Imagem de Anticoncepcionais hormonais aumentam risco de câncer de mama no megacurioso

Embora o aumento seja baixo, pesquisa revela que todos os tipos de contraceptivo baseados em hormônio elevam a possibilidade de desenvolver a doença

<head></head><body>Um novo estudo da Universidade de Oxford, publicado na revista PLOS Medicine, descobriu que o uso de contraceptivos hormonais aumenta o risco de <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/100673-muito-importante-7-mitos-sobre-o-cancer-de-mama.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">câncer de mama</a>. No entanto, os autores do estudo dizem que esse risco é apenas pequeno, e que as mulheres não devem interromper o uso de anticoncepcionais hormonais devido a esse risco.&nbsp;Os pesquisadores colheram dados de mais de 9 mil mulheres com idade inferior a 50 anos que haviam sido diagnosticadas com câncer de mama e comparam com os dados de outras 18 mil mulheres com menos de 50 anos que não tinha diagnóstico de câncer, servindo assim como grupo de controle para o estudo. &nbsp;<h2 style="text-align: justify;">O resultado</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/28/28102903919071.jpg" alt="Todos os tipos de contraceptivos hormonais podem aumentar o risco de câncer de mama. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Todos os tipos de contraceptivos hormonais podem aumentar o risco de câncer de mama. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Eles descobriram que todos os contraceptivos hormonais (como pílulas, implantes e DIUs) estão associados de alguma maneira a um aumento de 20% a 30% no risco de câncer de mama.&nbsp;A pesquisa concluiu que a ocorrência de câncer em mulheres que tomam <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123103-anticoncepcional-uso-indiscriminado-traz-riscos-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">anticoncepcionais</a> hormonais em idade entre 16 e 20 anos é de 8 em cada 100 mil mulheres, o que é um número consideravelmente baixo.&nbsp;Em mulheres entre 35 e 39 anos esse número aumentou para 265 casos a cada 100 mil mulheres. Contudo, os cientistas deixam claro que esse aumento é proporcional ao aumento natural de câncer de mama que ocorre à medida que as mulheres envelhecem.O estudo também revelou que os contraceptivos só de progesterona, que têm o uso cada vez mais difundido pelo mundo, possuem percentual de risco parecido aos contraceptivos combinados, ou seja, aqueles que utilizam estrogênio e progesterona, e que não há diferença real no risco de câncer entre esses tipos.Da mesma forma, as mulheres que tomam pílulas só de progesterona, que representam cerca de metade das participantes do estudo, não têm um risco maior de câncer de mama em comparação com mulheres que não usam anticoncepcionais.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">Devo parar de tomar?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/28/28103044207072.jpg" alt="É bom conversar com seu médico antes de usar esse tipo de contraceptivo. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">É bom conversar com seu médico antes de usar esse tipo de contraceptivo. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Embora o estudo confirme um aumento leve no risco de câncer de mama em mulheres que usam contraceptivos hormonais, os pesquisadores enfatizam que eles são seguros e que as mulheres não devem interromper o uso devido a esse risco, já que ele é baixo.&nbsp;Os anticoncepcionais hormonais são extremamente eficazes na prevenção da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123249-gravidez-silenciosa-como-e-possivel-estar-gravida-e-nao-saber.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gravidez</a> e muitas mulheres dependem deles para controlar sua saúde reprodutiva e prevenir o câncer de ovário. No entanto, é importante que as mulheres estejam cientes dos possíveis riscos e conversem com seus médicos sobre suas opções de controle de natalidade.&nbsp;O estudo também destaca a necessidade de pesquisas adicionais sobre o uso de contraceptivos hormonais e seus efeitos a longo prazo sobre a saúde das mulheres. </body>

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Anticoncepcionais hormonais aumentam risco de câncer de mama

Imagem de A Criança de Lapedo: uma descoberta fascinante na evolução humana no megacurioso

Fóssil encontrado no século passado tem nos ajudado a compreender a evolução humana

