Imagem de Marfim de mamute de 35 mil anos era usado como ferramenta para fazer corda no megacurioso

Cientistas acreditam terem descoberto que artefato de marfim utilizado por povos da Idade da Pedra era uma ferramenta tecnológica para produzir cordas

<head></head><body>Um estudo intrigante recém-publicado na revista Science Advances vem revelar como os antigos humanos da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124203-como-era-a-fala-dos-seres-humanos-na-idade-da-pedra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade da Pedra</a> empregavam algumas ferramentas em suas atividades diárias. A ferramenta da vez é uma peça de marfim de mamute-lanoso (Mammuthus primigenius), datada de mais de 35 mil anos, que, como sugerem os cientistas, pode ter sido utilizada na confecção de cordas.Localizada na caverna Hohle Fels, no sudoeste da Alemanha, essa peça intrigante desafiou as suposições anteriores sobre seu propósito, pois inicialmente os pesquisadores acreditavam se tratar de algum objeto de valor artístico ou ritualístico. &nbsp;No entanto, nesse novo estudo, a peça com cerca de 20 centímetros de comprimento e quatro buracos circulares com ranhuras espirais ganhou novo sentido, sendo agora percebida como uma ferramenta tecnológica que possivelmente servia para produzir cordas e barbantes.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">Fábrica de cordas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/14/14165008959269.jpg" alt="Artefato tem furos para passar os fios. (Fonte: H. Jensen, Universidade de Tübingen/ Divulgação)">Artefato tem furos para passar os fios. (Fonte: H. Jensen, Universidade de Tübingen/ Divulgação)A equipe de pesquisadores, liderada por Nicholas Conard da Universidade de Tübingen, na Alemanha, e Veerle Rots da Universidade de Liège, na Bélgica, conduziu uma série de experimentos para desvendar o mistério por trás dessa ferramenta arcaica.&nbsp;O que os cientistas fizeram foi pegar diversos materiais vegetais e animais e tentar criar cordas a partir dos furos talhados na peça. Como não se podia fazer o teste na própria peça, por uma questão de preservação, foram construídas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127024-como-sao-feitas-as-replicas-de-fosseis-de-dinossauros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">réplicas do objeto</a>. &nbsp;O resultado foi que, com cinco pessoas fazendo o trabalho (quatro passando os fios pelos buracos e uma segurando a ferramenta), era possível construir 5 metros de corda em impressionantes 10 minutos.&nbsp;Os experimentos demonstraram a eficácia da ferramenta, especialmente quando as cordas eram feitas com as folhas de taboa. Com um pouco de prática e cooperação, eles foram capazes de produzir cordas fortes e flexíveis, revelando o notável nível de habilidade e engenhosidade dos antigos habitantes da região.Se levarmos em consideração que os povos que usavam a ferramenta eram muito mais hábeis na produção dessas cordas, eles certamente precisavam de pouquíssimo tempo para criar metros e metros de corda.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">Trabalho em equipe</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/14/14165448764284.jpg" alt="Buracos em ferramenta de marfim tinha ranhuras para auxiliar na produção das cordas. (Fonte: V. Rots, Universidade de Liège/ Divulgação)">Buracos em ferramenta de marfim tinha ranhuras para auxiliar na produção das cordas. (Fonte: V. Rots, Universidade de Liège/ Divulgação)O estudo desafia conceitos anteriores sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127376-santuario-com-artes-paleoliticas-sem-precedentes-e-descoberto-na-espanha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a vida no Paleolítico</a>, oferecendo hipóteses fascinantes sobre como os antigos humanos trabalhavam em equipe para atender às suas necessidades básicas.&nbsp;A habilidade de fabricar cordas resistentes e duráveis teria sido fundamental para sua sobrevivência, permitindo-lhes criar ferramentas, proteger abrigos, transportar objetos e até mesmo domesticar animais. Logo, quanto mais pessoas tivessem envolvidas no trabalho, maior era a chance de sobrevivência.&nbsp;Esta descoberta proporciona uma perspectiva fascinante e significativa sobre as antigas sociedades, pois marca a primeira vez em que os pesquisadores documentaram artefatos possivelmente empregados na confecção de cordas, elucidando seu funcionamento e trazendo à tona facetas importantes da história humana, como a criação de tecnologias avançadas e o trabalho em conjunto.&nbsp;</body>

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Marfim de mamute de 35 mil anos era usado como ferramenta para fazer corda

Imagem de Terra plana? Isso pode já ter sido uma "realidade", mas não como você pensa no megacurioso

Novo estudo analisa a formação de planetas a partir de uma forma achatada chamada esferoide oblato

