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12/08/2011 às 15:22•2 min de leitura
Muitas vezes nem é possível notar, mas ao entrar em um relacionamento alguns casais passam a falar de maneira especial. A mudança pode ser no tom de voz ou mesmo nas palavras utilizadas. Pensando nessa equivalência, os pesquisadores da Universidade do Texas realizaram uma pesquisa inédita que leva em consideração o tipo de palavras em comum que os casais usam.
Diferentemente das pesquisas realizadas na área, os estudiosos do Texas perceberam que a linguagem podia refletir características do relacionamento. Os resultados mostraram que é possível saber se duas pessoas realmente terão um reacionamento ou, para casais já formados, se a relação se manterá estável.
O estudo liderado pelo psicólogo James Pennebaker tomou como ponto de partida a frequência com que os casais utilizavam as palavras funcionais – preposições, pronomes, artigos e conjunções –, já que esse tipo de palavra reflete melhor a individualidade e o comportamento de cada um. Comparando os dados e a frequência da utilização, foi possível determinar as chances de um casal ser bem-sucedido ou não.
A pesquisa contou com voluntários de ambos os sexos. Em um primeiro momento, 80 pessoas foram solicitadas a conversar por alguns minutos com alguém do sexo oposto e depois foram questionados sobre a chance que haveria em marcar um encontro com essa pessoa. Os casais que se mostraram mais propensos a saírem juntos foram, curiosamente, aqueles que usavam tipos similares de palavras funcionais.
Em outro estudo, o psicólogo analisou o conteúdo das mensagens trocadas entre 86 casais. Pennebaker ainda perguntou aos voluntários qual era o grau de satisfação e felicidade que eles tinham com o relacionamento. Depois de três meses, os casais foram entrevistados novamente para ver como estava a relação. Muitos casais haviam se separado – a grande maioria que já havia se mostrado insatisfeita com a relação no início da pesquisa. Os pares que ainda estavam junto eram exatamente aqueles em que havia sido detectada a compatibilidade das palavras funcionais nas mensagens de texto.
Os pesquisadores ainda não sabem como se dá essa atração: se as pessoas se interessam por alguém com um vocabulário parecido ou se elas adaptam a forma de falar do parceiro com o passar do tempo, até se tornarem semelhantes. Mesmo com um novo ponto a ser pesquisado, Pennebaker acredita que a segunda hipótese é mais provável, pois considera que a linguagem pode dizer muito sobre um relacionamento – é o instrumento que reflete a forma como as pessoas ouvem e compreendem umas às outras.