As consequências da dependência do cigarro matam 8 milhões de pessoas por ano, mas seus prejuízos foram escondidos por décadas.

<p>O combate ao tabagismo e a diminuição do uso de cigarros, especialmente entre os jovens, é uma realidade recente. Por décadas, as consequências de se fumar cigarros foram ignoradas não apenas pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122091-como-o-tabaco-fez-o-mundo-ser-o-que-e-hoje.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">indústria do tabaco</a>, mas por órgãos reguladores e até mesmo pela mídia. Hollywood e seus filmes, por exemplo, ajudaram a propagar a ideia de elegância do tabagismo.</p><p>Foram muitos anos até que as notícias alertando sobre as <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122866-como-as-substancias-do-cigarro-se-se-agarram-as-coisas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mais de 2 mil substâncias químicas cancerígenas presentes em um único cigarro</a>, de um total de mais de 4.700, ganhassem destaque e a sociedade começasse a se preocupar com o fumo. Nesse período, muitos indivíduos foram levados a acreditar que fumar era seguro e benéfico.</p><h2>1. Médicos recomendaram o fumo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/03/03143418979154.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Enganados com falsos estudos, médicos deram endosso ao fumo. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure><p>Em meados do século XX, era realmente comum que os comerciais de marcas de cigarro recorressem a médicos para darem chancela ao produto, como ainda vemos em propagandas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/39230-6-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-cremes-dentais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cremes dentais</a>. Profissionais vestidos com seus jalecos brancos apareciam na TV ou em anúncios impressos recomendando determinadas marcas, com o objetivo de alavancar as vendas do cigarro pela associação com um profissional de saúde, autoridade no assunto.</p><p>O que pouca gente sabia é que estes médicos só aceitavam dar seu endosso porque recebiam pesquisas tendenciosas, encomendadas pelas próprias companhias de tabaco. Estes estudos, financiados pelas indústrias do setor, minimizavam os riscos do tabagismo e até sugeriam que certas marcas poderiam ser melhores para o organismo. Esse tipo de ação decaiu entre as décadas de 1950 e 1960, com o aumento das evidências médicas dos efeitos nocivos do fumo.</p><h2>2. Diziam que o cigarro era seguro para mulheres grávidas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/03/03143624355155.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Estados Unidos ainda possui taxa de grávidas tabagistas acima da média global. (Fonte: Gideon/Flickr/Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure><p>Não faltam campanhas mostrando como <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121731-quais-os-riscos-de-uma-mulher-gravida-fumar.htm">fumar cigarros durante a gestação</a> pode afetar o bom desenvolvimento do feto. Porém, até o início da década de 1950, o hábito de fumar durante a gravidez era comum, e nem mesmo os médicos obstetras pesquisavam se suas pacientes eram tabagistas.</p><p>À época, revistas científicas de medicina estampavam anúncios de marcas de cigarro, e até mesmo convenções e congressos eram patrocinados por empresas do segmento.</p><p>Hoje, sabemos que fumar durante a gravidez apresenta enormes riscos para o bebê, mas também para a mãe. Todavia, a taxa de tabagismo durante a gestação nos Estados Unidos ainda é alta, excedendo a média mundial de 1,7%.</p><h2>3. Diziam que o cigarro não viciava</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/03/03143854400156.png" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Alterações no cigarro foram feitas para acelerar o vício em nicotina no organismo. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure><p>Tornou-se de conhecimento público a partir da década de 1990 que as empresas do segmento tabagista manipularam os níveis de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/118905-dia-mundial-sem-tabaco-como-a-nicotina-mata-milhoes-todo-ano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nicotina</a> em seus produtos para criar ou manter o vício em consumidores. Foram utilizadas técnicas como adição de amônia, que acelera a entrega de nicotina ao cérebro, intensificando seu impacto no organismo.</p><p>O Congresso dos Estados Unidos, ao tomar conhecimento destas informações, conduziu audiências públicas com CEOs das companhias de cigarro, que negaram ter feito tais medidas. No entanto, relatórios mostraram como até mesmo os filtros foram produzidos com orifícios que tornavam a fumaça mais suave e menos áspera, de modo que os fumantes inalassem e absorvessem mais nicotina sem saberem disso.</p><h2>4. Relacionaram o fumo à perda de peso</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/03/03144047575159.jpeg" alt="(Fonte: Unsplash / Reprodução)"><figcaption>Criou-se a ideia de que mulheres que fumam estariam mais próximas do ideal de beleza. (Fonte: Unsplash)</figcaption></figure></figure><p>As mulheres foram um grande alvo da indústria do tabaco do início até meados do século XX. Para tal, os anúncios das marcas criaram uma intersecção entre magreza, controle de peso e o fumo. Foram criados <i>slogans</i> como "Procure um Lucky em vez de um doce", como se fumar cigarros pudesse substituir o consumo de açúcar e auxiliar na dieta.</p><p>Também não faltaram modelos glamourosas e esbeltas fumando em páginas de revistas, e até mesmo atrizes em filmes de Hollywood, o que impulsionou a crescente obsessão cultural pela magreza. Fumar era mais do que um hábito, era um estilo de vida que poderia ser o caminho mais curto para os <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/116950-padroes-de-beleza-voce-sabe-como-esse-conceito-impacta-sua-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">padrões sociais</a> vendidos como aceitáveis.</p><h2>5. Esconderam que fumar cigarros poderia levar ao desenvolvimento de câncer</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/03/03145508073167.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Estudos da década de 1960 demonstraram presença de partículas radioativas no cigarro. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure><p>Hoje, podemos afirmar que todo fumante possui consciência do risco a que se submete quando acende um cigarro. Porém, durante meados do século XX, a indústria do tabaco fez o que pode para esconder as pesquisas que demonstravam as ameaças causadas pelas inúmeras substâncias presentes em um único cigarro.</p><p>Um estudo da UCLA Healt descobriu a presença de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122259-coisas-radioativas-realmente-ficam-verdes-brilhantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">partículas radioativas</a> nos cigarros, mas empresas do segmento tabagistas optaram por ocultar essa informação do público, mesmo cientes das graves implicações para a saúde. As tentativas de reduzir esses níveis de partículas radioativas foram mínimas, quando não ignoradas para priorizar o lucro.</p>

large_5-mentiras-que-nos-contaram-sobre-fumar-cigarros-thumb.png

medium_5-mentiras-que-nos-contaram-sobre-fumar-cigarros-thumb.png

small_5-mentiras-que-nos-contaram-sobre-fumar-cigarros-thumb.png

thumbnail_5-mentiras-que-nos-contaram-sobre-fumar-cigarros-thumb.png

5-mentiras-que-nos-contaram-sobre-fumar-cigarros-thumb.png

5 mentiras que tentaram nos contar sobre fumar cigarros

É possível que você tenha sentado muitas vezes na cadeira mais popular do mundo.

