Imagem de Mistério de crateras explosivas na Sibéria pode ter sido resolvido no megacurioso

As crateras gigantes em explosão, localizadas em Yamal e Gydna, estão cobertas de permafrost e podem resultar em um conjunto específico de condições não encontradas em outras partes do Ártico

<head></head><body>Oito crateras gigantes com 50 metros de profundidade, localizadas no permafrost <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128401-forte-mais-antigo-do-mundo-e-descoberto-na-siberia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">siberiano</a>, têm confundido os cientistas desde a sua descoberta há mais de uma década. No entanto, uma nova teoria pode finalmente explicar como elas se formara. As crateras são exclusivas das penínsulas Yamal e Gydan, no norte da Rússia, e não se sabe se existem em outras partes do Ártico.Por esse motivo, os pesquisadores acreditam que a chave para esse quebra-cabeça pode estar na paisagem local. Ao longo dos anos, os investigadores propuseram várias explicações para os buracos, desde impactos de meteoros até explosões de gás natural. Contudo, novos modelos de análise sugerem outra explicação.<h2>Avaliando o terreno</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/19/19193504423411.jpg" alt="(Fonte: Vasily Bogoyavlensky/AFP)">(Fonte: Vasily Bogoyavlensky/AFP)Uma teoria antiga sugere que essas crateras se formaram no lugar de lagos históricos que antes borbulhavam com gás natural, o qual subia do permafrost abaixo. Esses lagos, contudo, teriam secado, expondo o solo abaixo a temperaturas congelantes que selaram as aberturas pelas quais o gás escapava. A acumulação de gás resultante no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126924-patogenos-congelados-no-permafrost-irao-acordar-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">permafrost</a> pode eventualmente ter sido liberta mediante explosões que criaram as crateras gigantes.Porém, esse modelo não leva em conta que essas "crateras de escape gigantes" (GECs) são encontradas em uma variedade de configurações geológicas nas penínsulas e nem todas já foram cobertas por lagos. Estudos anteriores também ligaram as crateras às acumulações de gás natural no permafrost, mas não conseguiram explicar o porquê dos buracos só serem encontrados no norte da Rússia.O permafrost nas penínsulas de Yamal e Gydan varia amplamente em sua espessura, podendo atingir até 500 metros. O solo provavelmente congelou há mais de 40 mil anos, aprisionando antigos sedimentos marinhos ricos em metano que gradualmente se transformaram em vastas reservas de gás natural. Estas reservas, por sua vez, produzem calor que derrete o gelo por baixo, deixando bolsas de gás na sua base.<h2>Impactos no permafrost</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/19/19193548709412.jpeg" alt="(Fonte: Vasily Bogoyavlensky/AFP)">(Fonte: Vasily Bogoyavlensky/AFP)De acordo com os pesquisadores, o permafrost na Rússia e noutros lugares do planeta está derretendo na superfície devido às alterações climáticas. Em locais onde já era rarefeito nas penínsulas de Yamal e Gydan, o derretimento em ambas as extremidades e a pressão do gás podem eventualmente causar o colapso do permafrost restante, provocando uma explosão.Esse fenômeno foi batizado de "efeito champanhe", o que explicaria a presença de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123264-as-6-maiores-crateras-do-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crateras</a> menores em torno das oito crateras gigantes — uma vez que enormes pedaços de gelo expelidos pelas explosões podem ter amassado gravemente o solo. Também pode haver mais crateras do que os cientistas atualmente conhecem, uma vez que a água e os sedimentos provavelmente preencheram alguns dos buracos ao longo do tempo.A liberação de gás natural e metano proveniente destas explosões poderá ativar um ciclo de "feedback climático" se as temperaturas globais continuarem a subir e acelerar o derretimento do permafrost. Estima-se que 1,9 bilhão de toneladas de gases de efeito estufa (GEEs), incluindo dióxido de carbono e metano, estejam armazenados nesta parte do Ártico.</body>

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Mistério de crateras explosivas na Sibéria pode ter sido resolvido

Imagem de Conheça o peixe que muda de cor quando fica com raiva no megacurioso

Cientistas desvendaram o segredo por trás da mudança de cor em pequenos peixes, revelando um fascinante mecanismo de comunicação

