Imagem de 'Línguas de ouro' são desenterradas com múmias egípcias no megacurioso

De acordo com pesquisadores, as duas novas descobertas simbolizavam a 'carne dos deuses' e elevaram para 16 o número total de línguas de ouro encontradas em Oxirronco, no Egito

<head></head><body>Arqueólogos descobriram duas múmias equipadas com línguas douradas na antiga cidade de Oxirronco, no Egito, elevando para 16 o número total de artefatos do tipo encontrados no local. Durante o período romano (29 a.C. a 641 d.C.), os egípcios colocavam línguas de ouro dentro da boca de algumas múmias para que os falecidos pudessem "falar" na vida após a morte.Segundo a crença dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124828-arqueologos-encontram-trofeus-de-guerra-macabros-no-egito-antigo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antigos egípcios</a>, o ouro era conhecido por ser a "carne dos deuses", dando aos falecidos a capacidade de falar com Osíris no submundo. Em 2021, três línguas de ouro foram descobertas pelos mesmos pesquisadores na cidade. As múmias foram encontradas em duas tumbas do período romano que continham múmias adicionais, junto com papiros com escrita grega e selos de lama com iconografia egípcia.<h2>Revelando um passado distante</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/12/12165408508326.jpg" alt="(Fonte: Ministério Egípcio de Turismo e Antiguidades/Divulgação)">(Fonte: Ministério Egípcio de Turismo e Antiguidades/Divulgação)A incrível descoberta foi anunciada pelo Ministério Egípcio do Turismo e Antiguidades em suas páginas nas redes sociais, afirmando que os túmulos onde as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128180-mumias-infantis-de-1-mil-anos-sao-desenterradas-no-peru.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">múmias</a> foram encontradas estavam localizados perto da atual Al Bahnasa. Os dois cadáveres em questão foram descobertos ao lado de pelo menos 18 outros corpos mumificados em duas tumbas de calcário.As câmaras dentro dos túmulos de calcário também continham várias páginas de papiro cheias de escrita grega e os selos de lama com iconografia egípcia. A identidade das duas múmias é desconhecida pelos pesquisadores, mas fica evidente que se trata de cidadãos ricos e importantes dada a natureza do seu enterro e de suas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120608-mumias-com-linguas-de-ouro-de-2500-anos-sao-encontradas-no-egito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">línguas douradas</a>.“O povo egípcio depositou as línguas de ouro para restaurar funções vitais aos mortos e também para que o corpo permanecesse intacto na vida após a morte. Para os egípcios, o ouro era a carne dos deuses”, disseram Esther Pons Mellado e Maite Mascort, codiretoras da missão arqueológica em Oxirronco.<h2>Importância histórica</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/12/12165435484327.jpg" alt="(Fonte: Ministério Egípcio de Turismo e Antiguidades/Divulgação)">(Fonte: Ministério Egípcio de Turismo e Antiguidades/Divulgação)Oxirronco é um local representativo do período greco-romano do Egito, como evidenciado pelos vários objetos que retratam a iconografia egípcia e grega. Este período começou depois que Alexandre, o Grande, conquistou o país em 332 a.C., tendo arrancado o controle da terra dos persas. O Egito permaneceu parte do Império Romano Oriental por quase 1 mil anos, até ser conquistado pelas forças árabes por volta de 641 d.C.O sítio arqueológico de Oxirronco oferece muitas pistas sobre como era a vida durante esse período, mostrando uma confluência de culturas numa época de grandes mudanças na história. Parece também que o local tem muito mais segredos a oferecer. A missão arqueológica na região descobriu inúmeras relíquias antigas, incluindo múmias adicionais com línguas de ouro em 2021.Na época dessa descoberta, os pesquisadores também encontraram mais de 400 figuras funerárias representando o deus egípcio Hórus. Da forma como a operação está sendo conduzida, futuras escavações no local prometem revelar uma riqueza de informações impressionando sobre o mundo antigo.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:24.572Z

'Línguas de ouro' são desenterradas com múmias egípcias

Imagem de Projétil achado na Espanha pode ser de batalha entre Júlio César e filhos de Pompeu no megacurioso

A descoberta da bala de chumbo apoia a ideia de que a famosa Batalha de Munda, entre Júlio César e os filhos de Pompeu, foi travada perto de Montilla, na Espanha