<head></head><body>Nós ainda não temos uma compreensão completa de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126907-quantos-anos-tem-os-planetas-do-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como os planetas se formaram</a>. Sabe-se que eles têm origem a partir de discos protoplanetários — anéis de poeira e gás que rodeiam as estrelas —, mas como isso acontece continua em debate. A teoria mais comumente aceita é chamada de acreção central, onde as partículas de poeira começam a se unir, formando objetos cada vez maiores até se transformarem em planetas.Agora, uma nova hipótese vem sendo testada. Chamada de instabilidade do disco, ela ocorre muito mais rapidamente, quando o disco se esfria e colapsa em pedaços que depois se transformam em planetas que são, inicialmente, achatados. Na prática, essa hipótese sugere que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107638-5-problemas-que-enfrentariamos-se-a-terra-fosse-plana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Terra pode já ter sido plana</a>, mas apenas por um tempo e há bilhões de anos.<h2>Uma nova perspectiva sobre a formação planetária</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/20/20131426214199.png" alt="Imagens simuladas de um protoplaneta &quot;plano&quot; mostrado de cima (esquerda) e de lado (direita). (Fonte: UCLan)">Imagens simuladas de um protoplaneta "plano" mostrado de cima (esquerda) e de lado (direita). (Fonte: UCLan)Um estudo recente liderado por cientistas da Universidade de Central Lancashire (UCLan) sugere que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127392-quantos-planetas-existem-no-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">planetas recém-formados</a> podem assumir uma forma mais plana antes de adquirirem o seu formato esférico. Utilizando simulações em um supercomputador, a equipe explorou um aspecto negligenciado da formação planetária: a forma dos planetas em desenvolvimento.Enquanto a teoria predominante sugere que os planetas se formam gradualmente, a partir da agregação de partículas de poeira, um modelo alternativo, chamado de instabilidade do disco, propõe que os planetas possam se formar rapidamente quando o disco protoplanetário se torna instável e colapsa em aglomerados que eventualmente se tornam planetas.O que as simulações da equipe da UCLan revelaram, é que os planetas jovens formados através da instabilidade do disco não assumem inicialmente uma forma esférica, mas sim uma forma achatada chamada esferoide oblato.<h2>O que essas descobertas significam?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/20/20135236700213.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A descoberta da forma achatada dos planetas jovens tem implicações profundas para a compreensão da formação planetária. Esta observação desafia a visão convencional de que os planetas começam sua vida com uma forma esférica. Além disso, sugere que o modelo da instabilidade do disco pode ser mais relevante do que se pensava anteriormente na explicação da formação planetária.As próximas etapas desta pesquisa envolvem aprimorar os modelos computacionais para examinar como a forma dos planetas é influenciada pelo ambiente em que se formam. Além disso, os cientistas planejam comparar suas descobertas com observações futuras do Telescópio Espacial James Webb e com dados obtidos por instalações de observação avançadas.Para a equipe por trás da pesquisa, essas descobertas não apenas fornecem uma nova perspectiva sobre a formação planetária, mas também destacam a importância de observações detalhadas e simulações precisas para avançar nosso entendimento do universo e dos processos fundamentais que moldam os corpos celestes que o povoam.</body>

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Terra plana? Isso pode já ter sido uma 'realidade', mas não como você pensa

Imagem de Peixe 'alienígena' pode ter tido maior mandíbula do planeta no megacurioso

Animal marinho de milhões de anos atrás tinha mandíbula inferior gigantesca, algo extremamente raro na natureza

<head></head><body>Um novo estudo trouxe à luz um achado impressionante: um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123006-coracao-fossilizado-3d-de-peixe-pre-historico-tem-380-milhoes-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peixe fossilizado</a>, datado de 365 milhões de anos atrás, que pode muito bem ter ostentado uma das maiores mandíbulas inferiores já registradas na natureza, sendo duas vezes mais longa que o próprio crânio.&nbsp;Esse curioso animal das profundezas é o Alienacanthus malkowskii, um membro da ordem dos placodermes, um grupo de peixes que tinham placas dérmicas (daí o nome) cobrindo o corpo e foram os primeiros peixes a desenvolverem mandíbula e dentes. Eles já estavam na Terra bem antes dos dinossauros darem o ar da graça.<h2 style="text-align: justify;">Mandíbula gigante</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/09/09100507015068.jpg" alt="O Alienacanthus tinha uma estrutura mandibular que favorecia sua mordida extrema. (Fonte: Beat Scheffold e Christian Klug/ Divulgação)">O Alienacanthus tinha uma estrutura mandibular que favorecia sua mordida extrema. (Fonte: Beat Scheffold e Christian Klug/ Divulgação)A descoberta inicial desse intrigante espécime remonta a 1957, quando um paleontólogo polonês desenterrou os primeiros fósseis na Polônia, batizando o peixe de Alienacanthus devido aos "espinhos" estranhos que se projetavam de sua cabeça, como se fosse algo "vindo de outro mundo".&nbsp;Contudo, décadas depois, uma nova pesquisa revelou que esses "espinhos" eram, na verdade, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128089-mandibula-de-mamute-gigante-de-10-mil-anos-e-descoberta-por-cacador-de-fosseis-na-florida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mandíbula</a> inferior alongada do peixe, dando um insight sobre sua verdadeira natureza e, sobretudo, sobre sua impressionante adaptação e evolução.Através do estudo minucioso de crânios quase completos encontrados nas montanhas do Marrocos, os pesquisadores identificaram que esse peixe pré-histórico não só tinha uma mordida incrível, mas também uma capacidade única: a mandíbula superior podia se movimentar de forma independente do crânio, o que ajudava a acomodar sua mandíbula inferior excepcionalmente longa.Essa espécie viveu num período conhecido como Devoniano (entre 416 e 359 milhões de anos atrás), quando vastos oceanos dominavam a Terra e os continentes começavam a tomar forma, o Alienacanthus mergulhava em mares pré-históricos, exibindo sua anatomia peculiar e desempenhando um papel crucial na diversificação dos vertebrados com mandíbula e dentes.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">Expressiva adaptação</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/09/09101023631069.jpg" alt="Fóssil do Alienacanthus revela a enorme mandíbula inferior da espécie. (Fonte: Melina Jobbins e Christian Klug/ Divulgação)">Fóssil do Alienacanthus revela a enorme mandíbula inferior da espécie. (Fonte: Melina Jobbins e Christian Klug/ Divulgação)A presença desse peixe em regiões distantes, como Polônia e Marrocos, sugere uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128691-conheca-essas-6-espetaculares-migracoes-de-animais-pelo-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">migração</a> transoceânica, desafiando as noções convencionais sobre a mobilidade das criaturas marinhas naquela época, pois se acreditava que elas não se moviam por longas áreas (lembrando que no período devoniano os continentes tinham formação diferente da atual).Comparado com seus contemporâneos e até mesmo com espécies modernas, o Alienacanthus se destaca como um caso único e extremo de adaptação. Enquanto outros peixes apresentam mandíbulas alongadas em uma das extremidades, o A. malkowskii eleva essa característica a um novo patamar, tornando-se um verdadeiro campeão da evolução.À medida que os cientistas desvendam os mistérios por trás dessa extraordinária criatura, uma coisa fica clara: o Alienacanthus não é apenas um peixe antigo, é um símbolo da incrível diversidade e complexidade dos vertebrados que habitaram nosso planeta há milhões de anos. Quantos outros segredos aguardam ser revelados nas profundezas do passado pré-histórico?</body>