<head></head><body>No vasto reino subaquático, a vida marinha revela constantemente surpreendentes adaptações e estratégias de sobrevivência. Um exemplo cativante dessa maravilha é encontrado em pequenos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128239-conheca-o-peixe-carneiro-americano-o-peixe-com-sangue-anticongelante-que-vive-no-fundo-do-oceano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peixes</a> machos da Indonésia, conhecidos como Celebes medaka (Oryzias celebensis). Cientistas do BioRxiv recentemente descobriram que esses peixes apresentam uma mudança de cor peculiar durante períodos de agressão, revelando um intrigante mecanismo de sinalização de domínio.<h2>Sinalização de domínio</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/16/16183846224400.gif" alt="Machos de Oryzias celebensis com manchas enegrecidas (a) e sem manchas (b). Cronograma para os ensaios comportamentais (c) e número de ataques nas diferentes condições experimentais (d). (Fonte: BioRxiv/Reprodução)">Machos de Oryzias celebensis com manchas enegrecidas (a) e sem manchas (b). Cronograma para os ensaios comportamentais (c) e número de ataques nas diferentes condições experimentais (d). (Fonte: BioRxiv/Reprodução)Os machos medaka exibem marcas pretas distintas durante períodos de maior agressão, revelando um fenômeno rápido que ocorre um minuto após o início de um conflito. Essas marcas desempenham um papel crucial na sinalização de domínio para outros peixes, tornando os machos com essas características menos propensos a serem atacados e mais inclinados a atacar.Estudos realizados em tanques cobertos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127779-algas-marinhas-faziam-parte-da-dieta-de-humanos-8-mil-anos-atras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">algas</a> indicam que a presença de cobertura pode influenciar a agressividade dos peixes, sugerindo que a segurança desempenha um papel importante na decisão de lançar um ataque. Os machos com marcas escuras direcionam seus ataques principalmente a outros machos dominantes que apresentam características semelhantes. Surpreendentemente, eles também atacam fêmeas e machos sem as marcas escuras.Por outro lado, machos sem essas marcas raramente atacam machos com as marcas escuras, mas mostram agressividade em relação a outros machos sem marcas e fêmeas. As fêmeas, por sua vez, concentram seus ataques principalmente nos machos sem marcas escuras. Esses padrões de comportamento sugerem que a demonstração de domínio pode estar mais relacionada ao acesso a território e recursos do que aos direitos de acasalamento.<h2>Mudança de cor como indicativo de aptidão física</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/16/16184340397401.jpg" alt="Oryzias celebensis. (Fonte: Universidade Airlangga/Reprodução)">Oryzias celebensis. (Fonte: Universidade Airlangga/Reprodução)Os cientistas especulam que as marcas escuras podem ser um sinal de aptidão física, indicando que machos e fêmeas sem essas marcas podem ser menos propensos a se envolver em disputas prolongadas. Além disso, a presença dessas marcas permite que os machos dominantes economizem energia na defesa de seus recursos, graças a um eficiente sistema de alerta. Embora a análise dos mecanismos por trás da mudança de cor ainda esteja pendente, outras espécies de peixes indicam que neurotransmissores desempenham um papel crucial nesse processo.Na vastidão dos oceanos, a mudança de cor em peixes revela-se como um intrigante meio de comunicação e domínio. Os machos medaka da <a href="https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/70069-historia-de-pescador-peixe-lua-de-1-5-tonelada-e-encontrado-na-indonesia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Indonésia</a>, com suas marcantes marcas pretas, oferecem um vislumbre fascinante desse fenômeno. A compreensão desses mecanismos não apenas enriquece nosso conhecimento sobre a vida marinha, mas também destaca a complexidade das estratégias de sobrevivência que evoluíram ao longo das eras. A natureza, sempre surpreendente, continua a revelar seus segredos, convidando-nos a explorar e apreciar a diversidade extraordinária que habita as águas do nosso planeta.</body>

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Conheça o peixe que muda de cor quando fica com raiva

Imagem de Novas colônias de pinguim-imperador na Antártica são avistadas por satélites no megacurioso

Descoberta de quatro novas colônias oferece esperança para a preservação da espécie em meio às mudanças climáticas

<head></head><body>Nos últimos anos, os pinguins-imperadores têm enfrentado desafios significativos devido às <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122626-o-que-acontece-se-for-acionada-a-declaracao-de-emergencia-climatica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alterações climáticas</a>, com previsões sombrias de que a espécie estaria à beira da extinção até 2100. No entanto, uma descoberta recente traz um vislumbre de otimismo. Cientistas revelaram novas colônias desses majestosos pinguins por meio de imagens de satélite. Liderados pelo Dr. Peter Fretwell, oficial de informações geográficas associado à Pesquisa Antártica Britânica, os pesquisadores empregaram tecnologia de ponta para descobrir quatro novas colônias na vastidão da Antártica.<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/28/28184037981013.jpg" alt="Satélite Sentinel-2. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)">Satélite Sentinel-2. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)Essa pesquisa inovadora utilizou imagens de satélite, incluindo dados do satélite Copernicus Sentinel-2 da Comissão Europeia, conhecido por sua alta resolução e capacidade de capturar detalhes precisos. A análise dessas imagens revelou pontos até então desconhecidos, onde as aves majestosas se agrupavam, contribuindo com aproximadamente 5.700 novos pares reprodutores à população global estimada de pinguins-imperadores.<h2>Desafios crescentes devido às mudanças climáticas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/28/28184253635014.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)A descoberta das novas colônias destaca a dinâmica em constante mudança das populações de pinguins-imperadores em resposta às alterações climáticas. O aumento do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127626-arqueologia-glacial-gelo-derretido-revela-um-passado-intrigante.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">derretimento do gelo</a> marinho na Antártica ameaça diretamente o habitat desses pinguins, levando a eventos catastróficos, como a falha na reprodução observada em 2022.Os pinguins-imperadores dependem do gelo marinho estável para garantir o sucesso de sua reprodução, e o declínio contínuo dessas plataformas de gelo coloca em risco a sobrevivência a longo prazo da espécie. O aumento do derretimento e a instabilidade das plataformas de gelo não apenas comprometem o ambiente de reprodução, mas também elevam o risco de eventos como a perda de filhotes devido à ruptura prematura do gelo.<h2>Perspectivas para a conservação e adaptação</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Cambridge&nbsp;" data-fonte-url="https://www.cambridge.org/core/journals/antarctic-science/article/four-unreported-emperor-penguin-colonies-discovered-by-satellite/20956FD3E80F3604C21D0E2AA80FEF9B"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/28/28184538301015.png" alt="Pontos vermelhos mostrando localização das novas colônias de pinguins identificadas. (Fonte: Cambridge/Reprodução)">Pontos vermelhos mostrando localização das novas colônias de pinguins identificadas. (Fonte: Cambridge/Reprodução)Embora as descobertas das novas colônias de pinguins-imperadores revelem a notável resiliência dessas aves ao se adaptarem a condições instáveis do gelo marinho, as perspectivas para o futuro apresentam desafios significativos. O aumento contínuo das temperaturas globais e a consequente redução do gelo marinho emergem como ameaças prementes para essas icônicas aves antárticas.A capacidade de adaptação dos pinguins pode não ser suficiente para enfrentar o ritmo acelerado das mudanças climáticas. O declínio contínuo do gelo marinho, vital para a reprodução e sobrevivência dessas aves, exige uma atenção urgente para garantir sua preservação a longo prazo.Para enfrentar esse cenário desafiador, a conscientização sobre as mudanças climáticas torna-se crucial. A implementação de medidas efetivas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa é imperativa, não apenas para proteger os <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/41863-afinal-os-pinguins-tem-joelhos-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pinguins</a>, mas para preservar todo o ecossistema antártico. O compromisso global com práticas sustentáveis e ações coordenadas são essenciais para garantir que as futuras gerações possam testemunhar a magnificência dessas aves na paisagem antártica.</body>

