long Island, nomeada como a primeira pessoa a ser vacinada em território americano. A aplicação aconteceu ao vivo, em rede nacional, com a presença do governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, por vídeo.</p>



<figure class="mt-2"><a href="https://pictures.reuters.com/archive/HEALTH-CORONAVIRUS-VACCINES-RC23NK9TD83S.html"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/14/14135242364121.jpg" alt="." /></a></figure>



<p>Durante a semana, o governo planeja distribuir quase três milhões de doses, recomendando que os profissionais de saúde na linha de frente do combate à pandemia sejam os primeiros a serem imunizados, seguidos pelos que trabalham em instituições de cuidados de longo prazo (a partir de 21 de dezembro serão vacinados residentes de lares de idosos e instalações de vida assistida). </p>



<p>A vacina da Moderna deve receber também o registro de uso emergencial até o fim de semana. Segundo o governo americano, 20 milhões de pessoas deverão receber ao menos a primeira dose das vacinas aprovadas.</p>



<h2>Compra sem ter como armazenar</h2>



<p>A vacina da Pfizer já começou a ser aplicada no Reino Unido, e foi aprovada em Bahrein, Canadá, Arábia Saudita, México e Singapura.  </p>



<p>No Brasil, o imunizante feito com RNA foi praticamente descartado pela anunciada falta de infraestrutura para armazenar vacinas gênicas (que demandam temperaturas de -70 °C). Dias depois, o Ministro da Saúde Eduardo Pazuello afirmou que assinará uma carta de intenção para a compra de 70 milhões de doses da vacina da Pfizer. </p>



<p>Segundo ele, seria possível começar a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208035-imunizacao-covid-19-comecaria-janeiro-vacina-pfizer.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">campanha de imunização em dezembro</a> ou em janeiro, se a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso emergencial do imunizante. </p>



<p>Na sexta-feira (11), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski deu a Pazuello 48 horas de prazo para que sejam apresentadas as datas de cada etapa do <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/207679-entenda-vacinacao-covid-19-brasil.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">plano de vacinação contra a covid-19</a>, intimando também a Advocacia-Geral da União (AGU) sobre o pedido. </p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208248-eua-comecam-vacinacao-massa-covid-19.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208248-eua-comecam-vacinacao-massa-covid-19.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">EUA começam vacinação em massa contra a covid-19</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


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EUA começam vacinação em massa contra a covid-19

Imagem de Exoplaneta pode dar pistas de onde está o misterioso Planeta Nove no megacurioso

O HD 106906 b tem uma órbita bizarra e gigantescamente ampla, assim como seria a do desconhecido membro de nosso sistema solar


<p>Plutão sempre foi o nono planeta, até perder o posto para um corpo misterioso, cinco vezes mais massivo que a Terra e com uma órbita 800 vezes mais longe do Sol do que a do nosso planeta. Nenhuma das sondas que hoje seguem para fora do nosso sistema solar (as duas Voyagers e a New Horizons) topou com o <a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/155141-astronomos-divulgam-nova-teoria-planeta-nove.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Planeta Nove</a> – mas a observação de um sistema a 336 anos-luz de distância pode nos dar pistas de como ele seria, por onde anda e por que não conseguimos achá-lo.</p>



<p>Examinando as imagens captadas pelo telescópio espacial Hubble do sistema estelar duplo HD 106906, localizado na constelação do Cruzeiro do Sul, astrônomos da Universidade da Califórnia e do Observatório Europeu do Sul (ESO) determinaram que um exoplaneta do sistema parece reproduzir o mesmo comportamento do pretenso Nono Planeta: sua órbita ao redor da dupla de estrelas é tão aberta que ele leva 15 mil anos para completá-la.</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Evidence of a Ninth Planet" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/6poHQ2h00ZA?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<p>Segundo os pesquisadores, sua órbita pode ser resultado da ação de uma estrela passando pelas redondezas, que estabilizou a trajetória exoplaneta longe do sistema binário – o mesmo pode ter acontecido há 4,6 bilhões de anos, em nosso próprio quintal.</p>



