Imagem de Entenda como a erupção vulcânica no Chile deixou o céu brasileiro roxo no megacurioso

Fenômeno pôde ser visto em diversos locais do país, especialmente no Rio de Janeiro. Emissão de poeira vulcânica poderia ser a causa desse tipo de alteração

No &uacute;ltimo dia 22 de abril, o vulc&atilde;o Calbuco, localizado em Los Lagos, Chile, entrou em erup&ccedil;&atilde;o pela primeira vez depois de 40 anos. A nuvem massiva de poeira vulc&acirc;nica foi lan&ccedil;ada a uma altura de 10 km, transformando os arredores em um deserto cinzento coberto de cinzas.
Essa erup&ccedil;&atilde;o causou o cancelamento de dezenas de voos e outros problemas em todos os pa&iacute;ses que circundam o Chile, especialmente Argentina, Uruguai e Brasil. O momento exato da explos&atilde;o foi registrado em um v&iacute;deo impressionante por Walter Witt, que percorria uma trilha no entorno de Calbuco.
E o que n&oacute;s aqui no Brasil, al&eacute;m de termos perdido alguns voos para o Chile e para a Argentina, temos a ver com esse acontecimento? &ldquo;Ganhamos de presente&rdquo; um bel&iacute;ssimo crep&uacute;sculo arroxeado que foi fotografado no Rio de Janeiro por H&eacute;lio de Carvalho Vital no dia 26 de abril. Suas fotos registram um p&ocirc;r-do-sol que, em vez de avermelhado ou alaranjado, apresentou cores como lil&aacute;s, violeta e roxo.
Galeria 1
<h2>Cat&aacute;strofes naturais</h2>
Levando em conta a interfer&ecirc;ncia causada pela erup&ccedil;&atilde;o do vulc&atilde;o na atmosfera de todas as regi&otilde;es pr&oacute;ximas e n&atilde;o t&atilde;o pr&oacute;ximas assim, &eacute; poss&iacute;vel explicar o que pode ter acontecido para que o c&eacute;u apresentasse essa colora&ccedil;&atilde;o diferente. Quando um vulc&atilde;o entra em erup&ccedil;&atilde;o, ele explode com a press&atilde;o acumulada debaixo da terra.
A cratera &eacute; o ponto mais &ldquo;fraco&rdquo; que essa press&atilde;o encontra para escapar. Quando isso acontece, toneladas de poeira vulc&acirc;nica, que &eacute; composta principalmente por di&oacute;xido de enxofre, s&atilde;o atiradas para cima. O vento e as massas de ar que se deslocam sobre o continente conduzem esse di&oacute;xido de enxofre a dist&acirc;ncias enormes em forma de uma fina n&eacute;voa que cont&eacute;m part&iacute;culas min&uacute;sculas dessa subst&acirc;ncia e fica suspensa no ar.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/05/04/04180258527177.jpg" />Poeira vulc&acirc;nica do Calbuco espalha-se sobre o Chile.
Para entendermos a colora&ccedil;&atilde;o roxa, devemos entender primeiramente como as cores &ldquo;comuns&rdquo; do c&eacute;u se formam: o azul durante o dia e as cores avermelhadas e alaranjadas quando o sol est&aacute; nascendo ou se pondo. O que acontece &eacute; que os raios de luz solar penetram na atmosfera e s&atilde;o refletidos pelas part&iacute;culas de diversos materiais que a comp&otilde;em.
Somando isso com o &acirc;ngulo de penetra&ccedil;&atilde;o da luz e a dist&acirc;ncia que ela atravessa para chegar aos nossos olhos, temos as cores que conhecemos. O azul acontece durante o dia, quando os raios penetram a atmosfera em um &acirc;ngulo mais reto e percorrem uma dist&acirc;ncia menor at&eacute; a gente. Quando o sol est&aacute; baixo, a angula&ccedil;&atilde;o e a dist&acirc;ncia maior para atingir nossa vis&atilde;o fazem com que o c&eacute;u ganhe uma colora&ccedil;&atilde;o que tende mais para o vermelho.
<h2>A cor p&uacute;rpura</h2>