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Peixe 'alienígena' pode ter tido maior mandíbula do planeta

Imagem de Objeto mais brilhante do universo é descoberto por astrônomos no megacurioso

Brilhando 500 trilhões de vezes mais que o Sol, o quasar tem um buraco negro no seu centro que consome mais do que a massa de um Sol por dia

<head></head><body>Um grupo de astrônomos encontrou recentemente o objeto mais brilhante conhecido no universo. O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113893-quasar-principais-caracteristicas-dos-gigantes-objetos-astronomicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quasar</a>, como é chamado, é um núcleo brilhante de uma galáxia localizada a 12 bilhões de anos-luz de distância da Terra. Em geral, os quasares são os objetos mais brilhantes do cosmos, cada um consistindo em um buraco negro supermassivo que devora ativamente um disco em órbita de gás e poeira.Porém, o buraco negro neste quasar recordista está absorvendo diariamente mais massa do que a massa de um Sol por dia, tornando-o no buraco negro de crescimento mais rápido já visto antes, declarou a Agência Espacial Europeia (ESA) em comunicado oficial.<h2>Brilho intenso</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/23/23204411564002.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)O objeto gigantesco estende-se por cerca de sete anos-luz de diâmetro e faz o nosso Sol parecer uma mera piada, brilhando 500 bilhões de vezes mais do que a estrela do nosso <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127313-5-grandiosidades-encontradas-no-sistema-solar.htm#:~:text=Marte%20e%20seu%20vulc%C3%A3o%20quilom%C3%A9trico,mais%20alto%20que%20o%20Everest!" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sistema Solar</a>, relataram os investigadores no estudo publicado na revista Nature Astronomy.&nbsp;“Este quasar é o lugar mais violento que conhecemos no universo”, disse Christian Wolf, autor principal do novo estudo e astrofísico da Universidade Nacional Australiana, em entrevista à Associated Press (AP). Segundo o coautor da pesquisa Christopher Onken, é uma surpresa que esse quasar tenha permanecido desconhecido até hoje, uma vez que mais de um milhão de quasares menos impactantes já foram descobertos no passado.Os buracos negros supermassivos, que estão no centro de cada quasar, crescem puxando estrelas e nuvens de gás para um anel de material em órbita chamado disco de acreção — engolindo tudo que vê pela frente. A matéria que circunda o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123543-qual-e-o-buraco-negro-mais-proximo-da-terra.htm#:~:text=Buracos%20negros%20s%C3%A3o%20um%20dos,de%20escaparem%20de%20sua%20atra%C3%A7%C3%A3o." rel="noopener noreferrer" target="_blank">buraco negro</a> acaba se esfregando, o que cria uma fricção que libera calor brilhante que pode ser visto de muito longe no universo.<h2>Farol no espaço</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/23/23204448320003.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Os pesquisadores avistaram, sem saber, o quasar ultrabrilhante, também chamado de J059-4351, em imagens tiradas em 1980 pelo Schmidt Southern Sky Survey — um telescópio na Austrália. Porém, a princípio, eles o identificaram erroneamente como uma mera estrela. Normalmente, os astrônomos encontram quasares usando modelos de aprendizado de máquina treinados para pesquisar grandes áreas no céu em busca de objetos do tipo.Contudo, isso também abriu uma brecha para que o quasar extraordinariamente brilhante passasse desapercebido pelo sistema. No ano passado, no entanto, os autores do estudo determinaram que o objeto era verdadeiramente um quasar usando o telescópio do Observatório Siding Spring, também na Austrália. Em torno desse quasar, o disco de acreção tem 15 mil vezes o comprimento entre o Sol e Netuno, segundo a ESA, e seu buraco negro pesa aproximadamente 17 bilhões de sóis.Vale destacar que a luz desse quasar levou cerca de 12 bilhões de anos — a maior parte da história do universo — para chegar até nós. Na visão dos pesquisadores, é bem provável que seu buraco negro tenha parado de crescer há muito tempo dado que grande parte do gás que antes flutuava livremente ao seu redor se consolidou em estrelas viajando longas órbitas. Sendo assim, esses objetos massivos já não têm tanto material assim para se alimentar como tinham no universo primitivo.&nbsp;</body>