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Novas colônias de pinguim-imperador na Antártica são avistadas por satélites

Imagem de Ondas de calor impactam mais idosos, mulheres e pessoas pretas, diz estudo no megacurioso

Estudo feito por 12 pesquisadores traz informações inéditas sobre os danos causados pelo calor

<head></head><body>As ondas de calor têm se tornado cada vez mais frequentes no mundo todo. No Brasil, por exemplo, tivemos uma média de 3 a 11 <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/108335-9-informacoes-que-voce-talvez-desconheca-sobre-as-ondas-de-calor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ondas de calor</a> por ano a partir da década de 2010, quatro vezes mais do que o que ocorria até a década de 1970.Agora, um estudo publicado por 12 pesquisadores de sete universidades e instituições brasileiras e portuguesas afirma que, entre 2000 e 2018, cerca de 48 mil brasileiros morreram por conta do aumento brusco de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127223-quao-perigoso-e-o-calor-extremo-para-os-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">temperatura</a>. A pesquisa também revela que há grupos mais propensos a morrer nessa condição. Entre eles, estão os idosos, as mulheres e as pessoas pardas e negras.<h2>Quem corre mais risco de morrer no calor?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/28/28204633368007.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O estudo afirma que o primeiro grupo em termos de vulnerabilidade ao calor é o composto pelos idosos. "Pela questão fisiológica, sabemos que os mais velhos são os mais vulneráveis, por terem corpos com menor capacidade de regulação térmica e por apresentarem mais <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118678-o-que-significa-comorbidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">comorbidades</a>", afirma Renata Libonati, professora do Instituto de Geociências da UFRJ.Já as mulheres são vulneráveis também por razões fisiológicas. Enquanto isso, as pessoas partas, pretas e com baixa escolaridade estão mais propensas a sofrer os danos do calor por motivos econômicos. "Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127551-como-as-mudancas-climaticas-estao-afetando-os-casamentos-infantis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">eventos climáticos</a> extremos não são democráticos, eles atingem muito mais aqueles que não têm acesso a recursos de adaptação", comenta o físico Djacinto Monteiro dos Santos, líder do estudo.A razão é fácil de compreender: as pessoas mais pobres têm um acesso muito precário às condições de moradia e aos sistemas de saúde, além de terem menos meios para prevenir os danos do calor. "Quando a sensação térmica é de 45 °C na Zona Sul do Rio de Janeiro (onde estão bairros de famílias mais ricas), aí é de 58 °C em Bangu, na Zona Oeste (área mais pobre)", exemplifica Santos.<h2>Como o estudo foi feito</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/28/28204358933001.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Para produzir este estudo, os pesquisadores fizeram uma análise em mais de 9 milhões de registros de óbitos ocorridos nos períodos em que as ondas de calor ocorreram, chegando ao número de 48 mil mortes relacionadas ao clima. Estas pessoas morreram principalmente por problemas circulatórios, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128067-doenca-respiratoria-misteriosa-esta-levando-caes-a-morte-nos-estados-unidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doenças respiratórias</a> e por condições crônicas agravadas pela alta temperatura.Já para definir o que é uma onda de calor, o estudo usou um padrão conhecido como Fator de Excesso de Calor (EHF, na sigla original). Este fator considera elementos como a intensidade, a duração e a frequência dos aumentos de temperatura.Por fim a pesquisa buscou trabalhar como dados retirados das 14 áreas metropolitanas mais populosas do Brasil, onde vive 35% da população nacional, tomando cidades de todas as regiões do país.O que se constatou é que as ondas de calor estão cada vez mais frequentes e mais prolongadas. Nas décadas de 1970 e 1980, elas duravam cerca de 3 a 5 dias. A partir dos anos 2000 e 2010, passaram a durar entre 4 e 6 dias.Segundo o climatologista Carlos Nobre, do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP), "já há dados globais que mostram que as ondas de calor são os eventos climáticos extremos que mais vitimam no planeta, à frente, por exemplo, de enchentes, e que há grupos mais vulneráveis a essas tragédias".Ele analisou o estudo dos 12 pesquisadores, a pedido da BBC, e disse que ele traz dados inéditos sobre os efeitos do calor no Brasil. "Outro aspecto que quero destacar é como a análise foi feita em torno de centros urbanos, nos quais os efeitos do aquecimento global são ainda mais sentidos, por efeitos como o da ilha de calor&nbsp;(fenômeno caracterizado pela maior temperatura em cidades, em relação às áreas rurais)", ressaltou Nobre."Já se tem ciência de que populações com menos acesso a recursos, como os mais pobres, sofrem mais. Afinal, ter um ar condicionado, por exemplo, já soluciona o problema. Essa nova pesquisa faz associações socioeconômicas e traz dados inéditos que podem ajudar a guiar políticas públicas", concluiu.</body>