Chegamos finalmente ao roxo. Essa cor provavelmente domina o firmamento porque os raios de luz solar interagem tamb&eacute;m com essa n&eacute;voa de di&oacute;xido de enxofre espalhada por causa da erup&ccedil;&atilde;o vulc&acirc;nica, al&eacute;m dos materiais j&aacute; presentes no ar. O vermelho do p&ocirc;r-do-sol fica mais forte com a presen&ccedil;a do di&oacute;xido, enquanto parte da n&eacute;voa suspensa em locais mais altos reflete a cor azul. Essa mistura, como aprendemos um dia na escola prim&aacute;ria, forma a cor roxa.
Outras cores tamb&eacute;m podem ser formadas no c&eacute;u atrav&eacute;s desse mesmo efeito, gerando colora&ccedil;&otilde;es ex&oacute;ticas e muito bonitas. Al&eacute;m de encher nossos olhos, essas altera&ccedil;&otilde;es de tom tamb&eacute;m t&ecirc;m uma fun&ccedil;&atilde;o muito interessante: cientistas podem inferir quantidades de poeira vulc&acirc;nica emitida por certas erup&ccedil;&otilde;es por meio de pinturas hist&oacute;ricas que mostram diferentes cores no c&eacute;u.
<h2>A maior de todas as erup&ccedil;&otilde;es</h2>
Um exemplo cl&aacute;ssico &eacute; o quadro &ldquo;O Grito&rdquo;, do pintor noruegu&ecirc;s Edvard Munch. Nele, podemos observar fortes cores avermelhadas no c&eacute;u causadas provavelmente pelos efeitos de uma das maiores erup&ccedil;&otilde;es vulc&acirc;nicas registradas na hist&oacute;ria, a do vulc&atilde;o Krakatoa, localizado entre as ilhas de Java e Sumatra, na Indon&eacute;sia, a cerca de 11 mil quil&ocirc;metros de dist&acirc;ncia de onde o quadro foi pintado, para se ter uma ideia da abrang&ecirc;ncia dessa cat&aacute;strofe natural.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/05/04/04181344325205.jpg" />"O Grito", de Edvard Munch.
Essa irrup&ccedil;&atilde;o, ocorrida em agosto de 1883, afetou o planeta Terra como um todo, tendo sido ouvida cinco horas depois na costa leste da &Aacute;frica. Esse foi considerado o som mais alto j&aacute; produzido no planeta. Tsunamis afetaram barcos na costa da &Aacute;frica do Sul e at&eacute; o Canal da Mancha, entre a Inglaterra e a Fran&ccedil;a, sofreu altera&ccedil;&otilde;es em sua mar&eacute;.
Parte do material expelido na explos&atilde;o foi lan&ccedil;ada para fora da atmosfera, com quantidades de poeira vulc&acirc;nica entrando em &oacute;rbita na Terra. No ano seguinte, 1884, a temperatura m&eacute;dia do planeta caiu 1,2 &deg;C e a combina&ccedil;&atilde;o da quantidade massiva de enxofre expelido com a &aacute;gua da atmosfera gerou chuvas &aacute;cidas em diversos lugares.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/05/04/04180647739185.jpg" />Litogravura de 1888 representando a erup&ccedil;&atilde;o do Krakatoa.
<h2>Espalhando-se pelo mundo</h2>
N&atilde;o &eacute; &agrave; toa que tenha sido poss&iacute;vel testemunhar altera&ccedil;&otilde;es de todo o tipo, inclusive na colora&ccedil;&atilde;o do c&eacute;u durante o crep&uacute;sculo, em diversas partes do mundo. Em compara&ccedil;&atilde;o, a erup&ccedil;&atilde;o do vulc&atilde;o Calbuco n&atilde;o chega aos p&eacute;s do Krakatoa, mas ainda assim vai causar uma s&eacute;rie de altera&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas negativas, como a morte de milhares de salm&otilde;es, dos quais o Chile &eacute; um dos maiores produtores mundiais.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/05/04/04180733884191.jpg" />O imponente Calbuco.
A nuvem de poeira vulc&acirc;nica, caso se mantenha no caminho que est&aacute; percorrendo, deve em breve atingir o continente africano e, logo ap&oacute;s, o Oriente M&eacute;dio. &Eacute; muito prov&aacute;vel que tamb&eacute;m seja poss&iacute;vel testemunhar nesses lugares as cores diferentes que t&ecirc;m pintado o c&eacute;u brasileiro. Resta torcer para que os efeitos negativos desse vulc&atilde;o raivoso sejam os menores poss&iacute;veis.