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Objeto mais brilhante do universo é descoberto por astrônomos

Imagem de Fóssil revela como as florestas eram diferentes há milhões de anos no megacurioso

Datado do período conhecido como 'lacuna de Romer', novo fóssil pode ajudar a compreender uma época ainda obscura para a ciência

<head></head><body>Em uma nova descoberta arqueológica, pesquisadores no Canadá encontraram <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110799-os-cientistas-tem-um-truque-bem-curioso-para-diferenciar-fosseis-de-rochas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um fóssil de árvore</a> com 350 milhões de anos que lança luz sobre um período pouco compreendido da pré-história. Este achado, que remonta ao final da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121599-era-geologica-um-guia-de-quando-os-dinossauros-viveram.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Era Paleozóica</a>, pode ajudar a preencher lacunas no conhecimento sobre a evolução das plantas e ecossistemas antigos.Datando de um período entre 345 milhões e 360 milhões de anos atrás, conhecido como a "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124597-nova-brunswick-a-regiao-que-esconde-centenas-de-fosseis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lacuna de Romer</a>", este espécime oferece uma visão única de um momento crucial na história da Terra, quando os peixes começaram a colonizar a terra.<h2>Um período misterioso na história da Terra</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/26/26101132302061.jpg" alt="O fóssil de 350 milhões de anos, mostrado na escala de um metro (Fonte: Smithsonian)">O fóssil de 350 milhões de anos, mostrado na escala de um metro (Fonte: Smithsonian)A "lacuna de Romer" é um intervalo de tempo pouco compreendido pelos paleontólogos, abrangendo cerca de 15 milhões de anos. Atualmente, nós temos poucas informações sobre a evolução da vida na Terra desse período, tornando qualquer material de grande importância para os cientistas. A recente descoberta deste fóssil de árvore, detalhada em um estudo publicado na revista Current Biology, oferece uma rara oportunidade de explorar esse período crucial da história da Terra.Durante a "lacuna de Romer", muitas mudanças significativas estavam ocorrendo no ecossistema terrestre, incluindo eventos evolutivos com grandes plantas florestais. Este fóssil recém-descoberto, nomeado Sanfordiacaulis densifolia, permite que pesquisadores tenham uma melhor compreensão dessa era, e sugere uma diversidade e adaptação surpreendentes entre as plantas antigas.Essa nova descoberta, não apenas amplia nossa compreensão da evolução das plantas, mas também destaca a diversidade e adaptabilidade da vida ao longo do tempo geológico. Mesmo há centenas de milhões de anos, as plantas estavam evoluindo para ocupar nichos específicos e moldar ecossistemas inteiros.<h2>Uma janela para o passado remoto</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/26/26101244122062.png" alt="Uma linha de reconstruções de plantas pré-históricas, comparando seus possíveis tamanhos e formas com a Sanfordiacaulis densifolia. (Fonte: Smithsonian)">Uma linha de reconstruções de plantas pré-históricas, comparando seus possíveis tamanhos e formas com a Sanfordiacaulis densifolia. (Fonte: Smithsonian)Localizado em uma pedreira ativa em Valley Waters, no Geoparque Global Stonehammer da UNESCO do Canadá, o fóssil foi encontrado em um estado quase intacto. Devido à raridade de fósseis completos de árvores e plantas do período Paleozoico, esta descoberta foi considerada bastante significativa pelos pesquisadores. O fóssil consiste em um tronco, galhos e folhas parcialmente preservados, proporcionando uma visão tridimensional da árvore em sua forma original.A equipe empregou técnicas avançadas, incluindo datação de esporos e modelagem digital, para determinar a idade e reconstruir a aparência da árvore. Assim, foi possível determinar que a Sanfordiacaulis densifolia possuía um tronco estreito com cerca de 15 cm de diâmetro e quase três metros de altura, feito de um material vascular semelhante a uma samambaia. Mais de 250 folhas compostas longas se estendiam dos galhos, formando um dossel amplo com um diâmetro de cerca de cinco metros.A estrutura peculiar da Sanfordiacaulis densifolia sugere adaptações específicas ao ambiente da época. Os cientistas especulam que sua forma desproporcional pode ter sido uma resposta à necessidade de capturar a luz solar de maneira eficiente na zona sub-dossel da floresta. Esta característica única pode ter permitido que a árvore prosperasse em um ambiente competitivo, interagindo com outras plantas em busca de luz e recursos.Para especialistas da área, esta descoberta é um importante marco na nossa compreensão de como a estrutura inicial da floresta evoluiu. Através dela, é possível supor com maior precisão a origem e a formação das complexas arquiteturas das florestas tropicais que sustentam a maior parte da biodiversidade viva da Terra.</body>