<p>Sabe aquela cadeira branca de plástico com encosto largo, na qual certamente você já sentou em um bar ou durante um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128204-qual-pais-tem-o-melhor-churrasco-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">churrasco</a>? Talvez você nem imagine, mas <strong>essa cadeira é uma peça de design extremamente popular</strong>, que pode ser encontrada em qualquer parte do mundo.</p><p>Essa criação, inclusive, tem nome: é a <strong>Monobloc</strong>, uma cadeira leve e empilhável de polipropileno que geralmente é produzida na cor branca. Hoje, ela é a cadeira mais famosa que existe.</p><h2>O surgimento da Monobloc</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/30/30204356422029.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>O design original da Monobloc é de 1946. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>O nome da Monobloc vem de mono (um) e bloco, e foi dado porque ela foi criada em uma única peça. Ou seja: a <a href="https://www.megacurioso.com.br/produto/113993-cadeira-para-home-office-aqui-estao-algumas-opcoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cadeira</a> é fundida sem nenhum encaixe. Ela foi projetada pela primeira vez pelo canadense DC Simpson em 1946, mas entrou em produção a partir dos anos 1970 pelos grupos Allibert e Grosfillex.</p><p>Já em 1972, o engenheiro francês Henry Massonnet se inspirou nas primeiras cadeiras para criar o design da <strong>Fauteuil 300, que é hoje considerada o arquétipo da cadeira de plástico barata</strong>. Massonnet conseguiu melhorar a eficiência do processo de fabricação, reduzindo a duração de todo o ciclo de produção para menos de dois minutos. Assim, a partir da década de 1980, mais empresas passaram a fabricar modelos semelhantes para colocar no mercado.</p><p>Mas há um detalhe curioso aqui:<strong>&nbsp;nenhuma patente foi registrada para o </strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/design" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>design</strong></a><strong> da cadeira</strong>. Isso possibilitou que ela fosse reproduzida milhões de vezes por fabricantes do mundo todo. Outra coisa que fez com que ela se popularizasse é o seu método de produção.</p><p>A Monobloc é moldada por injeção de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125548-para-onde-vao-as-particulas-plasticas-que-inalamos-diariamente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">termoplástico</a> com uma peça única. O material mais usado é o polipropileno termoplástico, feito por grânulos aquecidos a aproximadamente 220&nbsp;°C que são injetados em um molde. <strong>Isso torna a cadeira barata para ser produzida e vendida</strong>, uma vez que sua fabricação também é rápida.</p><h2>A popularidade (e as polêmicas) da Monobloc</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/30/30210843022033.jpg" alt="(Fonte: Vitra Design Museum/ Reprodução)"><figcaption>A Monobloc já ganhou uma exposição na Alemanha. (Fonte: Vitra Design Museum/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A Monobloc é muito comum em toda a Europa e nas Américas – e, claro, bem popular aqui no Brasil. Embora seja fabricada em vários modelos e estilos, ela tem em média 2,5 kg, e tem a vantagem de poder ser empilhada, facilitando o armazenamento de várias cadeiras.</p><p>Por incrível que pareça, <strong>a Monobloc é tão conhecida que ganhou até uma exposição em 2017 no Vitra Design Museum</strong>, na Alemanha. A mostra "Monobloc – A Chair for the World" contou a história do objeto e celebrou essa que foi chamada de "exemplo por excelência de um produto de consumo de massa", ressaltando que ela "pode ser encontrada onde quer que haja necessidade de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127781-por-que-os-assentos-do-transporte-publico-sao-tao-estranhos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">assentos</a> baratos – seja em jardins europeus, cafés africanos ou restaurantes asiáticos".</p><p>Contudo, a Monobloc é também uma peça polêmica. Alguns teóricos, como o professor Ethan Zuckerman, já descreveram a cadeira como causadora de efeitos positivos e negativos no design e na <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119622-3-datas-comemorativas-inventadas-apenas-pelo-consumismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sociedade de consumo</a>. Por ter uma natureza extremamente homogênea, Zuckerman apontou a Monobloc como uma "cadeira perturbadora" e "o verdadeiro mal da globalização".</p><p>Em seu blog, Zuckerman expressou: "não tenho fortes sentimentos sobre se a Monobloc é um objeto de beleza ou um alvo de escárnio. O que me intriga é a ideia de que a Monobloc é um objeto livre de contexto", discorrendo sobre a dificuldade de identificação sobre o "cenário" ao qual a cadeira pertence. "<strong>A Monobloc é um dos poucos objetos que consigo pensar que está livre de qualquer contexto específico</strong>. Ver uma cadeira de plástico branca em uma fotografia não oferece nenhuma pista sobre onde ou quando você está. Tenho dificuldade em pensar em outros objetos que sejam igualmente independentes do contexto", escreveu.</p><p>A análise feita pelos críticos e pelos estudiosos de design afirma que a cadeira Monobloc, na verdade, é um objeto cercado de ambivalência sobre a sociedade de consumo atual. Isso porque esta cadeira de plástico se tornou um verdadeiro símbolo de uma peça de mobiliário acessível – e, portanto, é absolutamente democrática. Por outro lado, ela não é exatamente sustentável (uma vez que é de plástico), e também ilustra claramente o consumo de massa em produtos uniformes.</p><h2>O futuro da Monobloc</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/30/30210748044032.jpg" alt="(Fonte: Vitra Design Museu/ Reprodução)"><figcaption>Em breve, as cadeiras serão feitas com materiais mais sustentáveis. (Fonte: Vitra Design Museu/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Há planos para que a cadeira Monobloc passe a ser produzida de maneira mais ecológica, fazendo jus às demandas atuais por práticas mais sustentáveis ao planeta. É o que defende o designer egípcio Karim Rashid, um dos grandes nomes na área que trabalham prioritariamente com <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121898-4-mentiras-sobre-a-reciclagem-do-plastico-que-voce-sempre-ouviu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">plástico</a>.</p><p>"Há uma grande esperança em plásticos biodegradáveis, plásticos 100% reciclados, plásticos derivados da cana-de-açúcar, de origem vegetal e de outras fontes renováveis (curiosamente, estes foram utilizados na produção de plásticos no início dos anos 1900). Novas pesquisas e tecnologias podem continuar a moldar um mundo progressista de materiais plásticos, mas com resultados ambientalmente responsáveis e sustentáveis", ele declarou à <i>CNN</i>.</p>

large_monobloc-a-cadeira-mais-famosa-do-mundo-que-voce-provavelmente-tem-em-casa-thumb.png

medium_monobloc-a-cadeira-mais-famosa-do-mundo-que-voce-provavelmente-tem-em-casa-thumb.png

small_monobloc-a-cadeira-mais-famosa-do-mundo-que-voce-provavelmente-tem-em-casa-thumb.png

thumbnail_monobloc-a-cadeira-mais-famosa-do-mundo-que-voce-provavelmente-tem-em-casa-thumb.png

monobloc-a-cadeira-mais-famosa-do-mundo-que-voce-provavelmente-tem-em-casa-thumb.png

Monobloc: a cadeira mais famosa do mundo que você provavelmente tem em casa

Algumas das mentes mais brilhantes encerraram suas vidas em hospícios.