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Entenda como a erupção vulcânica no Chile deixou o céu brasileiro roxo

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Produto indispensável e muito prático, o sachê demorou a cair no gosto dos tomadores de chá no mundo todo

Perdendo apenas para a &aacute;gua e o caf&eacute;, o ch&aacute; &eacute; a terceira bebida mais consumida no planeta. Certamente, quem mais contribui para esse n&uacute;mero &eacute; a China, com quase um quinto da popula&ccedil;&atilde;o mundial e a tradi&ccedil;&atilde;o milenar na ingest&atilde;o dessa bebida. E &eacute; exatamente l&aacute; onde se encontram os registros mais antigos do consumo dela, datados da dinastia Shang, em torno do s&eacute;culo 10 a.C.
Por&eacute;m, segundo as lendas chinesas, o ch&aacute; teria sido &ldquo;descoberto&rdquo; acidentalmente no ano de 2737 a.C. pelo tamb&eacute;m lend&aacute;rio imperador Shennong, quando folhas ca&iacute;ram sem querer na &aacute;gua que estava sendo fervida para seu consumo. Com tudo isso, n&atilde;o &eacute; de se espantar que beber ch&aacute; tenha se tornado uma for&ccedil;a cultural n&atilde;o apenas na China, mas na &Aacute;sia inteira
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/04/30/30153211477210.jpg" />
<h2>A globaliza&ccedil;&atilde;o do ch&aacute;</h2>
Esse costume foi passado para os brit&acirc;nicos ap&oacute;s as campanhas de navega&ccedil;&atilde;o do Reino Unido para o Oriente. A hora do ch&aacute; na Inglaterra &eacute; quase religiosa. Com o dom&iacute;nio cultural ingl&ecirc;s durante o s&eacute;culo 19, o h&aacute;bito tamb&eacute;m se espalhou por muitas outras partes do mundo.
No entanto, foi nos Estados Unidos, pa&iacute;s conhecido por tornar quase tudo mais pr&aacute;tico, que inventaram essa maneira econ&ocirc;mica e mais f&aacute;cil de fazer a infus&atilde;o. A hist&oacute;ria mais conhecida credita o importador de ch&aacute; Thomas Sullivan como o inventor do popular saquinho em 1908. Segundo relatos, ele costumava distribuir pequenos compartimentos individuais feitos de seda, cheios de folhas arom&aacute;ticas, como amostra para seus poss&iacute;veis clientes.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/04/30/30154430112241.jpg" />
Os consumidores passaram a usar esses compartimentos como infusores individuais e descart&aacute;veis de ch&aacute;, o que era muito mais pr&aacute;tico do que preparar quantidades grandes da bebida, que acabavam sendo desperdi&ccedil;adas.
<h2>A primeira patente</h2>
O que ningu&eacute;m sabia at&eacute; recentemente, no entanto, &eacute; que o saquinho de ch&aacute; j&aacute; havia sido inventado sete anos antes disso, e existem registros que comprovam tal fa&ccedil;anha. Duas americanas de Milwaukee, no Wisconsin, chamadas Roberta C. Lawson e Mary McLaren, registraram em 1901 uma patente de um sach&ecirc; impressionantemente parecido com o que usamos hoje em dia.
A ideia das duas mulheres era evitar o desperd&iacute;cio de ch&aacute; feito em grandes quantidades, podendo sabore&aacute;-lo mais fresco, visto que voc&ecirc; preparava a bebida em por&ccedil;&otilde;es unit&aacute;rias na hora do consumo, e economizar na quantidade de mat&eacute;ria-prima na prepara&ccedil;&atilde;o. O saquinho onde as folhas deveriam ser armazenadas era feito de algod&atilde;o e n&atilde;o afetava o gosto da bebida, enquanto que o &ldquo;acidente&rdquo; de Thomas Sullivan produzia um sabor alterado pelo tecido do compartimento e pela cola usada para fech&aacute;-lo.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/04/30/30153359851212.jpg" />Primeira patente do saquinho de ch&aacute;.
Apesar de tudo isso, o produto inventado pelas mulheres de Milwaukee n&atilde;o teve muito sucesso comercial e o sach&ecirc; s&oacute; se popularizou quando Thomas Sullivan percebeu que poderia fazer dinheiro com aquele h&aacute;bito estranho das pessoas de jogarem suas amostras em &aacute;gua quente.
<h2>Chegando na Terra da Rainha</h2>
A praticidade do saquinho de ch&aacute; permitiu que ele fizesse parte da ra&ccedil;&atilde;o alimentar de soldados americanos na Primeira Guerra Mundial, mas, ainda assim, o Reino Unido demorou bastante tempo para adot&aacute;-lo. Durante a Segunda Guerra Mundial, a falta de mat&eacute;ria-prima impediu que os brit&acirc;nicos desfrutassem da versatilidade dessa ideia e s&oacute; nos anos 50, finalmente, o produto chegou para ficar na Terra da Rainha. Hoje em dia, 96% do mercado no Reino Unido &eacute; dominado pelo ch&aacute; em saquinho, enquanto em sua terra natal, os EUA, ele abrange &ldquo;apenas&rdquo; 90%.
<img src="http://mega.ibxk.com.br/2015/04/30/30154604711277.jpg" />
O seu maior concorrente, o caf&eacute;, tem ganhado mercado no mundo, inclusive no pr&oacute;prio Reino Unido, que v&ecirc; o consumo de ch&aacute; cair a cada ano. Hoje em dia, o maior consumidor da bebida que nasceu na China &eacute; a Turquia, onde cada pessoa utiliza, em m&eacute;dia, pouco mais de 7 kg de ch&aacute; por ano. Nessa lista, o Reino Unido fica apenas na quinta posi&ccedil;&atilde;o.