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Fóssil revela como as florestas eram diferentes há milhões de anos

Imagem de Manto de gelo antártico pode colapsar e aumentar o nível do mar no megacurioso

Pesquisa indica que boa parte do solo abaixo do manto de gelo pode já estar semidescongelada, bastando um aquecimento da temperatura da água para gerar derretimentos na área

<head></head><body>O derretimento de grandes camadas de gelo na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118566-antartica-ou-antartida-qual-o-nome-correto-do-continente-gelado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Antártica</a> sempre foi motivo de preocupação, principalmente quando se trata do aumento do nível do mar. Por décadas, a atenção esteve voltada para a Antártica Ocidental, que vem testemunhando um derretimento significativo de suas geleiras. No entanto, um novo estudo resolveu colocar seu foco sobre uma região antes considerada estável: a Bacia Subglacial de Wilkes, na parte leste da Antártica.Imagine uma camada de gelo do tamanho do estado da Bahia, capaz de elevar o nível global do mar em mais de 3 metros. É exatamente isso que representa a Bacia Subglacial de Wilkes. O estudo, liderado por pesquisadores da Universidade de Stanford, na Califórnia, revelou que essa colossal massa de gelo pode estar mais próxima do derretimento do que jamais imaginamos.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">Risco real</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/19/19103306573067.jpg" alt="Derretimento das geleiras pode ser catastrófico para o mundo. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)">Derretimento das geleiras pode ser catastrófico para o mundo. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)Utilizando pesquisas de radar aéreo, os cientistas encontraram evidências alarmantes de que a base do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126962-o-que-esta-escondido-por-baixo-de-todo-o-gelo-da-groenlandia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">manto de gelo</a> está próxima do degelo, o que poderia levar a um colapso descontrolado. A descoberta é particularmente preocupante devido à topografia peculiar da região.&nbsp;A inclinação retrógrada do leito da bacia torna as geleiras vulneráveis à entrada de água do mar quente, o que poderia acelerar ainda mais o derretimento. Até então, as projeções sobre o futuro da região eram incertas, em parte devido à falta de observações subglaciais próximas à zona de aterramento.Os pesquisadores desenvolveram uma nova abordagem estatística para caracterizar as condições subglaciais, revelando a probabilidade de haver uma mistura complexa de solo congelado e descongelado. Isso sugere que mesmo pequenas mudanças na temperatura da base do manto de gelo poderiam desencadear um colapso catastrófico.&nbsp;A importância dessas descobertas vai além do estudo da Antártica Oriental; elas destacam a necessidade urgente de examinar outras regiões aparentemente estáveis, mas que podem desempenhar um papel crucial no futuro do nosso planeta.<h2 style="text-align: justify;">Atenção às transformações</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/19/19104258533069.jpg" alt="Animais também serão afetados pelo derretimento. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)">Animais também serão afetados pelo derretimento. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)Para entender melhor as implicações dessas descobertas, os pesquisadores estão integrando suas observações em modelos de manto de gelo para prever como a região irá responder a diferentes cenários climáticos.&nbsp;Eles almejam que suas pesquisas evidenciem a relevância de vigiar não apenas as áreas já identificadas, como a Antártica Ocidental — que, de fato, gera preocupações e requer atenção—, mas também as zonas que parecem estáveis, como a Antártica Oriental.&nbsp;Diante do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125675-o-que-significam-tantos-recordes-de-temperaturas-altas-recentemente-no-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aumento das temperaturas globais</a> e do derretimento do gelo polar, é fundamental compreender o impacto dessas transformações em nosso planeta e adotar medidas para nos adaptarmos a elas (já que impedir parece impossível).À medida que continuamos a enfrentar os desafios impostos pelo aquecimento global, é essencial que não subestimemos o potencial impacto de regiões aparentemente remotas, como a Bacia Subglacial de Wilkes, que pode gerar consequências profundas para outros continentes.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:28.792Z

Manto de gelo antártico pode colapsar e aumentar o nível do mar

Imagem de Enorme reservatório de hidrogênio é encontrado em mina na Albânia no megacurioso

Um reservatório de hidrogênio escondido nas profundezas de uma mina de cromo na Albânia pode ser a chave para uma fonte de energia inexplorada

