Conheça o dramático caso do garoto que nasceu com os órgãos fora do corpo

18/07/2016 às 09:592 min de leitura

Você já ouviu falar de bebês que nascem com os órgãos para fora do corpo? Trata-se de uma condição rara conhecida como onfalocele congênita que ocorre uma vez em cada 5 mil nascimentos. O problema se caracteriza por uma má-formação da parede abdominal que faz com que órgãos como o fígado e os intestinos não fiquem guardadinhos onde deveriam, mas sim “fora do corpo”, em uma espécie de bolsa transparente.

O tratamento inicial consiste em embalar o abdome do recém-nascido com uma película transparente para evitar a perda de fluídos e proteger os órgãos do calor. Em seguida, os bebês normalmente passam por cirurgias para colocar tudo no lugar e restaurar a musculatura e a pele da região abdominal, e tudo isso acontece ao longo dos primeiros dias ou meses de vida, dependendo da extensão do problema.

* Atenção: a imagem que incluímos logo mais pode ser considerada chocante por alguns leitores.

Garotinho surpreendente

O que torna o caso que vamos contar para você surpreendente é que a criança afetada pela condição não é mais um recém-nascido. Trata-se de um garotinho ganês de três anos de idade chamado Ethan Suglo — que ficou conhecido em sua comunidade como “o menino que está grávido”.

Esse é Ethan e seu barrigão

Ethan nasceu com onfalocele congênita, o que significa que alguns de seus órgãos não se encontram na cavidade abdominal, mas sim fora de seu corpo, em uma bolsa fininha de pele. De acordo com Catherine Wyle, do portal Mirror, a história do garotinho ficou conhecida depois de o médico britânico David Williams ir a Gana visitar a filha — que estava no país ensinando inglês e trabalhando em uma rádio local.

Ethan nasceu com uma condição chamada onfalocele congênita

Para a sorte de Ethan — e você vai entender melhor a dimensão “sorte” logo mais! —, alguém ficou sabendo da visita do médico, comentou por alto sobre um menino meio barrigudinho e pediu que o britânico desse uma olhada. Na verdade, segundo o Dr. Williams, ele pensou que se depararia com uma típica criança africana com a barriga inchada de vermes, mas teve o maior susto ao ver que o caso era bem mais complexo.

Encontro fortuito

Na época, Ethan tinha dois anos de idade e, conforme contou o médico, ele nunca tinha se deparado com um caso igual ao do menino. Aliás, segundo disse, em seus 20 ou 30 anos de carreira, ele jamais tinha visto algo parecido. Impressionado, Dr. Williams tentou entrar em contato com médicos de Gana e da Nigéria, mas logo ficou claro que, se ele quisesse ajudar Ethan, ele teria que dar um jeito de promover a cirurgia corretiva fora da África.

Família Williams

Ao retornar ao Reino Unido, o médico levantou qual seria o custo do procedimento cirúrgico, translado de Ethan e demais gastos: £ 25 mil, ou seja, perto de R$ 110 mil. Então, durante um ano inteiro, Dr. Williams e sua família lançaram uma campanha para arrecadar os fundos necessários. Eles participaram de maratonas, venderam bolinhos, abordaram instituições de caridade e, até o momento, conseguiram arrecadar £ 51 mil (pouco mais de R$ 220 mil).

Ethan acompanhado de seu pai diante do hospital infantil no Reino Unido onde ele passará pela cirurgia corretiva

O pequeno Ethan já chegou à Inglaterra e, em breve, passará por uma cirurgia que permitirá que ele possa ir à escola, brincar com seus amiguinhos e tenha uma vida normal. Sobre o restante do dinheiro levantado pela família Williams, ele será usado para ajudar outras crianças carentes. Em outras palavras, graças ao encontro fortuito com o médico britânico, Ethan deixará de ser o menino que “está grávido”.

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