<head></head><body>Em 2019, um agricultor na zona rural de Montilla, no sul da Espanha, descobriu uma antiga bala de chumbo com a inscrição "CAES" — uma forma abreviada do nome de Caio Júlio César, o grande general e estadista romano. O artefato foi entregue a pesquisadores da Universidade Autônoma de Madrid, do Museu Arqueológico de Cabra e do Museu Histórico de Baena para estudos posteriores.Além do nome abreviado de Júlio César, o objeto também trazia inscrita a palavra "IPSCA", referindo-se a uma antiga cidade ibero-romana. De acordo com os pesquisadores, essas inscrições oferecem provas convincentes de que uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121826-5-grandes-batalhas-que-mudaram-a-historia-da-humanidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">batalha</a> histórica influente aconteceu na região. A mais provável entre elas seria a Batalha de Munda, a campanha história das forças de Júlio César contra Pompeu.<h2>Lembrança histórica</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Universidade de Salamanca/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://allthatsinteresting.com/wordpress/wp-content/uploads/2024/01/julius-caesar-lead-bullet-768x409.jpeg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/11/11171027574324.jpg" alt="(Fonte: Universidade de Salamanca/Divulgação)">(Fonte: Universidade de Salamanca/Divulgação)Segundo especialistas, as inscrições em projéteis de estilingue começaram na Grécia no século V a.C., sendo uma prática que continuo sendo exercida na época de dominação romana. Geralmente, os projéteis eram inscritos com o nome do fabricante, do comandante militar, da legião ou do local de sua implantação. Neste caso, ambas as inscrições "IPSCA" e "CAES" criam uma conexão com <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122605-como-o-ditador-romano-julio-cesar-foi-assassinado-pelo-senado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Júlio César</a>.Em 45 a.C., as forças de César puseram fim à guerra civil em curso, culminando na Batalha de Munda, na qual seu exército travou um conflito decisivo contra os filhos de Pompeu. A localização real desta batalha tem sido calorosamente debatida ao longo dos anos, mas a região da grande Montilla tem sido cada vez mais apontada como a arena da disputa.A descoberta desta bala de chumbo com inscrições acrescenta peso a esta afirmação, mostrando que as forças de Júlio César tinham de fato travado uma batalha ali e que Ipsca tinha se aliado ao exército do estadista contra Cneu e seu filho Sexto Pompeu.&nbsp;<h2>A Batalha de Munda</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/11/11171158373325.png" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)A Batalha de Munda marcou um ponto de virada importante na história de Roma, uma vez que Cneu e Sexto Pompeu representaram uma revolução potencialmente imponente contra o governo cada vez mais difundido de Júlio César. Nesse conflito, os pompeianos assumiram uma posição elevada, adquirindo vantagem no conflito que seguiria. César, contudo, conseguiu atraí-los para o meio da batalha.O considerado primeiro <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119808-imperio-romano-so-1-a-cada-4-imperadores-morreram-de-causas-naturais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">imperador</a> de Roma juntou-se então à escaramuça, inspirando sua 10ª Legião. Enquanto isso, Cneu tentou mudar taticamente suas tropas para repelir um ataque da cavalaria romana. Para sua infelicidade, isso foi mal interpretado pelas outras tropas, que acreditaram ser um sinal para recuar — abrindo espaço para que as forças de César rompessem a formação.Em geral, a batalha foi bastante polêmica, uma vez que nem César, nem Pompeu queriam ir para a guerra. A filha do imperador, inclusive, foi casada com Pompeu por muitos anos até ela morrer em 54 a.C. Nos anos que se seguiram, Pompeu ficou com ciúmes de Júlio César e de seu podem em expansão, aliando-se à nobreza para se opor ao tirano. A bala de chumbo com o nome de César serve como peça-chave no quebra-cabeça da história romana, apoiando detalhes anteriormente debatidos e desconhecidos na longa e célebre vida de um dos maiores nomes do Império Romano.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:24.561Z

Projétil achado na Espanha pode ser de batalha entre Júlio César e filhos de Pompeu

Imagem de Pesquisa usa isótopos para achar onde escravizados nasceram no megacurioso

Nos Estados Unidos, membros da comunidade negra da Carolina do Sul estão se unindo a cientistas para produzir um novo estudo sobre o comércio transatlântico de escravos