<head></head><body>A busca por fontes de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123923-existe-uma-maneira-de-produzir-energia-limpa-inesgotavel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">energia limpa e sustentável</a> ganhou um novo capítulo emocionante. Uma pesquisa recente liderada pelo renomado geoquímico Laurent Truche, da Universidade de Grenoble Alpes, na França, e publicada na revista Science, revelou recentemente a existência de um vasto reservatório de hidrogênio nas profundezas da mina de cromo Bulqizë, na Albânia. Esse achado pode representar uma virada na transição energética, oferecendo uma fonte potencial de energia isenta de carbono.<h2>O tesouro escondido sob a terra albanesa</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/13/13020503163000.jpg" alt="Mina subterrânea. (Getty Images/Reprodução)">Mina subterrânea. (Getty Images/Reprodução)A mina em Bulqizë, localizada a 40 km de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/116462-conheca-tirana-de-capital-sombria-a-mais-colorida-da-europa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tirana, na Albânia</a>, revelou-se muito mais do que uma reserva de cromo. Em uma porção da antiga crosta oceânica, os cientistas identificaram um reservatório de hidrogênio de proporções extraordinárias. Esse reservatório é resultado da movimentação das placas tectônicas há milhões de anos, formando um cinturão rochoso conhecido como ofiolito.A análise das enormes nuvens de gás hidrogênio dentro da mina sugere um potencial significativo de extração de hidrogênio quase puro. No entanto, a infraestrutura necessária para essa exploração profunda e os desafios inerentes à extração do gás ainda precisam ser superados.<h2>Desgaseificação intensa e potencial energético</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/13/13021234368001.jpg" alt="Ofiolito. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)">Ofiolito. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)A intensa desgaseificação observada no ofiolito de Bulqizë oferece uma visão única sobre as condições geológicas que selam grandes reservas de hidrogênio natural no subsolo. A quantidade de hidrogênio, estimada em até 55 mil toneladas, pode sustentar uma alta taxa de fluxo por impressionantes 238 anos.As altas concentrações de hidrogênio na mina foram associadas a explosões, destacando a importância de abordar questões de segurança para explorar efetivamente essa promissora fonte de energia. Assim, essa descoberta revela o potencial energético do reservatório, mas também destaca a necessidade de compreender e mitigar os riscos associados.&nbsp;<h2>Perspectivas futuras e impacto na transição energética</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/13/13021507090002.jpg" alt="Hidrogênio verde. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Hidrogênio verde. (Fonte: Getty Images/Reprodução)O estudo não apenas descreve a magnitude do reservatório de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128165-hidrogenio-descoberto-em-rochas-lunares-pode-mudar-exploracao-da-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hidrogênio</a>, mas também enfatiza a singularidade do grande fluxo de gás quase puro observado. Esse achado tem o potencial de transformar a busca por novos recursos energéticos.A produção de hidrogênio verde, sem a emissão de dióxido de carbono, é uma meta almejada, e a descoberta na mina de Bulqizë sugere que outros locais geologicamente semelhantes podem abrigar reservatórios igualmente valiosos. À medida que a pesquisa continua, a possibilidade de aproveitar esse tesouro escondido pode moldar o futuro da produção de energia global.Enquanto cientistas exploram as complexidades geológicas do ofiolito de Bulqizë, a humanidade vislumbra a possibilidade de uma fonte inexplorada e significativa de energia sustentável. À medida que avançamos na transição energética, essa descoberta pode desempenhar um papel crucial na busca por alternativas aos combustíveis fósseis, impulsionando a evolução de um futuro mais sustentável e livre de carbono.</body>

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Enorme reservatório de hidrogênio é encontrado em mina na Albânia

Imagem de Baleias-azuis estão acasalando com outra espécie e tendo filhotes híbridos no megacurioso

Estudo revelou que uma pequena porcentagem do DNA analisado de baleias-azuis pertence às baleias-comuns

<head></head><body>Um estudo feito por pesquisadores do Canadá e da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126826-casa-viking-gigante-e-encontrada-por-arqueologos-na-noruega.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Noruega</a> apontou que os maiores animais do planeta, as baleias-azuis, estão se envolvendo em acasalamentos com uma espécie vizinha, as baleias-comuns. Mas o que torna isso tão surpreendente? E como isso está afetando esses magníficos mamíferos marinhos?As baleias-azuis (Balaenoptera musculus), animais gigantes que podem chegar a mais de 30 metros, enfrentaram sérios desafios ao longo do tempo. No início do século XX, foram alvo de uma intensa caça comercial que quase as levou à extinção. Além disso, muitas morreram — e ainda morrem — em choques com embarcações.&nbsp;Hoje, enquanto lutam para se recuperar, ainda enfrentam ameaças e são classificadas como ameaçadas pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês). No entanto, estudos recentes têm revelado um novo capítulo na história desses gigantes gentis.<h2 style="text-align: justify;">DNA "oculto"</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/15/15090514089018.jpg" alt="A baleia-azul é, atualmente, um gigante marinho com risco de extinção. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)">A baleia-azul é, atualmente, um gigante marinho com risco de extinção. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)Os pesquisadores, utilizando técnicas avançadas de sequenciamento genômico, descobriram que cerca de 3,5% do DNA das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128123-baleias-azuis-voltam-ao-seu-lar-nas-ilhas-seicheles-agora-seguras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">baleias-azuis</a> do Atlântico Norte é proveniente das baleias-comuns (Balaenoptera physalus). Esse fenômeno, conhecido como introgressão (processo no qual os genes de uma espécie são transmitidos a outra espécie), sugere uma troca genética significativa entre as duas espécies.&nbsp;Ao contrário do que se pensava anteriormente, esses híbridos não parecem ser estéreis.&nbsp;Pelo contrário, estão se reproduzindo com sucesso com baleias-azuis, criando uma descendência de animais retrocruzados — o retrocruzamento acontece quando há o cruzamento de híbridos com seus ascendentes ou com animais que compartilham genes idênticos aos ascendentes — que carrega uma mistura única de características genéticas.Os cientistas continuam desvendando os mistérios por trás desses acasalamentos interespécies. Uma teoria sugere que a redução drástica na população de baleias-azuis pode estar levando-as a buscar parceiros fora de sua espécie para garantir a sobrevivência de sua linhagem genética.&nbsp;Por outro lado, a presença de DNA de baleia-comum pode trazer vantagens adaptativas para as baleias-azuis, tornando-as mais resistentes às mudanças ambientais.<h2 style="text-align: justify;">Impactos do cruzamento genético</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/15/15091325911019.jpg" alt="O cruzamento da baleia-azul com a baleia-comum pode gerar problemas adaptativos no futuro, prejudicando sua sobrevivência. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)">O cruzamento da baleia-azul com a baleia-comum pode gerar problemas adaptativos no futuro, prejudicando sua sobrevivência. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)Por mais que seja curiosa e surpreendente essa possibilidade de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127489-beefalo-conheca-o-hibrido-do-cruzamento-entre-vacas-e-bufalos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cruzamento entre as espécies</a>, surgem preocupações sobre os possíveis impactos a longo prazo desse intercâmbio genético.&nbsp;Na perspectiva dos cientistas, caso a introgressão continue sem controle, existe a hipótese de haver a diluição da diversidade genética das baleias-azuis, tornando-as menos adaptáveis a futuras pressões ambientais, como as mudanças climáticas. Portanto, compreender a extensão e as implicações desse fenômeno é crucial para orientar esforços de conservação eficazes.Por mais que descobertas como essa nos lembrem da complexidade, da interconexão da vida marinha e de sua resiliência, é importante haver a criação de meios que contribuam para a preservação da baleia-azul. Caso não ocorra, nem sua habilidade de criar mecanismos de sobrevivência será capaz de resistir à nocividade das práticas humanas.&nbsp;</body>