<head></head><body>Em 1998, arqueólogos fizeram uma descoberta impressionante no Vale do Lapedo, em Portugal: um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124463-esqueleto-de-vampira-do-seculo-xvii-e-encontrado-na-polonia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esqueleto</a> de criança que, apesar de ter as proporções de um neandertal, apresentava características de humanos modernos. Esse achado intrigante desafiou a noção de que neandertais e humanos modernos eram espécies diferentes e impossíveis de cruzar.A criança foi enterrada no local há cerca de 29 mil anos e pertencia a uma comunidade de caçadores-coletores nômades. Ainda hoje, há poucas pistas sobre a causa da morte. Desde então, o esqueleto, conhecido como Criança de Lapedo, tem sido objeto de estudos e controvérsias na comunidade científica.&nbsp;A descoberta pode ajudar a entender melhor a evolução humana e como os diferentes grupos se relacionavam entre si.<h2 style="text-align: justify;">A origem do esqueleto</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Munício de Leiria&nbsp;" data-fonte-url="https://www.cm-leiria.pt/municipio/gabinete-de-comunicacao/noticias/noticia-3/menino-do-lapedo-reconhecido-como-tesouro-nacional"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/02/02192534363020.jpg" alt="Esqueleto foi encontrado em Portugal. (Fonte: Município de Leiria/Divulgação)">Esqueleto foi encontrado em Portugal. (Fonte: Município de Leiria/Divulgação)O esqueleto da criança revela que ela foi enterrada em uma cova rasa com bastante cuidado e carinho. O ritual feito no enterro é perceptível graças aos adornos encontrados no túmulo, como um gorro adornado com dentes de veado e um colar feito com conchas de caramujo do mar.A Criança de Lapedo possuía membros inferiores com a proporção semelhante a um neandertal, porém com o crânio e a mandíbula parecidos com os de um Homo sapiens&nbsp;moderno.Os pesquisadores responsáveis pelo estudo levantaram duas hipóteses sobre a origem do esqueleto: a criança era resultado de um raro cruzamento entre um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121181-neandertais-fosseis-desafiam-teorias-sobre-seu-desaparecimento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neandertal</a> e um humano moderno ou os neandertais e os sapiens mantinham relações sexuais regulares entre si.&nbsp;A análise do DNA mostrou que a criança era resultado de um cruzamento entre humanos modernos e neandertais, indicando que houve um fluxo genético entre as duas espécies, desafiando as crenças antigas de que humanos modernos e neandertais eram espécies distintas e que não eram capazes de procriar.<h2 style="text-align: justify;">O que isso implica?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/04/02/02192834253021.jpg" alt="Criança de Lapedo é importante artefato para entendermos a evolução da nossa espécie. (Fonte: Região de Leiria/Divulgação)">Criança de Lapedo é importante artefato para entendermos a evolução da nossa espécie. (Fonte: Região de Leiria/Divulgação)Isso pode indicar que a mistura de espécies humanas era mais comum do que se pensava. Milênios depois, ainda há evidências dessa população ancestral dos neandertais em pessoas que vivem na região.A Criança de Lapedo é tão intrigante quanto importante, pois pode ajudar a entender como se deu o processo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121815-evolucao-humana-problemas-modernos-com-origem-no-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">evolutivo</a> que nos levou até aqui.&nbsp;Desde a descoberta, o esqueleto tem sido objeto de intensa pesquisa e controvérsias na comunidade científica. Algumas teorias sugerem que os neandertais e os humanos modernos eram capazes de se comunicar e trocar ideias, enquanto outras afirmam que a mistura de espécies era um resultado da violência ou coerção sexual.&nbsp;De qualquer forma, o esqueleto abriu novas perspectivas sobre a evolução humana e como diferentes espécies se relacionavam entre si.O esqueleto pode ser visto atualmente no Museu Nacional de Arqueologia em Lisboa, e atrai muitos turistas. Visitá-lo é ver de perto como a evolução humana se desenvolveu e saber um pouco sobre nossos ancestrais.</body>

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A Criança de Lapedo: uma descoberta fascinante na evolução humana

Imagem de Por que o casco dos navios é pintado de vermelho? no megacurioso

A cor foi escolhida primeiro por necessidade e depois por tradição

<head></head><body>Talvez você nem soubesse que a maioria dos cascos dos navios são vermelhos até ver a chamada desse artigo, não é mesmo? Pois é. A maioria de fato recebe essa cor na parte inferior da embarcação, mas por que motivo?Na verdade, a pergunta tem mais de uma resposta, pois são vários os motivos que fazem com que os cascos sejam pintados de vermelho.<h2 style="text-align: justify;">Xô, cracas!</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/02/02212818452118.jpg" alt="As cracas podem causar danos aos cascos dos navios e resultar em grandes problemas. (Fonte: Getty Images)">As cracas podem causar danos aos cascos dos navios e resultar em grandes problemas. (Fonte: Getty Images)A primeira razão é prática: proteger o fundo dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121361-lendario-navio-endurance-e-encontrado-afundado-na-antartida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">navios</a>.&nbsp;Para entender é preciso voltar séculos atrás, quando os barcos ainda eram de madeira. Os cascos de madeira entravam em contato com diversas espécies marinhas, como as cracas – espécies de crustáceos que se fixam em animais, rochas e embarcações –, o que causava diversos estragos e comprometiam a estabilidade do transporte.&nbsp;Além disso, a sujeira fazia como que a velocidade do navio fosse reduzida em decorrência do aumento da força de arrasto (força de resistência de um corpo em meio fluido), necessitando de mais energia para movê-lo.A solução encontrada foi pintar o casco com uma tinta de cobre que tinha a função de biocida, ou seja, podia controlar o crescimento de organismos vivos nocivos à madeira. Como a tinta era de cobre, acabava tendo a coloração avermelhada. Essa técnica então se repetiu pelos séculos que se seguiram.<h2 style="text-align: justify;">Uma questão de tradição</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/02/02213302875119.jpg" alt="Pintar o casco de um navio de vermelho é prestar reverência à honra e à tradição náutica. (Fonte: Getty Images)">Pintar o casco de um navio de vermelho é prestar reverência à honra e à tradição náutica. (Fonte: Getty Images)Outra resposta para o uso do vermelho ainda nos dias de hoje é que essa prática é uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124482-maias-os-costumes-peculiares-e-sangrentos-desta-civilizacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tradição</a>, já que seu uso contínuo ao longo dos anos virou um costume náutico.&nbsp;Atualmente, com os diversos avanços científicos no setor, é possível usar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123493-os-6-alimentos-com-mais-agrotoxicos-que-compramos-no-mercado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">biocida</a> em qualquer qual cor de tinta. Contudo, é tão popular pintar o casco de vermelho que são poucos os que se atrevem a fugir do padrão.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">Medição</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/02/02214531607127.jpg" alt="Marcação na parte frontal do casco ajuda a medir a profundidade que o navio está em relação ao nível da água. (Fonte: Getty Images)">Marcação na parte frontal do casco ajuda a medir a profundidade que o navio está em relação ao nível da água. (Fonte: Getty Images)Se você olhar o casco de um navio, certamente verá que há marcações nele, com uma escala numérica indicando a profundidade. Essa informação é importante para indicar o peso da carga que um navio está carregando, afinal, quanto mais carga ele tiver, mais abaixo do nível da água ele vai ficar.&nbsp;Dessa maneira, só de observar o quão fundo o navio está é possível ter uma noção da quantidade de carga que ele está carregando e, por consequência, ter uma ideia do valor transportado. No casco vermelho, essas marcações ficam mais claras e é possível observar mais facilmente.&nbsp;Saber a profundidade também é importante para evitar que uma embarcação encalhe em áreas pouco profundas.&nbsp;</body>