<p>Os manicômios, também denominados hospícios, eram hospitais especializados no tratamento de doenças mentais. Historicamente, esses locais se caracterizavam pela presença de maus tratos e pela segregação dos pacientes, que eram renegados por suas famílias e até pelos médicos.</p><p>Hoje, há uma <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/239386-saiba-nise-silveira-cientista-esnobada-governo-bolsonaro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">luta antimanicomial</a> que defende que as pessoas passando por isso não sejam mais submetidas a esse tipo de tratamento. E algumas dessas pessoas foram personalidades muito conhecidas, que também acabaram seus dias esquecidas dentro de um manicômio em algum lugar do mundo.</p><h2>1. Marquês de Sade</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/03/03150759282183.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Marquês de Sade foi condenado a um manicômio por Napoleão Bonaparte. (Fonte: Julien M. Hekimian/Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Donatien Alphonse François de Sade, ou simplesmente <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/100207-a-assustadora-vida-de-marques-de-sade-o-homem-mais-depravado-da-historia.htm#:~:text=Nos%20relatos%20policiais%2C%20consta%20que,da%C3%AD%2C%20esse%20comportamento%20s%C3%B3%20aumentaria." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Marquês de Sade</a>, talvez seja o autor mais conhecido da França. Seus romances, escritos durante o século XVIII, escandalizaram pelo retrato que faziam do sexo, da violência e da blasfêmia. Não por acaso, seu próprio nome virou um substantivo: sadismo.</p><p>Muitos dos temas sobre os quais ele escreveu saíram de sua vida. Isso o levou à prisão várias vezes, das quais ele era liberado após sua família pagar uma multa. Mas, com a ascensão de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119827-o-inacreditavel-plano-de-salvar-napoleao-bonaparte-do-exilio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Napoleão Bonaparte</a> ao poder, tudo mudou para ele.</p><p>Isso porque Napoleão detestava as obras de Sade, as chamando de "abominável" e fruto de "uma imaginação depravada". O imperador, então, mandou prender novamente o marquês em 1801 e, desta vez, ele não recebeu indulto. Sade foi diagnosticado com "demência libertina" e internado em um manicômio, onde passou os últimos 11 anos de sua vida.&nbsp;</p><h2>2. O compositor Robert Schumann</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/03/03150713464178.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>O compositor Robert Schumann sofreu com sérios distúrbios que o levaram a tentar o suicídio. (Fonte: Hulton Archive/Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>O grande compositor alemão <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/44723-proxima-parada-alemanha-prepare-se-para-conhecer-esse-majestoso-pais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Robert Schumann</a> nasceu em 1810, no Reino da Saxônia, onde iniciou o estudo da música aos sete anos e compôs quase 150 obras durante a vida.</p><p>Ainda assim, ele poderia ter realizado uma produção muito maior, se não fosse sua luta contra doenças mentais durante toda a sua curta vida (ele morreu com 46 anos). Em 1854, os delírios que ele sofria ficaram tão fortes que ele tentou o suicídio pulando da ponte do Reno.</p><p>Por conta disso, Schumann foi internado em um hospício, onde passou seus últimos dois anos. Até hoje se discute o que teria acometido o compositor, com um médico chegando até a alegar que sua psicose foi provocada pelo excesso de trabalho. O mais provável é que ele sofresse de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/104569-conheca-a-esquizofrenia-um-pouco-melhor-com-estes-13-fatos-interessantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esquizofrenia</a> ou transtorno maníaco-depressivo.</p><h2>3. O matemático André Bloch</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/03/03162229241212.jpeg" alt="(Fonte: Unsplash / Reprodução)"><figcaption>André Bloch passou 31 anos no hospício de Charenton por matar seu irmão e tios. (Fonte: Unsplash)</figcaption></figure></figure><p>O matemático francês André Bloch é sempre lembrado por seu trabalho em análise complexa, o que levou à elaboração de um teorema e uma constante com seu nome. Contudo, sua vida, e principalmente sua saúde mental, foram conturbadas: ele passou a maior parte de sua vida adulta em um manicômio, após matar três pessoas.</p><p>Bloch nasceu em 1893 em Besançon, França, e foi convocado, ao lado de seu irmão, para lutar na Primeira Guerra Mundial. Após os dois serem liberados, André acabou assassinando seu irmão, Georges, além de sua tia e seu tio.</p><p>Depois disso, ele foi enviado para o hospício de Charenton, onde passou os próximos 31 anos de sua vida. Segundo o próprio matemático, sua doença mental corria no lado da família de sua mãe. Por conta disso, ele declarou ao médico de que queria aniquilar toda a sua linhagem.</p><h2>4. O poeta John Clare</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/03/03162441831215.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Apesar de ter saído por um período, John Clare viveu seus últimos anos de vida no sanatório de Northamptonshire. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure><p>John Clare chegou a ser descrito como o melhor poeta rural da Inglaterra, por conta de seu talento para escrever sobre a beleza natural dos campos. Nascido em 1793, ele foi filho de trabalhadores rurais e publicou seu primeiro livro em 1820.</p><p>Clare lutou durante toda a vida para se sustentar, o que o afetou tanto física quanto mentalmente. Em 1836, seu médico recomendou que ele se isolasse em um sanatório em Essex para se recuperar. Foram cinco anos lá, até que um dia ele simplesmente resolveu sair e andar a pé. Cinco meses depois, ele voltou para o Northampton Lunatic Asylum, onde viveu os últimos 23 anos de sua vida.&nbsp;</p><p>Melancolicamente, John Clare descreveu o lugar como "o inferno purgatório e a bastilha francesa da liberdade inglesa, onde pessoas inofensivas são presas e torturadas até morrerem".</p>

large_4-pessoas-celebres-da-historia-que-morreram-em-manicomios-thumb.png

medium_4-pessoas-celebres-da-historia-que-morreram-em-manicomios-thumb.png

small_4-pessoas-celebres-da-historia-que-morreram-em-manicomios-thumb.png

thumbnail_4-pessoas-celebres-da-historia-que-morreram-em-manicomios-thumb.png

4-pessoas-celebres-da-historia-que-morreram-em-manicomios-thumb.png

4 pessoas célebres da história que morreram em manicômios

Por maior esforço que a indústria cinematográfica possa fazer para se ater à realidade, Hollywood segue criando mitos sobre o trabalho em restaurantes.