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Baleias-azuis estão acasalando com outra espécie e tendo filhotes híbridos

Imagem de Com furacões muito mais fortes, nova "categoria 6" deve ser criada por cientistas no megacurioso

Categoria 6 foi proposta para novos ciclones cujas velocidades médias de vento ultrapassam os 309 km/h

<head></head><body>A escala Saffir-Simpson (SSHWS, na sigla em inglês) foi criada em 1969 pelo engenheiro civil Herbert Saffir e pelo meteorologista Robert Simpson, visando classificar ciclones tropicais. O objetivo era, a partir da velocidade dos ventos, conseguir <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/103926-voce-sabe-quantas-categorias-existem-de-furacoes-e-o-que-elas-significam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">categorizar diferentes tempestades</a> para ajudar nos seus estudos e permitir que autoridades tivessem uma compreensão maior do que estava por vir.Atualmente, a SSHWS conta com cinco categorias diferentes. Um ciclone recebe a classificação de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116668-parede-de-ventiladores-consegue-simular-furacao-de-categoria-5.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">categoria 5</a>, a mais alta de todas, se tiver velocidade média de vento superior a 252 km/h. Porém, os furacões têm se tornado mais intensos ao longo da última década. Isso fez com que alguns cientistas começassem a sugerir uma nova categoria para refletir melhor sua intensidade: categoria 6.<h2>Tempestades mais violentas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/19/19115610856120.jpg" alt="Destruição deixada pelo Tufão Haiyan nas Filipinas, em 2013. (Fonte: GettyImages)">Destruição deixada pelo Tufão Haiyan nas Filipinas, em 2013. (Fonte: GettyImages)Um estudo publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) constatou o surgimento de tempestades cada vez mais severas. São ciclones com ventos que ultrapassam os 309 km/h. Desde 2013, pelo menos cinco tempestades já alcançaram tal magnitude: Furacão Patricia (México), Tufão Meranti, Tufão Goni, Tufão Haiyan e Tufão Surigae (todos no sudeste asiático, atingindo, principalmente, as Filipinas).O estudo foi conduzido por Michael Wehner, do Lawrence Berkeley National Laboratory, na Califórnia, e James P. Kossin, da Universidade de Wisconsin-Madison. O objetivo deles é chamar a atenção para o fato que, em apenas uma década, tempestades cada vez mais fortes se tornaram mais comuns. Isso indica que a atual classificação não evidencia o potencial catastrófico de tempestades de categoria 5.Para a dupla, incluir a categoria 6 na SSHWS iria permitir que as autoridades tivessem uma melhor compreensão dos riscos e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123058-qual-ciclone-causou-mais-danos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">possíveis danos</a> de um ciclone. Hoje, quando uma tempestade é classificada na categoria 5, ela apenas indica ventos superiores a 252 km/h.<h2>Aquecimento global</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/19/19121216371130.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O principal ponto destacado no estudo de Wehner e Kossin é a maneira como as mudanças climáticas já aumentaram a intensidade das tempestades em todo o mundo. E, a partir desta percepção, eles esperam que ciclones que possam ser incluídos em uma categoria 6 se tornem cada vez mais comuns.“O aquecimento global já aumentou significativamente as temperaturas da superfície do oceano e do ar troposférico em regiões onde os ciclones tropicais se formam e se propagam”, disseram os pesquisadores no estudo. “O aumento resultante na energia térmica sensível e latente disponível aumenta o potencial termodinâmico de intensidade dos ventos dessas tempestades”.Dentre as várias maneiras que as mudanças climáticas podem impactar os ciclones, furacões e tufões, a principal está no aumento da superfície dos oceanos. Quanto mais quentes as águas estiverem, mais energia é carregada para os furacões, o que pode levar a uma maior intensidade e velocidades de vento mais rápidas.&nbsp;Além disso, as mudanças climáticas podem diminuir o movimento dos furacões enquanto eles se deslocam por regiões geográficas. Isso permite que o furacão permaneça sobre uma área por mais tempo, aumentando assim a quantidade de danos que pode causar.</body>