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Ondas de calor impactam mais idosos, mulheres e pessoas pretas, diz estudo

Imagem de 'Chiclete' de 10 mil anos revela o que se comia na Idade da Pedra no megacurioso

Descobertas arqueológicas revelam os hábitos alimentares e a saúde bucal surpreendente de adolescentes da Idade da Pedra

<head></head><body>Há dez mil anos, em Huseby Klev, na Suécia, adolescentes da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123047-5-fatos-misteriosos-sobre-a-idade-da-pedra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade da Pedra</a> mastigavam uma resina preta semelhante a alcatrão, em uma prática que deixou um legado inesperado. Recentemente, cientistas, liderados pelo Dr. Emrah Kirdök do Departamento de Biotecnologia da Universidade de Mersin, na Turquia, conduziram uma pesquisa inovadora sobre os restos desse antigo "chiclete".A equipe de paleontólogos da Universidade de Estocolmo, na Suécia, liderada pelo coautor Anders Gotherstrom, desempenhou um papel crucial na análise do DNA preservado nos artefatos mastigados. Os resultados do estudo, publicados na revista Scientific Reports, destacam-se como um marco significativo na arqueologia molecular e oferecem uma visão única da vida dos caçadores-coletores da Escandinávia.<h2>Hábitos alimentares revelados pelo "chiclete" ancestral</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/28/28190325928020.jpg" alt="Local da escavação. (Fonte: Universidade de Estocolmo/Reprodução)">Local da escavação. (Fonte: Universidade de Estocolmo/Reprodução)Os adolescentes da Idade da Pedra, ao mastigarem a <a href="https://www.megacurioso.com.br/cotidiano/99840-voce-conhece-a-historia-do-chiclete.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">resina de bétula</a>, deixaram um rastro genético valioso. Utilizando técnicas avançadas de biotecnologia e genômica, os cientistas extraíram pequenas quantidades de material genético preservado na resina mastigada, superando os desafios relacionados à idade e à deterioração dos artefatos.A análise do DNA presente nesses "chicletes" revelou detalhes essenciais sobre sua dieta. Antes de saborearem a resina, esses jovens já haviam desfrutado de uma refeição composta por veado, truta e avelãs. Os vestígios de DNA também indicaram o uso dos dentes para preparar ferramentas ou roupas utilizando ossos e peles de aves e outros animais, como o pato-selvagem e o tordo europeu. Isso indica um engenhoso uso dos recursos disponíveis na região costeira escandinava.<h2>A saúde bucal na Idade da Pedra</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/28/28190752712023.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Além das preferências alimentares, os cientistas também mergulharam nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128430-existe-relacao-entre-problemas-bucais-e-doencas-cerebrais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">problemas de saúde bucal</a> dos adolescentes do passado. Surpreendentemente, um dos jovens apresentou sérios problemas dentários, evidenciados por uma infecção gengival grave, conhecida como periodontite. A análise do "chiclete" sugere que essa condição dolorosa provavelmente levou à perda de dentes pouco depois de mastigar a resina. Essa descoberta proporciona uma visão única das adversidades enfrentadas por esses jovens durante a Idade da Pedra.Ao estudarem o "chiclete" de 10 mil anos, os cientistas estabeleceram uma conexão única entre o passado e o presente. A pesquisa não apenas desvenda a vida dos caçadores-coletores da Escandinávia, mas também destaca a notável continuidade da condição humana ao longo dos milênios. Assim, essa descoberta arqueológica ressalta a importância de artefatos aparentemente simples e como eles podem proporcionar uma compreensão mais profunda da história humana, ao mesmo tempo em que destaca a resiliência e continuidade das experiências humanas ao longo do tempo.</body>

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'Chiclete' de 10 mil anos revela o que se comia na Idade da Pedra

Imagem de Ossos de 2 mil anos encontrados no Brasil revelam evolução da sífilis no megacurioso

Cientistas reconstroem os genomas mais antigos da bactéria Treponema pallidum e desvendam a árvore genealógica da sífilis