<head></head><body>Enquanto cavavam uma trincheira para a renovação de um centro local de artes cênicas em 2013, trabalhadores da construção civil na Carolina do Sul, nos Estados Unidos, surpreendentemente encontraram ossos humanos. Após a avaliação feita por legistas, foi descoberto que os restos mortais eram provenientes de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121753-os-6-cemiterios-mais-deslumbrantes-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cemitério</a> do final do século XVIII.Contudo, a localização da escavação — juntamente das moedas, cerâmicas e contas que foram enterradas com os corpos — sugeria que os restos mortais eram de africanos escravizados. Durante anos após a descoberta inicial, cientistas e líderes comunitários passaram a trabalhar em conjunto para identificar as pessoas que ocuparam as sepulturas.<h2>Estudando o terreno</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Gavin McIntyre/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://th-thumbnailer.cdn-si-edu.com/KPGDMIMT6NXt5L5XHjDKby8PyQ0=/fit-in/1072x0/filters:focal(2478x1829:2479x1830)/https://tf-cmsv2-smithsonianmag-media.s3.amazonaws.com/filer_public/38/fb/38fbd1f9-86c3-4347-a894-4a3f817bf9a4/janfeb2024_m05_ancestorsisotope.jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/08/08150834101238.jpg" alt="(Fonte: Gavin McIntyre/Divulgação)">(Fonte: Gavin McIntyre/Divulgação)Para solucionar os casos, a cidade recrutou o antropólogo cultural e diretor de uma organização sem fins lucrativos Ade Offuniyin para conduzir as pesquisas. Porém, após sua morte inesperada em 2020, um grupo chamado Anson Street African Burial Ground assumiu o comando. Esse trabalho incluiu a busca de permissão da comunidade afro-americana da cidade de Charleston para extrair amostras de DNA dos restos mortais dos 36 "ancestrais" encontrados na região.Com o consentimento da comunidade, as amostras foram analisadas e os resultados lançaram alguma luz sobre a origem desses indivíduos. Muitos deles vieram da África Centro-Ocidental, da África Ocidental ou da África Subsaariana. Descobriu-se também que um dos ancestrais tinha herança mista da África Ocidental e dos nativos americanos.Porém, somente as amostras de DNA não eram suficientes. Para rastrear as origens com mais precisão, os pesquisadores passaram a usar uma ferramenta chamada mapeamento isotópico — que usa as variações de nêutrons de um elemento para determinar de onde ele veio.&nbsp;<h2>Mapeando o passado</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/08/08151004497240.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Os cientistas analisaram concentrações de isótopos de estrôncio em dentes recuperados do cemitério de Charleston, bem como outros cemitérios africanos no Brasil, México e São Martinho, para obter novas informações. Num estudo publicado em junho de 2023, eles identificaram as regiões específicas de onde provavelmente os restos mortais teriam origem.Para o futuro, os pesquisadores pretendem usar uma variedade ainda maior de isótopos para obter mais informações, como os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127361-nova-forma-rara-de-oxigenio-desafia-cientistas-e-a-fisica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">isótopos de oxigênio</a> — que poderiam dizer se esses indivíduos viviam em regiões quentes e secas ou tropicais e úmidas. Com o tempo, estas descobertas ajudarão a formar uma imagem mais completa de todo o comércio transatlântico de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122417-a-escravidao-ainda-existe-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escravos</a>, uma vez que os investigadores debatem há muito tempo até que ponto o comércio penetrou o interior do continente americano.Em breve, os novos estudos devem ser capazes de emparelhar dados isotópicos com outras informações, como registros de embarque, para traçar o caminho provável de uma pessoa desde o interior africano até um porto no Atlântico e depois até destinos nas Américas. Em Charleston, por sua vez, um artista criará moldes de bronze das mãos dos 36 ancestrais encontrados como forma de homenageá-los. Essas mãos ficarão sobre uma fonte cuja bacia incorporará o solo de outros cemitérios afro-americanos próximos.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:24.541Z

Pesquisa usa isótopos para achar onde escravizados nasceram

Imagem de Combustível para aviões feito de fezes humanas pode revolucionar segmento no megacurioso

Descubra como uma empresa britânica está transformando dejetos humanos em combustível de aviação inovador

<head></head><body>A aviação, responsável por aproximadamente 2% das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124062-como-paises-estao-trabalhando-para-limitar-emissoes-de-carbono.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">emissões globais de carbono</a>, enfrenta a necessidade urgente de encontrar alternativas mais ecológicas para seus combustíveis. Em meio à busca por alternativas mais sustentáveis, a empresa britânica Firefly Green Fuels encontrou uma solução inusitada: um combustível de aviação feito exclusivamente de fezes humanas.<h2>Transformação de dejetos em combustível</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/04/04101919343072.jpg" alt="James Hygate, CEO da Firefly Green Fuels. (Fonte: Firefly Green Fuels / Reprodução)">James Hygate, CEO da Firefly Green Fuels. (Fonte: Firefly Green Fuels / Reprodução)James Hygate, CEO da Firefly Green Fuels, iniciou sua jornada há duas décadas, transformando óleo de canola em biodiesel para veículos. Agora, sua equipe, em colaboração com o químico português Sérgio Lima, desenvolveu um processo que converte fezes humanas em um "bio-bruto," com características semelhantes ao petróleo bruto.Essa abordagem inovadora tem o potencial de revolucionar a indústria, uma vez que o bioquerosene resultante possui uma pegada de carbono 90% menor do que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121369-7-possiveis-combustiveis-alternativos-a-gasolina-nos-automoveis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">combustíveis</a> convencionais. Apesar de envolver energia na produção, a Firefly Green Fuels destaca que o ciclo de vida do combustível ainda representa uma economia significativa em comparação com os métodos tradicionais.<h2>Desafios e oportunidades na descarbonização da aviação</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/04/04102628544074.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Com o tráfego aéreo contribuindo para as <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122626-o-que-acontece-se-for-acionada-a-declaracao-de-emergencia-climatica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudanças climáticas</a>, a necessidade de reduzir as emissões no setor é evidente. Aviões elétricos e outras tecnologias inovadoras estão sendo desenvolvidos, mas a implementação em larga escala ainda levará anos. O combustível de fezes da Firefly surge como uma alternativa promissora, embora desafios como a escala de produção e a aceitação global ainda precisem ser superados.James Hygate destaca a relevância desse combustível sustentável para atender às metas legais de 10% de combustível de aviação sustentável. Apesar de parecer uma fração, a capacidade de produzir biocombustível a partir dos resíduos humanos pode ser uma peça-chave na busca por soluções ecológicas em larga escala.<h2>Os resultados e o caminho à frente</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/04/04102324849073.png" alt="Os dejetos são tratados quimicamente e transformados em querosene. (Fonte: BBC / Reprodução)">Os dejetos são tratados quimicamente e transformados em querosene. (Fonte: BBC / Reprodução)Os resultados dos testes independentes demonstram que o combustível derivado de fezes possui composição química quase idêntica ao querosene de aviação convencional. A Firefly Green Fuels está agora empenhada em realizar mais testes em parceria com instituições renomadas, buscando validar ainda mais a eficácia e a sustentabilidade do bioquerosene.Apesar das limitações atuais na produção em larga escala, a empresa está angariando fundos para construir uma fábrica no Reino Unido, reconhecendo o potencial global dessa inovação. James Hygate enfatiza que as oportunidades são vastas, especialmente em cidades populosas, e a quantidade de combustível que pode ser gerada a partir dos dejetos humanos é significativa.O desenvolvimento de um combustível de aviação a partir de fezes humanas representa um passo ousado em direção à descarbonização do setor aéreo. Embora desafios persistam, a Firefly Green Fuels está liderando uma "corrida ao ouro" global por alternativas mais sustentáveis.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:24.507Z