<p>“Este sistema traça uma comparação potencialmente única com o nosso sistema solar. O exoplaneta está amplamente separado de suas estrelas em uma órbita excêntrica e altamente desalinhada, do mesmo jeito que pensamos estar o Planeta Nove”, explicou o principal autor do artigo, o astrônomo Meiji Nguyen.</p>



<h2>Órbita bizarra</h2>



<p>O HD 106906 b é gigantesco (onze vezes maior que Júpiter) e sua órbita está além do disco de detritos semelhante ao nosso Cinturão de Kuiper, um agrupamento de corpos gelados além da órbita de Netuno (o Planeta Nove também estaria além desse agrupamento). Os astrônomos já sabiam de sua existência desde 2013, mas não o traçado de sua trajetória ao redor do sistema duplo de estrelas.</p>



<figure class="mt-2"><a href="https://hubblesite.org/contents/media/images/2020/53/4786-Image?news=true"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/11/11185413505351.jpg" alt="." /></a></figure>



<p>Foram necessários anos de medições precisas do Hubble de sua órbita para descobrir que o exoplaneta está bizarramente distante do par de estrelas no centro do sistema – mais de 730 vezes a distância dentre a Terra e o Sol. </p>



<p>Além de rastejar pelo espaço, o HD 106906 b o faz completamente fora do plano onde está o disco de detritos ao redor das estrelas – este também é deformado, provavelmente por conta da atração gravitacional que o planeta exerce sobre ele.</p>



<h2>Vazio interestelar</h2>



<p>A pergunta seguinte que os astrônomos fizeram foi como o planeta foi parar tão distante das estrelas no centro do sistema, e em uma órbita tão inclinada. A conclusão a que chegaram foi que o HD 106906 b deve ter se formado perto delas, sendo gradativamente puxado para o centro pela força do arrasto do disco de gás do sistema. </p>



<p>Mas ali não havia uma, mas duas estrelas orbitando uma à outra, e a força gravitacional do par jogaram-no para fora e longe do sistema, no vazio do espaço interestelar. Uma estrela que passava teria estabilizado a órbita do exoplaneta, impedindo-o de se tornar um <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/204806-planeta-tamanho-terra-vaga-espaco-estrela.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">planemo</a> (um planeta sem estrela a qual orbitar).</p>



<figure class="mt-2"><a href="https://www.spacetelescope.org/news/heic2021/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/11/11185912525353.jpg" alt="." /></a></figure>



<p>O paralelo com o HD 106906 b se torna ainda mais forte se considerarmos que o afastamento e posterior mudança de rota do Planeta Nove podem ter acontecido no início da formação do sistema solar, há 4,6 bilhões de ano – aquele que hospeda o exoplaneta tem 15 milhões de anos.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208222-exoplaneta-dar-pistas-onde-misterioso-planeta-nove.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208222-exoplaneta-dar-pistas-onde-misterioso-planeta-nove.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Exoplaneta pode dar pistas de onde está o misterioso Planeta Nove</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


thumb-image-2024-02-29T14:05:11.437Z

Exoplaneta pode dar pistas de onde está o misterioso Planeta Nove

Imagem de Reprogramação epigenética faz células voltarem a ser jovens no megacurioso

Terapia revolucionária devolveu a visão a camundongos cegos por trauma, doença ou velhice


<p>O olho é um dos primeiros órgãos que se desgastam com o tempo, e foi por isso que pesquisadores da Escola de <a href="http://www.tecmundo.com.br/medicina/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Medicina</a> de Harvard o escolheram para testar a ideia de que seria possível fazer retroceder o relógio das células. E eles o fizeram.</p>



<p>Matéria de capa da revista <em>Nature</em>, o trabalho da equipe teve como ponto de partida a pesquisa do geneticista Shinya Yamanaka, laureado com um Nobel pela identificação de quatro fatores de transcrição (Oct4, Sox2, Klf4 e c-Myc) com a capacidade de apagar “sinais” específicos nas células, fazendo elas voltarem ao seu estado embrionário primitivo.</p>



<figure class="mt-2"><a href="https://www.nature.com/articles/d41586-020-03403-0"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/04/04175730323130.jpg" alt="." /></a><figcaption>Fonte: Nature/Reprodução</figcaption></figure>