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Por que o casco dos navios é pintado de vermelho?

Imagem de 7 números telefônicos de utilidade pública no megacurioso

Saber os números de urgência e emergência pode salvar sua vida (e a de outras pessoas)

<head></head><body>De tanto ver em filmes e séries norte-americanas, certamente todos nós sabemos que o 911 é o número para emergências nos EUA. E aqui no Brasil? Você conhece os números telefônicos para situações de emergência?Nos Estados Unidos, o 911 conecta o usuário a uma central que destina a equipe adequada para cada tipo de ocorrência. Já no Brasil, cada tipo de serviço tem um número específico, o que torna importante saber os principais códigos para ter acesso ao serviço correto.<h2>190 - Polícia Militar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/01/01112343816022.jpg" alt="(Fonte: PMPR/Reprodução)">(Fonte: PMPR/Reprodução)A Polícia Militar (PM) deve ser acionada em casos como: crime, risco da integridade física ou do patrimônio, atividade suspeita ou demais situações graves que precisem da intervenção da PM.<h2 style="text-align: justify;">192 - SAMU</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27100447149157.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)O Serviço de Atendimento Médico de Urgência, o SAMU, é destinado a situações de urgência e emergência que precisam de rápido atendimento, especialmente quando há suspeita de infarto ou AVC, tentativas de suicídio ou vítimas graves de acidentes de trânsito.&nbsp;Nos casos de trabalho de parto em que exista risco para mãe ou para o feto, e em ferimentos causados por arma (de fogo ou branca), o contato com o SAMU é imprescindível. Quanto antes a ligação for feita, maiores as chances de sobrevivência.<h2 style="text-align: justify;">193 - Corpo de Bombeiros</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27100808601158.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Além de situações de incêndio, é preciso ter o número dos bombeiros por perto para diversas ocorrências de risco, principalmente acidentes domésticos que resultem em queimadura ou intoxicação, além de afogamentos e acidentes de trânsito com vítimas.&nbsp;Emergências em decorrência de condições climáticas (temporais, enchentes ou vendavais) também são de responsabilidade do corpo de bombeiros.<h2>180 - Central de Atendimento à Mulher</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/01/01113556972035.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)O 180 é destinado ao enfrentamento da violência contra a mulher, crime infelizmente cada vez mais comum. O serviço é responsável por orientar as mulheres vítimas de agressão e acompanhar os processos encaminhados aos órgãos competentes.<h2 style="text-align: justify;">181 - Disque Denúncia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/01/01114127333038.png" alt="(Fonte: Ministério da Justiça/Gov.br/Reprodução)">(Fonte: Ministério da Justiça/Gov.br/Reprodução)O disque denúncia é um serviço de utilidade pública importantíssimo, pois permite que uma pessoa faça uma denúncia sem se identificar, ajudando a polícia na apreensão de drogas e armas, na prisão de foragidos da justiça e na elucidação de crimes.&nbsp;<h2>125 - Conselho Tutelar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/27/27101240350161.jpg" alt="É preciso denunciar quando os direitos das crianças são violados.">É preciso denunciar quando os direitos das crianças são violados.O Conselho Tutelar protege os direitos da criança e do adolescente. Portanto, deve ser acionado em situações em que o direito do menor esteja sendo violado, como acontece quando a criança sofre maus-tratos, quando os pais são omissos à saúde do infante e até na falta de frequência escolar.<h2 style="text-align: justify;">188 - Centro de Valorização da Vida</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/01/01114352925041.jpg" alt="(Fonte: Andre Lorenzetti/Wikimedia Commons)">(Fonte: Andre Lorenzetti/Wikimedia Commons)O Centro de Valorização da Vida (CVV) é responsável por prevenir o suicídio e dar apoio emocional às pessoas que precisam de uma palavra de ajuda. Com o número crescente de suicídios e tentativas de suicídio em todo o mundo, esse serviço pode ser determinante para salvar pessoas que estão passando por um momento emocionalmente difícil.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">Números curiosos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/03/01/01114616447043.jpg" alt="(Fonte: Telebrás/Reprodução)">(Fonte: Telebrás/Reprodução)Em uma época em que não havia smartphone, nos serviços de utilidade pública era possível ouvir piadas e até fazer amizades.Bastava ligar 2003311 para ouvir piadas do Ary Toledo ou 145 para o Disque Amizade e conseguir conhecer alguém novo. Queria saber os resultados da rodada do futebol? Era só ligar no 2001982.</body>