<p><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/6-fatos-sobre-o-espaco-que-hollywood-te-ensinou-errado" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hollywood adora contar histórias</a> que envolvem a vida nos restaurantes. A indústria da gastronomia é um prato cheio para salas de cinema lotadas. Porém, nem o maior esforço de roteiristas e cineastas é capaz de impedir que, aqui e ali, aspectos do trabalho de chefs, garçons e bartenders sejam ensinados de modo equivocado ao público.<br><br>Especialistas no ramo confirmam que a rotina nas cozinhas profissionais pode ser estressante. Todavia, a imagem de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118938-8-dicas-dos-melhores-chefs-para-voce-melhorar-sua-culinaria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cozinheiros</a> como pessoas facilmente irritáveis, ou até mesmo um poço de sabedoria (e filosofia barata) parece se ater exclusivamente aos filmes. E de acordo com quem já comandou um restaurante, o cliente não tem sempre razão.</p><h2>1. Cozinheiros não ficam irritados com clientes devolvendo a comida</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/28/28104352355095.jpg" alt="(Fonte: Disney / IMDb / Reprodução)"><figcaption>O incômodo com um serviço mal-executado existe, mas não há tempo para sair do prumo. (Fonte: Disney / IMDb / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Você certamente já acompanhou alguma obra de Hollywood em que um cliente, não satisfeito com a qualidade do prato que chegou à sua mesa, solicita ao garçom ou garçonete que o devolva à cozinha. Na cena seguinte, um chef e sua equipe estão extremamente irritados. Corta para a realidade: cozinheiros da vida real cometem erros.</p><p>Uma cozinha profissional envolve diferentes métodos e processos que, por vezes, podem sair de forma errada, o que gera o retorna à cozinha. Agora, isso não significa o fim do mundo para os profissionais.</p><p>Dizer que não há um incômodo em quem produziu a refeição seria exagerado, mas parte do trabalho é ser resiliente e resolver o problema para que o cliente seja atendido. Um restaurante costuma receber muitos consumidores, a última coisa que a equipe da cozinha teria tempo é para gastar sua energia se indispondo.</p><h2>2. Nem todo garçom e garçonete odeia seu trabalho</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/28/28110534423110.jpg" alt="(Fonte: Element Films / IMDb / Reprodução)"><figcaption>Atuar como garçom pode ser um trabalho transitório, mas há quem goste muito de servir. (Fonte: Element Films / IMDb / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Outro tópico bastante comum nos filmes é o retrato de garçons e garçonetes como indivíduos frustrados com seus empregos. Especialistas no ramo de serviços confirmam que o trabalho é árduo e exigente, especialmente para a equipe do salão, que necessita lidar com os dois extremos do serviço: a cozinha e os clientes.</p><p>É sempre preciso um esforço extra para manter a postura e o sorriso no rosto para o atendimento. Mas, ainda com todos esses obstáculos, empregados do setor de gastronomia costumam afirmar que gostam do que fazem e entendem que em todo trabalho há dias bons e ruins.</p><h2>3. O clima entre colegas em uma cozinha profissional não é horrível</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/28/28104641927097.jpg" alt="(Fonte: Aldamisa Entertainment / IMDb / Reprodução)"><figcaption>Relações entre colegas de cozinhas profissionais costumam ser cordiais. (Fonte: Aldamisa Entertainment / IMDb / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Chefs gritando, integrantes da cozinha que não dominam suas funções. Esses também são estereótipos recorrentes dos filmes de Hollywood. Uma cozinha profissional é composta por diferentes perfis, mas não condiz com a realidade que o ambiente de trabalho seja um barril de <a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/39849-animacao-mostra-as-curiosidades-da-criacao-da-polvora-video-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pólvora</a> como no cinema.</p><p>Trabalhadores do setor relatam que as relações em uma cozinha de restaurante são bem educadas e cordiais. Já no que concerna à qualificação dos funcionários, existem os mais diversos tipos, sendo geralmente adequados a funções que possam executar sem comprometer o ritmo de trabalho.</p><h2>4. Funcionários de restaurantes não recebem, necessariamente, salário mínimo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/28/28110312510108.jpg" alt="(Fonte: Element Films / IMDb / Reprodução)"><figcaption>Existe possibilidade de desenvolvimento de carreira em restaurantes. (Fonte: Element Films / IMDb / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A ideia de quem a equipe do salão de um restaurante, composta por garçons, recepcionistas, maître, entre outros, é mal paga não condiz, necessariamente, com a realidade. Nem todo funcionário de um restaurante profissional recebe apenas o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119254-o-que-e-o-salario-minimo-e-por-que-ele-existe.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">salário mínimo</a> mais gorjetas. Estabelecer uma carreira nessa indústria pode render uma vida profissional realizada e gratificante, diferente do retratado em filmes.</p><p>Um aspecto importante é entender que existem maneiras de ser promovido, financeiramente ou mudando de função, sem contar que diferentes cargos costumam oferecer diferentes remunerações. O potencial de desenvolvimento de carreira no setor é uma realidade.</p><h2>5. Cozinhas não são lugares brilhantes e com aparência imaculada</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/28/28110856926114.jpg" alt="(Fonte: 3 Arts Entertainment / IMDb / Reprodução)"><figcaption>Cozinhas reais apresentam desgastes naturais da rotina de trabalho. (Fonte: 3 Arts Entertainment / IMDb / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Os filmes costumam retratar as cozinhas como lugares santificados e brilhantes. Bem, sabemos que existem legislações sanitárias rígidas, mas essa imagem de lugar completamente limpo não é real, ou ao menos não em um local com anos de existência. O dia a dia em uma cozinha gera desgastes em móveis e no ambiente, por maior o esforço de manutenção da equipe.</p>

large_5.png

medium_5.png

small_5.png

thumbnail_5.png

5.png

5 fatos sobre restaurantes que Hollywood nos ensinou errado

Segundo os pesquisadores, desde o século XIX já se registram grupos de admiradores de times ou pessoas.

<p>Talvez você já tenha se perguntado sobre o uso do termo "fã", que é uma palavra empregada para designar um indivíduo que expressa muita admiração por alguém ou alguma coisa. Por vezes, esse amor pode se tornar algo doentio, mas, de modo geral, tem a ver com uma devoção grande (e coletiva) demonstrada por uma pessoa ou grupo.</p><p>A ideia do fã não é exatamente nova. Há registros que foi na década de 1880 que se pensou pela primeira vez em um termo para designar os grandes entusiastas do beisebol, que se empolgavam ao torcer pelos seus times e esportistas. Mas essa não foi a única palavra usada para apontar a esse tipo de comportamento.</p><h2>As diferentes origens de "fã"</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/03/03183740084294.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Os fãs já foram chamados por vários nomes. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Na verdade, fã era apenas um dos termos usados pela imprensa e até pelas pessoas em geral para indicar esse tipo de indivíduo ou grupo. Havia outros, como "<i>rooters</i>", "<i>bugs</i>", "<i>fiends</i>" e "<i>cranks</i>". A última expressão, aliás, traz pistas de como os fãs eram vistos, pois "<i>krank</i>" vem da palavra alemã usada para designar "doente".</p><p>Em 1888, o empresário e escritor americano Thomas Williams Lawson escreveu um livro bem-humorado chamado<i>&nbsp;The Krank: His Language and What It Means</i>, no qual descreve o fenômeno das torcidas. Ele escreve, de forma algo debochada: "o Krank é um composto heterogêneo de carne, osso e <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119507-como-funcionam-o-softbol-e-o-beisebol-nas-olimpiadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">beisebol</a>, principalmente beisebol (...) o Krank não pode ser confundido com nenhum outro animal. Suas peculiaridades são inúmeras".</p><p>Entre essas particularidades, estaria o estilo barulhento e participativo deste tipo de grupo. Os <i>kranks</i> brincavam com os jogadores, batiam tambores e se envolviam tanto entre si quanto com o jogo. Além disso, eles compartilhavam uma linguagem interna que o faziam ter algum tipo de código entre eles. De certa forma, Lawson já descrevia aqui o que hoje se chama de cultura de fãs.</p><h2>Os fãs do passado são os mesmos de hoje?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/03/03184816618295.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Há grupos de fãs que são designados a partir de seu objeto de culto. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Há muita gente hoje estudando os movimentos de fãs e a cultura envolvendo o <i>fandom&nbsp;</i>fervoroso em torno de certos artistas (um exemplo claro são os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123246-as-10-maiores-musicas-de-k-pop-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">músicos de K-pop</a>). Por isso, questiona-se se este é um fenômeno novo ou se já havia raízes históricas desse tipo de engajamento no passado.</p><p>Segundo o pesquisador Daniel Cavicchi, um especialista de Estudos Americanos que leciona na Rhode Island School of Design, pode haver conexões. Ele iniciou seus estudos analisando grupos de fãs de música e passou a olhar para outros ângulos, o que o levou a documentos históricos. "Formavam-se clubes, as pessoas reuniam-se regularmente, começavam a fazer as mesmas coisas e desenvolviam a sua própria linguagem. Todas as coisas que associamos ao <i>fandom&nbsp;</i>hoje, da música ao esporte", declarou ao site Atlas Obscura.</p><p>Ele ainda revela que essas agregações do passado também eram consideradas problemáticas por pessoas que estavam fora do <i>fandom</i>. "O <i>fandom</i>, pelo menos na sociedade ocidental, europeia e norte-americana, nem sempre foi aceito. Há sempre algum tipo de elemento da sociedade que quer controlá-la de alguma forma, ou reduzi-la, ou colocá-la em limites. Então, podemos estar entusiasmados, mas não muito entusiasmados", explica.</p><p>Contudo, o pesquisador explica que o conceito é muito complexo e muda com o tempo, pois cultura de fãs não é estanque. Por conta disso, vários termos já foram escolhidos para serem "nomes para pessoas-que-amavam-coisas-em-grupos". Entre a sua "coleção", Cavicchi lista palavras como "'amadores', '<i>boomers</i>', '<i>buffs</i>', '<i>bugs</i>', 'devotos', 'diletantes', 'entusiastas', 'fanáticos', '<i>habitués</i>', 'amantes', 'maníacos'", entre outros.</p><p>Há ainda os termos que apontam a objetos de culto, como Lisztians e Wagnerians, que indicam os fãs dos compositores Franz Liszt e Richard Wagner. Entre os admiradores mais atuais, estão os Swifties (fãs de Taylor Swift), Whovians (fãs da série <a href="http://Doctor%20Who" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><i>Doctor Who</i></a>) e os Trekkers (fãs de <i>Star Trek)</i>. Ou seja, a verdade é que, desde os conhecemos, os fãs sempre tiveram muitas caras.</p>