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Com furacões muito mais fortes, nova 'categoria 6' deve ser criada por cientistas

Imagem de Neandertais tinham métodos refinados e usavam cola para fazer ferramentas no megacurioso

Desenvolvida há mais de 40 mil anos, uma cola descoberta se mostrou ser uma solução perfeita para produzir ferramentas, dando uma amostra das altas habilidades desenvolvidas pelos neandertais

<head></head><body>O estudo dos neandertais oferece um caminho para compreender como o Homo sapiens&nbsp;se desenvolveu, visto que em cada região do planeta diferentes habilidades foram cultivadas. Isso é especialmente verdadeiro considerando que, embora uma espécie tenha sido sucedida pela outra, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126820-apos-40-mil-anos-os-neandertais-ainda-vivem-em-nosso-dna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ambas coexistiram</a> e até mesmo se relacionaram ao longo da história.Nesse sentido, uma cola produzida por neandertais que viviam na Europa, utilizada na produção de ferramentas, oferece uma visão inédita deles, mostrando como detinham mais conhecimentos do que o imaginado.<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/26/26101503450066.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Uma cola bastante refinada</h2>A cola identificada por pesquisadores é fruto da mistura de diferentes materiais. Produzida entre 120 mil e 40 mil anos atrás, ao longo do Paleolítico Médio, ela foi usada na confecção de ferramentas portáteis e feitas de pedra, evidenciando um domínio considerável sobre esse tipo de objeto.A partir da análise dos itens produzidos pelos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128357-pessoas-matinais-podem-ser-descendentes-de-neandertais-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neandertais</a>, pesquisadores descobriram que essa cola seria útil de duas formas: para unir a pedra ao cabo, e também para ficar aderente à pedra ou lâmina. Uma vez modelada, ela serviria como cabo.Apesar de já haver evidências envolvendo o uso de outros tipos de cola com finalidades semelhantes, trata-se da primeira vez que esse tipo de produto, fruto de misturas mais refinadas, é encontrado. Ao todo, cinco artefatos foram considerados no estudo, publicado na Science Advances.<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/26/26101330917063.png" alt="Imagem mostra detalhes dos artefatos analisados que apresentavam a cola em pontos da sua superfície. (Fonte: Science Advances/Reprodução)">Imagem mostra detalhes dos artefatos analisados que apresentavam a cola em pontos da sua superfície. (Fonte: Science Advances/Reprodução)<h2>Mistura que deu origem à cola foi testada</h2>A análise química forneceu detalhes sobre a composição, e a fim de testar a utilização desse antigo produto, ainda foi verificado como ele seria preparado, de modo que diferentes métodos foram aplicados na cola para averiguar a sua real eficácia.Fruto da mistura de ocre e betume, essa cola traz à tona alguns fatos interessantes. O betume é um hidrocarboneto obtido diretamente do solo, produzido também a partir do petróleo bruto, enquanto o ocre é um pigmento natural. Por serem extraídos em locais distantes, a descoberta dessa cola denota que havia um conhecimento consolidado acerca das propriedades desses dois materiais.Tal constatação é reforçada considerando que a cola não pode ser produzida de qualquer maneira. Como exemplo disso, foi comprovado que o cozimento do betume por mais de 107 minutos resulta no endurecimento da massa instantaneamente, impossibilitando sua utilização.<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/02/26/26102559930075.png" alt="Imagem mostra dosagem necessária para obter a mistura desenvolvida pelos neandertais, capaz de tornar a lâmina envolvida facilmente utilizável. (Fonte: Science Advances/Reprodução)">Imagem mostra dosagem necessária para obter a mistura desenvolvida pelos neandertais, capaz de tornar a lâmina envolvida facilmente utilizável. (Fonte: Science Advances/Reprodução)<h2>Conclusões de estudo</h2>Da mesma forma, diferentes proporções testadas ofereciam resultados variados na resistência da cola, o que se relaciona a uma necessidade sanada pelos neandertais: era importante tornar essa cola menos pegajosa ao toque, com uma estrutura mais sólida. E com uma proporção de 55% de ocre, essa aderência foi obtida e se mostrava ideal para usar a mistura como empunhadura depois de seca.Como o próprio estudo destaca, tanto os neandertais, quanto os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128806-artefatos-de-45-mil-anos-revelam-presenca-do-homo-sapiens-no-leste-da-asia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Homo sapiens</a> traçaram caminhos que os levaram ao desenvolvimento desse tipo de ferramenta. Mas a partir das descobertas propiciadas pelas análises destes antigos objetos, fica evidente que os neandertais da Europa, assim como os da África, embora relativamente distantes, tinham domínio do ambiente em que estavam, dos recursos disponíveis, e também de métodos refinados para aproveitá-los em prol de suas necessidades.</body>

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