<head></head><body>O surgimento das doenças treponêmicas, especialmente a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120198-como-a-sifilis-fez-a-europa-culpar-a-america-pela-doenca-no-seculo-xvi.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sífilis</a>, tem intrigado pesquisadores por décadas. Recentemente, um estudo da Universidade de Zurique revelou descobertas fascinantes ao reconstruir os genomas mais antigos conhecidos da bactéria Treponema pallidum a partir de restos humanos pré-históricos encontrados no Brasil. Esses corpos datam de cerca de 2 mil anos e fornecem informações cruciais sobre a presença das doenças treponêmicas na América pré-colombiana.<h2>Origens e características das doenças treponêmicas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/28/28194601591032.jpg" alt="Treponema pallidum. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Treponema pallidum. (Fonte: Getty Images/Reprodução)O estudo conduzido pela Universidade de Zurique mergulhou nas sepulturas de Jabuticabeira II, na região de Laguna, Santa Catarina, onde foram encontrados <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127881-apos-polemica-museu-americano-define-o-destino-de-12-mil-restos-mortais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">restos humanos</a> datados de cerca de 2 mil anos. Essa localidade ao longo da costa brasileira revelou-se uma rica fonte de informações, fornecendo aos cientistas acesso a cepas reconstruídas da bactéria Treponema pallidum.Ao contrário das expectativas associadas à sífilis venérea, as análises genômicas apontaram para uma relação mais próxima com a subespécie que causa bejel, uma forma endêmica não venérea da sífilis. A diversidade dessas cepas, com características distintas das formas modernas da doença, destaca a complexidade evolutiva dessas bactérias ao longo do tempo.A redefinição das subespécies não apenas lança luz sobre a diversidade dessas doenças treponêmicas, mas também levanta questões intrigantes sobre como diferentes formas de Treponema pallidum interagiam com as populações pré-colombianas. Essa perspectiva mais ampla, proveniente das análises genômicas específicas de Jabuticabeira II, sinaliza uma nova era de compreensão das origens e características dessas infecções antigas.<h2>Avanços tecnológicos na pesquisa genômica</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/28/28194807826033.jpg" alt="Datação com relógio molecular revoluciona a pesquisa genômica. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Datação com relógio molecular revoluciona a pesquisa genômica. (Fonte: Getty Images/Reprodução)A pesquisa inovadora empregou técnicas genômicas avançadas, incluindo a sofisticada datação por relógio molecular. Essa abordagem permitiu calcular com precisão os tempos de divergência da família Treponema pallidum.&nbsp;Ao utilizar a datação por relógio molecular, os cientistas conseguiram estabelecer uma sequência temporal na evolução das estirpes causadoras de treponematoses.Um achado surpreendente foi que as estirpes responsáveis pela sífilis venérea evoluíram mais tardiamente do que aquelas que causam formas não venéreas, como o bejel. Essa descoberta desafia as noções anteriores sobre a cronologia evolutiva dessas bactérias, sugerindo um desenvolvimento diferenciado entre as subespécies ao longo dos séculos.A presença <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117063-dez-povos-que-podem-ter-chegado-na-america-antes-de-colombo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pré-colombiana</a> das doenças treponêmicas nas Américas acrescenta uma camada fascinante à pesquisa. As questões agora levantadas sobre a origem global dessas bactérias indicam que a família Treponema pallidum pode ter tido uma distribuição global muito antes do que se acreditava anteriormente. Se as estirpes causadoras de sífilis não venérea estavam presentes nas Américas antes da colonização europeia, isso sugere diferentes rotas de disseminação e uma complexidade na história dessas infecções que ainda precisa ser totalmente compreendida.</body>

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Ossos de 2 mil anos encontrados no Brasil revelam evolução da sífilis

Imagem de 1º veículo voador em outro planeta, Ingenuity dá adeus em voo final em Marte no megacurioso

O helicóptero Ingenuity Mars, da NASA, deveria voar por apenas um mês, mas permaneceu em sua missão por mais de três anos

<head></head><body>Recentemente, o helicóptero da NASA <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115662-nasa-liga-baterias-do-helicoptero-ingenuity-pela-1-vez-no-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ingenuity Mars</a> realizou seu voo final através das planícies empoeiradas da cratera Jezero após ter navegado pelo terreno marciano 33 vezes mais tempo do que o planejamento inicial considerava possível. Além de ser o primeiro veículo voador em outro mundo, o Ingenuity passou quase 1 mil dias no Planeta Vermelho realizando testes de voo e ajudando seu companheiro rover Perseverance em sua missão.Ao todo, o helicóptero deveria ter realizado apenas cinco voos, mas acabou voando 72 vezes até o final de sua operação — sendo mais rápido e atingindo alturas mais altas do que os objetivos da equipe da missão.<h2>Ultrapassando expectativas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/28/28160428264004.jpeg" alt="(Fonte: NASA/Divulgação)">(Fonte: NASA/Divulgação)Em comunicado oficial, o administrador da NASA, Bill Nelson, anunciou o encerramento das atividades do Ingenuity e celebrou a jornada histórica do helicóptero. "Aquele helicóptero notável voou mais alto e mais longe do que jamais imaginamos e ajudou a NASA a fazer o que fazemos de melhor – tornar o impossível possível. Por meio de missões como a Ingenuity, a NASA está a preparar o caminho para voos futuros no nosso sistema solar e para uma exploração humana mais inteligente e segura até Marte e mais além", disse.No dia 18 de janeiro, durante seu 72º voo para estabelecer sua posição, o Ingenuity pairou a 12 metros acima do solo por alguns segundos antes de descer. Para a infelicidade de todos, um desastre aconteceu. Quando a nave estava a cerca de 3 metros de altitude, o Ingenuity perdeu contato com o rover. Assim que as comunicações foram reestabelecidas e as imagens chegaram, ficou claro que a nave estava acabada.Uma das pás do rotor foi danificada, encerrando quaisquer voos futuros. A causa exata do dano ainda não foi identificada pelos pesquisadores. De todo modo, a missão é um legado brilhante para as pessoas envolvidas no planejamento, construção e navegação do helicóptero quando ele esteve em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128642-deposito-de-gelo-gigantesco-e-descoberto-em-marte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Marte</a>.&nbsp;<h2>Próximas etapas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/28/28160503606005.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Além do pouso autônomo, o Ingenuity foi levado ao limite voo após voo, realizando três aterrissagens de emergência, limpando-se após tempestades de poeira e sobrevivendo ao inverno marciano. Estes dois últimos, por sua vez, são conhecidos por serem "assassinos número um", de robôs em Marte."Ingenuity é um exemplo de como ultrapassamos os limites do que é possível todos os dias. Estou extremamente orgulhoso de nossa equipe por trás dessa conquista tecnológica histórica e ansioso para ver o que eles inventarão a seguir", destacou a diretora do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, Laurie Leshin. Ao todo, o Ingenuity voou por mais de duas horas e cobriu mais de 17 km, ajudando o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117838-perseverance-7-curiosidades-sobre-a-nova-rover-de-marte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Perseverance</a> a explorar o terreno ao seu redor.A equipe responsável pelo helicóptero realizará os testes finais nos sistemas do helicóptero e baixará todos os dados e imagens do computador de bordo. Como o Perseverance está muito longe para tirar fotos da nave, ela deverá ser desligada sem muito alarde. Contudo, é válido dizer que ela fez história ao provar que o voo controlado em outro mundo não apenas é algo possível, como também abriu caminho para a próxima geração de veículos voadores no Planeta Vermelho.</body>