Combustível para aviões feito de fezes humanas pode revolucionar segmento

Imagem de 'Nuvens arco-íris' coloriram os céus do Ártico por 3 dias no megacurioso

Nuvens estratosféricas polares brilharam no céu do Círculo Polar Ártico, fazendo um espetáculo de cores vibrantes.

<head></head><body>No <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128366-como-o-nariz-das-focas-se-adaptou-para-enfrentar-o-frio-extremo-do-artico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">frio intenso do Ártico</a> um espetáculo raro de nuvens estratosféricas polares (PCSs, na sigla em inglês) transformou os céus em uma explosão de cores, iluminando a região por três dias consecutivos, entre 18 e 20 de dezembro. Conhecidas como 'nuvens nacaradas', essas maravilhas celestiais, que parecem saídas de um sonho ou de um filme, surgiram devido a uma onda de frio incomum na atmosfera superior.As nuvens, feitas de minúsculos cristais de gelo que refratam a luz solar, criaram um arco-íris deslumbrante que se estendeu pelos céus da Noruega, Suécia, Finlândia, Alasca e o sul da Escócia. O fenômeno, capturado pelas lentes talentosas da fotógrafa norueguesa Ramune Šapailaite, revelou uma paleta de cores iridescentes (coloridas, como um arco-íris), proporcionando um evento espetacular.<h2 style="text-align: justify;">Nuvens brilhantes</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/01/01203831985002.jpg" alt="Céu no Círculo Polar Ártico ficou extremamente brilhante no final de dezembro. (Fonte: Ramune Šapailaite - Facebook/ Divulgação)">Céu no Círculo Polar Ártico ficou extremamente brilhante no final de dezembro. (Fonte: Ramune Šapailaite - Facebook/ Divulgação)As nuvens nacaradas são uma raridade, formando-se entre 15 e 25 quilômetros acima da superfície terrestre. Em climas extremamente frios, pequenos cristais de gelo se agrupam, dispersando a luz solar e criando essas maravilhas cintilantes. Para a formação desse fenômeno, a temperatura tem de estar extremamente baixa, algo próximo a -85 °C. &nbsp;Ramune Šapailaite, que testemunhou e fotografou o fenômeno sobre Gran, no sul da Noruega, descreveu as cores como "espetaculares", enfatizando que a explosão de tons acontecia especialmente nos momentos que antecediam o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121799-por-que-o-ceu-fica-colorido-no-por-do-sol.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pôr do sol</a>.&nbsp;Os especialistas dizem que as nuvens nacaradas que brilharam nos céus do Ártico são classificadas como sendo do Tipo II. Essas nuvens, do Tipo II, são compostas por cristais de gelo puros, resultando em cores mais vibrantes do que as nuvens do Tipo I, que são perigosas e podem afetar a camada de ozônio.<h2 style="text-align: justify;">El Niño e Mudanças Climáticas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/01/01204223375003.jpg" alt="Nuvens estratosféricas polares são extremamente coloridas e fazem um belo espetáculo. (Fonte: Ramune Šapailaite - Facebook/ Divulgação)">Nuvens estratosféricas polares são extremamente coloridas e fazem um belo espetáculo. (Fonte: Ramune Šapailaite - Facebook/ Divulgação)A formação excepcional dessas nuvens está intrinsecamente ligada a condições climáticas específicas. A estratosfera seca normalmente não permite a formação de nuvens, mas em temperaturas extremamente baixas, o Ártico se transforma em um palco para esse espetáculo raro.&nbsp;De acordo com os especialistas, a recente onda de frio que desencadeou a aparição precoce das nuvens nacaradas possivelmente teve influência do já conhecido <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128160-el-nino-causa-aumento-do-preco-de-acucar-no-mundo-todo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">El Niño</a>. Contudo, eles apontam também para a influência de outro agente: a mudança climática gerada pelo homem.&nbsp;Normalmente, as nuvens estratosféricas polares costumam ocorrer em raros dias no inverno, tendo o início das aparições ocorrendo no mês de janeiro. No entanto, os cientistas acreditam que como esse fenômeno aconteceu antes do previsto e por três dias seguidos, deve ser um sinal de que haverá mais eventos magníficos como esse durante o ano.&nbsp;A beleza efêmera dessas nuvens adiciona uma dose extra de magia à temporada, já que o Ártico é um ponto turístico importante para aqueles que querem ver de perto o fenômeno da aurora boreal. &nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:24.495Z