large_qual-e-a-origem-historica-dos-fas-thumb.png

medium_qual-e-a-origem-historica-dos-fas-thumb.png

small_qual-e-a-origem-historica-dos-fas-thumb.png

thumbnail_qual-e-a-origem-historica-dos-fas-thumb.png

qual-e-a-origem-historica-dos-fas-thumb.png

Qual foi o primeiro fandom? Conheça a origem histórica dos fãs!

A origem dos gatos é bem mais antiga do que você provavelmente imagina.

<p>Os gatos estão entre os animais mais adorados por nós, humanos. Independentes e elegantes, eles costumam compartilhar a casa conosco e podem ser muito afetuosos (do jeito deles, claro). Mas quando será que esse amor recíproco surgiu?</p><p>Historicamente, há vestígios de gatos domésticos de cerca de 8 mil anos encontrados na Sérvia e na Polônia. Ou seja, esses bichos nos fazem companhia há milhares de anos, e foram muito valorizados em certos lugares do mundo, como no Egito.</p><h2>A (nova) origem dos gatos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/30/30190649612008.jpeg" alt="(Fonte: Wikipedia/ Reprodução)"><figcaption>Hoje se acredita que os bichanos podem ter chegado na Europa por meio da Península Balcânica. (Fonte: Wikipedia/ Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Até pouco tempo, pensava-se que os gatos tivessem chegado na Europa por volta dos séculos III a VII d.C. Ocorre que hoje se tem conhecimento de que um fluxo anterior desses bichos pode ter ocorrido da Ásia Menor até os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127671-5-coisas-que-sao-muito-mais-antigas-do-que-voce-imagina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bálcãs</a>, área geográfica localizada no sudeste da Europa.</p><p>Em um estudo publicado na revista Antiquity com outros autores, Magdalena Krajcarz, arqueozoóloga da Universidade Nicolau Copérnico em Torun, Polônia, documentou ter encontrado o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120261-por-que-sentimos-choque-quando-batemos-o-cotovelo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">úmero</a> de um gato — um osso longo da perna — encravado em uma camada de sedimentos com vasos de cerâmica. Isso os levou a concluir que, quando os migrantes chegaram à Polônia e começaram a converter florestas em pastos abertos e campos agrícolas, eles estavam acompanhados de roedores e gatos selvagens — os ancestrais do gato doméstico.</p><p>O gato selvagem do <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128608-6-civilizacoes-antigas-que-cairam-no-esquecimento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Oriente Próximo</a> (nome científico: <i>Felis silvestris lybica</i>) foi então considerado o ancestral comum de todos os gatos domesticados. Seus exemplares passaram a ser adestrados pela primeira vez no Crescente Fértil cerca de 10 mil anos atrás.</p><p>Pelo que se sabe, os bichos vieram atraídos pelos roedores que se aproveitavam das primeiras colheitas. Ou seja, foram os gatos que vieram para perto de nós, e não nós que os procuramos. Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/45541-sabia-que-o-surgimento-da-agricultura-quase-causou-o-colapso-da-humanidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">primeiros agricultores</a> resolveram então acolher os bichanos, pois eles eram eficientes para controlar as pragas.</p><h2>As múmias de gatos no Egito</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/30/30191101318010.jpeg" alt="(Fonte: Wikipedia/ Reprodução)"><figcaption>Foi encontrado no Egito um mausoléu com 300 mil múmias de gatos. (Fonte: Wikipedia / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Mas há também outra história que aconteceu paralelamente. Mais exatamente, no Egito, há cerca de 3.500 anos, houve uma domesticação de gatos. Lá, os bichanos eram muito valorizados – basta lembrar que <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122871-os-6-mais-importantes-deuses-do-egito-antigo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bastet</a>, a deusa egípcia do amor, tinha cabeça de gato.&nbsp;</p><p>Em Beni-Hassan, foi encontrado até uma necrópole que abrigava mais de 300 mil múmias de gatos. Mas a evidência arqueológica mais antiga da domesticação de gatos é uma sepultura de 9.500 anos, descoberta no Chipre em 2004 e que continha um humano da era paleolítica enterrado com seu animal de estimação felino.</p><p>Sabe-se que essas duas origens dos gatos – uma no <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127421-quem-foram-os-primeiros-fazendeiros-no-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Crescente Fértil</a> e outra no Egito – contribuíram para o surgimento do felino domesticado comum que conhecemos hoje. O gato dócil que temos nasceu da mistura dessas duas linhagens, que deu origem a um companheiro fiel aos humanos.</p><p>Estes gatos ancestrais eram semelhantes aos gatos selvagens, mas eram bem menos solitários do que eles. Os gatos começaram a se espalhar no Mediterrâneo e viajaram com gregos e romanos, até chegar na Ibéria pré-romana por volta de 400 a.C. Sem dúvida, foi um caso de amor entre humanos e felinos que só cresceu desde então.</p>

large_de-onde-vieram-os-gatos-e-como-entraram-em-contato-com-os-humanos-thumb.png

medium_de-onde-vieram-os-gatos-e-como-entraram-em-contato-com-os-humanos-thumb.png

small_de-onde-vieram-os-gatos-e-como-entraram-em-contato-com-os-humanos-thumb.png

thumbnail_de-onde-vieram-os-gatos-e-como-entraram-em-contato-com-os-humanos-thumb.png

de-onde-vieram-os-gatos-e-como-entraram-em-contato-com-os-humanos-thumb.png

De onde vieram os gatos e como entraram em contato com os humanos?

O leão-do-atlas era conhecido por sua ferocidade e seu porte magnânimo.