<p>A terapia empregada foi desenvolvida por aquele que se tornaria o principal autor do estudo: o geneticista Yuancheng Lu. O principal problema era o quanto seria possível virar os ponteiros do relógio biológico para trás, pois, sem controle, a célula poderia regredir tanto que sua função acabaria se perdendo. </p>



<p>Para resolver isso, Lu usou três dos genes Yamanaka (Oct4, Sox2 e Klf4, abandonando o quarto, c-Myc), levados até a retina dos olhos dos camundongos por um vírus inofensivo.</p>



<p>Os resultados não tardaram: o nervo óptico lesionado de um dos animais se regenerou, a perda de visão em camundongos como uma doença que emula o glaucoma humano foi revertida e ratos cegos por conta da velhice voltaram a enxergar.</p>



<figure class="mt-2 size-large"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/04/04180202420131.jpg" alt="" /><figcaption>As células do nervo óptico lesionado se regeneraram em camundongos idosos tratados</figcaption></figure>



<h2>Liga e desliga</h2>



<p>Se a maioria das células do nosso corpo têm as mesmas moléculas de DNA, a diferenciação de suas funções é determinada por apenas alguns genes específicos, e determinar quais serão lidos e expressados é a função do epigenoma, um sistema, grosso modo, que liga e desliga os genes de acordo com padrões específicos, sem alterar a sequência do DNA.</p>



<p>Para saber qual gene ativar ou que deve ser deixado adormecido, são usados “sinais” chamados de marcadores epigenéticos, os quais são moléculas que se conectam às bases do DNA em um processo chamado de metilação (justamente porque são moléculas dos grupos metil, ou CH3 – um átomo de carbono e três átomos de hidrogênio).</p>



<p>Essas moléculas são como um aviso de que aquele gene não deve ser ativado – uma maneira de administrar como o DNA é usado pela célula sem alterar a sequência do genoma. Com o tempo, porém, a máquina bem azeitada começa a falhar pelo desgaste das peças: as células passam a ler os genes errados, dando origem a doenças do envelhecimento.</p>



<h2>Juventude restaurada</h2>



<p>Os processos de metilação do DNA (ou seja, quando os grupos metil se fixam a ele) acontecem durante o desenvolvimento embrionário, produzindo a diferenciação celular. Ao envelhecer, a célula perde os padrões juvenis de metilação, e os genes que deveriam ser ativados são desativados e vice-versa (algumas dessas mudanças são previsíveis e têm sido usadas para determinar tanto a idade biológica de células como de tecidos).</p>



<figure class="mt-2 size-large"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/12/04/04180807331132.jpg" alt="" /><figcaption>A retina de um dos camundongos que receberam a terapia genética rejuvenesceu</figcaption></figure>



<p>Para desenvolver a terapia usada nos camundongos, os pesquisadores levantaram a hipótese de que, se a metilação do DNA realmente controla o envelhecimento, apagar alguns dos sinais poderia reverter a idade das células e dos tecidos, restaurando-os ao seu estado anterior e jovem.</p>



<p>“Confirmados por estudos posteriores, esses resultados poderão ser transformadores no tratamento de doenças da visão relacionadas à idade, como o glaucoma, beneficiando toda a terapêutica médica para doenças em geral”, disse um dos autores do estudo, o geneticista David Sinclair, ex-professor de doutorado de Yuancheng Lu.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208109-reprogramacao-epigenetica-celulas-voltarem-jovens.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208109-reprogramacao-epigenetica-celulas-voltarem-jovens.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Reprogramação epigenética faz células voltarem a ser jovens</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


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Reprogramação epigenética faz células voltarem a ser jovens

Imagem de O Universo não seria formado por partículas ou ondas, mas energia no megacurioso

Pesquisadores formulam, matematicamente, uma nova teoria sobre do que o cosmos é feito