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7 números telefônicos de utilidade pública

Imagem de A África está se partindo em duas — por quê? no megacurioso

Continente africano está se desfazendo e pode gerar um novo oceano

<head></head><body>Uma fenda de vários quilômetros de extensão surgiu em 2018 na região sudoeste do Quênia, causando rachaduras em estradas e alterando assustadoramente a paisagem do lugar. Alguns geólogos identificam a fenda como uma ravina causada pela erosão do solo.&nbsp;Contudo, para muitos cientistas, esse pode ser mais um sinal que confirma a teoria de que o continente africano está se partindo em dois.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">A dança das placas</h2>O nosso planeta é dinâmico e está sempre em transformação. A parte sólida da Terra, a litosfera, é composta por placas tectônicas que se movem constantemente e acabam interagindo umas com as outras. Às vezes elas se chocam, às vezes elas se afastam. No caso do continente africano, elas estão se distanciando.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28145224444396.jpg" alt="As fendas ocorrem em várias partes do planeta como sinal de movimentação de placas tectônicas.">As fendas ocorrem em várias partes do planeta como sinal de movimentação de placas tectônicas.A placa africana está se dividindo em duas, uma que abrange a maior parte do continente, chamada de Núbia, e outra menor, intitulada Somália.Não é possível concluir ainda o porquê desse movimento de distanciamento estar acontecendo, mas alguns pesquisadores acreditam que tem a ver com a pressão e o calor oriundos da camada abaixo da litosfera, conhecida como astenosfera, que contribuem para o deslizamento das placas.Esses processos na astenosfera podem resultar na fratura de uma placa, gerando rupturas na crosta terrestre, como ocorre no Grande Vale do Rifte (Rift Valley), situado na África Oriental.<h2 style="text-align: justify;">O Vale do Rifte</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28150705123411.jpg" alt="O Grande Vale Rift da África Oriental forma diversos lagos, ricos em biodiversidade e cheios de belas paisagens.">O Grande Vale Rift da África Oriental forma diversos lagos, ricos em biodiversidade e cheios de belas paisagens.O Grande Vale do Rifte da África Oriental é onde todo esse fenômeno de separação de placas está acontecendo.&nbsp;Primeiramente, é importante saber que um rifte é uma estrutura onde as placas tectônicas vão se afastando e causando a ruptura da crosta, criando uma depressão. Normalmente, rachaduras são a demonstração do início dessa ruptura, que leva milhões de anos para acontecer. &nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/28/28152242347415.jpg" alt="O Vale do Rifte da África Oriental é composto pela junção de três placas tectônicas.">O Vale do Rifte da África Oriental é composto pela junção de três placas tectônicas.O Vale do Rifte é uma junção tripla formada pela placa da Arábia e pelas placas africanas da Núbia e da Somália. Como cada uma vai se afastando "horizontalmente", forma-se o rifte e, por consequência, os vales.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">Novo oceano</h2>Os cientistas revelam que o Vale do Rifte irá aumentar gradualmente, até que ocorra a fratura do continente. Nesse ponto, irá se formar uma bacia oceânica, gerando assim um novo oceano. &nbsp;&nbsp;O oceano Atlântico, na sua porção sul, é resultante de um rifte, pois originalmente a costa leste do continente sul-americano, ou seja, o litoral brasileiro, era "colada" ao continente africano na sua costa oeste. &nbsp;&nbsp;A notícia triste é que nós não estaremos mais aqui para desbravar esse novo oceano, já que sua formação se dará daqui a milhões de anos.</body>

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A África está se partindo em duas — por quê?

Imagem de Planeta Terra tem uma "minilua" que faz visitas temporárias no megacurioso

Asteroide descoberto recentemente nos visitará frequentemente nas próximas décadas 