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1º veículo voador em outro planeta, Ingenuity dá adeus em voo final em Marte

Imagem de A Ilha dos Macacos: um laboratório sobre o comportamento de símios a céu aberto no megacurioso

Ilha devastada em 2017 abriga centro de pesquisa que estuda o comportamento dos primatas e suas semelhanças com os seres humanos

<head></head><body>Em setembro de 2017, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119415-como-os-furacoes-moldaram-a-sociedade-e-a-ciencia-dos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">furacão Maria</a> desferiu um golpe devastador em Porto Rico, deixando um rastro de destruição que afetou profundamente a vida na ilha caribenha. Ao mesmo tempo, enquanto os moradores enfrentavam desafios sem precedentes, diversos pesquisadores temiam que o trágico fenômeno tivesse atingido uma ilha próxima à costa porto-riquenha que é crucial para estudos científicos: a Ilha dos Macacos.A Ilha dos Macacos, conhecida localmente como Cayo Santiago, fica a 1,6km do litoral da costa de Porto Rico e abriga aproximadamente 2 mil macacos rhesus, uma espécie de primata que tem sua origem no território asiático.&nbsp;<h2 style="text-align: justify;">Macacos espertos</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/24/24212236851038.jpg" alt="Várias gerações já se reproduziram na ilha. (Fonte: Instituto Max Planck/ Divulgação)">Várias gerações já se reproduziram na ilha. (Fonte: Instituto Max Planck/ Divulgação)A história da Ilha dos Macacos começou na década de 1930, quando o primatologista Clarence Carpenter importou cerca de 450 macacos rhesus da Índia para estabelecer um centro de pesquisa em Cayo Santiago. O objetivo era estudar o comportamento desses <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128489-segundo-primata-mais-raro-do-mundo-e-flagrado-no-vietna-em-registros-exclusivos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">primatas</a>.O projeto foi crescendo ao longo dos anos até dar origem ao Centro de Pesquisa de Primatas do Caribe, entidade vinculada à Universidade de Porto Rico.&nbsp;Após o furacão Maria, havia temores de que a comunidade de primatas tivesse sido aniquilada pela tempestade, mas os pesquisadores ficaram surpresos ao descobrir que os macacos tinham sobrevivido.&nbsp;Os cientistas afirmam que os macacos se salvaram da tempestade provavelmente percebendo a mudança dos ventos e agindo rapidamente. Ao que tudo indica, eles conseguiram se abrigar nas colinas, evitando serem levados pela enxurrada que varreu a região.&nbsp;A alimentação diária é a única intervenção humana na vida desses primatas. Atualmente, a dieta desses bichos inclui sementes, frutas e até biscoitos chamados Purina Monkey Chow.&nbsp;<h2>Resistindo e socializando</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/22/22121100714113.jpg" alt="A Ilha dos Macacos é o paraíso para primatologistas e biólogos. (Fonte: Instituto Max Planck/ Divulgação)">A Ilha dos Macacos é o paraíso para primatologistas e biólogos. (Fonte: Instituto Max Planck/ Divulgação)A pesquisa após o furacão revelou <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126772-por-que-os-macacos-dessa-ilha-fazem-mais-sexo-com-machos-do-que-femeas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">descobertas intrigantes sobre o comportamento dos macacos</a>. Os pesquisadores destacam que as interações sociais aumentaram, as redes sociais expandiram-se, e os macacos, especialmente os mais antissociais antes da tempestade, intensificaram suas conexões sociais.&nbsp;Essas observações foram parte de um estudo publicado na Current Biology, destacando como adversidades podem impactar o comportamento e a saúde desses primatas (algo muito parecido conosco humanos, como visto na pandemia).Desde sua criação em 1970, o Centro de Pesquisa de Primatas do Caribe tem sido um pioneiro na pesquisa sobre primatas. Esses estudos vão além da compreensão do comportamento dos macacos, como os experimentos sobre sufocamento em macacos, que influenciaram procedimentos de parto em humanos. Além disso, os macacos da ilha têm desempenhado um papel vital no estudo da covid-19.Apesar da notoriedade, a Ilha dos Macacos permanece fechada ao público para evitar interações desnecessárias — e perigosas. A periculosidade está no fato de que os rhesus podem transmitir herpes B, uma doença altamente letal para os seres humanos.&nbsp;Atualmente, apenas pesquisadores têm liberação para visitar a ilha e explorar os dados acumulados ao longo dos anos.</body>