<p>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125240-5-especies-de-leoes-ja-extintas-do-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">leão-do-atlas</a>, também conhecido por leão-da-barbária ou leão-berbere, foi uma subespécie de leão extinta durante o século XX. Ele viveu no norte da África, do Egito a Marrocos, foi reconhecido pelos pesquisadores como o maior e mais feroz entre todos os leões.</p><p>Um macho chegava a pesar mais de 300 kg, enquanto as fêmeas poderiam pesar acima de 200 kg. Infelizmente, o último leão-do-atlas que se conheceu foi morto no Marrocos, nas montanhas no Atlas. Mas há esperança de "reviver" essa espécie, agora em cativeiro.</p><h2>1. Eles começaram a ser dizimados no século XVIII</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/19/19113203953001.jpg" alt="(Fonte: Nature Rules/ Wikipedia)"><figcaption>Esses leões viviam em grandes grupos na região do Magrebe. (Fonte: Nature Rules / Wikipedia)</figcaption></figure></figure><p>Antes do século XVIII, esses leões viviam em grandes grupos na região do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125158-quando-comecou-a-escravidao-de-pessoas-negras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Magrebe</a>, no noroeste da África, e na costa norte da Líbia. Contudo, durante o século XIX, eles eram muito visados pelos caçadores de recompensas, que matavam os animais e fizeram com que sua população se dizimasse entre 1873 e 1883.</p><p>No Marrocos, os leões-do-atlas tiveram mais sorte, pois o sultão que governava o país não estimulava a matança. Entretanto, as caças fizeram com que os animais ficassem isolados em partes diferentes do Marrocos, Argélia e Tunísia.</p><h2>2. O último exemplar do leão-do-atlas teria sido fotografado em 1925</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/19/19104302050002.webp" alt="(Fonte: Wikipedia/ Reprodução)"><figcaption>A foto de Marcelin Flandrin mostra o último leão-do-atlas. (Fonte: Wikipedia / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Há uma foto bastante famosa que registrou pela última vez um leão-do-atlas. Ela foi feita por Marcelin Flandrin durante um voo entre <a href="https://www.megacurioso.com.br/luxo/81699-oscar-de-casablanca-pode-sair-por-3-milhoes-de-dolares-em-leilao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Casablanca</a> e Dakar. O registro é tido como uma relíquia que documenta uma espécie majestosa que, infelizmente, foi extinta pela ação do homem.</p><h2>3. A seleção de futebol de Marrocos homenageia o leão-do-atlas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/19/19104813431003.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/ Reprodução)"><figcaption>Os jogadores da seleção marroquina foram apelidados de leões-do-atlas. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Em 2022, a seleção de futebol de Marrocos teve um ótimo desempenho durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123015-5-curiosidades-sobre-o-qatar-sede-da-copa-do-mundo-de-2022.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Copa do Mundo do Qatar</a>, chegando às semifinais da competição. Foram então apelidados de "Leões-do-atlas".</p><p>O apelido se deu justamente pela alta incidência desses leões no território do país, o que fez com que se tornassem um símbolo nacional do Marrocos. Havia também a associação da ferocidade do leão com a garra dos esportistas.</p><h2>4. A data de extinção dos leões-de-atlas é controversa</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/19/19113303620004.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Não se tem certeza quando ele foi extinto. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Há uma certa controvérsia sobre quando teria ocorrido a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127363-extincao-em-massa-matou-98-7-dos-nossos-antepassados-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extinção</a> do leão-do-atlas. O dado mais conhecido é que o último exemplar pode ter sido abatido em 1922 por um caçador colonial francês em Marrocos. Contudo, há outras versões possíveis, como a própria foto feita em 1925 durante um voo.</p><p>De acordo com uma publicação de 2013 do portal <i>Scientific American</i>, há pesquisadores levantando a hipótese de que estes leões podem ter permanecido vivos nas florestas da Argélia e do Marrocos – onde ficaram escondidos e protegidos dos humanos – por várias décadas. &nbsp;</p><p>A equipe de cientistas envolvida no estudo analisou relatos de dezenas de pessoas que dizem ter vistos leões-do-atlas bem depois de 1922. "Nosso trabalho de entrevistas foi com idosos de comunidades remotas da Argélia. Tivemos sorte em desenvolver um rico conjunto de dados, uma vez que vários colegas têm recolhido esta informação ao longo de 10 a 20 anos, pelo que as nossas fontes são relatos de primeira ou segunda mão", afirmou Simon Black, um dos autores. A hipótese deles é que a espécie pode ter existido até por volta de 1965.</p><h2>5. Eles podem estar "voltando" a existir</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/19/19112657008000.jpg" alt="(Fonte: Instagram/ Reprodução)"><figcaption>Vários zoológicos dizem ter exemplares dos leões-do-atlas em suas coleções. (Fonte: Instagram/ Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Mesmo com sua extinção, vários zoológicos dizem ter exemplares dos leões-do-atlas em suas coleções. Obviamente, não são a espécie original, mas animais híbridos criados a partir de leões da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128482-estudar-o-coco-dos-porcos-formigueiros-pode-contribuir-na-sobreviencia-da-especie-entenda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">África Subsaariana</a>.</p><p>Simon Black afirma que é impossível precisar se eles representam realmente os espécimes originais, já que não há um bom material genético de referência. “As únicas amostras de referência confiáveis são espécimes de museu – ossos e peles taxidermizadas que, em sua maioria, têm mais de 140 anos. Portanto, uma comparação genômica completa não é atualmente possível”, conclui.&nbsp;</p><p>Entretanto, em 2019, o zoológico de Dvur Kralove, na República Tcheca, declarou ter trazido ao mundo dois filhotes de leão-de-atlas – um macho e uma fêmea. Segundo uma matéria da agência de notícias Associated Press, os animaizinhos nasceram saudáveis.</p><p>Black ainda acrescenta que os esforços para reproduzir os animais é importante. “Vários zoológicos adicionais na Europa assumiram coleções destes animais, e novos casais reprodutores foram estabelecidos na esperança de aumentar a população do nível atual de aproximadamente 80 animais. Novos filhotes nasceram nos últimos dois anos, então o impulso para a conservação da população foi restabelecido após uma pausa de 20 anos”, pontua.</p>

large_4.png

medium_4.png

small_4.png

thumbnail_4.png

4.png

Leão-do-atlas: 5 fatos sobre o maior leão que já existiu!

Nunca é tarde demais para começar a se preparar para as Olimpíadas.