'Nuvens arco-íris' coloriram os céus do Ártico por 3 dias

Imagem de Carruagem achada em Pompeia está incrivelmente bem preservada no megacurioso

A descoberta da carruagem quase intacta foi considerada pelo Ministério da Cultura como um achado único até agora sem precedentes na Itália

<head></head><body>Considerada <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128321-ruinas-de-antiga-padaria-prisao-sao-encontradas-em-pompeia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um dos maiores achados nas ruínas de Pompeia</a>, uma grande carruagem cerimonial de quatro rodas foi retirada quase intacta de escavações da vila suburbana chamada Civita Giuliana. Massimo Osanna, na época diretor do Parque Arqueológico de Pompeia, afirmou à Reuters: “Esta é uma descoberta extraordinária que avança a nossa compreensão do mundo antigo”.O veículo tinha incrivelmente bem preservados “os seus componentes de ferro, belas decorações em bronze e estanho, restos de madeira mineralizada e impressões de materiais orgânicos”, segundo o site do parque. A carruagem chama a atenção por não ser um simples meio de transporte, mas sim um "pilentum", veículo usado em cerimônias, procissões e festivais.&nbsp;Outro fato notável foi que a carruagem recuperada quase dois mil anos após a erupção do monte Vesúvio foi "milagrosamente poupada" tanto do desabamento das paredes e do teto da sala onde se encontrava, como da ação ilegal de saqueadores que atuavam na região, até que um Memorando de Entendimento assinado em 2019 coibiu essas atividades ilegais.&nbsp;<h2>Como é a carruagem de Pompeia?</h2><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/0uO-1f0gw_U" title="Il Carro da parata di Civita Giuliana. L’ultima scoperta di Pompei" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>A carruagem foi achada dentro de um pórtico de dois níveis que dava para um pátio descoberto, próximo a um estábulo investigado anteriormente, no qual foram encontrados os restos bem preservados de três cavalos, um deles ainda selado.&nbsp;A manutenção das dimensões originais do veículo deve-se em parte <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127193-vitimas-do-vesuvio-morreram-asfixiadas-segundo-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">à camada de cinerite (cinzas vulcânicas) na qual foi sepultado</a>.Sobre as altas rodas de ferro, "conectadas por um sistema mecânico avançado", diz o site do parque arqueológico, assenta a leve carruagem propriamente dita (de 0,90 m por 1,4 m), com um assento rodeado por braços e encostos metálicos e capacidade para um ou dois passageiros.A rica decoração é feita por chapas de bronze gravadas e painéis de madeira pintados de vermelho e preto. Na parte traseira, há um sistema decorativo composto por uma sucessão de medalhões também de bronze, com cenas representando figuras masculinas e femininas em relevo, apresentadas em cenas eróticas.&nbsp;<h2>A restauração da carruagem</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/11/11211043241000.jpeg" alt="(Fonte: Parque Arqueológico de Pompeia)">(Fonte: Parque Arqueológico de Pompeia)A carruagem cerimonial de Civita Juliana <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124053-casa-dos-vettii-conheca-a-casa-erotica-de-pompeia-reaberta-apos-20-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">foi completamente restaurada e apresentada ao público</a> de 4 de maio a 30 de julho de 2023, na exposição "O instante e a eternidade entre nós e os antigos", realizada no Museu Nacional Romano, próximo às Termas de Diocleciano em Roma.&nbsp;Desde o momento em que foi identificada, a escavação da carruagem envolveu uma complexa operação, não só pela fragilidade dos materiais envolvidos, como também pelas difíceis condições de trabalho no local. Por isso, além da ampla, foi também realizada uma microescavação realizada pelos restauradores do Parque, especialistas no tratamento de madeiras e metais.&nbsp;Sempre que um vazio era identificado, era logo preenchido como gesso, para preservar a marca do material orgânico que não estava mais ali. Com isso, foram preservados o eixo e a plataforma principal da carruagem.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:24.480Z

Carruagem achada em Pompeia está incrivelmente bem preservada

Imagem de Giganto: o que causou a extinção do maior macaco do mundo? no megacurioso

Segundo novo estudo, os enormes primatas foram incapazes de mudar sua dieta para acompanhar as mudanças climáticas e perderam nutrientes importantes