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A Ilha dos Macacos: um laboratório sobre o comportamento de símios a céu aberto

Imagem de 5 teorias da conspiração bizarras sobre fenômenos naturais no megacurioso

Conheça algumas das teorias da conspiração mais mirabolantes já feitas a partir de fenômenos naturais que atingiram o planeta

<head></head><body>Quando um desastre natural acontece, a resposta mais comum tende a ser resgatar os sobreviventes, determinar os danos e depois reconstruir tudo que foi destruído. As pessoas diretamente afetadas costumam se sentir sobrecarregadas, desorientadas e bastante assustadas com o que aconteceu.Porém, depois que a poeira baixa, sempre existem os chamados conspiradores. Essas pessoas são conhecidas por analisar os fatos acontecidos e tentar descobrir a "verdadeira razão" desses fenômenos naturais. Ou seja: criam teorias bizarras para explicar o inexplicável. Para ilustrar esse cenário, nós separamos uma lista com cinco das teorias da conspiração mais mirabolantes relacionadas a algum desastre natural que impactou o planeta!<h2>1. Erupções vulcânicas e testes nucleares</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/17/17004619007011.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Há dois anos, uma erupção vulcânica do Hunga Tonga Hunga Ha'apai, em Tonga, foi tão grande que pessoas na Nova Zelândia, a 2,3 mil quilômetros de distância, puderam ouvi-la. A explosão foi tão poderosa que enviou vapor de água suficiente para a nossa estratosfera capaz de encher mais de 58 mil piscinas e também causou uma série de ondas de tsunami em todo o Pacífico.Mas apesar de se tratar de um desastre natural, as redes sociais foram rapidamente inundadas com alegações de que o acontecido, na verdade, foi uma explosão nuclear. E não importa quantas evidências científicas tivessem do acontecido, os teóricos da conspiração não foram convencidos de maneira alguma.&nbsp;<h2>2. Incêndios florestais e A Nova Ordem Mundial</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/17/17004603789009.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)As alterações climáticas seguem causando estragos em todo o mundo. Um grande exemplo disso foram os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125452-5-taticas-que-os-bombeiros-usam-para-combater-incendios-florestais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">incêndios florestais</a> que aconteceram nos Estados Unidos e na Austrália. Embora não provoque diretamente os incêndios, climas mais quentes e secos levam a queimadas mais frequentes e devastadoras.&nbsp;No entanto, de acordo com as teorias da conspiração, tudo isso só serve de cortina de fumaça para esconder a verdadeira razão por trás de tudo: uma Nova Ordem Mundial que criminosamente estaria atacando a natureza para criar uma ferrovia de alta velocidade ao longo da costa leste da Austrália. Bizarro, não é mesmo?<h2>3. Alienígenas na Antártida</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/17/17004535349005.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Nas últimas décadas, o gelo da <a href="https://www.megacurioso.com.br/lugares-surpreendentes/99000-10-coisas-sobre-a-antartida-que-provavelmente-voce-nao-sabia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Antártida</a> está derretendo a um ritmo extremamente rápido. Embora o derretimento do gelo em si não seja um desastre natural, ele pode desencadear vários deles. Se o gelo continuar a derreter dessa forma, ele poderá liberar a pressão nas placas tectônicas da região e potencialmente desencadear um enorme terremoto.No entanto, as teorias mais mirabolantes dizem que os culpados pelo aquecimento global, na realidade, são extraterrestres que estão derretendo o gelo usando tecnologia de manipulação climática para dominar a Terra. Então, tome cuidado: os aliens estão fazendo de tudo para acabar conosco — enquanto nós ignoramos todo o mal que fazemos para o nosso mundo.<h2>4. Supervulcão de Yellowstone</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/17/17004521940003.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Ao longo da história, o supervulcão de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124651-ursos-de-yellowstone-comem-40-mil-mariposas-diariamente-para-sobreviver.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Yellowstone</a> teve três erupções poderosas. A primeira foi há 2,1 milhões de anos e a segunda foi há 1,3 milhão de anos. A última, por sua vez, aconteceu há 664 mil anos. Porém, de acordo com pesquisadores, outra erupção não deve acontecer tão cedo ou o vulcão até mesmo pode nunca mais gerar uma explosão tão massiva.Contudo, há quem diga que Yellowstone está prestes a gerar uma supererupção a qualquer momento que inundará o mundo em lava. E o culpado por isso tudo? O governo dos Estados Unidos. Segundo os conspiradores, as notícias só não são espalhadas porque os governantes têm mais interesse em emplacar uma agenda oculta de manipulação.&nbsp;<h2>5. Nova Era do Gelo</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/17/17004441040000.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Se tudo que você leu até agora não foi suficiente para fazer você acreditar em uma teoria da conspiração, veja essa: os governos mundiais estariam escondendo que não apenas não existem alterações climáticas, como o mundo estaria caminhando para outra Era do Gelo. Segundo os doidos de plantão, essa é apenas uma forma dos governantes abaterem o excesso de população do planeta e aumentar seu controle sobre aqueles que ficarem para trás.Inclusive, muitos teóricos da conspiração acreditam que vários países estão envolvidos nessa loucura. Embora uma era glacial seja um fenômeno natural real, não há qualquer evidência de que estamos caminhando para esse lado, sem contar que o planeta está ficando muito mais quente do que parece estar perto de esfriar bizarramente.&nbsp;</body>