<p><i>Esportes são incríveis e megacuriosos e esta é uma série de matérias do <strong>Mega Curioso</strong> que conta histórias sensacionais sobre as mais diversas práticas esportivas, do popular futebol, passando por esportes históricos, até os mais desconhecidos da atualidade. Confira no fim desta matéria outras histórias incríveis sobre esportes curiosos!</i></p><p style="text-align:center;">***</p><p>Muita gente ficou impressionada quando o nadador americano <a href="https://www.megacurioso.com.br/esportes/99896-o-que-sao-as-manchas-roxas-no-nadador-michael-phelps.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Michael Phelps</a>, então com 31 anos, <strong>conquistou suas 20ª e 21ª medalhas de ouro nas Olimpíadas do Rio de Janeiro</strong>. Sua idade seria muito avançada para o feito que conquistou, segundo algumas análises de especialistas em natação.</p><p>Acontece que os parâmetros etários para os jogos já foram bastante alterados ao longo do tempo. Só para se ter uma ideia, nessas mesmas Olimpíadas, conquistaram medalhas atletas como a ginasta Oksana Chusovitina, do Uzbequistão, com 41 anos; Jo Pavey, da equipe de atletismo da Grã-Bretanha, com 42 anos; e a atleta equestre Mary Hanna, da Austrália, com 61 anos. Mas outros competidores do passado também já haviam concretizado feitos incríveis.</p><h2>1. Oscar Swahn</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/19/19115149692006.jpg" alt="(Fonte: Wikipedia/ Reprodução)"><figcaption>O sueco Oscar Swahn é até hoje o atleta mais velho da história das Olimpíadas. (Fonte: Wikipedia / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O atleta olímpico a competir com mais idade nas Olimpíadas foi Oscar Swahn, da Suécia. O atirador já tinha 60 anos quando ganhou sua primeira medalha de ouro, em 1908, após vencer a prova de corrida de cervos com tiro único. No dia seguinte, ganhou mais um ouro e um bronze.</p><p>Após a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117623-conheca-a-historia-da-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial</a>, Swahn retornou aos Jogos Olímpicos com 72 anos completos. Isso o tornou o atleta olímpico mais velho a entrar em uma competição desse nível. Dessa vez, o atirador levou a medalha de prata pela prova de tiro duplo por equipe.</p><h2>2. Artur von Pongracz</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/19/19120012304008.jpg" alt="(Fonte: Eurodressage/ Reprodução)"><figcaption>Artur von Pongracz era militar e acabou morto na Segunda Guerra Mundial. (Fonte: Eurodressage / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O cavaleiro de adestramento austríaco Arthur von Pongrácz participou dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/breaking-conheca-a-modalidade-que-estreia-nos-jogos-olimpicos-de-paris" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jogos Olímpicos de Paris</a> em 1924, Amsterdã em 1928 e Berlim em 1936. Nesta última Olimpíada, ele tinha 72 anos, mas era alguns meses mais novo que o sueco Oscar Swahn.</p><p>Von Pongrácz também teve participações olímpicas em provas de salto, e chegou a cravar o recorde austríaco de salto em altura entre 1913 e 1936. Ele era um militar de carreira e acabou sendo morto em 1942, ao lutar na Segunda Guerra Mundial.</p><h2>3. Hiroshi Hoketsu</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/19/19120553466012.jpeg" alt="(Fonte: Wikipedia/ Reprodução)"><figcaption>Hiroshi Hoketsu poderia ter sido o atleta olímpico mais velho de todos os tempos. (Fonte: Wikipedia / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Em 2012, o competidor olímpico mais velho nos jogos de Londres foi o ginete japonês Hiroshi Hoketsu, com 71 anos. Hiroshi começou sua trajetória no <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119456-olimpiadas-como-e-a-preparacao-dos-cavalos-do-hipismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hipismo olímpico</a> em 1964, com 23 anos, e participou de 3 Jogos Olímpicos representando o Japão.</p><p>Em 1988, foi classificado para as Olimpíadas de Seul, mas acabou não competindo por causa de uma lesão com o seu cavalo. Vinte anos depois, ele retornou para a competição em Pequim, em 2008, ao lado de seu cavalo Whisper.</p><p>Em 2016, ele perdeu a chance de se tornar o atleta olímpico mais velho da história com 75 anos porque seu cavalo adoeceu durante as provas. Ossos do ofício de um esporte com a participação de animais.</p><h2>4. Lorna Johnstone</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/19/19121537567017.jpg" alt="(Fonte: Eurodressage/ Reprodução)"><figcaption>Lorna Johnstone guarda o posto de atleta mulher mais velha em todas as Olimpíadas. (Fonte: Eurodressage / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A britânica Hilda Lorna Johnstone é tida como a atleta olímpica mais velha de todos os tempos. Ela competia em provas de adestramento, esporte no qual foi trezes vezes campeã nacional.</p><p>Lorna esteve nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119544-munique-1972-e-o-momento-mais-triste-da-historia-das-olimpiadas.htm#:~:text=As%20Olimp%C3%ADadas%20de%20Munique%2C%20em,tudo%20acabar%2C%20no%20domingo%20seguinte." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jogos Olímpicos de Munique&nbsp;</a>em 1972, quando tinha 70 anos completos. Em 1968, ela havia participado das provas com 66 anos – ou seja, o segundo posto de atleta feminina mais antiga também é dela. Em terceiro lugar, vem a sua companheira de equipe Lilian Williams, que tinha 61 anos nas Olimpíadas de 1956.</p><p>A atleta permaneceu competindo no adestramento até ter 80 anos e foi homenageada no Hall da Fama da Royal Horse Society. Ela faleceu em maio de 1990.</p><p>***</p><p><i>Confira outras histórias incríveis sobre esportes aqui no <strong>Mega Curioso</strong>:</i></p><ul><li><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/o-jogo-de-futebol-mais-bizarro-da-historia-a-epopeia-por-gols-contra-de-barbados-x-granada">O jogo de futebol mais bizarro da história: a epopeia por gols contra de Barbados x Granada</a></li><li><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/o-jogo-de-futebol-mais-bizarro-da-historia-a-epopeia-por-gols-contra-de-barbados-x-granada">Maurice Tillet: a história do homem que teria inspirado a criação de Shrek</a></li><li><a href="https://www.megacurioso.com.br/esportes/4-esportes-antigos-que-ja-fizeram-parte-das-olimpiadas">4 esportes antigos que já fizeram parte das Olimpíadas</a></li></ul>

large_Capas das séries.png

medium_Capas das séries.png

small_Capas das séries.png

thumbnail_Capas das séries.png

Capas das séries.png

4 atletas olímpicos que provaram que idade é só um detalhe

Primeiro retrato oficial do Rei Charles III desde que assumiu o posto foi apresentado recentemente, gerando memes e causando grande alvoroço.

<p>Pouco mais de um ano após ser coroado <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122905-o-que-esperar-do-rei-charles-iii-do-reino-unido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rei do Reino Unido</a>, <strong>Charles III recebeu seu primeiro retrato oficial no Palácio de Buckingham</strong>. Pintado pelo artista britânico Jonathan Yeo, o monarca viu o quadro gerar enorme agitação, em especial nas redes sociais, que se dividiram entre os que apreciaram o trabalho e os que viram ali motivo para uma enxurrada de memes.</p><p>O uso predominante de tons de vermelho fez o trabalho de dois anos de Yeo, iniciado quando Charles III ainda era apenas o Príncipe de Gales, ser chamado de misterioso e poderoso. Ao mesmo tempo, <strong>foi apontado como uma crítica sutil ao terror</strong> levado pelos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/tarenorerer-a-feroz-rebelde-que-lutou-contra-colonizadores-na-tasmania" rel="noopener noreferrer" target="_blank">colonizadores</a> a mando da coroa britânica.</p><h2>1. Vermelho tem origem na Guarda Galesa</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/02/02194706587002.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Charles III também era Coronel do Regimento da Guarda Galesa. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Apesar das piadas com a cor vermelha do retrato do Rei Charles III representar a morte causada pela colonização britânica, a escolha é representativa do uniforme da Guarda Galesa. No início do projeto de pintura, Charles era não apenas o Príncipe de Gales, mas Coronel do Regimento da Guarda Galesa.</p><p>Seguindo a tradição de retratos reais de monarcas do sexo masculino estarem uniformizados, Jonathan Yeo pintou o rei com o casado da Guarda, apoiado em uma espada cerimonial à sua frente. Segundo o artista, ele quis proporcionar um "choque contemporâneo", fazendo referências às tradições de retratos reais de maneira que refletisse a monarquia do século XXI.</p><h2>2. Não é o primeiro trabalho de Jonathan Yeo para a família real</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/02/02195130945004.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Antes do rei, Yeo pintou a rainha Camila e o Príncipe Philip. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Jonathan Yeo é um dos mais conceituados artistas britânicos da contemporaneidade. No seu leque de personalidades, estão pinturas para estrelas de Hollywood como Nicole Kidman e Idris Elba, a socialite <a href="https://www.megacurioso.com.br/personalidades/99479-criaram-um-lenco-antipaparazzi-que-arruina-as-fotos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Paris Hilton</a> e a modelo Cara Delevigne. Todavia, engana-se quem acredita que a pintura do Rei Charles III é sua primeira incursão na família real.</p><p>Apesar do retrato do atual rei do Reino Unido ser seu trabalho de maior prestígio com a realeza até o momento, Yeo já teve a oportunidade de retratar com suas pinceladas a rainha Camilla e o falecido Príncipe Philip.</p><h2>3. A pintura mostra uma borboleta pousando no ombro de Charles III</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/02/02195257090005.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>No ombro direito do monarca, uma pequena borboleta representa a metamorfose. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Na enxurrada de críticas, memes e discussões, talvez poucos tenham se dado conta que o retrato do Rei Charles III pintado por Jonathan Yeo carrega um detalhe singelo: no lado esquerdo da pintura, sobre o ombro direito do monarca, uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124009-6-borboletas-nativas-do-brasil-que-sao-incrivelmente-belas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">borboleta</a> bate suas asas ensaiando um pouso.</p><p>Segundo o artista, a ideia surgiu a partir de conversas com o próprio monarca. Inicialmente, seria um aceno ao interesse de Charles pelas questões ambientais, com as quais se envolveu em parte considerável da vida. No fim, porém, acabou sinalizando uma lembrança da Rainha Elizabeth, já que, na história da arte, borboletas são associadas à metamorfose.</p><h2>4. Charles foi coroado entre uma sessão e outra</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/02/02200139793007.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Foram mais de dois anos de sessões para a pintura, finalizada após a coroação. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A pintura do Rei Charles III, a primeira desde que assumiu o trono do Reino Unido, é um projeto concebido ao longo de mais de dois anos. Jonathan Yeo e o monarca começaram o processo em junho de 2021, quando ainda era Príncipe de Gales. A finalização ocorreu em novembro de 2023, com o rei já coroado.</p><p>As sessões ocorriam no estúdio de Yeo na cidade de Londres, momentos em que Charles permanecia por 40 minutos apoiado na espada que o acompanha no quadro. Além da presença real, o artista também utilizou fotografias para compor o retrato real.</p><h2>5. O quadro será exibido em Drapers' Hall</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/02/02195434256006.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Drapers' Hall pode ser visitado caso esteja com agenda livre. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Logo após ser apresentado oficialmente, o retrato do Rei Charles III ficou em exibição na Philip Mold Gallery, em Londres. Entretanto, a pintura ficará em um local de arte privado, devendo ser transferida para o Drapers' Hall, no sul da capital inglesa, no fim de agosto.</p><p>O retrato do rei dividirá espaço com outras obras reais, como esculturas, bustos da falecida <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127235-6-coisas-que-mudaram-desde-a-morte-da-rainha-elizabeth.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rainha Elizabeth</a> e do próprio Charles, além de um retrato do Duque de Wellington.</p><p>O Drapers' Hall não costuma ficar aberto ao público, já que é um local utilizado para casamentos e eventos sociais da elite londrina. Porém, caso não haja nada na agenda da galeria, é possível agendar um passeio pago para visitação.</p>