A Terra ter&aacute; mais uma lua. Em meio &agrave;s not&iacute;cias e mist&eacute;rios sobre os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124382-por-que-os-eua-estao-subitamente-abatendo-tantos-ovnis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">OVNIs</a> que est&atilde;o rondando os c&eacute;us, talvez voc&ecirc; nem se surpreenda com mais essa hist&oacute;ria, mas ela &eacute; real. A nova lua &eacute; um asteroide chamado 2022 NX1, que foi observado por um grupo de astr&ocirc;nomos amadores na Nam&iacute;bia em julho do ano passado.
Recentemente, astr&ocirc;nomos espanh&oacute;is analisaram o asteroide usando o Gran Telescopio Canarias (GTC), localizado no observat&oacute;rio de La Palma, nas Ilhas Can&aacute;rias.
<h3 style="text-align: justify;">&Oacute;rbita de Ferradura</h3>
Segundo os pesquisadores, o 2022 NX1 orbita o Sol em uma trajet&oacute;ria chamada de "ferradura", que &eacute; quando as &oacute;rbitas de dois objetos se entrela&ccedil;am e, do pondo de vista de cada objeto, o movimento parece desenhar uma ferradura no espa&ccedil;o.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/21/21124743055003.png" alt="Asteroide 2022 NX1 &eacute; est&aacute; orbitando a Terra como nossa minilua." />Asteroide 2022 NX1 &eacute; est&aacute; orbitando a Terra como nossa minilua.
Seguindo essa l&oacute;gica, do ponto de vista da Terra, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123614-como-sobreviveriamos-se-a-terra-fosse-atingida-por-um-asteroide.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">asteroide</a> 2022 NX1 parece tra&ccedil;ar uma ferradura ao redor do nosso planeta. Quando o asteroide estiver na "ponta" dessa ferradura, ele estar&aacute; mais perto de n&oacute;s.&nbsp;
No momento em que o asteroide chega nesses pontos de maior proximidade, a gravidade da Terra pode atra&iacute;-lo e retir&aacute;-lo de sua &oacute;rbita, fazendo com que ele fique "preso" &agrave; &oacute;rbita terrestre e acabe circulando o planeta temporariamente. Esse objeto ser&aacute;, portanto, um sat&eacute;lite moment&acirc;neo, ou seja, a nossa minilua.
<h3 style="text-align: justify;">&Eacute; perigoso?</h3>
Possivelmente voc&ecirc; deve se perguntar se essa proximidade com a Terra &eacute; perigosa. De acordo com os cientistas, a resposta &eacute; n&atilde;o.&nbsp;
Os pesquisadores afirmam que o 2022 NX1 poder&aacute; colidir com o nosso planeta no futuro, pois as &oacute;rbitas dos dois podem se coincidir. Contudo, o asteroide &eacute; pequeno, medindo algo entre 5 e 15 metros. Para se ter uma compara&ccedil;&atilde;o, o asteroide que atingiu a cidade russa de Chelyabinsk, em 2013, media 17 metros e pesava mais de 10 mil toneladas.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/02/22/a-22131825046158.jpg" alt="a" />2022 NX1 se chocar&aacute; com a Terra no futuro. (Fonte: Getty Images)
Em junho do ano passado, o 2022 NX1 passou a mais de 812 mil quil&ocirc;metros da Terra. De acordo com os c&aacute;lculos, haver&aacute; uma nova aproxima&ccedil;&atilde;o em dezembro de 2051, na qual o asteroide chegar&aacute; a uma dist&acirc;ncia de quase 454 mil quil&ocirc;metros.
Segundo a NASA, a probabilidade do risco de impacto aumenta s&oacute; a partir de 2070, com maiores chances em dezembro de 2075 e dezembro de 2076.&nbsp;
<h3 style="text-align: justify;">Existir&atilde;o outras miniluas?</h3>
Ao que tudo indica, sim. Com o avan&ccedil;o da tecnologia tem sido poss&iacute;vel captar muito mais do Universo do que conhec&iacute;amos d&eacute;cadas atr&aacute;s. Os cientistas afirmam que o pr&oacute;prio 2022 NX1 j&aacute; orbitou a Terra na d&eacute;cada de 1980. &nbsp;
Em fevereiro de 2020 foi descoberto o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116916-minilua-se-despede-da-terra-e-parte-para-novas-aventuras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">2020 CD3</a>, outro asteroide que orbitou por tr&ecirc;s anos a Terra antes de seguir seu caminho. Com cerca de 6 metros, o pequeno fragmento j&aacute; "fugiu" da gravidade da Terra rumo ao desconhecido. A tend&ecirc;ncia &eacute; que consigamos descobrir mais miniluas nos pr&oacute;ximos anos.
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Planeta Terra tem uma 'minilua' que faz visitas temporárias