<head></head><body>Com quase 3 metros de altura e pesando até 300 kg, os maiores <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116332-primatas-com-cerebros-maiores-nao-sao-mais-inteligentes-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">grandes símios</a> que já existiram na Terra eram chamados de Gigantopithecus blacki, ou "gigantos". Essas incríveis criaturas vagaram pela China moderna por quase 2 milhões de anos. Porém, apesar da sua longa existência e de décadas de pesquisas por paleontólogos, o registro fóssil completo dos animais consiste em apenas quatro maxilares e cerca de 2 mil dentes isolados.Agora, investigadores dizem que as <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128284-7-doencas-que-podem-aumentar-devido-as-mudancas-climaticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudanças climáticas</a> pré-históricas podem ter levado à extinção da espécie, de acordo com um artigo publicado na revista Nature. Os enormes macacos, ao que parece, não conseguiram ajustar as suas dietas para acompanhar o ritmo das mudanças ambientais.&nbsp;<h2>Alimentação dos gigantos</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Southern Cross University/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://th-thumbnailer.cdn-si-edu.com/LfPg5vyeTiuznyZp1Cjf-TF9jsY=/1000x750/filters:no_upscale():focal(1440x933:1441x934)/https://tf-cmsv2-smithsonianmag-media.s3.amazonaws.com/filer_public/fe/11/fe11489c-890c-4f3a-bdf3-cc0eff2913c5/the-extinction-of-the.jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/12/12181519697396.jpg" alt="(Fonte: Southern Cross University/Divulgação)">(Fonte: Southern Cross University/Divulgação)Em entrevista à Associated Press, o pesquisador da Southern Cross University da Austrália e coautor do estudo, Renaud Joannes-Boyau, destacou que os gigantos eram tão grandes que não conseguiam subir em árvores para explorar novas fontes de alimento quando as mudanças climáticas passaram a deixar os recursos mais escassos.Embora esses <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125679-por-que-nem-todo-macaco-nao-se-transformou-em-humano-na-evolucao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">macacos</a> provavelmente se parecessem com os orangotangos modernos e menores, eles eram comedores mais exigentes que os primatas de hoje em dia. Essa espécie provavelmente apreciava frutos e flores do seu habitat tropical. Porém, caso estes não estivessem disponíveis, eles poderiam ter recorrido a partes de árvores com baixo valor nutricional.Para chegar a essa conclusão, os investigadores examinaram alguns dos restos mortais de giganto que foram desenterrados em cavernas no sul da China, entre o rio Yangtz e o Mar do Sul da China. Eles utilizaram um conjunto completo de técnicas para datar dentes preservados e sedimentos das cavernas, o que reduziu a janela de extinção dos primatas para cerca de 215 mil a 295 mil anos atrás.<h2>Dificuldades de adaptação</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/12/12181615575398.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Para obter mais dados, os pesquisadores também analisaram pólen e sedimentos perto dos locais das descobertas de fósseis da espécie, encontrando indicações de que uma mudança ambiental ocorreu nessa altura. À medida que estações chuvosas e secas mais extremas levaram florestas anteriormente densas a ficarem intercaladas com áreas relvadas, os gigantos encontraram dificuldade para sobreviver.“A cobertura florestal ainda era bastante elevada quando o giganto foi extinto, por isso não foi apenas uma deterioração da floresta”, disse a coautora do estudo Kira Westaway, da Universidade Macquaria na Austrália. Segundo ela, enquanto outras espécies de macacos da região ajustavam as suas dietas e comportamento, os gigantos permaneceram no chão em vez de subir em busca de novas refeições.“Durante o período de extinção, vemos muito mais arranhões e marcas nos dentes, mostrando que ele comia mais alimentos fibrosos, como cascas e galhos”, afirmou Westaway à Scientific American. Outros cientistas alertam que o novo estudo pode não fornecer a história completa desses símios gigantes, embora as evidências sejam convincentes.De toda forma, ao construir uma visão robusta do habitat, comportamento e linha do tempo dos gigantos, os investigadores esperam fornecer mais informações sobre os eventos de extinção que ocorrem no mundo moderno — especialmente pelo fato da atividade humana estar potencialmente empurrando o planeta para uma sexta extinção em massa.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:24.443Z

Giganto: o que causou a extinção do maior macaco do mundo?

Imagem de Antigas cidades de 2.500 anos são encontradas na Amazônia no megacurioso

