Ciência
07/11/2016 às 04:18•1 min de leitura
Todos os humanos vivos atualmente possuem resquícios de duas espécies de hominídeos bastante próximas: os neandertais e os denisovanos. Pelo menos é o que os estudos atuais indicam. No entanto, um novo trabalho pode nos obrigar a rever essa parte da história da humanidade.
Um grupo de pesquisadores encontrou resquícios de uma terceira espécie, até então desconhecida, no DNA de alguns povos que vivem na Melanésia, uma região do Pacífico que fica ao norte da Austrália e engloba alguns países, como Fiji e Papua-Nova Guiné.
Praticamente todos os humanos de fora da África tem um pouco de neandertal no DNA.
Nós já sabíamos que humanos e neandertais cruzaram há alguns milhares anos – inclusive, isso acabou nos dando uma DST – é tanto que praticamente todos os humanos de fora da África tem um pouco de neandertal no DNA. Isso também aconteceu com os denisovanos, embora eles não fossem tão próximos de nós.
Ao encontrar uma terceira espécie, os pesquisadores podem ter descoberto que a linha evolutiva humana é ainda mais complicada do que parece. Nós podemos ser fruto de uma série de cruzamentos entre humanos e diversas outras espécies próximas.
Não é a primeira vez que um resultado estranho é encontrado no DNA de humanos modernos. Outra pesquisa recente, feita pelo pesquisador dinamarquês Eske Willerslev, também encontrou resultados parecidos ao analisar o DNA de povos aborígenes da Austrália.
Apesar de tudo isso, ainda não temos provas fósseis de que essas espécies realmente existiram. Os denisovanos só foram descobertos em 2010, em uma caverna na Sibéria, e ainda não temos muitas informações sobre eles. É possível que esses traços de espécies desconhecidas sejam, na realidade, denisovanos que viviam em outras regiões do mundo e eram geneticamente diferentes dos que nós conhecemos.
O trabalho do professor Ryan Bohlender com as descobertas foi exibido pela primeira vez durante o encontro anual da Sociedade Americana de Genética Humana.