Imagem de 4 fatos sobre o sagui-pigmeu, o menor símio do mundo no megacurioso

O Sagui-pigmeu é nativo das florestas do Brasil, Colômbia, Equador e Peru

<head></head><body>O sagui-pigmeu, também conhecido sagui-leãozinho ou mico-leãozinho, é o menor <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116332-primatas-com-cerebros-maiores-nao-sao-mais-inteligentes-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">primata</a> do mundo, medindo até 16 centímetros (sem contar a cauda) e pesando aproximadamente 100 gramas. Com esse tamanho, ele cabe facilmente na palma da mão, o que faz com que muitos o chamem popularmente de “macaco de dedo” ou de “macaco de bolso”.Esse primata pertence ao gênero Cebuella e é dividido em duas espécies, a Cebuella pygmaea e a Cebuella niveiventris. É importante não o confundir com o sagui comum (Callithrix jacchus), que tem os pelos na coloração cinza e branca. Comum em todo o país, especialmente na parte leste, conheça alguns fatos sobre o menor símio do mundo!<h2 style="text-align: justify;">1. Divididos por um rio</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/10/10182803429646.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)O rio Solimões – trecho do rio Amazonas que vai de Tabatinga até Manaus – separa as duas espécies de sagui-pigmeu conhecidas hoje. &nbsp;Durante expedição pelo interior do Brasil no século XIX, o naturalista germânico Johann Baptist von Spix passou por Tabatinga, no Amazonas, e ganhou um macaco morto de presente de indígenas do local. Spix deu ao macaco o nome de Cebuella pygmaea.Já em 1940, o zoólogo sueco Einar Lönnberg disse ter encontrado uma espécie parecida com a de Spix, porém com o ventre na cor branca, em uma localidade que ficava do lado direito das margens do Solimões.&nbsp;Em um estudo de 2018, verificou-se que os saguis-pigmeu do lado esquerdo do rio eram diferentes daqueles descritos por Lönnberg, com diferença evolutiva de 2,5 milhões de anos. Dessa maneira, percebeu-se que na margem direita do rio Solimões vive a espécie Cabuella niveiventris e na margem esquerda a espécie Cabuella pygmaea. &nbsp;&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">2. Comunicação complexa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/10/10182834690647.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)O sagui-pigmeu consegue se comunicar por meio de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123081-como-funcionam-os-produtos-neutralizadores-de-odor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">odores</a> expelidos das glândulas de cheiro que possuem por todo o corpo. Esses odores podem transmitir diversas coisas e são essenciais para a manutenção da espécie, pois uma das funções é avisar quando a fêmea está pronta para o acasalamento.&nbsp;Outra informação passada pelo odor é sobre como está o humor do bicho no momento. Além disso, a comunicação vocal é complexa, com padrões que se assemelham aos que os humanos fazem, mostrando como a relação entre os primatas é estreita.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">3. Quase todos gêmeos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/10/10183022701651.jpg" alt="Sagui carregando o filhote. (Fonte: Shutterstock/ Reprodução)">Sagui carregando o filhote. (Fonte: Shutterstock/ Reprodução)Com gestação de aproximadamente 4 meses e meio, o sagui-pigmeu normalmente dá luz a gêmeos – cada filhote tem tamanho de um dedo. A criação dos irmãos é facilitada pela participação ativa do pai nessa tarefa.O pai participa desde o momento em que a fêmea dá à luz até o desmame do filhote, tendo diversas funções vitais, como carregar o filhote e limpá-lo.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">4. Não o leve para casa</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/10/10182857111648.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)A criação de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123144-por-que-animais-selvagens-nao-sao-bons-animais-de-estimacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animais exóticos</a> tem sido cada vez mais comum, principalmente pela ampla divulgação em perfis de redes sociais como TikTok e Instagram. Porém, por mais que o sagui-pigmeu seja fofo por parecer um “mini macaco”, domesticá-lo não é uma boa ideia.&nbsp;Isso porque o sagui, como todo primata, tem as emoções mais desenvolvidas e é cognitivamente mais inteligente que outros animais, portanto podem se estressar mais facilmente e com maior intensidade.&nbsp;Assim como o ser humano não gosta de ficar preso, os saguis-pigmeu sofrem bastante por estarem enjaulados, mesmo quando cuidados por especialistas em zoológicos. Eles precisam de interação social e liberdade.</body>

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4 fatos sobre o sagui-pigmeu, o menor símio do mundo

Imagem de Crânio revela que os incas já realizavam cirurgias sofisticadas no megacurioso

Descoberta feita no século XIX mudou a forma como os pesquisadores viam a civilização peruana

<head></head><body>Embora os incas sejam mais conhecidos por sua arquitetura, cerâmica e técnicas de tecelagem avançadas, eles também desenvolveram práticas médicas complexas. Suas habilidades medicinais só foram conhecidas no século XIX, após um diplomata americano encontrar um artefato que mudaria a visão sobre essa civilização.Em 1864, o americano Ephraim George Squier teve uma experiência inesquecível durante sua viagem ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123727-peru-o-que-esta-acontecendo-na-politica-desse-pais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Peru</a>. Apaixonado por arqueologia, Squier havia sido enviado pelo então presidente estadunidense Abraham Lincoln ao país para garantir o suprimento de guano, um fertilizante rico em nitrogênio e fósforo encontrado nas ilhas da América do Sul. Depois de um ano de viagens e pesquisas, ele chegou a Cusco, uma cidade isolada na região dos Andes.<h2 style="text-align: justify;">O crânio no museu de Zentino</h2>Em Cusco, Squier foi apresentado à senhora María Ana Centeno de Romainville, popularmente conhecida por Zentino, uma colecionadora de antiguidades que possuía uma espécie de museu em sua casa, chamado por Squier de "palácio" devido à sua riqueza de objetos e decoração.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/09/09162438229233.jpg" alt="Acreditava-se que neurocirurgias eram recentes. (Fonte: Shutterstock)">Acreditava-se que neurocirurgias eram recentes. (Fonte: Shutterstock)Entre as inúmeras peças valiosas do museu da senhora Zentino, Squier se deparou com algo inesperado: um crânio humano com uma série de incisões cirúrgicas.Ele ficou perplexo ao ver que essas incisões eram bastante precisas e limpas, tanto que pareciam ter sido feitas com instrumentos cirúrgicos modernos. No entanto, o crânio datava de muito antes da invenção desses instrumentos, o que deixou o pesquisador ainda mais surpreso.Além disso, ele percebeu resquícios do crescimento de osso no local das incisões, o que indicava que o dono daquele crânio continuou vivo após o procedimento médico, fato impressionante já que a taxa de mortalidade em cirurgias na cabeça nesse período era altíssima em outros lugares do mundo.<h2 style="text-align: justify;">Do ceticismo à revelação</h2>De início, muitos daqueles que tiveram acesso ao crânio não acreditaram que aquelas marcas eram provenientes de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117463-trepanacao-a-pratica-medica-que-perfurava-a-cabeca-dos-pacientes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">trepanação</a> — técnica de perfuração que remove parte do osso craniano — por uma civilização antiga, sendo mais absurdo que essa pessoa teria sobrevivido à cirurgia. Afinal, se já era complicado fazer cirurgias desse tipo na Era Moderna, imagine em tempos passados?<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/01/09/09162440260234.jpg" alt="Será que ainda há fatos desconhecidos sobre os incas? (Fonte: Shutterstock)">Será que ainda há fatos desconhecidos sobre os incas? (Fonte: Shutterstock)Essa descrença só caiu por terra após o famoso professor Paul Broca, da Universidade de Paris, confirmar que as incisões do crânio trazido por Squier eram de fato feitas por sujeitos que sabiam o que estavam fazendo, ou seja, era uma técnica que eles dominavam. &nbsp;Desde então, os demais pesquisadores tiveram que repensar como viam os povos antigos, principalmente com relação às práticas médicas.Inclusive, em pesquisa recente, o neurologista David Kushner, da Universidade de Miami, concluiu que a taxa de sucesso das cirurgias cranianas feitas pelos incas era superior às feitas pelos cirurgiões da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/110313-estas-fotos-colorizadas-da-guerra-civil-dos-eua-sao-uma-viagem-ao-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Civil Americana</a> (1861 a 1865), alcançando 80% de êxito contra 50% dos americanos.</body>