Antigas cidades foram descobertas em região que hoje corresponde ao Equador

<head></head><body>Composta por uma floresta diversificada e com árvores de grande dimensão, a Amazônia esconde hoje áreas que, no passado, deram vida a cidades, derrubando a teoria que essa região teria sido pouco habitada. É o que atesta uma pesquisa conduzida ao longo de anos que foi publicada na revista Science neste mês de janeiro.Muitos anos atrás, na década de 1970, o arqueólogo Stéphen Rostain havia encontrado evidências de antigas estradas e montes de terra em áreas situadas no interior da floresta, no Equador. E graças a mapeamentos realizados com uma tecnologia que utiliza sensor a laser, acoplado a um avião que explorou uma grande região, foi possível revelar o que estava oculto sob as árvores.A partir desse trabalho, pesquisadores descobriram que esses locais, no passado, deram vida a cidades de grande dimensão e com uma estrutura bastante complexa.<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/15/15003452595025.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Descobrindo cidades ocultas sob a floresta amazônica</h2>Cinco grandes assentamentos foram identificados no interior da floresta <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124341-5-fatos-completamente-surpreendentes-sobre-o-rio-amazonas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">amazônica</a>, com tamanho estimado de 300 quilômetros quadrados. No centro deles, foi localizada uma praça. Essas antigas cidades evidenciam que, no passado, as civilizações que ocuparam essa área não eram nômades, mas viviam em cidades com campos agrícolas e muito bem estruturadas.Diversos cultivos estariam presentes, como mandioca, milho, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128522-antes-ou-depois-do-congelamento-quando-o-feijao-deve-ser-temperado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">feijão</a> e batata-doce — algo que já havia sido considerado a partir de escavações realizadas anteriormente na região. Outros dez assentamentos menores ainda foram localizados. Construções em madeiras totalizam mais de 6 mil plataformas de terra, com 2 metros de altura, em média. A maior delas teria 5 metros, e os estudiosos acreditam que seriam de construções destinadas a fins cerimoniais.Estradas de grande dimensão, com 10 metros de largura e até 20 quilômetros de extensão também foram encontradas, usadas para ligar áreas residenciais a outras. Considerando o relevo mais elevado em determinadas áreas, pesquisadores se surpreenderam com o trabalho realizado para deixar as estradas planas.<img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/15/15003713317026.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Em que período essas cidades foram povoadas?</h2>Estudos futuros ainda poderão confirmar se a maior dessas estradas tem continuação, e mesmo se há vestígios de outras estruturas presentes. Calçadas com valas em seus dois lados também foram construídas, possivelmente utilizadas como canais, para o transporte de água, bastante abundante nessa região do planeta.Acredita-se que essas cidades tenham sido ocupadas entre 600 a.C. e 500 d.C. — ou seja, elas seriam pertencentes a civilizações anteriores às existentes em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118367-machu-picchu-5-fatos-incriveis-sobre-a-cidade-peruana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Machu Picchu</a> e ainda mais antigas que as existentes durante o famoso Império Romano. Esses povos teriam habitado essas cidades por volta de mil anos, acreditam os pesquisadores.Especula-se ainda que um antigo vulcão tenha exercido um papel importante no desenvolvimento dessas localidades, uma vez que contribuiu com a oferta de solos mais férteis. No entanto, ele também pode ter destruído esses povos, já que há cinzas vulcânicas espalhadas, e o motivo do desaparecimento das sociedades permanece desconhecido.Dado o conjunto das evidências encontradas, apesar de ser difícil apontar um número preciso, acredita-se que pelo menos 10 mil pessoas viviam nessas antigas cidades amazônicas. E como não sabemos muito sobre esses povos e seus costumes, já podemos dizer que essa descoberta representa o início de um novo capítulo da América do Sul a ser explorado.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:24.422Z

Antigas cidades de 2.500 anos são encontradas na Amazônia

Imagem de 'Superestrutura' crescendo desde a época dos dinossauros é encontrada na Melanésia no megacurioso

O enorme planalto vem crescendo no Pacífico há 120 milhões de anos e possui uma história bastante complicada

<head></head><body>Um planalto submarino gigantesco no Oceano Pacífico começou a se formar com erupções vulcânicas durante o período Cretáceo — entre 145 e 66 milhões de anos atrás — e está crescendo até hoje. O Planalto Fronteiriço da Melanésia, como é chamado, está localizado a leste das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128181-rato-gigante-e-filmado-quebrando-cocos-nas-ilhas-salomao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ilhas Salomão</a> e formou-se através de quatro pulsos separados de vulcanismo.As informações foram publicadas na revista Earth and Planetary Science Letters, em 2023. A linha do tempo do surgimento dessa estrutura geológica é importante porque as estruturas vulcânicas gigantescas sob o oceano são muitas vezes mal compreendidas, afirmou o líder do estudo Kevin Konrad, da Universidade de Nevada, em declaração oficial.<h2>Estudando a formação</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/11/11192101594376.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Em alguns casos, essas estruturas formam-se numa única inundação de magma, como as grandes províncias ígneas. Estes enormes e duradouros eventos vulcânicos são tão dramáticos que muitas vezes alteram o clima, além de serem associados às extinções em massa. Porém, em outras situações, formações que parecem iguais a grandes províncias ígneas são, na verdade, construídas por grandes períodos e sem muitas ameaças."Às vezes, quando amostramos essas características em detalhes, percebemos que elas são, na verdade, construídas ao longo de múltiplos pulsos ao longo de dezenas de milhões de anos e não teriam impactos ambientais significativos", disse Konrad em entrevista ao site WordsSideKick.com. O pesquisador e seus colaboradores tiveram a oportunidade de observar detalhadamente o planalto fronteiriço da Melanésia em 2013, em uma missão que durou cinco semanas.Eles usaram uma grande engenhoca de corrente para analisar as rochas das encostas das montanhas submarinas e dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119674-como-os-vulcoes-sao-formados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vulcões</a> que compõem o planalto. Ao estudar a identidade e a química dessas rochas, eles descobriram que o planalto provavelmente começou a se formar há 120 milhões de anos.Uma parte subjacente dele, conhecida como Robbie Ridge, provavelmente se formou durante uma enorme inundação de lava basáltica. Isso criou um grande planalto submarino que provavelmente não ultrapassava o nível do mar.<h2>Evolução da região</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/11/11192126788377.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Nos primeiros estágios da formação, há 45 milhões de anos, aquele pedaço do Pacífico passou por um ponto crítico no manto, apresentando plumas de material aquecido que sobem e causam a formação de vulcões no meio das placas tectônicas. Um exemplo desse tipo de fenômeno é o Havaí, que é formado por cadeia de ilhas desse tipo.Nessa região do mundo, no entanto, as ilhas sofreram bastante erosão. Contudo, há 13 milhões de anos, o monte submarino passou por outro ponto crítico no manto que ajudou na formação das Ilhas Samoa. “Todos esses mesmos condutos pelos quais o magma costumava passar há 45 milhões de anos, agora são pontos fracos preexistentes pelos quais o magma pode começar a se mover há 13 milhões de anos”, constatou Konrad.De acordo com o pesquisador, existem muitos pontos críticos no <a href="https://www.megacurioso.com.br/biologia/101030-povos-do-pacifico-tem-resquicios-de-especie-desconhecida-no-dna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pacífico Sul</a> e por isso é provável que outros montes submarinos tenham sido construídos ao longo do tempo de maneiras igualmente complicadas. A organização sem fins lucrativos Ocean Exploration Trust e a Administração Oceanográfica e Atmosférica Nacional (NOAA), dos Estados Unidos, estão averiguando de perto essas formações.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:24.409Z