<p>Para o filósofo e criador do idealismo subjetivo, George Berkeley, “a matéria não existe. O que percebemos como substâncias sólidas, como a madeira ou o ferro, são apenas a impressão produzida em nosso cérebro por Deus”. Desde o século XVI, partículas e ondas tomaram o lugar da percepção originalmente divina e agora, segundo o físico e engenheiro aeroespacial Larry M. Silverberg, da North Carolina State University, devem perder lugar para algo chamado fragmentos de <a rel="noreferrer noopener" href="http://www.tecmundo.com.br/energia/" target="_blank">energia</a>.</p>



<p>“Refletindo as tendências recentes da física, meu colega Jeffrey Eischen [<em>também físico e engenheiro aeroespacial da NCSU</em>] e eu descrevemos uma maneira atualizada de pensar sobre a matéria com uma nova teoria que pode explicar o Universo com precisão”, diz Silverberg, em artigo para o site <em>The Conversation</em>.</p>



<p>Os experimentos de dupla fenda tornaram possível comprovar que a luz pode se comportar como uma onda ou como uma partícula – tanto a <a rel="noreferrer noopener" href="http://www.tecmundo.com.br/fisica/" target="_blank">física</a> como a <a rel="noreferrer noopener" href="http://www.tecmundo.com.br/matematica/" target="_blank">matemática</a> podem ser usadas para prever como o cosmos se comporta, mas elas têm limites, que começaram a desafiar os cientistas quanto mais no interior do átomo se avança: haverá outra partícula no interior de um quark?</p>



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
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<p>“Einstein explicou, em sua teoria da relatividade geral, certos fenômenos físicos e também resolveu um paradoxo antigo relacionado à inércia e à gravidade. Mas em vez de melhorar as partículas ou ondas, ele as eliminou ao propor a deformação do espaço-tempo”, questiona Silverberg.</p>



<p>Ele e Eischen acreditam que o Universo pode ser explicado por outra coisa mais primordial e fundamental que partículas e ondas: energia.</p>



<h2>Para todas as coisas</h2>



<p>“Os cientistas entendem que partículas e ondas são opostos existenciais: uma partícula é uma fonte de matéria que existe em um único ponto e as ondas existem em todos os lugares, exceto nos pontos que as criam. Nossa teoria começa com uma nova ideia fundamental: a de que energia sempre ‘flui’ através de regiões do espaço e do tempo”, explica o pesquisador.</p>



<p>“O novo modelo teria que ser capaz de ser preditivo para todo o Universo, incluindo em escalas infinitamente pequenas ou grandes, com características tanto de partículas como de onda”. Matematicamente, a resposta surgiu na forma de um bloco de construção como uma estrela: muita energia concentrada, com níveis mais altos no centro, diminuindo em direção ao exterior.</p>



<p>Segundo Silverberg, “descobrimos que havia apenas um número limitado de maneiras de descrever uma concentração de energia que flui, e apenas um que funciona de acordo com nossa definição matemática de fluxo. Nós o chamamos de fragmento de energia, agindo como um bloco de construção da matéria”.</p>



<h2>Mercúrio em trânsito</h2>



<p>Para testar seu novo modelo, Eischen e Silverberg recorreram à relatividade geral de Einstein e como ela explicou a irregularidade na órbita de Mercúrio e a pequena curvatura da luz registrada quando o planeta passa pelo Sol. A teoria dos dois pesquisadores da NCSU foi aplicada a esse problema – se ela o resolvesse, substituiria partículas e ondas como formadores da matéria do Universo.</p>







<p>“Modelamos o Sol como um enorme fragmento estacionário de energia e Mercúrio, como um fragmento menor, de movimento lento. Para o problema da curvatura da luz, determinamos o fóton como sendo um fragmento minúsculo de energia movendo-se na velocidade da luz. Em ambos os problemas, obtivemos resultado igual ao da teoria da relatividade geral”.</p>



<p>Segundo Silverberg, “se partículas e ondas se quebram, fragmentos de energia se mantêm fortes. Eles poderiam constituir um único bloco de construção universal a partir do qual a realidade seria modelada matematicamente”.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208190-universo-nao-formado-particulas-ondas-energia.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/208190-universo-nao-formado-particulas-ondas-energia.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">O Universo não seria formado por partículas ou ondas, mas energi</a>a via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


Julia Marinho