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Crânio revela que os incas já realizavam cirurgias sofisticadas

Imagem de Tempestades intensas: por que ocorrem mais no Hemisfério Sul? no megacurioso

Estudo lançado recentemente acredita ter descoberto o porquê de o Hemisfério Sul ter mais tempestades que o Hemisfério Norte

<head></head><body>Talvez isso possa ser uma novidade para você, mas no Hemisfério Sul as tempestades são muito mais frequentes do que no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112393-verao-de-2019-foi-o-mais-quente-ja-registrado-no-hemisferio-norte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hemisfério Norte</a> (cerca de 24% a mais). A razão por trás desse fenômeno ainda é incerta, mas uma pesquisa recente parece ter indicado a resposta.De acordo com o estudo, publicado no periódico científico PNAS (Anais da Academia Nacional de Ciências, em tradução livre), as tempestades e os eventos climáticos mais recorrentes e extremos no Hemisfério Sul são induzidas por dois motivos: a topografia e a circulação oceânica.<h2 style="text-align: justify;">A topografia&nbsp;</h2>A publicação, encabeçada pela climatologista Tiffany A. Shaw, do Departamento de Ciências Geofísicas da Universidade de Chicago, determinou que a topografia responde por aproximadamente metade da assimetria da tempestade entre os hemisférios.Os resultados, alcançados via simulações feitas por computador usando diversos modelos climáticos, mostraram que a topografia elevada de uma região impactava diretamente na tempestuosidade, já que são barreiras naturais que impedem que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123534-afinal-e-possivel-mesmo-estocar-vento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ventos</a> passem.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/19/19195036067002.jpg" alt="Topografia montanhosa do Hemisfério Norte reduz a ocorrência de tempestades. (Shutterstock/ Reprodução)">Topografia montanhosa do Hemisfério Norte reduz a ocorrência de tempestades. (Shutterstock/ Reprodução)Sendo assim, as áreas com predominância de cadeias de montanhas – como na parte norte do globo – acabam sofrendo com a interrupção do fluxo de ar, diminuindo a incidência de tempestades.Quando os cientistas deixaram a topografia plana, perceberam que a assimetria praticamente desapareceu. &nbsp;&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">A circulação oceânica</h2>A circulação oceânica – circulação de correntes marítimas quentes e frias – é a outra chave da predominância de tempestades no Hemisfério Sul.Segundo os pesquisadores, a circulação oceânica transporta energia do Hemisfério Sul para o Hemisfério Norte, de modo a criar maior desequilíbrio do fluxo de energia que vai da superfície da linha do equador até o Polo Sul, mais precisamente a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118566-antartica-ou-antartida-qual-o-nome-correto-do-continente-gelado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Antártida</a>. Desse modo, surge a diferença energética entre os dois lados do planeta.<figure style="position: relative; display: inline-block;"> </figure><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/19/19195038167003.jpg" alt="A movimentação das águas dos oceanos também contribuem para o fenômeno. (Shutterstock/ Reprodução)">A movimentação das águas dos oceanos também contribuem para o fenômeno. (Shutterstock/ Reprodução)A circulação oceânica também interfere na dinâmica do Hemisfério Norte. Porém, devido ao derretimento do gelo do mar do Ártico e da neve que absorve a luz solar, a influência da circulação é anulada.<h2 style="text-align: justify;">O futuro climático</h2>Desde que começou a se observar as tempestades via satélite (década de 1980), os especialistas constatam que o fenômeno se tornou cada vez mais frequente no Hemisfério Sul, enquanto o Hemisfério Norte apresentou mudanças insignificantes.Entender o mecanismo por trás da assimetria climática entre os hemisférios é de suma importância para prever as mudanças que podem ocorrer no futuro.Cabe lembrar que nós, seres humanos, somos responsáveis pela mudança climática que se apresenta atualmente. Ter o conhecimento de como o planeta responde a essas mudanças é crucial para podermos nos preparar melhor para o que há de vir.</body>

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Tempestades intensas: por que ocorrem mais no Hemisfério Sul?