large_GettyImages-2152386186.jpg

medium_GettyImages-2152386186.jpg

small_GettyImages-2152386186.jpg

thumbnail_GettyImages-2152386186.jpg

GettyImages-2152386186.jpg

5 fatos sobre o retrato oficial do Rei Charles III que você não sabia

O alto-mar sempre foi terreno fértil para boas narrativas. Entre elas estão as sobre navios fantasmas, que são embarcações abandonadas aparentemente sem motivo.

<p>Toda boa história sobre o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128643-noruega-aprova-pratica-controversa-de-mineracao-em-alto-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alto-mar</a> guarda ao menos um conto que envolva navios fantasmas, embarcações que transitavam pelas águas até que, por alguma razão nem sempre aparente, sua tripulação desapareceu. <strong>O primeiro relato historicamente confirmado de algo do gênero ocorreu com o SV Sea Brig</strong>, no século XVIII. Encalhado próximo a Rhode Island, sua tripulação estranhamente sumiu, deixando o navio em terra enquanto o café fervia na cozinha do barco.</p><p>A conquista de novos territórios pelas nações europeias fez com que relatos a respeito de barcos desaparecidos e encontrados sem capitão e tripulantes se tornassem mais comuns. Isso impulsionou o surgimento de lendas. Entretanto, existem casos peculiares para os quais não há consenso sobre o que se passou com aqueles navios.</p><h2>1. Mary Celeste</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/30/30185648310002.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Mary Celeste foi encontrado, mas sua tripulação desapareceu misteriosamente. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Durante o outono de 1872, um <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/49207-6-casos-de-navios-fantasmas-muito-intrigantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">navio norte-americano batizado como Mary Celeste</a> deixou a cidade de Nova York com destino a Gênova, na Itália. No barco, uma pequena tripulação incluía o capitão, Benjamin Briggs, sua esposa, a filha de dois anos do casal, além de sete outros tripulantes. A última vez que o Mary Celeste foi visto ocupado foi no dia 25 de novembro, quando passou próximo à Ilha dos Açores, próximo a Portugal.</p><p>Dez dias após, em 5 de dezembro, o barco britânico Dei Gratia cruzou com o Mary Celeste, a pouco mais de 600 km dos Açores, abandonado. O capitão David Morehouse enviou uma equipe para bordo do navio para investigar. Tudo parecia estar em boas condições, exceto as bombas que estavam desmontadas.</p><p>Chamou a atenção da equipe que os pertences das pessoas, bem como o suprimento de água e comida suficiente para seis meses, estavam intactos. Não foram detectados avarias severas que impedissem o Mary Celeste de navegar. A tripulação nunca foi encontrada, tampouco sinais de crime.</p><h2>2. MV Joyita</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/30/30185741898003.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Tripulação do MV Joyita desapareceu sem que se descobrisse a razão. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O último capitão do MV Joyita foi o britânico Thomas H. Miller, que em outubro de 1955 partiu de Samoa com destino as Ilhas Tokelau, território insular da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118796-10-curiosidades-sobre-a-nova-zelandia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nova Zelândia</a>. Além dele, outros 15 tripulantes e 9 passageiros estavam a bordo do navio, cuja viagem deveria durar aproximadamente dois dias.</p><p>Quando o barco não chegou ao porto, as autoridades ficaram alarmadas, especialmente por não haver tido nenhum pedido de socorro. A Força Aérea Real da Nova Zelândia patrulhou as águas em busca do MV Joyita até que outro barco o encontrou à deriva, no dia 10 de novembro, sem passageiros e com a carga desaparecida.</p><p>Uma investigação descobriu que uma tubulação defeituosa fez com que água entrasse no casco do navio, o que teria levado os ocupantes a abandonarem a embarcação – mas sem nunca reaparecerem.</p><h2>3. Ryou-Un Maru</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/30/30190150698006.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Ryou-Un Maru precisou ser afundado para evitar acidentes. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Ryou-Un Maru é um navio fantasma atípico. Isso porque, diferente dos anteriores, não viu sua tripulação desaparecer sem motivo aparente. Ele foi uma "vítima" do <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/116530-espiritos-do-tsunami-assombram-o-japao-desde-2011.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tsunami que atingiu o Japão em março de 2011</a>. Criado por volta de 1982, era um barco de pesca vazio que acabou empurrado para o alto-mar.</p><p>À deriva por meses, entrou em águas norte-americanas em abril de 2012. Foi afundado pela Guarda Costeira dos EUA para impedir que encalhasse e causasse perigo à navegação no local.</p><h2>4. SS Baychimo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/30/30190408434007.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>SS Baychimo ficou encalhado no gelo por duas vezes, até desaparecer para sempre. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Entre ser lançado em 1914 e ficar preso no gelo em 1931, o SS Baychimo acumulou uma longa trajetória. Inicialmente um navio comercial alemão de suporte na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119905-como-teria-sido-o-mundo-sem-a-primeira-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial</a>, foi entregue ao governo britânico, que usava o navio para viajar ao norte do Canadá coletando peles para serem enviadas para a Europa.</p><p>Preso no gelo durante um dos trajetos, foi abandonado pelos tripulantes, mas desapareceu, incrivelmente, após uma nevasca. O SS Baychimo reapareceu após semanas, mas apenas por um breve momento, até sumir misteriosamente para nunca mais ser encontrado.</p>

Maura Martins