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De onde vieram os populares saquinhos de chá?

Imagem de Cargas elétricas podem manter bolhas de sabão intactas por horas no site Mega Curioso

Descoberta também pode auxiliar em experimentos para manipulação de vírus e bactérias no espaço de um chip.

Uma das brincadeiras mais divertidas da inf&acirc;ncia &eacute; fazer bolhas de sab&atilde;o. A ideia &eacute; simples, mas ver as bolhas coloridas e reluzentes voando pelo ar &eacute; algo bastante encantador. A &uacute;nica tristeza disso &eacute; que, devido &agrave; a&ccedil;&atilde;o da gravidade, que puxa o sab&atilde;o para baixo, o encanto dura apenas alguns segundos.
Pesquisadores da Universidade de Lyon, na Fran&ccedil;a, descobriram uma forma de fazer com que as bolhas de sab&atilde;o durem por muito mais tempo e, quem sabe, at&eacute; por horas. Isso &eacute; poss&iacute;vel ao criar uma bolha entre dois eletrodos de platina. Com a carga, o sab&atilde;o passou a fluir para cima, contra a gravidade.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2013/2/materias/98344223327163250.jpg" alt="" />Fonte da imagem: <a href="http://news.sciencemag.org/sciencenow/2013/02/scienceshot-electricity-gives-bu.html" target="_blank">Reprodu&ccedil;&atilde;o/Science Mag</a>
Dessa forma, as paredes das bolhas se tornam mais espessas, al&eacute;m de deixar tamb&eacute;m as cores mais definidas. Al&eacute;m de parecer uma brincadeira muito legal, a pesquisa tamb&eacute;m amplia a vis&atilde;o sobre a din&acirc;mica de elementos fluidos, algo que pode melhorar experimentos de lab-on-a-chip &ndash; sistema capaz de manipular v&iacute;rus e bact&eacute;rias em apenas um chip, tarefa que atualmente exige equipamentos de laborat&oacute;rio de grande porte.

Rafael Farinaccio

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