Imagem de Seria a água um elemento extraterreste?  no megacurioso

Meteorito encontrado na Inglaterra dá indícios que a água da Terra pode ter vindo de um ponto distante no espaço 

Existem diversas teorias para a exist&ecirc;ncia da &aacute;gua no planeta Terra. Uma delas, a de que a &aacute;gua presente no planeta teria&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119161-6-grandes-segredos-do-sistema-solar.htm" target="_blank" title="6 grandes segredos do Sistema Solar">vindo de fora</a> trazida por cometas ou meteoroides, pode ter ganho um forte aliado nessa disputa de teorias: o meteorito de Winchcombe.
O artefato espacial cruzou o c&eacute;u noturno da Inglaterra no dia 28 de fevereiro de 2021, fragmentando-se em v&aacute;rias partes, com um peda&ccedil;o se espatifando em frente &agrave; garagem da fam&iacute;lia Wilcock, na cidade de Winchcombe (da&iacute; o nome do meteorito).
<h3 style="text-align: justify;">Voltando no tempo</h3>
Diversos peda&ccedil;os da rocha ca&iacute;ram em partes diferentes de Winchcombe, mas o meteorito que se encontrava na casa dos Wilcock teve maior destaque, pois ele foi coletado em pouco tempo &ndash; 12 horas ap&oacute;s a queda &ndash; e logo lacrado, para <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120919-como-saber-se-encontrei-um-meteorito.htm" target="_blank" title="Como saber se encontrei um meteorito?">n&atilde;o haver nenhuma contamina&ccedil;&atilde;o</a>.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/11/27/27212714176000.jpg" alt="A) Meteorito que caiu na frente da garagem da fam&iacute;lia Wilcock; B) parte maior do meteorito encontrado pelos Wilcock; e C) maior fragmento da rocha encontrado em outra &aacute;rea. (Fonte: Science Advances/ Divulga&ccedil;&atilde;o)" />A) Meteorito que caiu na frente da garagem da fam&iacute;lia Wilcock; B) parte maior do meteorito encontrado pelos Wilcock; e C) maior fragmento da rocha encontrado em outra &aacute;rea. (Fonte: Science Advances/ Divulga&ccedil;&atilde;o)
A import&acirc;ncia do objeto ter sido recuperado rapidamente pelos cientistas &eacute; de que ele praticamente n&atilde;o foi afetado por outros <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121880-pecas-chave-do-dna-sao-achadas-em-meteoritos-que-antecedem-a-terra.htm" target="_blank" title="Pe&ccedil;as-chave do DNA s&atilde;o achadas em meteoritos que antecedem a Terra">elementos qu&iacute;micos presentes na Terra</a>.
Mas o que isso significa? Significa que, por n&atilde;o ter sido contaminado, o meteorito guarda informa&ccedil;&otilde;es qu&iacute;micas que podem contar n&atilde;o s&oacute; a pr&oacute;pria hist&oacute;ria da rocha, mas tamb&eacute;m a hist&oacute;ria do nosso planeta.
Isso ocorre porque o meteorito de Winchcombe &eacute; um condrito carbon&aacute;ceo, um tipo de rocha rica em carbono que remete ao in&iacute;cio do Sistema Solar, tendo, portanto, aproximadamente 4,6 bilh&otilde;es de anos. &Eacute; como voltar no tempo.
<h3 style="text-align: justify;">&Aacute;gua extraterrestre</h3>
Ap&oacute;s an&aacute;lises do meteorito de Winchcombe, um estudo recente publicado na revista Science Advances trouxe fortes ind&iacute;cios de que a &aacute;gua existente na Terra hoje pode ter <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122828-como-deve-ser-a-aparencia-dos-alienigenas-de-acordo-com-a-ciencia.htm" target="_blank" title="Como deve ser a apar&ecirc;ncia dos alien&iacute;genas, de acordo com a ci&ecirc;ncia?">origem extraterrestre</a>.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/12/01/01161248676443.jpg" alt="Asteroides podem ser a chave para explicar a &aacute;gua da Terra. (Fonte: Shutterstock/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Asteroides podem ser a chave para explicar a &aacute;gua da Terra. (Fonte: Shutterstock/ Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A pesquisa indica que o meteorito veio de um asteroide primitivo localizado pr&oacute;ximo a J&uacute;piter, no cintur&atilde;o principal de asteroides, numa viagem que levou cerca de 300 mil anos (lembrando que, em n&uacute;meros astron&ocirc;micos, &eacute; pouqu&iacute;ssimo tempo).
Os cientistas usaram raios-x e lasers para revelar e analisar os minerais e demais elementos que constitu&iacute;am o condrito. &nbsp;
O estudo identificou que 11% da massa do meteorito era composta de &aacute;gua, com o hidrog&ecirc;nio da &aacute;gua apresentando duas formas: o hidrog&ecirc;nio normal e o is&oacute;topo de hidrog&ecirc;nio (mais conhecido como deut&eacute;rio). Al&eacute;m disso, ficou constatado que a propor&ccedil;&atilde;o de deut&eacute;rio na &aacute;gua do condrito &eacute; semelhante &agrave; encontrada por aqui.
Assim, a conclus&atilde;o &eacute; que a &aacute;gua da rocha espacial &eacute; muito parecida com a &aacute;gua presente na Terra, o que pode sugerir que os asteroides tenham contribu&iacute;do para a exist&ecirc;ncia de &aacute;gua no nosso planeta. &nbsp;
Al&eacute;m disso, foram encontrados amino&aacute;cidos no meteorito, o que pode ter ajudado na origem da vida.

Victor Soares