Ciência
15/12/2017 às 04:00•1 min de leitura
Ao ler a pergunta no título deste texto, você pode pensar: “porque seria estranho dar aquele beijaço de olhos abertos, ué”, e, bem, é por isso também, mas tem mais. Quando o assunto é sexualidade e intimidade, sempre tem mais.
O The Independent publicou, recentemente, o resultado de um estudo promovido pela Universidade de Londres e descobriu a grande verdade por trás dos olhinhos sempre fechados durante o beijo: quando está trabalhando enxergando coisas, o cérebro humano não consegue processar muito bem os estímulos provocados por outros sentidos.
Lógico que você come de olhos abertos e sente o gosto daquela macarronada mesmo assim, mas a questão aqui é mais com relação ao tato mesmo. Quanto menos enxergamos, mais aguçado o tato fica, e se tem uma coisa que todo mundo quer enquanto beija é justamente isso: sentir a coisa toda.
Essas observações foram feitas pelas psicólogas cognitivas Polly Dalton e Sandra Murphy no Journal of Experimental Psychology. Para chegar a essas conclusões, elas estudaram casais beijoqueiros, que tiveram que realizar algumas tarefas visuais enquanto seus sentidos táteis eram medidos.
As tarefas envolviam caça-palavras em níveis diferentes de dificuldade, e os estímulos táteis eram medidos por meio de um pequeno aparelho de vibração que eles tiveram que segurar nas mãos. O resultado mostrou que as pessoas tinham respostas táteis menores à medida que suas habilidades visuais eram mais requisitadas.
O mesmo acontece quando estamos beijando ou fazendo outras atividades que nos dão prazer, como o sexo e a dança. Nesses momentos, queremos focar mais na questão tátil do que na visual e, por isso, acabamos fechando os olhos, ainda que não durante todo o tempo. Dessa maneira, temos mais capacidade cerebral para focar em outras coisas.
*Publicado em 23/3/2016