'Superestrutura' crescendo desde a época dos dinossauros é encontrada na Melanésia

Imagem de Novo polímero pode ser a solução para combater a resistência das superbactérias no megacurioso

Pesquisa liderada pela Texas A&M University pode ser a solução para evitar o surgimento de novas superbactérias

<head></head><body>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122007-como-a-penicilina-foi-descoberta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">penicilina</a> foi uma das descobertas mais importantes do século XX. Ela nos permitiu tratar, de maneira rápida e eficaz, certos tipos de doenças que antes levavam à morte em poucos dias. Infelizmente, ela também foi responsável por criar um novo problema: as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127528-superbacterias-como-evitar-a-resistencia-aos-antibioticos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">superbactérias</a>.Conforme a humanidade foi fazendo cada vez mais uso de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128499-zosurabalpina-o-novo-antibiotico-que-pode-ser-super-heroi-contra-superbacterias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antibióticos</a>, mais bactérias resistentes começaram a surgir. Isso fez com que uma luta sem fim tivesse início, e a cada novo medicamento, maiores as chances de bactérias mais resistentes aparecerem. Mas um novo medicamento pode finalmente acabar de vez com esse problema.<h2>Polímeros bactericidas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/05/05151955224257.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)A resistência bacteriana a antibióticos é uma ameaça global à saúde humana, como a própria OMS reconhece. Com bactérias se tornando cada vez mais adeptas a contornar os medicamentos existentes, pesquisadores da Texas A&amp;M University estão trabalhando há alguns anos no desenvolvimento uma nova classe de polímeros antibacterianos.Esses polímeros oferecem uma abordagem diferente em relação aos antibióticos mais tradicionais. Eles atacam as membranas externas das bactérias de maneira que elas não consigam desenvolver resistência. Em um estudo recente, a equipe aprimorou esses polímeros, tornando-os mais personalizáveis para combater superbactérias de maneira ainda mais eficaz.A chave para essa inovação é o catalisador AquaMet, que lida com altas concentrações de cargas e é solúvel em água. A carga positiva dos polímeros atrai as bactérias, permitindo que a ligação ocorra com mais precisão.&nbsp;Em testes de laboratório, os novos polímeros mostraram eficácia contra gram-positivas, como o Staphylococcus aureus — que pode causar sepse —, que é resistente à meticilina (MRSA), e gram-negativas, como a E. coli. Essa ampla ação sugere que esses polímeros podem ser uma solução abrangente para várias superbactérias. Importante destacar que esses medicamentos também se mostraram eficazes em concentrações baixas.<h2>Mais alguns testes</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/01/09/09140954377228.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Embora os primeiros resultados sejam bastante positivos, ainda existem alguns desafios para a equipe superar. O principal deles está relacionado com a seletividade dos polímeros em relação às células humanas.A solução para esse problema está justamente na personalização precisa desses polímeros, permitida pelo método de fabricação, que foi desenvolvido com a uma equipe multidisciplinar. Na teoria, esse polímero pode ser desenvolvido de modo a ser mais seletivo com relação ao que irá “atacar”.“Um problema comum com polímeros antibacterianos é a falta de seletividade entre bactérias e células humanas quando atingem a membrana celular”, explicou Quentin Michaudel, professor assistente no Departamento de Química da Texas A&amp;M e líder da pesquisa. “A chave é encontrar um equilíbrio certo entre inibir eficazmente o crescimento de bactérias e matar vários tipos de células indiscriminadamente”.Atualmente o projeto ainda está em fase laboratorial. Porém, caso apresente resultados satisfatórios com relação à seletividade, a equipe espera poder partir em breve para testes in vivo.</body>

Ciência

Novidades