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5 teorias da conspiração bizarras sobre fenômenos naturais

Imagem de Como os animais enxergam o mundo, segundo novas câmeras com 92% de precisão no megacurioso

Em novo sistema de câmeras, pesquisadores previram as cores percebidas pelos animais com uma precisão de mais de 92%

Diferente dos seres humanos, a vis&atilde;o dos animais existe nas mais variadas paletas de cores poss&iacute;veis. Isso significa que existem desde aqueles bichos que enxergam no espectro ultravioleta at&eacute; aqueles que veem o mundo somente em tons de cinza. Por&eacute;m, como cada animal percebe as cores de maneira diferente, &eacute; de imenso valor para ecologistas e zo&oacute;logos poder ver o mundo da mesma forma que seus objetos de estudo.
Gra&ccedil;as &agrave;s novas tecnologias de c&acirc;mera e software que est&atilde;o trabalhando justamente para sanar esse problema, os resultados que tem surgido s&atilde;o surpreendentemente lindos. O novo sistema de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126897-como-as-cameras-usadas-em-testes-nucleares-resistiram-as-explosoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">c&acirc;meras</a> permite que a equipe produza v&iacute;deos que espelham com precis&atilde;o o que os animais veriam em seus habitats.
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128637-como-animais-de-diferentes-especies-conseguem-se-comunicar.htm" target="_blank" rel="sponsored">Como animais de diferentes esp&eacute;cies conseguem se comunicar?</a></li>
</ul>
<h2>Tecnologia inovadora</h2>
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Tentativas anteriores de recriar as <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122214-psicologia-das-cores-o-poder-dessas-6-cores-em-suas-emocoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cores</a> vistas pelos animais com um m&eacute;todo chamado espectrofotometria eram demoradas e incapazes de captar imagens em movimento. Este novo sistema de c&acirc;mera &eacute; capaz de gravar v&iacute;deo simultaneamente em quatro espectros de cores: ultravioleta, vermelho, azul e verde.
Ap&oacute;s a grava&ccedil;&atilde;o, os dados s&atilde;o processados em algo que a equipe de pesquisa batizou como "unidades perceptivas", criando um v&iacute;deo preciso de como as cores s&atilde;o percebidas pelos animais. Para que isso funcione, eles utilizam o conhecimento dos fotorreceptores presentes nos olhos de cada esp&eacute;cie diferente.
"H&aacute; muito que somos fascinados pela forma como os animais veem o mundo. As t&eacute;cnicas modernas em ecologia sensorial permitem-nos inferir como as cenas est&aacute;ticas podem parecer para um animal", disse o autor s&ecirc;nior Daniel Hanley em comunicado oficial. Segundo ele, as ferramentas de hardware e software apresentadas para ecologistas e cineastas atualmente podem capturar e exibir cores em movimento da mesma forma que elas s&atilde;o percebidas pelos animais.
<h2>Precis&atilde;o impressionante</h2>
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A equipe de pesquisadores testou esse novo sistema de c&acirc;meras contra os m&eacute;todos tradicionais de espectrofotometria e os n&uacute;meros apresentados foram simplesmente chocantes: a nova tecnologia foi capaz de prever as cores vistas pelos animais com uma precis&atilde;o de 92%. &ldquo;Nosso projeto foi bastante envolvente e tivemos muitas surpresas ao longo do caminho&rdquo;, disse Hanley.&nbsp;
De acordo com o pesquisador, a coisa mais surpreendente do processo todo foi descobrir que at&eacute; mesmo as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127214-as-nuvens-de-netuno-sumiram-mas-para-onde-foram.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nuvens</a> ao redor podem impactar como uma cor &eacute; percebida pelos animais. Essas mudan&ccedil;as n&atilde;o eram anteriormente imaginadas pelos pesquisadores, mas agora se tornam informa&ccedil;&otilde;es not&aacute;veis para serem levadas em considera&ccedil;&atilde;o.
A ferramenta foi constru&iacute;da a partir de c&acirc;meras dispon&iacute;veis comercialmente e est&aacute; alojada em uma caixa modular impressa em 3D. O software que a equipe desenvolveu tamb&eacute;m &eacute; de c&oacute;digo aberto, o que significa que outros pesquisadores poder&atilde;o aproveitar a tecnologia no futuro para continuar a desenvolv&ecirc;-la cada vez mais. &ldquo;Planejamos aplicar o sistema de c&acirc;meras da forma mais ampla poss&iacute;vel. Atualmente, estamos explorando uma s&eacute;rie de aplica&ccedil;&otilde;es desde a hist&oacute;ria natural at&eacute; a conserva&ccedil;&atilde;o&rdquo;, pontuou o autor do estudo.
A esperan&ccedil;a para o futuro &eacute; que, atrav&eacute;s do envolvimento da comunidade de cientistas, esses projetos possam continuar melhorando e observa&ccedil;&otilde;es sejam reunidas em peso sobre as cores da natureza.

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